Tópicos | Eliseu Padilha

O ex-ministro Eliseu Padilha, de 77 anos, morreu na noite desta segunda-feira, 13, aos 77 anos. Padilha havia sido internado em estado grave no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, na manhã do sábado, 11. Ele estava com um câncer de estômago, descoberto havia um mês, segundo nota divulgada pela família. O ex-ministro deixa mulher, seis filhos e cinco netos.

Com extenso currículo na política, Padilha passou pelo Legislativo e pelo Executivo e foi peça fundamental nos governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) - quando chefiou a Casa Civil, além de ter atuado como importante articulador político do governo.

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Ele era advogado, empresário e político. Também foi vice-presidente nacional do MDB e vice-presidente da Fundação Ulysses Guimarães.

Segundo nota da assessoria de imprensa do ex-ministro, o velório ocorrerá na quarta-feira, 15, a partir das 10 horas no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, e será aberto ao público. Depois das 17 horas, o corpo será levado ao Angelus Memorial e Crematório para uma cerimônia restrita aos parentes.

Nascido em Canela (RS), em 1945, Padilha formou-se em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), filiou-se ao MDB em 1966, nos primeiros anos da ditadura militar, e tornou-se prefeito do município de Tramandaí, no litoral norte gaúcho, no ano de 1989 - depois da abertura democrática.

Após completar seu mandato na prefeitura, Padilha migrou para o Congresso, ocupando uma cadeira de deputado federal eleito pelo Rio Grande do Sul ininterruptamente por 16 anos, entre 1995 e 2011, e depois por mais dois anos, entre 2013 e janeiro de 2015. Ainda em 1997, assumiu o Ministério dos Transportes no governo FHC. Manteve-se no cargo até 2001.

O político voltou ao governo federal por mais um ano como ministro da Secretaria de Aviação Civil em 2015, na gestão Dilma. Em 2016, depois do impeachment da petista, assumiu a Casa Civil de Temer.

Ele ainda ocupou interinamente o cargo de ministro do Trabalho por um breve período em 2018, acumulando o comando dos dois ministérios.

Reações

Políticos e autoridades se manifestaram na noite da segunda-feira. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), prestou solidariedade a "família e amigos neste momento de tristeza". "Recebo com pesar a notícia da morte de Eliseu Padilha, líder habilidoso e dedicado ao Rio Grande do Sul e ao Brasil, que serviu como ministro de três presidentes da República", escreveu o tucano no Twitter.

O vice-governador do Estado, Gabriel Souza (MDB), descreveu Padilha como "emedebista raiz e político nato". "Seu legado como prefeito de Tramandaí, deputado federal, ministro de Estado de três diferentes governos e dirigente partidário é gigante", afirmou, também no Twitter.

O atual presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Alceu Moreira, afirmou que Padilha "sempre se destacou por onde passou", seja como ministro, deputado ou à frente da instituição. "Meus sinceros sentimentos à família", escreveu, na mesma rede social.

A morte também foi lamentada pelo presidente do Cidadania, Roberto Freire, e pelo ex-ministro de Minas e Energia do governo Michel Temer Fernando Filho (União Brasil). "Um dos mais articulados políticos do nosso país, Eliseu foi um homem público que sempre lutou e trabalhou em benefício do povo brasileiro", escreveu o ex-ministro.

MBD

No Movimento Democrático Brasileiro, o MDB, atuou como vice-presidente do partido em Canela, de 1966 a 1967. Após a extinção do bipartidarismo, em novembro em 1979, o sucessor do MDB foi o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), em que Padilha se filiou em 1986. Depois de quatro anos, tornou-se membro do Diretório Estadual do partido no Rio Grande do Sul. Em 1993, foi eleito para a executiva estadual do partido, onde ficou por um ano.

Enquanto esteve no Congresso, Padilha também atuou como vice-líder do PMDB e do governo FHC entre os anos de 1995 a 1998. Foi nesse período que o ex-ministro desempenhou papel ativo e importante na aprovação da emenda que previa a possibilidade de reeleição para os ocupantes do Executivos (presidente da República, governadores e prefeitos). Padilha também foi vice-líder do MDB na Câmara dos Deputados em 2011, durante o primeiro mandato de Dilma.

Acusações

Em setembro de 2016, enquanto ocupava a Casa Civil do governo Temer, Padilha foi acusado pelo ex-chefe da Advocacia-Geral da União, Fábio Medina Osório, de ter criado obstáculos a ações de aprofundamento das investigações da Operação Lava Jato. Em dezembro do mesmo ano, acabou envolvido na delação premiada do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho, em que o acusou de ser o responsável por distribuir R$ 4 milhões da Odebrecht para a campanha de Temer.

Essa delação premiada funcionou, em 2017, como material para a Procuradoria-Geral da República denunciar Padilha por envolvimento em corrupção, com outros nomes do partido, como o então presidente Michel Temer. A denúncia defendia a existência de uma suposta organização criminosa liderada por Temer e composta por correligionários com atuação em diversos órgãos públicos - Petrobras, Furnas, Caixa Econômica, Ministério da Integração Nacional e Câmara dos Deputados - em troca de propinas de mais de R$ 587 milhões.

O esquema ficou conhecido como "Quadrilhão do MDB". Em sua defesa, Padilha afirmou que a denúncia era "inepta" e "não ultrapassava as raias de um discurso político".

O processo correu até 2021, quando a Justiça Federal de Brasília decidiu absolver o grupo. Na avaliação do juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, não haveria provas de associação entre os políticos que corroborem a narrativa construída pela acusação e que a denúncia seria uma tentativa de "criminalização da política".

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com recurso contra a decisão, mas, nesta quarta-feira, 8, o Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1) manteve a absolvição do grupo. Os integrantes da 3.ª Turma da Corte regional entenderam que não há provas de associação entre os políticos que corroborem a narrativa construída pela acusação.

O ex-ministro Padilha também foi denunciado pelo MPF em outros casos, como por ter mantido funcionária "fantasma" em seu gabinete quando era deputado federal e por suposta atuação de empresas dele na obtenção e manutenção do Certificado de Entidade Assistencial (Cebas) pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra). Ele foi absolvido desta última acusação pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), em julho de 2017.

O ex-ministro Eliseu Padilha está internado no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, desde quinta-feira, 18, e passou por um procedimento cirúrgico neste fim de semana. O quadro de saúde do emedebista é estável. A informação foi confirmada, nesta tarde, após divulgação do boletim de médico.

Segundo o hospital, ele está em fase de recuperação, com previsão de alta para o quarto. Seu quadro é estável. O Moinhos de Vento esclareceu ainda que o paciente "não sofreu um acidente vascular cerebral (AVC)".

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Eliseu Padilha tem problemas de saúde desde 2017, quando deixou por alguns dias a Casa Civil no governo Michel Temer para tratar um câncer de próstata. Em janeiro deste ano, passou por um autotransplante de medula para o tratamento de um mieloma múltiplo.

Era para ser apenas mais um café da manhã na rotina do ministro da Economia, Paulo Guedes, no hotel onde ele "mora" quando está em Brasília, no meio da semana. Ao lado de sua mesa, porém, um rosto conhecido lhe chamou atenção. Sozinho, o ex-chefe da Casa Civil de Michel Temer, Eliseu Padilha, famoso pela habilidade em lidar com os humores e votações do Congresso, fazia seu desjejum. Padilha logo acenou: "Lembra de mim?". Guedes não hesitou e foi até o "homem da planilha" pedir conselho: "Com quem devo falar no Congresso para aprovar a reforma da Previdência?".

Padilha nem precisou refletir. Abriu o manual da "velha política" e foi direto: "Procure os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-AM) e o deputado Arthur Lira (PP-AL)." Guedes ouviu, assentiu com a cabeça, agradeceu e foi embora.

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O encontro ocorreu em uma quarta-feira, 29 de maio. O ministro já tinha jantado com Renan e conversado duas vezes com Braga, em reuniões da bancada do MDB. Dias após receber a dica de Padilha, o titular da equipe econômica também teve uma reunião com parlamentares do PP de Lira.

Guedes conheceu Renan no fim do ano passado, em Brasília. De lá para cá, os dois trocam "diagnósticos". O ex-presidente do Senado, no entanto, não assegura apoio integral às mudanças na aposentadoria propostas pelo governo. A cautela marca, ainda, o discurso de Braga e Lira sobre o assunto.

"Eu não tenho a pretensão de ser conselheiro do Paulo Guedes", disse Renan ao Estado. "Não é possível fazer uma única reforma, nem dá para cobrir o déficit fiscal com a economia desabando", emendou. Irônico, o senador afirmou que, antes de tudo, o governo precisa mesmo é ir atrás do apoio da bancada do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro.

"Em um cenário desses na política, que papel é reservado à oposição?", provocou ele, na quarta-feira (5) ao assistir a um bate-boca entre o senador Major Olímpio (SP), que comanda a bancada do PSL, e a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do governo no Congresso.

Adversário de Renan, Lira disse que, após a conversa de Guedes com deputados do PP, muitas dúvidas foram resolvidas. "Tenho mantido contatos diários com Rogério Marinho (secretário especial da Previdência e do Trabalho). Ninguém está mais atualizado do que ele", afirmou o líder do PP na Câmara. "Nós somos a favor da reforma, mas é preciso tirar de lá o BPC (Benefício de Prestação Continuada), a aposentadoria rural e os Estados e municípios."

Batizado de "Posto Ipiranga" na campanha eleitoral e hoje chamado de "PG" por Bolsonaro, Guedes procura medir bem os passos em suas incursões pelo mundo político. Além de seguir os conselhos de Padilha, ele acatou a ideia do assessor especial Guilherme Afif Domingos e abriu as portas de seu gabinete. Desde fevereiro, quando o Congresso iniciou a nova legislatura, o ministro recebeu 312 parlamentares de vários partidos.

As reuniões seguem sempre o mesmo ritual. Senadores e deputados são acomodados ao redor de uma longa mesa oval. O ministro embala, então, seu pedido de apoio à aprovação da reforma da Previdência com a defesa do pacto federativo e da descentralização de recursos para Estados e municípios. "O senhor constrói o céu, mas nós, deputados, não teremos a chave dele. Então, vamos ajudar o governo a construir o céu e viver no inferno", disse a Guedes o líder do DEM na Câmara, Elmar Nascimento (BA).

O Palácio do Planalto precisa do apoio de 308 deputados e 49 senadores, em duas votações, para que as mudanças propostas na aposentadoria saiam do papel. Rogério Marinho garantiu ao ministro, recentemente, que o número está "quase lá", mas, nos bastidores, deputados dizem haver muito chão pela frente. Ao participar de uma audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, na terça-feira, 4, Guedes usou uma imagem forte para comparar a situação do Brasil à de uma "baleia ferida" por golpes de arpão, que não consegue se mover.

"Paulo Guedes é meu amigo, mas ele usa a frase errada quando vem a público explicar a quase recessão que o Brasil vive. Ele fala: 'Ah, é porque a Previdência está atrasada'. Só que a Previdência não está atrasada. Se eles tivessem se organizado, poderiam ter votado em março", afirmou ao Estado o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Nas conversas em seu gabinete, Guedes sempre diz que consertar o Brasil não é questão "de direita nem de esquerda", mas ouve queixas de muitos parlamentares preocupados em avalizar uma proposta com pouca aceitação popular. Ex-professor, ele adota o estilo "fala que eu te escuto" e procura convencer os mais resistentes.

"O ministro tem uma avaliação simplista, mas nós sabemos que não é bem assim", argumentou a deputada Professora Dorinha (DEM-TO). "Muitos do nosso partido que fizeram a defesa cega da reforma trabalhista (na gestão de Michel Temer) perderam as eleições." O próprio Rogério Marinho, então relator do tema na Câmara, foi derrotado, após oito anos de mandato. Não é só: dos 23 parlamentares que àquela época votaram a favor das mudanças na Previdência, na Comissão Especial, apenas cinco se reelegeram. Guedes, porém, sempre diz ser um homem de muita fé. E já virou adepto das planilhas de Padilha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu hoje (10), no Supremo Tribunal Federal (STF), que o ex-presidente Michel Temer e os ex-ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha sejam investigados de forma conjunta no inquérito sobre o suposto recebimento de propina da empreiteira Odebrecht.

Em outubro do ano passado, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, determinou a suspensão do inquérito aberto contra Temer até o fim do mandato, que se encerrou no dia 1º de janeiro. 

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Fachin, no entanto, determinou que a parte da investigação que envolve os ex-ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e de Minas e Energia, Moreira Franco, fosse encaminhada à Justiça Eleitoral de São Paulo.

Na manifestação enviada hoje ao STF, Raquel Dodge afirmou que, com o fim do mandato de Temer, as acusações imputadas contra os três acusados são conexas e devem ser julgadas conjuntamente em uma única instância. O Supremo ainda vai julgar definitivamente em qual tribunal o caso vai tramitar.

Conforme delação premiada de seis ex-executivos da Odebrecht, um pagamento de R$ 10 milhões para caixa dois da campanha de Paulo Skaf (MDB) ao governo de São Paulo em 2014 teria sido acertado em um jantar no Palácio do Jaburu quando Temer era vice-presidente, em maio daquele ano.

Teriam participado do encontro o ex-presidente executivo da empresa, Marcelo Odebrecht, e Padilha, que à época era ministro da Aviação Civil. Segundo a Polícia Federal, R$ 1,4 milhão teriam sido recebidos por Temer por meio de intermediários.

Em outubro do ano passado, o advogado Daniel Gerber, que representa Padilha, disse que jamais houve qualquer ato de corrupção imputado ao ex-ministro. A época de divulgação do relatório da PF, o Palácio do Planalto disse por meio de nota que as conclusões do delegado responsável eram "um atentado à lógica e à cronologia dos fatos". 

A pouco mais de um mês para o início do novo governo, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, se reúne com o secretário-geral do Gabinete de Transição, Gustavo Bebianno Rocha, no Palácio do Planalto. Padilha foi designado pelo presidente Michel Temer como o responsável por centralizar informações e fazer a interlocução com o novo governo.

Pelo lado presidente eleito, Jair Bolsonaro, o ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, já confirmado para a Casa Civil no futuro governo, coordena uma série de reuniões nesta segunda (19) e terça-feira (20) no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

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A troca de informações com o atual governo começou no dia 5 de novembro. O grupo de transição, por parte de Bolsonaro, reúne 27 membros. Os trabalhos foram divididos em 10 eixos temáticos.

Os eixos se concentram em desenvolvimento regional; ciência, tecnologia, inovação e comunicação; modernização do estado, economia e comércio exterior; cultura e esportes; Justiça, segurança e combate à corrupção; defesa e infraestrutura.

Também há grupos que trabalham na produção sustentável, agricultura e meio ambiente; saúde e assistência social.

Na terça-feira, o presidente eleito desembarca em Brasília para ficar três dias na cidade. Ele tem uma série de reuniões, incluindo conversas com a equipe de transição.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, estima que o governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) terá um caminho difícil diante da negociação da reforma da Previdência no Congresso, que o novo governo pretende iniciar, em nova forma, já em 2019.

“Não teremos dias de facilidade não, teremos dias de dificuldade e precisaremos estar unidos”, afirmou, em entrevista à TV Brasil.

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Para Padilha, o período de “lua de mel” entre o novo presidente e o Legislativo, entre 90 e 120 dias, não será suficiente para a aprovação de um novo modelo da reforma. “Vai precisar de mais de 90 dias para fazer. Seria bom aproveitar esses 60 dias [do governo atual] para ver até onde se avança”, recomendou.

O ministro afirmou que Bolsonaro não poderá conversar apenas com as bancadas evangélica, ruralista e da segurança, que ele priorizou durante sua campanha. “Ele veio sem aliança. Agora chegou a vez de dialogar com o Congresso e isso terá de ser feito via partidos, pois são eles que controlam  seus deputados e seus votos”, avaliou.

Padilha apontou que o novo governo também terá como desafio reduzir o déficit público, que hoje é de R$ 300 bilhões, e gerar empregos. Além de que os compromissos da máquina pública continuam após a transição de governo, como as providências que não podem deixar de ser tomadas nos primeiros 120 dias.

“Os carros-pipas que abastecem com água milhões de nordestinos e a interiorização dos venezuelanos são programas que não podem ter interrupção”, explicou.

O ministro destacou que a transição é importante, porque o novo governo não terá tempo de se adaptar. “Cabe a nós facilitarmos a transição porque isso é do interesse da sociedade. O povo decidiu e o novo governo tem de governar para todos, a divisão entre brasileiros tem de ser banida”, finalizou.

Ao ser questionado, nesta terça-feira (28), sobre qual será a decisão do governo em relação ao reajuste salarial para o Judiciário, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que o presidente Michel Temer avalia pessoalmente o assunto. “O presidente está tratando desse assunto pessoalmente”, disse.

Padilha considera que é preciso tomar uma decisão coerente com o momento que o país enfrenta. “Todos que trabalham no Brasil no serviço público sabem a situação que a gente está enfrentando, e penso que teremos que ter decisões coerentes em relação a isso”.

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No começo do mês, o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou reajuste de 16% no salário dos ministros da Corte, para 2019. O salário atual é de R$ 33,7 mil e com o aumento passará para R$ 39,3 mil por mês.

Na semana passada, o presidente Temer se reuniu com os ministros do Supremo Dias Toffoli e Luiz Fux para tratar dos “vencimentos do Judiciário”, segundo nota divulgada pelo Planalto na ocasião.

A despesa do reajuste não está prevista pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), já aprovada pelo Congresso Nacional. Até o dia 31 de agosto, o governo deverá encaminhar ao Legislativo proposta para o Orçamento da União do próximo ano.

Conforme o Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, o eventual aumento terá impacto mensal de R$ 18,7 milhões e de R$ 243,1 milhões em um ano.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu hoje (14) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação por mais 60 dias do inquérito que tem o presidente Michel Temer  e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) como investigados. 

A prorrogação será decidida pelo relator do caso, ministro Edson Fachin. O caso envolve o suposto favorecimento da empresa Odebrecht durante o período em que Padilha e Moreira Franco foram ministros da Secretaria da Aviação Civil, entre os anos de 2013 e 2015. Na época, Temer era vice-presidente da República.

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De acordo com depoimento de delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho, houve um jantar no Palácio do Jaburu, em maio de 2014, para tratativas de um repasse de R$ 10 milhões como forma de ajuda de campanha para o PMDB, atualmente MDB.

Após ser incluindo no inquérito pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, o presidente Temer enviou uma carta à PGR defendendo que o presidente da República deve responder somente “por atos que guardem estrita relação com o exercício do mandato”.

O Palácio do Planalto informou que não irá comentar o pedido da PGR. 

 

O levante de caminhoneiros que agora pedem a volta dos militares já em sinal de desespero fez do risco de uma queda de Michel Temer a pauta do Congresso. O presidente continua perdido sem ação, apenas demonstra que é fraco e tem na sua linha de frente um monte de ministro fraco que não demonstram nem tem nenhuma credibilidade junto a população brasileira. Temer dá sinais que não tem mais nenhuma condição de comandar este país, é de uma inabilidade incrível, e agora começa a se esconder de todos e coloca na linha de frente três ministros que não servem nem para assessorar vereador de munícipio pequeno. Vejam vocês, o Brasil está entregue a Eliseu Padilha, Moreira Franco e Carlos Marun, precisa dizer mais alguma coisa? Em reunião a portas fechadas, no Senado, ao menos um parlamentar da base do governo defendeu a derrubada de Temer. A esta altura muitos congressistas já tramam nos bastidores a saída do presidente Temer, mas pelo visto Temer quer continuar sangrando o país e tem apoio de alguns políticos corruptos que agem como ele.

 

Prefeitura intervém e transporte coletivo é ampliado em Petrolina

Uma boa notícia para os usuários do transporte coletivo de Petrolina: após mobilização do prefeito Miguel Coelho, nesta segunda-feira (28), a Autarquia Municipal de Mobilidade (Ammpla) conseguiu o repasse de 15 mil litros de combustíveis o que possibilitará o aumento da frota do transporte coletivo, já a partir desta terça-feira (29).

Frota

A frota que estava operando com apenas 40% será ampliada, gradativamente, mas já volta à normalidade nos horários de pico quando 100% dos veículos deverão estar disponíveis à população. De acordo com o diretor-presidente da Ammpla, Geraldo Miranda, de imediato, a frota será ampliada para 50% fora dos horários de pico, mas a expectativa é que, a partir desta terça-feira (29), o número de veículos circulando seja aumentado paulatinamente.

Prefeitura de Caruaru divulga funcionamento desta terça-feira (29)

Em decorrência do movimento nacional dos caminhoneiros, a Prefeitura de Caruaru informa abaixo o expediente interno de alguns setores para atender a população. 

 

Secretarias e órgãos

Saúde: Funcionamento dos serviços ambulatoriais especializados, centros de saúde, UPAs, hospitais e demais unidades de funcionamento 24 horas terão seus serviços mantidos normalmente. As Unidades de Saúde da Família vão funcionar até as 12 horas;

Serviços Públicos: A Feira do Gado, realizada às terças-feiras, funcionará normalmente, em seu horário habitual, das 4h às 12h. O Matadouro Público também está funcionando normalmente;

Centro Administrativo: A Secretaria da Fazenda e o Procon funcionam das 7h às 12h;

Recursos Humanos:

A Secretaria de Administração estará atendendo os funcionários da prefeitura das 8h às 13h. Após esse horário, o expediente será interno;

Destra: Setor administrativo (atendimento ao público) vai funcionar das 7h às 13h. A guarda municipal, agentes de trânsito, defesa civil e 118 continuam com o horário normal, disponíveis 24h;

Secretaria de Ordem Pública: Funcionamento será das 8h às 13h, com atendimento ao público.

Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos 

Ficam mantidos os atendimentos essenciais do Centro de Atendimento aos Adolescentes Usuários de Drogas (CAUD), das quatro casas de acolhimento para crianças e adolescentes e do acolhimento da população adulta, assim como as atividades de emergência do Centro Pop. O CadÚnivo está funcionando em horário normal, das 07h às 17h, de segunda à sexta.

Secretaria da Mulher

Os serviços da Secretaria de Políticas para Mulheres estarão funcionando das 8h às 12h, como o Balcão da Mulher (serviço de apoio jurídico, psicológico e de Assistência Social) e o CRM - Centro de Referência Maria Bonita (serviço de acolhimento às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar).

Educação: As aulas na rede municipal de ensino e o funcionamento das creches continuam suspensos

Produtores de frutas do Vale do São Francisco estimam R$ 570 milhões em prejuízos

Maior exportador de frutas do país, o Vale do São Francisco já contabiliza um prejuízo de R$ 570 milhões ao final do oitavo dia de paralisação dos caminhoneiros. A conta foi apresentada na tarde desta segunda-feira (28), pelo presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR), Jailson Lira.

Preocupação

Segundo o representante do mais importante segmento da economia regional, a paralisação vem atingindo fortemente o setor, que deixou de comercializar nesta semana para os mercados interno e externo 40 mil toneladas de uvas e 60 mil toneladas de mangas, além de mais 200 mil toneladas de outras frutas, a exemplo de acerola, banana, coco e mamão.

Safra perdida

Jailson Lira advertiu ainda que 80% da safra a ser colhida essa semana poderá ficar comprometida por falta de mercado. “Além de termos cancelados todos os novos pedidos do mercado interno, outro agravante é a falta de combustível para os tratores e pulverizadores, o que pode ocasionar a perda das safras de exportação de setembro e outubro”, pontuou.

Movimento apoiado 

 

Ao final da reunião, os produtores assinaram um documento, onde reconhecem a legitimidade do movimento dos caminhoneiros, “por que também sentem o alto custo do diesel na atividade agrícola” e solicitam dos poderes competentes a agilização das negociações, liberação das estradas e acessos aos portos, além da agilização dos documentos de liberação das frutas, a exemplo da Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV).

Reitoria do IFPE mantém suspensão de atividades nesta terça-feira (29)

A reitoria do IFPE informa à comunidade acadêmica que manterá a suspensão das aulas e atividades administrativas nesta terça-feira (29), considerando que a circulação do transporte público e o abastecimento dos postos de combustíveis ainda não foram normalizados. A decisão, tomada em conjunto com os Diretores Gerais, é válida para a reitoria e todos os 16 campi do Instituto. 

Calendário

Com o cancelamento do expediente administrativo, fica suspensa até quarta-feira (30) a entrega de documentos para solicitação da isenção da taxa de inscrição do Vestibular 2018.2. Um novo cronograma será divulgado pela Comissão de Vestibulares e Concursos (Cvest), no site cvest.ipfe.edu.br. Também estão suspensas as inscrições para a eleição do Conselho Superior do IFPE. 

Amanhã

Em relação ao expediente da quarta-feira (20), a reitoria divulgará um novo posicionamento da tarde desta terça (29), após avaliar a retomada e a normalização dos serviços de transporte no estado.

Paulista suspende coleta de lixo

Por conta da falta de abastecimento, decorrente da greve dos caminhoneiros, a empresa que presta serviço à Prefeitura do Paulista foi obrigada a suspender temporariamente a coleta de lixo nesta segunda-feira (28.05). Ao todo, 13 caminhões compactadores e outros seis do tipo caçamba paralisaram o serviço. Diante da situação, 500 toneladas de resíduo domiciliar e entulhos deixam de ser recolhidos por dia em toda a cidade.  

 

Mesmo com a sinalização por parte dos caminhoneiros de manutenção dos protestos e bloqueios nas estradas, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje (25) que o governo confia no cumprimento do acordo firmado ontem com as lideranças do movimento. "A nossa aposta é que o movimento vá sendo desmobilizado progressivamente. Não sei se terá normalidade total no final de semana. É impossível prever hoje com que tempo vamos ter plena normalidade", disse.

"Temos certeza de que eles irão cumprir o compromisso assumido conosco", destacou.

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O ministro participou nesta manhã do Seminário Internacional Governança, Avaliação de Políticas Públicas e Impacto Regulatório, no Palácio do Planalto.

"O comando das lideranças não é instantâneo, não é imediato. O governo confia que tudo aquilo que foi ajustado com os caminhoneiros seja cumprido de parte a parte. Nós cumprimos a nossa parte e eles cumprem a parte deles", acrescentou.

Questionado sobre a possibilidade de a greve ser patronal, o ministro respondeu que não pode fazer essa afirmação. "O certo é que nós temos caminhões parados que são das empresas transportadoras e dos transportadores autônomos. Não tem caminhão rodando, então tem caminhão parado tanto de um quanto de outro". 

O ministro também foi perguntado sobre o uso das Forças Armadas como forma de retomar o abastecimento de itens essenciais. Ele reforçou, entretanto, que o governo acredita no cumprimento do acordo. "Primeiro, nós vamos ver o cumprimento do acordo."

Ontem (24), os ministros Eliseu Padilha, Eduardo Guardia (Fazenda) e Carlos Marun (Secretaria de Governo) anunciaram acordo fechado com entidades representantes dos caminhoneiros para suspensão dos protestos da categoria por 15 dias, quando as partes voltarão a se reunir.

Hoje (25), no entanto, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que ainda não registra desmobilização de pontos de manifestação de caminhoneiros nas rodovias do país.

Teto de gastos

Durante discurso no evento, o ministro ressaltou a importância do teto federal de gastos, que limita por 20 anos o crescimento das despesas: "Como todos sabemos, estamos diante de um enorme desafio que demanda essa concentração de esforços. Precisamos manter o processo de ajuste de contas públicas."

Padilha acrescentou que é necessário "seguir com a agenda de reformas estruturantes, não só hoje, como amanhã. Não só nesse governo como no próximo".

A secretária executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, também destacou o estabelecimento do teto de gastos: "Nos trouxe um benefício claro que é o benefício que a sociedade colhe quando se alia à responsabilidade fiscal. Estamos convivendo com taxas de juros mais baixas e taxa de inflação mais baixa. Benefício que proporciona a redução da desigualdade, porque a inflação penaliza os mais pobres".

Ana Paula disse ainda que é necessária a boa comunicação do governo com a população para mostrar claramente as escolhas fiscais que estão sendo feitas.

O presidente Michel Temer convocou uma reunião nesta quinta-feira (15) com os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Sergio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional) para debater sobre as investigações do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL-RJ).

A reunião também contará com a presença do general Santos Cruz, secretário-executivo do Ministério extraordinário da Segurança Pública. No entanto, o ministro de Segurança Pública, Raul Jungmann, que está em Fortaleza, não participará, mas seguirá para o Rio de Janeiro para acompanhar o desdobramento do caso.

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Hoje cedo, o Temer lamentou a morte de Marielle e ressaltou que "o crime não ficará impune". Em uma publicação nas redes sociais, o chefe de Estado classificou o caso como um "ato de extrema covardia" e prestou solidariedade a familiares e amigos da ativista.

Marielle Franco, 38 anos, foi assassinada na noite desta quarta-feira (14), no bairro de Estácio, no centro do Rio de Janeiro. Seu motorista, Anderson Pedro Gomes, também morreu. Já uma assessora da vereadora foi atingida apenas por estilhaços e sobreviveu. Ela é a principal testemunha do crime.

Com a decisão pela intervenção federal no Rio de Janeiro, que impossibilita a votação de qualquer proposta de emenda à Constituição, como é o caso da reforma da Previdência, o governo elencou 15 pontos considerados importantes para o país do ponto de vista fiscal e econômico.

Dentre os pontos colocados estão a simplificação tributária (reforma do PIS/Cofins); o marco legal de licitações e contratos; o programa de recuperação e melhoria empresarial das estatais; a desestatização da Eletrobras e a nova lei de finanças públicas.

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De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, a decisão foi tomada pelo presidente Michel Temer após constatada a impossibilidade de tramitação da reforma durante a intervenção no Rio de Janeiro.

“O presidente, à luz das ponderações, tivemos que concluir que não se poderia iniciar a discussão que tínhamos programado para hoje, da reforma da Previdência […]. Diante disso, o presidente solicitou e, tanto os líderes e os presidentes do Senado e da Câmara, elencaram o que poderia ser uma pauta micro e macroeconômica, para nós passarmos imediatamente a trabalhá-las”, disse Padilha.

De acordo com o senador Romero Jucá (MDB-RR), os presidentes da Câmara e do Senado farão um “esforço concentrado” a partir do mês que vem para tramitar todos os temas da pauta prioritária, a pouco mais de dez meses para o fim do governo: “Na verdade, há uma consciência por parte das lideranças políticas que formam a base de que vai ser preciso elencar um esforço e definir um ritmo muito forte de votação. Mas isso será feito”.

“Esses 15 pontos definem uma prioridade política e econômica. A reforma não pode ser votada, mas existem pontos que vão melhorar o ambiente fiscal, de negócios, que dará condições para o país responder no que diz respeito às transformações”, acrescentou o senador, líder do governo na Casa.

Reforma da Previdência não é descartada

Os ministro e líderes negam que a reforma da Previdência esteja enterrada. Para Padilha, é possível aprová-la em outubro, após as eleições. Ele entende que os parlamentares que hoje não votam com o governo podem mudar de ideia caso não sejam reeleitos. Já o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirma que “as condições políticas [para aprovação da reforma] virão com a eleição de outubro”.

Confira a Pauta Prioritária do governo:

1. Reforma do PIS/COFINS – Simplificação Tributária

2. Autonomia do Banco Central

3. Marco legal de licitações e contratos – Projeto de Lei (PL) 6814

4. Nova lei de finanças públicas – PL 295

5. Regulamentação do teto remuneratório – PL 6726

6. Desestatização da Eletrobras – PL 9463

7. Reforço das Agências Reguladoras – PL 6621

8. Depósitos voluntários no Banco Central – PL 9248

9. Redução da desoneração da folha – PL 8456

10. Programa de recuperação e melhoria empresarial das estatais – PL 9215

11. Cadastro positivo – PLP 441

12. Duplicata eletrônica – PL 9327

13. Distrato – PLS 774

14. Atualização da Lei Geral de Telecomunicações

15. Extinção do Fundo Soberano

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, confirmou a intenção do governo em votar a reforma da Previdência em fevereiro. A afirmação, inclusive, já havia sido feita pelo ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, no fim de janeiro. Padilha, no entanto, deixa claro que a última palavra será do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, uma vez que é ele quem determina o que irá ou não para a pauta de votações na Casa.

“A posição do governo é liquidar esse tema em fevereiro. Nós queremos votar e estamos fazendo de tudo para que tenhamos os 308 votos. A disposição do governo é votar. Agora, vamos deixar claro que quem faz a pauta da Câmara é o presidente da Câmara, o deputado Rodrigo Maia”, disse Padilha, em entrevista coletiva realizada na tarde de hoje (1º). Há, portanto, uma brecha no discurso do governo para alterar a agenda da reforma, embora Rodrigo Maia, em dezembro, tenha previsto o início do processo de votação para logo depois do Carnaval, a partir do dia 19.

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O próprio Rodrigo Maia já declarou que não colocará o assunto em pauta sem a garantia de votos necessários para sua aprovação. “Não é bom para o Parlamento, e muito menos para o Brasil, ter uma votação com resultado ruim”, disse Maia, na ocasião.

Padilha, no entanto, acredita que a “batalha”, como chama o processo de convencimento da sociedade e do Congresso em prol da reforma, deve ser encerrado este mês. “Nós temos uma batalha que deve ter um momento de parar. Na nossa visão, tem que ser em fevereiro. E faremos de tudo para termos os votos necessários”.

O ministro da Casa Civil também negou a falta de avanço na conquista de votos. Sem falar em número de votos – “muita calma”, dizia quando perguntado –, Padilha acredita que a mudança de opinião da sociedade a respeito da reforma refletirá na decisão dos deputados. “Se olharmos o que se sente na sociedade em relação à Previdência, mudou muito. E como o parlamentar é um representante do povo, resume-se que a mudança ocorrida nas bases de sustentação dos parlamentares tenha influência na sua posição no Congresso Nacional”.

A última contagem divulgada pelo relator da reforma na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), estima que o governo tem 275 votos a seu favor. Para garantir a aprovação, são necessários 308 votos. Padilha repetiu o que já vem sendo falado por outros integrantes do governo: o texto pode ser mudado sob garantia de mais votos.

“Se nos mostrarem por a, b, c que efetivamente nos garantam os votos para que a gente possa aprovar, aí é possível que se faça ainda alguma mudança”, afirmou. As mudanças, no entanto, não são negociáveis quando o assunto é o aumento da idade mínima para aposentadoria, além da unificação do limite de benefício, algo que o governo tem chamado de “fim dos privilégios”. A intenção do governo é estabelecer um teto único de aposentadoria, de R$ 5,5 mil reais, para todos.

Cristiane Brasil

O ministro também afirmou que a questão envolvendo a posse da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) como ministra do Trabalho tornou-se um debate sobre o direito do presidente Michel Temer de escolher sua equipe.

“A questão é mais profunda, podemos até abstrair a deputada Cristiane Brasil. O que nós estamos pretendendo é que o Poder Judiciário defina o que é passível de intervenção do Judiciário ou não. É uma disputa que caminha mais para o direito político, de ter ou não ter, o presidente da República, a plena disponibilidade daquelas competências que a Constituição lhe deu com exclusividade.”

Imigrantes venezuelanos

Na entrevista, Padilha confirmou que será feito um censo dos venezuelanos que migram para o Brasil e negou que a entrada deles no país será impedida. “Vamos fazer um censo e ver como podemos recebê-los, mas já com uma destinação mais ou menos objetiva. Sabendo quem são as pessoas, que habilitação têm, o que pode fazer ou não pode fazer”. Em 2017, quase 18 mil venezuelanos pediram refúgio ao Brasil devido à crise político-econômica no país vizinho.

*colaborou Débora Brito

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse nesta quarta-feira (29) que o PSDB não integra mais a base aliada do governo do presidente Michel Temer. Ele afirmou, no entanto, que ministros do partido podem permanecer nos cargos.

“O PSDB não está mais na base de sustentação do governo”, disse, em entrevista a jornalistas. “O PSBD tem interesses políticos que está procurando preservar. O presidente Michel Temer tem a responsabilidade de governar e preservar sua base de sustentação.”

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Questionado sobre a situação dos ministros de governo que são do PSDB, entre eles Antonio Imbassahy, que é responsável pela articulação política, Padilha destascou que essa é uma decisão do presidente, e que nada impede que ministros do partido permaneçam no governo como parte da “cota pessoal” de Temer.

“A questão ministerial é uma questão do presidente da República. Ele poderá manter ministros do PSDB, tendo o partido deixado de participar da base de sustentação do governo. Uma coisa é um ministro estar no governo representando seu partido e outra é o presidente, na sua cota pessoal, resolver manter um quadro que circunstancialmente seja do PSDB no ministério. Não vejo nenhuma incompatibilidade”, disse.

No momento em que o presidente Temer articula com parlamentares a aprovação da reforma da Previdência, o ministro Padilha avalia que, pela posição história do PSBD em relação à reforma, o partido deve ser favorável à proposta. “O PSDB, desde o início em que esteve participando integralmente do governo, tinha compromisso com a reforma da Previdência e não me consta que eles tenham deixado de tê-lo. A gente conta que eles mantenham o compromisso”, disse.

Em reunião nesta terça-feira (7) com ministros da área social e líderes da base aliada, o presidente Michel Temer disse que, com a melhora da economia e do emprego, o governo deve produzir muito nos 14 meses que restam de seu mandato. Na reunião, Temer e os participantes avaliaram o andamento de programas e projetos.

Ao abrir o encontro, no Palácio do Planalto, o presidente chamou os ministros a se empenharem. “De vez em quando dizem: agora tem 14 meses pela frente, ninguém mais vai fazer nada. Pelo contrário, em 16, 17 meses fizemos muita coisa e, portanto, temos 14 meses pela frente para produzir muita coisa ainda”, disse.

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E completou: “Agora temos que fazer tudo já que passamos uma fase muito difícil que foi a fase da recessão. Vocês sabem que de cinco meses pra cá tem melhorado significativamente o ambiente da economia, do emprego. Nesses 14 meses, temos que produzir muito, principalmente nesses últimos dois meses do ano”.

Participaram da reunião os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha; da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy; do Desenvolvimento Social, Osmar Terra; do Esporte, Leonardo Picciani; dos Direitos Humanos, Luislinda Valois; da Cultura, Sergio Sá Leitão; da Educação, Mendonça Filho; do Trabalho, Ronaldo Nogueira; da Saúde, Ricardo Barros, e das Cidades, Bruno Araújo.

Dos líderes da base aliada do governo estiveram presentes: Romero Jucá (PMDB-RR), Lelo Coimbra (PMDB-ES) e André Moura (PSC-SE).

Com apenas 12 votos a menos em relação à votação anterior, o presidente Michel Temer (PMDB) conseguiu, ontem, mais uma vitória política no Congresso, ao rejeitar por 251 a 233 votos o segundo pedido feito pelo Supremo Tribunal Federal para investigá-lo. Quanto aos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), que também constavam no processo arquivado, o STF deve definir em que momento o Judiciário poderá analisar a denúncia contra eles.

Em tese, a denúncia poderia retomar o andamento no Judiciário assim que os dois deixassem os cargos de ministro, seguindo o mesmo entendimento aplicado para o presidente da República, segundo o qual o processo ficará suspenso enquanto Temer estiver no mandato. Mas, no Supremo, interlocutores do relator do caso, ministro Edson Fachin, afirmam que ele ainda não formulou uma posição sobre o tema, pois aguardava a decisão da Câmara.

Na primeira denúncia contra Temer, na qual o presidente foi acusado por corrupção, também rejeitada pela Câmara, Fachin suspendeu o processo contra o presidente e fatiou a denúncia. Na ocasião, ele enviou para a primeira instância da Justiça a acusação contra o ex-assessor de Temer, Rodrigo Rocha Loures, que não tem direito ao foro privilegiado.

A expectativa é que o ministro despache sobre a nova decisão da Câmara em breve. Na época da rejeição da primeira denúncia, a decisão que formalizou a suspensão do processo ocorreu uma semana após a decisão da Câmara. Os advogados de Padilha e de Moreira Franco avaliaram que o STF ainda deverá analisar a situação por conta das características da denúncia, na qual os ministros são acusados junto com Temer pelo crime de organização criminosa.

Daniel Gerber, que defende Padilha, por exemplo, disse que, como a Câmara não autorizou o prosseguimento da denúncia, o ministro fica blindado, mas, em tese, somente enquanto mantiver o status de ministro e, assim que deixar o cargo, o Supremo poderá analisar a denúncia.

"Acredito que em relação a todos os demais réus, a denúncia vai correr. Se para os demais, vai normalmente correr, caso os dois percam o status de ministros, acredito que contra eles o processo também se iniciaria, independente de eventual suspensão ser mantida contra o presidente", disse, ressalvando que a decisão caberá ao STF.

Já o advogado de Moreira Franco, Antônio Pitombo, afirmou que, embora o ministro possa ser processado após deixar o cargo, o STF não poderá fatiar a acusação em razão de uma estreita conexão entre os fatos imputados a ambos na denúncia.

"A acusação é de organização criminosa. Não pode dar andamento a fato em relação a 'A' e deixar suspenso em relação a 'B'. Se processa um, está pré-indicando a posição em relação a outro. Qualquer juízo será antecipatório quanto ao próprio mérito [pertinência da acusação]", avalia o advogado. Na prática, se o STF adotar tal entendimento, os ministros só poderão ser processados junto com Temer, portanto, quando o presidente deixar o mandato.

REAÇÃO DE JARBAS – O deputado Silvio Costa (Avante), fazendo o jogo da oposição pela obstrução da sessão de julgamento da denúncia contra o presidente Temer, oferecida pelo Supremo, tentou evitar que o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB) registrasse sua presença em plenário. Mas, decidido a votar a favor da denúncia e, portanto, contra Temer, Jarbas driblou Costa sob a proteção do deputado governista Augusto Coutinho (SD), este de posição contrária ao parlamentar pemedebista, ou seja, voto pelo arquivamento da matéria. Bem ao seu estilo, Jarbas adentrou ao plenário sem dá bolas para os apelos de Silvio, que ficou falando para as paredes.

Pressionando para ficar – O senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente licenciado do PSDB, está apelando para permanecer no comando do partido até dezembro, quando os tucanos vão eleger uma chapa para a Executiva Nacional e o novo presidente. O pedido do senador mineiro foi feito ao senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), em conversa entre os dois líderes. Jereissati é o presidente interino do partido e tem pressionado o colega a abandonar o posto no PSDB. No encontro, Aécio se recusou a renunciar, o que gerou uma crise dentro da executiva nacional em função da imagem extremamente desgastada de Aécio.

Guararapes na privatização – O Governo federal incluiu mais 13 aeroportos no programa de desestatização, que deverão ser concedidos à iniciativa privada, mas deixou de fora o aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Na lista para futura concessão estão agora os aeroportos do Recife (PE), Vitória (ES), Aracaju (SE), Maceió (AL), Macaé (RJ), Juazeiro do Norte (CE); Campina Grande e Bayeux, na Paraíba; e Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Alta Floresta e Barra do Garças, todos em Mato Grosso. “Os aeroportos poderão ser concedidos individualmente ou em blocos, conforme decisão que será subsidiada pelos estudos de modelagem da desestatização”, de acordo com o decreto presidencial.

TV frustra estudante – Mais de três meses após a promessa de uma casa nova para a pernambucana Rivânia da Silva, de apenas 8 anos, feita durante o Hora do Faro, da Record, a família ainda não recebeu os prêmios conquistados em episódio veiculado no dia 9 de julho, quando bateu recorde de audiência no Recife ao cravar 23 pontos. Além do imóvel, o apresentador disse que ela receberia móveis, eletrodomésticos, utensílios para casa, computador, brinquedos e outros itens pessoais e para a casa - o fornecimento, segundo a emissora, é feito através de parceiros. A garota de Várzea do Una, no município de São José da Coroa Grande, a 117km do Recife, comoveu o país após uma fotografia na qual aparece agarrada com força a uma bolsa com livros em meio a fortes enchentes em Pernambuco, em junho: ela escolheu salvar o material escolar em detrimento de roupas ou brinquedos.

Ministro joga a toalha - Após meses de atrito interno entre PSB e dissidentes, o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho, entregou, ontem, ao PSB, a carta de desfiliação, sob alegação de “incompatibilidade ideológica, política e programática”. Além do ministro, outros quatro dissidentes – Fábio Garcia (MT), Tereza Cristina (MS), Danilo Forte (CE) e Adilton Sachetti (MT) – deixaram a legenda na última terça-feira. Com isso, a reunião, na ´próxima sexta-feira, que os expulsaria, foi cancelada. No acordo, a legenda se comprometeu a não pedir os mandatos dos parlamentares, porém não pode se comprometer com os possíveis pedidos dos suplentes. Apesar de a dissidência ser mais ampla, nenhum outro parlamentar está na mira do Conselho de Ética ou anunciou que deixaria a sigla, embora alguns deles estejam negociando migração para outros partidos. O DEM e o PMDB devem ser o destino de alguns dissidentes.

CURTAS

EM SERRA – O município de Serra Talhada sedia, hoje, o IV Encontro de Ativação Regional das Praças CEUs 2017 – os Centros de Artes e Esportes Unificados. O evento, promovido pela Secretaria de Infraestrutura Cultural do Ministério da Cultura, com organização da Prefeitura Municipal, será realizado das 9h às 18h, na Praça do CEU das Artes, na Caxixola. Foram convidados para o evento representantes das 85 praças CEUs dos estados nordestinos. O encontro de ativação tem como objetivo apoiar as equipes técnicas de prefeituras, gestores e comunidades na condução da mobilização social, ocupação, gestão e da infraestrutura das Praças CEUs.

MULTA – O Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE) aplicou uma multa ao prefeito de Paulista, no Grande Recife, por descumprir uma medida cautelar que determinava a suspensão da obra de uma marina, na Praia de Maria Farinha. De acordo com a decisão do TCE, divulgada nesta quarta-feira (25), o gestor municipal, Júnior Matuto, deverá pagar R$ 35 mil.

Perguntar não ofende: Por que o Planalto negou a obstrução no coração do presidente Temer, notícia antecipada por um repórter do jornal O Globo?

O clima é de certeza de vitória entre deputados da base aliada, a Câmara tem sessão de plenário hoje para votar a denúncia contra o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).

Os deputados que formam a bancada oposicionista reconhecem que será difícil impor uma derrota ao presidente, muitos já estão jogando a toalha e ainda e contam com a estratégia de não marcar presença em plenário para tentar adiar a votação. Agora cabe à Câmara, em sessão marcada para começar às 9h, autorizar o Supremo Tribunal Federal (STF) a decidir sobre eventual abertura de processo, mas cá entre a gente vamos combinar que isso não vai dar em nada. O presidente temer comprou quase todo o Congresso, pagou caro pelos deputados e seus votos e a sociedade brasileira mais uma vez fica com o prejuízo. Até quando o país vai ser comandado por uma quadrilha que tem eu seu presidente o maior bandido da nação ou um dos maiores.

Vai ganhar 

Um dos principais aliados de Temer, o deputado Carlos Marun (PMDB-MS) , que é considerado um dos maiores canalhas do congresso Nacional  diz estar confiante na vitória, inclusive com ampliação do placar registrado na primeira denúncia.

Defesa de bandidos

Marun este deputado citado acima lembre-se todos era defensor número um e foi da linha de frente do hoje ex-deputado preso Eduardo Cunha. Como confiar em um senhor desses que defende a todo instante a institucionalização do crime de corrupção no Brasil.

Outro mala 

Responsável por elaborar planilhas com mapeamentos de votos, o vice-líder do governo na Câmara Beto Mansur (PRB-SP) estima que o governo vai ter uma votação expressiva chegando a quase 270 votos contra a denúncia. Pra variar Mansur e está enrolado até o pescoço com denúncias na lava-jato.

Estratégia da oposição

Na avaliação do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), um dos poucos e sérios parlamentares do Brasil é muito difícil que a oposição consiga alcançar os 342 votos pela autorização da denúncia. 

Já morrendo

O líder do  PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP),  acha que há uma tendência de que o governo ganhe essa votação.  Mas mesmo sabendo da derrota ainda assim, a oposição fará uma tentativa de reduzir o número de votos da base aliada para gerar um impacto em pautas futuras do Palácio do Planalto, como a reforma da Previdência.

Obstrução

Na linha de frente da guerra os deputados de oposição anunciaram que não vão marcar presença em plenário enquanto o governo não atingir o quórum de 342 deputados registrados. Somente com esse número será possível colocar a denúncia em votação. Aos brasileiros resta apenas assistir mais uma palhaçada do Congresso Nacional e seguir com temer e a quadrilha tomando conta do país.

E a conta?

Pra variar quem paga somos todos os brasileiros.

Confronto 

Ontem em meu programa de rádio os deputados Joel da Harpa do Podemos e Isaltino nascimentos do PSB, tiverem um confronto de palavras em alto tom (quase brigaram), por conta dos números da violência em Pernambuco.

 

Desde que passou a enfrentar a crise política que veio com a divulgação de áudios gravados pelo empresário Joesley Batista, da JBS, o presidente Michel Temer (PMDB) conta com importantes aliados em sua defesa. Se no plenário da Câmara a maioria dos deputados a favor do arquivamento da denúncia justificou o voto pela estabilidade política e econômica, nas redes sociais três ministros do chamado "núcleo duro" do presidente fazem ofensiva parecida. No Twitter, Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Henrique Meirelles (Fazenda), alguns dos mais próximos de Temer, ignoram a crise política-judicial enfrentada por Temer e exaltam medidas do governo em suas postagens.

Ativo na rede social desde 2009, mas com apenas 14 mil seguidores, Moreira Franco não tem economizado elogios às recentes medidas governistas. As palavras "investimentos", "governo", "Brasil" e "trabalhista" foram as mais usadas pelo ministro, segundo levantamento da plataforma Foller.me. Também em alta em suas postagens estão os termos "modernização", "empregos", "economia", "Temer" e "recuperação".

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As hashtags mais usadas por Moreira Franco seguem temática parecida - #investbr, #reformadaprevidência, #economia, #crescimento, #travessiasocial e #governoreformista foram campeãs na rede social do ministro, ao lado da hashtag em autorreferência, #moreira, segundo a plataforma Foller.me.

Desde o dia 18 de maio, um dia após a gravação de Joesley ter sido divulgada, Moreira Franco fez 99 postagens na rede social - entre elas, 16 vídeos. Assim como Padilha, Moreira fez uma gravação em defesa do presidente logo após a divulgação do áudio do empresário, reforçando a estratégia de que "O Brasil não pode parar", frase usada por ambos.

Já o ministro da Casa Civil, embora tenha postado mais que Moreira Franco - foram 121 mensagens, considerando retweets, desde o dia 18 de maio -, os elogios ao governo são mais discretos que os de Moreira, embora evidentes. As palavras mais usadas por Padilha foram "presidente", "governo" e "Brasil". Boa parte de suas postagens são compartilhamentos de tweets das contas do Planalto, do próprio presidente ou de algum ministério. Padilha também está na rede social desde 2009 e tem pouco mais de 16 mil seguidores, mas usa pouca ou nenhuma hashtag nos seus comentários.

Fora da rede social à época que a delação de Joesley veio a público, Meirelles é o ministro mais bem sucedido no Twitter: conquistou 23 mil seguidores desde sua primeira postagem, no dia 7 de junho. O número pode não ser tão expressivo para uma conta verificada, mas o ministro da Fazenda tem se empenhado na rede. Fez 121 postagens desde que a conta foi criada, com postagens quase todos os dias.

Sem citar diretamente o presidente, porém, Meirelles foca o discurso na equipe econômica. Apontado como potencial nome ao Planalto - não apenas em uma eventual eleição indireta, em caso de saída de Temer, mas também para disputar as eleições em 2018 -, Meirelles assumiu um discurso otimista para seus seguidores. As palavras mais usadas foram "recuperação", "crescimento" e "Brasil". Outros termos de preferência de Meirelles na rede foram "retomada", "empresas" e "economia".

Já na primeira postagem, explicou o motivo para ter entrado na rede: "Pretendo usar este espaço para debater os rumos do Brasil", escreveu. Seu comentário acabou virando piada entre os internautas, e o ministro foi questionado por seguidores sobre o período em que fez parte do conselho da J&F, controladora da JBS.

As investigações contra o presidente quase nunca foram pauta dos ministros. A exceção foi no dia após a divulgação do áudio de Joesley. Moreira Franco falou em "delação e um empresário" e Padilha disse que "delação traz fatos que devem ser investigados, mas não se tem ninguém condenado". No último dia 2, quando a Câmara votava o arquivamento da acusação por corrupção passiva contra o presidente, nenhum dos ministros falou a respeito na rede social.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que a rejeição da denúncia contra o presidente Michel Temer pela Câmara revela a "força" do governo para emplacar a agenda de reformas no Congresso ainda neste ano. "A próxima batalha é a retomada da reforma da Previdência", afirmou à reportagem.

Mesmo com a infidelidade demonstrada por deputados do PSDB e sem reunir 308 votos - patamar necessário para aprovar mudanças na Previdência -, Padilha amenizou a crise política. "Não haverá retaliação a partidos", assegurou o ministro. "Nós temos toda a boa vontade possível com o PSDB, que tem nosso crédito."

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Nesta quarta-feira, 2, Padilha passou boa parte do dia com Temer, no Planalto, acompanhando a votação na Câmara pela TV. Almoçou com ele, ao lado do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, do secretário de Comunicação, Márcio de Freitas, e do publicitário Elsinho Mouco. Quando Temer viu que a vitória estava assegurada, recorreu a seu estilo formal para aplaudir: "Finalmente, a lei está sendo levada a seu devido lugar".

Qual o maior desafio do governo após o arquivamento da denúncia contra Michel Temer?

A próxima batalha é a retomada da reforma da Previdência. Este é o item número um da nossa agenda e o grande desafio que temos. A meta é ver se conseguimos, ainda neste mês de agosto, chegar ao patamar de 17 de maio (quando o governo dizia ter perto de 300 votos e veio à tona a delação da JBS), para que possamos votar a reforma na Câmara. A ideia é ter essa votação encerrada no Senado na primeira quinzena de outubro.

Mas a votação mostrou que o governo não tem os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência na Câmara...

O resultado de hoje é uma demonstração de força do governo e os indicadores apresentam números altamente positivos. Embora não seja a mesma coisa, é muito auspicioso o número de votos que conseguimos para a rejeição da denúncia contra o presidente.

O problema é que a base aliada continua muito dividida e essa reforma é muito impopular.

Nós estamos reaglutinando a base nesse processo. Não há parlamentar da base que não esteja convencido de que a reforma da Previdência é imperiosa. Se não a fizermos, em 2024 toda a receita da União vai para a folha de pagamento dos servidores, além de saúde, educação (despesas obrigatórias por lei) e previdência. Nada mais. Daí em diante tudo vai piorando e não teremos os mesmos recursos nem para saúde e educação.

Como contornar o racha do PSDB e mantê-lo na base?

O PSDB está dividido, meio para cá e meio para lá, mas isso é um problema interno do partido. Nós temos toda a boa vontade possível com o PSDB, que tem nosso crédito. Nós não queremos que o PSDB saia.

Haverá retaliação aos aliados infiéis, exonerações, mudanças no ministério?

Não haverá retaliação aos partidos.

Fala-se que o governo teve uma vitória de Pirro, porque o presidente continua muito enfraquecido e não terá força suficiente para aprovar as reformas. Como o senhor responde?

Conversa. Quero saber qual foi o governo, na história recente do Brasil, que conseguiu aprovar tanto quanto nós aprovamos no Congresso. A reforma trabalhista era um tema tabu e nós conseguimos fazer mais de cem alterações na CLT.

O governo terá força para reagir novamente se o procurador-geral Rodrigo Janot apresentar mais denúncias?

Se houver outra denúncia, terá o mesmo tratamento que teve essa. Vamos trabalhar pela rejeição dela na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e no plenário da Câmara.

A oposição alega que o governo só conseguiu esse placar por causa do "toma lá dá cá", distribuindo cargos e emendas.

Não houve toma lá dá cá. As emendas são impositivas e foram empenhadas tanto para a base do governo como para a oposição. Todos têm direito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o governo já chegou ao limite de mudanças no texto para aprovação da reforma da Previdência. Em entrevista após reunião de balanço de um ano do governo Michel Temer, no Palácio do Planalto, ele afirmou que o Executivo espera que a proposta seja votada no Congresso Nacional até o fim do primeiro semestre. O ministro disse ainda que o governo não pensa em aumentar impostos, caso a reforma não seja aprovada.

"Já chegamos no ponto em que o governo federal tinha estabelecido como limite: 75% do que foi mandado para Congresso Nacional. E já chegamos aos 75%. Portanto, da parte do governo, não há disposição para fazer nenhuma outra concessão", declarou Padilha. Ele afirmou que o governo está "avançando muito bem" nos temas nos quais já fez algum tipo de concessão e que as contas para alcançar os 308 votos mínimos necessários para aprovar a reforma no plenário da Câmara "estão bem".

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"Os números são bons. Continuamos trabalhando, conscientizando que a reforma é fundamental. E a reforma da Previdência é a pedra de toque para o Brasil nos próximos anos. Ou fazemos a reforma da Previdência, ou então vamos ter de volta a inflação, os juros altos, mais desemprego ainda", disse o ministro. Questionado se o governo cogita aumentar impostos, caso a proposta não seja aprovada, respondeu: "O governo não pensa em aumentar impostos".

Padilha previu que o PMDB poderá aprovar o fechamento de questão a favor da reforma, o que obrigará deputados e senadores do partido a votarem a favor da proposta, sob pena de serem punidos até com expulsão da sigla. "Vi que mais de 50 parlamentares do PMDB na Câmara pediram fechamento de questão.

Seguramente a comissão executiva vai analisar o tema e, possivelmente, aprovar", afirmou. Ele disse acreditar que o PSDB, um dos principais aliados do governo, também fechará questão.

"A tendência hoje é o fechamento de questão tendo em vista a importância e a relevância da reforma da Previdência", disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

Jucá afirmou ainda que estão tratando com outros partidos "para haver união de pensamento". "O PMDB vai colocar essa questão em pauta", declarou. Segundo o líder do governo, é importante fazer a reflexão de quanto o País já caminhou e quanto ainda precisa caminhar.

O ministro dos Transportes, deputado licenciado Maurício Quintella (PR-AL), afirmou que seu partido não deverá fechar questão a favor da reforma da Previdência. A legenda tem a quinta maior bancada da Câmara, com 39 deputados. "Acho difícil fechar questão. Não fechamos nem na trabalhista", afirmou Quintella, em entrevista após reunião de balanço de um ano do governo Michel Temer, no Palácio do Planalto.

O ministro ressaltou, porém, que a sigla vai dar "total apoio" ao governo. "Espero dar igual ou mais votos do que na reforma trabalhista", disse. De 39 deputados do PR, 28 votaram a favor; 7, contra; e 4 faltaram. Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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