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As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram neste domingo (7) que concluiu as operações no norte da Faixa de Gaza ao desmantelar a infraestrutura militar do grupo terrorista Hamas. Segundo o porta-voz das FDI, Daniel Hagari, o foco da operação militar será "construir sobre o que foi alcançado" na região e se concentrar nas áreas central e sul do enclave. Uma guerra contra o Hezbollah, na fronteira com o Líbano, também está no radar israelense.

O fim das operações no norte de Gaza foi anunciado nas vésperas da visita do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, a Israel. Blinken e outras autoridades do governo Joe Biden pressionam o país a reduzir a campanha aérea e terrestre na Faixa de Gaza e optar por ataques mais direcionados aos líderes do Hamas, com o objetivo de reduzir danos aos civis palestinos.

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O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, ressaltou ontem que o fim das operações no norte não significa que a guerra está terminada. Ele diz que o Hamas ainda não foi destruído e nem todos os reféns, resgatados. Há semanas, Israel concentra as operações no sul de Gaza, onde a maioria dos 2,3 milhões de palestinos se encontram.

Mortes no sul

Na cidade de Rafah, no sul, dois jornalistas foram mortos ontem em um ataque aéreo. Dentre as vítimas, está Hamza Dahdouh, filho mais velho de Wael Dahdouh, principal correspondente da emissora Al Jazeera em Gaza, segundo informou o canal e os médicos locais.

Dahdouh já havia perdido outros quatro parentes - sua esposa, dois filhos e um neto - em um ataque em 26 de outubro, e ele próprio foi ferido em outro ataque israelense no mês passado, que matou um colega. "O mundo está cego para o que está acontecendo na Faixa de Gaza", disse.

Em Khan Younis, pelo menos sete pessoas que estavam abrigadas em uma casa morreram após o local ser bombardeado. Autoridades do hospital Nasser, na cidade, também receberam os corpos de 18 pessoas, incluindo 12 crianças, mortos em outro ataque.

Hezbollah

Enquanto os ataques continuam no sul de Gaza, as preocupações na fronteira de Israel e do Líbano continuam devido aos combates entre os militares israelenses e os militantes do Hezbollah. Em conversa com autoridades americanas que estão na região para evitar uma escalada no conflito, as autoridades de Israel deixaram claro que podem lançar uma grande operação militar no país vizinho. "Preferimos o caminho de um acordo diplomático, mas estamos nos aproximando do ponto em que a ampulheta vai virar", disse o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, no dia 5.

Os americanos estão preocupados de que uma ofensiva no Líbano seja usada por Netanyahu para se manter no poder, em meio às críticas internas sobre o fracasso do governo em impedir o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro. Caso o conflito com o Hezbollah aumente, uma avaliação da espionagem americana indica que seria difícil para as FDI serem bem-sucedidas devido a ativos e recursos militares empregados na Faixa de Gaza.

Segundo as autoridades americanas, o Hezbollah não têm interesse em uma guerra na região. Em um discurso no dia 5, o líder do grupo, Hasan Nasrallah, prometeu uma resposta à ação de Israel que matou um líder do Hamas em Beirute, capital libanesa, mas deu a entender que estaria aberto a negociações.

Os EUA afirmam que uma escalada no Líbano poderia atrair o Irã, que apoia tanto o Hezbollah quanto o Hamas, e forçar os Estados Unidos a responder militarmente em nome de Israel. As autoridades temem que um conflito desse tipo supere o derramamento de sangue da guerra entre Israel e Líbano em 2006, que afetou mais de 500 mil pessoas, devido ao arsenal maior de armas de precisão e de longo alcance do Hezbollah. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, disse nesta terça-feira (19) que é "inviável" que todas as decisões monocráticas sejam analisadas pelo plenário da Corte e que as decisões proferidas por um único ministro são "imperativo da realidade do tribunal". Ele citou dados sobre a quantidade de processos em tramitação na Corte e disse que só em 2023 o Supremo recebeu 78.242 processos, "o que certamente é um recorde mundial".

"O padrão desejado é que todas as cautelares relevantes (sejam analisadas no) plenário, mas é preciso que se tenha consciência da impossibilidade. Seria simplesmente inviável que todas as decisões monocráticas viessem ao plenário, de modo que as decisões monocráticas são um imperativo da realidade do tribunal", disse Barroso em discurso na última sessão do STF do ano.

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De acordo com Barroso, a Corte tem hoje 24 mil processos em tramitação e proferiu 101 mil decisões em 2023 (84 mil monocráticas e 17 mil colegiadas).

"Tivemos um aumento de cerca de 10% da demanda no Supremo, substancialmente motivada pelas ações penais do 8 de janeiro", disse Barroso, que também enalteceu a volta dos julgamentos das ações penais para as turmas como uma "mudança muito importante aprovada pela maioria" do tribunal.

O ministro citou ainda um aumento das reclamações constitucionais (classe de ações que pede a preservação da jurisprudência do Supremo), que passaram de 6.242 em 2022 para 7.081 em 2023. A maior parte dessas ações questiona decisões de tribunais trabalhistas.

Sobre a reestruturação administrativa feita na sua gestão, Barroso destacou a contratação de um economista, Guilherme Resende, que fica à disposição do presidente da Corte e dos demais ministros para realizar análises econômicas sobre as ações em tramitação. De acordo com Barroso, Resende "prestou contribuição valiosa" na realização de estudos sobre a correção do FGTS, precatórios e execuções fiscais.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, disse que o tribunal economizou neste ano R$ 250 milhões, que foram devolvidos ao Ministério do Planejamento em novembro. O ministro fez um balanço das atividades do ano na sessão de encerramento do TSE, realizada há pouco.

Moraes também disse que determinou a produção de novas urnas eletrônicas e 64,5% dos novos equipamentos contratados já foram produzidos. De acordo com o ministro, 138.403 novas urnas já foram entregues aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) para serem usadas nas eleições municipais de 2024.

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Ainda em relação às eleições de 2024, o presidente da Corte eleitoral disse que, passados 74 dias após a abertura do código-fonte das urnas, apenas o União Brasil realizou a inspeção. Outras quatro inspeções estão previstas para o próximo ano, pela Sociedade Brasileira de Computação, Controladoria-Geral da União (CGU), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e Senado.

Na sessão, a vice-presidente da Corte, Cármen Lúcia, destacou que o ano termina com a "democracia inabalada". O procurador-geral da República, Paulo Gonet, que foi vice-procurador eleitoral e tomou posse como PGR na segunda-feira, 18, agradeceu ao TSE pela consideração ao Ministério Público e pelo "exemplo de dedicação à democracia e ao serviço do direito".

A Braskem informou na manhã desta segunda-feira, 4, que as atividades de extração de sal-gema da petroquímica em Alagoas foram encerradas em maio de 2019 e que, desde então, vem adotando medidas para o fechamento definitivo dos poços de sal, que está previsto para meados de 2025.

Segundo a companhia, o plano de fechamento definitivo de 35 cavidades atingiram 70% de avanço. Destas, 9 receberam recomendação de preenchimento com areia, com 5 já tendo preenchimento concluído, 3 em trabalhos de preenchimento em andamento, e 1 pressurizada, indicando que não é mais necessário realizar o preenchimento.

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Outras 5 cavidades tiveram confirmado o status de autopreenchimento. E as 21 cavidades restantes estão sendo tamponadas e/ou monitoradas, sendo que em 7 delas o trabalho foi concluído.

"Adicionalmente, no contexto do monitoramento preventivo do solo que vem sendo realizado desde 2019, foram registrados recentemente microssismos e movimentações de solo atípicas concentrados no local da Cavidade 18, tendo a Braskem paralisado preventivamente suas atividades de preenchimento de poços na área, assim como as atividades preparatórias para o início do preenchimento da Cavidade 18", afirma a companhia, em comunicado ao mercado.

A Braskem diz ainda que o processo de desocupação preventiva da área se iniciou em dezembro de 2019 e que a área de risco do mapa definida pela Defesa Civil de Maceió está integralmente desocupada. A área de resguardo no bairro do Mutange, onde fica a Cavidade 18, já estava desocupada, sem nenhuma pessoa residindo nessa área, desde abril de 2020.

"Os dados atuais de monitoramento demonstram que a condição de movimentação do solo segue concentrada na área da Cavidade 18. Todos os dados estão sendo compartilhados em tempo real com as autoridades, com quem a Companhia vem trabalhando em colaboração, prestando todas as informações", afirma a Braskem.

Os metroviários decidiram encerrar a greve na noite desta terça-feira (3) e recusaram propostas de realizar nova paralisação na próxima semana. A decisão foi tomada durante assembleia da categoria.

Foram apresentadas propostas pela continuidade da greve, sem interrupção, e pelo encerramento da paralisação com nova assembleia no dia 8 ou 9 e greve no dia seguinte. Mas, essas propostas de retomar a paralisação na próxima semana foram derrotadas.

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O resultado da votação foi anunciado pouco depois das 21h. Foram 2.952 votos, dos quais 2.331 pelo encerramento da greve e 587 por mantê-la. A proposta de nova paralisação na próxima semana foi recusada por 1.161 metroviários.

A greve unificada desta terça-feira foi em protesto contra o plano da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) de desestatizar as empresas públicas. O interesse pela privatização de linhas de Metrô e da CPTM, bem como da Sabesp, já era anunciado por Tarcísio desde a época de campanha eleitoral, no ano passado.

A greve conjunta de 24 horas contra privatizações convocada pelos sindicatos de funcionários da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) afetou mais de 3 milhões de pessoas direta ou indiretamente na Grande São Paulo nesta terça-feira - só as linhas do metrô paralisadas têm média diária de 2,7 milhões de atendidos.

Os sindicalistas alegam que a entrega da operação ao sistema privado pode tornar os serviços mais caros e com pior qualidade. O grupo cita, como argumento, falhas frequentes, como lentidão e descarrilamentos, nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, ambas administradas pela ViaMobilidade. Os erros levaram ao aumento de reclamação dos usuários do transporte e até investigação por parte do Ministério Público.

Na manhã desta terça-feira, em pronunciamento à imprensa sobre a greve, o governador Tarcísio de Freitas criticou o movimento organizado pelos sindicatos e ainda elogiou o trabalho das concessionárias que operam as linhas não afetadas pela greve. Por terem administração privada, as linhas 4-Amarela e 5-Lilás do Metrô e as 8-Diamante e 9-Esmeralda, da CPTM, não paralisaram as atividades em virtude do movimento de greve.

Linhas do metrô e trens metropolitanos em funcionamento nesta terça-feira (3):

Metrô

- Linha 1-Azul: fechada

- Linha 2-Verde: fechada

- Linha 3-Vermelha: fechada

- Linha 4-Amarela (ViaQuatro): funcionamento normal

- Linha 5-Lilás (Via Mobilidade): funcionamento normal

- Linha 15- Prata: fechada

Trens

- Linha 7-Rubi: de Caieiras à Luz

- Linha 8-Diamante (Via Mobilidade): funcionamento normal

- Linha 9-Esmeralda (Via Mobilidade): linha em operação e trecho entre Pinheiros a Jaguaré operando via singela

- Linha 10-Turquesa: fechada

- Linha 11-Coral: de Guaianases à Luz

- Linha 12-Safira: fechada

- Linha 13-Jade: fechada

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concluiu a agenda de trabalho em Nova York, nos Estados Unidos, e está a caminho de volta para o Brasil.

O avião que levará Haddad estava previsto para decolar às 19h30 (hora local, 20h30 de Brasília). O ministro brasileiro teve uma agenda complementar a de Lula que veio a Nova York para discursar na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

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Hoje, Haddad acompanhou o presidente na bilateral com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e também se reuniu com a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, encerrou às 11h05 dessa quinta-feira o desfile de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios. Foram cerca de 2 horas de cerimônia, concluídas com apresentação da Esquadrilha da Fumaça - uma atração tradicional da solenidade. Não foram registrados incidentes e o evento transcorreu em clima de tranquilidade.

Lula participou com a primeira-dama, Janja Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e diversos ministros.

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Não compareceram os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Flávio Dino (Justiça), Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), Carlos Lupi (Previdência) e Mauro Vieira (Relações Internacionais). Ana Moser, de saída do Esporte, também não compareceu.

O ministro Márcio França, que está sendo realocado de Portos e Aeroportos para Micro e Pequenas Empresas contra sua vontade, estava na tribuna mas manteve distância de Lula.

Também compareceram os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em Alagoas, não compareceu.

A cerimônia foi pensada para transmitir uma mensagem de união. No último governo, Jair Bolsonaro costumava usar o Dia da Independência para tensionar o ambiente político.

Clima amigável e sem protestos

O desfile de 7 de Setembro ocorreu sem maiores incidentes, sob aplausos do público e com clima amigável, sem protestos ou vaias da oposição ao governo. Ao contrário dos anos do ex-presidente Jair Bolsonaro, em que houve cartazes pedindo intervenção militar e ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), o público das arquibancadas ostentava apenas bandeiras do Brasil.

As camisetas de cores verde e amarela não foram predominantes, mas apareceram em maior número do que as vermelhas.

A entrada às arquibancadas foram restritas a 30 mil pessoas.

Quem chegou após a capacidade ser atingida precisou ficar do lado de fora, acompanhando o desfile por telões.

Nas entradas, houve registro de frustração de quem não conseguiu acesso.

Viagem para a Índia

Lula vai às 14 horas (de Brasília) para a Índia, onde participará de reunião do G20. Ele deve embarcar de volta para o Brasil na segunda-feira, dia 11.

A Intel encerrará a produção de seus chips Blockscale, lançados em junho de 2022, dedicados à exploração de criptomoedas. Apesar da alta recente, principalmente de Bitcoins, a demanda de mineração caiu por estar cada vez mais cara. Segundo porta-voz da empresa, eles continuarão a dar suporte aos chips ASIC aceleradores de blockchain, mas a partir de 20 de outubro, não receberão novas encomendas do produto. 

A medida estabelecida pela empresa visa focar investimentos em programa de “2.0 de fabricação de dispositivos integrados” (IDM 2.0). A estratégia IDM 2.0 anunciada em 2021 pelo CEO, Pat Gelsinger, busca tornar a Intel a segunda maior fabricante de semicondutores até o final da década.

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O modelo se divide na criação de novas plantas, dedicadas a seus chips proprietários, e contratos com fábricas terceirizadas para viabilizar a expansão de sua carteira de clientes.

Atualmente, as principais fornecedoras de semicondutores (microchips) do mercado são a TSMC e Samsung, com clientes como Nvidia, AMD, Apple e Qualcomm. Para rivalizar com as gigantes asiáticas, a Intel se viu obrigada a focar esforços em ampliar fundições próprias, deixando de lado projetos menos promissores.

Ainda segundo o porta-voz da empresa, eles continuarão a monitorar o mercado de criptomoedas. Contudo, o momento é pouco propício para investir em chips dedicados à exploração.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou na segunda-feira (10) uma resolução bipartidária aprovada no Congresso para encerrar a emergência nacional em resposta à pandemia da Covid-19, após três anos. A medida é adotada semanas antes de que vencesse o prazo previsto para essa emergência.

O estado de emergência nacional liberava o governo para adotar medidas abrangentes em resposta ao vírus e apoiar os sistemas econômico, de saúde e bem-estar do país.

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Algumas das medidas já foram reduzidas com sucesso, enquanto outras ainda estão sendo gradualmente cortadas.

A emergência de saúde pública - que dá margem para restrições duras à imigração na fronteira com o México - deve vencer em 11 de maio.

A Casa Branca emitiu um comunicado de uma linha, na segunda-feira, para dizer que Biden havia assinado a medida a portas fechadas, após ter se declarado em público contra ela, mas não a ponto de vetá-la.

Mais de 1,13 milhão de pessoas morreram nos EUA de covid-19 nos últimos três anos, entre elas 1.773 na semana encerrada em 5 de abril. Fonte: Associated Press.

O PSDB encerra amanhã quase três décadas de poder em São Paulo sem uma liderança paulista forte e cada vez mais distante das decisões nacionais. A vitória de Tarcísio de Freitas (Republicanos) não apenas pôs fim à era tucana como deixou o partido refém de alianças para se manter influente no Estado que lhe deu sete vitórias eleitorais consecutivas, desde Mário Covas.

Após obter 18,4% dos votos válidos em sua tentativa de reeleição, o futuro do atual governador, Rodrigo Garcia, é incerto. Filiado ao PSDB apenas para disputar o pleito, o tucano que fez sua vida política no antigo DEM tem dito que fica, mas sem a garantia de liderar qualquer processo de reestruturação - o plano é deixar o País em 2023 para estudar.

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Ao apoiar o presidente Jair Bolsonaro no pleito nacional, Garcia expôs os recorrentes rachas tucanos, antecipou a saída de João Doria da sigla, que já havia perdido Geraldo Alckmin (eleito vice-presidente da República pelo PSB), e não conseguiu eleger José Serra como deputado federal. Sem os chamados cabeças brancas, os tucanos de São Paulo têm hoje na senadora Mara Gabrilli sua principal representante. Mas até ela pensa em deixar a sigla.

Divisões

"Vejo como obscuro o futuro do partido. Nem mesmo eu tenho certeza se fico. O PSDB desrespeita os próprios tucanos, que não são ouvidos. Essa eleição foi muito injusta, vi muita gente perdendo a calma. E, nós, na eleição presidencial, não tivemos apoio", disse ela, em referência à sua candidatura a vice na chapa de Simone Tebet (MDB). "O que mais desanima no PSDB são as disputas internas. É muita vaidade. Não está favorável seguir no partido. Estou pensando, avaliando possibilidades e o quanto vale a pena ficar."

As vaidades citadas por Mara se revelaram em lutas fratricidas que ajudaram a reduzir o peso do partido nos últimos anos, na avaliação da professora de Ciência Política Tathiana Chicarino, da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp). O racha se acentuou com a eleição de Doria, em 2018, colado na imagem do então candidato ao Planalto Jair Bolsonaro.

Naquele ano, a eleição já foi a mais apertada, com o ex-prefeito saindo-se vitorioso sobre Márcio França (PSB) com uma diferença de 741 mil votos. Depois, o avanço da direita mais radical acabou por diminuir a sigla especialmente em São Paulo, que fez só três deputados federais. "Com a perda do governo, o partido fica ainda mais fragilizado", disse Tathiana.

Para o cientista político Bruno Silva, a perda do Estado reduz automaticamente a relevância do PSDB. "Estar à frente de São Paulo conferia importante peso político à sigla, oferecendo-lhe condições de produzir lideranças nacionais."

Segundo o presidente estadual do PSDB, Marco Vinholi, o partido pretende, agora, resgatar suas raízes. O plano, disse, é estar mais próximo do "pulsar das ruas".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A oposição venezuelana pôs fim nesta sexta-feira, 30, ao "governo interino" de Juan Guaidó, reconhecido pelos Estados Unidos e pelo Brasil, após quatro anos de uma ofensiva frustrada para tentar depor o presidente socialista Nicolás Maduro.

Reunida no Parlamento eleito em 2015, de maioria absoluta e que defende a sua continuidade por considerar fraudulenta a vitória do chavismo nas eleições legislativas de 2020, a liderança opositora decidiu pelo fim do governo interino a partir de 5 de janeiro, por 72 votos a 29 e 8 abstenções.

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A derrota política de Guaidó, rosto da oposição ao governo de Maduro perante a comunidade internacional, ocorre quando os adversários do presidente planejam eleições primárias nas quais definirão quem o enfrentará nas eleições previstas para 2024.

Guaidó, presidente da Assembleia opositora, não conseguiu formar maioria para manter a figura interina apesar de alertar em vídeo publicado dois dias antes que sua eliminação implicaria em "risco real de perder bens, ações judiciais ou mesmo ser entregue ao ditador".

A decisão foi tomada por ex-deputados da Assembleia eleitos em 2015 que continua a exercer paralelamente e simbolicamente, apesar de seu mandato ter terminado em 2021. Maduro recuperou o poder da Assembleia Nacional.

Os partidos que votaram a favor da eliminação do período interino propõem a criação de uma comissão encarregada de administrar o patrimônio do Estado da Venezuela no exterior que ainda estão nas mãos da oposição com reuniões ad hoc do Banco Central da Venezuela e a estatal petrolífera PDVSA, para manter assim o controle da Citgo - refinaria com base em Houston (EUA) anteriormente controlada pelo governo Maduro. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Após a compra do Twitter por Elon Musk, a rede social abandonou sua política contra desinformação sobre a COVID-19. A mudança no algoritmo passou a valer desde a semana passada.

De acordo com uma atualização no blog oficial do Twitter: "O Twitter não está mais aplicando a política relacionada a informações enganosas sobre o COVID-19“. O texto não especifica quais medidas  serão deixadas para trás, e a organização não respondeu imediatamente à imprensa”.

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Em 2020, foram aplicadas uma série de mudanças na rede social para combater a desinformação sobre o coronavírus. Exemplos das funcionalidades incluem avisos em tweets com informações contestadas e mensagens que reforçam a importância da leitura de outros artigos antes de compartilhá-los.

A atualização nas políticas do Twitter acontecem em meio a um momento de grande instabilidade para a empresa. Após sua venda, grande parte do quadro de funcionários foi demitido e/ou substituído.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, reconheceu nesta quinta-feira (17) o trânsito em julgado de duas decisões que mantiveram a sentença do Superior Tribunal de Justiça de restabelecer as condenações de policiais militares envolvidos no massacre do Carandiru - quando 111 presos do Pavilhão 9 da Casa de Detenção, em São Paulo, foram mortos após uma rebelião no dia 2 de outubro de 1992.

O certificado de trânsito em julgado significa que não podem mais ser questionados dois despachos de autoria de Barroso - um negando tentativa da defesa dos PMs de derrubar as sentenças e outro negando pedido do Ministério Público de São Paulo por considerar que a solicitação já havia sido atendida pelo STJ.

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Os despachos do magistrado foram assinados nesta quarta-feira (16) um dia depois da morte do ex-governador Luiz Antonio Fleury Filho, que chefiava o Executivo estadual quando ocorreu a chacina no antigo presídio na zona norte de São Paulo.

Barroso determinou ainda a remessa dos autos para o Tribunal de Justiça paulista. A avaliação de fontes ligadas ao Ministério Público é a de que a Corte paulista pode até expedir mandados de prisão contra os 74 policiais militares condenados pelo Tribunal do Júri a penas que vão de 48 anos a 624 anos de prisão pelo assassinato dos presos. O TJ vai analisar uma apelação dos agentes e estabelecer as penas - sendo que de tal decisão pode caber recurso.

Os policiais foram considerados coautores das mortes nos andares em que cada fração de tropa atuou. As penas mais altas foram para os homens da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), que ocuparam o terceiro pavimento (segundo andar) do Pavilhão 9, onde 73 dos 111 presos foram mortos.

Com a decisão de Barroso, encerrou-se a tramitação do caso no Supremo, que analisava dois recursos extraordinários com agravo. Um deles, interposto pelo Ministério Público de São Paulo, pedia ao Supremo o restabelecimento da condenação dos policiais.

Em agosto, o ministro considerou que a solicitação estava prejudicada, já que o Superior Tribunal de Justiça havia derrubado a absolvição dos PMs. Já o outro questionamento foi feito pela defesa dos policiais, impugnando a decisão do STJ. Barroso negou tal recurso também em agosto, por questões processuais.

A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça deve julgar a apelação criminal dos acusados na próxima terça-feira, 22, depois que o Superior Tribunal de Justiça anulou a decisão do colegiado que absolvera os réus. A Corte superior revalidou seis julgamentos do 2º Tribunal do Júri de São Paulo, que condenaram os policiais.

Com a decisão unânime da 5ª Turma do STJ dada em 2021 e, agora, com os despachos de Barroso, a condenação dos réus se tornou definitiva e não pode mais ser discutida pelo Poder Judiciário, cabendo aos desembargadores da 4ª Câmara Criminal do TJ paulista decidirem os desdobramentos da sentença, inclusive a pena e o regime de prisão a serem impostos aos PMs pelo massacre. O caso é o 6º item da pauta dos desembargadores.

O procurador Maurício Ribeiro Lopes pretende pedir a manutenção das condenações dadas pelo júri. Os jurados consideraram existir o dolo de matar para cada um dos casos como ações autônomas - o chamado concurso material, o que fez com que as penas finais fossem a soma das sanções para cada homicídio imputado aos réus.

A defesa requer a diminuição das penas, para que seja considerado que houve uma única ação com várias vítimas, o chamado concurso formal. Tal contexto faria a pena ser a correspondente ao do homicídio qualificado (12 anos), podendo ser acrescida de um terço a dois terço dos demais crimes.

O Estadão procurou o TJ para saber se a decisão de Barroso provocará a expedição imediata dos mandados de prisão, mas até agora não obteve resposta. A reportagem apurou que os desembargadores pretendem deixar essa decisão para a sessão de terça-feira.

As inscrições do concurso público para professor de magistério superior da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), se encerram neste sábado (7). Ao todo serão ofertadas 36 vagas.  

Os profissionais selecionados terão remunerações mensais entre R$ 2.236,32 e R$ 9.616,18, com cargas horárias de 20 a 40 horas semanais.  

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A taxa de inscrição é de R$ 239,00. O período para solicitar isenção do pagamento vai de 5 a 14 de agosto. As vagas são para os Centros de Artes e Comunicação (CAC); Ciências Médicas (CCM); Acadêmico do Agreste (CAA); Exatas e da Natureza (CCEN); Ciências da Saúde (CCS); Ciências Sociais Aplicadas (CCSA); Educação (CE); e Informática (CIn). Conforme Resolução do Cepe nº 15/2022, o concurso tem quatro etapas obrigatórias: prova escrita (eliminatória); prova didática (eliminatória); defesa de memorial (eliminatória); prova de títulos (classificatória). 

O docente ingressa na carreira de magistério superior na Classe A, nível 1, com as denominações professor adjunto A, se portador do título de doutor; professor assistente A, se portador do título de mestre ou; professor auxiliar, se graduado ou portador de título de especialista. A remuneração varia de acordo com a titulação e o regime de trabalho, que pode ser de 20h ou 40h com dedicação exclusiva (DE). 

Para mais informações acesse o edital.

A Polícia Federal no Distrito Federal encerrou, sem indiciamentos, o inquérito que apurava negócios envolvendo o filho mais novo do presidente Jair Bolsonaro, Jair Renan Bolsonaro. A investigação que buscou esclarecer se ele usou o acesso ao Planalto para obter benefícios pessoais foi remetida ao Ministério Público Federal.

Jair Renan prestou depoimento no bojo da investigação em abril, ocasião na qual o filho mais novo de Bolsonaro negou ter interferido na agenda do governo ou recebido vantagens por isso. A apuração se debruçou sobre possíveis crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro envolvendo um grupo empresarial do setor de mineração o filho '04' de Bolsonaro.

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A investigação foi aberta depois que o jornal O Globo divulgou que o filho do presidente teria recebido um carro elétrico de representantes da Gramazini Granitos e Mármores Thomazini, avaliado em R$ 90 mil. Um mês após a doação, em outubro de 2020, a empresa conseguiu agendar um encontro com o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, com participação de Jair Renan.

ABIN

Nesta terça-feira (30), o jornal O Globo mostrou que a Polícia Federal afirmou, em relatório, que a Agência Brasileira de Inteligência atrapalhou uma investigação contra Jair Renan. Em depoimento, segundo a reportagem, um integrante da agência admitiu ter recebido a missão de levar informações sobre o inquérito relacionado ao filho de Bolsonaro com o objetivo de "prevenir riscos à imagem" do presidente da República.

Após a suposta interferência vir à tona, Bolsonaro negou ter influência sobre a Abin. "Investigue. Não compare meus filhos com os do Lula. Vocês passaram anos sem falar do filho do Lula. Qualquer filho tem de ser investigado, agora parem de massacrar", disse Bolsonaro ao sair de um evento, em Brasília, com empresários dos setores de comércio e serviços. "Não sei. Não tenho influência sobre a Abin, ela faz seu trabalho", emendou.

A saga judicial-financeira do ex-bilionário Eike Batista pode estar mais perto de um fim. Nesta terça-feira (16), devem ser conhecidas as propostas por um lote de debêntures da Anglo American, grupo britânico que comprou o projeto de mineração Minas-Rio, da mineradora MMX, de Eike, em 2008. Esses títulos foram ‘descobertos’ dentro do emaranhado de companhias criadas pelo empresário antes de sua derrocada. O lance mínimo é de R$ 1,25 bilhão, dinheiro que seria suficiente para quitar boa parte dos débitos remanescentes - o empresário informou este ano ter recebido oferta de quase R$ 2 bilhões pelos papéis. Dois fundos internacionais, o Oaktree e o Vox Royalty, e o BTG Pactual estão na disputa, segundo revelou a Coluna do Broadcast no último dia 9.

As maiores dívidas conhecidas de Eike somam algo perto de R$ 2 bilhões - sendo R$ 1,2 bilhão da falência da MMX e cerca de R$ 800 milhões do acordo de delação fechado no Supremo Tribunal Federal no âmbito da Operação Lava Jato. Há ainda uma certa incerteza em relação ao passivo tributário. A União cobra R$ 3,5 bilhões da MMX, mas esse débito é passível de recurso e não tem prazo para ser pago.

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Vender as debêntures para quitar as dívidas, porém, não está sendo fácil. Um processo de venda, de dezembro do ano passado, foi suspenso. Este ano, novos leilões judiciais foram convocados. Os títulos estavam no patrimônio da NB4, elo da "cadeia" de firmas usada por Eike para gerir seus bens. Foram localizados pela Associação Brasileira de Investidores (Abradin), cuja origem remonta às primeiras mobilizações de acionistas minoritários lesados pela derrocada do Grupo X e que foi aceita como parte interessada no processo que buscou o patrimônio pessoal de Eike na falência da MMX, segundo Aurélio Valporto, presidente da entidade.

"Começamos a baixar tudo quanto é documento que tinha na Junta Comercial (do Rio)", diz Valporto, lembrando do trabalho de busca por ativos em empresas ligadas a Eike, no início de 2021. "Não conseguíamos achar nada. Até que deu um estalo e falamos: poxa, vamos procurar no emissor. Aí, conseguimos achar a escritura da debênture. Quando fizemos o primeiro ‘valuation’ (avaliação do valor de determinado ativo) da debênture, falei: isso aqui vale centenas de milhões e o cara estava escondendo!"

Como o ativo é valioso, a descoberta causou uma reviravolta na novela. Na disputa de interesses conflitantes, o empresário falido sempre tende a preferir que nada do patrimônio pessoal entre no processo. Uma vez que algo entra, é de seu interesse que seja vendido por preço elevado o suficiente não só para pagar as dívidas, mas, quem sabe?, para sobrar algo para si. Aos credores, interessa recuperar as perdas. Portanto, basta que o ativo seja vendido pelo equivalente às dívidas - eles nada ganham com valores além. Assessores financeiros, administradores judiciais e demais intermediários ganham um porcentual das operações de venda - para eles, quanto maiores os valores, maiores os honorários, que podem chegar a milhões, no caso da MMX.

Com o aval da juíza Cláudia Helena Batista, da 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte, o administrador judicial Bernardo Bicalho vem tocando a venda das debêntures desde o ano passado. Em dezembro, organizou um "processo competitivo" para encontrar um comprador. A proposta vencedora, de R$ 612 milhões, foi da Argenta Securities, offshore sediada nas Ilhas Virgens Britânicas. O valor é inferior ao total das dívidas, mas, em processos do tipo, é normal os credores aceitarem menos, desde que vejam logo a cor do dinheiro.

Rei das quentinhas

Só que a proposta da Argenta não foi concretizada. A offshore se apresenta como empresa de investimentos. Segundo uma fonte ouvida sob condição do anonimato e documentos, a Argenta pertence à família de Jair Coelho, empresário falecido em 2001 - que ficou conhecido no Rio, no fim dos anos 1990, como o "Rei das Quentinhas", por dominar o fornecimento de refeições para órgãos públicos, com destaque para os presídios fluminenses, e enfrentou acusações de superfaturamento e sonegação fiscal. Jorge Antônio da Cunha Lima Coelho, filho de Jair, assina em nome da Argenta. Um processo de 2021 que corre no TJ-RJ, e tem o espólio do empresário como parte, cita a Argenta como "empresa de propriedade" de Jair Coelho.

Em mais uma reviravolta, neste ano, uma manifestação de Eike e de novos assessores financeiros do empresário pediu que uma nova operação de venda fosse realizada. O motivo: o empresário havia recebido uma proposta para vender as debêntures por US$ 350 milhões, entre R$ 1,8 bilhão e R$ 1,9 bilhão, dependendo da taxa de câmbio, acima, portanto, da proposta da Argenta. A juíza acatou o pedido e, no fim de maio, determinou a realização de um leilão judicial. A proposta de US$ 350 milhões entrou como lance mínimo, segundo o edital do leilão.

A Argenta acionou a 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte para impedir a convocação do certame. Para reforçar que o pagamento dos R$ 612 milhões estaria seguindo os procedimentos conformes, os advogados da empresa anexaram uma carta-compromisso de investidores americanos, que teriam patrimônio sob gestão de cerca de US$ 60 bilhões e estariam dispostos a investir nos papéis.

Na carta, o Grupo DiFalco - sediado em Miami, se define como "firma de investimentos" que opera com "private equity" nos Estados Unidos, no Brasil e na Argentina - se apresenta como coinvestidor; os fundos CarVal Investors e Arena Investors, como financiadores.

Não deu certo. A 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte manteve o leilão. Um recurso aos desembargadores do TJ-MG não foi aceito. Mesmo assim, na interpretação da Argenta, caso não haja lances firmes no segundo leilão convocado em julho, o processo de venda de dezembro pode ser retomado, o que garantiria à offshore o direito de levar as debêntures por R$ 612 milhões.

Ofertas nebulosas

Para deixar tudo mais nebuloso, conforme documentos do processo, a oferta de US$ 350 milhões, que suscitou a convocação do primeiro leilão, foi feita por uma empresa chamada RC Group. A colunista Malu Gaspar, do jornal O Globo, revelou que a firma pertence a Renato Costa, empresário brasileiro radicado nos Estados Unidos e que responderia a pelo menos 18 processos no Brasil, inclusive por passar "cheques sem fundos" e sumir com um carro alugado.

Ao término do primeiro leilão, no início de julho, a RC Group não deu as garantias de que faria o pagamento. Para alguns, lembrou o acordo, anunciado em março de 2021, da MMX com a China Development Integration Limited (CDIL). O investidor chinês estaria disposto a aportar US$ 50 milhões na empresa, mas nunca deu garantias de que faria o investimento de fato - mesmo assim, a apresentação da proposta atrasou o processo de falência. Segundo uma fonte que pediu anonimato, assim como no caso da CDIL, a proposta do RC Group não era "firme".

Para essa pessoa, apenas diante da conclusão definitiva dos leilões judiciais será possível enxergar melhor se a saga de Eike poderá mesmo se aproximar do fim. As debêntures da Anglo são um "ativo muito bom", disse a fonte, mas os valores são elevados - no Brasil, só "cinco fundos" teriam recursos suficientes para fazer esse tipo de operação.

Antes do fracasso do primeiro leilão, o presidente do banco de investimentos BR Partners, Ricardo Lacerda, nomeado assessor financeiro para a operação, disse ao Estadão que havia apresentado os títulos a 43 investidores em potencial até meados de junho. No início de junho, o executivo avaliou que seria possível vender os títulos por cerca de US$ 500 milhões, R$ 2,7 bilhões pelo câmbio médio de julho.

As regras do edital do segundo leilão são mais rígidas, incluindo uma lista de critérios para que os proponentes comprovem sua capacidade financeira. Antes de entregar as propostas, em envelopes lacrados, tinham que ser habilitados. A audiência de terça-feira, 16, para abrir os envelopes, será virtual, por meio da plataforma on-line do TJ-MG, segundo uma fonte. No caso de empate de valores, poderá haver pregão com disputa em viva voz, lance a lance, segundo o edital.

O Uber Rewards, programa de recompensas gratuito do Uber, será encerrado em novembro deste ano, afirmou a empresa em email aos usuários. O programa dava pontos por cada viagem no app e podia ser trocado por descontos em produtos ou serviços. No Brasil, já é possível ver um aviso no topo da aba de recompensas da plataforma.

De acordo com a empresa, os pontos ainda serão acumulados até o fim de agosto e a troca por descontos - que pode ser em viagens ou em apps parceiros, como o booking.com - vale até dia 31 de outubro.

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"Foi uma viagem 5 estrelas, mas que está chegando ao fim: o programa Uber Rewards será encerrado em breve", afirmou o Uber no comunicado aos usuários.

O fim do Uber Rewards deve dar lugar para o foco em outro programa de "descontos" da empresa: o Uber One. A assinatura ainda não foi mencionada para o Brasil, mas já aparece como uma opção para usuários de outros países. Procurado pela reportagem, o Uber afirmou que ainda não tem previsão de chegada do serviço por aqui - mas que o pacote não é o mesmo do Uber Pass, assinatura de descontos dentro da plataforma.

"Uber One é um programa de assinatura novo que contempla benefícios que vão além da plataforma da Uber. O Uber Pass é um programa de assinatura com benefícios apenas na plataforma (descontos em viagens e pedidos)", afirmou a empresa em nota ao Estadão.

Esse não é o primeiro serviço do Uber que deixa de existir no País. Em março deste ano, a empresa anunciou o fim do Uber Eats por aqui. O aplicativo de delivery de restaurantes ficou, apenas, com a função de supermercado, por meio da Cornershop, e de entregas corporativas.

Interessados em participar do processo seletivo de ingresso 2022.2 do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) têm até esta sexta-feira (17) para realizar inscrições através do endereço eletrônico da seletiva. Mais uma vez, a seleção avaliará o histórico escolar ou notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). São aceitas as edições de 2017 a 2021.

Para esta edição do vestibular do IFPE são ofertadas 2065 para cursos técnicos na modalidade subsequente, direcionadas para quem concluiu o ensino médio; 352 para cursos técnicos na modalidade integrada ao ensino médio; 35 na modalidade Proeja – Qualificação Profissional, e 809 para cursos superiores (449 - modo presencial e 360 na modalidade Ead).

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De acordo com o cronograma do processo seletivo 2022.2,  a lista preliminar das inscrições será divulgada no dia 22 de junho, com prazo de retificação em 27 e 28 do mesmo mês. A lista final das candidaturas será publicada em 4 de julho. Nessa mesma data também será anunciado o resultado preliminar da seletiva. Os estudantes que desejarem interpor recurso podem solicitá-lo no dia 5 de julho. Em seguida, no dia 8 do mesmo mês está prevista a liberação dos aprovados. 

A Microsoft finalmente encerrará o suporte ao Internet Explorer em várias versões do Windows nesta quarta-feira (15), quase 27 anos após seu lançamento, em 16 de agosto de 1995. Depois de chegar ao fim de sua vida útil, o aplicativo de desktop Internet Explorer será desativado. Ele será substituído pelo novo Microsoft Edge, baseado em Chromium, com usuários redirecionados automaticamente para o Edge ao iniciar o IE11.

Essa aposentadoria afeta os aplicativos de área de trabalho do Internet Explorer 11 em versões específicas do Windows 10, entregues por meio do Canal Semestral (SAC) para sistemas que executam SKUs de cliente do Windows 10 (versão 20H2 e posterior) e Windows 10 IoT (versão 20H2 e posterior). O Internet Explorer também não está disponível no Windows 11, onde o novo Microsoft Edge baseado em Chromium é o navegador da Web padrão.

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As versões do Windows em que o Internet Explorer ainda estará disponível após 15 de junho de 2022 incluem o Windows 7 ESU, o Windows 8.1 e todas as versões do cliente Windows 10 LTSC, IoT e Server.

"O aplicativo de desktop Internet Explorer (IE) 11 encerrará o suporte ao canal semestral do Windows 10 a partir de 15 de junho de 2022", diz a Microsoft na página do ciclo de vida do IE11.

Ainda conforme a Microsoft, "para sistemas operacionais suportados, o Internet Explorer 11 continuará recebendo atualizações de segurança e suporte técnico para o ciclo de vida da versão do Windows na qual está instalado". Outros aplicativos e serviços da Microsoft também encerraram o suporte ao IE11 nos últimos anos.

O Internet Explorer continuará com o modo Edge IE

O fim do Internet Explorer provavelmente não surpreende ninguém, já que a Microsoft vem incentivando os clientes a mudar do Internet Explorer há anos. Em agosto de 2020, a empresa anunciou planos de abandonar o suporte para navegadores da Web Internet Explorer 11 no Windows 10 e Microsoft 365, com um anúncio oficial da aposentadoria do aplicativo de desktop Internet Explorer 11 emitido em 19 de maio de 2021.

A Microsoft passou a descontinuar o suporte do IE no Teams em 30 de novembro de 2020 e encerrou o suporte nos aplicativos e serviços do Microsoft 365 em 17 de agosto de 2021.

"Os clientes são incentivados a migrar para o Microsoft Edge com o modo IE. O modo IE permite compatibilidade com versões anteriores e terá suporte até pelo menos 2029", acrescentou Redmond.

Para habilitar o modo IE no Edge, o usuário deve acessar edge://settings/defaultbrowser, alternar para 'Permitir que sites sejam recarregados no Internet Explorer' e reiniciar o navegador da web.

O presidente da Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos, Marco Vinícius Pereira de Carvalho, marcou uma sessão para votar o fim do colegiado. A 84.ª reunião do órgão foi agendada para o próximo dia 28. A ideia é que no encontro seja aprovado um relatório final dos trabalhos da comissão.

Fundada em 1995 no governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), ela foi o resultado de acordo entre o então ministro da Justiça, Nelson Jobim, e o ministro do Exército, Zenildo Lucena. Foi criada para cumprir disposições transitórias da Constituição de 1988, reconhecendo a responsabilidade do Estado brasileiro no desaparecimento e na morte de presos políticos.

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Ao mesmo tempo, mantinha-se a Lei de Anistia, de 1979, que impedia a punição de torturadores e agentes da repressão no regime militar. Após 27 anos de trabalhos, poucos corpos foram localizados. Surgiram relatos de militares e de policiais, além de documentos, que ajudaram a esclarecer dezenas de crimes, como o sequestro, tortura, morte e desaparecimento do ex-deputado federal Rubens Paiva.

Também foi possível identificar na vala comum do cemitério de Perus, em São Paulo, as ossadas de cinco desaparecidos políticos: Dênis Casemiro, Frederico Antonio Mayr, Flávio de Carvalho Molina, Dimas Antonio Casemiro e Aluísio Palhano Ferreira. Quatro deles foram mortos pelo Destacamento de Operações de Informações (DOI), do 2.º Exército, e um pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury, do Dops paulista. Na região do Araguaia, apenas dois corpos dos mais de 60 desaparecidos na guerrilha do PCdoB foram localizados.

A Lei 9.140/95, que criou a Comissão de Mortos e Desaparecidos, previa o seu fim quando os trabalhos estivessem concluídos. Carvalho tem o apoio de militares nomeados por Bolsonaro para o órgão. Ele substituiu no cargo a procuradora Eugênia Augusta Gonzaga.

Parecer

O Grupo de Trabalho Memória e Verdade, da Procuradoria-Geral da República, preparou um parecer contrário ao encerramento da comissão. Os procuradores dizem acreditar que o trabalho não está concluído e sua manutenção foi ratificada pela Comissão de Anistia e pela Comissão Nacional da Verdade. Ao jornal O Globo, Carvalho afirmou que a possibilidade de encerramento da comissão "estará, sim, em pauta" na próxima reunião. "Para isto ocorrer é necessário que a maioria simples dos conselheiros seja favorável. É o cumprimento simples do que está na lei."

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