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Depois de um sábado de homenagens, em que o mundo esportivo foi surpreendido com a notícia da morte de Zagallo, o domingo foi reservado para despedidas ao Velho Lobo. Seu corpo foi velado na sede da CBF, na Barra da Tijuca, em cerimônia aberta ao público. À tarde, o enterro do único tetracampeão mundial aconteceu no Cemitério São João Batista, que fica em Botafogo, na zona sul do Rio.

O corpo de Zagallo foi velado no Museu da Seleção. Quem chegou ao local percorreu um corredor ornado com orquídeas e passou pela sala de troféus antes de chegar ao local onde estava o caixão. O corpo de Zagallo ficou posicionado em frente à sua estátua e ao lado das taças da Copa do Mundo, quatro das quais ele ajudou a conquistar.

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Zagallo estava internado desde o dia 26 de dezembro, no Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, e morreu na noite de sexta-feira, vítima de falência múltipla dos órgãos, aos 92 anos.

O velório do tetracampeão Zagallo levou diversos jogadores da geração de 1994 à CBF. Ao menos oito compareceram para prestar uma última homenagem - Mazinho, Zinho, Gilmar Rinaldi, Bebeto, Cafu, Branco, Mauro Silva e Jorginho. Carlos Alberto Parreira, o técnico daquele time e grande amigo de Zagallo, também foi ao velório e acompanhou a missa, restrita a familiares e amigos.

Além deles, Tite, César Sampaio, Clodoaldo, Reinaldo, Juan, Ramon Menezes e Zé Mário também estiveram na cerimônia. A reportagem não viu nenhum jogador da ativa passar pela CBF.

O corpo de Zagallo deixou a sede da CBF em um caminhão do Corpo de Bombeiros às 15h35 e percorreu os cerca de 20 quilômetros até o cemitério São João Baptista acompanhado por batedores. O enterro, sob aplausos, aconteceu pouco depois das 17h.

O falecido emir do Kuwait, xeque Nawaf al Ahmad al Sabah, foi sepultado neste domingo (17), após uma cerimônia privada na presença de familiares e de um pequeno grupo de convidados, um dia após sua morte.

Coberto com a bandeira do país, o caixão do emir foi transportado para a mesquita do Kuwait, onde fizeram-se orações e, em seguida, ocorreu o enterro, transmitido pela televisão estatal.

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A presença foi limitada aos membros da família e a algumas pessoas mais próximas, que se despediram do soberano que reinou durante três anos no rico Estado petroleiro.

O novo emir, xeque Mishal al Ahmad al Jaber al Sabah, meio-irmão do falecido, também esteve presente. Ele deve prestar juramento perante o Parlamento na quarta-feira (20).

Durante a cerimônia, alguns parentes se ajoelharam diante do túmulo e recitaram versos do Alcorão.

Na Cidade do Kuwait, grandes painéis digitais exibiam imagens do xeque, falecido aos 86 anos. Após sua morte, as bandeiras foram hasteadas a meio mastro e se declarou 40 dias de luto.

O falecimento do xeque Nawaf e a idade avançada de seu sucessor aumentam as incertezas em um país abalado por divisões, incluindo dentro da família Al Sabah, com troca de acusações de corrupção e conspiração entre alguns de seus membros.

País de 4,5 milhões de habitantes, dos quais 1,3 milhão são kuwaitianos, o Kuwait está mergulhado há vários anos em uma crise profunda entre os poderes Executivo e Legislativo, que bloqueia qualquer tentativa de reforma.

O papa Francisco revelou que deseja ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e não no Vaticano, anunciou uma viagem à Bélgica em 2024 e disse que tem "pendente" uma visita à Argentina e outra à Polinésia, em entrevista exibida nesta quarta-feira (13).

"O local já está preparado. Quero ser sepultado em Santa Maria Maggiore", revelou o pontífice argentino, que completa 87 anos neste domingo, em entrevista à televisão mexicana N+.

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Jorge Bergoglio, que frequentava este templo aos domingos antes da sua eleição em 2013, afirmou que sente uma "ligação muito grande" com esta basílica situada no centro da capital italiana, onde repousam sete papas, segundo o Vatican News.

O jesuíta argentino tem o costume de rezar neste local antes e depois de cada viagem ao exterior. Ele também compareceu à basílica em junho, depois de deixar o hospital, após passar por uma cirurgia no abdômen.

O papa Francisco disse também que já preparou os detalhes do seu enterro e que simplificou o rito, que é particularmente longo.

Na mesma entrevista, prestou homenagem ao seu antecessor, Bento XVI, por ter tido "a coragem" de renunciar ao cargo.

Em 2013, o teólogo alemão tornou-se o primeiro papa desde a Idade Média a renunciar. Faleceu em 31 de dezembro de 2022 e foi sepultado na Basílica de São Pedro, como João Paulo II.

Francisco, que afirma sentir-se "bem", sempre afirmou que estaria disposto a renunciar ao cargo caso não pudesse mais exercer as suas funções, ao mesmo tempo que destacou que isso não deveria virar "moda".

O chefe da Igreja Católica anunciou ainda que visitará a Bélgica em 2024, sem especificar data, e disse que tem viagens "pendentes" à Argentina e à Polinésia.

Em 2023, o papa fez cinco viagens, mas teve que cancelar a sua participação na cúpula do clima COP28, em Dubai, devido a uma bronquite.

O deputado federal Fernando Rodolfo (PL-PE), presidente da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara, faltou ao enterro do pai para presidir uma sessão da comissão que debateu sobre o Projeto de lei que visa vetar a união entre pessoas do mesmo sexo, nessa terça-feira (19). 

A informação foi inicialmente divulgada pelo deputado federal Pastor Eurico (PL-PE), aliado do parlamentar, e posteriormente confirmada por Rodolfo em uma entrevista à Rádio Itatiaia. O pai de Fernando, Carlos Fernando dos Santos, de 67 anos, morreu na manhã da segunda-feira (18), em Garanhuns, no Agreste pernambucano, vítima de um câncer. 

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O falecimento do pai do deputado se tornou um assunto em evidência após a repercussão do comentário do pastor. Durante a sessão, todos os parlamentares que tomaram a palavra prestaram suas condolências ao deputado. O funeral estava agendado para a terça-feira (19), enquanto o debate acontecia em Brasília. Por Fernando Rodolfo ser da ala conservadora e contrário à união homoafetiva - ou seja, a favor do projeto -, a repercussão negativa se deu pela possibilidade do parlamentar priorizar a pauta mesmo diante de uma perda familiar. 

O LeiaJá buscou a assessoria de Fernando Rodolfo, que disse não possuir nota sobre o assunto, por se tratar de um momento íntimo ao deputado e de uma decisão pessoal. No entanto, a equipe esclareceu que Rodolfo acompanhou o pai durante os últimos dias enfrentando a doença, e que o legislador também participou do velório de Carlos Fernando, ainda na segunda-feira (18). 

Votação do projeto foi adiada 

Nessa terça-feira (19), a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara adiou pela terceira vez a votação do PL que visa proibir o casamento homoafetivo no Brasil. A sessão foi marcada pela presença de lideranças do movimento LGBTQIAPN+ e pelo bate-boca entre parlamentares da base do governo e políticos da extrema direita. 

A proposta tem como objetivo estabelecer que a união entre casais do mesmo sexo não seja reconhecida como casamento ou entidade familiar. Caso aprovada, a decisão não anula uniões já oficializadas. 

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O velório de Dona Maria José colocou torcedores do Sport, Náutico e Santa Cruz lado a lado na Ilha do Retiro, na manhã desta segunda (11). Símbolo das arquibancadas rubro-negras, Maria do Sport, como era conhecida, morreu nesse domingo (10), aos 98 anos.

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Toda em vermelho e preto, a despedida de Dona Maria mostrou que os torcedores de Pernambuco querem paz nos estádios de futebol. Com a camisa do Náutico, Tony Nascimento, de 55 anos, conta que chegou a ser questionado por alguns rubro-negros, mas queria realizar o desejo de Dona Maria de sair da sede do Sport acompanhada por torcedores do trio de ferro do Recife. "A rivalidade fica na arquibancada. Essa mulher merece todo respeito", afirmou.

Tony disse que Dona Maria representava o futebol de Pernambuco. Vitória Silva/LeiaJá Imagens

Sua primeira lembrança de Dona Maria é do outro lado da arquibancada, em um Clássico dos Clássicos. Aquela senhora que dançava com um guarda-chuva vermelho muitas vezes animava mais do que a própria partida.

"Essa mulher não teve uma vida fácil, então, a alegria dela era o Sport. A simplicidade dela, o amor que ela tinha pelo Sport transcendeu porque ela faz parte do futebol de pernambuco", ressaltou o alvirrubro.

Outro torcedor símbolo do Sport, José Flaviano Fonseca, o Tampa, de 58, recordou da vibração que Dona Maria levava para a Ilha do Retiro e do carinho que todos os torcedores tinham com ela. A admiração pela figura de Dona Maria foi materializada em um bloco carnavalesco em sua homenagem e em temas de artigos.

Tampa segura bandeira "Sport está de Luto". Vitória Silva/LeiaJá Imagens

"Ela era muito alegre na arquibancada. A [orquestra] Treme-Terra tocando e ela lá dançando, os outros tirando foto com ela, sempre sorridente, eu me lembro. É uma coisa que não dá para acreditar. Infelizmente Deus chamou, né?", lamentou.

Os últimos 100 dias de Dona Maria foi internada em um hospital, em tratamento de um câncer. No tempo em que esteve hospitalizada, ela foi acompanhada pelas cuidadoras Marcionila Pereira, 43, e Thaylane Victoria, 21.

VMarciolina e Thaylane lembram da pessoa carinhosa que era Dona Maria. Vitória Silva/LeiaJá Imagens

"Foi paixão porque ela era sempre um amorzinho com a pessoa, ela brincava com a gente, fazia crochê com a gente. A gente se apaixona por Maria pelo fato da simplicidade dela e da humildade. Ela não demonstrava dor, não demonstrava tristeza, era sempre alegria", recorda Thaylane.

"Ela era muito alegre, extrovertida e muito carinhosa com todos. Muito feliz e amava o Sport", complementou Marcionila.

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Com informações de Vitória Silva

O velório de Bella Montoya já se estendia por quase cinco horas quando os familiares se surpreenderam como o caixão se mexendo. Dada como morta por um hospital no Equador, a idosa de 76 anos despertou momentos antes de ser enterrada, nesse sábado (10). 

Levada ao Hospital Martín Icaza, em Babahoyo, após sofrer uma parada cardiorrespiratória causada por uma doença cerebrovascular não específica, Bella foi declarada morta pela equipe médica. 

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A notícia fez o filho Gilbert Balberán buscar um caixão doado, já que a família não tinha dinheiro para arcar com todas as custas do enterro. Antes do corpo ser levado ao cemitério, quem velava a idosa se assustou com sons de batidas vindo do caixão. 

Após a tampa ser aberta, Bella mostrou que não havia morrido. Com dificuldade de respirar por conta das horas que passou confinada, ela foi atendida e retirada por dois homens. 

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A idosa foi levada de volta à UTI do mesmo hospital que declarou sua morte e segue em observação. Os médicos suspeitam que ela tenha "ressuscitado" de uma catalepsia, quando o corpo fica totalmente paralisado e rígido. 

“Minha mãe está no oxigênio. O coração dela está estável. O médico apertou a mão dela e ela reagiu; eles me dizem que isso é bom, porque significa que ela está reagindo aos poucos”, disse Gilbert ao jornal El Universo. Um inquérito vai apurar o caso. 

Familiares sepultaram, nesta quinta (6), os restos mortais das quatro crianças assassinadas em uma creche de Blumenau (SC), um dia depois do massacre que comoveu o país.

Três dos enterros ocorreram no mesmo cemitério. Em uma das cerimônias, presenciada por um jornalista da AFP, funcionários da funerária carregaram um caixão branco até a sala de sepultura, onde familiares e conhecidos se despediram entre choros e aplausos.

As famílias não quiseram dar declarações à imprensa.

Outras quatro crianças feridas no ataque receberam alta médica hoje, informou o Hospital Santo Antônio em um comunicado.

"As quatro crianças receberam alta e já estão com seus familiares (...) Um dos pacientes apresenta uma lesão na mandíbula, que será tratada ambulatorialmente", informou o hospital.

O agressor, que segundo as autoridades atuou de forma "isolada", pulou o muro da creche particular Cantinho do Bom Pastor na quarta pela manhã e foi direto para o pátio, onde atacou várias crianças com um machadinho.

Residente de Santa Catarina e com antecedentes criminais por posse de drogas e agressão, ele se entregou logo depois à polícia.

Desde quarta, familiares e vizinhos de Blumenau se aproximam para fazer homenagens às vítimas depositando flores e bichinhos de pelúcia em frente à creche.

Também realizaram uma vigília com velas e correntes de oração.

"Não tenho palavras para expressar o que sinto...nascemos de novo", disse à AFP a engenheira Fernanda Bubniak Schramm, de 41 anos, mãe de uma menina que saiu ilesa.

"Quando soube (do atentado), liguei para a professora e ela me disse que minha filha estava bem, que havia trancado várias crianças no banheiro. É uma heroína", disse em referência à professora Simone Aparecida Camargo, que protegeu vários de seus alunos.

O velório de Paulo Caruso ocorre até o fim da tarde deste domingo (5), em São Paulo. O cartunista, que participava do programa Roda Viva desde 1987, morreu nesse sábado (4), aos de 73 anos, em decorrência de um câncer no intestino.

O falecimento foi confirmado no Hospital 9 de Julho, onde Paulo estava internado. O enterro vai ocorrer na manhã desta segunda (6).

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LeiaJá também: Morre Paulo Caruso, chargista do Roda Viva

Um vídeo inusitado vem gerando repercussão nas redes sociais. Um fã de Chiclete com Banana foi enterrado ao som do grupo, em Salvador, no último dia 15. É possível ver nas imagens o caixão de um homem sendo levado por amigos e familiares embalado por canções da banda de axé music.

Durante o cortejo para o Cemitério Quinta dos Lázaros, na capital baiana, as pessoas cantaram as letras de Não Vou Chorar e Chicleteiro Eu, Chicleteira Ela. Segundo informações do G1, a identidade do morto não foi revelada, assim como também a causa da morte.

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Assista ao vídeo:

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Há dois meses, o corpo do indígena que viveu mais de duas décadas isolado na mata do sul de Rondônia permanece insepulto. A Funai e a Polícia Federal não informam quando vão enterrar os restos mortais do "Índio do Buraco", um homem de idade, língua e costumes desconhecidos, último sobrevivente de um grupo étnico envenenado e fuzilado por grileiros e madeireiros. A Funai limitou-se a informar que "aguarda os laudos para definir os melhores procedimentos quanto ao sepultamento" e a PF não se manifestou.

A saga do corpo do indígena começou em 23 de agosto, quando a equipe da Frente de Proteção Etnoambiental mantida pela Funai em Guaporé o encontrou morto em uma rede, ornado de penas de araras, como se tivesse se preparado para a morte, dentro de uma maloca. Levado para Vilhena, cidade a 50 quilômetros, o corpo foi transportado em seguida para Brasília. Na capital federal, passou por exames no Instituto de Criminalística. Um mês depois, retornou a Rondônia. Agora, está na sede da Polícia Federal.

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Em meio à demora das autoridades em dar resposta sobre o sepultamento, a terra onde o isolado resistia, sem aceitar contatos com órgãos oficiais, entidades civis ou mesmo xamãs de aldeias vizinhas, voltou a despertar a cobiça externa. Em 1998, um dos últimos trechos de floresta nas margens do Rio Tanaru foi reservado pela União exclusivamente para a sobrevivência dele.

O governo classificou o Território Tanaru, de 8.070 hectares, equivalente a 8 mil campos de futebol, como área de restrição de uso, isto é, para estudos e demarcação e homologação. De lá para cá, o lugar tornou-se um oásis numa região de desmatamento e expansão econômica, mesmo com clareiras abertas no passado por ruralistas. Indigenistas, antropólogos e procuradores se mobilizam para garantir que o corpo possa ser enterrado na terra em que o indígena vivia e onde seus ancestrais foram mortos. Seria um passo decisivo para garantir a proteção do lugar.

É o primeiro caso de território em processo de demarcação em que morreram todos os indígenas que nele habitavam. O prazo de restrição de uso expira em 2025. "O Estado Brasileiro deve ter o cuidado com a memória desse indígena que resistiu aos seus algozes", afirma Bruno Biagio, que chefiou a Coordenação de Índios Isolados e Recente Contato.

VENENO

Na área de floresta cercada de pastagens e grandes plantações, o "Índio do Buraco", de idade estimada de 60 anos quando morreu, construiu exatos 53 tapiris - malocas cobertas de palha - nos últimos 26 anos, sempre fugindo de madeireiros e grileiros. Ele mudava sempre de lugar dentro do território para não ser morto, numa vida de guerrilha. Assim, construía tapiris com uma entrada. Dentro, abria um buraco em forma ovalada, de meio metro de largura, um de comprimento e até três de fundura.

Em 1995, os indigenistas Marcelo Santos e Altair José Algayer estiveram pela primeira vez frente a frente com o "Índio do Buraco". Foram recepcionados com uma flechada. No tempo mais antigo, os integrantes desse povo eram conhecidos como exímios guerreiros. "Quem entrava na terra deles não saía", conta Marcelo. Com o tempo, os indígenas passaram a acreditar no pessoal das fazendas. Foi fatal.

Depoimentos coletados por Marcelo indicam que esse grupo sofreu dois massacres. No primeiro, nos anos 1980, os indígenas trocaram produtos de suas roças por açúcar com pistoleiros de uma fazenda. Os homens puseram veneno no açúcar e mataram parte da aldeia. Na década seguinte, um fazendeiro mandou atacar a tiros os sobreviventes, incendiar as casas restantes e passar o trator. Foi quando Marcelo encontrou seis buracos de antigas residências. Assim, restou apenas um indígena no Tanaru. "Não conheço outro grupo que fazia buracos dentro de casas. Tem significado místico e religioso", relata o indigenista.

Durante anos, a indigenista Ivaneide Bandeira atuou no monitoramento da área onde o "Índio do Buraco" vivia. "Ele nunca quis ser contactado por ninguém", relata. "Vivia fugindo, estava cercado por grandes fazendas", relata. Ivaneide reclama da demora em sepultar o corpo. "A Funai não deixa sepultar. Para mim, é assustador. Não consigo entender. Ele enfrentou todo o massacre de seu povo, resiste, morre e agora a Funai não deixa descansar. É desumano." Há 40 anos no trabalho com indígenas, ela avalia que a cobiça pelo território está por trás da demora no sepultamento. "Enterrá-lo lá é impedir a grilagem", avalia. "Não se pode negar a ele ser enterrado em sua terra."

O indigenista Altair José Algayer foi quem encontrou o corpo do "Índio do Buraco". Ele observa que jamais se saberá a origem, a língua e os costumes do homem do Tanaru. Ainda assim, observa que, no final, mesmo precisando de ajuda, não quis fazer contato. "Foi algo muito ruim que ocorreu com ele e seu povo para ter resistência de lutar mesmo sozinho, por anos."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um macaco surpreendeu amigos e familiares presentes em um velório no distrito de Batticaloa, no Sri Lanka. O animal da espécie langur costumava ser alimentado pelo homem e parece ter ido se despedir do amigo. 

O animal subiu no caixão e se sentou ao lado do corpo de Peetambaram Rajan, de 56 anos. O momento em que esteve no velório foi registrado pelas pessoas presentes.

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O langur não causou problemas. Ele chegou a acariciar e beijar o falecido, e puxou algumas correntes de flores sob o corpo como se tentasse despertar o homem. 

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Uma semana depois do tiroteio em uma escola de Uvalde que provocou grande comoção nos Estados Unidos, a pequena cidade do Texas enterra nesta terça-feira (31) as primeiras vítimas do massacre, um dos mais violentos dos últimos anos.

Os funerais das 19 crianças e duas professoras mortas em 24 de maio pelos tiros de Salvador Ramos, de 18 anos, prosseguirão até meados de junho.

Uma das primeiras cerimônias, às 14h locais (16h de Brasília), será a de Amerie Jo Garza, uma menina que acabara de completar 10 anos quando foi assassinada.

Esta "pequena diva curiosa que 'odiava vestidos' e tinha um grande coração" sonhava em virar professora de arte, escreveu a família no obituário.

Na segunda-feira, parentes e anônimos prestaram uma homenagem diante de seu caixão, em uma funerária que fica diante da escola onde aconteceu o massacre.

O funeral de outra vítima, Maite Rodriguez, de 10 anos, acontecerá às 19h locais (21h de Brasília). A menina, que sonhava em ser bióloga marinha, era "carinhosa, carismática, amorosa", escreveu sua mãe, Ana Rodriguez, no Facebook. "E, acima de tudo, era minha melhor amiga".

"Este pesadelo horrível e sem sentido, do qual não consigo acordar, destruiu absolutamente minha vida e meu coração", acrescentou.

Além do luto, os habitantes de Uvalde, assim como muitos americanos, expressaram nos últimos dias raiva e incompreensão com a demora da intervenção da polícia, o que levou as autoridades a pedir desculpas.

Dezenove policiais permaneceram no corredor da escola do ensino fundamental Robb sem intervir por quase 45 minutos, enquanto Salvador Ramos estava trancado em uma sala de aula com alunos.

Quando entrou no local, a polícia matou o jovem armado.

A tragédia, como as anteriores, provocou uma onda de pedidos por regras mais severas para o acesso a armamento, em um país com mais armas que habitantes e que registra regularmente tiroteios fatais.

O presidente Joe Biden visitou a escola de Uvalde no domingo e ouviu os apelos de vários moradores: "Faça algo!"

O presidente "deve aprovar leis para que possamos proteger as crianças das AR-15", afirmou Robert Robles, de 73 anos, ao mencionar a arma semiautomática usada na escola Robb.

Ricardo García, de 47 anos e que trabalhava no hospital de Uvalde no dia do massacre, contou que "não consegue tirar da cabeça o choro das mães quando recebiam a notícia fatal".

"É necessário de parar de vender armas, ponto", completou.

- "Seguir pressionando" -

Na segunda-feira, Biden prometeu "seguir pressionando" por uma regulamentação mais severa das armas de fogo.

"Não faz sentido poder comprar algo que dispara até 300 tiros", disse.

"Acredito que as coisas ficaram tão graves que deixa todo mundo mais racional sobre o tema", disse o presidente democrata, após um fim de semana marcado por uma série de tiroteios que deixaram vários mortos e dezenas de feridos, tragédias que se tornaram recorrentes nos Estados Unidos.

Mas passar das palavras aos atos será difícil. A pequena maioria dos democratas no Congresso não permite aprovar de modo solitário este tipo de legislação.

Qualquer projeto de lei sobre o assunto precisa de maioria qualificada no Senado, e para isso é necessária a aprovação dos republicanos, ou pelo menos de uma parte deles, tradicionalmente menos inclinados a legislar sobre o tema.

Tristeza e lágrimas dominam neste sábado (21) a seção militar do cemitério 18 de Kharkhiv, cidade do leste da Ucrânia, à medida que chegam os caixões com corpos de soldados mortos na guerra contra a Rússia.

Dois caixões estão posicionados sobre cavaletes na necrópole, situada no município de Bezliudivka: dentro deles estão os corpos dos soldados Serguei Profotilov, nascido em 1976, e de Igor Malenkov, nascido em 1985, ambos mortos em Vilkhivka, aldeia ao leste de Kharkhiv.

Na cruz consta como data de falecimento 11 de maio passado, mas este foi provavelmente o dia em que seus corpos foram encontrados nesta localidade, palco de prolongados combates.

"Foram encontrados com outros cinco corpos que não conseguimos identificar. Suspeitamos que tenham sido executados. Foram mortos com tiros na parte de trás da cabeça", conta outro militar, que pede para não revelar sua identidade.

Não é possível averiguar mais. Só meia dúzia de soldados e o irmão de uma das vítimas assistem ao funeral, presidido por um capelão militar que recita orações e agita um incenso.

A cerimônia dura uma hora, tendo ao fundo o barulho da batalha de artilharia entre russos e ucranianos a dezenas de quilômetros dali.

Após saudações e abraços fugazes, todos se separam. O irmão de um dos soldados, a quem deram um atestado de óbito, se afasta sozinho em meio a dezenas de tumbas.

Ao mesmo tempo, chegam duas caminhonetes trazendo membros da legião estrangeira ucraniana. Uma dúzia de soldados estrangeiros apresenta suas últimas homenagens a um colega holandês, morto por fogo de artilharia.

Os legionários proíbem ser filmados ou revelar seus nomes. Não há cerimônia religiosa, apenas um curto discurso em inglês proferido por um oficial, seguido de um minuto de silêncio. Um soldado com uma bandeira britânica no colete faz uma saudação militar, outro acaricia a cruz antes de partir.

A poucos metros começa o quarto funeral do dia, quando familiares de Olexander Gaponchev, de 47 anos, morto em Tsyrkuny (ao norte da cidade), chegam ao cemitério. Muitos choram.

O quinto funeral tem início minutos depois. Inconsolável, a mãe do soldado chora sobre o caixão do filho. Começa a chover. Outra mulher, provavelmente a esposa do falecido, também chora antes de o caixão ser enterrado. Todos se lançam para jogar um punhado de terra, ao mesmo tempo em que os coveiros cobrem com pás a sepultura muito rapidamente.

Uma cruz de madeira com o nome do falecido permanecerá com testemunha na tumba. Atrás, tremulam incontáveis bandeiras ucranianas, enquanto a chuva continua a cair.

O corpo da menina Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, foi enterrado neste sábado (23), no cemitério do Catumbi, no Centro do Rio de Janeiro. Ela estava internada desde a madrugada de quinta-feira (21), após ser imprensada por um carro alegórico, não resistiu aos ferimentos e morreu no início da tarde da sexta-feira (22), no Hospital Municipal Souza Aguiar.

A mãe de Raquel precisou ser amparada por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) durante a despedida.

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Aos gritos, a manicure Marcela Portelinha Antunes pedia por justiça pela morte da filha: "Eu quero minha menina, isso não pode ficar assim."

No fim da cerimônia, ela voltou a ser atendida pela equipe de socorristas. Ela está grávida de três meses. Familiares e amigos acompanharam o enterro com camisetas e flores em homenagem a Raquel.

O acidente ocorreu no primeiro dia de desfiles do Rio. A menina subiu no carro alegórico da escola de samba Em Cima da Hora, na saída da Marquês de Sapucaí, na rua Frei Caneca, enquanto a mãe observava a passagem de outras agremiações na avenida. Naquele instante, o veículo passou em um trecho estreito e as pernas da menina foram prensadas entre a alegoria e um poste.

Raquel foi socorrida em um posto médico montado na Marquês de Sapucaí e, depois, foi encaminhada ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro.

A menina passou por uma cirurgia que durou cerca de 7 horas e precisou ter a perna amputada. Durante o procedimento, sofreu uma parada cardiorrespiratória, revertida pelos médicos. Apesar disso, seu quadro de saúde permaneceu gravíssimo. A direção do Souza Aguiar informou a morte às 12h10 da sexta-feira.

Paes e Castro prestam solidariedade

Pelo Twitter, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, prestou solidariedade aos familiares de Raquel na sexta-feira. Ele disse que vai acompanhar a investigação policial que apura as responsabilidades do acidente envolvendo um carro alegórico da escola Em Cima da Hora. Afirmou ainda que a Secretaria de Assistência Social está dando apoio aos familiares.

O governador do Rio, Cláudio Castro, divulgou nota na sexta para a imprensa em que lamenta a morte: "Manifesto minha solidariedade aos parentes da pequena Raquel, que morreu hoje após acidente com carro alegórico. Desde ontem, o governo do Rio, por meio da Seavit (Secretaria de Estado de Assistência à Vítima do Rio), está prestando assistência psicológica aos familiares da menina. Vamos seguir acompanhando o caso e daremos prioridade às investigações para que todas as responsabilidades sejam apuradas o mais rápido possível."

Depois da comoção gerada em Marrocos e no mundo inteiro pela morte trágica do pequeno Rayan, que morreu preso em um poço, o menino foi enterrado nesta segunda-feira (7) perto de sua cidade.

A cerimônia ocorreu durante a oração muçulmana do meio-dia em um cemitério a alguns quilômetros de Ighran, cidade onde ocorreu o acidente, observaram jornalistas da AFP no local.

Um imã pronunciou uma breve oração para a família e os convidados, antes do enterro.

Na noite de sábado, depois de cinco dias, o corpo do menino foi retirado e levado ao hospital militar de Rabat, provavelmente para realizar uma necrópsia.

"O silêncio é terrível na cidade esta manhã. Todo o mundo rezava para que saísse com vida, todo o mundo chorou", contou à AFP no domingo um morador que é próximo à família.

No domingo, o portal da televisão pública SNRT informou que "a queda do menino lembrou o mundo de seus valores de humanidade".

O papa Francisco enviou uma mensagem destacando que o povo de Marrocos se uniu para salvar Rayan.

"Eles tentaram, infelizmente, não sobreviveu, mas que exemplo deram", disse o papa na oração do Angelus celebrada no Vaticano.

O destino dele se transformou em tema de interesse nacional e foi o rei quem anunciou sua morte no sábado depois do resgate. O rei Mohamed VI chamou os pais para oferecer a eles suas condolências.

Uma das reações mais emotivas veio do técnico da equipe de futebol da Argélia, Djamel Belmadi, que expressou suas condolências à família, em um momento de tensão entre Argel e Rabat.

"Nossa dor e nosso luto são grandes, mas nunca serão comparáveis ao que os pais e seus conhecidos sofrem", afirmou.

Poços clandestinos?

No domingo começaram os trabalhos de preencher o poço e o túnel de emergência cavado para tentar salvar o menino.

"É uma catástrofe, esperamos que sua alma descanse em paz. Desejamos aos seus pais e toda sua família paciência e consolo", disse um habitante de Rabat.

Foram muitas as homenagens aos socorristas, já que toda a operação foi transmitida ao vivo e acompanhada com atenção pelos internautas.

Após o anúncio de sua morte, as homenagens de todo o mundo se multiplicaram nas redes sociais.

"Pequeno anjinho, lutou até o fim, é um herói", disse um internauta no Twitter. Outro usuário destacou na rede social a "união" provocada pelo drama do menino.

Rayan caiu acidentalmente na terça-feira passada em um poço seco de 32 metros de profundidade. O buraco estreito e de difícil acesso foi construído perto da casa onde o menino morava, em Ighran.

Até sexta-feira, os socorristas tentaram entregar água e oxigênio ao menino, sem ter certeza se conseguiriam.

Desde que o drama foi anunciado, milhares de pessoas se reuniram e acamparam em solidariedade nesta cidade, localizada em uma área montanhosa do Rif, a cerca de 700 metros de altitude.

Vários veículos de imprensa denunciaram a proliferação de poços clandestinos para irrigar os cultivos, incluindo as plantações de cannabis.

Morreu nesta sexta-feira (10) o comunicador Samir Abou Hana, aos 79 anos, vítima de três paradas cardiorrespiratórias. A informação foi confirmada pelo filho de Samir, Paulo Abou Hana, ao blog do jornalista Magno Martins.

O ‘secretário da cidade’, como era conhecido na TV pernambucana, estava internado em um hospital particular no Recife desde a última sexta-feira (3), após sofrer um acidente doméstico. As informações sobre o velório e enterro ainda serão divulgadas.

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Quase três dias após ser morto em confronto com a polícia, o serial Killer Lázaro Barbosa foi enterrado na tarde desta quinta-feira (1º), depois que uma pessoa anônima pagou o sepultamento.

O enterro foi realizado em Cocalzinho de Goiás e restrito aos familiares, que optaram por não divulgar o horário e local exato por questões de segurança. 

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A funerária disse ao jornal O Globo que o pagamento aconteceu de forma anônima e que não houve nenhum tipo de doação por parte da empresa. Além disso, a funerária garantiu que o pagamento foi realizado por um terceiro a pedido de um advogado.

O corpo do ex-senador e ex-vice-presidente da República Marco Maciel foi enterrado no fim da tarde deste sábado (12) na Ala dos Pioneiros do Cemitério Campo da Esperança, em Brasília. Antes disso, parentes e amigos mais próximos participaram de uma cerimônia de despedida no Salão Negro do Congresso Nacional. 

O senador Rogério Carvalho (PT-SE), terceiro-secretário do Senado, representou a Mesa Diretora do Senado no velório. A Câmara dos Deputados foi representada pelo deputado Hiran Gonçalves (PP-RR). Pela manhã, o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), já havia divulgado uma nota de pesar em que manifestou tristeza e seus sentimentos aos familiares do político pernambucano. 

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O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) também compareceu ao Salão Negro, lamentou a perda e disse que Marco Maciel foi um exemplo de homem público. 

"Ele está fazendo falta neste momento de radicalismo de direita e de esquerda. A gente precisa realmente ter uma compreensão melhor do que ele fez. Foi um vice-presidente que colaborou muito com o país e que prestou muitos serviços. É uma perda muito grande, mas temos agora seu legado de uma pessoa conciliadora, correta, que sempre pensou no Brasil. Vai ficar para nós como exemplo de homem público", disse Izalci Lucas. 

Espírito conciliador 

A urna com o corpo chegou à sede do Parlamento brasileiro pouco depois das 14 horas e foi carregada por soldados dos Dragões da Independência, unidade militar que cumpre o papel simbólico de guarda do presidente da República. O arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa, comandou a cerimônia do velório ao lado do Frei Donald, da Paróquia Santo Antônio, e de outros padres. 

O arcebispo destacou que uma das heranças do ex-senador será a valorização do diálogo, que se torna ainda mais importante numa época em que a sociedade brasileira nunca esteve tão polarizada. 

"Marco Maciel deixou um legado de diálogo. Era um homem que tinha seu partido, mas era capaz de conversar, com uma visão maior na busca do bem comum. Eu diria que ele deixou o legado de um autêntico político", disse Dom Paulo. 

Ao falar sobre a vida pessoal do ex-senador, o arcebispo lembrou que Marco Maciel teve formação jesuíta e que sempre teve a fé como centro de sua vida. 

"Ele nunca negou a sua crença, sempre foi um católico praticante e que pautava sua vida pública no alicerce da fé. Os grandes prédios precisam ter um alicerce consistente, e ali estava uma cultura de valores e comprometimento com o bem", concluiu. 

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que o país deve homenagear Maciel neste momento em que há tanta discussão sobre o fortalecimento da democracia. 

"Sem dúvida, foi um construtor da transição e nos permitiu chegar a um porto seguro. Teve também trabalho importante na Constituinte de 1988 e foi um vice-presidente muito equilibrado. A democracia brasileira deve muito a ele, pois construiu a aliança democrática e foi um homem construtor de pontes e de consensos e por isso deixou sua marca", afirmou o magistrado do STF.

Instituições

Marco Maciel deixou três filhos e a esposa, Ana Maria Maciel, que falou rapidamente com a imprensa e fez questão de lembrar que o marido sempre se preocupou muito com as instituições republicanas brasileiras. 

"Ele sempre falava que as pessoas passam, mas as instituições, não. Um dos últimos projetos apresentados por ele no Senado, em 2007, já tratava exatamente dos preparativos dos 200 anos da Independência do Brasil, que vai ser em 2022. Naquela ocasião, algumas pessoas já perguntaram o porquê de tanta pressa e ele dizia: "Se deixarmos para ultima hora ficará mal feito. Temos que pensar o quanto antes os destinos do nosso país", recordou. 

Também estiveram presentes no velório os senadores Chico Rodrigues (DEM-RR), Marcos Rogério (DEM-RO) e o ex-senador Edison Lobão.

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*Da Agência Senado

 

Foram enterrados na tarde desta sexta-feira (4) Natan de Souza Gomes, de 30 anos, e sua filha Maitê Gomes Abreu, de 2 anos, mortos durante o desabamento do imóvel onde moravam, em Rio das Pedras (zona oeste do Rio), na madrugada de quinta-feira (3). Os sepultamentos ocorreram no cemitério São Francisco Xavier, no Caju (zona norte do Rio), em meio a muita comoção.

A esposa de Natan e mãe de Maitê, Maria Quiara Abreu, de 26 anos, segue internada em estado grave no hospital municipal Miguel Couto, na Gávea (zona sul). Segundo familiares, ela ainda não sabe da morte do marido e da filha.

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Outra ferida no desabamento é Nataniela de Souza Brás, de 28 anos, irmã de Natan, que está internada em estado estável no Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca (zona oeste).

O prédio que desabou foi construído pelo pai de Natan e Nataniela, Genivan Gomes Macedo, sem a supervisão de arquitetos nem engenheiros. Muito abalado, ele prestou depoimento à polícia na quinta-feira. Segundo a secretaria estadual de Polícia Civil, a investigação sobre o desabamento está em andamento.

Dezenas de meninas foram enterradas neste domingo (9) em um cemitério localizado no topo de uma colina em Cabul, um dia após o ataque mais mortal em um ano, que teve como alvo uma escola.

Uma série de explosões ocorreu em frente a esta escola para meninas no momento em que os moradores faziam compras, matando mais de 50 pessoas, a maioria estudantes do ensino médio, e ferindo cerca de 100.

Este ataque ocorreu no distrito Hazara de Dasht-e-Barchi, no oeste da capital afegã, habitada principalmente por xiitas hazaras.

O governo acusou o Talibã de estar por trás do massacre.

Os insurgentes, porém, negaram qualquer responsabilidade e emitiram um comunicado dizendo que a nação deveria "proteger e zelar pelas escolas".

As explosões ocorreram quando o exército americano continua retirando seus últimos 2.500 soldados ainda presentes em um país dilacerado por 20 anos de conflito e ainda atormentado pela violência.

No sábado, um carro-bomba explodiu em frente à escola Sayed Al-Shuhada e depois mais duas bombas explodiram enquanto as estudantes em pânico corriam para fora, explicou o porta-voz do ministério do Interior, Tareq Arian.

Este atentado ocorreu antes do feriado muçulmano de Eid al-Fitr, que marcará o fim do mês de jejum do Ramadã na próxima semana.

Neste domingo, parentes das vítimas começaram a enterrar os mortos no "cemitério dos mártires", onde repousam as vítimas dos ataques contra a comunidade hazara.

Os hazaras são xiitas e costumam ser alvos de grupos extremistas islâmicos sunitas.

Os sunitas constituem a maioria da população afegã.

- "Corpos dilacerados" -

Os caixões de madeira foram colocados nas sepulturas por pessoas ainda em estado de choque, observou um fotógrafo da AFP.

"Corri para o local (após as explosões) e me vi entre corpos, ossos quebrados e mãos e cabeças decepadas", contou Mohammad Taqi, um morador de Dasht-e-Barchi, cujas duas filhas, que estudam na escola-alvo, sobreviveram ao ataque.

"Todas essas pessoas eram meninas", lamentou.

Na semana passada, as alunas desta escola protestaram contra a falta de professores e material escolar, testemunhou Mirza Hussain, uma estudante do bairro. "Mas o que elas conseguiram foi um massacre", lamentou.

Esta manhã, no local do atentado, livros e mochilas das vítimas ainda estavam espalhados pelo chão.

O presidente afegão, Ashraf Ghani, acusou o Talibã de estar por trás do ataque.

"Este grupo de selvagens não tem capacidade para enfrentar as forças de segurança no campo de batalha, então atacam barbaramente prédios públicos e escolas de meninas", denunciou em um comunicado à imprensa.

O Talibã negou qualquer envolvimento, dizendo que não realiza ataques em Cabul desde fevereiro de 2020, quando assinou um acordo com os Estados Unidos abrindo caminho para negociações de paz e a retirada das últimas tropas americanas.

No entanto, os insurgentes seguem envolvidos em combates diários com as forças afegãs no interior do país.

O principal diplomata dos Estados Unidos em Cabul, Ross Wilson, chamou as explosões de sábado de "hediondas".

"Este ataque imperdoável contra crianças é um ataque ao futuro do Afeganistão, que não pode ser tolerado", disse Wilson no Twitter.

No mesmo bairro, em maio de 2020, um grupo de homens armados atacou uma maternidade apoiada pela organização Médicos Sem Fronteiras em plena luz do dia, matando 25 pessoas, incluindo 16 mães e recém-nascidos. Posteriormente, MSF decidiu encerrar o projeto.

Em 24 de outubro, um homem se explodiu em um centro de ensino particular no mesmo bairro, matando 18 pessoas, incluindo estudantes.

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