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Em meio a uma onda de violência no Equador, 68 membros suspeitos de integrar uma organização criminosa foram presos pelas forças de segurança neste domingo, 21, segundo a polícia. Eles tentaram invadir um hospital em uma cidade do sudoeste do país.

Dezenas de homens armados entraram no hospital em Yaguachi, província de Guayas, nas primeiras horas da manhã para proteger um homem pertencente ao seu grupo que foi ferido, mas depois morreu no local, confirmou a polícia.

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Depois que o alerta foi emitido sobre a situação no hospital, a polícia e as unidades táticas do exército realizaram uma operação que levou à captura de 68 pessoas envolvidas na ação. Eles haviam se refugiado em um centro próximo ao hospital. Não foram registrados feridos ou vítimas.

O coronel Julio Camacho, comandante da polícia da zona 5, à qual Yaguchi pertence, disse à imprensa que os envolvidos estavam alojados em "um suposto centro de reabilitação" do qual foram retirados pelos agentes e serão colocados sob custódia das autoridades competentes.

No local, que também funcionava como um "bordel" e onde havia menores de idade, segundo Camacho, foram apreendidas armas de fogo, drogas e um sistema de vigilância por câmeras com o qual "eles monitoravam a presença da polícia".

As autoridades não especificaram a qual organização criminosa os homens presos pertencem. Em imagens publicadas nas redes sociais, reproduzidas pela mídia local e nacional, é possível ver os danos causados ao hospital. Por outro lado, vídeos divulgados pela polícia e pelas Forças Armadas mostram dezenas de homens deitados no chão, de bruços, com as mãos na cabeça e de cueca.

No início do dia, as forças armadas informaram a apreensão de um "arsenal" de armas de longo alcance, munição e cerca de três toneladas de substâncias proibidas em uma operação militar na província costeira de Los Rios, no sudoeste do Equador. O incidente ocorreu em meio a um estado de emergência e à declaração de um conflito armado interno, no qual o governo do presidente Daniel Noboa declarou guerra a cerca de 22 organizações criminosas que ele descreveu como "terroristas".

A violência se agravou no país andino nos últimos dias após a fuga de uma prisão em Guayaquil do chefe das drogas Adolfo Macías, conhecido como Fito, líder do grupo criminoso Los Choneros, que as autoridades afirmam ter ligações com o cartel de Sinaloa, no México.

A medida do governo desencadeou uma série sem precedentes de ações violentas no Equador, como tumultos em prisões, a detonação de explosivos em várias partes do país e a tomada de uma estação de televisão. Associated Press.

A polícia do Equador prendeu nesta quinta (18) dois suspeitos de ligação com o assassinato do procurador César Suárez, que atuava no caso da invasão a uma emissora de TV por membros de uma gangue e investigava casos de narcotráfico, terrorismo e crime organizado.

Segundo a polícia, o assassinato foi cometido por integrantes do Chone Killers, um dos 22 grupos classificados pelo governo como "terroristas". As forças de segurança fizeram também novas incursões nas prisões não relacionadas ao assassinato do promotor.

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O comandante da polícia, César Zapata, explicou que, com os suspeitos, foram apreendidos um fuzil, duas pistolas e dois veículos.

O assassinato do procurador Suárez foi cometido na quarta-feira na cidade de Guayaquil, em pleno estado de emergência e em meio à declaração de "conflito armado interno" por parte do governo do presidente Daniel Noboa.

O Equador vive uma onda de violência desencadeada pela fuga de José Adolfo Macías, o "Fito", chefe dos Choneros, uma das gangues mais perigosas do país. Ele escapou de uma cadeia de Guayaquil, na semana passada.

Investigação

Suárez, que havia interrogado recentemente os detidos pela invasão ao canal TC Televisión, em Guayaquil, foi assassinado por pistoleiros que atiraram contra seu carro quando ele se dirigia para uma audiência sobre um caso de tráfico de drogas, sem estar protegido por escolta.

O governo condenou o fuzilamento do procurador e ratificou seu compromisso de administrar a aplicação da justiça no âmbito da "guerra interna" que está travando contra o crime. A procuradora-geral, Diana Salazar, também lamentou o assassinato e disse que o Ministério Público continuará sua luta contra as gangues.

Suárez liderou investigações que revelaram a infiltração de máfias no Judiciário e escândalos de corrupção na compra de material médico durante a pandemia.

A procuradora-geral também relatou ameaças de morte por parte de Fabricio Colón Pico, conhecido como "Selvagem", líder da gangue Los Lobos, rival dos Choneros, que fugiu da prisão poucos dias após a fuga de "Fito".

Ação em presídio

Ainda ontem, centenas de soldados e policiais entraram em um presídio no complexo penitenciário de Guayaquil. As Forças Armadas afirmaram que os militares realizaram uma intervenção no Centro de Detenção de Guayas - a mesma prisão da qual fugiu "Fito".

Tanques e esquadrões fortemente armados rodearam a prisão na operação de ontem. Nos corredores externos do presídio podiam ser vistos militares e carros blindados.

No dia 9, a espetacular invasão durante a transmissão de um programa do canal TC, em Guayaquil, chocou o país e levou Noboa a declarar um "conflito armado interno". Semanas antes do ataque violento, Salazar revelou os vínculos entre as gangues e os mais altos níveis de poder no Equador.

A investigação batizada de "Metástase" acusou juízes, políticos, procuradores, policiais, um ex-diretor da autoridade penitenciária, entre outros funcionários públicos, de beneficiarem organizações criminosas em troca de dinheiro, ouro, prostitutas e apartamentos de luxo.

Operações

Entre os dias 9 e 17, as forças policiais e militares do Equador realizaram mais de 20,8 mil operações e detiveram 1.975 pessoas, das quais 158 são acusadas de terrorismo, de acordo com as Forças Armadas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Equador, Daniel Noboa, afirmou na madrugada deste domingo, 14, que 169 agentes penitenciários detidos em sete prisões equatorianas durante as revoltas que ocorreram no país nesta semana foram soltos. Um dos agentes morreu em uma prisão no sul do país.

O presidente parabenizou "o trabalho patriótico" das Forças Armadas, da Polícia e do corpo diretivo das prisões, bem como os ministros do setor de segurança "por conseguirem a libertação" do corpo de segurança das prisões e da equipe administrativa nas prisões de Azuay, Cañar, Esmeraldas, Cotopaxi, Tungurahua, El Oro e Loja.

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O anúncio do presidente na rede social X, antigo Twitter, foi seguido por um relatório do Serviço Nacional de Atenção Integral a Adultos Carentes (SNAI), órgão que controla as prisões, que indicou que "avaliações médicas" estão sendo realizadas nos prisioneiros libertados. Ele acrescentou que serão iniciadas investigações para determinar os responsáveis e as causas da violência nas prisões do país.

As circunstâncias das liberações não foram divulgadas.

O SNAI havia indicado, no meio da semana, que um total de 178 agentes penitenciários estavam detidos, oito foram libertos no dia anterior e 169 neste sábado, 13. Enquanto isso, um dos agentes morreu na manhã de sábado após um "confronto armado" entre membros das forças de segurança e detentos do centro de detenção na cidade costeira de Machala, no sul do país, confirmou o SNAI.

A entidade governamental não forneceu detalhes sobre o estado de saúde ou a condição de dezenas de guardas e funcionários administrativos dentro dessas prisões.

Carlos Ordóñez, vice-presidente da Associação Equatoriana de Servidores de Prisões, disse à The Associated Press antes do anúncio da libertação: "Estou preocupado e desamparado". "Já se passaram vários dias e não sabemos o que está acontecendo com nossos companheiros", disse ele.

Ordóñez reclamou que o SNAI não lhes forneceu informações oficiais sobre a situação dos detentos e o que eles deveriam estar fazendo para libertá-los.

"Não sei por que eles não entram para proteger suas vidas", questionou, "As famílias ficam do lado de fora dos centros sem saber se eles estão vivos ou feridos". O país tem 2.800 agentes de segurança penitenciária guardando uma população de mais de 30 mil prisioneiros.

A incerteza aumentou com a circulação de vários vídeos que mostravam guardas ajoelhados, algemados ou até mesmo ameaçados com facas pelos detentos, que os forçavam a ler uma mensagem exigindo que o governo não transferisse os prisioneiros para outras instalações porque eles atentariam contra suas vidas.

O presidente Daniel Noboa, em uma entrevista recente na Radio Canela, enfatizou que seu governo não cederia à pressão de grupos que tentam pressioná-lo a sair das prisões.

"Eles mesmos divulgam imagens para aterrorizar o público e ver se conseguem colocar o presidente da república de joelhos, o que não vai acontecer", disse ele. "Estamos fazendo todos os esforços para recuperar todos os reféns", disse ele.

"É difícil, é duro e eu me solidarizo com as famílias, (mas) estamos em um estado de guerra e não podemos ceder a esses grupos terroristas", enfatizou.

Ação judicial

Jaime Vela, chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas, afirmou há alguns dias que "o SNAI tem que fazer seu trabalho para poder continuar a libertar os reféns", mas descartou uma negociação por parte dos militares. "Ainda há certos grupos que querem exercer pressão e nós não vamos ceder."

Diante da situação, o sindicato dos funcionários públicos entrou com uma "ação constitucional de proteção" demandando que o SNAI forneça garantias para proteger a integridade física, psicológica e sexual dos funcionários detidos, disse o advogado Diego Pozo à AP. Medidas cautelares também foram solicitadas perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos, disse ele.

"Eles foram detidos em seus próprios locais de trabalho e a autoridade máxima não disse nada e não fez nada", afirmou o jurista.

Enquanto isso, as patrulhas e operações policiais continuaram no sábado na capital e em outras cidades do país, que está em estado de emergência desde segunda-feira devido a uma série sem precedentes de ataques violentos.

A polícia informou em sua conta na rede social X que recapturou dois dos seis detentos que "escaparam" na noite de sexta-feira da Penitenciária do Litoral, uma das mais perigosas do país.

A onda de violência aumentou com o desaparecimento do traficante de drogas Adolfo Macias, conhecido como Fito, de uma prisão em Guayaquil no último domingo. Segundo as autoridades, Macias lidera o Los Choneros, uma das gangues mais perigosas ligadas ao cartel mexicano de Sinaloa, que controla o tráfico de drogas ao longo da rota do Pacífico e é acusado de todos os tipos de crimes.

Últimos balanços

O último balanço oficial do estado de emergência registra 1.105 pessoas presas, 94 delas por "terrorismo", e cinco criminosos classificados como "terroristas" mortos. Não foi detalhado se essas mortes fazem parte das 14 mortes registradas em Guaiaquil. Além disso, 28 grupos criminosos foram desmantelados, acrescentou o relatório.

A AP solicitou à polícia um número de mortos, mas não obteve resposta.

Além disso, 21 ataques contra infraestruturas públicas e privadas e a apreensão de 413 armas de fogo, 224 armas brancas, 338 explosivos, mais de 8.700 cartuchos de munição e 1.487 dólares foram registrados na execução de cerca de 10.478 operações.

O brasileiro Thiago Allan Freitas, de 38 anos, que havia sido sequestrado no Equador, foi libertado com vida pelos criminosos, relataram nesta quarta-feira, dia 10, familiares dele. Thiago Allan foi uma das vítimas da onda de ataques promovidos por facções de narcotraficantes que aterrorizaram o país. O governo equatoriano teve de declarar estado de exceção, reconhecer um conflito armado interno e empregar as Forças Armadas.

O brasileiro passou mais de 24 horas em cárcere privado. Thiago Allan havia sido capturado na manhã desta terça-feira, dia 9, por sequestradores em Guayaquil, onde vive há cerca de três anos. Ele tem um restaurante de churrasco brasileiro, a La Brasa.

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Thiago Allan foi encontrado por policiais e já voltou para casa. Ainda não há detalhes de como foi a operação de resgate. Os criminosos chegaram a exigir US$ 8 mil dólares, inicialmente. A Embaixada do Brasil em Quito já foi informada do resgate.

Um dos filhos dele, Gustavo, os sequestradores exigiram por fim um resgate de US$ 3 mil, e a família chegou a pagar com recursos próprios mais de US$ 1 mil. Sem dinheiro, o jovem recorreu às redes sociais para pedir contribuições e soltar o pai dos algozes.

Os filhos de Thiago publicaram uma mensagem no perfil do pai no Instagram: "Muito obrigado pela ajuda, de coração. Já encontraram meu pai. Estamos todos seguros, graças a Deus".

Na noite desta quarta-feira Eric Lorran Vieira, irmão de Thiago, gravou um vídeo para relatar que ele havia sido solto e estava bem. Eles conversaram por meio de uma videochamada: "Conseguimos, meu irmão está bem. Acabei de falar com ele".

Segundo Eric Lorran, representantes do governo brasileiro já foram informados sobre a libertação de Thiago Allan. A família em São Paulo fez contato com ele por meio da polícia equatoriana. "Quero agradecer a todos que compartilharam, mandaram mensagens e ajudaram financeiramente. A gente saiu do maior sufoco. Conseguimos salvar uma vida. Isso é divino", disse Eric.

A Embaixada do Brasil em Quito, no Equador, informou, na terça-feira, 9, que monitora a situação de um brasileiro cuja família diz ter sido sequestrado por criminosos durante uma onda de violência que assola o país e já provocou dez mortes e 70 prisões. A denúncia do sequestro foi feita nas redes sociais pelo seu filho, Gustavo, na terça-feira.

Thiago Allan Freitas, de 38 anos, é natural de São Paulo e mora há cerca de três anos no Equador. O brasileiro vive em Guayaquil, uma cidade portuária de 2,7 milhões de habitantes. A cidade tem sido um dos principais cenários do caos sem precedentes no Equador, já que é onde está localizada a prisão La Regional, na qual o líder de facção Fito estava cumprindo uma pena de 34 anos na prisão e fugiu no domingo, 7.

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Em Guayaquil, Thiago é proprietário de uma churrascaria brasileira, a La Brasa. O empreendimento, iniciado com churrascos a domicílio, hoje conta também com um restaurante em uma praça de alimentação local. Nas redes sociais da churrascaria, Thiago aparece em diversas publicações, exibindo cortes típicos do churrasco e usando uma camisa da Seleção. "Venha desfrutar de um pedacinho do Brasil em Guayaquil", convida em um vídeo.

Apelo do filho

Gustavo, filho de Thiago, foi às redes sociais na noite de terça-feira, incluindo a conta da churrascaria do pai, para denunciar o sequestro. Em vídeo, o jovem conta que Thiago foi sequestrado na manhã de terça-feira e que os criminosos pediam recompensa pela libertação. Aos seguidores do La Brasa, Gustavo pediu ajuda para arrecadar o dinheiro.

"Ajudem-me com o que tiverem, qualquer valor é muito bem-vindo, que seja 1 dólar ou 2 dólares, porque precisamos de verdade", disse o jovem, chorando. "Estamos desesperados e não temos o que fazer. Já pagamos US$ 1,1 mil mas estão pedindo US$ 3 mil. Recorro a vocês para que ajudem. Muito obrigado."

Até a noite desta terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores ainda não havia recebido confirmação oficial de autoridades equatorianas sobre o sequestro, mas conduzia uma apuração junto à polícia e ao governo local.

Pelo menos dez pessoas, incluindo dois policiais baleados em Nobol, na província equatoriana de Guayas, morreram até agora na onda de violência sem precedentes desencadeada por organizações criminosas no Equador, de acordo com informações da imprensa local divulgadas nesta quarta-feira, 10.

As duas últimas mortes relatadas nos ataques registrados na terça-feira, 9, são dois policiais "vilmente assassinados por criminosos armados" em Nobol, afirmou a Polícia Nacional do Equador.

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Anteriormente, outras oito pessoas foram mortas nos ataques do crime organizado ocorridos nesta terça-feira em Guayaquil, a cidade mais populosa do país capital da província de Guayas. Neste último caso, outros três ficaram feridos. "Este é o sacrifício que juramos à pátria e não descansaremos até encontrarmos os responsáveis por este ato criminoso", acrescentou a Polícia Nacional através das suas redes sociais.

Em uma mensagem publicada nesta quarta em sua conta no X (antigo Twitter), a Polícia Nacional do Equador relatou os resultados preliminares de suas ações contra os autores dos "ataques e atos terroristas". Segundo a polícia, 70 pessoas foram presas, três dos seus agentes feitos reféns foram libertados e 17 fugitivos recapturados, além de terem sido apreendidas armas, munições, explosivos e veículos.

De acordo com o jornal equatoriano El Universo, até às 16h de terça-feira, foram reportados mais 29 incidentes de criminosos armados no país. Os serviços de emergência atenderam mais de 1,9 mil ligações neste período.

O presidente Daniel Noboa emitiu um decreto que declara a existência de um conflito armado interno em nível nacional e ordena que as forças militares ajam para desmantelar 22 grupos do crime organizado transnacional, os quais foram designados como organizações terroristas e atores não estatais beligerantes.

O novo decreto ocorreu depois que homens armados e encapuzados entraram no canal TC Televisión em Guayaquil quando jornalistas transmitiam ao vivo um programa de notícias, o que causou uma situação dramática que durou pelo menos 30 minutos até a intervenção da polícia.

"Não atire, por favor, não atire", gritou uma mulher em meio às explosões. Antes de as luzes se apagarem, os homens encapuzados foram vistos segurando uma granada, apontando armas para os trabalhadores e colocando o que parecia ser uma banana de dinamite na jaqueta de uma pessoa.

Um jornalista do TC enviou mensagens via WhatsApp a um repórter da AFP indicando: "por favor. Eles vieram para nos matar. Deus permita que isso não aconteça. Os criminosos estão no ar". A polícia pôs fim à tomada do canal e prendeu 13 pessoas.

Medo nas ruas e repercussão internacional

A situação gerou pânico em diversas cidades, com comércio fechando cedo e ruas caóticas cheias de gente correndo para voltar para casa. As aulas passaram de presenciais para online até sexta-feira.

Brasil, Colômbia, Chile, Venezuela, República Dominicana e Estados Unidos expressaram seu apoio a Quito e rejeitaram a violência. O Peru declarou estado de emergência em toda a sua fronteira com o Equador e reforçará a vigilância, informou seu governo.

A embaixada da China em Quito e seu consulado em Guayaquil anunciaram que suspenderão temporariamente o atendimento ao público a partir de quarta-feira, sem especificar quando reabrirão. (Com agências internacionais).

O filho de um brasileiro sequestrado no Equador, nessa terça (9), pediu ajuda nas redes sociais para pagar o resgate do pai. Gustavo disse que a família deu todo o dinheiro que tinha aos sequestradores, mas que a quantia não foi suficiente para a liberação.

Thiago Allan Freitas é dono de uma churrascaria e Gustavo usou as redes sociais do restaurante para fazer o apelo horas após o pai ser levado.

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"Meu nome é Gustavo, eu sou filho de Thiago. Meu pai foi sequestrado nesta manhã. Já enviamos todo o dinheiro que tínhamos. Não temos mais. Por isso, recorro a vocês, que me ajudem com o que têm, com qualquer valor, é muito bem-vindo. Se é US$ 1, US$ 2, precisamos de verdade. Estamos desesperados. Não temos como fazer. Já pagamos US$ 1,1 mil, mas estão pedindo US$ 3 mil. Peço que nos ajudem. Muito obrigado", relatou o jovem.

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LeiaJá também: Grupo armado invade TV ao vivo e faz reféns no Equador

Nessa terça (9), grupos criminosos ligados ao narcotráfico iniciaram uma série de ataques em cidades do Equador um dia após o presidente Daniel Noboa decretar estado de exceção para combater o comércio de drogas. O mandatário classificou as organizações como "terroristas" e colocou o Exército nas ruas para responder aos criminosos.

Em nota, o Itamaraty informou que acompanha com preocupação o conflito armado no Equador.

"O governo brasileiro acompanha com preocupação e condena as ações de violência conduzidas por grupos criminosos organizados em diversas cidades no Equador. Manifesta também solidariedade ao governo e ao povo equatorianos diante dos ataques." 

 

Grupos criminosos lançaram nesta terça-feira (9) uma série de ataques em cidades do Equador um dia depois de o presidente, Daniel Noboa, ter decretado estado de exceção para combater o narcotráfico. Noboa respondeu designando várias organizações como "terroristas" e mandando o Exército às ruas.

Os ataques de ontem, que ocorrem em paralelo à invasão de um canal de TV ao vivo em Guayaquil, a maior cidade do país, incluem queima de carros e ônibus, sequestros de policiais e vandalismo. Ao menos quatro policiais estão em poder de criminosos e um está desaparecido.

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Em Esmeraldas, próximo à fronteira com a Colômbia, criminosos atearam fogo em carros. Aulas foram canceladas e comércios, fechados. O governo não divulgou um balanço geral, mas relatos apontam que várias cidades sofreram ataques simultâneos, incluindo Quito e Guayaquil.

O Equador vive há anos um aumento da violência relacionada ao narcotráfico. Espremido entre dois dos maiores produtores de cocaína do mundo - Peru e Colômbia -, o país virou rota de escoamento da droga, principalmente através dos portos de Guayaquil, Esmeraldas e Manta.

No ano passado, criminosos mataram a tiros o candidato presidencial Fernando Villavicencio após um comício no norte de Quito. O crime foi atribuído aos Choneros, maior facção criminal do Equador. O então presidente, Guillermo Lasso, prometeu que o crime não ficaria impune. Seis colombianos foram presos, mas todos morreram na prisão alguns meses depois.

Terror

No domingo (7) Adolfo Macías, conhecido como "Fito", líder dos Choneros, fugiu de uma prisão de Guayaquil. A fuga levou o presidente a decretar estado de exceção em todo o país, incluindo um toque de recolher das 23 horas às 5 horas por 60 dias, uma ferramenta comum de política pública: desde 2019, foram mais de 40 estados de exceção declarados no Equador.

Mas pouca coisa mudou. O Equador viveu uma nova madrugada de terror, com policiais sequestrados em várias cidades. Ontem, a situação se agravou. Homens armados e encapuzados invadiram o estúdio da emissora TC Televisión em Guayaquil. O canal estava ao vivo e registrou o momento em que um grupo de bandidos avançou e ameaçou jornalistas e cinegrafistas.

Durante a invasão, disparos foram ouvidos no estúdio e os funcionários da emissora usaram o WhatsApp para pedir ajuda: "Socorro, eles querem nos matar", dizia a mensagem. Sem dar detalhes, a polícia anunciou que controlou a situação, após realizar "várias prisões", e divulgou fotos que mostram pelo menos dez suspeitos deitados no chão, com as mãos atadas.

Conflito

Noboa agiu rápido e decretou ontem "conflito armado interno" no Equador. O decreto considera 22 facções criminosas como organizações terroristas e autoriza os militares a agir para combater todas as facções. "Ordenei às Forças Armadas que realizem operações militares para neutralizar esses grupos", disse o presidente equatoriano.

Governo mobiliza 3 mil policiais para capturar chefe de facção

José Adolfo Macías Villamar, o Fito, de 44 anos, chefe dos Choneros, principal organização criminosa do Equador, continua desaparecido. Ele cumpria pena de 34 anos por crime organizado, narcotráfico e homicídio. Autoridades disseram que dois carcereiros foram acusados de envolvimento na fuga, enquanto 3 mil policiais foram enviados para caçar o criminoso.

"Não vamos negociar com terroristas", disse o presidente do Equador, Daniel Noboa, um empresário de 36 anos. "Esses grupos narcoterroristas pretendem nos intimidar e acreditam que cederemos às suas exigências."

A taxa de homicídios do Equador em 2023 foi de 46,5 assassinatos por 100 mil habitantes - oito vezes mais do que era em 2018. O presidente Daniel Noboa atribui o aumento da violência a uma retaliação pelas suas ações para "recuperar o controle" das prisões equatorianas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente Daniel Noboa decretou "conflito armado interno" no Equador depois de narcotraficantes sequestrarem policiais e invadirem uma emissora de TV nesta terça-feira, 9. O decreto considera as facções como organizações terroristas e autoriza as Forças Armadas do Equador a agir para combater os grupos.

Noboa lista 22 facções criminosas como terroristas, que estariam ligadas ao caos instaurado no país depois que um líder do narcotráfico fugiu da prisão na segunda-feira. "Ordenei às Forças Armadas que realizem operações militares para neutralizar esses grupos", disse nas redes sociais.

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Desde a fuga, policiais foram sequestrados, mais presos fugiram e ataques com explosivos e carros-bomba foram registrados em diversas cidades equatorianas. A imprensa local chamou o incidente de "noite de terror". Os atos parecem coordenados e não deixaram vítimas.

Nesta terça-feira, homens armados e encapuzados invadiram um canal de TV que transmitia um jornal ao vivo e renderam os funcionários. Vídeos do momento mostram armas e explosivos com os criminosos, e registram barulhos que parecem ser de tiros ao fundo. Vozes gritam para que a polícia não apareça no local. A polícia informou que mandou tropas especiais para o prédio da emissora.

Os ataques ocorrem em meio a novo pico de violência relacionada ao tráfico de drogas e após a fuga da prisão de Fito, chefe da gangue Los Choneros, principal quadrilha criminosa do país ligada ao narcotráfico - e uma das listadas no decreto como organização terrorista.

Noboa já havia decretado estado de exceção no país nesta terça-feira, após a nova onda de violência. O decreto permitiu a ação das Forças Armadas no sistema prisional equatoriano e instalou um toque de recolher entre 23h e 5h. "Não negociaremos com terroristas nem descansaremos enquanto não devolvermos a paz aos equatorianos", afirmou em vídeo publicado nas redes sociais.

Nova crise de segurança

A crise começou no domingo, após o governo afirmar que o narcotraficante Fito fugiu da cadeia. Na segunda-feira, 8, pelo menos seis presídios do país registraram rebeliões internas, incluindo a retenção de agentes penitenciários por detentos e a queima de colchões.

Na Prisão Regional, onde estava Fito, os detentos escreveram no pátio com pedras "PAPA FITO" e "FATALES GTR" em referência a outra organização criminosa. Em um campo esportivo do mesmo complexo haviam pintado "CON FITO SEMBRAMOS PAZ" ("com Fito semeamos paz").

No mesmo dia, na cidade costeira de Machala "foram sequestrados três policiais, que estavam de plantão no local", enquanto um quarto foi sequestrado em Quito, informou a polícia em sua conta na rede social X, antigo Twitter, por volta da meia-noite. Na capital, o agente foi levado por três indivíduos que conduziam um "veículo com insulfilme e sem placa".

Além do sequestro, houve explosões em Esmeraldas, uma cidade perto da fronteira com a Colômbia, uma das províncias equatorianas controladas por máfias. Um artefato explosivo foi lançado perto de uma estação policial e dois veículos foram queimados em outros locais, sem deixar vítimas.

Em Quito, um veículo explodiu e um dispositivo foi detonado perto de uma ponte de pedestres. Seu prefeito, Pabel Muñoz, pediu ao Executivo a "militarização" de instalações estratégicas ante a "crise de segurança sem precedentes".

Um grupo de homens armados com armas de fogo e granadas invadiu uma emissora de TV durante programa ao vivo, em Guayaquil, no Equador, nesta terça-feira (9), fazendo reféns no estúdio. A ação foi transmitida em rede nacional. Em vídeo que circula nas redes sociais, é possível ouvir as vítimas pedindo para que não haja interferência da polícia. 

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O levante de facções criminosas no Equador teve início na segunda-feira (8), quando o presidente, Daniel Noboa, decretou estado de emergência em todo o país, desde a fuga do líder do cartel Los Choneros, José Adolfo Macias, do presídio onde cumpria pena, no domingo (7). 

A polícia do Equador confirmou, por meio das redes sociais, que os envolvidos na invasão do canal de TV foram capturados e as vítimas já estão liberadas. 

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou o novo presidente eleito do Equador, Daniel Noboa, pela vitória nas urnas no domingo (15). Em mensagem publicada nas redes sociais, Lula disse que seguirá trabalhando pelo aprofundamento das relações bilaterais dos países.

"Meus parabéns para @DanielNoboaOk pela vitória nas eleições presidenciais do Equador. Meus desejos de saúde e sucesso no seu futuro mandato", publicou o petista na manhã desta segunda-feira (16), no X, antigo Twitter. "Expresso minha disposição de seguir trabalhando pelo bem-estar dos nossos povos, tradicionalmente amigos, de aprofundar as relações bilaterais e de atuar pelo desenvolvimento da América do Sul."

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Noboa, de 35 anos, é herdeiro de uma fortuna construída com a principal cultura do Equador, a banana. Sua carreira política começou em 2021, quando conquistou uma cadeira na Assembleia Nacional e presidiu a Comissão de Desenvolvimento Econômico.

Com mais de 97% das urnas apuradas, ele derrotou a candidata de esquerda e aliada do ex-presidente exilado Rafael Correa, Luisa González, no segundo turno. Noboa obteve 52,1% votos válidos, ante 47,9% da adversária.

Os três primeiros casos de gripe aviária foram detectados nas Ilhas Galápagos, que abrigam fauna endêmica e fazem parte do patrimônio natural da humanidade, informou o Parque Nacional de Galápagos (PNG) nesta terça-feira (19).

"Preliminarmente, de cinco espécimes examinados, três deles testaram positivo para gripe aviária H5N1", afirmou a entidade em comunicado, acrescentando que, para confirmar os casos, o material coletado será enviado ao Instituto Nacional de Pesquisa em Saúde Pública em Guayaquil, cidade portuária no sudoeste do Equador.

No domingo, o Equador informou que estava investigando um possível surto de gripe aviária nas Galápagos após a descoberta de "várias aves visivelmente doentes" na região norte do arquipélago, no Oceano Pacífico.

As Galápagos, localizadas a 1.000 km da costa equatoriana, abrigam "78 espécies de aves endêmicas e nativas, muitas das quais migram para as costas continentais em busca de alimento", de acordo com o Ministério do Meio Ambiente.

O PNG observou que, para evitar a propagação do vírus na província insular turística, que também possui uma flora única no mundo, foi ordenado o fechamento de locais de visitação nas ilhas Genovesa, San Cristóbal e Española, onde foram detectadas aves afetadas.

Além disso, estão sendo monitoradas áreas de nidificação de populações de aves endêmicas, como pinguins e cormorões.

O ministro do Meio Ambiente, José Dávalos, lamentou a chegada do vírus às Galápagos, cujo ecossistema é delicado e faz parte da reserva da biosfera. O arquipélago, que leva o nome das raras tartarugas gigantes que lá habitam, serviu ao naturalista inglês Charles Darwin para desenvolver a teoria da evolução das espécies.

Em janeiro, o Equador relatou o primeiro caso de gripe aviária em humanos, em meio a uma emergência zoonótica de 90 dias declarada em novembro devido à detecção da doença em fazendas avícolas no continente equatoriano, onde quase 300 mil animais foram sacrificados.

Com um gol de Messi, a Argentina derrotou o Equador, nesta quinta-feira (9), em Buenos Aires, em duelo válido pela primeira rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026. O craque argentino atingiu a marca de 29 gols em eliminatórias e se igualou ao uruguaio Suárez.

A Argentina lidera as eliminatórias com três pontos, ao lado da Colômbia. Já o Equador fica três pontos negativos aopis ter sido punido pelo caso do jogador Byron Castillo, que usou documentos falsos durante as Eliminatórias da Copa de 2022.

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A Argentina chegou a ter 80% de posse de bola no primeiro tempo, mas só foi finalizar aos 15 minutos com um chute de Messi de fora da área.

Apesar de pressionado, o Equador se manteve fiel ao seu esquema tático e, aos 25, com Enner Valencia, atacante do Internacional, arriscou para defesa de Emiliano Martínez.

Sem sucesso para furar o bloqueio equatoriano, a atual seleção campeã mundial passou a apostar nos cruzamentos e só foi ter êxito no último lance da primeira etapa, quando Lautaro Martinez, em posição duvidosa, acertou a trave. O lance não foi verificado pelo VAR porque o juiz apitou o final do primeiro tempo logo em seguida.

A pressão da Argentina foi ainda maior no segundo tempo. Aos 12 minutos, Tagliafico acertou o travessão em belo chute de fora da área. O Equador apostou nos contra-ataques, puxados com força por Enner Valência.

O jogo ficou tenso, com vários lances ríspidos dos dois lados. Apesar do nervosismo dos jogadores, o árbitro colombiano Wilmar Roldán preferiu a conversa aos cartões amarelos.

Aos 24 minutos, Messi encontrou espaço para carregar a bola e bateu colocado, mas sem força, facilitando a defesa do goleiro Galindez. O Equador reagiu no minuto seguinte e a finalização de Rodriguez também pecou pela falta de potência.

De tanto tentar o gol argentino saiu aos 32 minutos. Messi bateu falta frontal por cima da barreira e Galindez só olhou para a bola: 1 a 0.

Presos de seis presídios do Equador mantêm 57 guardas penitenciários e policiais retidos em protesto contra operações de segurança da força policial nas prisões, informou na quinta-feira (31) a entidade reguladora das penitenciárias (Snai).

Em meio a um dia violento devido às explosões de dois carros-bomba em Quito, a entidade afirmou em comunicado que sete policiais e 50 agentes penitenciários "estão retidos em seis centros de privação de liberdade", sem entrar em mais detalhes.

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Mais cedo, o ministro do Interior, Juan Zapata, havia declarado que todos os guardas estavam retidos na prisão de Cuenca, onde os detentos protestam desde quarta-feira (30) devido à pressão policial.

"Este incidente seria uma resposta dos grupos criminosos às intervenções da força policial nos centros penitenciários do país, cujo propósito é a apreensão de objetos proibidos que são usados em atos violentos", informou o Snai.

Na quarta-feira, centenas de soldados e policiais realizaram uma operação de busca por armas, munições e explosivos em uma prisão na cidade andina de Latacunga, no sul do Equador, uma das principais do país e cenário de frequentes massacres entre detentos que causaram mais de 430 mortes desde 2021.

As hipóteses sobre os reféns têm mudado ao longo do dia. Inicialmente, o órgão estatal responsável pelas prisões (Snai) afirmou que se tratava de uma retaliação pela "intervenção" das forças de segurança. Posteriormente, as autoridades indicaram que a retenção é um protesto contra a transferência de detentos para outras prisões.

"Estamos preocupados pela segurança de nossos funcionários", disse Zapata durante uma coletiva de imprensa em Quito.

De acordo com o Snai, "Uma série de ações estão sendo tomadas para recolocar a ordem no sistema penitenciário" com o apoio de militares e policiais.

Gangues ligadas ao tráfico de drogas travam uma guerra pelo poder e usam as prisões como centros de operações. Diante dos confrontos violentos entre as organizações aliadas a cartéis mexicanos e colombianos nas prisões, o presidente Guillermo Lasso decretou em 24 de julho o estado de exceção em todo o sistema penitenciário por 60 dias, o que permite a presença militar nas prisões.

As eleições no Equador terão um segundo turno entre a candidata de esquerda Luisa González, do partido Revolución Ciudadana, e o empresário liberal Daniel Noboa, do movimento Acción Democrática Nacional, a ser disputado em 15 de outubro. Com 70% da apuração concluída, González, aliada do ex-presidente Rafael Correa, liderava a disputa com 33,1% dos votos.

Após o avanço na contagem, a candidata adotou um discurso de união entre os equatorianos para tirar o país da crise institucional e de segurança, ante uma eleição marcada pela violência. "O Equador requer paz, trabalho, segurança, que voltemos a ser livres", declarou.

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O adversário, Daniel Noboa, tinha que tinha 24,1%. Filho do magnata e ex-candidato Álvaro Noboa, ele destacou que a disputa oferece uma oportunidade para derrotar o correísmo. "Não será a primeira vez que um novo projeto político dá uma reviravolta no 'establishment' político. Esse frescor em fazer política é o que nos trouxe até aqui", disse. Embora a entrada dos dois no segundo turno não estivesse garantida matematicamente, os demais candidatos reconheceram o resultado com base em projeções.

RECORDE

A eleição registrou uma participação recorde de eleitores. Ao todo, 82,26% dos 13,4 milhões de equatorianos aptos a votar foram às urnas.

Os eleitores foram escolher quem assumirá o mandato presidencial no lugar do conservador Guillermo Lasso, assim como os novos representantes da Assembleia Nacional, após esta ter sido dissolvida pelo presidente em maio. A disputa foi marcada por uma profunda crise institucional e de segurança, que atingiu seu ponto mais crítico com o assassinato a tiros do candidato Fernando Villavicencio no dia 9.

VIOLÊNCIA

Sob o decreto de estado de emergência, a votação ocorreu com um forte aparato de segurança em todo o país para garantir a normalidade. Um contingente de 53 mil membros da Polícia Nacional e 45 mil membros das Forças Armadas foi destacado para o pleito.

Os militares foram destacados para fazer a segurança especialmente do candidato Christian Zurita, jornalista que substituiu Villavicencio na disputa presidencial. Zurita apareceu para votar utilizando um colete à prova de balas e um capacete, além de ter sido protegido por uma espécie de lençol blindado, em meio a ameaças de morte recebidas nas redes sociais.

O tema da violência foi prioritário para os equatorianos nestas eleições. "Estou votando hoje com a fé de que as coisas possam mudar", disse Javier, de 32 anos, que pediu para não ter o sobrenome identificado por medo de represálias. A presidente do CNE, Diana Atamaint, informou que nenhum episódio de violência foi registrado durante o horário de votação.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dia depois do assassinato do jornalista, ativista e candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, os equatorianos, impactados pelo aumento da violência no país, agora aguardam a chegada de uma equipe da agência federal americana FBI, que promete colaborar na investigação da mais recente morte política na nação sul-americana.

A ajuda do FBI foi anunciada nesta sexta-feira, 11, pelo presidente equatoriano, Guillermo Lasso, que declarou ontem, 10, o estado de exceção durante 60 dias em todo o país após a morte a tiros de Villavicencio, com o objetivo de garantir a realização das eleições gerais antecipadas, que devem ocorrer em 20 de agosto.

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Os agentes enviados pelos Estados Unidos terão a tarefa de investigar, junto com a polícia equatoriana, as causas do assassinato e os atores intelectuais do crime.

Após os acontecimentos da quinta-feira, o governo dos EUA ofereceu ao governo equatoriano "assistência investigativa urgente" por meio de seu embaixador em Quito, Michael J. Fitzpatrick. Nos últimos dois anos, o governo americano e o Equador têm construído laços estreitos de cooperação, fundamentalmente na área da segurança.

Na quinta-feira, 10, o gabinete do promotor anunciou a prisão de seis pessoas de nacionalidade colombiana que supostamente participaram no atentado que matou Villavicencio. O autor direto do atentado, também colombiano, morreu no local do ataque.

"Em várias incursões em Conocoto e no sul da cidade, seis pessoas foram presas: Andrés M., José N., Adey G., Camilo R., Jules C., Jhon R., todos estrangeiros", afirmou o ministro do Interior do Equador, Juan Zapata.

De acordo com o ministro, a polícia havia encontrado um pequeno arsenal que estava na possessão dos suspeitos: um fuzil com dois carregadores, uma submetralhadora, quatro pistolas, três granadas, quatro caixas de munição, duas motocicletas e um veículo roubado.

Os seis suspeitos foram capturados no sul de Quito e, de acordo com as autoridades, eles tinham sido previamente presos no mês anterior, mas não ficaram sob custódia e depois foram declarados fugitivos do sistema judiciário por não comparecerem a uma audiência.

Villavicencio era um dos oito candidatos nas eleições gerais extraordinárias do Equador. Além da sua morte, o ataque a tiros deixou pelo menos nove feridos no local do comício em que o candidato havia participado.

Nesta manhã foi realizado o velório do ex-candidato. Em um dia fúnebre para o país, dezenas de simpatizantes tentaram entrar na capela para prestar suas últimas homenagens e foram freados por policiais, que jogaram spray de pimenta durante o aumento das tensões.

Também foram reportados uma série de desentendimentos entre os parentes de Villavicencio. Alguns culparam a esposa do falecido, Verónica Sarauz, por não permitir o acesso deles à capela. A decisão de Sarauz foi manter o velório privado. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Após o assassinato do candidato a presidência do Equador Fernando Villavicencio, que ocorreu na noite de quarta-feira (9) uma candidata a Assembleia Nacional do Equador foi vítima de um ataque armado na quinta-feira (10).

Estefany Puente estava no El Club de Leones, organização que presta serviços sociais na cidade de Quevedo, quando seu carro foi atingido por dois homens. A informação foi divulgada pelo jornal equatoriano El Universo.

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De acordo com o periódico, Puente estava com seu pai e com um funcionário. A candidata foi atingida de raspão no braço e os homens fugiram em seguida. O para-brisas do carro de Puente ficou destruído. A candidata faz parte da chapa Claro Que Se Puede, do candidato Yaku Pérez.

Assassinato

Um dos candidatos à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, 59 anos, foi assassinado na quarta-feira com três tiros na cabeça enquanto saía de um ato de campanha na capital do país, Quito.

Em recentes pesquisas eleitorais, Fernando Villavicencio aparecia no quinto lugar entre os candidatos às eleições presidenciais do país sul-americano. As eleições do Equador devem ocorrer no dia 20 de agosto deste ano.

De acordo com Diana Atamaint, chefe do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), as eleições gerais antecipadas do Equador estão mantidas para o dia 20 de agosto.

A facção criminosa equatoriana Los Lobos, que assumiu a autoria pelo assassinato do candidato a presidência do Equador Fernando Villavicencio na saída de uma escola em Quito, capital do país, após um compromisso de campanha na quarta-feira, 9, é uma das maiores organizações criminosas do país, com mais de 8 mil membros.

De acordo com a organização InSight Crime, especializada em pesquisa sobre o crime organizado na América Latina e Caribe, o grupo passou a ter mais espaço depois que outra facção, os Los Choneros, teve seu poder reduzido no Equador.

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A organização criminosa Los Lobos possuí forte controle sobre outras facções menores como Los Tiguerones e Chone Killers e possuí forte influencia nos presídios equatorianos, principal via do narcotráfico do Equador e por onde ocorrem os contatos com organizações criminosas do México e da Colômbia. A facção também possuí forte atividade no setor de mineração.

Durante uma gravação, o grupo assumiu a autoria do ataque, alegando que o assassinato ocorreu após Villavivencio ter feito um acordo com a facção, mas sem cumprir as suas promessas.

"Queremos deixar claro para todos que cada vez que políticos corruptos não cumprirem com suas promessas antes estabelecidas, quando receberem nosso dinheiro - que são milhões de dólares -, para financiar suas campanhas, serão executados", diz um porta-voz rodeado de outros criminosos vestidos de preto e com balaclavas cobrindo os rostos enquanto exibem suas armas de fogo.

A facção Los Lobos foi fundada como uma dissidência da organização criminosa Los Choneros. O assassinato do líder da facção Los Choneros Jorge Luis Zambrano, em 2020, deixou um espaço para que a facção Los Lobos ficasse mais forte.

Segundo o InSight Crime, a facção Los Lobos junto com organizações menores como Chone Killers e Los Tiguerones passaram a se chamar de "Nova Geração" por uma suposta ligação com a facção mexicana Cartel de Jalisco Nova Geração.

O grupo de facções chamado de "Nova Geração" lançou diversas ofensivas contra os Los Choneros, o que levou a diversos embates dentro de prisões equatorianas. Em setembro de 2021, um conflito entre os dois grupos levou a morte de 119 pessoas no sul do Equador.

A facção Los Lobos tentou assassinar diversas vezes um dos fundadores da gangue rival, Junior Róldan, que foi morto na Colômbia em março deste ano.

Liderança

Segundo o jornal equatoriano GK, o líder da facção "Los Lobos" era Wilmer Chavarría, mais conhecido como "Pipo", que operava de dentro da prisão de Turi, em Cuenca. A polícia do Equador aponta que Pipo foi morto em um motim na prisão em 2021, no qual 34 presidiários foram assassinados, embora isso nunca tenha sido provado, de acordo com o GK.

Desde a suposta morte de Pipo, Alexander Quesada, conhecido como "Ariel", é considerado o líder da gangue, de acordo com o InSight Crime. O líder do Los Lobos também tem forte influencia nas facções Los Tiguerones e Chone Killers.

Segundo o InSight Crime, a facção Los Lobos opera principalmente nas cidades de Latacunga e Cuenca. A facção também é forte na província de Pastaza. A facção tem o controle total da prisão de Turi, em Cuenca, que abriga cerca de 1.600 pessoas.

A organização criminosa também possuí forte influencia na penitenciária de Guayaquill e em outros presídios menores do Equador.

Atividade

A renda do grupo se baseia na movimentação de cocaína comprada por carteis mexicanos de grupos colombianos. O país sul-americano se transformou em passagem para que a cocaína vinda da Colômbia chegue aos Estados Unidos e o continente europeu. Tanto a facção Los Lobos quando outras facções do Equador tem movimentado o trafico de cocaína.

A organização criminosa equatoriana protege os carregamentos de drogas e também pode cobrar dívidas ou trabalhar como assassinos de aluguel, segundo o site InSight Crime. A facção também participa de atividades de microtráfico em várias cidades como Quito, Guayaquil e Quevedo.

De acordo com o InSight Crime, o grupo conseguiu penetrar no sistema prisional equatoriano por meio de suborno de agentes penitenciários e corrupção.

Uma mulher de 76 anos que foi declarada morta e surpreendeu seus parentes ao acordar e bater em seu caixão durante seu velório morreu após sete dias em terapia intensiva, informou sua família no sábado (17).

Gilberto Barbera Montoya, filho da mulher, contou à Associated Press que os médicos do hospital estadual para onde ela foi levada às pressas após o incidente disseram que ela morreu na noite de sexta-feira.

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O Ministério da Saúde do Equador confirmou em comunicado que Bella Montoya morreu de um derrame isquêmico depois de passar uma semana em terapia intensiva. O órgão acrescentou que Bella permaneceu sob "vigilância permanente", mas não forneceu mais informações sobre a investigação médica em torno do caso.

Barbera Montoya disse que ainda não recebeu nenhum relatório das autoridades sobre a explicação médica do ocorrido e alertou que as coisas "não vão ficar assim". Ele afirmou que uma irmã da falecida denunciou formalmente o incidente, procurando identificar o médico que a declarou morta.

Bella Montoya acordou durante seu velório em 9 de junho, depois de passar cinco horas dentro de seu caixão em uma funerária em Babahoyo, cerca de 208 quilômetros a sudoeste de Quito, capital do Equador.

Os restos mortais de Bella, que era enfermeira aposentada, estão na mesma funerária onde ela acordou. Seu filho disse à AP que ela será enterrada em um cemitério público.

Um comitê técnico foi formado para revisar como o hospital emite atestados de óbito, disse o Ministério da Saúde do país na semana passada.

(Com informações da AP)

O velório de Bella Montoya já se estendia por quase cinco horas quando os familiares se surpreenderam como o caixão se mexendo. Dada como morta por um hospital no Equador, a idosa de 76 anos despertou momentos antes de ser enterrada, nesse sábado (10). 

Levada ao Hospital Martín Icaza, em Babahoyo, após sofrer uma parada cardiorrespiratória causada por uma doença cerebrovascular não específica, Bella foi declarada morta pela equipe médica. 

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A notícia fez o filho Gilbert Balberán buscar um caixão doado, já que a família não tinha dinheiro para arcar com todas as custas do enterro. Antes do corpo ser levado ao cemitério, quem velava a idosa se assustou com sons de batidas vindo do caixão. 

Após a tampa ser aberta, Bella mostrou que não havia morrido. Com dificuldade de respirar por conta das horas que passou confinada, ela foi atendida e retirada por dois homens. 

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A idosa foi levada de volta à UTI do mesmo hospital que declarou sua morte e segue em observação. Os médicos suspeitam que ela tenha "ressuscitado" de uma catalepsia, quando o corpo fica totalmente paralisado e rígido. 

“Minha mãe está no oxigênio. O coração dela está estável. O médico apertou a mão dela e ela reagiu; eles me dizem que isso é bom, porque significa que ela está reagindo aos poucos”, disse Gilbert ao jornal El Universo. Um inquérito vai apurar o caso. 

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