Tópicos | erro médico

O governo de Santa Catarina foi condenado a indenizar a família de uma criança em R$ 150 mil após ela ter a perna amputada em decorrência de demora no diagnóstico de obstrução arterial. O caso aconteceu no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, em janeiro de 2007, quando o bebê tinha oito meses de idade. A decisão foi tomada por unanimidade pelos desembargadores da 5ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC).

Consta nos autos que, após o bebê ser diagnosticado com quadro de "sopro no coração", os pais tentaram, por diversas vezes e sem sucesso, marcar uma cirurgia para resolver o problema. Depois de um tempo, não especificado no processo, a operação foi finalmente marcada.

##RECOMENDA##

Os médicos, a princípio, seguiram os protocolos e anestesiaram a criança, porém, por algum motivo, não a operaram. No período de internação, por causa de problemas com a coagulação do sangue "decorrentes da negligência do corpo médico do hospital", o menino teve parte da perna direita amputada.

Relator da apelação, o desembargador Artur Jenichen Filho afirmou que "é igualmente presumível a dor e sofrimento dos pais em razão do que aconteceu com o filho".

No voto, o magistrado reconheceu o direito da vítima em receber fornecimento e ressarcimento de gastos futuros referentes a atendimento especializado para o tratamento.

Jenichen Filho entendeu que os valores indenizatórios estipulados em 1º grau estavam corretos, com exceção do valor destinado ao pai da criança.

O desembargador aumentou a indenização para ficar igual à da mãe. Com isso, os pais receberão cada um R$ 25 mil pelos danos morais.

O menino, por sua vez, será indenizado em R$ 100 mil por danos morais e estéticos. O valor deve ser atualizado com base em juros. Receberá ainda uma pensão vitalícia, no valor de um salário mínimo, a partir do dia em que completar 14 anos.

Atualmente, a vítima tem 12 anos. Foi exatamente neste ponto que o Estado de Santa Catarina se insurgiu, alegando que a lesão "não incapacitou o paciente para todo e qualquer tipo de trabalho".

Para o relator, entretanto, esse argumento não tem cabimento porque "é evidente a perda de capacidade laborativa, mesmo que parcial, e ela não será reparada totalmente com o fornecimento de prótese".

Defesa

A assessoria do governo catarinense informou que a Procuradoria Geral do Estado avalia o caso para decidir sobre eventual recurso.

A Justiça do Rio decidiu que o estado do Rio terá que pagar indenização por danos morais no valor de R$ 100 mil a Adriano da Silva que, em setembro de 2006, por erro médico, teve retirado o rim esquerdo em cirurgia realizada no Hospital Estadual Pereira Nunes, em Saracuruna, na Baixada Fluminense. Em 2005, após sofrer queda de uma cachoeira, Adriano sofreu fratura exposta do fêmur e apresentou quadro de traumatismo craniano.

Em ação contra o estado, Adriano contou que, devido à demora na realização dos procedimentos necessários, acabou contraindo infecção hospitalar, sendo obrigado a se submeter a novas cirurgias. Em uma delas, o hospital estadual deveria ter extraído o baço do paciente. Meses depois, porém, ao se submeter a exame de imagem, descobriu que teve removido erroneamente o rim em lugar do baço, o que acabou lhe provocando várias sequelas.

##RECOMENDA##

Os desembargadores da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça acompanharam, por unanimidade, o voto da relatora, desembargadora Myriam Medeiros da Fonseca Costa. O estado ajuizou recurso contra a decisão da primeira instância, quando havia sido condenado ao pagamento de R$ 50 mil por danos morais e a R$ 10 mil por danos estéticos.

Na decisão, a desembargadora Myriam Costa escreveu: “Resta claro, portanto, que o autor foi vítima de uma série de falhas por parte do Estado do Rio de Janeiro, seja no tocante ao retardo no atendimento, seja em relação às inúmeras intercorrências apuradas, sendo a mais grave delas, a meu sentir, a retirada desnecessária de um dos rins.”, avaliou a magistrada.

Um paciente que fez uma vasectomia no lugar de uma cirurgia de fimose receberá uma indenização de R$ 62 mil. A decisão é do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O erro médico aconteceu em São Paulo, em 2004.

Na época, o paciente tinha 20 anos e alegou que a impossibilidade de gerar filhos causou o fim do seu noivado. A vítima entrou com processo por danos materiais e morais contra o hospital, o plano de saúde e o médico. 

##RECOMENDA##

Os réus já haviam sido condenados pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), mas a ministra relatora do caso no STJ, Nancy Andrighi, entendeu que não havia fatos suficientes para que o hospital e o plano de saúde fossem culpados. Por isso, apenas o médico vai pagar tanto a indenização quanto o reembolso do valor pago pela cirurgia.

Um hospital de Vila Velha, um médico e uma seguradora de vida foram condenados a indenizar em R$ 50 mil um cidadão que foi operado do lado inverso ao qual a cirurgia deveria ser feita. Segundo os autos, o paciente ia se submeter a uma intervenção para retirada da hérnia inguinal do lado esquerdo. Porém, ao acordar na sala de recuperação, percebeu que a cirurgia foi realizada do lado direito.

De acordo com o processo, o cirurgião afirmou que após retirar os pontos faria a cirurgia do lado correto. Entretanto, o requerente declarou que é portador do vírus HIV e, por isso, não pode ser operado a qualquer tempo, pois precisa de preparo e acompanhamento específico em virtude de sua imunidade.

##RECOMENDA##

Em sua defesa, o hospital alegou que o paciente procurou o serviço direto com o médico em seu consultório e que recebeu apenas pelo uso da estrutura hospitalar, que foi pago pelo plano de saúde do autor. Além disso, frisou que a hérnia seria bilateral, localizada no lado direito também.

A Juíza de Direito Terezinha de Jesus Lordello, da 3ª Vara Cível de Guarapari, destacou, em sua sentença, o conjunto de provas anexado aos autos que comprovam que o autor é portador do vírus HIV e que estava internado para realizar a cirurgia de hérnia no lado esquerdo e não no lado direito.

Em relação à alegação do hospital sobre a hérnia ser bilateral, a magistrada salientou não haver no processo qualquer exame que permita comprovar a tese da defesa. “Do lado contrário, são abundantes as provas de que a enfermidade do autor concentrava-se na região esquerda”, afirmou a Juíza Terezinha de Jesus Lordello.

A magistrada argumenta, ainda, que o médico, em seu depoimento, ficou em dúvida em qual lado operar, indo contra os laudos do pré-operatório que deixavam bem claro o lado da enfermidade. A Juíza de Direito destacou ainda que a cirurgia deixou cicatrizes no lado direito do abdômen do paciente, ferindo-lhe a aparência estética, justificando, assim, a indenização.

“Observo que o autor possuía à época dos fatos 53 anos e, hoje, 59 anos, sendo portador do vírus HIV, portanto com presumida fragilidade em sua vida. Verifico ainda ausência de condição financeira elevada. Já o segundo requerido é médico bem estabelecido na região capital do Estado, possuindo boa capacidade econômica e o primeiro Hospital privado. Assim, arbitro a indenização por danos morais em R$ 40 mil reais e a indenização por danos estéticos em R$10 mil”, concluiu a Juíza Terezinha de Jesus Lordello.

Da assessoria do TJES

Pelé afirmou nesta quarta-feira que houve falha médica em uma cirurgia realizada no seu quadril em novembro de 2012, em São Paulo. Segundo o ex-jogador, o procedimento o obrigou a ser submetido a nova operação em dezembro do ano passado, nos Estados Unidos, para corrigir o erro na implantação de uma prótese entre o fêmur e bacia.

O tricampeão mundial com a seleção brasileira fez a revelação em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo em que disse acreditar ter sido vítima de erro médico na cirurgia realizada no Hospital Albert Einstein. "Segundo os médicos que me analisaram, teve um erro na técnica dos médicos brasileiros. Eu tinha um problema na resistência e a dor não passava de jeito nenhum", contou.

##RECOMENDA##

Nos Estados Unidos, o ex-jogador passou por nova cirurgia em um centro médico em Nova York. Pelé contou se sentir bem agora e não enfrentar mais dores. A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo entrou em contato com a assessoria de imprensa do ídolo do Santos, que confirmou a informação de que ele credita o erro ao médico responsável pelo procedimento.

A reportagem não conseguiu localizar o médico para comentar o assunto. A assessoria de imprensa do hospital não retornou os contatos.

Após perder a filha por suposto erro médico de uma equipe do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, o engenheiro Francisco Cruz Lima, de 60 anos, resolveu lutar para promover mudanças nos procedimentos e na conduta dos profissionais. Tudo começou com um documento relatando a morte da jovem de 27 anos e se transformou no Programa de Segurança do Paciente, que recebeu o nome de Júlia Lima neste mês.

Segundo o diretor-superintendente do hospital, Miguel Cendoroglo Neto, esse programa terá como foco o engajamento dos profissionais ao dar assistência aos pacientes. "O Júlia Lima dará ênfase à experiência do paciente, atuando nos aspectos comportamentais dos profissionais assistenciais: empatia, comunicação e atitude", explica.

##RECOMENDA##

O pai de Júlia passou a pesquisar sobre o tema e sugeriu mudanças no comportamento dos profissionais, como ouvir mais os pacientes e solicitar uma segunda opinião ao se deparar com um caso mais complexo. "Fiquei transtornado, mas não podia ser negligente com a situação. Dessa catástrofe que aconteceu, quis fazer algo melhor, porque não quero que ninguém passe pelo que a Júlia e nós passamos", diz Lima.

Júlia, que era atriz, deu entrada no hospital em 4 de fevereiro deste ano com dores no cóccix e foi constatado que tinha Síndrome de Cockett, compressão da veia ilíaca pela artéria. Ela foi operada dois dias depois e, entre os dias 9 e 10, ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), quando começou a apresentar complicações. Estava sendo medicada com um anticoagulante.

"Deveriam ter parado a medicação na primeira gota de sangue. Tiramos toalhas cheias de sangue e (os médicos) deixaram tudo acontecer lentamente. O olhar dela pedindo socorro não me sai da cabeça", diz o pai.

Queixas

Lima conta que, durante as 18 horas em que a jovem esteve internada, a família apresentou queixas, mas os médicos disseram que os sintomas eram normais. Júlia morreu no dia 10. Além da reformulação do programa, o Einstein prevê a construção de um memorial em homenagem à paciente, que será instalado na faculdade de Medicina da unidade. "Ela era uma pessoa intensa, gostava muito de artes e sempre adorou o balé. Tinha preocupação com o ambiente e era responsável", diz a mãe da atriz, a tradutora Sandra Giuliani Cruz Lima, de 59 anos.

Cendoroglo Neto diz que o caso da atriz ainda está sendo apurado, mas confirma que eventos atrapalharam no processo de recuperação da jovem na UTI. "Identificamos até o momento que houve uma sequência de agravos, associados ao uso de drogas de alta complexidade, que dificultaram o manejo da complicação e a reversão do quadro." O hospital informou que, se forem comprovados erros, o caso será encaminhado para os órgãos responsáveis. O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) diz que uma sindicância foi instaurada.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Justiça do Rio Grande do Sul confirmou, em segunda instância, a condenação de Leandro Boldrini por um erro médico cometido em uma cirurgia para a retirada de cálculos na vesícula. Boldrini é um dos réus pela morte de seu filho, Bernardo, de 11 anos, em abril de 2014.

O corpo do menino foi encontrado às margens de um córrego na cidade gaúcha de Frederico Westphalen, vizinha de Três Passos, onde ele morava com o pai e a madrasta, Graciele Ugulini, ambos réus no processo, ao lado de mais duas pessoas. Boldrini ainda responde por ocultação de cadáver e falsidade ideológica.

##RECOMENDA##

No caso do erro médico, o médico foi considerado negligente pelo desembargador Paulo Roberto Lessa Franz. O magistrado concluiu, a partir dos laudos periciais, que o médico não levou em consideração as queixas da paciente no pós-operatório. "Mesmo tendo reclamado sintomas que demandavam a necessidade de maiores cuidados, o requerido simplesmente deu alta hospitalar para a paciente. Tal conduta, manifestamente negligente e imperita, implicou na evolução do quadro para uma infecção generalizada que quase a levou a óbito", asseverou Franz. Seu voto foi seguido por dois outros desembargadores. A decisão foi tomada ainda em julho, mas só veio a público no dia 3 de setembro.

Em fevereiro de 2009, Beloni Maria Linhar Junbeck se submeteu a uma videocolicistectomia para a retirada de um cálculo vesicular no Hospital de Caridade de Três Passos. O cirurgião responsável pelo procedimento era Leandro Boldrini, que trabalhou ao lado de outra médica, a anestesista Jeane Cristina Ribeiro Rino Guimarães, também condenada no processo.

Segundo o relato de Beloni, dois dias após o procedimento, ela precisou ser novamente internada, dessa vez em uma UTI do município porque sentia fortes dores no local da cirurgia. Não havendo melhora do quadro clínico, a paciente foi então transferida para o Hospital de Clínicas de Porto Alegre, onde, após uma cirurgia de emergência, foi informada que, durante a operação para a retirada das pedras vesiculares, seu esôfago foi perfurado no procedimento de intubação.

Beloni, que receberá indenização pelas sequelas do problema, sofreu com descolamento de pele das suas costas em razão do longo tempo em que permaneceu deitada durante os dois meses de recuperação. Após a alta, a paciente teve a dieta controlada por uma equipe de nutricionistas durante um ano e, ao final do período de observação, precisou submeter-se a uma nova cirurgia, dessa vez para reconstruir o esôfago atingido na primeira operação.

Os médicos e a clínica de anesteseologia responsáveis pelos procedimentos foram condenados a pagar, solidariamente, pouco mais de R$ 10 mil por danos materiais emergentes, R$ 70 mil por danos morais e R$ 50 mil por danos estéticos, além de uma pensão mensal vitalícia para a paciente no valor de um salário mínimo. O Hospital de Caridade de Três Passos, que havia sido considerado culpado pela primeira instância, foi absolvido pelo Tribunal de Justiça.

São Paulo, 22/03/2015 - Em quatro anos, o número de processos movidos por erro médico que chegaram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) cresceu 140%. Dados obtidos com exclusividade pelo Estadão mostram que, em 2010, foram 260 ações encaminhadas à corte sobre o tema. No ano passado, foram 626 processos. São casos já julgados nos tribunais estaduais que passam para a esfera superior quando uma das partes entra com recurso.

No mesmo período, 18 médicos tiveram seus registros cassados e outros 625 receberam outros tipos de punições do Conselho Federal de Medicina (CFM) por agir com imprudência, imperícia ou negligência, práticas que caracterizam o erro médico.

##RECOMENDA##

Para especialistas em direito à saúde, o aumento de casos de erros médicos reportados à Justiça está relacionado com a baixa preocupação de alguns profissionais e unidades de saúde com a qualidade do serviço prestado. "O número de clientes de planos de saúde vem aumentando, mas a qualidade, não. Há médicos que têm de atender com cronômetro, fazer várias cirurgias no mesmo dia. É óbvio que, dessa forma, os erros começam a se tornar mais frequentes", diz a advogada Renata Vilhena.

Problemas estruturais dos hospitais, falta de mão de obra, baixa remuneração e longas jornadas de trabalho são apontados pelo advogado Julius Conforti também como causas de falhas no atendimento médico. "Outro fator importante que explica esse aumento do número de ações judiciais é a quantidade alucinante de cirurgias plásticas realizadas no Brasil", diz.

Corregedor do CFM, José Fernando Vinagre admite que há problemas na qualidade do serviço prestado e nas condições de trabalho oferecidas aos médicos, mas destaca também o peso da má formação nos casos de erro. "As faculdades têm sido abertas sem critérios técnicos, sem a certeza de que vão oferecer aos alunos um ensino adequado", diz ele. (Fabiana Cambricoli) As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) divulgou, nesta quarta-feira (8), que uma clínica médica em Caruaru foi condenada a pagar R$ 80 mil por danos morais a uma paciente. A Imax Diagnósticos – RM Santa Efigênia SS Ltda precisará desembolsar a quantia após a vítima ter ficado com o braço direito transfigurado após a aplicação injetável de uma medicação intravenosa. A decisão foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico desta terça (7). 

Segundo o TJPE, a autora da ação precisava da aplicação de contraste na veia para realizar um exame de tomografia de abdômen. No momento da aplicação, a paciente percebeu algo estranho, pois um caroço surgiu rapidamente no braço. A enfermaria disse à paciente que uma veia havia rompido e, mesmo com o problema, a liberou para ir para casa, onde sentiu tonturas, dor de cabeça e ficou sem movimento no braço.

##RECOMENDA##

A mulher retornou à clínica e foi encaminhada à Casa de Saúde Santa Efigênia; lá, constatou-se a presença de edemas no local que a medicação foi aplicada. A paciente estava com a síndrome comportamental aguda (aumento de pressão com queda da perfusão sanguínea dos músculos) e precisou passar por uma cirurgia de urgência. Com o problema, a vítima ficou impossibilitada de exercer as atividades de diarista e vendedora autônoma e requereu a indenização.

 A sentença foi proferida pelo juiz José Tadeu dos Passos e Silva, da 2ª Vara Cível de Caruaru. O magistrado que elementos convincentes comprovam a existência de defeito na prestação do serviço pela clínica. José Tadeu foi categórico ao afirmar que há algumas medidas específicas que podem impedir a ocorrência ou a gravidade dos casos em que há extravasamento do líquido contraste. 

"Ressalte-se ainda que a autora, mesmo com a confirmação do extravasamento do líquido do contraste, foi mandada para casa sem nenhum atendimento emergencial, tendo em vista os sintomas descritos, que, a meu ver, eram graves", disse. A empresa pode recorrer à decisão judicial. 

A 7º Vara da Fazenda Pública, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), condenou o Estado a pagar R$ 50 mil, em danos morais, a esposa de um agricultor, que morreu devido a um erro médico do Hospital da Restauração (HR). O homem teria sido internado na unidade após sofrer um acidente de motocicleta.

No HR, a vítima foi submetida a uma cirurgia, chamada de craniotamia descompressiva com aspiração, evacuação e drenagem mais reconstituição craniana, tendo recebido alta hospitalar cinco dias depois da operação cirúrgica e vindo a óbito no dia 20 de setembro de 2009, oito horas após a liberação. A viúva disse que a perícia médica atestou como causa da morte do marido um traumatismo crânio-encefálico hemorrágico aberto e ocorrências de irregularidades, abusos, desrespeito, negligência, imprudência e imperícia.

##RECOMENDA##

O Estado também deverá pagar pensão vitalícia no valor de um salário mínimo, tendo como marco inicial a data da morte até o dia em que a vítima completaria setenta e quatro anos e seis meses. A sentença, proferida pelo juiz José Viana Ulisses Filho, foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico da última sexta-feira (25). As partes podem recorrer da decisão.

O Estado de Pernambuco contrariou as alegações da viúva na ação, afirmando que é necessário haver prova para a responsabilização decorrente da negligência hospitalar. Porém, segundo o laudo pericial, a Justiça concluiu que o traumatismo craniano se deu pela realização da cirurgia, extremamente delicada, e que o paciente precisaria de cuidados hospitalares por mais tempo, tendo alta médica ocorrido de forma precipitada.

O Estado de Pernambuco ainda foi condenado ao pagamento dos honorários advocatícios, arbitrados no valor de R$ 2 mil.

 

A Secretaria de Saúde de Ribeirão Preto afastou nesta quarta-feira (28) os médicos envolvidos no atendimento a uma adolescente de 16 anos que acabou morrendo. Gabriela Zafra faleceu com suspeita de meningite em uma UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) após ser atendida cinco vezes em três postos da rede pública de saúde da cidade.

De acordo com o secretário Stênio Miranda, "a medida tomada é uma resposta à família e à população". A garota sofreu uma parada cardíaca e morreu na madrugada do dia 16 de maio, ocasião em que - sem que fosse pedido qualquer exame, teve seu caso sendo diagnosticado como intoxicação alimentar, virose, torcicolo e até caxumba.

##RECOMENDA##

Miranda diz que "o diagnóstico de meningite não é difícil, uma vez que há sintomas que se manifestam como dor de cabeça e vômito". Sem contar a investigação interna que foi aberta pela prefeitura, o caso também é apurado pela Polícia Civil, Ministério Público e Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo).

Procedimento

Na Secretaria de Saúde uma comissão apura como foi o atendimento todas as vezes em que Gabriela procurou a rede pública. Para isso, o prontuário da paciente está sendo levantado e será analisado. A morte da jovem foi objeto de protesto sexta-feira (23) na frente da prefeitura.

Questionado pelos vereadores sobre a situação do setor de saúde em Ribeirão Preto, o secretário da pasta alegou que "faltam médicos para atender à demanda de pacientes". Ele foi sabatinado por mais de duas horas na sessão desta terça-feira, 27.

Cirurgia de redução de estomago, de obesidade, metabólica ou bariátrica. Todos esses nomes se referem ao mesmo procedimento que tem se tornado cada vez mais popular.  Entre as melhorias ocasionadas pela cirurgia está a modificação do funcionamento do pâncreas, do sistema de regulação das gorduras (colesterol, triglicerídios), respiração e articulação. Cada vez mais pessoas têm a vida completamente mudada com esta alternativa.

A empresária, do ramo de docerias, Zely Pimentel, de 47 anos, fez a operação de obesidade. Antes disso, Pimentel pesquisou e conversou com quem já tinha feito. “Tive que me preparar pois sabia que minha vida ia mudar radicalmente”, comenta. Na época do procedimento, em dezembro de 2011, ela pesava 108 kg e tinha problemas de diabetes. Pimentel mal podia andar. Não conseguia ir ao supermercado na esquina de sua casa sem se sentir exausta.

##RECOMENDA##

Ela tentou todos os tipos de dieta e ginástica, até buscar a intervenção cirúrgica.  “Eu decidi quando vi as fotos do baile de formatura da minha filha. Eu, minha filha e a madrinha na foto... eu era do tamanho das duas”, lembra. Hoje, pesando 62kg, com uma alimentação totalmente reeducada, Zely Pimentel comemora: “Eu faria tudo de novo, pois tive minha vida de volta”.

Outra pessoa que aprovou o procedimento médico que recebeu foi a jornalista Mariana Silveira , de 24 anos, operada no dia 3 de janeiro de 2011. Na época ela estava com obesidade mórbida nível 3, com 114 kg e 1,62m de altura. “Eu tentei academia, nutricionista e medicamentos, mas meu problema era emocional. Se eu estava muito feliz descontava na comida, se estava triste, também. Eu sofria muito preconceito na rua, as pessoas me olhavam diferente. Eu percebia os olhares numa entrevista de emprego, no ônibus... por ser gorda eu também não tinha oportunidades”, confessa a jornalista.  Atualmente, com 60 kg, Silveira se sente cheia com ingestão de pouca comida e precisa tomar vitamina diariamente, mas não se queixa. “Valeu a pena, eu faria de novo e indico fazerem”, diz.

Mas toda cirurgia tem riscos, que podem se minimizados ou mesmo aumentados, dependendo da situação. No dia 2 de novembro de 2013, a empresária Fernanda Patrícia Nóbrega morreu de embolia pulmonar após fazer a cirurgia bariátrica. A vítima, de 26 anos, não possuía doença que necessitasse intervenção cirúrgica e, com 80kg, precisou engordar mais 10 para fazer a operação pelo plano de saúde, por questões de estética. O caso de Fernanda acabou trazendo esta discussão: a cirurgia bariátrica é também um procedimento estético?

Para o cirurgião do Hospital Universitário Oswaldo Cruz e Presidente da Sociedade de Cirurgia de Obesidade em Pernambuco, Dr. Pedro Cavalcanti, a resposta é “não”.  O cirurgião já tem uma frase que costuma dizer para os pacientes que querem seu auxílio por estética: “Eu não digo que a pessoa não é gorda o suficiente para se operar, pois isso pode fazê-la comer compulsivamente. Eu digo: você não tem doença suficiente para se operar”.

Entretanto, Cavalcanti lembra outro viés da questão estética que seria operável. “Se a estética está correlacionada com a exclusão social, a pessoa está perdendo a vida”.

Quando indagado se o papel de trabalhar a aceitação física do individuo seria de um psicólogo e não de um cirurgião, ele comenta: “Tem que começar pelo psicólogo, mas o sujeito com 50 quilos a mais, não tem doença por ser jovem, mas também não consegue perder peso. As quatro linhas do tratamento clínico, dieta, atividade física, medicamento e psicoterapia, resolvem apenas 5% do problema. Ainda não dá para abrir mão da cirurgia”. O especialista destaca, entretanto, que pedir para a pessoa engordar para poder fazer a cirurgião também é contra a lei.

É proibido fazer a operação unicamente por estética. O médico explica que nos casos supracitados, apesar da presença da questão estética, a obesidade é o motivo pelo qual os pacientes são cirurgiados, pois quando o Índice de Massa Corportal (IMC) é maior que 40* significa que o paciente possui obesidade mórbida. O cirurgião destaca, porém, que há uma necessidade de uma melhor matemática para esses cálculos, pois dependendo da altura da pessoa, o resultado pode ficar impreciso.

O estudante de engenharia Guilherme França, de 19 anos, fez a cirurgia metabólica em abril de 2012.  Ele não pensou muito. Sentindo-se obeso e com a data de início da faculdade próxima de começar, não tentou nenhuma das quatro linhas do tratamento clínico, decidindo fazer primeiramente a operação. Guilherme França perdeu mais de 62 quilos e hoje está pesando 58kg. O estudante ainda se sente muito fraco, não consegue correr sem se cansar rapidamente nem levantar muito peso.

Após o processo, ele adquiriu pressão e glicose baixas, tendo que andar com recipientes de sal e açúcar, e se fica muito tempo sem comer começa a passar mal. “Eu nunca imaginei que ia me sentir assim, mas com toda certeza eu faria de novo. As pessoas olham para mim diferente agora, antes eu sentia que me evitavam. Algumas pessoas falam que ser gordo é bom, mas não é, é mentira. Ser gordo é muito ruim. Hoje eu tenho outra vida e um corpo decente”, comenta.

O Dr. Gustavo Menelau, responsável pela cirurgia de Fernanda Patrícia Nóbrega, foi indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) por negligência. Uma sindicância foi aberta no Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) para apurar o caso, e pode cancelar o registro médico de Menelau. 

Para o Dr. Pedro Cavalcanti, faltou dedicação de Menelau. “Se algo semelhante ocorre comigo, cancelo minha vida e me interno com o paciente. Mesmo que a paciente morresse, não haveria toda essa repercussão se ele agisse assim. Isto é falta de vontade de querer parar a vida”, comenta. De acordo com o Dr. Pedro, mesmo que o colega de profissão seja inocentado, a carreira dele já está comprometida.

A jornalista Rosineide Oliveira, tia de Fernanda, usa o Facebook para explanar toda sua indignação com o caso. Em entrevista, ela esclareceu que a família era contra a cirurgia, a decisão da sobrinha foi precipitada e que conversas no aplicativo para smartphone WhatsApp registraram diálogos da vitima com um médico. Na conversa, Fernanda informava não haver conseguido um laudo de um endocrinologista. O médico, então, passou o contato de Menelau, além de confirmar que diria ao cirurgião ser o responsável pela indicação. “Até hoje esse o cirurgião não procurou a família, nem para explicar o que aconteceu, nem para dar uma satisfação”, lamenta Rosineide que conclui: “Eu espero a punição”.

Entre os riscos que a intervenção cirúrgica oferece está a embolia pulmonar, que é o mais temido, e a necessidade de reoperar por obstrução de vias e vazamento dos grampeamentos que emendam o instestino com o estomâgo, que é o mais frequente. A cirurgia bariátrica é hoje um objeto de pesquisa para o desenvolvimento de drogas contra a obesidade. 1% da população mundial está em situação de obesidade grave e não há condições deste procedimento resolver todos os casos.

 

*O Índice de Massa Corporal (IMC) é a principal forma de classificação do peso e é calculado pela formula: IMC=kg/m², onde “kg” é seu peso e “m” sua altura. Se o resultado do IMC for até 18,49 kg/m² é considerado abaixo do peso; entre 18,5 a 24,9, peso ideal; 25 a 29,9, sobrepeso; 30 a 34,9, obesidade moderada; 35 a 39,9, obesidade severa; 40 a 49,9, obesidade mórbida; e acima de 50, super obesidade.

O Corpo dos Bombeiros (CBMPE) recebeu há pouco um chamado de um protesto na Avenida Fagundes Varela, no bairro de Jardim Atlântico, em Olinda. Eles ocupam um lado da via, no sentido Olinda-Recife.

Os manifestantes, um grupo com cerca de 20 pessoas, protestam com cartazes contra um possível erro médico de um hospital com um morador daquela localidade. Não se sabe ainda qual o hospital do referido caso e, no momento, os bombeiros apagam o fogo ateado contra pneus.

##RECOMENDA##

Uma criança indígena de oito meses pode ter a mão amputada devido a um erro durante aplicação de soro. A criança deu entrada no hospital público de Santa Rosa do Purus, um dos municípios mais isolados do Acre.

O quadro de saúde piorou e a mão da criança começou a necrosar. O bebê teve que ser transferido para o Hospital da Criança, em Rio Branco, onde está há quase 40 dias.

##RECOMENDA##

Os pais Bristo Lopes Nonato Kaxinawá e Maria Pinheiro Kaxinawá não falam bem o português. "A prioridade agora é cuidar da criança", afirmou o assessor de imprensa da Secretaria de Estado de Saúde de Acre (Sesacre), Diego Tenutti. "Estamos fazendo tudo o que for possível e necessário para cuidar dela agora".

A gerente da Divisão de Saúde das Populações Prioritárias, Zilmar Cândido, não foi encontrada pela assessoria da Sesacre para se pronunciar sobre o caso. Quase 40 dias após o incidente, a Secretaria de Saúde ainda não instaurou um inquérito administrativo para apurar responsabilidades.

Rio de Janeiro – A diarista Neide de Moura, de 43 anos de idade, deixou hoje (17) o Hospital de Cardiologia Aloysio de Castro, no Humaitá, zona sul da capital fluminense, para onde foi levada depois de ser medicada com uma injeção de adrenalina em vez de um sedativo ao ser atendida para um exame de endoscopia digestiva no Hospital Municipal Salgado Filho, no bairro do Méier, na zona norte da cidade.

A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil informou que a diretoria do Salgado Filho abriu sindicância para apurar o erro médico no atendimento da diarista. A família de Neide de Moura registrou o caso na delegacia do Méier.

##RECOMENDA##

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) há vários dias tem feito denúncias sobre as péssimas condições de atendimento no hospital. Uma equipe do Cremerj esteve na Emergência da unidade e constatou deficiência no número de médicos em diversas especialidades, contrariando a Resolução 100 do conselho em relação às normas mínimas para o atendimento de urgência nos hospitais da rede pública de saúde.

O secretário-geral do Cremerj, Pablo Vazquez, disse que o Hospital Salgado Filho tem um déficit de 50% de médicos na Emergência e, por isso, os pacientes não têm um bom atendimento.

“Na última vistoria no mês de abril, seis médicos neurocirurgiões estavam atendendo no setor, quando o ideal seriam 14 profissionais. Faltam clínicos gerais, anestesistas e neurocirurgiões”, disse. Segundo Varquez, o conselho encaminhará o relatório da sindicância no hospital para a assessoria Jurídica do Cremerj.

Um aposentado de 83 anos que está internado em um hospital particular de Alfenas (MG) recebeu alimento pelo cateter na veia no lugar de medicação. O erro fez com que ele fosse transferido às pressas para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde segue internado.

O hospital confirmou nesta semana o erro, registrado na sexta-feira (8), e atribuiu a uma técnica em enfermagem. O caso é apurado em sindicância interna e por meio de inquérito na Polícia Civil. O paciente, José Luiz Pereira, estava internado para tratar uma pneumonia e, segundo parentes, se recuperava bem.

##RECOMENDA##

Em entrevista a uma emissora de televisão, o diretor clínico do hospital, Paulo Celso Bastos Bernardes, confirmou o erro que agravou o estado do idoso. "O hospital admite que houve uma falha humana e nós abrimos uma sindicância para apurar o que de fato aconteceu", afirmou. A família do aposentado mora em Machado (MG) e procurou a polícia assim que soube do erro. Os envolvidos estão sendo ouvidos e inquérito a respeito já foi aberto.

O Hospital Doutor Lídio Paraíba, em Pesqueira, Agreste do Estado, foi condenado pela 1ª Vara Cível da cidade, a pagar a uma paciente indenização de R$ 25 mil por danos morais sofridos. Após três anos de uma cirurgia cesárea, a vítima constatou que estava com gaze no corpo. 

O “corpo estranho” foi deixado após a operação que já havia causado quadro de infecções na mulher, mas o erro médico só foi comprovado após exames de ultrassonografia e colonoscopia. 

##RECOMENDA##

A paciente anexou ao processo cópias da ultrassonografia e do laudo endoscópico descritivo, com procedimentos para uma nova cirurgia. O Hospital, no entanto, apresentou contestação, alegando que o material só foi constatado depois de três anos de realizada a cirurgia. “Ora, o fato de um corpo estranho permanecer no organismo por largo tempo, só apresentando problemas depois de um período após a cirurgia, não afasta a responsabilidade da ré. (...) O fato é que após a cirurgia feita pelo Hospital Dr. Lídio Paraíba é que apareceram os problemas da autora. O município de Pesqueira é parte legítima para responder pelos danos sofridos pela paciente”, afirmou o juiz na sentença. 

De acordo com as provas do processo, o juiz André Carneiro concluiu que o município de Pesqueira é responsável pelos danos causados à paciente, decorrente da prestação "defeituosa" dos serviços públicos da unidade hospitalar. A decisão foi publicada nesta terça-feira (3), no Diário da Justiça Eletrônico.

 

Foi publicada, nesta quinta-feira (3), no Diário da Justiça Eletrônico, a determinação do juiz titular da 1ª Vara Cível de Pesqueira, André Carneiro, que ordenou que o Município de Pesqueira, Agreste pernambucano, deverá pagar o valor de R$ 25 mil a uma paciente. A decisão foi proferida após análise de uma cirurgia em que foi comprovado, por ultrassonografia, que havia um corpo estranho (compressa de gaze) na paciente, que sentia dores constantes e quadros infecciosos.

O juiz da sentença alegou que apesar do hospital público Dr. Lídio Paraíba ter apresentado contestação dizendo que se foi comprovado o corpo estranho após três anos, isso não o afastava da culpa. “Ora, o fato de um corpo estranho permanecer no organismo por largo tempo, só apresentando problemas depois de um período após a cirurgia, não afasta a responsabilidade da ré. (...) O fato é que após a cirurgia feita pelo Hospital Dr. Lídio Paraíba é que apareceram os problemas da autora. O Município de Pesqueira é parte legítima para responder pelos danos sofridos pela paciente”, declarou Carneiro.

##RECOMENDA##

O magistrado concluiu que o Município de Pesqueira é responsável pelos danos causados à paciente decorrente da prestação defeituosa dos serviços públicos do Hospital Dr. Lídio Paraíba e condenou a prefeitura.

 

 

O garoto Allan Breno Castro, de 2 anos, que recebeu medicamento para tratamento de cauterização de verrugas no lugar de sedativo, continua internado em observação na UTI pediátrica do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte. Ele passa bem e seu estado de saúde continua estável, segundo boletim médico.

Allan foi internado no Hospital Infantil São Camilo no último domingo, após sofrer uma queda. Ele seria submetido a uma tomografia porque sentia dor na cabeça, porém, ao invés de sedativo, a enfermeira deu ácido ao garoto.

##RECOMENDA##

Segundo o boletim, a criança não apresenta febre e nem sinais de infecção, respira sem ajuda de aparelhos e não apresenta sinais de dor. Após o retorno do bloco cirúrgico nesta quarta-feira, Allan dormiu bem durante a noite, fator que favorece bastante o processo de cicatrização.

O menino continua em jejum, recebendo nutrição via venosa e a previsão é de que na próxima sexta-feira, seja iniciada a nutrição com alimentos naturais na forma líquida, por meio da sonda implantada nesta quarta por gastrostomia, segundo o boletim. O garoto deve permanecer em observação por mais duas semanas na UTI.

Um garoto de 2 anos teve que ser submetido a uma cirurgia para colocação de uma sonda nesta quarta-feira por causa de um erro de uma enfermeira que o fez ingerir ácido ao invés de um medicamento. Ele ainda terá que ficar internado no Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte, por cerca de duas semanas. Os médicos que cuidam da criança afirmam que ainda não é possível descartar a possibilidade de o menino ter sequelas.

Alan Breno Castro foi internado no Hospital Infantil São Camilo no domingo (8), após sofrer uma queda. Ele seria submetido a uma tomografia porque sentia dor na cabeça, porém, ao invés de sedativo, a enfermeira deu ao garoto ácido tricloroacético, produto usado no tratamento de verrugas. Alan chegou a cuspir parte do ácido, mas depois os pais perceberam queimaduras na boca da criança.

##RECOMENDA##

O menino foi internado e, na terça-feira (10), foi transferido para o Felício Rocho, onde foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica. Segundo o coordenador do setor, Waldemar Fernal, Alan foi submetido a uma traqueostomia e gastrostomia para colocação da sonda. O garoto sofreu inflamação na boca, garganta e esôfago.

De acordo com o médico, a criança permanecerá em tratamento para a dor e, em 48 horas, passará a receber alimentos líquidos pela sonda. Fernal afirmou que a criança não corre risco de morrer e que ficará na UTI por causa da "maior vigilância" que é mantida sobre os pacientes. Ainda segundo o médico, há possibilidade de Alan sofrer estreitamento do esôfago, o que prejudicaria "parcial ou totalmente" a deglutição e obrigaria o garoto a fazer "periodicamente" um procedimento médico para facilitar a passagem de alimentos.

Em nota, o Hospital São Camilo confirmou o erro e informou que abriu sindicância interna para apurar o que ocorreu. Segundo a nota, a técnica de enfermagem responsável pela troca dos produtos permanecerá afastada de suas funções enquanto durar a apuração e o hospital continuará prestando assistência à criança e sua família. A Polícia Civil mineira também instaurou inquérito para investigar o caso.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando