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O Serviço de Proteção ao Consumidor de Pernambuco (Procon-PE) divulga lista com alguns materiais escolares que não podem ser solicitados pelas escola, de acordo com o Código Estadual de Defesa Consumidor. Entre os itens de uso coletivo estão medicamentos, fitas decorativas, cordão, linha, brinquedos e argila. Já os materiais considerados como expediente, ou seja, que podem ser utilizados em trabalhos administrativos, estão proibidos fitas adesivas, colas em geral, resma de papel ofício, envelopes, entre outros.

Confira a lista completa:

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Material de uso coletivo

elastex;

- fitas decorativas;

- medicamentos;

- bolas de isopor;

- pregador de roupas;

- álcoo (líquido e gel);

- copos, pratos, talheres, guardanapos;

- argila;

- cordão e linha;

- TNT;

- brinquedos;

- fitilhos

Itens de expediente

carimbos em geral;

- CD-R, DVD-R e Pen drive;

- giz branco ou colorido;

- grampeador e grampos;

- resma de papel ofício;

- pastas classificadoras;

- tonner;

- cartucho;

- envelopes;

- papel convite;

- fitas adesivas;

- colas em geral

Itens de higiene (devem ser de uso exlusivo do aluno e permanecer com ele)

- papel higênico;

- escova de dente;

- sabonete;

- shampoo;

- condicionador;

- pasta de dente. 

O Governo de Pernambuco autorizou a liberação da primeira parcela do pagamento do Programa Investe Escola Pernambuco (PIEPE). Nesta quinta-feira (28) a Secretaria da Fazenda liberou R$ 101 milhões para serem destinados ao custeio do programa. 

O valor total do PIEPE será de R$ 230 milhões, sendo 80% para custeio e 20% para despesas de capital. A previsão é que todo o dinheiro seja pago até o mês de junho de 2024. O dinheiro será voltado para manutenção da estrutura de escolas públicas, afirma a governadora do estado.

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“São recursos que irão permitir que nossas escolas façam em janeiro serviços de manutenção da estrutura para o início do ano letivo em fevereiro. Ajustamos o programa para que chegue na ponta, reforçando a estrutura das escolas dentro de parâmetros qualificados de acompanhamento e prestação de contas", declara a governadora Raquel Lyra.  

O secretário executivo de Administração e Finanças da SEE, Gilson Monteiro, detalha que o recurso repassado para o programa Investe Escola foi feito com a “devida checagem da prestação de contas e da análise das reais necessidades de todas as unidades da rede estadual de ensino”.

Este ano os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) também terão, financeiramente, um valor igual ao do estudante de escola técnica e de escola integral, visando incentivar o retorno às salas de aula de pessoas que não concluíram a educação básica.

A educação inclusiva receberá um acréscimo referencial de 10% dos valores iniciais nas escolas que possuem Salas de Recursos Multifuncionais, bem como os Centro de Atendimento Educacional Especializado. 

As escolas públicas devem contar com o incentivo em ações de projetos pedagógicos, atividades educacionais, avaliação de aprendizagem, aquisição de material de consumo e permanente, despesas cartorárias e outras despesas previstas no regulamento do Programa.

 O Programa Investe Escola Pernambuco visa descentralizar os recursos financeiros voltados às escolas da rede pública estadual, contribuindo para a manutenção e a melhoria das infraestruturas física e pedagógica das unidades escolares beneficiárias, “tendo como foco a elevação do desempenho escolar, além do fortalecimento da participação da comunidade e da autogestão escolar”. 

A Prefeitura de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, prometeu climatizar todas as escolas municipais em 2024. Segundo a gestão municipal, em 2023, 75% das salas de aula da cidade foram contempladas com aparelhos de ar condicionado. Ao todo, foram investidos cerca de R$ 6,5 milhões.

“Durante anos, chegou-se a ter suspensão de aulas em dias mais quentes nas escolas municipais porque as crianças e os professores não suportavam o calor nas salas de aula. Isso é um impacto direto na qualidade do ensino. Por isso, que colocar ar condicionado nas escolas e creches virou uma prioridade de nosso governo. Queremos garantir que nenhum aluno perca uma aula ou não consiga se concentra pelo excesso de calor típico de nossa região”, explica o prefeito Simão Durando.

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Até o momento, um total de 1.282 salas de aula já foram beneficiadas com climatização. Já a rede de creches está 80% equipada com aparelhos de ar condicionado. “Vamos chegar em todas as salas de aula. Não queremos nenhuma criança sofrendo com calor no momento de aprender. É importante lembrar que até 2017, nem 1/4 da rede municipal era climatizada. Nos últimos anos, estamos transformando essa realidade porque nossa meta é alta. Temos a melhor educação pública de Pernambuco, mas queremos ser a referência maior do Nordeste”, destaca o prefeito de Petrolina.

A Prefeitura de Paulista, por meio da Secretaria municipal de Educação, inicia o período de matrícula escolar para o ano letivo de 2024. O município disponibiliza turmas de Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II, Educação Especial e de Educação de Jovens e Adultos (EJA). O processo de matrícula é realizada nas escolas da Rede Municipal, conforme o número de vagas disponibilidade. 

De acordo com o cronograma, o período de renovação de matrícula dos estudantes das unidades de ensino da Rede Municipal vai até 7 de dezembro. Já o processo de transferencia entre unidades de ensino vai do dia 11 a 22 de dezembro. Além disso, entre 26 e 29 do mesmo mês será resposta aos ofícios em caso de Recusa/Impossibilidade de recepção dos estudantes. Ainda segundo o calendário divulgado pela secretaria, de 2 a 5 de janeiro de 2024 está prevista a efetivação da matrícula dos estudantes oriundos de unidades de ensino da Rede.

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A matrícula

A matrícula dos estudantes será efetuada presencialmente, nas escolas da rede municipal de ensino, de acordo com o número de vagas existentes. Os estudantes do Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos (EJA), sem comprovação de escolaridade anterior, serão submetidos a um processo de avaliação nas instituições, para verificar em que período, ou seja, ano/fase, deverá efetuar a matrícula.

O horário de atendimento ao público no período da matrícula será das 8h às 16h, para as unidades de ensino que funcionam com dois turnosm, e das 8h às 20h, para as unidades de ensino que funcionam com três turnos. Para efetivação da matrícula, as escolas devem utilizar o requerimento padrão disponibilizado pela Secretaria Municipal de Educação, que deverá ser assinado pelo responsável do estudante. Após o preenchimento do requerimento padrão de matrícula, os dados do estudante serão inseridos no Sistema Virtual da Rede.

Confira o cronograma completo: 

Renovação

Até 7 de dezembro: renovação de matrícula dos estudantes das unidades de ensino da Rede Municipal.

Da transferência entre unidades de ensino da Rede

11 a 22 de dezembro: pré-matrícula dos estudantes entre unidades de ensino da Rede Municipal (através de ofícios expedidos pelas escolas de origem dos estudantes;

26 a 29: resposta aos ofícios em caso de Recusa/Impossibilidade de recepção dos estudantes (ofício - justificativa);

2 a 5 de janeiro de 2024: efetivação da matrícula dos estudantes oriundos de unidades de ensino da Rede.

Dos estudantes novatos da Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II, Educação Especial e da Educação de Jovens e Adultos: 

 26 a 29 de dezembro:  pré-matrícula para estudantes novatos;

8 a 12 de janeioro: efetivação da matrícula dos estudantes novatos;

15 a 26 de janeiro: matrícula de estudantes novatos que perderam o prazo da pré-matrícula, de acordo com as vagas existentes não preenchidas. 

 

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal adiou para a próxima quarta-feira, 29, às 9h, a votação do projeto de lei (PL) que estabelece o Programa Nacional de Vacinação em Escolas Públicas. Inicialmente, a proposta ia ser analisada nesta terça-feira, 28, porém alguns parlamentares discordaram do artigo quarto da iniciativa, pois, segundo eles, o texto favoreceria a obrigatoriedade da vacinação contra o coronavírus.

O relator da PL 826/2019, senador Humberto Costa (PT-PE), sugeriu que os pares pudessem fazer algumas modificações à proposta original enviada pela Câmara do Deputados. Estas mudanças, de acordo com Humberto, podem ser acatadas a fim de agilizar a aprovação da matéria.

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Para o relator, o projeto, que foi apresentado pelo deputado hoje bolsonarista Domingos Sávio (PL-MG), nem trata de Covid-19, pois foi idealizado em 2019, ano em que a doença nem havia sido detectada. Humberto ainda ressalta que a iniciativa visa conscientizar e sensibilizar os responsáveis sobre a importância da vacinação contra vários tipos de enfermidade.

Causa de toda a polêmica, o artigo quarto decide que, cinco dias após a vacinação na unidade escolar, os profissionais da educação devem enviar à unidade de saúde uma lista com todos os estudantes que não receberam a vacinação. Além do nome das crianças e dos adolescentes, no levantamento deve haver o endereço e informações dos responsáveis. Caso eles não se apresentem na unidade de saúde em um prazo de 30 dias após o comunicado, os profissionais de saúde deverão fazer uma visita ao domicílio do aluno com o objetivo de conscientizar acerca da importância de estar com a vacinação em dia.

Um dos que pedem a modificação deste artigo é o senador Dr. Hiran (PP-RR). Segundo ele, a alteração desta parte do projeto facilitaria a aprovação da matéria na Comissão. "Vacinar salva vidas. Gente mal informada diz que a vacinação faz mal. Vacina é um patrimônio da humanidade. Sobra vacina no Brasil, pois temos hoje uma educação em saúde frágil, que não chega efetivamente às pessoas de maneira eficaz para convencê-las sobre a importância da vacinação", afirmou.

Já segundo o senador Eduardo Girão (Novo-CE), há discordância entre cientistas com relação à vacinação contra a covid. "Nenhum lugar do mundo é obrigatório, e o projeto coloca na marca do pênalti para intimidar os pais", diz. O parlamentar ainda propôs, durante a sessão, a realização de audiência pública para debater o conteúdo do texto. Esta sugestão não foi seguida pelo relator, que sugeriu que Girão apresente a proposta na audiência na Comissão de Educação (CE), onde o texto ira tramitar após apreciação do CAS.

Outro parlamentar contrário à iniciativa é o senador Magno Malta (PL-ES) que afirmou que "a vacinação contra a covid em crianças pode provocar comorbidades", o que não é descrito pela comunidade médica.

Frontalmente contrária às teses antivacina, a senadora Zenaide Maia (PSD-RN), que é formada em medicina, defendeu o projeto. "Vacina não tem partido, nem cor, e não é de governo, mas do Estado, que tem a obrigação de mostrar que a vacinação salva vidas", disse.

A Petrobras abre chamada pública para doação de notebooks a escolas públicas federais e estaduais. A iniciativa tem o objetivo de selecionar instituições de ensino que possam receber os equipamentos doados pela empresa, a serem utilizados em atividades pedagógicas e de educação digital. A chamada pública disponibilizará seis mil notebooks. Desse total, cerca de 4.500 serão destinados a escolas públicas em comunidades em áreas de abrangência da Petrobras nos Estados do Amapá, Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Sul.

Além disso, serão doados 1.500 notebooks para Organizações da Sociedade Civil (OSCs), que têm projetos sociais ou ambientais vigentes no Programa Petrobras Socioambiental. Para participar da seletiva, as escolas devem ser da rede pública federal ou municipal de ensino, podendo ser de ensino infantil, fundamental I ou II, médio ou ensino de jovens e adultos, e precisam estar situadas ou atender alunos de alguma das comunidades indicadas na área de abrangência da Petrobras nos estados definidos no regulamento. As inscrições seguem até 22 de dezembro, através de formulário eletrônico. De acordo com a Petrobras, o resultado das instituições selecionadas está previsto para janeiro de 2024, já a entrega dos notebooks deve ser feita a partir do final de fevereiro.

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Ao menos 27 escolas permanecem fechadas nesta segunda-feira (27) na Bélgica após todas receberem ameaças de bomba por e-mail no último fim de semana, segundo noticiado pelo jornal belga "Le Soir".

Segundo a Wallonia-Brussels Education (WBE), rede que administra as instituições de ensino na região francófona belga, cerca de 10 mil estudantes foram afetados pela suspensão das aulas, por causa do "estrito cumprimento do princípio da precaução".

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A paralisação das aulas atinge escolas, faculdades e colégios em Bruxelas e na província de Brabante Valão, no sul da capital.

"Ontem à noite, fomos informados por vários diretores de escola sobre o recebimento de um e-mail 'ameaçador'", disse Julien Nicaise, administrador geral da WBE, ao canal belga RTBF, especificando que o texto mencionava a possível utilização de "explosivos, caso não houvesse o pagamento de resgate".

Segundo a WBE, "a organização está em contato com as autoridades competentes e vários locais já foram verificados ou estão em processo de verificação e a situação será reavaliada hoje".

No início de novembro, no regresso das férias, duas escolas belgas já tinham sido evacuadas em Charleroi e Dinant, na Valónia, na sequência de falsas ameaças de bomba recebidas por e-mail.

A WBE deplora "a multiplicação deste tipo de alarme nas últimas semanas e as dificuldades que provocam". O número de alertas se multiplicou nos últimos dias entre a França e a Bélgica após o ataque jihadista que custou a vida de um professor no dia 13 de outubro em Arras, no norte do território francês, e do atentado de 16 de outubro em Bruxelas, no qual duas pessoas de nacionalidade sueca perderam a vida.

O Ministério da Agricultura apreendeu nesta quinta-feira (23) 9,8 toneladas de produtos cárneos e miúdos impróprios para o consumo e com rótulos falsos de estabelecimentos com Serviço de Inspeção Federal (SIF) e Serviço de Inspeção Estadual (SIE). Conforme a pasta, em nota, os produtos eram fornecidos para as escolas estaduais do município de Porto Velho (RO). Durante a operação foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em cinco escolas.

A ação é resultado da Operação Charcuterie, deflagrada pela Polícia Civil de Rondônia, por intermédio da Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Draco), que teve como alvo uma organização criminosa suspeita de fraudar licitações destinadas ao fornecimento de carnes e charques para algumas das maiores escolas estaduais da cidade.

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No início da década de 1840, quando a escravidão estava no auge e D. Pedro II recém-assumira o trono, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) lançou um concurso nacional para que os intelectuais sugerissem a melhor forma de se contar a história do país.

O Brasil tinha se tornado independente só fazia duas décadas, e não havia uma narrativa oficial consolidada. A elite imperial acreditava que uma história heroica e bem contada incutiria nos brasileiros o nacionalismo, um sentimento que ainda não existia e era considerado essencial para a preservação da unidade do novo Estado.

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O vencedor do concurso foi o naturalista alemão Carl von Martius, que conhecia bem o país. Para ele, uma das particularidades da história nacional que deveriam constar dos livros era a mistura racial entre brancos (“o mais poderoso e essencial motor” do Brasil), negros e indígenas (duas “raças inferiores”).

Na dissertação premiada pelo IHGB, escreveu:

“A vontade da Providência predestinou ao Brasil esta mescla. O sangue português, em um poderoso rio, deverá absorver os pequenos confluentes das raças índia e etiópica [negra]”.

Segundo Von Martius, aqui não existia racismo:

“Até me inclino a supor que as relações particulares pelas quais o brasileiro permite ao negro influir no desenvolvimento da nacionalidade brasileira designam por si o destino do país, em preferência de outros Estados do novo mundo [América], onde aquelas duas raças inferiores são excluídas do movimento geral”.

De acordo com historiadores contemporâneos, a fórmula preconizada por Von Martius foi tão convincente que de fato se transformou na história oficial do Brasil.

Quem primeiro contestou publicamente a velha versão foi a militância negra, no fim dos anos 1970, aproveitando que a ditadura militar iniciava a abertura política e afrouxava a perseguição aos movimentos sociais.

Uma mudança significativa, contudo, só viria 160 anos após a dissertação de Von Martius. Em 2003, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no primeiro mandato, assinou uma lei aprovada pelo Congresso Nacional que previu a inclusão da história e da cultura afro-brasileira nos currículos de todas as escolas públicas e privadas do Brasil (Lei 10.639).

De acordo com o IBGE, pretos e pardos respondem por 56% da população brasileira. O objetivo da lei é valorizar o passado e o presente desse grupo e mostrar que os negros não foram figurantes da história — ao contrário, enfrentando a escravidão e o racismo, tiveram e têm um papel decisivo na construção do Brasil. Em última instância, o que a norma busca é criar uma sociedade sem discriminação racial e mais democrática.

No entanto, a lei, que em janeiro completou 20 anos, ainda não conseguiu cumprir plenamente o seu papel.

De acordo com um levantamento recente dos institutos Geledés (dedicado aos direitos da população negra) e Alana (à proteção da criança), somente 29% das prefeituras (responsáveis pela educação infantil e pelo ensino fundamental) incluem a temática racial de forma satisfatória na grade curricular das escolas municipais.

Das prefeituras, 18% ignoram totalmente a história e a cultura da população negra, enquanto 53% só fazem projetos esporádicos e poucos estruturados.

A coordenadora de educação e pesquisa do Geledés, Suelaine Carneiro, explica que esses 53%, em geral, organizam atividades educativas contra o racismo apenas em novembro, por ocasião do Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro):

— Ao longo dos dez primeiros meses do ano, as escolas não fazem absolutamente nada. Só para dizer que estão cumprindo a lei, organizam no 11º mês algum evento folclórico, como um desfile de moda afro e um festival de culinária africana. A cultura do evento não resolve. Neste país majoritariamente negro, ainda temos uma educação eurocêntrica, que inferioriza as identidades negras. É preciso acabar com esse tipo de educação e promover uma reflexão nas diversas disciplinas escolares. É só a partir da reflexão contínua e aprofundada que conseguimos mudar concepções e comportamentos.

Apesar de a pesquisa ter verificado apenas as redes municipais de ensino, Carneiro acredita que a negligência com o ensino da história e da cultura afro-brasileira se repete nas redes estaduais (em geral, responsáveis pelo ensino médio) e é ainda pior nos colégios particulares:

— Não é porque as escolas particulares têm menos alunos negros que elas não precisam implementar a lei. Pelo contrário. É justamente por muitas delas serem um ambiente de segregação racial que os seus alunos, na maioria brancos, precisam ter uma visão mais ampla da sociedade e compreender que este é um país heterogêneo. O ensino da história e da cultura afro-brasileira não é só para os negros. É também para os brancos, de modo que entendam que são favorecidos pelo processo do racismo, mas não precisam ser coniventes com ele, pois marginaliza uma grande parte da população brasileira.

A mesma pesquisa dos institutos Geledés e Alana indica que, entre os fatores que prejudicam o cumprimento da lei, está a resistência dos professores, dos diretores e das famílias, que entendem a educação antirracista como desnecessária ou até prejudicial aos estudantes. De acordo com estudiosos da questão, o racismo estrutural brasileiro se alimenta da crença disseminada de que ele simplesmente não existe.

As estatísticas oficiais comprovam que ele, sim, existe. Em qualquer aspecto da vida que se considere, os negros estão sempre em desvantagem na comparação com os brancos.

Ser negro no Brasil significa, por exemplo, ser mais pobre, ter menos escolaridade, receber salário menor, ser mais rejeitado pelo mercado de trabalho, ter menos oportunidades de ascensão social, dificilmente chegar aos postos de comando do poder público e da iniciativa privada, ter menos acesso aos serviços de saúde, ser vítima preferencial da violência, ter mais chances de ir para a prisão, morrer mais cedo.

Essas situações são naturalizadas quando se aprende na escola que os africanos e seus descendentes só participaram da história do Brasil como escravizados e todo o resto é silenciado.

Ao contrário do que diz essa narrativa, personagens negros tiveram papel de relevo na história, como o soldado Henrique Dias, a ex-escravizada Luísa Mahin, o advogado Luís Gama, a sambista e mãe de santo Tia Ciata, o marinheiro João Cândido, a deputada estadual Antonieta de Barros, a senadora Laélia de Alcântara e o deputado federal e senador Abdias Nascimento, entre muitos outros.

Em 1983, como deputado, Abdias apresentou um projeto de lei prevendo a obrigatoriedade do ensino da história e da cultura afro-brasileira, mas a ideia nem sequer chegou a ser votada.

Os negros foram protagonistas da própria abolição da escravidão. Segundo historiadores, a Lei Áurea não surgiu da benevolência da princesa Isabel, mas sim da reação dos escravizados, que pressionaram o Império promovendo fugas em massa e até matando os seus senhores, o que deixou o país à beira de uma guerra civil e tornou a lei de 1888 inadiável.

De acordo com Anderson Passos, que é presidente da seccional Bahia da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-BA) e secretário municipal de Educação de Aratuípe (BA), um dos grupos que hoje resistem à inclusão do ensino da cultura afro-brasileira são os religiosos de determinadas vertentes cristãs:

— Acreditam que levar o conhecimento sobre as religiões de matriz africana aos estudantes é o mesmo que tentar convertê-los. Quando incluímos o tema nas escolas da minha cidade, alguns pais me chamaram de “secretário de Educação do Candomblé”. Isso é uma bobagem. Levar o conhecimento não significa doutrinar. Nas aulas, os professores falam de todas as religiões, desde a egípcia e a grega até o catolicismo e o protestantismo, mas só as de matriz africana despertam reação. Muita gente acredita que essas práticas são ligadas ao demônio, o que gera racismo religioso, perseguição e violência. A ignorância deve ser combatida com educação e informação.

Passos avalia que, além das resistências individuais, contribuem com a pouca presença da educação antirracista nas escolas a falta de financiamento específico e fiscalização.

— O dinheiro é necessário para a capacitação dos professores, a aquisição de material didático, a organização de atividades específicas e a realização de pesquisas e estudos — ele diz.

O presidente da Undime-BA sugere que a obediência à lei sobre a história e a cultura afro-brasileira se transforme num novo componente de cálculo do chamado valor aluno ano resultado (VAAR), verba destinada pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) a cada rede estadual e municipal de ensino.

— Quando a gestão democrática das escolas se transformou numa condicionalidade do VAAR, inúmeras escolas correram para se adaptar e receber mais recursos — lembra.

Quanto à fiscalização por parte do poder público, Passos afirma:

— O que acontece hoje com a rede de educação que não implementa a lei sobre o ensino da história e da cultura afro-brasileira? Absolutamente nada.

Em 2008, uma lei foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Lula incluindo nos currículos a obrigatoriedade do ensino da história e da cultura indígena (Lei 11.645). Como a de 2003 vinha sendo ignorada, a nova repetiu a determinação sobre os temas afro-brasileiros.

A partir do ano que vem, os Tribunais de Contas dos estados e dos municípios, que têm o papel de fiscalizar a execução das políticas públicas, serão incentivados a passar a lupa sobre os currículos das escolas e procurar a educação antirracista.

A novidade decorre de uma medida da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), que avalia periodicamente todos os 33 tribunais e decidiu que aqueles que fiscalizarem a presença da história e das culturas afro-brasileira e indígena nas escolas públicas serão mais bem pontuados.

A auditora Fernanda Nunes, da Atricon e do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS), afirma que os poucos Tribunais de Contas que fazem hoje esse tipo de fiscalização costumam encontrar uma situação negativa:

— Muitas vezes, o conteúdo está presente nos planos municipais ou estaduais de educação, mas não há a capacitação de professores ou a previsão orçamentária correspondente. Outras vezes, até há a previsão orçamentária, mas ela no fim das contas não é executada. O que se vê hoje é que a educação antirracista é, no geral, apenas uma ficção jurídica.

Nunes lembra que os pareceres dos Tribunais de Contas são enviados para as Assembleias Legislativas e para as Câmaras Municipais, que também podem tomar as medidas necessárias. Ela acrescenta:

— O objetivo principal das fiscalizações dos Tribunais de Contas não será punir as secretarias de Educação, mas, sim, induzi-las a seguir a lei. Esperamos que isso represente um divisor de águas na educação antirracista no Brasil.

O professor Luciano Braga, que dá aula de artes na rede municipal de São Paulo e é coautor do livro História da África e Afro-Brasileira: em busca de nossas origens (Selo Negro Edições), também sugere uma via alternativa à punição:

— Os vestibulares e o Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] têm um poder imenso de indução. Eles precisam cobrar conteúdos antirracistas nas questões e nas redações, pois assim as escolas públicas e particulares correrão para se adaptar e passarão a oferecer esses temas aos estudantes.

Nas aulas das crianças pequenas, Braga diz que aborda a questão racial da forma lúdica, pintando em papel as diversas tonalidades de pele, falando sobre os diferentes tipos de cabelo e contando histórias com protagonistas negros:

— A reação das crianças negras é imediata. Elas abrem o sorriso e se sentem orgulhosas de serem quem são. Pequenas ações fazem uma diferença imensa na autoestima delas. E as crianças brancas, por sua vez, passam a entender, respeitar e valorizar a diversidade.

Ele continua:

— Ignorar a história e a cultura do negro é ignorar a história e a cultura de mais da metade da população brasileira e mantê-la numa posição subalterna. O trabalho contra o racismo precisa ser forte especialmente na escola porque é lá que os indivíduos se formam.

Fonte: Agência Senado

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que prevê a obrigatoriedade de agentes de segurança armados em escolas públicas e privadas do ensino básico. A proposta altera a Lei nº 7.102/83, que regulamenta a atividade da segurança privada no País. O texto agora segue em caráter conclusivo para as comissões de Educação, de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Com relatoria do deputado Ismael Alexandrino (PSD-GO), o texto aprovado na última sexta-feira, 10, é um substitutivo ao Projeto de Lei 3906/23, do deputado Lenildo Sertão, conhecido como Delegado Caveira (PL-PA). As iniciativas iniciais do texto foram mantidas pelo relator e outras foram adicionadas, como a previsão de que as escolas tenham programas de prevenção ao crime e à violência, e que eles envolvam "promoção de valores cívicos e sociais".

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O projeto prevê ainda que os agentes de segurança que trabalham nas escolas passem por cursos de gerenciamento de crises com especialistas em segurança pública e educação.

O novo texto amplia a permissão de prestação de serviços de segurança privada para empresas de portes maiores, uma vez que a medida original previa a autorização apenas para empresas de pequeno porte. Mesmo com a alteração, ainda será a Polícia Federal (PF) o órgão responsável por regular e definir a autorização e fiscalização dos profissionais de segurança privada. O texto reitera que agentes públicos são proibidos de atuar na segurança privada.

Após atentados em escolas, Santa Catarina anunciou medida semelhante em abril deste ano, com a contratação de policiais aposentados da reserva para fazer a segurança armada em escolas públicas estaduais. O governo de São Paulo também anunciou em março estudar a proposta de PMs da reserva atuarem de forma permanente nas escolas.

O projeto tramita em caráter conclusivo. Ou seja, não precisa ser votado pelo plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. Essa qualificação pode ser alterada caso alguma comissão dê parecer divergente ou se, após a aprovação pelos colegiados, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, a proposta precisará, então, ser apreciada em plenário.

A Secretaria municipal de Educação do Recife detalhou, nesta segunda-feira (6), como funcionará o processo de matrícula na rede para alunos novatos. Ao todos, o município vai ofertar mais de 22 mil vagas, distribuídas para as etapas da Educação Infantil (11.271), Ensino Fundamental séries iniciais (6.427), Ensino Fundamental séries finais (1.339) e Educação de Jovens e Adultos - EJA (3.341). O quantitativo, de acordo com o secretário municipal de Educação, Fred Amancio, representa um aumento de 3.994 vagas em comparação com 2022.

O responsável pela pasta salienta que o processo de matrícula não é destinado aos alunos da rede municipal de ensino. Para esse público, segundo o secretário, as "vagas para 2024 estão garantidas". 

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No cronograma divulgado pela Seduc, o período de matrícula de estudantes novatos tem início na terça-feira (7), a partir das 8h, através do site Matrícula Online, e segue até, às 23h59, de 7 de dezembro. Além do endereço eletrônico, os responsáveis também podem realizar o procedimento através do site da Secretaria de Educação do Recife e aplicativo Conecta Recife. Assim como no ano anterior, as vagas disponibilizadas serão preenchidas seguindo os seguintes critérios:

- Ensino Fundamental e EJA: possuir irmão na mesma escola e família estar cadastrada no CadÚnico;

- Educação Infantil: estar sob guarda de instituição de acolhimento, estar cadastrado no CadÚnico (extrema pobreza ou pobreza), ser filho(a) de mãe adolescente, possuir irmão na mesma escola ou ser estudante com deficiência.

Etapas da Matrícula

1ª etapa (cadastro pela internet)

Início: 7 de novembro

Final: 7 de dezembro

2ª etapa (confirmação das vagas atribuídas)

Início: 8 de dezembro

Final: 3 de janeiro de 2024

3ª etapa (efetivação da matrícula na escola)

Início: 4 de janeiro 2024

Final: 15 de janeiro 2024

Polos de apoio e caravanas itinerantes

O processo de matrícula para alunos novatos na rede municipal, ano letivo de 2024, contará com caravana de matrícula itinerante e polos de apoio descentralizados pela capital pernambucana e presença de Agentes de Apoio de Matrícula e tablets.

Ao todo, são 12 polos de apoio especial, localizados na Prefeitura do Recife, Compaz Ariano Suassuna, Compaz Dom Helder Câmara, Compaz Eduardo Campos, Compaz Miguel Arraes, Escola Municipal em tempo integral Reitor João Alfredo, Escola Municipal Mário Melo, Escola Municipal Karla Patrícia, Escola Municipal em tempo integral Maria Sampaio, Escola Municipal Santa Luzia, Escola Municipal Rozemar de Macedo Lima e Escola Municipal Diácono Abel Gueiros.

Para ter acesso aos espaços de apoio, de acordo com o secretário municipal de Educação, Fred Amancio, não será necessário agendamento prévio. O funcionamento dos locais será de segunda a sexta, das 7h às 17h30.

Novidades

Em 2022, muitos pais e responsáveis apontaram dificuldades em saber o quantitativo de vagas ofertadas por escola. Nessa edição, será disponibilizada uma tabela com as opções oferecidas pelas instituições municipais, por etapa educacional e turma. Além disso, a Seduc reforça que em 2023 será exigido o CPF do estudante. 

A secretaria também não descarta uma nova abertura de matrículas, no dia 15 de janeiro, para vagas remanescentes, ou seja, as que não foram preenchidas nesse primeiro momento. Mais uma vez, a seleção contará com lista de espera que, como aponta Fred Amancio, é acompanhada pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

As denúncias de casos envolvendo violência nas escolas subiram cerca de 50% em 2023, informou o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). De janeiro e setembro, foram registrados 9.530 chamados por meio do Disque 100. No mesmo período do ano passado, o total de ocorrências informadas foi pouco superior a 6,3 mil.

Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (3) e marcam o encerramento da campanha digital pela valorização dos educadores e professores do Brasil, iniciada no início de mês passado. A iniciativa foi planejada levando em conta que em 15 de outubro é celebrado o Dia Mundial do Professor.

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Foram consideradas no levantamento denúncias envolvendo berçário, creche e instituições de ensino. Cada denúncia pode conter uma ou mais violações de direitos. Segundo o ministério, por meio dos 9.530 chamados, foram identificadas 50.186 violações, o que representa alta de 143,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e setembro de 2022, as ocorrências envolveram 20.605 violações.

As regiões com maior número de registros são, respectivamente, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Das 9.530 denúncias, mais de 1,2 mil dizem respeito a casos em que professores foram vítimas. Foram identificadas violações em áreas como direitos civis, políticos e sociais, discriminação, injúria racial e racismo, liberdade, integridade física e psíquica e direito à vida.

Em nota, o ministro Silvio Almeida defendeu o direito e a liberdade de ensino dos docentes. “Professores e professoras são pessoas valiosas para nós. A sala de aula é um espaço para a construção de cidadãs e cidadãos conscientes e responsáveis. Para isso, é necessário denunciar violações de direitos humanos contra os professores. Nenhuma forma de perseguição será tolerada.”

Outro grupo vulnerável é o das crianças e adolescentes. Conforme dados do Disque 100, as denúncias envolvendo violações a esse grupo representaram 74% do total.

Em 14% das ocorrências, as vítimas são pessoas com deficiência. Além disso, 5% das vítimas são mulheres e foram alvo de violação em função do gênero. O levantamento do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania indica ainda que as principais violências no ambiente educacional são de ordem emocional, envolvendo constrangimento, tortura psíquica, ameaça, bullying e injúria.

O Disque 100 é um canal de denúncias sob responsabilidade da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do ministério e recebe e analisa relatos sobre denúncias de violações de direitos. O serviço gratuito pode ser acionado por meio de ligação gratuita ou pelos aplicativos WhatsApp - (61) 99611-0100 - e Telegram - digitar "direitoshumanosbrasil" -, além do próprio site da ouvidoria e do aplicativo Direitos Humanos Brasil. O denunciante não precisa se identificar.

Com quase um ataque armado mensal em escolas pelo país, o Brasil fechou outubro com nove casos registrados desde o início do ano. Apesar das particularidades de cada incidente, é possível observar padrões que se repetem entre os autores e podem explicar as causas dessa onda de violência.

O professor de Filosofia e Sociologia, Matheus Souto, destaca que a maioria dos autores de atentados em massa nas escolas são homens recém-formados. "São geralmente pessoas que não saíram da escola há muito tempo e que retornam para cometer o atentado na escola em que estudaram", apontou.

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Ele indica que o aumento de casos sofre influência da interseccionalidade entre três fatores favoráveis à manifestação da violência em jovens e adolescentes. O mais comum é o bullying sofrido na época da escola e o sentimento de repulsa e trauma gerado por esse ambiente.

"Ele sente que perdeu o controle da vida social naquele espaço e deseja retomá-lo nem que seja pela violência", descreve. “Ele perdeu esse espaço porque foi marginalizado ou se sentiu estranho ao grupo como um todo e criou então esse trauma”, continua.

Outro fator comum é a origem em um lar mal estruturado. Essa realidade se reflete na condição de abandono familiar, principalmente nas fases críticas do desenvolvimento do indivíduo. "Seja um pai ausente ou uma mãe ausente. Muitos casos no crime são casos de pais ausentes ou uma família disfuncional como um todo", sintetiza Souto.

Os atentados também se relacionam com danos psicológicos causados entre a adolescência e os 25 anos. O professor detalha que esta fase representa uma janela para psicopatias mais agressivas ao mesmo tempo em que há uma maior propensão à crise existencial: “perda do sentido da vida, das pessoas a nossa volta, das instituições e das tradições”, resume.

A governadora de Pernambuco realizou, na tarde desta sexta-feira (27), a entrega de 81 ônibus escolares para 75 municípios do estado pelo projeto “Juntos pela Educação”. A cerimônia, feita no Palácio do Campo das Princesas, entregou aos representantes de cada cidade um kit com o manual e a chave dos automóveis.

A governadora destacou que os automóveis possuem ar condicionado e atendimento adequado para crianças com deficiência. Esta entrega soma os 180 novos ônibus escolares concedidos em Pernambuco. Além deles, outros sete transportes foram entregues diretamente para escolas indígenas de Pernambuco.

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Os ônibus entregues, 4x4, tiveram um investimento de quase 500 mil reais, segundo o líder de governo da Alepe. Além dos coletivos, um retroativo será entregue aos gestores de Pernambuco até fevereiro para ser investido em educação.

A governadora destacou que os automóveis possuem ar condicionado e atendimento adequado para crianças com deficiência. Esta entrega soma os 182 novos ônibus escolares concedidos em Pernambuco.

Além dos ônibus, uma van escolar também foi apresentada no encontro. Raquel declarou que 93 vans foram compradas e estão “aguardando a ata de registro do Governo Federal dos ônibus para entregar o sonho de mais de mil ônibus em Pernambuco nos próximos meses”.

A escolha dos municípios, segundo a governadora, levou em conta a pesquisa feita em 2021 pelo Tribunal de Contas do Estado com a lista de avaliação de transporte escolar. 

“O Juntos pela Educação é uma construção conjunta de um trabalho que envolve, até 2026, 5 bilhões e meio de reais. Mas é muito longe a gente falar de números se a gente não concretizar em ações como esta”, defende a gestora.

O prefeito de Riacho das Almas, Dió Filho (Republicanos), discursou em nome dos convidados no Palácio. O gestor municipal agradeceu pelo retroativo dos transportes escolares lembrou do acidente de ônibus que aconteceu em março de 2022 na cidade e deixou quatro crianças mortas. 

“Lá em Riacho das Almas, com 52 veículos, são 85 linhas de transporte, sabe a importância que representam esses veículos novos, tanto para o transporte quanto também, em especial, para a segurança dos nossos alunos. Logo que a gente passou pelo que passou, a gente teve um acidente que vitimou quatro crianças nossas, infelizmente”, relembra Dío Filho.

Em discurso, Raquel Lyra mencionou o caso de três ônibus escolares incendiados em Taquaritinga do Norte, em setembro deste ano, e prometeu mais um para o município, este que recebeu dois novos automóveis na cerimônia desta sexta.  

Lyra revela, também, que Pernambuco alcançou a marca de 22 mil novas matrículas em creches e pré-escolas em 2023 e anunciou que irá pagar um retroativo para as creches que iniciaram este ano no valor per capita de creche envolvendo 150 milhões de reais, que pode ser pago ainda este ano, já autorizado por lei. O pagamento será retroativo à data em que as crianças foram matriculadas.

A cerimônia contou com a presença da vice -governadora Priscila Krause, o ministro da Pesca e Aquicultura do Brasil, André de Paula, deputados federais, estaduais e representantes dos municípios contemplados com os automóveis para receberem os kits. Algumas das cidades beneficiadas foram:

Afogados da Ingazeira, Afrânio, Agrestina, Águas Belas, Aliança, Altinho, Araçoiaba, Araripina, Arcoverde, Barreiros, Betânia, Bezerros, Bodocó, Bonito, Brejo da Madre de Deus, Buenos Aires, Buíque, Cachoeirinha, Calçado, Camocim de São Félix, Capoeiras, Caruaru, Catende, Cortês, Custódia, Dormentes, Escada, Feira Nova, Frei Miguelinho, Glória do Goitá, Gravatá, Ibimirim, Ibirajuba, Ilha de Itamaracá, Inajá, Ipubi, Itaíba, Itapetim, Jataúba, Jupi, Lagoa Grande, Lajedo, Macaparana, Machados, Mirandiba, Nazaré da Mata, Olinda, Ouricuri, Palmeirina, Panelas, Parnamirim, Passira, Pedra, Pesqueira, Primavera, Quipapá, Riacho das Almas, Rio Formoso, Santa Cruz do Capibaribe, Santa Filomena, Santa Maria da Boa Vista, Santa Terezinha, São Bento do Una, São Caitano, São Joaquim do Monte, Serra Talhada, Sertânia, Tacaimbó, Taquaritinga do Norte, Terezinha, Tracunhaém, Tupanatinga, Tuparetama, Venturosa e Xexéu.

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Nesta quinta-feira (26), o jogo Honor Of Kings abriu inscrições para a fase regional da Liga Escolar Nacional. Os vencedores disputarão a fase nacional, cuja premiação está avaliada em torno de R$ 50 mil em computadores, itens gamers e bolsas de estudos, em parceria com a Faculdade VINCIT.

Estudantes de todo o Brasil e qualquer instituição de ensino podem se inscrever até o dia 24 de novembro no site: https://2023.ligaescolardeesports.com.br/, incluindo as escolas que participaram da Fase Estadual - que já estão automaticamente classificadas.

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A competição inicia em 25 de novembro e é dividida em duas etapas: a primeira ocorre no formato de MD1 para regiões com um alto número de inscritos; e MD3 para aquelas com poucos candidatos. A partir da segunda etapa, as disputas serão realizadas no formato MD3.

A final das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste ocorrem no dia 26 de novembro, com transmissão ao vivo nos canais de influenciadores parceiros da MatchVerse. O game Honor of Kings pode ser baixado através da App Store ou Google Play. 

Um Projeto de Lei Ordinária (PL) quer inserir ensino antirracista nas escolas de Prenambuco. De acordo com a normativa, publicada no Diário Oficial do Estado, nesta terça-feira (24), a medida inclui o tema nas diretrizes da Educação básica e/ou nas turmas dos anos iniciais. Segundo texto do projeto, de autoria do deputado Gilmar Júnior (PV), o objetivo é "estabelecer desde os anos iniciais escolares, o Ensino Antirracista, como ação de informação, conscientização e enfrentamento ao crime de racismo em Pernambuco".

"Nossa proposta é oferecer alternativas aos professores para trabalhar com educação das relações étnico-raciais de forma a favorecer o entendimento dos estudantes acerca das complexas construções sociais produzidas no Brasil, ao longo do tempo, percebendo a centralidade do conceito de raça em suas estruturações", diz outro trecho do projeto.

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 Segundo o PL, para estabelecer um padrão a ser seguido ou analisado pelos especialistas em educação da Secretaria Estadual de Educação (SEE), foi utilizado "como base a introdução da obra de Ensino antirracista na Educação Básica - Da formação de professores às práticas escolares, organizada por Thiago Henrique Mota". 

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assina nesta terça-feira (26) decreto que institui a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas. A previsão do governo é conectar 138,4 mil escolas em todo o país até 2026. O anúncio foi feito durante o programa Conversa com o Presidente, transmitido pelo Canal Gov. 

“Temos hoje a assinatura do decreto que institui a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas. Vamos conectar 138.400 escolas nesse país. Até 2026, a gente vai deixar toda a nossa meninada altamente conectada com wi-fi e tudo o mais que for necessário”, disse o presidente. 

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Durante participação no programa, o ministro da Educação, Camilo Santana, lembrou que mais da metade das escolas brasileiras, atualmente, não tem wi-fi.

Ação de ministérios

Segundo ele, algumas até contam com algum tipo de conectividade, mas somente na sala da direção, por exemplo, sem acesso aos alunos e professores. 

“A estratégia é criar um comitê e, através do decreto assinado hoje, vão participar vários ministérios – Ciência e Tecnologia, Educação e Casa Civil. Os recursos serão do Fundo da Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e também do leilão do 5G”, disse o ministro. 

Acrescentou que “esse comitê vai trabalhar e a meta é - até o final de 2026 - nenhuma escola pública deixar de ter conectividade com fins pedagógicos. Não é só ter internet com baixa velocidade. E ter equipamento, um laboratório de informática, tablet, computador, wi-fi na escola”, concluiu o ministro. 

Com o propósito de reunir em um só lugar as melhores escolas internacionais e pessoas interessadas em estudar no exterior, o Student Travel Bureau (STB), consultoria especializada em educação internacional, está promovendo a mais nova edição da Feira do Intercâmbio STB. O evento acontecerá de forma presencial no dia 2 de outubro, no Recife, Pernambuco, e ainda vai oferecer descontos de até 40% para quem quer estudar fora do país. A participação é gratuita e as inscrições podem ser feitas no site do evento.

Na programação, estarão presentes instituições internacionais como Amerigo, Dukes, Educatius e Shorelight que trarão informações sobre os diferentes tipos de cursos de idiomas, graduação e pós-graduação fora do Brasil (higher education), extensão universitária, férias para adolescentes, intercâmbio em família e trabalho voluntário. Especialistas também estarão à disposição para fornecer mais informações sobre ensino médio no exterior (high school) e programas de trabalhos nos Estados Unidos. Dados do STB mostram que o programa de Au Pair nos EUA foi o que apresentou maior procura, registrando alta de 700% no primeiro semestre de 2023, comparado ao mesmo período do ano passado. Já a demanda por high school cresceu 37% no período comparado, e os voltados ao higher education, 11%. O STB em Recife também apresentou um acréscimo de 13% nas vendas nos últimos seis meses. 

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“O objetivo da Feira do Intercâmbio STB é oferecer aos estudantes o que há de melhor no mercado de educação internacional, reunindo em um só lugar as melhores instituições que vão compartilhar informações sobre como fazer um intercâmbio. O evento é voltado para todos os públicos, desde estudantes, pais de alunos, tomadores de decisão e profissionais do mercado”, diz Rui Pimenta, diretor de vendas do STB.

O Ministério Público de Roraima (MPRR) iniciou uma investigação para apurar o caso do jovem de 14 anos que foi impedido de estudar, junto com outros colegas, por estarem usando chinelo. O caso aconteceu no dia 27 de agosto, na escola estadual São José, no Centro de Boa Vista.

A mãe do garoto gravou um vídeo em que o seu filho relata ter sido humilhado por uma funcionária da escola, ao dizer que não tinha condições de comprar um tênis novo. A servidora foi afastada da unidade. O MPRR entrou em contato com a Secretaria Estadual de Educação (Seed) para recolher informações sobre o caso.

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Ao G1, o Ministério Público afirmou que há uma recomendação no uso de uniformes em escolas das redes estadual, municipal e particular. Segundo o MP, os gestores devem ser orientados a garantir o livre acesso e permanência do aluno na escola, mesmo sem estar uniformizado ou faltando um dos itens, como é o caso do tênis.

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