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O Banco do Nordeste (BNB) lançou, nesta quinta-feira (28), a estratégia Crediamigo Frevo, no Palácio dos Governadores, sede da Prefeitura de Olinda. O objetivo da iniciativa é financiar atividades e oferecer orientação aos microempreendedores da cidade que atuam durante o Carnaval.

A ação é fruto de parceria com a Prefeitura de Olinda e pretende incluir inicialmente 900 microempreendedores na carteira de clientes do Crediamigo, maior programa de microcrédito da América Latina.

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Com banda de frevo e bonecos gigantes, a solenidade contou com a presença do presidente do Banco do Nordeste, Paulo Câmara, do superintendente de Microfinança Urbana e Microempresas, Helton Chagas, do superintendente do BNB em Pernambuco, Pedro Ermírio de Freitas, e do prefeito de Olinda, o professor Lupércio do Nascimento. 

"O Crediamigo dá a oportunidade às pessoas de terem acesso a um recurso sem burocracia, com juros baratos e toda a orientação necessária para poder empreender. E nada melhor do que fazer isso junto com os municípios, como estamos fazendo hoje aqui em Olinda. Nosso propósito é apoiar as pessoas que querem trabalhar no Carnaval para que elas possam incrementar suas rendas nesse período", ressaltou o presidente. 

Segundo Elza Marques, gerente do Escritório Regional de Recife do Crediamigo, esses novos clientes se somarão aos cerca de três mil olindenses, que, em 2023, receberam R$ 7 milhões em empréstimos do programa.

"Esses empreendedores do Carnaval já trabalhavam muito bem e, com o crédito do Crediamigo, eles vão faturar muito mais. E é possível que, no Carnaval, já seja a renovação do crédito, pois vão usar o primeiro na semana pré-carnavalesca. Eles vão melhorar a vida das suas famílias, vão ter qualidade de vida, porque vão ter mais oportunidades. A missão do Crediamigo é desenvolver e estamos muito felizes com essa estratégia do Crediamigo Frevo", disse Elza. 

"O Carnaval traz cerca de quatro milhões de foliões para a cidade de Olinda. Então, a gente poder apoiar, através de um crédito orientado, um crédito barato, esses empreendedores, é uma iniciativa muito positiva", destacou o superintendente estadual Pedro Ermírio de Freitas.

Da assessoria

Um dos pontos que mais assustam os estudantes quando se fala de Enem, é o curto tempo na hora de responder as questões da prova. São 90 questões objetivas para 5 horas de Exame, ou 5h30 no domingo de redação, o que resulta em pouco menos de 3 minutos e 35 segundos para resolver cada pergunta da prova.

Apesar de parecer inviável, é possível se dar bem no Enem se utilizar das estratégias certas na hora do vestibular. Pensando nisso, o LeiaJá trouxe uma lista com 5 estratégias para ajudar o estudante a otimizar seu tempo e conseguir um bom desempenho na hora da prova. O professor de matemática Ricardinho listou as principais dicas a seguir. Confira:

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1. Começar pelo conteúdo que tem maior facilidade

Ricardinho explica que o primeiro passo do aluno deve ser começar pela matéria que ele julga ter mais facilidade. Dessa forma, pode adiantar boa parte da prova pelo conteúdo que mais se dá bem.

“O candidato para otimizar o tempo precisa ir para a prova sabendo qual vai ser realizada. No primeiro dia tem a parte de linguagens e humanas, junto a redação, e o segundo dia matemática e ciência-naturezas. Quando ele for abrir o caderno de prova, ele precisa ter ciência bem do que ele domina mais. Então, se ele domina muito matemática, se ele é um aluno bom em exatas, no segundo dia ele vai começar pela prova de matemática e ver as questões mais simples”, detalha.

2. Identificar tipo de questão (fácil, médio ou difícil)

Além de identificar a facilidade pessoal com as disciplinas, é preciso saber reconhecer o nível de dificuldade de cada pergunta e conteúdo. Isso porque o exame trabalha com o sistema de TRI, que é a Teoria de Resposta ao Item, em que mais respostas certas em questões fáceis vale mais que uma resposta certa em uma questão difícil.

Para o matemático, os estudantes podem identificar esses tipos de questões mais fáceis e mais difíceis através da prática e resoluções de perguntas:

“E como identificar esse tipo de questão? O fera já devia ter feito vários exercícios antes? Identificar os tipos de questões que são consideradas simples, tem alguns comandos de questões que dá para perceber, quando ele vai perguntar a média aritmética, a moda, já cai em cima de estatística, a escala de um para o outro, quando vai fazer uma pergunta a respeito de regra de 3, né? Ele já está identificado porque já está fazendo vários exercícios a respeito do conteúdo”, explica.

3. Ler o comando primeiro

Assim como mencionado anteriormente, as perguntas possuem comandos específicos para os estudantes na hora da prova, são as perguntas de cada questão. Ricardinho explica que ler primeiro as perguntas, grifar palavras chaves como pedindo por opções incorretas, resposta errada, entre outros, pode ajudar o raciocínio do vestibulando durante a resolução da questão. “ Eu acho importante ele ler o comando, a pergunta inicialmente”, declara o matemático.

4. Variar as disciplinas das provas

Ainda pensando em estratégias para se dar bem com o sistema de TRI, o docente aconselha os estudantes a variar as disciplinas e não ficar preso nas mesmas questões e provas.

“Procurar no texto da prova de linguagem, ‘matar’ natureza também, e não ficar na mesma prova sempre. Ele vai fazendo tanto no primeiro dia quanto no segundo dia, vai resolver algumas questões que ele considera simples, e depois ele pode ir para outra prova, depois voltar para a anterior”, detalha Ricardinho.

5. Equilibrar o tempo para selecionar a resposta

Por fim, por mais complicado que pareça, é essencial que o aluno consiga mediar o tempo nas questões e não perder tanto em perguntas que exijam muito do aluno, pois são as consideradas mais difíceis.

“Porque a prova do Enem, ela é mediada pelo TRI, então quanto mais questões fáceis e simples você acertar, mais chance de ingressar na universidade você tem”, afirma o professor.

“Então, ver o comando, gastar uns 10 a 15 minutinhos para selecionar (a resposta), folhear a prova e ver esse assunto, grifar ‘esse aqui eu sei’, ‘esse aqui deixa pra depois’, é importante isso acontecer. E fazer as mais fáceis primeiro e depois as mais complexas, sempre grifar, fazer os cálculos e desenvolver”, resume o matemático.

Enem 2023

O Exame Nacional do Ensino Médio de 2023, acontece nos domingos 5 e 12 de novembro. A edição deste ano chegou a 3,9 milhões de estudantes inscritos. Para acompanhar as atualizações sobre o exame, o aluno deve acessar a Página do Participante

 

As grandes potências têm interesses econômicos, científicos e/ou estratégicos na corrida espacial para a Lua, uma etapa crucial rumo a Marte.

Nosso satélite é um lugar ideal para testar materiais espaciais e veículos, assim como para aprender a viver no espaço, sem esquecer seus recursos naturais, como água e metais.

- Propulsão chinesa -

O gigante asiático planeja enviar astronautas à Lua antes de 2030 e tem como principal objetivo construir uma base lá.

A China enviou seu primeiro ser humano ao espaço em 2003, bem depois do feito de soviéticos e americanos em 1961, em plena Guerra Fria.

O programa espacial chinês vem ganhando impulso por meio de investimentos bilionários.

Em 2019, conseguiu uma façanha histórica: pousar uma nave no lado oculto da Lua.

Depois, em 2020, trouxe de volta uma nave com amostras lunares, uma operação que não era realizada há mais de 40 anos.

Em 2021, conseguiu pousar um pequeno robô em Marte.

- O retorno dos EUA -

As missões lunares históricas da NASA foram chamadas de Apollo.

Meio século depois, a Agência Espacial Americana agora concentra seus esforços no programa Artemis, que tem como objetivo, oficialmente para 2025, o retorno dos astronautas, incluindo a primeira mulher e o primeiro homem negro sobre solo lunar.

O objetivo é construir uma base na superfície da Lua e uma estação espacial em sua órbita.

Tudo isso para fazer uma viagem ainda mais complexa e ambiciosa: enviar uma tripulação a Marte.

O foguete Starship, desenvolvido pela SpaceX – empresa do bilionário Elon Musk – para essas viagens, explodiu em voo durante seu primeiro teste em abril passado.

- Rússia em declínio -

A Rússia lançará sua nave espacial à Lua na noite de quinta para sexta-feira, a primeira desde 1976.

Chamada de Luna-25, essa missão faz parte de um ciclo com vistas a uma possível base em órbita lunar construída em conjunto com a China.

Sua cooperação com as potências espaciais ocidentais se reduziu a praticamente zero após a invasão da Ucrânia. Logo após o início da guerra, porém, o presidente Vladimir Putin garantiu que a Rússia continuaria a implementar seu programa lunar, apesar das sanções ocidentais.

- Os novos na corrida -

Até o momento, apenas três países conseguiram pousar na superfície da Lua, localizada a cerca de 384 mil quilômetros da Terra: Rússia, Estados Unidos e China.

Mas os recentes avanços tecnológicos permitiram reduzir o custo das missões, o que estimula novos candidatos públicos, ou privados.

Em agosto, a Índia lançou e conseguiu locar na órbita da Lua o foguete não tripulado Chandrayaan-3. Se tudo sair conforme o planejado, ele deve pousar na Lua até o final do mês.

A Lua não é um alvo fácil, porém. Uma missão israelense privada que enviou uma sonda em 2019 falhou na tentativa. O mesmo problema ocorreu em abril passado com o módulo de aterrissagem Hakuto, da startup japonesa ispace.

Outras duas empresas, as americanas Astrobotic e a Intuitive Machines, devem tentar a sorte ainda este ano.

O deputado cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), na tentativa de recuperar seu mandato. Trata-se de uma mudança de estratégia. A princípio, o ex-procurador da Lava Jato esperava convencer a Mesa Diretora da Câmara a se contrapor à Justiça Eleitoral e mantê-lo no cargo. O recurso de Deltan será relatado pelo ministro Dias Toffoli.

A defesa pediu ao STF que suspenda os efeitos da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A interferência do Supremo seria excepcional, porque Dallagnol ainda pode entrar com embargos na própria Corte Eleitoral. Esse tipo de recurso, contudo, não têm o poder de alterar a essência da decisão - na linguagem jurídica, o mérito -, e serve apenas para sanar pontos que não ficaram claros ou não foram abordados na sentença. O advogado Leandro Rosa, que defende Dallagnol, reconhece que um recurso ao TSE não teria "perspectiva exitosa".

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CHANCES

As chances do deputado são consideradas pequenas. O STF tem maioria anti-Lava Jato, encabeçada pelo decano Gilmar Mendes. Em 2019, Dallagnol foi punido com advertência pelo Conselho Nacional do Ministério Público por dizer que ministros da Corte eram lenientes com a corrupção. A crítica se referia, mais diretamente, a Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, que haviam tomado decisões contrárias a medidas da força-tarefa da Operação Lava Jato no Ministério Público Federal, à época coordenada por Dallagnol.

Além disso, os ministros do Supremo Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Nunes Marques fazem parte da composição atual do TSE e votaram pela cassação do registro de candidatura e inelegibilidade do deputado, em 16 de maio.

O TSE usou como base para a cassação o trecho da Lei da Ficha Limpa que proíbe magistrados e membros do Ministério Público de pedir exoneração para disputar eleições se tiverem processos administrativos pendentes. Os ministros entenderam que Dallagnol se desligou do MPF com quase um ano de antecedência da eleição, antevendo que os procedimentos disciplinares a que respondia poderiam colocar em risco sua futura candidatura.

Os advogados de Dallagnol argumentam que o afastamento imediato do cargo, antes de esgotar todos os recursos judiciais possíveis, trazem prejuízos irreversíveis. "O tempo do mandato que lhe é subtraído injustamente não poderá ser restituído", afirma a defesa.

Um fator político que pesa contra o ex-procurador da República é o isolamento entre os pares. Dallagnol afirmou que procurou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mas que ele "fechou as portas". O corregedor da Casa, deputado Domingos Neto (PSD-CE), também anunciou que a análise da decisão do TSE será "meramente formal", sem juízo sobre o mérito.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O BBB23 está quase chegando ao fim, e a produção colocou o pé no acelerador. Na noite da última quinta-feira (13), Cezar Black foi eliminado e Domitila conquistou a Prova do Líder pela primeira vez no programa. Com isso, a madrugada acabou sendo agitada na casa.

Para começar, as sisters do quarto deserto, Aline, Amanda, Larissa e Bruna, lamentaram a saída de Black. O fato pode parecer um pouco inusitado, já que na última quarta-feira (13), elas armaram o maior barraco com o brother.

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"Ai, gente, me cortou o coração o Black chorando daquele jeito", disse Larissa.

"Black é sensacional", disse Amanda.

"Ele é coração", concorda Aline.

"E espero que ele seja o Black que eu conheci aqui", completa Amanda.

Então Larissa relembrou discurso de Tadeu e disse: "Viu o Tadeu falando que ele tinha vários amigos? Por isso aqui ele ficou tá perdido, porque não tava acostumado. Tanto que hoje eu vi ele abraçando a Domitila, beijando, porque ele queria ter uma parceria".

"Gente, vocês têm noção que eles estavam em 7?", disse Bruna

"A gente jogou bem até aqui. Agora não tem mais, é final", completa Aline.

Ricardo comenta vitória de Domitila

Ricardo Alface ficou impressionado com o desempenho de Domitila na Prova do Líder. Em conversa com Sarah, ele relembrou uma antiga fala da miss dizendo que no 88º dia de confinamento ela ficaria muito grata de estar no programa.

"Sarah, foi muito estranho! Ela nunca foi tão rápida em prova nenhuma", disse.

"Essa prova era para ela", concorda Sarah.

"Quando eu olhei pro lado, parecia que ela flutuava. Foi um negócio muito bizarro! Sarah, eu olhei umas três vezes porque ela era a única na frente. A Larissa tava cheia de coisa, você também. Ela tava num nível que eu nunca vi, real" Eu vi a Domitila em todas as provas e realmente ela não era ligeira, rápida. Ela não era habilidosa", observou.

Vale lembrar que a dinâmica aconteceu justamente no 88º dia dos brothers na casa.

O Comitê Permanente do Escritório Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, liderado pelo presidente Xi Jinping, reafirmou em reunião nesta quinta-feira (10) seu compromisso com a estratégia em andamento para enfrentar a Covid-19. Nota na agência estatal Xinhua destaca a necessidade dessas medidas, com o argumento de que ainda há uma situação de pandemia, com novos casos domésticos aparecendo, em um país com grande população e também de grupos vulneráveis, além do desenvolvimento regional "desequilibrado" e com recursos médicos "insuficientes".

A Xinhua diz que mutações no vírus e fatores climáticos afetam sua disseminação. Com isso, o comando do país afirma que é preciso manter a estratégia de prevenção e controle dos casos.

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A comunicação oficial ocorre em meio a especulações sobre um eventual relaxamento na política contra a covid por Pequim, já que a estratégia de buscar evitar ao máximo os novos casos pesa na atividade econômica local.

O comitê de campanha à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) se prepara para um segundo turno que pode virar uma guerra de rejeições, na avaliação de aliados do presidente. A estratégia de propaganda eleitoral tende a recrudescer, se tornando "mais combativa", na palavra de um dos estrategistas de Bolsonaro. Do ponto de vista de alianças, estão na mira imediata governadores como Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, considerado um aliado-chave pelo Palácio do Planalto, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás.

Integrantes do governo e do comitê bolsonarista entendem que, para mudar o cenário de favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), será preciso ampliar o sentimento de antipetismo e apostar na desconstrução do adversário. Pesquisas de intenção de voto durante toda a campanha até agora mostraram que o antibolsonarismo prevaleceu. O resultado do primeiro turno foi de Lula com 48,4% dos votos, e Bolsonaro com 43,2%.

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Na primeira entrevista após a votação, no Palácio da Alvorada, Bolsonaro indicou que irá rever a estratégia e promover ajustes. Em tom sereno, ele reconheceu o sentimento de desaprovação a seu governo e falhas no marketing. Já havia no seu comitê alas que pregavam a linhas distintas, uma mais propositiva e outra favorável ao enfrentamento maior com Lula. "Entendo que há uma vontade de mudar por parte da população, mas tem certas mudanças que podem vir para pior. A gente tentou mostrar durante a campanha esse outro lado, mas parece que não atingiu a camada mais importante da sociedade", disse o presidente. "Existe o sentimento por parte da população que sua vida não ficou igual ao que estava antes da pandemia, ficou um pouquinho pior e a tendência é buscar um responsável, que sempre é o chefe do Executivo."

O presidente, então, afirmou que vai mostrar "o que foi a pandemia" e seus efeitos sobre a economia. Ele repetiu argumentos já explorados como sua conhecida oposição às políticas de isolamento social, os efeitos da guerra na Ucrânia e o que chamou de "crise ideológica" - vitórias de candidatos de esquerda na Argentina, Chile, Colômbia e Venezuela. "Entendo que é por aí nosso trabalho por ocasião do segundo turno", disse Bolsonaro, que confirmou a intenção de comparecer mais a debates e sabatinas.

Um oficial-general da reserva com assento no governo lembra que a gestão do presidente tem dados positivos para mostrar, sobretudo indicadores econômicos mais recentes e redução de alguns crimes, "mas a chance de melhorar é fazer aumentar a rejeição do Lula". Para ele, a campanha tem sido feita com argumentos para "destruição do oponente" e não para a valorização do que cada um pode fazer.

Os integrantes da campanha, sobretudo ligados ao vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente que orientou a estratégia no debate da TV Globo e coordena as ações nas redes sociais, defendem a linha de ampliar a combatividade. A presença de Carlos e a postura de Bolsonaro no debate são vistas como indicativos de que a estratégia poderá ganhar força.

A propaganda do presidente já retomou o discurso "contra o sistema". Além das redes sociais, Lula já foi alvo de propagandas no rádio e na TV que o associavam a crimes comuns, como roubo e tráfico de drogas, além dos escândalos de corrupção como mensalão e petrolão.

Críticas contra institutos de pesquisa

O presidente e seus ministros voltaram suas baterias contra institutos de pesquisa. Querem usá-los como forma de animar seus seguidores, que chegaram à reta final com sinais de abatimento. Como os números de Bolsonaro ficaram acima dos registrados na véspera, em sua maioria, vão aproveitar a onda para ampliar a contestação de institutos de pesquisa.

Segundo o presidente, diante da divergência alguns institutos não deveriam voltar a fazer pesquisas. "Acho que se desmoralizou de vez os institutos de pesquisa. Não vão continuar a fazer pesquisa, não é possível", afirmou na porta do Palácio da Alvorada. Os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Fabio Faria (Comunicações) cobraram explicações e defenderam investigação do que consideraram uma "vergonha" e um "escândalo".

Por outro lado, ministros como Paulo Guedes (Economia) e Marcelo Queiroga (Saúde) foram escalados para responder a temas sensíveis, como os cortes orçamentários para 2023 na Saúde, para manter os R$ 19,4 bilhões reservados ao orçamento secreto. Houve propagandas específicas com feitos do governo para atingir grupos como enfermeiros, agricultores, gamers, professores, mulheres, mães de crianças com doenças raras, estudantes do Fies e até idosos, com a prova de vida que dá acesso a benefícios do INSS, por meio do registro do voto. Boa parte dessas inserções nem sequer trazia a imagem de Bolsonaro.

Às vésperas do primeiro turno, o governo anunciou a nomeação de 560 policiais federais concursados, uma exceção justificada pelo Palácio do Planalto como forma de não comprometer o funcionamento do serviço público. Além disso, o governo pode explorar que vai incorporar ao Farmácia Popular, programa que vai perder 60% das verbas no ano que vem, como revelou o Estadão, cinco novos remédios para hipertensão e diabetes. É a primeira vez que novos medicamentos são incluídos desde 2011. O corte orçamentário, por sua vez, limita o acesso a 13 tipos de medicamentos.

Esse mesmo militar que participa do governo entende que Bolsonaro deveria ter modulado o discurso antes e que deu brechas para os adversários explorarem: "Se ele tivesse mudado meia dúzia de coisas no discurso ao longo do mandato levava no primeiro turno, com o pé nas costas. Ele foi o maior inimigo dele mesmo". Para ele, a campanha deve explorar que Lula seria um "cheque em branco", enquanto Bolsonaro não daria uma guinada diferente do que foi o atual mandato.

Os aliados do presidente tentam agora reagir ao que consideram uma onda de influenciadores contra Bolsonaro, como celebridades, parte da mídia, youtubers e artistas formadores de opinião. Diante de um sentimento de abatimento externado por apoiadores, Bolsonaro recorreu de última hora e conseguiu obter gravações de vídeo com apoio de cantores, principalmente os sertanejos, artistas e atletas, como jogadores de futebol da seleção brasileira, do atletismo e do automobilismo, além de personagens da direita internacional, como o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, o ex-premiê israelense Benjamin Netanyahu e o ex-presidente da Assembleia da Venezuela Juan Guaidó, considerado pelo governo como chefe do governo venezuelano.

Alianças e doadores

Em termos de recursos, a campanha aposta em um reforço de caixa por meio de doadores já aliados, principalmente com a base do agronegócio. Na avaliação de um ministro do Centrão, a passagem ao segundo turno é a senha para que as contribuições se destravem. Segundo esse titular do primeiro escalão do Planalto, com "Lula sempre na frente todo mundo fugiu".

Nesta segunda-feira, 3, o comitê do presidente deve se reunir em Brasília para traçar estratégias. Uma delas é a busca por partidos e candidatos eleitos ou que disputam o segundo turno nos Estados e que potencialmente se engajariam na campanha do presidente. Na reta final, familiares do presidente cobraram mais empenho de candidatos aliados, acusados de serem "alpinistas" e "caroneiros", que estariam omitindo o presidente da propaganda. Bolsonaro disse compreender o foco deles nas próprias disputas, mas agora vai atrás de manifestações explícitas.

Bolsonaro planeja se reunir com deputados e senadores eleitos em busca para reverter o quadro mais favorável a Lula. Ele disse que já recebeu um telefonema com promessa de esforços do governador reeleito no Rio, Cláudio Castro (PL).

Os governadores reeleitos Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, considerado um aliado pelo Palácio do Planalto, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, estão no topo da lista do comitê de Bolsonaro. No primeiro turno, ambos se afastaram do governo por causa da alta rejeição do presidente e fizeram campanha pela direita de forma independente. Bolsonaro lançou candidatos próprios contra eles, mas a estratégia não vingou.

Entre os dois, Zema já é dado como "apoio certo" por ministros palacianos. Bolsonaro disse já ter dialogado com um interlocutor do governador de Minas e que a conversa com ele está "bastante avançada". Há possibilidade de um encontro na terça-feira, em Belo Horizonte.

Minas é uma peça-chave para a decisão no segundo turno, por ter dado a vitória a Lula e ser o segundo maior colégio eleitoral do País. A ajuda de Zema poderia melhorar o desempenho de Bolsonaro, principalmente no interior, avaliam os estrategistas. Apesar de não ter dado garantias, Zema tem sido aliado do governo e admitiu conversar com Bolsonaro. Logo depois de reeleito, o governador disse que garante que não dará apoio ao PT: "Está fora de cogitação".

O comitê também comemorou os sinais de afinidade do Partido Novo, do candidato Luiz Felipe D’Ávila, que fez dobradinha com Bolsonaro no debate da Globo. Outra adesão oficial esperada é a do PTB, do candidato Padre Kelmon. O União Brasil, que planeja fusão com o Progressistas, também está na mira de Bolsonaro. O presidente se disse de portas abertas para conversar com outros presidenciáveis derrotados, mas não quis falar, por exemplo, do MDB. Simone Tebet, com 4,1% dos votos, deve declarar apoio a Lula.

"No segundo turno zera o jogo, temos chance de coligar com qualquer partido", diz o deputado Capitão Augusto (PL-SP), vice-presidente da legenda de Bolsonaro.

Sem uma estratégia específica para o eleitorado católico, maior grupo religioso do País, o presidente Jair Bolsonaro (PL) assumiu o discurso do medo para tentar reduzir a preferência pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na campanha. Antes terceirizada, a ofensiva saiu das redes sociais de aliados de Bolsonaro e foi incorporada por Bolsonaro. A ordem é repetir que Lula vai perseguir católicos no Brasil, a exemplo dos expurgos promovidos pelo governo de esquerda de Daniel Ortega, na Nicarágua.

Líder nas pesquisas de intenção de voto, Lula tem 52% entre os católicos, conforme o mais recente levantamento do Ipec, com oscilação positiva. No mesmo levantamento, Bolsonaro aparece estagnado, com 26% das preferências nesse segmento. No Datafolha, a última rodada também detectou crescimento do petista, que atingiu 54%, enquanto o presidente ficou com 27%.

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Bolsonaro incorporou a campanha negativa contra Lula que, nos últimos meses, tomou conta das redes sociais de aliados do governo no meio cristão, principalmente os evangélicos e católicos ultraconservadores. Tanto Lula quanto Bolsonaro são católicos, mas o atual presidente se casou em cerimônia evangélica e foi batizado em 2016 no rio Jordão, em Israel.

"O atual ditador da Nicarágua prende padres, fecha TVs e rádios católicas, expulsa freiras de lá e chama os católicos de fascistas. Não podemos deixar que isso chegue ao Brasil. O ex-presidente, que é candidato, falou que cada presidente pode fazer o que bem entender no seu país. Não é bem assim, não. Se está perseguindo católicos lá é sinal que ele pode fazer o mesmo aqui no Brasil. Pode não, vai fazer, porque ele disse que vai botar no seu devido lugar padres e pastores no Brasil, caso chegue a presidente. E, mais grave, vai legalizar o aborto, vai legalizar as drogas e manter a política terrível conhecida com ideologia de gênero", disse Bolsonaro, anteontem, durante entrevista televisionada no programa do Ratinho, no SBT.

A campanha de Lula rechaça a associação de um eventual novo governo ao fechamento de igrejas e fez uma contraofensiva no meio religioso, com o apoio do candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que tem trânsito entre católicos, e da ex-ministra Marina Silva (Rede), fiel da Assembleia de Deus. "Nenhuma igreja foi fechada por ele", disse Marina ao declarar apoio a Lula.

A linha de ação de viés religioso vai de encontro a um dos objetivos da campanha governista: aumentar a rejeição do ex-presidente. Há frentes em andamento com foco nas mulheres e na corrupção, que viraram tema da propaganda eleitoral.

O presidente explora o fato de Lula evitar críticas mais contundentes a Ortega. No ano passado, em entrevista à imprensa internacional, o petista disse que não poderia julgar a prisão de candidatos opositores ao governo da Nicarágua. O PT chegou a publicar nota saudando a eleição de Ortega, mas depois apagou.

Além disso, Bolsonaro passou a citar uma frase de Lula, fora do contexto, durante comício inaugural de sua campanha no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, quando reagia a boatos e notícias falsas difundidas por líderes religiosos evangélicos. Os bolsonaristas passaram a dizer que Lula ameaçou "enquadrar" os clérigos. Na prática, porém, o candidato do PT afirmou que poderia se conectar com Deus sem a intermediação de alguma autoridade sacerdotal.

"Quando quero conversar com Deus, não preciso de padres ou de pastores. Eu posso me trancar no quarto e conversar com Deus quantas horas eu quiser sem precisar pedir favor a ninguém. É assim que a gente tem que fazer para não ser obrigado a escutar pessoas contando mentiras, quando deveria estar cuidando da fé, da espiritualidade, lendo a Bíblia decentemente, e não inventando coisas", disse Lula, na ocasião. Na semana passada, durante encontro com lideranças protestantes, no Rio, ele afirmou que admite "um ser humano normal mentir, mas não é aceitável um pastor, que diz falar em nome de Deus, mentir". Chegou a mencionar a Lei da Liberdade Religiosa, sancionada no primeiro ano de seu governo, em 2003.

Antes de ser incorporada pelo próprio Bolsonaro, a "guerra santa" da campanha passava pela primeira-dama Michelle Bolsonaro e por aliados no meio evangélico, como o deputado e pastor Marco Feliciano (PL-SP). Ambos abordaram o caso da Nicarágua. Identificado com bandeiras do bolsonarismo, o padre Paulo Ricardo, um dos porta-vozes do conservadorismo católico, fez um curso sobre a situação daquele país. Aliados do presidente compartilharam, nos últimos dias, o apelo de uma freira brasileira, que, em tom alarmista, falava sobre a possibilidade de um bispo ser "executado".

Acusado de incitar atos violentos, o bispo de Matagalpa, dom Rolando Álvarez, está em prisão domiciliar. O núncio apostólico, representante diplomático no país, havia sido expulso, assim como freiras missionárias da Caridade. Estações de rádio e TV foram lacradas.

A propaganda de Bolsonaro veicula, ainda, a imagem de Madre Tereza de Calcutá contra o aborto e associa Lula à defesa da prática. A campanha do presidente não buscou diálogo com lideranças da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que tem um histórico de críticas ao governo e é considerada por Bolsonaro como "parte podre" da Igreja, em 2018. Até agora, de todas as campanhas, apenas Alckmin conversou com a cúpula da CNBB.

Ao Estadão, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que "as lideranças católicas são menos ostensivas" e resistem mais a receber candidatos, se comparadas às evangélicas.

O vice-presidente da Frente Parlamentar Católica, deputado Eros Biondini (PL-MG), afirmou que Bolsonaro tanto fez outros gestos mais sutis em direção à Igreja, como passou a frequentar missas e se reunir com sacerdotes em privado. Ele esteve com 40 sacerdotes na Paróquia São Miguel Arcanjo Cantor gospel da ala carismática, Biondini fez a oração final da convenção de Bolsonaro no Maracanãzinho e no Sete de Setembro estendeu a bandeira nacional com o presidente, com a imagem de um feto e as frases "Brasil sem aborto’ e "Brasil sem drogas".

"Claro que existe parte do segmento católico não alinhado ao presidente, mas vejo uma aproximação crescente, pelas pautas que ele defende", disse Biondini. "Tenho visto uma convivência mais harmônica, mais pacífica, o que mostra um amadurecimento nessa relação".

Bolsonaro esperava realizar uma missa no Cristo Redentor, durante a campanha, ao lado do arcebispo Dom Orani Tempesta, mas o culto não se concretizou. No momento, a campanha ainda não tem previsão de que possa ocorrer. Em abril, o presidente foi ao monumento para celebração de um protocolo de convivência entre o Santuário do Cristo Redentor administrado pela Mitra e o Parque Nacional da Tijuca, ao redor do Cristo, gerido pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio). Havia um histórico de disputas que iam desde a exploração comercial de lojas ao controle de acesso Corcovado, área de preservação ambiental.

Para lembrar

Ala ultraconservadora

Como mostrou o Estadão, a estratégia do presidente Jair Bolsonaro (PL) para atrair público para os atos do 7 de Setembro ganhou o reforço de padres e grupos ultraconservadores da Igreja Católica.

Discurso alinhado

Em sermões às vésperas do feriado, os sacerdotes chegaram a explorar notícias sobre a situação de cristãos na Nicarágua para sugerir risco de fechamento dos templos em um eventual governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Reação

A ala predominante da Igreja Católica reagiu aos acenos a atos antidemocráticos. Grupo de 450 padres divulgou carta em que propuseram uma reflexão sobre o governo. "Hoje, distante quatro anos daquele momento (eleição de Bolsonaro), nós, conscientes do nosso dever, queremos alertar para o perigo de repetirmos o mesmo erro", escreveram.

'Novos caminhos'

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) também tornou pública uma posição. O presidente da entidade e arcebispo de Belo Horizonte, d. Walmor Oliveira de Azevedo, afirmou que comemorar a Independência exigia não tolerar ataques à democracia e às instituições.

Pacto

A CNBB já havia divulgado carta na qual condenou a "manipulação religiosa", pediu um pacto em defesa da democracia e criticou "tentativas de ruptura da ordem institucional" para pôr em xeque a lisura do processo eleitoral.

‘Democracia, sim’

O arcebispo de Aparecida, d. Orlando Brandes, defendeu a democracia ao conduzir missa no 7 de Setembro. O sacerdote pediu aos fiéis que não deixem de "exercer o poder do povo". "Democracia, sim; golpe, não", disse o arcebispo.

Mais de um século desde a adoção da semana de cinco dias de trabalho pelo americano Henry Ford, que virou regra no mundo todo, um novo modelo com apenas quatro dias de atividades começa a ser testado, com resultados positivos. No Brasil, companhias que instituíram a nova jornada veem melhorias de eficiência, bem-estar dos trabalhadores, retenção de talentos e até aumento de receitas. Por ora, a mudança tem sido adotada mais pelas companhias de tecnologia, como Crawly, NovaHaus, Winnin, AAA Inovação, Gerencianet e Eva.

Mas o modelo, que reduz a carga horária de 40 horas para 32 horas semanais sem alteração de salário, exige um planejamento prévio com atenção à legislação trabalhista e à cultura organizacional. Além disso, para ter êxito em termos de gestão de pessoas e negócios, é necessário revisar metas e tarefas diárias e mensurar com frequência os resultados.

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O conceito vem de experiências de empresas em países como Islândia, Reino Unido, Bélgica, Nova Zelândia, Escócia e EUA. Muitas decidiram adotar regimes mais flexíveis diante do fenômeno da "grande debandada" (profissionais pedindo demissão) e do esgotamento profissional provocado pelo trabalho, condição oficializada na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS).

No País, 61% dos trabalhadores brasileiros consideram mudar de emprego em caso de problemas de saúde mental e 74% acreditam que seriam mais produtivos em uma semana de quatro dias. Dados da plataforma de recrutamento Indeed, obtidos com exclusividade pelo Estadão, indicam ainda que 79% concordam em aumentar as horas diárias de trabalho para ter uma semana mais curta, e a maioria está disposta a apoiar a empresa na implementação do novo modelo (84%).

De acordo com a pesquisa, a redução da carga também melhoraria a saúde mental (85%) e o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal (86%). É o que vem ocorrendo com Gabriele Lima Silva, analista de experiência do cliente da Gerencianet, desde que ganhou a sexta-feira livre. "Aproveito o momento para estar mais próxima da minha família, filho e cachorro, além de cuidar mais de mim."

O diretor de vendas da Indeed Brasil, Felipe Calbucci, afirma, porém, que a semana de quatro dias pode não fazer sentido para todo tipo de negócio, o que requer avaliar bem a mudança. Isso implica atenção especial à cultura organizacional, diz Evanil Paula, presidente da Gerencianet.

A empresa de meios de pagamentos adotou a sexta-feira livre no início de julho e manteve o controle do ponto para as oito horas de serviço diárias de segunda a quinta. Para implementar o modelo, a Gerencianet fechou acordo com os sindicatos para um novo contrato com os profissionais, atualizando a jornada por seis meses de teste. "Isso é importante, porque a empresa consegue reverter a decisão, caso necessário, sem traumas."

De forma semelhante, a startup Eva organizou uma assembleia e fechou acordos individuais com os funcionários para reduzir a carga horária a partir de julho. "Antes de definir o dia do descanso, é fundamental um estudo para avaliar os impactos e alinhar às expectativas de todos", diz o presidente da empresa, Marcelo Lopes.

Novo modelo vira estratégia para retenção de funcionários

A semana de quatro dias de trabalho tem se mostrado uma boa estratégia para retenção de talentos. Num cenário de mercado aquecido em que sobram vagas e faltam profissionais em vários setores, ao oferecer um dia a mais de descanso como benefício, as empresas conseguem disputar mão de obra com companhias estrangeiras que têm salários maiores.

Na empresa de produtos digitais NovaHaus, essa redução da rotatividade já teve impacto nos custos. O presidente da empresa, Leandro Pires, diz que houve perda na entrega, mas não na produtividade. Ou seja, as pessoas diminuíram a jornada de trabalho em 20%, mas deixaram de produzir somente 7%. "Todavia, essa porcentagem foi compensada com a queda da rotatividade e com um aumento de receita."

A redução da jornada foi definida por acordos individuais e, inicialmente, tem duração de oito meses contados a partir de março. Entre os benefícios aos funcionários, ainda consta um "vale-cultura", no valor de R$ 400, e duas assinaturas de streaming, os quais têm sido muito bem aproveitados pela gerente de contas Alyne Passarelli. "Faço

várias coisas na quarta off, desde passeios, que no final de semana são mais concorridos, a maratona de séries. A ideia é ter uma pausa no meio da rotina turbulenta, e não um final de semana prolongado."

Para medir o sucesso da estratégia, a NovaHaus adotou como indicadores de avaliação o comparativo de entregas, pesquisas internas para medir o nível de felicidade, valores dos projetos e a quantidade de faltas. "Os funcionários estão mais felizes, faltam menos e a receita aumentou."

Resultados semelhantes foram observados na Crawly, empresa de coleta de dados online e análises, que instaurou a semana mais curta em março. "Tivemos um aumento de demanda por causa do comercial e do marketing, e conseguimos entregar tudo sem atrasos", afirma a gerente financeira da empresa, Luisa Lana Stenner.

PROCESSOS INTERNOS. Tanto para Crawly quanto para a consultoria AAA Inovação, o sucesso da estratégia é atribuído a uma reorganização dos processos internos. "Acabamos com o e-mail, grupos de WhatsApp, e adotamos metodologias e ferramentas ágeis de gestão de projetos e comunicação interna, como Slack, Runrun.it e Discord", diz o presidente da AAA, Juan Pablo Boeira.

A empresa adotou a jornada mais curta em janeiro. Em cinco meses, foi verificado crescimento de 120% do faturamento. "Quando a gente percebeu que estava mais eficiente, criamos o ‘Reset Day’ (dia de redefinir) às sextas-feiras." Além de monitorar semanalmente aspectos como entregas (performance), custos fixos, eficiência e saúde mental, a AAA Inovação mantém contato com os clientes para saber o nível de satisfação.

"A decisão de adotar a semana de quatro dias diz muito mais sobre como evoluir a sua produtividade e eficiência do que reduzir um dia de trabalho", diz o presidente da plataforma Winnin, Gian Martinez. A empresa adotou a sexta-feira livre em agosto de 2021 e já vê melhora de bem-estar dos trabalhadores e redução da rotatividade.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma cena curiosa se repete nas portas de agências bancárias em dia de pagamento do INSS ou de auxílios do governo: pessoas fazem filas para entrar e sacar dinheiro, ao mesmo tempo que mandam e recebem mensagens por meio do WhatsApp. Para os bancos, isso significa que há uma parcela do público que usa smartphone, mas ainda não está em seus aplicativos. Por isso, as instituições financeiras miram o WhatsApp.

Uma das mais utilizadas do País, a plataforma da Meta é uma ponte entre os bancos e esse público, segundo especialistas, porque simplifica a linguagem do atendimento. No lugar dos menus dos aplicativos, entra uma conversa, como a que o cliente costuma ter na agência física. No "Zap", porém, o papo é com a inteligência artificial.

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O Bradesco, por exemplo, criou a BIA, que interage com o usuário em suas plataformas. "Para nós, o WhatsApp é um canal, mas o que estamos fortalecendo é a convergência do cliente", diz Eder Lima, responsável pela experiência digital de pessoas físicas do banco. Segundo ele, a intenção é acostumar o cliente a "falar" com a BIA em qualquer canal.

No Banco do Brasil, os usuários também conversam com uma máquina inteligente. "Exploramos a conversação. O nosso assistente no WhatsApp não tem cara de URA (atendente eletrônico que identifica dígitos) porque isso não é conversacional. Incentivamos a pessoa a falar", diz César Caseiro, líder da escola de robôs do banco. "O conceito da linguagem no digital é ter o tom de voz (linguagem) do cliente", observa Sergio Biagini, líder de serviços financeiros da consultoria Deloitte.

Andrea Carpes, diretora de atendimento ao cliente do Itaú, diz que os primeiros serviços levados para o app foram os mais fáceis e de maior demanda, como a emissão da segunda via de boletos. "O primeiro critério foi incluir o que tinha mais volume nas centrais de atendimento", diz. Hoje, é possível abrir contas correntes pelo WhatsApp.

São vários os motivos que afastam o cliente do app do banco, incluindo o receio de gastar parte do plano de dados. "Em geral, as pessoas de uma classe social mais baixa e que tendem a ser mais jovens têm necessidades financeiras mais simples. Eventualmente, o WhatsApp atende a essas necessidades", aponta Silvio Marote, sócio da consultoria Bain.

DO SAC AO EMPRÉSTIMO

A experiência dos bancos é recente. O BB passou a atender por WhatsApp em 2018; o Itaú entrou em 2019; a Caixa Econômica Federal (CEF), em 2020, inicialmente para dar suporte aos clientes na pandemia da Covid-19, durante a qual o banco distribuiu o auxílio emergencial pago pelo governo. O Santander também colocou o pé no acelerador devido à pandemia. "Vínhamos discutindo isso há bastante tempo e, com a pandemia, se tornou mais urgente acelerar essa agenda", afirma Marcela Ulian, superintendente executiva de negócios digitais do banco.

O Santander tem 7 milhões de clientes que usam a plataforma, e identificou que parte deles tem celulares Android com baixa capacidade de armazenamento, o que com frequência os leva a optar pelo aplicativo de mensagens da Meta em detrimento de outras plataformas.

Pesquisa do WhatsApp encomendada à Kantar apontou que, no Brasil, 47% dos adultos conectados à internet realizam transações bancárias via aplicativos de mensagem. "O WhatsApp é usado massivamente no Brasil, onde a população é aberta a novas tecnologias e o sistema financeiro é bastante avançado", disse a empresa por escrito.

RECURSOS

Com os cinco maiores bancos por lá, a corrida é para agregar funções. O Santander, por exemplo, espera dobrar o número de serviços na plataforma até o fim do ano, para 80. Os empréstimos pessoal e consignado estão nessa lista.

No início do mês, o BB foi o primeiro grande banco do País a oferecer empréstimos pessoais, para correntistas com limites pré-aprovados. "Clientes que nunca haviam contratado crédito conosco foram predominantes (nos primeiros dias)", conta Pedro Bramont, diretor de negócios digitais e open finance da instituição.

O BB já liberou mais de R$ 2,5 milhões pela plataforma, 75% para clientes que não tinham crédito pessoal com o banco. Neste ano, pretende levar todas as linhas voltadas a pessoas físicas ao app, além de soluções de investimentos e agronegócio. Em paralelo, desenvolve o piloto do atendimento via Alexa, a assistente de voz da Amazon.

Algo que ainda está por equacionar é a análise de crédito. "Para poder dar todas as possibilidades de crédito, precisamos ter uma análise de crédito muito bem feita em um tempo muito curto", afirma Andrea, do Itaú. É algo mais complexo do que emitir a segunda via de uma fatura - mas os bancos estão abraçando o desafio.

Parceria entre bancos e plataforma esbarra em clima de competição

Os maiores bancos do País ampliam a oferta de serviços no WhatsApp, ao mesmo tempo que o aplicativo de mensagens expande seu serviço de transferências. O momento é de cooperação, mas também de competição.

No ar desde 2021, o Pagamentos no WhatsApp é operado por meio do cadastro de cartões pré-pagos ou com função débito pelos usuários. São aceitos cartões de bancos como Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Nubank e Inter, com bandeiras Visa e Mastercard. A Cielo, controlada por BB e Bradesco, opera o serviço, que será estendido a pessoas jurídicas. "Faz parte da estratégia, pois sabemos que isso é muito valioso para os negócios", disse um porta-voz do aplicativo.

Os bancos veem no WhatsApp um canal importante, mas não abrem mão de ter esse cliente nos aplicativos proprietários. "Se amanhã houver um novo canal (relevante), vamos interagir lá, mas lembrando que estamos fortalecendo a BIA (inteligência artificial do banco), e não o canal", diz Eder Lima, responsável pela experiência digital de pessoas físicas do Bradesco. Hoje, de 30% a 40% das interações da BIA são feitas pelo "Zap".

"Ainda que a experiência seja muito interessante, há soluções em que a integração de serviços financeiros vai ser mais adequada no nosso aplicativo", diz Pedro Bramont, diretor de negócios digitais e open finance do Banco do Brasil. O BB tem 11 milhões de usuários, pelo critério de usuários únicos nos últimos 90 dias. No primeiro trimestre deste ano, foram 129,3 milhões de interações, mais que o dobro do mesmo período de 2021.

Marcela Ulian, superintendente executiva de negócios digitais do Santander Brasil, acha difícil o WhatsApp substituir os apps de banco. "Nosso serviço tem um nível de complexidade e exige um nível de segurança, para algumas coisas, muito relevante." Ainda assim, o aplicativo tornou-se inescapável, em especial após a pandemia.

"Hoje em dia, se o cliente está lá, eu tenho de estar. Se eu falar que não estarei porque é um risco para mim, é porque ele virou um risco para mim", diz Andrea Carpes, diretora de atendimento ao cliente do Itaú.

Sócio da consultoria Bain, Silvio Marote considera natural que os bancos estejam no WhatsApp, dado que empresas de vários outros setores também estão. "É uma questão de quão parceiro pode ser um concorrente. O WhatsApp está numa condição em que é difícil ficar de fora."

O comando da pré-campanha da senadora Simone Tebet (MDB) à Presidência da República vai invocar a mensagem da esperança diante do atual cenário de desalento do País. A estratégia será adotada para dar tração ao nome da chamada terceira via e tentar romper a polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Uma pesquisa qualitativa encomendada pela Executiva Nacional do MDB identificou no eleitorado os sentimentos de decepção e angústia, algo mais marcante do que o registrado nas últimas disputas ao Palácio do Planalto. Associado principalmente ao aumento do custo de vida e a constantes ameaças de desemprego, o pessimismo agora aparece ao lado de sensações como solidão, instabilidade e abandono.

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O desencanto com a situação do Brasil e o seu impacto no cotidiano surgiram em observações de grupos de eleitores indecisos. O quadro de incerteza e frustração de sonhos e projetos, com aumento da miséria e da desigualdade social, impressionou o marqueteiro Felipe Soutello, da pré-campanha de Simone. "Desde os anos 1990 não vemos tanta tristeza e decepção em viver no Brasil, além de falta de expectativa de futuro. São as piores qualitativas em décadas", disse Soutello.

Para a maioria dos entrevistados, a responsabilidade pela crise não é somente da pandemia de covid-19, mas, sim, do chefe do Executivo. Feita recentemente, a pesquisa teve o objetivo de mensurar impressões de homens e mulheres de todas as regiões que ainda não têm certeza sobre quem escolher para o comando do País e podem mudar o voto.

A aliança em torno de Simone reúne o MDB, o PSDB e o Cidadania, grupo que se autointitula "centro democrático". Ainda desconhecida, a senadora passou de 2% para 1% das intenções de voto na mais recente pesquisa Datafolha, divulgada na semana passada.

A cúpula do MDB afirmou que, quando começar o horário eleitoral na TV e no rádio, a partir de agosto, Simone pode crescer. Eleitores sem convicção do voto buscam um candidato que represente uma novidade, mas não querem um "outsider" na política e temem um aventureiro. A alternativa, para eles, é um nome com experiência, sem suspeitas de corrupção, que transmita confiança e capacidade de unificar o País.

O MDB identificou que ter lançado uma candidata foi percebido como um diferencial, mas que ser mulher não basta. Parte dos eleitores procura um nome que demonstre competência para administrar, reduzir as desigualdades sociais e resolver problemas, como alta da inflação e desemprego. Não foi à toa que, em um dos comerciais do MDB, Simone disse que era necessário promover o acesso à "comida barata".

FADIGA

Estrategistas de outras campanhas ao Planalto também notaram o sentimento de fadiga por parte da população e tentam calibrar o discurso dos presidenciáveis. Segundo marqueteiros consultados pelo Estadão, foi possível notar nas propagandas do PL uma tentativa de mostrar Bolsonaro ao lado do povo, como alguém próximo das pessoas, e de vinculá-lo ao Auxílio Brasil.

Lula, por sua vez, aposta em mensagens como "cuidar de gente", em tom messiânico. Ciro Gomes (PDT) destaca ainda mais as críticas ao modelo econômico e ao "voo de galinha" do Brasil, que, na sua avaliação, impede a geração de empregos de qualidade e provoca aumento da pobreza.

Hoje, 33 milhões de pessoas passam fome no País. A inflação se mostra resistente. Já são dez meses com o IPCA-15, a prévia do índice oficial, acima de dois dígitos. Números divulgados pelo IBGE na sexta-feira passada marcam 12,04%. "Os dados (da qualitativa) são plausíveis. A maior parte dos indecisos está na faixa de zero a dois salários mínimos, um contingente mais vulnerável à inflação em alta, que reduz o seu já muito limitado poder aquisitivo", disse o cientista político Antônio Lavareda.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O PT decidiu expulsar os filiados com função de direção e mandatos no partido que declararem apoio à candidatura de Marília Arraes (Solidariedade) ao governo de Pernambuco. A decisão foi tomada em reunião na quarta-feira (1º). As medidas devem passar por várias instâncias, que terá processo aberto.

O PT e PSB fecharam uma aliança nessas eleições, tendo o deputado federal Danilo Cabral (PSB) como candidato ao governo e a deputada estadual Teresa Leitão (PT) ao Senado. O Partido Socialista Brasileiro vem pressionando o PT para tomar uma posição, tendo em vista a estratégia de Marília, ex-petista, que confunde os eleitores e dificulta o crescimento de Danilo nas pesquisas. O PSB prepara uma grande estratégia para quando a campanha começar e colocar o socialista no topo das pesquisas. 

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De acordo com o Blog de Jamildo, o PSB se incomodou com a dubiedade do PT e exigiu exclusividade da imagem de Lula em Pernambuco depois do evento de apoio do Solidariedade a Lula. Na comemoração, Marília Arraes colocou um chapéu de palha em Lula. "Nós já havíamos organizado um palanque duplo no estado (Humberto Costa e Eduardo Campos, em 2006). A gente sabia como era e agora a gente ia ser vítima do palanque duplo? No way", disse uma fonte ao Blog. 

A força de apoio de Lula a um candidato a governador em Pernambuco é expressiva e foi um dos motivos de o PSB apostar no petista. Já no caso de Bolsonaro o movimento é inverso nas pesquisas. 

O presidente Jair Bolsonaro aparecerá pela primeira vez, em cadeia nacional de rádio e televisão, nas inserções de seu partido, o PL, nesta quinta-feira (2). Um dos pilares da primeira campanha do mandatário, a preservação da família tradicional, será retomado também nas falas para as Eleições 2022. Em um dos trechos do “PL na TV”, o chefe de Estado surge conversando com jovens e os aconselhando a ouvir os pais.

A estratégia confronta a utilizada por adversários, que apostam na utilização da imagem de artistas e influenciadores digitais para atrair o público jovem.

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"Por que o pai e a mãe muitas vezes são chatos? Porque falam a verdade para vocês. E tem que ser assim. Os seus pais são os que dão a vida de verdade por você. Por que não ouvi-los? A família é a base da sociedade. Você vai se orgulhar, lá na frente, dessas pessoas que te botaram na linha lá atrás", afirma o presidente.

Bolsonaro termina o diálogo dizendo: “Sem pandemia, sem corrupção, com Deus no coração. Ninguém segura esta nação”. A frase final remete ao slogan “Ninguém segura este país”, usado no regime militar (1964-1985). O filme fecha com o letreiro: “Faça como o presidente Bolsonaro. Filie-se ao PL”.

Em cenas ainda não divulgadas, Bolsonaro surge na Capela São Pedro Nolasco, em Brasília. Em uma delas, o presidente conversa com um grupo de mulheres sobre a implementação do Auxílio Brasil e comemora com as beneficiárias o aumento no valor do benefício. De acordo com o Poder360, o slogan “Ninguém segura esse novo Brasil” deve ser utilizado nas diversas peças publicitárias planejadas pelo PL. A frase final remete ao slogan “Ninguém segura este país”, usado no regime militar (1964-1985).

 

No momento em que é fundamental robustecer as pré-campanhas para chegar forte ao segundo semestre, os interessados no Governo de Pernambuco adotaram a política do corpo a corpo cravar a participação no pleito. Seus perfis distintos convergem na estratégia de visitar regiões mais afastadas das suas bases eleitorais.

Líder na disputa com 28% das intenções de voto, segundo a pesquisa do Instituto Paraná do último dia 16, Marília Arraes (Solidariedade) defende um "novo Pernambuco" e eleva as críticas à atual gestão após a disputa à Prefeitura marcada por "baixaria", como definiu.

Marília e André de Paula no mercado da Madalena/Divulgação

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No movimento de ruptura com a Frente Popular, comandada pelo PSB, ela trouxe a aliança com André de Paula, pré-candidato ao Senado pelo PSD, e conquistou o apoio do PROS, partidos mais voltados à agenda conservadora. 

Com o bloco da situação a seu favor, Danilo Cabral (PSB) recebeu a chancela do próprio Lula (PT) e promete avanços ao estado no seu programa "Vamos juntos Pernambuco". Natural de Surubim, no Agreste, a distância para os eleitores da capital é equilibrada pela participação do prefeito João Campos em sua agenda.

Danilo e João Campos no Centro do Recife/Divulgação

Ainda na Região Metropolitana, Anderson Ferreira (PL) surge como a opção bolsonarista a disputa. Oriundo de uma família que atraiu o voto evangélico para escalar cargos políticos, ele evidencia a própria fé nos compromissos ao lado do ex-ministro do Turismo Gilson Machado. Juntos, usam o verde e amarelo para defender pautas mais conservadoras nos municípios visitados pela caravana "Simbora Mudar Pernambuco". 
Anderson e Gilson Machado em culto evangélico/Divulgação

De Petrolina, Miguel Coelho (União Brasil) fala em modernizar o acesso à informação para reduzir a burocracia e a má gestão do Governo. Com suporte do casal de deputados Romero Albuquerque e Andreza Romero, o pré-candidato se aproxima da capital com tarefa de apresentar os feitos que o reelegeram a prefeito com o maior índice do Nordeste. 

Miguel participa de evento com Romero Albuquerque no Recife/Divulgação

Raquel Lyra (PSDB) também tenta trazer o estado de volta a administração da direita e destaca o resgate do orgulho para anunciar o programa "Pernambuco pra Cima". Acompanhada por Priscila Krause (Cidadania), que dá sinais de que pode assumir a vice-candidatura, Raquel cobra a transparência nas contas públicas para uma sociedade mais igualitária e se apoia em símbolos culturais para construir uma estratégia mais identificada com o voto popular.
Raquel e Priscila na sede do Galo da Madrugada/Divulgação
 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende abrir espaço para o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) na cúpula de sua campanha ao Planalto. A ideia é que o vice na chapa tenha protagonismo, indicando três nomes para a equipe de plano de governo e mais dois para a coordenação política. Além do ex-governador, para reforçar o simbolismo de uma inflexão ao centro, a direção petista quer ainda atrair nomes históricos do PSDB, que permanecem filiados ao partido rival.

A ideia é arregimentar o apoio de tucanos que consideram prioridade uma aliança para derrotar o presidente Jair Bolsonaro mesmo que o PSDB mantenha candidatura própria ou se alie ao MDB e apoie oficialmente a senadora Simone Tebet (MS).

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A chapa presidencial foi lançada sem que tenham sido apresentadas propostas claras para um futuro governo que conciliem as diferenças entre petistas e alckmistas. A busca por novos apoios entre os tucanos seria um meio de afastar a ideia de que o acordo com o ex-governador seria algo para "inglês ver", uma mera aliança personalista.

PT e PSDB formaram a polarização hegemônica no período pós-redemocratização, com divergências significativas principalmente em relação às diretrizes econômicas. Lula defende que a presença de Alckmin nas decisões da campanha é importante para ter ao seu lado alguém que pensa diferente dos companheiros e possa, segundo apurou o Estadão, adverti-los quando estiver "fazendo bobagem". De acordo com petistas, o núcleo da campanha terá dois grupos: uma coordenação executiva enxuta e outra coordenação-geral, com os líderes dos partidos aliados.

"A expectativa é que o Geraldo tenha protagonismo na campanha, e não será só de fachada", disse o advogado e coordenador do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio Carvalho, que integra o círculo mais próximo de Lula. Este grupo no entorno do petista deve ter, além de Alckmin, Luiz Dulci - que cuidará da agenda do candidato -, a deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffman - coordenadora-geral da campanha -, Edinho Silva e Rui Falcão - que cuidarão da comunicação -, e os ex-governadores Wellington Dias e Jaques Wagner, responsáveis pelos contatos políticos. Interlocutores de Alckmin confirma as conversas com o PT para que o ex-governador esteja na cúpula da campanha.

TUCANOS - Além disso, petistas e alckmistas buscam atrair integrantes do PSDB que tenham peso na opinião pública, acesso aos meios de comunicação e ao mercado. Esses nomes tucanos são apontados, inclusive, como potenciais ministros ou colaboradores de um eventual governo: Aloysio Nunes, José Aníbal, Marconi Perillo, Arthur Virgílio, Tasso Jereissati e Rodrigo Maia. Há esperança ainda de se contar com o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em um possível segundo turno da disputa presidencial.

Há na cúpula petista um sentimento de resignação: integrantes da pré-campanha contabilizam o desconforto de terem menos espaço num a eventual gestão em troca da governabilidade. Já entre os tucanos, além da resistência que enxergam em seus eleitores, há ainda muita desconfiança sobre questões econômicas, como o compromisso do PT com responsabilidade fiscal e a divisão de responsabilidades no poder.

Mesmo assim, na sexta-feira, o primeiro desses tucanos - Aloysio Nunes Ferreira - assumiu ao Estadão o apoio a Lula já no primeiro turno. "O segundo turno já começou e eu não só voto no Lula como vou fazer campanha para ele no primeiro turno", disse Aloysio à coluna de Vera Rosa. Já houve encontros e conversas entre petistas e Aníbal e Jereissati.

"É difícil que o partido venha inteiro para nossa aliança, pois a legenda está nas mãos do (João) Doria e do Aécio (Neves)", disse Fernando Pimentel (PT), ex-governador de Minas, esteve com Lula na segunda-feira, em Belo Horizonte. "São importantíssimos, ainda que o apoio seja a título pessoal", afirmou Pimentel. Quando era prefeito de Belo Horizonte, Pimentel fez acordo com o PSDB liderado por Aécio, mas a aliança na eleição municipal de 2008 fracassou depois. Para ele, o apoio de Aloysio e de outros tucanos pode significar "participação em um futuro governo".

Por outro lado, petistas sabem que terão de enfrentar na campanha as acusações levantadas pela Lava Jato. Por isso, procuram manter afastados nomes envolvidos no mensalão, como José Dirceu.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A atriz e modelo americana Caprice Bourret revelou, durante entrevista, como faz para manter a chama do casamento acesa. Ela contou que paga para os filhos pequenos saírem de casa para que ela possa ter algumas horas de privacidade com o marido. Segundo a artista, o sexo é uma fundamental ferramenta de manutenção do relacionamento.

Em entrevista ao jornal Sun, Caprice disse que preza muito pela qualidade de sua vida sexual. Mãe de gêmeos de apenas oito anos, frutos de seu casamento com Ty Comfort, ela achou uma maneira de  ter momentos de privacidade com o marido. "Pago para os meus filhos saírem de casa para que eu possa fazer sexo por uma hora", disse.

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Segundo Caprice, as crianças também já entendem que o casal precisa ter alguns momentos a sós. Ela disse, também, que os meninos adoram o dinheiro que descolam nessas ocasiões. "Damos a eles algumas libras e pedimos para eles se perderem basicamente. Eles ficam felizes por terem dinheiro para os doces". 

 

O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), disse ao Estadão/Broadcast na quarta-feira (4) que a estratégia para aprovar no Congresso o Refis (parcelamento de débitos tributários) de médias e grandes empresas mudou, e a ideia agora é incluir a medida na reforma do Imposto de Renda que tramita no Senado. A proposta é incorporar a negociação de dívidas de pessoas físicas, como os débitos trabalhistas do e-Social.

Nos bastidores, a tentativa é vista como pressão da Câmara para o Senado aprovar a reforma do IR. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), admitiu a possibilidade de incluir o Refis no projeto que altera o IR, mas disse que as duas propostas são distintas e cobrou a análise do programa de renegociação de dívidas aprovado no Senado no ano passado e que está parado na Câmara.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O desenvolvimento da internet e das mídias possibilitou diversas oportunidades para o marketing dos negócios. Para apontar caminhos no relacionamento comercial por meio do marketing digital, a publicitária e gestora da Marenda Agência de Marketing e Comunicação, Tamires Virgílio, compartilha as tendências e mecanismos dessa crescente estratégia de vendas.

Com mais de oito anos no mercado publicitário, a empreendedora presta assessoria de marketing para clientes de diversos segmentos, com estratégias específicas para cada um deles a partir de estudos prévios do mercado.

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De acordo com Tamires, a presença digital é essencial, pois é por meio desse espaço on-line que o público verifica o histórico do negócio antes de contratar um serviço ou comprar um produto. “Ela é extremamente importante, uma vez que quase todos os clientes fazem no mínimo uma busca nas redes sociais quando desejam saber mais sobre determinada marca”, destaca a comunicadora. Veja na entrevista ao LeiaJá.

Estamos familiarizados com o termo, mas o que é marketing digital?

O marketing digital é um conjunto de estratégias e ações que são aplicadas ao ambiente digital: sites, redes sociais, aplicativos, e-mails, ou seja, a internet de forma geral. Ele possui similares e base no marketing tradicional, já que o objetivo principal continua sendo entender as necessidades dos clientes e criar desejos, porém possui particularidades e ferramentas diferentes. E com o crescimento da internet, vem apresentando também mudanças e terminologias diferentes. Me arrisco a dizer que o marketing digital ainda está em construção.

Por que é tão importante ter essa “presença digital”?

As pessoas estão cada dia mais na internet, seja para socializar, se divertir, estudar ou trabalhar. O crescimento da internet também tornou-se mais rápido. No caso dos negócios, estar na web é fundamental para estar mais próximo dos potenciais clientes e se comunicar com os atuais.

Com o intuito de fortalecer a relação com os clientes, como fidelizar o público on-line?

Fidelizar no marketing tradicional vem do princípio de conquistar o público, ao ponto que ele escolha a marca ou produto com referência para ele naquele determinado segmento. No marketing digital, acredito que será um conjunto de diversos aspectos, como a própria experiência no ponto de venda ou com o produto/serviço, o atendimento, pós-vendas e interação digital.

Para engajar com o seu cliente, como as marcas podem se posicionar na internet?

Não há um posicionamento único ou fórmula de bolo, pois o posicionamento da marca na internet precisa estar associado ao seu posicionamento como empresa. Por exemplo, se uma marca A vende para um nicho de calçados confortáveis, na internet, ela precisa conversar com este público-alvo. A persona, personagem fictício que ilustra o cliente ideal, neste caso deve ser muito bem definida para que todas as ações on-line estejam coerentes e alinhadas com o interesse deste tipo público, que no marketing digital vem sendo chamado de audiência.

As redes sociais são indispensáveis para as chamadas lojas virtuais, mas qual o seu potencial para os negócios físicos?

Ela é extremamente importante, uma vez que quase todos os clientes fazem no mínimo uma busca nas redes sociais quando desejam saber mais sobre determinada marca. Lá ele espera encontrar informações fornecidas pela própria marca e também comentários e avaliações de terceiros. Hoje, estar nas redes sociais aumenta a credibilidade e visibilidade da marca.

Como forma de atingir objetivos, quais as estratégias para vendas nos meios digitais?

Acredito que o caminho passa por quatro pilares que trarão a atenção do público e consequentemente a decisão de comprar com a aquela marca:

1- Definição correta da Persona: o que ele (cliente) deseja, quais os hábitos, comportamento, o que ele ouve, vê, pensa, etc;

2- Posicionamento alinhado com a identidade da empresa: deixar claro quem é a marca, qual o propósito, valores, quais os serviços, formas de entrega, condições de preço etc;

3 - Conteúdo relevante para audiência. Isto é, cada vez mais o público/audiência deseja não somente saber o que as marcas oferecem de produtos/serviços, mas como este determinado produto ou serviço pode trazer benefícios para o seu cotidiano. Por exemplo, uma determinada marca de leite light pode oferecer ao cliente, além dos atributos do produto, possíveis formas de usá-lo. Receitas, dicas de armazenamento, combinações, entre outros;

4- Investimento adequado em tráfego pago: a web possui diversas formas de publicidade e propaganda. Seja no google, nas redes sociais e até mesmo em sites específicos, é possível personalizar uma campanha de acordo com o produto, tempo, local e interesses.

Uma vez seguindo os passos anteriores é possível aumentar de forma considerável o alcance de uma propaganda. E o melhor, isso pode ser feito a partir de quantias pequenas.

Quais lições podem ser tiradas do cenário atual, uma vez que estamos passando por uma transformação digital?

Acredito que a principal lição é que devemos estar preparados para as mudanças que a tecnologia vem trazendo. As pessoas estão mudando, as formas de se relacionar também e toda a forma como o mercado se comporta é reflexo disso. Precisamos estar preparados para errar e errar rápido.

Por Gabriel Pires (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

A China declarou nesta sexta-feira (29) que seguirá adiante com a estratégia "covid zero", apesar da crescente frustração dos moradores de Xangai, confinados desde o início de abril e que protestam contra a política sanitária do governo com panelaços nas janelas.

O país enfrenta o foco mais grave da epidemia desde o início de 2020. Nas últimas 24 horas, o ministério da Saúde registrou mais de 15.500 novos casos de Covid-19.

Em Xangai, metrópole de 25 milhões de habitantes na região leste do país, as autoridades anunciaram nesta sexta-feira 52 mortes e afirmaram que as vítimas não estavam vacinadas.

A estratégia "covid zero" estipula o confinamento de bairros ou cidades após a detecção de casos de covid, uma quarentena para as pessoas que testam positivo, inclusive as assintomáticas, e testes em larga escala.

"É uma arma eficaz para prevenir e controlar a epidemia na China", afirmou o vice-ministro da Saúde, Li Bin.

"Nosso país é muito populoso, com desequilíbrios regionais em termos de desenvolvimento e uma falta de recursos médicos. Se relaxarmos e permitirmos que o vírus se propague, muitas pessoas serão infectadas", acrescentou.

A estratégia "covid zero" permitiu limitar o número de mortes por coronavírus no país, que oficialmente está abaixo de 5.000.

Mas os longos confinamentos pesam sobre a economia e o estado de ânimo da população, em um país de 1,4 bilhão de habitantes.

- Desafio logístico e panelaços -

Em Xangai, a cidade mais afetada, os habitantes reclamam que não têm acesso a verduras frescas ou carne em quantidades suficientes.

Vídeos divulgados nas redes sociais, que foram rapidamente censurados, mostraram moradores protestando com panelaços nas janelas e exigindo "suprimentos".

Uma moradora de Xangai disse à AFP, sob anonimato por temer possíveis represálias, que viu as imagens na internet. Depois de ouvir o barulho, ela se uniu ao panelaço.

"Vi muitos vídeos como este, enviados por pessoas que moram em diferentes bairros", contou.

A censura às imagens alimenta o descontentamento da população.

Mas o confinamento também representa um enorme desafio logístico, o de levar produtos a 25 milhões de pessoas, apesar da falta de entregadores.

Outro problema apontado por Liang Wannian, diretor da equipe de especialistas contra a covid do ministério da Saúde, é a taxa insuficiente de vacinação dos idosos na China.

A política inflexível também afetará o setor turístico durante o recesso de 1º de maio, que começa no sábado e dura cinco dias. O ministério dos Transportes prevê uma queda de 62% das viagens na comparação com 2021.

Para o presidente da Câmara de Comércio da União Europeia na China, Joerg Wuttke, o governo se guia apenas pela política de "covid zero, sem preocupação com a economia a curto prazo".

Wuttke disse que a política sanitária prosseguirá até o 20º Congresso do Partido Comunista da China, no fim de 2022, quando o presidente Xi Jinping deve obter o terceiro mandato à frente do regime.

"Não pode mudar o discurso (sobre a covid) tão perto do objetivo", opina.

Em um ato inusitado, o discurso final de cerimônia desta segunda-feira, 25, no Palácio do Planalto coube à primeira-dama Michelle Bolsonaro - e não ao presidente Jair Bolsonaro (PL), como de costume. O chefe do Executivo sequer se pronunciou no evento para marcar a conscientização da Fibrodisplasia Ossificante (FOP), uma doença rara.

A participação de Michelle vem no momento em que o comitê de campanha de Bolsonaro cobra mais participação da primeira-dama no governo e nas atividades políticas, como forma de reduzir a rejeição do presidente no eleitorado feminino. A solenidade no Planalto foi rápida e também contou com a presença do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

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Michelle agradeceu ao ministro "pelo olhar sensível" e por "ouvir as famílias" de quem tem o diagnóstico de FOP.

Em ato publicado hoje, o governo institui o Dia de Conscientização da Fibrodisplasia Ossificante (FOP), que será celebrado todo dia 23 de abril. "O diagnóstico precoce, na sala de parto ou nas primeiras consultas pediátricas, pode ajudar a reduzir o impacto da doença sobre a vida e desenvolvimento da criança", diz nota do ministério da Saúde.

Também conhecida como miosite ossificante progressiva, a FOP é uma doença incurável que incide uma em 1,4 milhão de pessoas na qual os músculos e o tecido conjuntivo são gradativamente substituídos por tecido ósseo.

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