Tópicos | etapa de Jeffreys Bay

Depois de dois dias de pausa, a etapa de Jeffreys Bay, na África do Sul, do Circuito Mundial de Surfe foi retomada com a realização da terceira fase neste sábado. E dos dez brasileiros presentes, seis avançaram às oitavas de final: Filipe Toledo, que busca o tricampeonato do evento, o bicampeão mundial Gabriel Medina, Italo Ferreira, Deivid Silva, Willian Cardoso e Peterson Crisanto. Já Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima perderam no sábado e deixaram a disputa feminina.

No terceiro duelo do dia, Medina somou 15,00 pontos contra 10,00 do norte-americano Griffin Colapinto. Seu rival nas oitavas de final vai ser o australiano Ryan Callinan, que bateu Yago Dora na quarta bateria por 13,10 a 11,33 pontos.

##RECOMENDA##

Logo na sequência, Adriano de Souza perdeu para o norte-americano Kolohe Andino, o vice-líder do ranking e que assumirá a ponta, que está com lesionado havaiano John John Florence, se conquistar mais um triunfo na África do Sul. E ele vai ser o próximo oponente de Deivid Silva, que superou o francês Jeremy Flores por 13,43 a 11,70.

Filipinho avançou de fase ao passar pelo sul-africano Michael February, o convidado desta etapa, por 14,77 a 10,40 pontos. Agora, terá pela frete Willian Cardoso, que venceu o também brasileiro Michael Rodrigues. Peterson Crisanto encarou outro novato e passou por Seth Moniz, do Havaí. Nas oitavas, seu rival será o japonês Kanoa Igarashi.

Já Caio Ibelli perdeu para o 11 vezes campeão mundial Kelly Slater, que será o adversário nas oitavas de final de Italo Ferreira, que derrotou o australiano Jack Freestone.

A terça-feira foi bastante agitada na etapa de Jeffreys Bay, na África do Sul, do Circuito Mundial de Surfe. Em um dia de brilho do brasileiro Gabriel Medina e do local Jordy Smith nas ondas, o evento precisou ser paralisado por causa da presença de tubarões em uma das baterias da quarta fase.

Smith, o brasileiro Filipe Toledo e o australiano Julian Wilson se enfrentavam quando foi emitido um alerta de que tubarões estavam se aproximando da área onde os surfistas competiam. A organização, então, mandou barcos e jet skis para á água. E com a confirmação da presença dos tubarões, optou por paralisar a bateria e também o evento, que passará por nova chamada nesta quarta-feira, quando será decidido pela sequência ou não da etapa sul-africana.

##RECOMENDA##

Esta, aliás, não foi a primeira vez que a presença de tubarões ocorre durante a competição em Jeffreys Bay. Em 2015, o próprio Smith e Mick Fanning se enfrentavam na final da etapa quando o australiano precisou se defender para evitar um ataque de tubarão. Desde então, a organização do campeonato vem apostando na tecnologia para evitar novos incidentes e evitar que os surfistas corram novos riscos.

Quando a bateria foi paralisada nesta terça-feira, a cerca de dez minutos do fim, Smith liderava com 11,67 pontos. Filipinho somava 10,43, enquanto Wilson estava com 8,80. A organização, porém, ainda vai definir se a disputa será retomada do momento onde foi paralisada ou do começo.

Antes, Smith já havia brilhado na terceira fase ao conseguir uma bateria perfeita, com duas notas 10, tendo superado o italiano Leonardo Fioravanti, com 16,17. Já Filipinho não havia precisado surfar nessa fase, pois o seu rival, o multicampeão Kelly Slater, deixou o evento com uma grave lesão.

Quem também se destacou nesta terça-feira foi Gabriel Medina, que conquistou duas vitórias para avançar às quartas de final em Jeffreys Bay. Primeiro, o brasileiro superou o australiano Bebe Durbidge por 15,83 a 12,87. Depois, fez ainda melhor, com duas notas acima de 9, para somar 18,74 e superar o francês Joan Duru, com 16,07, e Owen Wright, com 13,10.

Duru, aliás, foi o algoz de Adriano de Souza, o Mineirinho, na terceira fase, com 15,50 a 14,40. Nesta mesma fase, Caio Ibelli perdeu para o australiano Mick Fanning (14,24 a 12,67), Jadson André foi superado pelo havaiano John John Florence (18,27 a 9,94) e Italiano Ferreira caiu para Michael Bourez, da Polinésia Francesa (16,73 a 16,07).

Gabriel Medina e Adriano de Souza, o Mineirinho, estrearam na etapa de Jeffreys Bay do Circuito Mundial de Surfe, com boas vitórias neste sábado. Surfando nos tubos das grandes ondas da praia sul-africana, eles fizeram valer o adiamento na abertura da etapa. Medina foi o maior destaque do dia, ao anotar a maior nota: 9,93.

Medina levou a melhor em sua bateria ao anotar 18,83, contra 9,17 do compatriota Caio Ibelli e 14,77 do australiano Stuart Kennedy. Medina se destacou em uma de suas últimas ondas, ao pegar um tubo. A manobra, que parecia improvável, surpreendeu até os narradores da prova, que já esperavam pela queda do brasileiro ao longo da onda.

##RECOMENDA##

Com a vitória, o campeão mundial de 2014 se garantiu direto na terceira fase da etapa sul-africana. Ele terá a companhia de Mineirinho, que também precisou superar um compatriota para avançar. O campeão de 2015 marcou 13,83, contra 13,73 do português Frederico Morais e 12,57 do brasileiro Jadson André.

Outro brasileiro a avançar direto à terceira fase foi Italo Ferreira. Ele obteve 15,27 em sua bateria e deixou para trás o italiano Leonardo Fioravanti, com 11,24, e o norte-americano Kolohe Andino, com 7,83.

Por outro lado, Jadson André, Miguel Pupo, Filipe Toledo, Caio Ibelli, Ian Gouveia e Wiggolly Dantas terão que disputar a primeira repescagem da etapa de Jeffreys Bay.

Wiggolly e Pupo foram superados pelo australiano Joel Parkinson, enquanto Ian Gouveia caiu diante do havaiano John John Florence, atual campeão mundial. Filipinho, por sua vez, foi derrotado pelo taitiano Michel Bourez.

A próxima chamada da etapa de Jeffreys Bay está marcada para as 2h15 (horário de Brasília) da manhã deste domingo.

Com a presença de dez brasileiros, a etapa de Jeffreys Bay do Circuito Mundial de Surfe terá segurança reforçada, ainda mais depois do episódio envolvendo um ataque de tubarão ao atleta australiano Mick Fanning na edição do ano passado. Ele conseguiu se salvar, mas a WSL (Liga Mundial de Surfe) quer evitar a todo custo um novo episódio como aquele.

Houve, inclusive, uma conversa com os surfistas para definir se a etapa seria mantida no calendário. O brasileiro Gabriel Medina, por exemplo, não queria voltar lá. Mas o próprio Fanning fez questão de dar seu aval para o J-Bay Open e, mesmo machucado no tornozelo, vai para a competição na África do Sul.

##RECOMENDA##

Renato Hickel, comissário do Circuito Masculino, lembra que o surfe é praticado na região há pelo menos seis décadas e as competições naquela praia são realizadas desde os anos 1980. "Nunca tinha tido um ataque de tubarão lá. O único caso fatal foi de um nadador, que estava a meio quilômetro da praia. No pico onde se surfa, nunca houve ataque. Já vi tubarão passando, como vi foca, orca. O único caso registrado foi o do Mick Fanning", conta.

Na final do ano passado, quando enfrentava Julian Wilson, Fanning aguardava a chegada das ondas quando um tubarão, que estava passando por ali, acabou ficando preso na corda que os atletas usam para ficarem ligados à prancha. Quando o animal se sentiu acuado, mordeu para se livrar. Por sorte o surfista não se machucou.

Para Hickel, a confirmação de presença do tricampeão mundial e outros atletas do circuito na etapa é importante. "Todos eles estão comprometidos em comparecer. O surfista, mais do que ninguém, entende que o meio que a gente compete é um hábitat de vida marinha. Se não for para lá, não vai para vários lugares", lembra.

A WSL sempre manteve o compromisso de colocar os melhores surfistas nas melhores ondas do mundo. Com isso, algumas etapas correm o risco de ter a presença de tubarões. "Os oceanos são dinâmicos, é um campo de ação perigoso, e tubarões fazem parte desse ecossistema", continua, citando ainda Margaret River, na Austrália, como outro local que os animais costumam aparecer.

Para garantir a segurança dos atletas, a WSL investiu bastante. Só para o uso da Clever Buoy, uma boia inteligente que conta com sonar para detectar a presença de animais no perímetro da competição, foram gastos US$ 40 mil (cerca de R$ 129 mil). "Um dos melhores elementos da efetividade dessa boia inteligente é que ela avisa uma série de pessoas via aplicativo. Vamos ter instalado nos nossos celulares", explica.

Além dessa boia inteligente, outra novidade que será usada na etapa é o patrulhamento aéreo. Em um avião pequeno, o piloto sobrevoará a área nos dias de competição para verificar a presença de tubarões. Esse tipo de aeronave é usado para fazer a vigilância em regiões de caça ao rinoceronte.

"Também vamos aumentar a segurança na água com mais barcos e um piloto de jet ski para cada atleta, ou seja, ninguém entra remando, ou se o mar estiver pequeno, o atleta será escoltado até onde a onda quebra. Cada um terá seu piloto particular", avisa Hickel.

Ele espera que a competição, que começa na madrugada desta quarta-feira, às 2h30 (horário de Brasília), e tem prazo para terminar até o dia 17, transcorra sem sustos. E torce para tudo dar certo. "A gente sabe que todas essas tecnologias estão em fase de teste. A WSL está engajada na busca por tecnologias que estão aparecendo no mercado e que possam diminuir o potencial de ataque por vida marinha. Mas não existe no mercado uma tecnologia que seja 100% eficiente", conclui.

Após um péssimo desempenho na primeira rodada da etapa de Jeffreys Bay, na África do Sul, do Circuito Mundial de Surfe, na última sexta-feira, quando seus nove competidores foram derrotados, o Brasil reagiu na retomada da disputa. Nesta segunda, seis representantes do País avançaram da repescagem para a terceira fase - ainda que Italo Ferreira tenha sido eliminado na sequência.

Líder do ranking, Adriano de Souza avançou na repescagem ao derrotar o sul-africano Slade Prestwich por 14,33 a 13,04. Na terceira fase, o seu oponente vai ser o norte-americano Dane Reynolds.

##RECOMENDA##

Filiipe Toledo, segundo colocado na classificação geral, passou pelo sul-africano Michael February por 12,00 a 8,00. Agora ele fará um duelo brasileiro com Alejo Muniz, que bateu o australiano Taj Burrow por 18,13 a 15,83.

Gabriel Medina venceu por 16,00 a 10,44 o irlandês Glenn Hall, seu algoz na etapa da Gold Coast. O australiano Matt Wilkinson será o seu adversário na terceira fase em Jeffrey Bay.

Italo Ferreira superou o havaiano Dusty Payne por 15,96 a 15,16 na repescagem. Porém, na sua bateria pela terceira fase, o brasileiro perdeu para o australiano Kai Otton por 15,50 a 12,83. Em um duelo de compatriotas, Wiggolly Dantas venceu Miguel Pupo por 17,77 a 15,23. Seu oponente na terceira fase vai ser o australiano Joel Parkinson.

Tomas Hermes foi eliminado pelo australiano Owen Wright (16,17 a 13,77). Em uma bateria de alto nível. Jadson André foi superado pelo australiano Kai Otton por 18,10 a 17,07.

A etapa de Jeffreys Bays do Circuito Mundial de Surfe está prevista para ser retomada nesta terça-feira, desde que as condições do mar sejam boas.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando