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Desde a época em que Jake Price se tornou professor, o Wolfram Alpha, um site que resolve problemas algébricos online, vem ameaçando tornar obsoleto o dever de casa de álgebra.

Os professores aprenderam a lidar com isso, segundo Price, professor assistente de matemática e ciência da computação na Universidade de Puget Sound. Mas agora há um novo auxiliar de dever de casa a ser enfrentado: ferramentas de inteligência artificial generativa, como o ChatGPT.

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Price não considera o ChatGPT uma ameaça, e não está sozinho. Alguns professores de matemática consideram que a inteligência artificial, quando usada corretamente, pode ajudar a fortalecer o ensino de matemática. E isso vem em um momento em que as notas de matemática estão em níveis historicamente baixos e os educadores se perguntam se a matéria deveria ser ensinada de outra forma.

A inteligência artificial pode servir como professor particular, dando um retorno imediato ao aluno que enfrenta dificuldades em um problema. Pode ajudar os professores a planejar aulas de matemática, ou elaborar problemas de matemática voltados para níveis variados de instrução. Pode mostrar exemplos de código para novos programadores, permitindo que eles avancem na tarefa de aprender a escrever códigos básicos.

Enquanto escolas nos EUA discutem proibir chatbots de inteligência artificial, alguns professores de matemática e ciência da computação os adotam como mais uma ferramenta.

"A matemática sempre evoluiu à medida que a tecnologia foi evoluindo", diz Price. Cem anos atrás, as pessoas usavam réguas de cálculo e faziam todas as multiplicações usando tabelas logarítmicas. Então, vieram as calculadoras.

Price busca garantir que os alunos tenham as habilidades necessárias para resolver os problemas por conta própria. Ele então discute as limitações das tecnologias que eles podem se sentir tentados a usar quando chegarem em casa.

"Computadores são muito bons em fazer coisas entediantes", diz Price. "Não precisamos fazer todas as coisas entediantes. Podemos deixar o computador fazer. E então podemos interpretar a resposta e pensar no que ela nos diz sobre as decisões que precisamos tomar."

Ele quer que seus alunos gostem de procurar padrões, ver como os diferentes métodos podem resultar em respostas diferentes, ou iguais, e como interpretar essas respostas para ajudar na tomada de decisões.

Min Sun, professora de educação da Universidade de Washington, acha que os alunos deveriam usar os chatbots como professores particulares. Se os alunos não entendem uma operação matemática, podem pedir ao ChatGPT para explicar e dar exemplos.

Ela espera que os professores usem o ChatGPT como seu próprio assistente: para planejar aulas de matemática, dar retorno aos alunos e se comunicar com os pais.

Os professores também podem pedir ao ChatGPT recomendações de problemas de matemática adequados a alunos com variados níveis de domínio do conceito, diz. Isso é especialmente útil para professores que são novos na profissão ou têm alunos com necessidades variadas, explica Sun.

"Ele dá algumas ideias iniciais e possíveis áreas problemáticas para os alunos, para que eu possa me preparar melhor antes de entrar em sala de aula", diz Sun.

Um ano atrás, se perguntassem a Daniel Zingaro como ele avalia os alunos de sua disciplina introdutória de ciência da computação, ele diria: "Pedimos a eles para escrever código".

Mas, hoje em dia, a resposta seria bem mais complexa, segundo Zingaro, professor associado da Universidade de Toronto.

Zingaro e Leo Porter, professor de ciência da computação na Universidade da Califórnia em San Diego, são autores do livro Learn AI-Assisted Python Programming with GitHub Copilot and ChatGPT ("Aprenda programação em Python assistida por IA com GitHub Copilot e ChatGPT"). Eles consideram que a inteligência artificial pode permitir que as aulas introdutórias de ciência da computação abordem conceitos gerais.

Muitos alunos novatos têm dificuldade para escrever código simples, dizem Porter e Zingaro. Eles não conseguem seguir para questões mais avançadas, e muitos ainda não conseguem escrever código simples depois de terminar a disciplina.

"Não é só desinteressante, é frustrante", explica Porter. "Eles estão tentando construir alguma coisa, e aí esquecem um ponto e vírgula e perdem três horas tentando encontrar o ponto e vírgula que está faltando", ou qualquer outro elemento de sintaxe que impeça a execução correta do código.

Chatbots não cometem esses erros, e permitem que os professores de ciência da computação passem mais tempo ensinando habilidades de nível mais alto.

Os professores agora pedem aos alunos para pegar um problema grande e dividir em questões ou tarefas menores que o código precise resolver. Eles também pedem aos alunos para testarem e depurarem o código depois de escrito.

"Se pensarmos de forma mais ampla sobre o que queremos que nossos alunos façam, queremos que eles escrevam programas que façam sentido para eles", diz Porter.

Magdalena Balazinska, diretora da Escola de Ciência e Engenharia da Computação Paul G. Allen, na Universidade de Washington, também acolhe os avanços que a inteligência artificial vem fazendo.

"Com o apoio da IA, engenheiros humanos de software podem se concentrar na parte mais interessante da ciência da computação: responder às grandes questões de design de software", diz Balazinska. "A IA permite que as pessoas se concentrem no trabalho criativo."

Nem todos os professores da área acham que a inteligência artificial deveria ser integrada ao currículo. Mas Zingaro e Porter defendem que a leitura de grande volume de código gerado por inteligência artificial não parece trapaça. Pelo contrário, é assim que os alunos vão aprender.

"Acho que muitos programadores leem bastante código, assim como acredito que os melhores escritores leem muito texto", diz Zingaro. "Acho uma forma muito poderosa de aprendizado."

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O Education Reporting Collaborative (Colaboração de Jornalismo da Educação), uma união entre oito redações jornalísticas, está documentando a crise de matemática enfrentada pelas escolas americanas e destacando os avanços. Os integrantes da Colaboração são: AL.com, The Associated Press, The Christian Science Monitor, The Dallas Morning News, The Hechinger Report, Idaho Education News, The Post and Courier no estado da Carolina do Sul, e The Seattle Times.

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A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou hoje um pacote de ajuda militar de US$ 14,3 bilhões para Israel, proposto pelos republicanos. O episódio dá início a um embate legislativo com os democratas, complicado por crescentes divergências em torno de assistência à Ucrânia e de debates sobre como melhorar a segurança da fronteira do país.

A medida foi aprovada por 226 a 196 votos, numa votação em grande parte orientada pelos partidos, que mascarou um amplo apoio subjacente dos EUA ao envio de armas e financiamento a Israel.

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O projeto de lei da Câmara é controverso porque também retira dinheiro da Receita americana e ignora o de financiamento à Ucrânia feito pelo governo Biden. Senadores democratas alertam que o texto não será aprovado na Casa, e o presidente Biden alertou que vetará a medida se ela chegar à mesa dele.

A votação marcou um primeiro teste da habilidade do novo presidente da Câmara, o republicano Mike Johnson, de manter unida a sua bancada e atrair algum apoio dos democratas da Casa. Doze democratas votaram a favor da medida, enquanto dois republicanos se alinharam ao partido e se opuseram ao texto.

Os republicanos esperavam que o projeto aumentasse a pressão sobre o Senado, controlado pelos democratas, que está trabalhando para aprovar um projeto de lei de gastos emergenciais muito maior - de US$ 106 bilhões, incluindo os US$ 14,3 bilhões para Israel - que inclui financiamento a Ucrânia, Taiwan, bem como à segurança fronteiriça americana e prioridades domésticas, como auxílio financeiro no caso de desastres, cuidados para crianças e serviços de banda larga para famílias de baixa renda.

O impasse pode levar a uma batalha maior em torno das despesas federais, com o Congresso americano enfrentando o prazo do dia 18 de novembro para evitar um shutdown do governo. Alguns parlamentares disseram que o pacote de ajuda externa poderá acabar sendo resolvido quando o Congresso também tiver de aprovar o financiamento do governo.

Um casal de ciclistas morreu após ser atingido por um pedaço de madeira que se desprendeu de um caminhão. O acidente aconteceu na última terça-feira (24) no estado da Califórnia, nos Estados Unidos.

As vítimas identificadas como Christian, de 52 anos, e Michelle Deaton, de 48 anos, eram casados há mais de 20 anos. Eles foram atingidos pela madeira enquanto pedalavam suas bicicletas. O material se soltou do veículo que estava a 64 km/h.

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Christian, morreu no local e sua esposa faleceu ao chegar em um hospital da região.

O motorista de 55 anos, que não teve a identidade divulgada, permaneceu no local durante a investigação do sinistro de trânsito. Até o momento, autoridades do país não informaram se o condutor enfrenta alguma acusação criminal na Justiça.

A polícia do Maine, nos Estados Unidos, confirmou a morte de 18 pessoas em um ataque a tiros na noite desta quarta-feira, 25, em Lewiston. O atirador responsável pelo ataque está foragido e é procurado por policiais locais e federais. As autoridades afirmam que ele está fortemente armado e impuseram um lockdown na cidade.

Os policiais fecharam cidades inteiras e o campus do Bates College durante a busca e orientaram moradores a se abrigar no local por segurança e não se aproximar do suspeito em nenhuma hipótese. Ele foi identificado como Robert Card, de 40 anos.

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"Por favor, fiquem dentro de suas casas com as portas trancadas", pediu a polícia do Maine aos moradores da região. Até o momento, a polícia encontrou um carro branco, que acredita ter sido utilizado pelo assassino, no distrito de Lisbon, a 11 km de distância de Lewiston.

De acordo com várias fontes policiais, cerca de 60 pessoas ficaram feridas no ataque, embora não esteja claro quantas ficaram feridas devido aos tiros.

O Gabinete do Xerife do Condado de Androscoggin, em Lewiston, disse em um comunicado publicado nas suas redes sociais que um suspeito continua foragido. "Estamos encorajando todas as empresas a encerrar seus locais ou fecharem enquanto investigamos", disse o comunicado. Segundo o Xerife Eric Samson, os policiais localizaram o veículo do suspeito em Lisbon - uma cidade a cerca de 11 km a sudeste de Lewiston - e o cercaram, mas o suspeito não estava dentro do carro.

O atirador foi primeiro na Sparetime Recreation, uma pista de boliche, onde atirou contra dezenas de clientes que estavam no local. Em seguida, ele foi para o bar e restaurante Schemengees Bar & Grille.

Justin Juray, proprietário da pista de boliche, descreveu a cena como um "caos total". A pista de boliche fica a cerca de 6 km do bar.

Atirador 'ouvia vozes'

A polícia identificou o suspeito como Robert Card, 40 anos, um instrutor de tiro que estava na Reserva do Exército e havia passado por uma instalação de treinamento em Saco, no Maine.

O atirador havia sido internado num centro psiquiátrico durante duas semanas, em junho deste ano, de acordo um relatório obtido pela agência Associated Press. O documento revela que o suspeito do ataque dizia "ouvir vozes" e já havia ameaçado abrir fogo contra uma base militar. O documento não fornecia detalhes sobre seu tratamento ou condição.

O presidente dos EUA, Joe Biden, conversou por telefone com a governadora do Maine, Janet Mills, com os legisladores Sens, Angus King e Susan Collins, e o deputado Jared Golden oferecendo "total apoio federal após esse terrível ataque", informou a assessoria de imprensa da Casa Branca. O gabinete de King disse em um comunicado que ele está indo para o Maine em um dos primeiros voos disponíveis para oferecer apoio.

O prefeito de Lewiston, Carl Sheline, afirmou estar "com o coração partido por nossa cidade e nosso povo" em uma declaração após o ataque, informou a mídia local. "Lewiston é conhecida por sua força e coragem, e precisaremos de ambas nos dias que virão", disse ele.

O Maine Medical Center em Portland, que possui o centro de trauma mais avançado do estado, confirmou que recebeu um paciente transferido de um hospital de Lewiston após os ataques. Em um comunicado, o centro disse que notificou a equipe de plantão e criou uma capacidade de atendimento crítico e sala de cirurgia "em antecipação a possíveis transportes de pacientes provenientes do ataque a tiros de Lewiston esta noite".

Devido ao que eles descrevem como uma situação dinâmica, o centro e outros hospitais da MaineHealth fecharam seus campi para funcionários não hospitalares e não pacientes até novo aviso, disse o comunicado.

O atirador parecia estar empunhando um fuzil do tipo AR-15, de acordo com fotos fornecidas pelas autoridades policiais. Aparentemente, o fuzil está equipado com uma mira ótica e um dispositivo que mantém dois carregadores de fuzil juntos, um dentro da arma e o outro ao lado, para recarga mais rápida. Armas de fogo semiautomáticas, como os fuzis do tipo AR-15, podem disparar tão rápido quanto o atirador consegue puxar o gatilho.

Ponto de encontro entre famílias

Um centro de reunificação para amigos e familiares procurarem seus entes queridos foi aberto na Auburn Middle School, disseram as autoridades, observando que conselheiros estariam no local para dar apoio.

Segundo o prefeito de Auburn, Jason Levesque, a escola é um "lugar mais feliz agora", onde testemunhas estão se reunindo com familiares preocupados. "Mas, do outro lado da felicidade", acrescentou, "você está vendo a agitação e o trauma pelos quais eles estão passando, especialmente as testemunhas". (Com agências internacionais)

Um ataque a tiros deixou pelo menos 22 pessoas mortas em uma pista de boliche e em um bar em Lewiston, no Estado de Maine, nos Estados Unidos, na noite de quarta-feira (25). De acordo com várias fontes policiais, cerca de 60 pessoas ficaram feridas no ataque, embora não esteja claro quantas ficaram feridas devido aos tiros.

O Gabinete do Xerife do Condado de Androscoggin, em Lewiston, disse em um comunicado publicado nas suas redes sociais que um suspeito continua foragido. "Estamos encorajando todas as empresas a encerrar seus locais ou fecharem enquanto investigamos", disse o comunicado. Segundo o Xerife Eric Samson, os policiais localizaram o veículo do suspeito em Lisbon - uma cidade a cerca de sete milhas a sudeste de Lewiston - e o cercaram, mas o suspeito não estava dentro do carro.

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O atirador foi primeiro na Sparetime Recreation, uma pista de boliche, onde atirou fatalmente em pelo menos sete pessoas, antes de seguir para o bar e restaurante Schemengees Bar & Grille, onde cometeu os outros assassinatos, informou o Departamento de Polícia no Facebook. Justin Juray, proprietário da pista de boliche, descreveu a cena como um "caos total". A pista de boliche fica a cerca de 6 km do bar.

Um boletim policial identificou Robert Card, 40 anos, como uma pessoa de interesse no ataque. Card foi descrito como um instrutor de armas de fogo que se acredita estar na Reserva do Exército e designado para uma instalação de treinamento em Saco, Maine.

O documento, que circulou entre as autoridades policiais dizia que Card havia sido internado em um centro de saúde mental por duas semanas no verão de 2023. O documento não fornecia detalhes sobre seu tratamento ou condição, mas dizia que Card havia relatado "ouvir vozes e ameaças de atirar na base militar". Um número de telefone listado para Card em registros públicos não estava em serviço.

O presidente Joe Biden conversou por telefone com a governadora do Maine, Janet Mills, com os legisladores Sens, Angus King e Susan Collins, e o deputado Jared Golden oferecendo "total apoio federal após esse terrível ataque", informou a assessoria de imprensa da Casa Branca. O gabinete de King disse em um comunicado que ele está indo para o Maine em um dos primeiros voos disponíveis para oferecer apoio.

O prefeito de Lewiston, Carl Sheline, afirmou estar "com o coração partido por nossa cidade e nosso povo" em uma declaração após o ataque, informou a mídia local. "Lewiston é conhecida por sua força e coragem, e precisaremos de ambas nos dias que virão", disse ele.

O Maine Medical Center em Portland, que possui o centro de trauma mais avançado do Estado, confirmou que recebeu um paciente transferido de um hospital de Lewiston após os ataques. Em um comunicado, o centro disse que notificou a equipe de plantão e criou uma capacidade de atendimento crítico e sala de cirurgia "em antecipação a possíveis transportes de pacientes provenientes do ataque a tiros de Lewiston".

Devido ao que eles descrevem como uma situação dinâmica, o centro e outros hospitais da MaineHealth fecharam seus espaços para funcionários não hospitalares e não pacientes até novo aviso, disse o comunicado.

O suposto atirador parecia estar empunhando um fuzil do tipo AR-15, de acordo com fotos fornecidas pelas autoridades policiais. Aparentemente, o fuzil está equipado com uma ótica e um dispositivo que mantém dois carregadores de fuzil juntos, um dentro da arma e o outro ao lado, para recarga mais rápida. Armas de fogo semiautomáticas, como os fuzis do tipo AR-15, podem disparar tão rápido quanto o atirador consegue puxar o gatilho.

Ponto de encontro entre famílias

Um centro de reunificação para amigos e familiares procurarem seus entes queridos foi aberto na Auburn Middle School, disseram as autoridades, observando que conselheiros estariam no local para dar apoio. (Com agências internacionais)

Um engavetamento com 158 veículos na segunda-feira (23) resultou na morte de pelo menos sete pessoas e deixou outras 25 feridas na Interestadual 55, perto de Nova Orleans (EUA). Equipes trabalharam até a manhã desta terça (24) para limpar os destroços dos veículos envolvidos no acidente, que foi causado por um "super nevoeiro" de fumaça de incêndio em área de pântano e neblina densa.

Segundo a Polícia Estadual da Louisiana, o número de mortos poderá aumentar à medida que os socorristas procurassem por vítimas.

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Os acidentes começaram antes das 9h da manhã de segunda-feira e houve vários ao longo de uma extensão de um quilômetro da rodovia, disse a sargento Kate Stegall, da Polícia Estadual da Louisiana, em entrevista coletiva. Esperava-se que a rodovia permanecesse fechada pelo menos até que a ponte pudesse ser inspecionada quanto a danos na terça-feira durante a luz do dia, afirmou Stegall.

Os acidentes deixaram uma longa fila de carros, caminhões e caminhões de carga amassados e chamuscados. Veículos foram esmagados, empilhados uns sobre os outros e envolvidos pelas chamas. Algumas pessoas saíram de seus veículos e ficaram na beira da estrada ou nos tetos de seus carros olhando incrédulas para o desastre, enquanto outras clamavam por ajuda.

Clarencia Patterson Reed, 46 anos, estava indo para Manchac com sua mulher e sobrinha e viu pessoas acenando para ela parar, mas uma vez que ela parou, outros dois veículos bateram em seu carro por trás e pela lateral, ela disse à Associated Press. Patterson Reed conseguiu sair pelo lado do carro, mas sua esposa ficou presa dentro do veículo com a perna e a lateral do corpo feridas. Outros se aproximaram para ajudar, disse ela. "Eu só agradeço a Deus", disse. "Houve uma fatalidade alguns carros à nossa frente." Patterson Reed podia ver a fila de carros destroçados e ouvir os carros continuando a colidir.

Veículos queimados após acidente na Interestadual 55, perto de Nova Orleans Foto: LOUISIANA STATE POLICE / AFP

Outro motorista, Christopher Coll, disse que já estava freando quando uma caminhonete "subiu em cima de meu reboque de trabalho e me levou para passear". Coll conseguia sentir o cheiro de fumaça enquanto ouvia o som de carros batendo e pneus estourando. Ele conseguiu chutar a porta do passageiro para escapar e depois ajudou outros, retirando uma pessoa pela janela do carro. Enquanto 25 pessoas foram levadas para o hospital, com ferimentos que variam de leves a críticos, outras buscaram ajuda médica por conta própria, disseram as autoridades.

O governador da Louisiana, John Bel Edwards, pediu orações "pelos feridos e mortos" na segunda-feira e fez um apelo por doadores de sangue para repor os estoques em queda. A Polícia Estadual da Louisiana compartilhou fotos aéreas em sua página no Facebook mostrando os carros acidentados e detritos extensos em ambas as pistas da interestadual elevada.

Até a tarde de segunda-feira, os policiais ainda estavam trabalhando "para notificar as famílias, investigar as causas exatas dos acidentes" e coordenar com o departamento de transporte do estado para inspecionar a ponte, disse a Polícia Estadual da Louisiana em uma postagem nas redes sociais.

O tráfego ficou parado por quilômetros em ambas as direções na I-55. A falta de visibilidade também levou a fechamentos de partes da Interestadual 10 e dos 39 quilômetros da Pontchartrain Causeway no Lago Pontchartrain. Ônibus escolares foram chamados para transportar os motoristas presos nos locais do acidente.

Ao meio-dia, a polícia estadual disse aos repórteres no local que um veículo passou sobre o guarda-corpo da rodovia e caiu na água, mas o motorista escapou ileso. O Serviço Nacional de Meteorologia disse que um aviso de nevoeiro denso estaria em vigor até a manhã de terça-feira para as paróquias próximas aos lagos Pontchartrain e Maurepas. Fonte: Associated Press.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, agradeceu nesta sexta-feira (20) o "discurso poderoso" de seu homólogo dos Estados Unidos, Joe Biden, que pediu na quinta-feira mais apoio de Washington ao país que está em guerra contra a Rússia.

"O investimento dos Estados Unidos na defesa da Ucrânia garantirá a segurança da Europa e do mundo a longo prazo", afirmou Zelensky na rede social X.

Biden anunciou na quinta-feira em um discurso que solicitará ao Congresso que aprove em caráter de urgência financiamentos de ajuda para Israel e Ucrânia.

Os Estados Unidos estarão mais seguros "por gerações" se ajudarem esses dois países em guerra, insistiu o presidente americano em uma mensagem incomum à nação direto do Salão Oval da Casa Branca

"O Hamas e Putin representam ameaças diferentes, mas têm algo em comum: ambos querem aniquilar completamente uma democracia vizinha", acrescentou.

Desde que a Rússia iniciou a invasão em fevereiro de 2022, Estados Unidos e União Europeia são apoios cruciais para a Ucrânia e forneceram bilhões de dólares em ajuda financeira e militar.

No campo de batalha, o Exército ucraniano afirmou nesta sexta-feira que impediu um novo ataque russo na cidade industrial de Avdiivka, leste do país, que as tropas de Moscou tentam controlar há vários dias.

"O inimigo reiterou os ataques e não abandona as tentativas de cercar Avdiivka", anunciou o Estado-Maior ucraniano no Facebook.

"Nossos soldados resistem de maneira firme nas linhas de defesa", acrescentou. O Exército russo perdeu quase 900 homens e 150 veículos blindados foram destruídos na região nas últimas 24 horas, acrescentou o Estado-Maior ucraniano.

A Netflix anunciou nesta quarta-feira (18) que vai encerrar o plano básico para novos assinantes da plataforma em diversos países, incluindo o Brasil. A decisão deve ter efeito a partir da semana que vem, ainda sem data fixada.

Com isso, a Netflix vai deixar apenas três possibilidades de planos no Brasil: padrão com anúncios (R$ 18,90), padrão (R$ 39,90) e premium (R$ 55,90) - apenas este possui resolução de transmissão em 4K, a mais alta oferecida pela companhia, enquanto as outras modalidades transmitem em 1080p. Atualmente, o plano básico cobra R$ 25,90 mensais para streaming de 720 pixels, sem anúncios.

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A eliminação do plano básico também vai ser repassada para usuários da Alemanha, Espanha, Japão, México e Austrália, anunciou a Netflix nesta quarta-feira.

Em julho, essa mesma decisão havia sido antecipada para assinantes americanos e britânicos. "Essa mudança impulsionou a adoção de nossos planos padrão e com anúncios", afirma a empresa em nota a investidores nesta quarta.

No entanto, nesta quarta, a companhia anunciou aumento nos valores das assinaturas para usuários nos Estados Unidos (de US$ 6,99 a US$ 22,99), Reino Unido ( £4,99 a £17,99) e França (de € 5,99 a € 19,99).

Um reajuste de preços não foi anunciado para assinantes do Brasil no momento.

Além disso, também nesta quarta-feira, a Netflix anunciou que registrou a adição de 8,76 milhões novos assinantes ao serviço de streaming durante o terceiro trimestre deste ano, alta de 10,8% em relação ao período de junho a setembro de 2022.

No total, a Netflix registrou 247,15 milhões de usuários no trimestre encerrado em setembro. Em igual trimestre de 2022, esse número era de 223,09 milhões.

A receita da companhia foi de US$ 8,5 bilhões, alta de 10,7% sobre igual período de 2022. Já o lucro líquido foi de US$ 1,7 bilhão, ante o US$ 1,4 bilhão registrado no mesmo trimestre do ano passado.

Em nota a investidores, a Netflix afirma que o plano de assinatura com anúncios tem sido um dos motores de crescimento da empresa. "A adoção do nosso plano de anúncios continua a crescer, com um aumento de quase 70% na adesão ao plano de anúncios trimestre a trimestre", diz.

Para o quatro trimestre, a Netflix projeta receita de US$ 8,7 bilhões, alta de 11% na comparação anual.

Dyhan Cardoso faz uma pirueta no terraço de uma casa sem reboco na comunidade onde cresceu em Belo Horizonte. Em breve, este bailarino vai trocar este palco simples pela ribalta nos Estados Unidos.

A vida deste jovem de 19 anos sofreu uma reviravolta depois que ele foi selecionado para integrar, a partir deste mês, a companhia americana Atlanta Ballet, no estado da Geórgia (sudeste).

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"Será que estou sonhando?", perguntou-se, quando um colega traduziu para ele os elogios, em inglês, do diretor do balé em seu teste, realizado em setembro na capital mineira, onde se apresentou apenas para seguir evoluindo.

"(Ele tem) um físico privilegiado, consegue fazer passos muito difíceis com uma qualidade extraordinária e beleza estética muito apurada", descreve seu professor desde a adolescência, o cubano Dadyer Aguilera.

Dyhan cresceu em Aglomerado da Serra, uma das maiores comunidades carentes de Belo Horizonte, onde até agora morava com os pais e a irmã.

Desde a infância, forjou seu talento em uma escola de dança onde foi bolsista, e foi se aproximando do sonho de dançar entre os melhores, ignorando os preconceitos sociais.

"Nas aulas sempre fui o único menino, o único preto e o único pobre. Confortável não era, mas eu não ligava", diz à AFP o rapaz esbelto e de olhos escuros.

Conquista de um sonho

Nada o desanimou. Nem a tradicional associação da dança com as elites, nem as piadas que ouvia no bairro quando deixou de jogar bola para se dedicar a dançar.

"Se você tem um sonho, tem que ir atrás e conquistá-lo", afirma.

Dyhan, que se diz um afortunado por nunca ter passado fome, se destacou pelo entusiasmo desde o primeiro dia.

Ele mesmo pediu aos seis anos para participar das aulas que ele assistia da irmã, Deyse, como parte de um programa social na comunidade.

"Era como uma brincadeira, dançava para descarregar as energias e não ficar tanto na rua", lembra.

Mas a dança virou coisa séria depois de conseguir uma bolsa em uma academia localizada "na parte rica" da cidade, em um teste ao qual foi convidado por uma cliente do restaurante onde sua mãe trabalhava como cozinheira.

Ele pedalava diariamente até o estúdio em sua bicicleta antes de estudar, para aprender e "cercado de meninas brancas", a disciplina que virou sua paixão.

Da cozinha ao estúdio de dança

Quando terminou a escola, já totalmente dedicado ao balé, Dyhan não duvidou qual seria seu futuro profissional.

Embora nas competições nem sempre fosse vencedor, ele diz que nunca pensou em desistir: "Pelo contrário, ficava ansioso por treinar de novo, mais interessado em evoluir. Minha meta é ficar cada vez melhor".

O único que lhe tirou algum tempo da rotina de horas de treinamento foi o trabalho no bar dos pais, em uma rua da comunidade.

Ali, ajudava no que fosse preciso: "Atender, cozinhar, entregar ou levar a conta".

Agora, parece mentira que irá deixar a comunidade para fazer sua primeira viagem para fora do país.

Vestindo bermudas pretas justas e sem camisa, Dyhan treina pela última vez antes de embarcar para os Estados Unidos, sem data para voltar.

Seu corpo atlético executa com leveza os movimentos do balé, diante do olhar da mãe, orgulhosa.

Dyhan espera continuar melhorando na nova realidade que o espera, para cumprir outro de seus objetivos: "Ser um bom exemplo, pra que as crianças busquem seus sonhos, que acreditem".

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fará uma visita em solidariedade a Israel na quarta-feira (18), depois dos ataques do grupo islamista palestino Hamas, anunciou o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

"O presidente vai reafirmar a solidariedade dos Estados Unidos com Israel e nossos compromisso inabalável com sua segurança", disse Blinken na manhã de terça-feira (noite de segunda, 16, no Brasil) em Tel Aviv.

Blinken falou depois de uma reunião noturna de cerca de oito horas no Ministério da Defesa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na segunda visita do alto diplomata desde o ataque do Hamas em 7 de outubro.

"Israel tem o direito, e de fato, o dever de defender sua população dos ataques do Hamas e outros terroristas e de prevenir futuros ataques", indicou Blinken.

Biden "vai ouvir de Israel o que o país necessita para defender seu povo enquanto trabalhamos com o Congresso para satisfazer essas necessidades", disse.

Além disso, Blinken disse que os Estados Unidos deram garantias a Israel de que vão trabalhar para trazer assistência estrangeira à empobrecida e bloqueada Faixa de Gaza, enquanto Israel se prepara para uma ofensiva terrestre contra o território sob controle do Hamas.

Biden espera "ouvir de Israel como serão desenvolvidas as operações de forma que minimize as baixas civis e permita a chegada de assistência humanitária aos civis em Gaza, e que o Hamas não se beneficie", expressou Blinken.

"A pedido nosso, Estados Unidos e Israel acordaram formular um plano que permitirá que a ajuda humanitária de países doadores e organizações multilaterais chegue aos civis em Gaza", disse Blinken.

O secretário acrescentou que os dois lados discutem a "possibilidade de criar áreas para ajudar a manter os civis fora de perigo".

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira, 16, que o governo receberá doações de câmeras corporais dos Estados Unidos. De acordo com Dino, os equipamentos chegarão nas próximas semanas e serão utilizados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em um projeto-piloto desenvolvimento pela pasta e também serão cedidas à Polícia Militar da Bahia.

"Vamos receber uma doação de câmeras agora do governo dos Estados Unidos. Nas próximas semanas. Essas câmeras serão alocadas em um projeto experimental na Polícia Rodoviária Federal e outras na Bahia", afirmou Dino.

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Em julho, o Estadão adiantou que o governo federal pretende colocar câmeras nos uniformes de todas as forças sob responsabilidade da União, como a PRF, a Polícia Federal, a Força Nacional e a Polícia Penal. Além disso, a pasta pediu financiamento ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para colocar a iniciativa em prática.

"Colocar a câmera no uniforme é a parte mais fácil do processo, o que é fundamental é saber: para onde essas imagens irão? Quais os critérios normativos? Quais os critérios de análise dessas imagens? E quais as ferramentas que farão as análises das imagens, porque evidentemente não há um policial a mais para cada um que esteja na rua. Porque se você filma e fica lá um arquivo morto não tem nenhum sentido. Então é preciso ter inteligência artificial que consiga a partir de certa programação identificar situações de risco. É um processo sério que estamos fazendo", disse.

A ideia do uso de câmeras corporais para agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) surgiu após a morte de Genivaldo de Jesus Santos, em 2022. Ele foi asfixiado após ser abordado por policiais rodoviários federais e trancado no porta-malas de uma viatura em Sergipe, onde foi espargido gás lacrimogêneo. O espaço funcionou como uma câmara de gás. Em janeiro, o Ministério Público Federal recomendou à PRF o uso desses equipamentos.

Já a Bahia tem visto uma escalada de confrontos com facções criminosas e óbitos em ações das forças de segurança. O Estado é governado por Jerônimo Rodrigues (PT), que sucedeu Rui Costa (PT), hoje ministro da Casa Civil do governo Lula, que comandou a Bahia por quase 8 anos.

Segurança nas redes

As declarações foram feitas por Dino após evento de lançamento do programa "De boa na rede". A iniciativa é voltada para informar pais e responsáveis sobre como evitar a exposição de crianças e adolescentes a riscos nas redes sociais.

O ministério criou um site com cartilhas específicas sobre cada rede social. A medida também inclui um canal para denúncias de violação de direitos nas plataformas digitais. A biblioteca virtual feita pela pasta foi construída em parceira com as empresas do ramo, como Facebook, Instagram, Kwai, TikTok, Google, YouTube, Discord e X (antigo Twitter).

Dados do ministério mostram que o número de operações da Polícia Federal para coibir crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes aumentou 69,91% em relação a 2022. A quantidade de prisões feitas pela PF nesse contexto também cresceu 46,23%, passando de 199 em 2022 para 291 em 2023.

Os Estados Unidos enviaram seu segundo grupo de ataque de porta-aviões para o leste do Mediterrâneo para "dissuadir ações hostis contra Israel ou qualquer esforço direcionado a ampliar a guerra após os ataques do Hamas", disse o secretário de Defesa, Lloyd Austin, no sábado, 14.

O porta-aviões USS Eisenhower e seus navios de guerra se juntarão a outro grupo de ataque já desdobrado na região após o ataque do Hamas a Israel e em meio à resposta do Estado judeu.

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Na última semana, Israel lançou ataques mortais depois que terroristas do Hamas atravessaram a fronteira fortemente fortificada e mataram mais de 1.300 pessoas. Em Gaza, de acordo com as autoridades de saúde, mais de 2.200 pessoas morreram. Assim como no lado israelense, a maioria era composta por civis.

Os Estados Unidos enviaram munições para Israel e advertiram outros países para não escalarem o conflito.

No mesmo dia do anúncio do envio do segundo porta-aviões, o presidente Joe Biden enfatizou em uma ligação com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, o apoio dos Estados Unidos aos esforços para proteger os civis no meio do bombardeio em Gaza.

Ajuda militar para Israel

Poucas horas após o terrível ataque do Hamas, os EUA começaram a deslocar navios de guerra e aeronaves para a região, a fim de estarem prontos para fornecer a Israel tudo o que fosse necessário para reagir.

Um segundo grupo de ataque de porta-aviões dos EUA parte de Norfolk, Virgínia, na sexta-feira. Dezenas de aeronaves estão indo para as bases militares dos EUA no Oriente Médio. As forças de operações especiais estão agora auxiliando os militares de Israel no planejamento e na inteligência. A primeira remessa de munições adicionais já chegou.

Por enquanto, o aumento reflete a preocupação dos EUA de que os combates entre o Hamas e Israel possam se transformar em um conflito regional mais perigoso. Portanto, a principal missão desses navios e aviões de guerra é estabelecer uma presença de força que impeça o Hezbollah, o Irã ou outros de tirar proveito da situação. Mas as forças enviadas pelos EUA são capazes de fazer mais do que isso.

Armas e forças de operações especiais

Os EUA estão fornecendo agentes especiais e munições necessárias para Israel. O secretário de Defesa, Lloyd Austin, anunciou que uma pequena célula de operações especiais estava agora ajudando Israel com inteligência e planejamento, e fornecendo conselhos e consultas às Forças de Defesa de Israel sobre os esforços de recuperação de reféns. Essas forças, no entanto, não foram encarregadas do resgate de reféns, o que as colocaria em campo lutando no conflito. Isso é algo que o governo Biden não aprovou e o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, disse que os israelenses não querem.

Os EUA também estão fazendo com que as empresas de defesa americanas agilizem os pedidos de armas de Israel que já estavam nos registros. A principal delas são as munições para o sistema de defesa aérea Iron Dome de Israel.

"Estamos aumentando a assistência militar adicional, incluindo munição e interceptores para reabastecer o Iron Dome", disse o presidente Joe Biden na terça-feira. "Vamos nos certificar de que Israel não fique sem esses recursos essenciais para defender suas cidades e seus cidadãos."

Os mísseis do Domo de Ferro têm como alvo os foguetes que se aproximam de suas cidades. De acordo com a Raytheon, Israel tem 10 desses sistemas instalados. A partir do ataque de sábado, o Hamas disparou mais de 5.000 foguetes contra Israel, a maioria o sistema conseguiu interceptar, de acordo com as Forças de Defesa de Israel.

A Raytheon produz a maioria dos componentes de mísseis para o Domo de Ferro nos EUA, e o Exército tem dois sistemas em seu estoque.

Israel vai precisar de muito mais munições do Domo de Ferro que os EUA fornecem do que encomendou e farão parte dos pacotes de assistência militar em andamento. Esses pacotes também incluirão bombas de pequeno diâmetro e kits JDAM - essencialmente um kit de navegação que transforma uma bomba comum, "burra", em uma bomba "inteligente" e permite que as tropas guiem a munição até um alvo, em vez de simplesmente lançá-la.

Navios e aviões da Marinha

 

Um dos exemplos mais visíveis da resposta dos EUA foi o anúncio, poucas horas após os ataques, de que o Pentágono redirecionaria o grupo de ataque do porta-aviões Gerald R. Ford para navegar em direção a Israel. O porta-aviões havia acabado de concluir um exercício com a Marinha italiana quando o navio, com sua tripulação de cerca de 5.000 pessoas, recebeu a ordem de navegar rapidamente para o Mediterrâneo Oriental.

Uma semana após os ataques, enquanto Israel se posicionava para uma grande ofensiva terrestre na Cidade de Gaza, Austin anunciou que um segundo grupo de porta-aviões navegaria em direção a Israel, ordenando que o grupo de ataque de porta-aviões USS Dwight D. Eisenhower se juntasse ao Ford no Mediterrâneo Oriental. Em uma declaração anunciando a mudança, Austin disse que estava enviando o Eisenhower também "como parte de nosso esforço para impedir ações hostis contra Israel ou quaisquer esforços para ampliar essa guerra após o ataque do Hamas a Israel".

Os porta-aviões oferecem uma série de opções. Eles servem como centros de operações de comando e controle primários e podem conduzir uma guerra de informações.

Eles podem lançar e recuperar aviões de vigilância E2-Hawkeye, reconhecíveis por seus radares em forma de disco com 24 pés (7 metros) de diâmetro. Os aviões fornecem avisos antecipados sobre lançamentos de mísseis, realizam vigilância e gerenciam o espaço aéreo, não apenas detectando aeronaves inimigas, mas também direcionando os movimentos dos EUA.

Eles também servem como base aérea flutuante para caças F-18 que podem fazer interceptações ou atacar alvos. Além disso, os porta-aviões podem ser flexíveis para fornecer recursos significativos para o trabalho humanitário, incluindo hospitais a bordo com UTIs, salas de emergência, médicos, cirurgiões e clínicos. Eles também navegam com helicópteros que podem ser usados para transportar suprimentos essenciais para dentro ou para fora das vítimas.

O Eisenhower já estava programado para ser enviado ao Mediterrâneo em um rodízio regular, e o Ford está próximo do fim de seu envio programado. Mas, por enquanto, o governo Biden decidiu manter os dois porta-aviões no local.

Aviões de guerra da força aérea

O Pentágono também encomendou aviões de guerra adicionais para reforçar os esquadrões de A-10, F-15 e F-16 em bases em todo o Oriente Médio. Se necessário, mais aeronaves serão acrescentadas.

O secretário da Força Aérea, Frank Kendall, disse na terça-feira, em um evento do Atlantic Council, que o serviço estava orientando as unidades que estavam prestes a voltar para casa a permanecerem no local junto com seus substitutos.

A Força Aérea dos EUA já tem um poder aéreo significativo na região para conduzir operações tripuladas e não tripuladas, principalmente na Síria, onde um F-16 da Força Aérea recebeu na semana passada a ordem de abater um drone turco que estava representando uma ameaça às forças terrestres dos EUA.

Kendall também disse que os C-17 da Força Aérea aterrissaram e partiram de Israel desde os ataques. Os aviões de transporte estavam recolhendo o pessoal militar dos EUA que estava lá para um exercício militar que ainda não havia começado quando os ataques começaram, disse a Força Aérea em um comunicado.

Nem a Força Aérea nem o Comando Central quiseram comentar sobre as missões adicionais que o poder aéreo dos EUA poderia assumir em resposta ao conflito.

(Com agências internacionais)

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, "exigiu" um pedido de desculpas da revista Forbes após ter sido excluído pela segunda vez em três anos da lista dos 400 americanos mais ricos. "Eu exijo formalmente um pedido de desculpas da falida revista Forbes", escreveu Trump na quarta-feira, 11, no Truth Social, rede social ele mesmo criou depois de ser expulso das plataformas devido ao ataque ao Capitólio em 6 de janeiro. As informações são de reportagem do jornal britânico The Guardian.

Trump sempre esteve na lista desde 1990, com exceção de 2021. Na semana passada, a lista divulgada pela Forbes afirmou que a fortuna líquida do ex-presidente diminuiu em US$ 600 milhões em relação ao ano passado. Na rede social, Trump criticou "escritores realmente burros designados para me atacar".

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Ele também reclamou do editor sênior da revista, Dan Alexander, pelas "muitas matérias falsas e difamatórias [da Forbes] que escreveu sobre mim". Alexander também é autor do livro de 2020, Casa Branca Inc: Como Donald Trump Transformou a Presidência em um Negócio (em tradução livre para português).

Trump também disse na postagem que a Forbes "cooperou" com Letitia James, a procuradora-geral democrata do estado de Nova York que processou Trump, seus filhos adultos e seu negócio. Ele ainda a chamou de "racista e incompetente".

O post de Trump ainda cita uma desinformação de que a Forbes é "propriedade do governo comunista chinês, e a China fará qualquer coisa para impedir Maga", uma referência ao seu slogan de campanha, "Tornar a América grande novamente".

Israel e o Hamas voltaram a cruzar fogo nesta quinta-feira (12), antes da chegada a Tel Aviv do secretário de Estado americano, Antony Blinken, que viajou em uma demonstração de solidariedade para com seu aliado israelense, no sexto dia de uma guerra que já deixou milhares de mortos.

Israel jurou "destruir" o movimento islâmico palestino Hamas, responsável pela sangrenta ofensiva de 7 de outubro, e que mantém como reféns 150 pessoas capturadas em solo israelense.

Segundo o porta-voz militar Richard Hecht, o Exército israelense contempla uma "manobra terrestre" na Faixa de Gaza, embora "ainda não se tenha tomado uma decisão" a esse respeito.

O mesmo porta-voz acrescentou que o objetivo neste momento é a "liquidação" do governo do Hamas em Gaza.

Durante a noite, Israel continuou bombardeando a Faixa, governada pelo Hamas, que respondeu disparando foguetes em direção ao sul do Estado Judeu.

O Hamas também disparou foguetes contra Tel Aviv, em represália aos bombardeios israelenses "contra civis" em dois campos de refugiados no enclave palestino. Correspondentes da AFP presenciaram dezenas de bombardeios aéreos contra o campo de Al-Shati e no norte de Gaza.

Tudo isto aconteceu horas antes da chegada de Blinken, que, após aterrissar em Tel Aviv, reiterou o apoio dos Estados Unidos a Israel.

"Apoiamos vocês hoje, amanhã e iremos apoiá-los todos os dias que vierem", disse ele.

"Estamos determinados a garantir que Israel obtenha tudo de que precisa para se defender", acrescentou Blinken, antes de uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Os Estados Unidos já forneceram ajuda militar adicional a Israel desde o início do novo conflito. O presidente Joe Biden pediu a Israel, no entanto, que respeite "as leis da guerra" em Gaza.

Na sexta-feira, Blinken se reunirá com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas, e com o rei da Jordânia, Abdullah II, na Jordânia.

De acordo com autoridades de ambos os lados, a guerra matou mais de 1.200 israelenses e pelo menos 1.354 palestinos em Gaza. O Exército também afirmou ter encontrado cerca de 1.500 corpos de combatentes do Hamas em solo israelense.

- Pilha de cadáveres -

Por terra, mar e ar, centenas de militantes do Hamas atacaram Israel no sábado, coincidindo com o fim do feriado judaico de Sucot.

Nas ruas, nas casas, nas cooperativas agrícolas e até em um festival de música, realizaram massacres de civis sem precedentes desde a criação do Estado de Israel em 1948.

Israel adotou represálias, declarando uma guerra para destruir as capacidades do Hamas. Está atingindo implacavelmente a Faixa de Gaza e mobilizando dezenas de milhares de soldados em torno do território palestino e em sua fronteira norte com o Líbano, onde houve trocas de disparos com o movimento pró-Irã Hezbollah, aliado do Hamas.

"Cada membro do Hamas é um homem morto", declarou Netanyahu, na quarta-feira (11), em seu primeiro discurso formal com seu governo de emergência, formado ontem mesmo com Benny Gantz, um dos principais líderes da oposição.

Na entrada do kibutz Beeri, a menos de cinco quilômetros da fronteira com Gaza, uma pilha de corpos testemunhava a magnitude do ataque.

"A devastação aqui é absolutamente imensa", disse Doron Spielman, porta-voz do Exército israelense.

"E isso sem contar os muitos membros do kibutz que foram feitos reféns e levados para Gaza", acrescentou outro porta-voz do Exército, Jonathan Cornicus.

- Gaza sem serviços básicos -

O ministro israelense da Energia, Israel Katz, afirmou nesta quinta-feira que seu país não autorizará a entrada de bens essenciais, nem de ajuda humanitária em Gaza enquanto o Hamas liberte os reféns.

"Ajuda humanitária a Gaza? Não vão poder ligar nenhum interruptor elétrico, não vão poder abrir nenhuma torneira, nenhum caminhão de combustível vai entrar, enquant os israelenses sequestrados não tiverem voltado para suas casas", frisou.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) disse estar em contato com o Hamas para tentar libertar os reféns.

O diretor regional do CICV para o Oriente Médio, Fabrizio Carboni, apelou a ambos os lados para "reduzirem o sofrimento dos civis".

"Sem eletricidade, os hospitais correm o risco de se transformarem em necrotérios", alertou, expressando especial preocupação com os recém-nascidos colocados em incubadoras e com os pacientes que precisam de oxigênio, ou fazem tratamento de diálise.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, também iniciou negociações com o movimento islâmico, segundo uma fonte oficial.

Dezenas de especialistas independentes da ONU condenaram os "crimes horríveis" cometidos pelo Hamas e a resposta de Israel em Gaza, que chamaram de "punição coletiva".

Os bombardeios israelenses atingiram dezenas de edifícios, fábricas, mesquitas e lojas, segundo o Hamas.

"É como um apocalipse, ou um terremoto", disse, em meio a escombros, um morador do distrito de Karama, em Gaza, que não quis dar seu nome. Os israelenses "vieram para destruir, como se essas pessoas não merecessem viver. Como se não fossem humanos", acrescentou.

O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, convocou os países islâmicos e árabes a cooperarem para enfrentar Israel.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, acusou o Irã, por sua vez, de ter permitido o ataque contra o Estado judeu, por seu apoio ao Hamas nos últimos anos. Scholz disse ainda que usará "todos os seus contatos" para evitar uma escalada na região e libertar os prisioneiros.

A polícia dos Estados Unidos matou a tiros o motorista, cujo carro invadiu o consulado chinês em San Francisco, na segunda-feira (9).

Um vídeo não verificado postado nas redes sociais mostra o veículo dentro do prédio. Policiais apontam suas armas para a porta do motorista, enquanto as pessoas desciam as escadas e saíam do edifício.

Um porta-voz do consulado disse que o suspeito entrou "violentamente na sala administrativa do nosso consulado, causando uma séria ameaça à vida dos funcionários e das pessoas no local e causando sérios danos".

A sargento da polícia de San Francisco, Kathryn Winters, disse que os policiais responderam após serem alertados sobre o veículo que invadiu o escritório de vistos.

"Os policiais entraram, fizeram contato com o suspeito e houve disparos com a participação de um policial", disse Winters aos repórteres.

A polícia e os paramédicos afirmaram que tentaram salvar a vida do suspeito, mas ele foi declarado morto no hospital, acrescentou Winters. A polícia não deu detalhes sobre a identidade do suspeito morto.

O canal de notícias local ABC7 disse que seus correspondentes viram um homem coberto de sangue e aparentemente inconsciente enquanto era retirado do local.

"Esta é uma investigação em andamento, e o Departamento de Polícia de San Francisco está trabalhando em coordenação com os investigadores do Departamento de Estado", explicou Winters.

San Francisco é o lar de um grande número de moradores de etnia chinesa, incluindo muitos de Taiwan, uma ilha autônoma que Pequim considera parte do seu território.

Os Estados Unidos começaram, neste domingo (8), a enviar ajuda militar para Israel e aproximar sua força naval do Mediterrâneo, após os ataques surpresa da organização palestina Hamas.

No domingo, em uma chamada com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, o presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou que "haverá ajuda adicional para as forças armadas israelenses e haverá mais nos próximos dias", de acordo com um comunicado da Casa Branca.

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Biden prometeu "apoio total ao governo e ao povo israelense após os ataques terríveis e sem precedentes dos terroristas do Hamas".

O primeiro pacote de ajuda militar "começará a ser enviado hoje e chegará nos próximos dias", disse neste domingo o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin.

Ele também destacou que havia ordenado ao grupo de ataque do porta-aviões USS Gerald Ford, o maior navio de guerra do mundo, que se dirigisse ao Mediterrâneo Oriental, vindo do Mar Jônico, onde estava.

A Força Aérea também aumentou a presença de suas aeronaves de combate na região, afirmou Austin.

"Os Estados Unidos mantêm suas forças prontas globalmente para fortalecer a postura de dissuasão, se necessário", enfatizou.

- Americanos reféns do Hamas -

O chefe de diplomacia dos EUA, Antony Blinken, que aumentou neste domingo suas aparições na mídia, compartilhou informações de que havia americanos entre as vítimas dos ataques.

"Estamos trabalhando para verificar", afirmou.

Por sua vez, o embaixador de Israel nos Estados Unidos, Michael Herzog, indicou que entre as cerca de 100 pessoas - civis e soldados - sequestradas pelo Hamas em Israel, há cidadãos americanos.

Os contatos de alto nível entre autoridades dos EUA e Israel aumentaram após a ofensiva surpresa lançada a partir da Faixa de Gaza pelo movimento islâmico palestino.

Apesar do apoio unânime a Israel por parte da liderança política dos Estados Unidos, a situação institucional é complicada para o governo de Biden, já que uma das duas câmaras do Congresso está paralisada depois que seu líder foi destituído na semana passada, devido a divergências internas entre os republicanos.

A poucos meses das eleições presidenciais, Biden está sob pressão da oposição republicana, que o acusa de fraqueza em sua defesa de Israel e em sua política em relação ao Irã.

Blinken lembrou no domingo, na CNN, que o ex-presidente Barack Obama assinou um acordo com Israel em 2016 "para fornecer US$ 3,8 bilhões (R$ 12,2 bilhões, na cotação da época) anuais em ajuda militar".

"Todo o Poder Executivo (dos Estados Unidos) se comprometeu com toda a região, e além, para gerar apoio a Israel e garantir que cada país utilize todos os meios e toda a influência que possui para uma retirada do Hamas e para garantir que o conflito não se espalhe para outros lugares", disse ele no canal ABC.

Quando questionado sobre uma possível intenção de hostilidades do Hamas para sabotar as discussões destinadas a normalizar as relações diplomáticas entre Israel e a Arábia Saudita, apoiadas por Washington, o secretário de Estado democrata declarou: "Isso pode ser parte da motivação. Olha, quem se opõe à normalização? Hamas, Hezbollah, Irã. Então, não seria uma surpresa".

O número de mortos na guerra entre o Hamas e Israel subiu neste domingo para mais de 400 na Faixa de Gaza e mais de 600 em Israel, além de milhares de feridos, de acordo com os últimos relatórios das respectivas autoridades.

O ataque mortal de militantes terroristas do Hamas contra Israel e a retaliação maciça provocada em Jerusalém empurraram o presidente Joe Biden para uma crise no Oriente Médio que corre o risco de se expandir para um conflito mais amplo. E o deixaram se defendendo das críticas dos rivais presidenciais do Partido Republicano de que as políticas de seu governo levaram a esse momento.

A possibilidade de prolongamento e de expansão da violência pode testar a liderança de Biden tanto no cenário mundial quanto em seu próprio país, à medida que ele tenta navegar entre a demonstração de um apoio inabalável a Israel e a promoção de uma paz mais ampla no conflituoso Oriente Médio, onde militantes simpáticos não demoraram a elogiar em alto e bom som a ação do Hamas. Centenas de pessoas foram mortas em ambos os lados.

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O grupo libanês Hezbollah saudou o ataque como uma resposta aos "crimes israelenses". O grupo apoiado pelo Irã, que tem objetivos semelhantes aos do Hamas para a destruição do Estado israelense, disparou foguetes e projéteis no domingo contra três posições israelenses, atraindo uma resposta dos militares de Israel com drones armados. Um conselheiro sênior do líder supremo do Irã elogiou a operação do Hamas, que disse estar pronto para uma luta potencialmente longa.

Vários candidatos republicanos à presidência em 2024 tentaram imediatamente atribuir parte da culpa a Biden. Eles tentaram vincular sua recente decisão de liberar US$ 6 bilhões em fundos iranianos bloqueados em troca da libertação de cinco americanos que haviam sido detidos no Irã ao complexo ataque de sábado por ar, terra e mar. A Casa Branca rebateu com firmeza as críticas do Partido Republicano, observando que o dinheiro descongelado no mês passado na troca de prisioneiros ainda não foi gasto pelo Irã e só pode ser usado para necessidades humanitárias.

Irã

Historicamente, o Irã tem mantido fortes laços com o Hamas palestino e o Hezbollah.

Uma autoridade sênior do governo Biden, que falou com a imprensa sob condição de anonimato, disse que era "muito cedo para dizer se o Estado do Irã estava diretamente envolvido no planejamento ou no apoio" ao complexo ataque, mas observou os profundos laços do Irã com o Hamas.

Biden e seus principais assessores passaram o sábado consultando líderes europeus e do Oriente Médio, incluindo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. Em comentários perante os repórteres na Casa Branca, Biden chamou os ataques de "inaceitáveis" e prometeu que seu governo garantiria que Israel tivesse "o que precisa para se defender".

"Deixe-me dizer isso da forma mais clara possível: este não é um momento para qualquer partido hostil a Israel explorar esses ataques para obter vantagens", disse Biden.

O ataque apenas acrescenta novas complicações, já que o governo Biden e o Irã estão presos em disputas sobre o programa nuclear de Teerã. O Irã afirma que o programa é pacífico, mas agora enriquece urânio mais próximo do que nunca dos níveis de qualidade para armas. Ainda assim, o governo não perdeu a esperança de reviver um acordo intermediado durante o governo Obama (e descartado durante a Casa Branca de Trump) que aliviou as sanções ao Irã em troca de restrições ao seu programa nuclear.

As autoridades do governo Biden também têm trabalhado para intermediar a normalização das relações entre Israel e a Arábia Saudita, o Estado árabe mais poderoso e rico. Esse acordo tem o potencial de remodelar a região e aumentar a posição de Israel de forma histórica.

Mas a intermediação desse acordo já era vista como uma tarefa difícil, pois o reino disse que não reconhecerá oficialmente Israel antes de uma solução para o conflito israelense-palestino que já dura décadas. O novo conflito acrescenta um novo e enorme obstáculo às ambições de Biden, embora o funcionário do governo tenha dito que a Casa Branca não vê o ataque do Hamas atrapalhando o esforço.

O Ministério das Relações Exteriores da Arábia Saudita, em uma declaração, não condenou o ataque do Hamas, mas observou os "repetidos avisos do reino sobre os perigos (...) da situação como resultado da ocupação contínua, da privação do povo palestino de seus direitos legítimos e da repetição de provocações sistemáticas contra suas santidades".

Netanyahu prometeu em seu próprio discurso nacional vingar os ataques surpreendentes, prometendo "levar a luta até eles com um poder e uma escala que o inimigo ainda não conhece".

Busca por culpados

Os combatentes do Hamas levaram um número desconhecido de civis e soldados cativos para Gaza, em cenas angustiantes publicadas nas mídias sociais. Essas imagens (e o crescente número de mortos) ocorrem 50 anos e um dia depois que as forças invasoras do Egito e da Síria pegaram Israel de surpresa com o lançamento de um ataque contra país, dando início a um conflito de 19 dias - conhecido como a Guerra do Yom Kippur.

Jonathan Schanzer, analista do think-tank de Washington Foundation for Defense of Democracies, disse que Biden fez "um bom trabalho" em manter os críticos de Israel, particularmente seus colegas democratas, à distância enquanto Netanyahu buscava atingir seus objetivos militares contra o Hamas durante seu último grande conflito, uma guerra de 11 dias em 2021. Provavelmente será mais difícil desta vez.

"Haverá erros que geralmente acontecem no campo de batalha, nenhum militar é perfeito. É quando eu acho que o presidente será atacado pelo flanco esquerdo", disse Schanzer.

Alguns membros do campo republicano de 2024 foram rápidos em colocar a culpa diretamente em Biden pelo ataque do Hamas.

O ex-presidente Donald Trump acusou os EUA de serem vistos como "fracos e ineficazes" no cenário global sob o comando de Biden, abrindo a porta para a hostilidade contra Israel. O governador da Flórida, Ron DeSantis, acusou Biden de "políticas que foram brandas com o Irã" e "ajudaram a encher seus cofres". E o senador da Carolina do Sul, Tim Scott, alegou que o ataque foi "o pagamento de resgate de US$ 6 bilhões de Biden em ação", uma referência ao acordo com prisioneiros.

Os funcionários do governo Biden rebateram o argumento.

"Vamos deixar claro: o acordo para trazer cidadãos americanos do Irã para casa não tem nada a ver com o terrível ataque a Israel", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller. "Nem um centavo foi gasto e, quando for, só poderá ser destinado a necessidades humanitárias, como alimentos e remédios."

As autoridades do governo Biden não abordaram se o Irã, na expectativa de usar o dinheiro (agora mantido em bancos do Catar) para alimentos, remédios, suprimentos médicos e produtos agrícolas, pode ter desviado outros fundos para o Hamas ou outros representantes.

Em uma reunião com a equipe do Comitê de Relações Exteriores do Senado no sábado, as autoridades do governo disseram que os EUA haviam alertado o Irã "por meio de interlocutores" que o envolvimento direto na situação de Gaza colocaria em risco quaisquer iniciativas futuras que os EUA pudessem considerar com a República Islâmica, de acordo com um assessor do Congresso familiarizado com a sessão.

As autoridades não entraram em detalhes sobre quem eram os interlocutores ou quais iniciativas futuras estariam em risco, embora a vice-secretária de Estado em exercício, Victoria Nuland, e a principal diplomata dos EUA para o Oriente Médio, Barbara Leaf, tenham conversado com autoridades no Líbano sobre a situação. Algumas autoridades libanesas mantêm contato com o Irã, que apoia o grupo militante Hezbollah no país.

Outro ponto de crítica ao governo pelos republicanos é que sua decisão, logo após assumir o cargo, de reverter uma proibição da era Trump de assistência aos palestinos, incluindo civis em Gaza, pode ter ajudado a financiar a operação.

As autoridades do governo rejeitaram essa afirmação, dizendo que seus esforços para ajudar os civis palestinos em Gaza e em outros lugares não envolvem dinheiro que o Hamas possa usar ou desviar.

Os EUA aplicaram na segunda-feira, 2, a primeira multa por criação de lixo espacial. A multa foi destinada à empresa Dish Network, de transmissão de TV via satélite, no valor de US$ 150 mil por não descartar adequadamente o satélite de transmissão de comunicações EchoStar-7.

Segundo a Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC, na sigla em inglês), a empresa não respeitou a altitude acordada com a comissão para colocar o seu satélite, que estava chegando ao fim da sua vida útil. O satélite foi lançado em fevereiro de 2002 e tinha expectativa de vida de 12 anos.

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"À medida que as operações de satélite se tornam mais predominantes e a economia espacial acelera, devemos ter certeza de que os operadores cumprem os seus compromissos", disse o Chefe do Departamento de Execução da FCC, Loyaan A. Egal. "Este é um acordo inovador, deixando bem claro que a FCC tem forte autoridade de fiscalização e capacidade para fazer cumprir suas regras de vital importância sobre detritos espaciais".

Em 2012, a Dish havia concordado com um "plano de mitigação de detritos orbitais" com a FCC para realocar o satélite. Em vez de retirar o EchoStar-7 a 300 quilômetros de distância de onde estava operando em órbita geoestacionária, a Dish retirou o satélite a cerca de 122 quilômetros de distância, o que foi considerado "bem abaixo da órbita de eliminação" pela Comissão.

Procurada pelo Estadão, a Dish afirmou que o satélite EchoStar-7 era uma "nave espacial mais antiga, lançada em 2002, que tinha sido explicitamente isenta da regra da FCC que exigia uma órbita mínima de eliminação", disse um porta-voz da empresa. Além disso, reforçou que a FCC não fez nenhuma conclusão específica de que o satélite represente quaisquer preocupações com a segurança dos detritos orbitais.

Os Estados Unidos irão endurecer ainda mais as medidas para conter a imigração ilegal, alertou nesta quinta-feira (5), no México, o secretário de Segurança Interna americano, Alejandro Mayorkas, após um acordo com a Venezuela para deportar cidadãos daquele país.

“Tornaremos mais difícil ingressar por meios ilícitos”, disse Mayorkas após uma reunião de segurança com funcionários mexicanos presidida pelo chefe da diplomacia americana, Antony Blinken. Em consequência, será feita "uma repatriação rápida, o retorno de imigrantes e a proibição da sua reentrada", acrescentou, ao confirmar o acordo com o governo de Nicolás Maduro.

“Os Estados Unidos anunciaram hoje um acordo com a Venezuela para repatriar venezuelanos que não aproveitam as vias legais e chegam de forma irregular à fronteira sul", indicou o secretário, sem detalhar se o acordo implica uma mudança na política de Washington para a Venezuela, submetida a sanções econômicas.

Mayorkas ressaltou que o presidente Joe Biden não mudou sua posição sobre o muro fronteiriço, que será ampliado em áreas vulneráveis: “Não existe nenhuma política nova do governo em relação ao muro."

A Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), órgão regulador do mercado financeiro no pais, investiga se o bilionário, Elon Musk, violou as leis de valores mobiliários ao comprar ações do Twitter. A informação foi divulgada pela agência de notícias Bloomberg, nesta quarta-feira (5). O proprietário do X, nome atual da plataforma, teria sido convocado a testemunhar, mas não compareceu ao último depoimento.

Musk estaria sendo investigado desde abril de 2022 quando iniciou o processo de compra do Twitter por US$ 44 bilhões - antes de comprar a rede social, ele adquiriu 9,2% das ações, mas só reportou a transação para as autoridades no mês seguinte, o que contraria as regras do regulador local. A comissão solicitou milhares de documentos inclusive de outras pessoas envolvidas na transação.

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O empresário testemunhou duas vezes, em julho de 2022, e deveria ter dado novo depoimento em 15 de setembro de 2023, ele não compareceu. Segundo a comissão, o dono do X teria feito uma série de objeções à investigação, alegando que o caso não deveria ser tratado em São Francisco. Agora, a SEC quer forçar o bilionário a comparecer para um novo depoimento.

Durante o processo, os investigadores sugeriram novas datas e a possibilidade de mudança do local para coleta do testemunho para a cidade Fort Worth, Texas, onde Musk reside legalmente, mas o empresário não voltou atrás. Em comunicado, o advogado de Elon Musk, Alex Spiro, confirmou as informações, afirmando que a comissão "tomou o testemunho do Sr. Musk várias vezes nesta investigação equivocada" e enfatizou "já chega".

O processo ocorre de "maneira contínua e não pública". Declarações e divulgações feitas sobre as transações de ações estão sendo revisadas, de acordo com um documento entregue ao Tribunal Federal em San Francisco. Centenas de documentos já estão nas mãos das autoridades estadunidenses.

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