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O deputado Eunício Oliveira (MDB-CE), ex-presidente do Congresso (2017-2019), admitiu nesta segunda-feira, 10, ter gravado um áudio com ofensas homofóbicas dirigidas ao ex-deputado estadual Leonardo Araújo (MDB-CE).

"Me processa bichinha, eu quero contar seus podres todos, porque eu conheço todos. Ladrão é você, seu viado. Vai, processa, para eu mostrar que tu é baitola, viado e ladrão. Ladrão é você, seu viado escroto. Bichinha nojenta", diz o áudio, enviado em uma conversa privada.

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Os dois são correligionários há uma década no MDB, mas se desentenderam na eleição de 2022, quando Leonardo Araújo teve as contas de campanha reprovadas pela Justiça Eleitoral. Eunício é presidente do MDB no Ceará e se recusou a chancelar a prestação de contas. A assinatura pendente pesou para o Tribunal Regional Eleitoral rejeitar o balanço contábil.

O ex-deputado, que hoje ocupa o cargo de assessor especial de assuntos federativos no governo Elmano de Freitas (PT), está decidido a deixar o partido. O Estadão apurou que ele deve alegar que sofreu perseguição interna para tentar evitar punição por infidelidade partidária.

Já pessoas próximas de Eunício afirmam que Leonardo Araújo tenta usar o entrevero para se projetar politicamente.

Em nota enviada ao Estadão, o deputado afirmou que gravou a mensagem em um 'momento de profunda irritação', após 'chantagens, agressões, calúnias e acusações infundadas'.

O núcleo de diversidade do MDB do Ceará saiu em defesa de Eunício. "É de conhecimento público e notório que o deputado Eunício Oliveira sempre foi um apoiador e defensor das minorias políticas e da população LGBTQIAP+", diz a manifestação.

COM A PALAVRA, EUNÍCIO OLIVEIRA

"Infelizmente, em um momento de profunda irritação, que teve origem após seguidas investidas com chantagens, agressões, calúnias e acusações infundadas, feitas pelo ex-deputado Leonardo Araújo, o deputado emitiu palavras que não fazem parte dos seus conceitos pessoais, morais e políticos. O áudio propositalmente editado tem o intuito de atingir o deputado, caracterizando uma vingança pessoal e baixa. Sempre a favor dos direitos individuais e da diversidade, o parlamentar reitera seu compromisso de apoiar, proteger e lutar por direitos e dignidade de todos os cidadãos."

COM A PALAVRA, LEONARDO ARAÚJO

Até a publicação deste texto, a reportagem do Estadão entrou em contato com a assessoria e o gabinete do ex-deputado, mas sem sucesso. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, O MDB DIVERSIDADE CEARÁ

"O MDB Diversidade do Ceará se solidariza com o deputado Eunício Oliveira pelos ataques sofridos. De forma inadequada, o senhor Leonardo Araújo expôs trechos de conversas particulares descontextualizadas e com informações manipuladas.

Ressalta-se que é de conhecimento público e notório que o Deputado Eunício Oliveira sempre foi um apoiador e defensor das minorias políticas e da população LGBTQIAP+. Isso é comprovado por suas inúmeras aparições públicas incentivando lideranças e candidaturas LGBTQIAP+, bem como pela criação deste Núcleo MDB Diversidade no Ceará."

Thays Filizola, presidente MDB Diversidade Ceará, Sabrina Veras, vice-presidente Nacional do MDB Diversidade Nacional, e Janaina Renée, presidente Nacional do MDB Diversidade

O ex-senador e atual candidato a deputado federal pelo Ceará, Eunício Oliveira (MDB), lançou uma série de ataques contra Ciro Gomes (PDT) nas redes sociais. Ele afirmou que vai entrar com uma ordem para despejar o presidenciável do seu apartamento e o chamou de "mentiroso" e "coronelzinho de meia pataca".

Eunício acusou Ciro de ter recebido uma mala de dinheiro para a construção da Ponte Estaiada e disse que ele vendeu o apartamento, mas permanece no imóvel sem pagar aluguel. O próprio ex-senador comprou o apartamento e anunciou que vai entrar com uma ordem de despejo.

"Vc [sic] mora lá e tem vida nababesca, com dinheiro do Fdo [sic] Partidário, mas não paga aluguel, entrarei com uma ordem de despejo. Ciro, vc [sic] é um coronelzinho político decadente de meia pataca, mentiroso e dissimulado", publicou Eunício.

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O presidente do Senado que participou do processo de impeachment de Dilma Roussef (PT) também citou o cumprimento de mandados de busca e apreensão na investigação que ligava o pedetista ao recebimento de propina na reforma da Arena Castelão e o depoimento de Joesley Batista apontando que o Governo do Ceará cobrava dos empresário para liberar recursos do Fundo de Desenvolvimento Industrial.

Ciro Gomes ainda não rebateu as declarações do adversário político.

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A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) impôs nova derrota à Lava Jato, nessa terça-feira (15), ao determinar o arquivamento de inquérito contra o ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE), acusado de receber R$ 2,1 milhões em propinas da Odebrecht para atuar a favor da empreiteira na aprovação de uma medida provisória. O caso tramitava na Corte desde 2017, e ainda não havia levado à uma denúncia contra o emedebista.

O relator da operação no Supremo, ministro Edson Fachin, havia determinado o envio do inquérito à Justiça Federal do Distrito Federal no ano passado, quando Oliveira não se reelegeu senador e perdeu o foro privilegiado. A defesa do ex-senador recorreu, cobrando o arquivamento do inquérito. Em agosto de 2019, o ministro Gilmar Mendes pediu vista (mais tempo de análise) e travou o julgamento do recurso, retomado nesta terça.

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A PGR acusa Eunício Oliveira de receber R$ 2,1 milhões quando era líder do MDB no Senado para aprovar a medida provisória que instituiu o Regime Especial da Indústria Química, que levou à desoneração fiscal para aquisição de matérias-primas. A medida beneficiou a Braskem, braço petroquímico da Odebrecht.

Para Gilmar, as investigações se prolongaram por três anos, com produção de provas que ainda não comprovam as acusações contra o ex-senador. O ministro afirmou que o caso se trata de um 'inquérito natimorto que perdura quase três anos' em prejuízo a Olíveira.

No mesmo sentido votou o ministro Kassio Nunes Marques. Segundo ele, o inquérito se sustenta apenas em delações e planilhas de empresários 'sem a devida corroboração com os demais elementos informativos colhidos até então'.

"Permitir uma tramitação investigativa tão duradoura, com prorrogações sem qualquer perspectiva de seu encerramento configura, segundo penso, uma evidente ausência de justa causa para a continuidade do feito, impondo por isso mesmo o seu imediato trancamento", apontou.

A divergência formou maioria com o voto do ministro Ricardo Lewandowski, que disse não ter encontrado indícios que justificassem a manutenção do inquérito, aberto em abril de 2017. Os três votos derrotaram o relator da Lava Jato, Edson Fachin, e a ministra Cármen Lúcia, que defenderam a continuidade da investigação.

A galeria com imagens de ex-presidentes do Senado Federal ganhou um novo "morador". Encomendado no início de novembro, o retrato a óleo sobre tela de Eunício Oliveira (MDB-CE) já está pendurado na parede do Salão Nobre da Casa. A obra que retrata o ex-presidente custou R$ 8,2 mil à Casa.

Alvo de três inquéritos por suspeitas de corrupção, Eunício não conseguiu se reeleger como senador. Disse, após a derrota nas urnas, que iria se dedicar à sua vida pessoal. Ele nega as acusações.

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O retrato do ex-senador está ao lado do de seu antecessor e correligionário, Renan Calheiros (AL), também alvo de suspeitas de corrupção - responde a 14 inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF).

A obra recém-chegada, porém, é mais cara que a de Renan, que custou ao Senado R$ 6,9 mil em 2017 - R$ 7,4 mil, em valores atualizados pela inflação. Ambas foram pintadas pelo artista plástico Urbano José Pibernat Villela, de 76 anos.

Em conversa com a reportagem por telefone, Eunício afirmou ainda não ter visto a obra que inspirou. "Ninguém me falou disso, não. Mas se ficar bom, eu vou encomendar um para mim", afirmou o ex-senador.

No Palácio do Planalto e no STF, os ex-presidentes também são homenageados com retratos nas paredes após deixarem o posto. Nos dois casos, porém, são usadas fotografias. No Senado, a confecção de telas em óleo é uma tradição.

Filho do artista e responsável pelo ateliê de seu pai, Urbano Lago Villela Neto rebate críticas sobre o valor despendido pelo quadro. "É uma 'judiaria' (sic) e até um certo pecado pegar no pé de uma encomenda que o Senado faz para um artista brasileiro, renomado como meu pai é. O Senado tem tanto gasto supérfluo, às vezes uma troca de carpete do local é mais cara que a obra", disse ele. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Com a posse para o Senado marcada para o dia 1º de feverairo, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) já sabe onde vai instalar o seu gabinete pelos próximos oito anos. Ele vai herdar a sala ocupada atualmente pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-PB). A informação é do jornal Folha de São Paulo.

O filho do presidente Jair Bolsonaro vai despachar do 17º andar do anexo 1 do Congresso Nacional. onde fica a maioria dos gabinetes de senadores. De acordo com Eunício, que não conseguiu se reeleger, o pedido foi feito pelo primeiro suplente de Flávio, o empresário Paulo Marinho (PSL).

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"Quem me pediu foi o seu primeiro suplente, Paulo, logo após os resultados das eleições", disse o presidente do Senado à Folha. "Esta semana temos de retirar as coisas de lá", completou o emedebista, detalhando que Flávio só pode começar a usar o gabinete a partir de sexta.

Flávio toma posse na sexta-feira desgastado pelo caso do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Relatório da instituição apontou apontou que o ele recebeu em sua conta bancária 48 depósitos, em dinheiro, em junho e julho de 2017, sempre no valor de R$ 2.000, totalizando R$ 96 mil. Além disso, há investigações envolvendo o ex-assessor do filho de Bolsonaro, Flávio Queiroz.

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) não participa da reunião do Fórum dos Governadores do Nordeste que acontece na manhã desta quarta-feira (21), em Brasília. Apesar da previsão inicial da presença dele no encontro, o capitão da reserva ainda não chegou a sede do governo do Ceará na capital federal, onde os governadores eleitos e reeleitos dos Estados nordestinos estão reunidos.

Bolsonaro havia sido convidado pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT), no último dia 14 para se fazer presente do fórum. No dia, o petista estava representando a região no encontro de governadores eleitos promovido pelos futuros gestores de São Paulo, João Doria (PSDB), e do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

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Na reunião, os gestores devem fechar uma pauta de reivindicações para apresentar o futuro presidente do país. O Nordeste foi a única região em que Jair Bolsonaro não venceu as eleições em outubro. Além de Wellington Dias e o governador anfitrião, Camilo Santana (PT), estão presentes os de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB); da Bahia, Rui Costa (PT); de Sergipe, Belivaldo Chagas; do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

Os eleitos da Paraíba, João Azevedo (PSB), e do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT); os vices de Alagoas, Luciano Barbosa, e Pernambuco, Luciana Santos (PCdoB); e o presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (MDB), também estão na reunião.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), confirmou que a solenidade de posse do presidente eleito Jair Bolsonaro foi antecipada em duas horas e ocorrerá às 15h, em 1º de janeiro. Segundo ele, a mudança foi para atender a um pedido do próprio Bolsonaro.

A cerimônia está sendo organizada por uma equipe multidisciplinar com integrantes do Congresso Nacional, da Presidência da República e do Ministério das Relações Exteriores. Há solenidades nos três locais.

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Orçamento

Eunício disse ainda que pretende se reunir com os integrantes da área econômica do governo eleito. De acordo com ele, na pauta está a possibilidade de mudanças na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2019.

O senador afirmou que está à disposição para colaborar com a nova equipe. Segundo ele, é importante que o governo eleito tenha ciência do orçamento que vai implementar.

*Com informações da Agência Senado

O presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira, anunciou, em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (8), que fará reunião do Congresso Nacional na próxima terça-feira (13), às 15h, mesmo em uma semana com o feriado da Proclamação da República. Na quarta (14), ele disse que convocará sessão do Sendo para o período da manhã.

"Eu vou chamar sessão do Congresso [à tarde] na terça e [do Senado] na quarta de manhã. O feriado é só na quinta, então teremos que trabalhar segunda, terça e quarta", disse. Na pauta da reunião do Congresso agendada para as 15h, senadores e deputados deverão analisar vetos presidenciais e seus destaques, e cinco projetos de lei que abrem créditos adicionais ao Orçamento da União de 2018. A última, ocorrida esta semana, foi suspensa pelo senador. 

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Eunício também se manifestou sobre o projeto aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que rege o distrato na aquisição de imóveis. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) 68/2018, do deputado Celso Russomano (PRB-SP), fixa direitos e deveres das partes nos casos de rescisão de contratos de aquisição de imóveis em regime de incorporação imobiliária ou loteamento e tem um pedido de regime de urgência para análise em Plenário.

O parlamentar revelou que deve participar de uma reunião, em São Paulo, com representantes do setor — federações, sindicatos, associações e outras entidades que desejam fazer uma explanação sobre o texto. O setor está preocupado com a especulação no processo de compra e revenda de imóveis, e o projeto precisa dar tratamento diferenciado ao comprador efetivo, diferente daquele que faz apenas a especulação. 

"Ele tem regime de urgência solicitado pela Comissão de Assuntos Econômicos, eu vou analisar o projeto e fazer essa reunião para ver se tenho condições de pautar para a próxima semana", disse.

Da Agência Senado 

 

O presidente do Congresso Nacional, senador Eunício Oliveira (MDB-CE), afirmou, nesta terça-feira (6), que o texto da reforma da Previdência a ser analisado pelo Legislativo deve vir do presidente eleito.

“A reforma da Previdência, ou qualquer outra, deve ser encaminhada ao Congresso pelo presidente eleito e pela sua equipe. Qual é a reforma que o presidente eleito deseja, qual é o sentimento das ruas em relação a esse novo Congresso para fazer as reformas do Brasil? Acho que temos que ter um pouco de paciência para que isso possa acontecer com tranquildade”, disse o sendor, ao ser questionado sobre possibildade de votar o texto que tramita na Câmara dos Deputados ainda neste ano.

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Eunício disse que não tem nenhuma objeção à tramitação de matérias e lembrou que, no caso da reforma da Previdência, que é uma proposta de emenda à Constituição (PEC), o primerio passo para que o tema volte a ser discutido é suspender a intervenção federal no Rio de Janeiro, porque a Constituição não pode ser emendada nesses períodos. Ele lembrou que, depois disso, o texto precisa ser discutido em cinco sessões em dois turnos na Câmara e Senado.

O senador não quis, entretanto, opinar se o Rio de Janeiro já está pronto para sair da intervenção federal, ressaltando que tal avalição cabe ao presidente Michel Temer e ao governador do estado, Luiz Fernando Pezão. Sem dar detalhes do que ainda deve ser votado neste ano, Eunício afirmou que o Legislativo é um poder independente e que vai tocar as matérias que estão no Congresso Nacional.

Ele disse ainda que não foi procurado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, para conversar sobre a pauta de votações, mas sinalizou que pretende conversar com Paulo Guedes, já anunciado para o Superministério da Economia sobre a proposta orçamentária de 2019 que está em discussão no Congresso.

Eunício Oliveira e os presidentes dos outros dois Poderes da República, Michel Temer (Executivo) e Dias Toffoli (Judiciário) tiveram hoje um primeiro e breve encontro com Bolsonaro depois das eleições de outubro, por ocasião da sessão solene do Congresso em comemoração aos 30 anos da Constituição Federal de 1988.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), disse nesta terça-feira (23) que vai consultar a assessoria jurídica do Senado sobre a situação do senador Acir Gurgacz (PDT-RO), que veio para Brasília na semana passada para iniciar o cumprimento da pena em regime semiaberto. De acordo com Eunício, o Senado "fez o seu papel" com relação à defesa de Gurgacz, quando solicitou a suspensão do mandado de prisão ao Supremo Tribunal Federal.

"Na última reunião que tivemos, eu coloquei com muita clareza que essa decisão [de revogar ou confirmar o decreto de prisão] é uma decisão que compete ao plenário. Se tivesse dado o momento da prisão e o prazo dentro da Constituição, eu teria convocado o plenário para tomar essa decisão. Então eu vou analisar com o departamento jurídico agora", disse o presidente do Senado.

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Acir Gurgacz foi condenado em setembro por desvio de recursos de um financiamento obtido no Banco da Amazônia, entre os anos de 2003 e 2004, quando era diretor da empresa de ônibus Viação Eucatur. Após confirmar a condenação a quatro anos e seis meses em regime semiaberto, a Primeira Turma do STF determinou a prisão imediata do senador, que não pôde ser cumprida de imediato devido ao período das eleições. Gurgacz concorreu ao governo de Roraima no pleito de 7 de outubro.

De acordo com Eunício, caso a Mesa do Senado entenda que há a necessidade de pautar o assunto, caberá ao plenário como um todo a decisão de revogar ou não a prisão. Na tarde de hoje, alguns senadores se revezaram na tribuna para defender o parlamentar. Kátia Abreu (PDT-TO) criticou a condenação e disse que a Justiça tem a "rotina" de "castigar o mandato parlamentar". De acordo ela, a decretação da prisão em regime fechado ocorreu sem a publicação dos acórdãos da decisão.

"O senador nunca praticou um ato desonroso nesta Casa, nunca agrediu nenhum dos seus colegas. Ele é tido nesta Casa como uma das pessoas referência, em termos de caráter e de princípio. E subo a esta tribuna quantas vezes necessárias forem para defendê-lo. Não tenho obrigação com a porcaria, não tenho obrigação com a ladroagem, não tenho obrigação com a corrupção, mesmo praticada por um querido amigo. Mas o senador, além de ser um querido amigo, é um querido amigo honesto e honrado, e nós não podemos aceitar silenciosos essa pena que ele recebeu", disse.

O senador Roberto Requião (MDB-PR) lembrou que o processo é antigo e falou em "briga institucional" entre o Legislativo e o Judiciário. "Ora, de repente resolvem que o fato de terem usado não um chassi novo, mas um chassi reaproveitado consistiria num crime contra o Sistema Financeiro Nacional [...]. E eu não vejo crime algum em reconstruir um ônibus novo em cima de um chassi usado. É mais essa briga institucional de o Supremo Tribunal querer se sobrepor ao Senado, 'todo político é um pilantra'. Com toda sinceridade, pilantragem foi a prisão do Acir", afirmou.

Fraude e dispensa de garantias

Na semana passada, após se entregar à Polícia Federal no Paraná, o senador foi transferido para o presídio da Papuda, na capital federal, onde cumprirá a pena. Segundo denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF), Gurgacz obteve, mediante fraude de documentos e dispensa indevida de garantias, um empréstimo de R$ 1,5 milhão para renovação da frota de ônibus de sua empresa. A defesa do senador afirma que algumas etapas do processo foram queimadas e, com isso, não houve direito à ampla defesa e ao contraditório.

Segundo os advogados, o processo decorre de um empréstimo contraído em 2003, reconhecido como regular e "totalmente pago ao banco". "Para Gurgacz, está claro que quem está sendo condenado é o político – senador e candidato ao governo de Rondônia – e não o empresário ou a empresa – que pagaram todos os débitos, sendo que nem os gestores do contrato, nem os outros três avalistas foram penalizados", diz a nota.

 

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), defendeu nesta quarta-feira, 10, que seja dado um limite e penalidades para aqueles que divulgam as chamadas fake news. Em conversa com a imprensa hoje no Senado, Eunício lamentou que ferramentas importantes, como WhatsApp e Facebook, estejam sendo utilizados nessas eleições para difundir fake news. "É um instrumento, uma ferramenta importante, mas nós temos de ter limite e penalidade para aqueles que fazem fake news e não notícia", disse.

Eunício comentou que ele mesmo, durante a campanha eleitoral, chegou a ganhar quatro ou cinco direitos de resposta em razão de notícias falsas veiculadas por adversários. Questionado se considerava ter sido prejudicado por fake news nessas eleições, o presidente do Senado negou. "Fui prejudicado por outras coisas", limitou-se a responder, sem dar mais detalhes. Eunício não foi reeleito para mais um mandato de senador e só ficará no cargo até o fim de janeiro de 2019.

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A eleição para o Senado Federal deixa fora do Congresso políticos de renome, como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT-MG), que ficou em quarto lugar na disputa; o atual presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE); o vereador Eduardo Suplicy (PT-SP), ex-senador e aposta do partido para reforçar a bancada; o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), ex-ministro da Educação; e o deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE), ex-ministro da Educação.

A eleição do Rio de Janeiro foi a que causou maior desfalque: foram derrotados os senadores Lindbergh Faria (PT) e Eduardo Lopes (PRB), além dos deputados federais Miro Teixeira (Rede) e Chico Alencar (PSOL).

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Miro é o deputado com maior número de mandatos na atualidade. Ao todo são onze mandatos, com apenas uma interrupção, entre 1983 e 1987. Chico Alencar está no quarto mandato na Câmara dos Deputados. Um dos principais defensores de Dilma na Câmara dos Deputados, Silvio Costa (Avante-PE), tentou sem sucesso uma vaga no Senado. O líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE), também foi derrotado.

Os eleitores do Maranhão tiraram do cenário nacional o senador Edison Lobão (MDB) e o deputado Sarney Filho (PV), mas colocaram no Senado, o deputado Weverton Rocha (PDT) e a deputada Eliziane Gama (PPS). Já os deputados Alfredo Nascimento (PR-AM) e Alex Canziani (PTB-PR) tentaram o Senado, mas foram derrotados. Filho da senadora Kátia Abreu (PDT-TO), o deputado Irajá Abreu (PDT-TO) conquistou uma cadeira no Senado.

Os tucanos Ricardo Trípoli, em São Paulo, Bruno Araújo, em Pernambuco, e Jutahy Júnior, na Bahia, que atualmente ocupam uma vaga de deputado federal, perderam a eleição de senador. Os ex-governadores Beto Richa (PSDB-PR), Raimundo Colombo (PSD-SC), Marconi Perillo (PSDB-GO) e Jackson Barreto (MDB-SE) também não tiveram sucesso nas urnas.

Os senadores Garibaldi Alves Filho (MDB-RN), Antônio Carlos Valadares (PSB), Roberto Requião (MDB-PR), Valdir Raupp (MDB-RO), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Flexa Ribeiro (PSDB-PA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Vicentinho Alves (PR-TO), Ataídes Oliveira (PSDB-TO), Lúcia Vânia (PSB-GO), Wilder Morais (DEM-GO), Magno Malta (PR-ES), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), Waldemir Moka (MDB-MS), Benedito de Lira (PP-AL), Angela Portela (PDT-RR) e Paulo Bauer (PSDB-SC) não foram reeleitos.

Dos 18 senadores que se candidataram a governador, apenas dois conseguiram se eleger no primeiro turno: Ronaldo Caiado (DEM), em Goiás, e Gladson Cameli (PP), no Acre. 

Três vão disputar a eleição estadual no segundo turno: João Capiberibe (PSB), no Amapá; Antonio Anastasia (PSDB), em Minas Gerais, e Fátima Bezerra (PT), no Rio Grande do Norte.

Dos 33 senadores que tentaram a reeleição, oito conseguiram votos para voltar: Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Ciro Nogueira (PP-PI), Humberto Costa (PT-PE), Jader Barbalho (MDB-PA), Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Sérgio Petecão (PSD-AC).

Na última convocação para esforço concentrado antes do primeiro turno das eleições, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), cumpriu o que tinha planejado: deixou de fora polêmicas e colocou em votação pautas consensuais, que tem mais simpatia da população, como saúde e mobilidade urbana.

Entre projetos de Lei, indicações de autoridades, acordos internacionais, uma medida provisória e empréstimos para estados, Eunício comemorou o resultado do esforço concentrado: “mais de 47 itens votados neste esforço concentrado. Saio daqui feliz com a consciência de dever cumprido”. 

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"Estaremos de volta logo depois das eleições. Deputados e senadores são eleitos no primeiro turno, então não tem porque nós não reiniciarmos todos os trabalhos da Câmara do Senado e do Congresso Nacional já na semana seguinte à votação do primeiro turno. Vamos trabalhar normalmente e não em esforço concentrado", acrescentou.

O presidente do Senado lamentou não ter conseguido votar a medida provisória que amplia a renegociação de dívidas rurais e aumenta em mais de dez vezes a previsão de impacto fiscal dos descontos para sanar os débitos. O texto original da MP pretendia liberar a concessão de descontos apenas para a liquidação de dívidas no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

O texto a ser analisado pelo Senado, em sessão marcada para o dia 9 de outubro, retoma itens vetados pelo governo quando da sanção de lei sobre o Programa de Regularização Rural (PRR), conhecido como Refis do Funrural (Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural), e contempla as renegociações de dívidas de agricultores familiares, não só do Norte e Nordeste, mas também das regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, destacou nota da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). 

Outra pendência também já tem data para ser resolvida, mas dessa vez, em sessão do Congresso Nacional, convocada para o dia 10 de outubro. Trata-se do veto ao reajuste de R$ 52.86% ao piso salarial dos agentes de saúde e de endemias. Ao sancionar, no mês passado, a lei que regula a atividade desses profissionais, o presidente Michel Temer vetou o aumento.

“A intenção é derrubar o veto injusto aos agentes de saúde e agentes de endemias que são verdadeiros anjos da guarda. Eles visitam as casas dos pobres e botam o pé na lama para levar conforto e as vezes buscar essas pessoas para serem atendidas em algum posto de saúde. Nós vamos proteger aqueles que protegem os pobres do país, que são os agentes de saúde e endemias”, disse Eunício Oliveira.

Destaques

Além de aprovar nesta quarta-feira (5) a medida provisória que vai permitir desconto de R$0,46 no litro do óleo diesel, como parte do acordo que pôs fim à paralisação dos caminhoneiros em maio, o plenário aprovou também a ampliação da licença paternidade de militares de cinco para 20 dias. A proposta que vai à sanção presidencial já é válida para os demais servidores públicos.

Saúde

Na área de saúde os senadores aprovaram o projeto que garante ajuda de custo a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que necessitem de tratamento em cidades distantes mais de 50 quilômetros (km) de onde moram.

O texto (PLS 264/2017) prevê o pagamento para os gastos do paciente com alimentação, transporte e hospedagem. A ajuda só poderá ser paga após esgotados todos os meios de tratamento na cidade onde reside o paciente. Um acompanhante também poderá ter direito à ajuda, caso solicitado. A proposta ainda depende de votação na Câmara e deixa claro que os recursos para pagamento da ajuda de custo serão de responsabilidade apenas da União.

Outro projeto aprovado hoje é o que obriga os hospitais a notificarem casos de acidentes envolvendo crianças e adolescentes. Pelo PLC 13/2017 os estabelecimentos de saúde da rede pública e privada ficam obrigados a notificar aos órgãos públicos competentes os casos de acidentes envolvendo menores de idade. A intenção é dar mais informações para que o poder público possa planejar ações que previnam mortes e hospitalizações de crianças e jovens. A obrigação recai sobre os gestores dos hospitais e os profissionais responsáveis pelo atendimento. Caso não o façam, eles estarão sujeitos a penalidades administrativas. Como foi modicada no Senado, a proposta volta para análise dos deputados.

Mobilidade

Outro destaque desta quarta-feira no Senado foi a votação do projeto que cria o Programa Bicicleta Brasil (PBB), de incentivo ao uso da bicicleta para melhoria das condições de mobilidade urbana. O texto quer promover a integração das bicicletas ao sistema de transporte público coletivo; apoiar estados e municípios na instalação de bicicletários públicos e na construção de ciclovias e ciclofaixas; e promover campanhas de divulgação dos benefícios do uso desse meio de transporte.

O texto aprovado prevê que o programa será financiado por 15% do total arrecadado com multas de trânsito e coordenado pelo Ministério das Cidades. As ações também poderão ser financiadas com recursos da Cide-Combustíveis, por meio de alteração na lei que fixa os critérios desse tributo (Lei 10.636, de 2002) e no Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503, de 1997). Já aprovada na Câmara, o texto só depende agora da sanção presidencial.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse nesta terça-feira, 31, que o Diretório Nacional do partido irá entrar com um recurso junto ao Diretório petista no Ceará para derrubar decisão da legenda no Estado de não indicar nome ao Senado Federal nas eleições deste ano. A estratégia foi articulada pelo governador Camilo Santana (PT-CE), com objetivo de facilitar a reeleição do senador Eunício Oliveira (MDB-CE) no Estado, de quem Santana é aliado informal.

"Nós devemos ter um recurso a esse respeito no diretório nacional. Já fomos avisados disso, vamos discutir essa situação no diretório, portanto, é afirmar que o presidente Lula não mandou nenhuma carta de apoio a Eunício e não apoiaremos Eunício. A discussão sobre a vaga será feita no diretório nacional. Ele (Camilo Santana) que tem que responder sobre isso (proximidade com Eunício), estou falando da posição do PT. Nós não apoiamos o Eunício, temos uma posição contrária a ele e o governador sabia disso. Já tinha manifestado a esse respeito", disse Gleisi.

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A opção de não ter candidato ao Senado foi tomada em votação realizada pelos militantes do partido no Ceará. O grupo ligado a Camilo Santana obteve ampla maioria. Com isso, a chapa do governador cearense abre as portas também para Cid Gomes, irmão e coordenador da campanha de Ciro disputar uma das vagas àquela Casa. Uma coligação gigante apoia a reeleição de Santana. O PDT de Ciro é um dos partidos que fazem parte dela.

Como mostrou a Coluna do Estadão, a estratégia de Camilo Santana rifou as chances do partido tentar reeleger um senador do próprio partido, no caso José Pimentel (PT-CE), que pleiteava uma vaga na chapa. "Lamento muito a decisão do meu partido de abrir mão de disputar uma das duas vagas ao Senado Federal. As consequências serão históricas e percebidas a partir de 2019", disse o petista.

A situação deve se repetir em outros Estados. No Amazonas, o PT abriu mão de lançar candidato ao Senado para apoiar a reeleição de Vanessa Grazziotin (PCdoB). No Piauí, o partido vai apoiar Ciro Nogueira (PP) em detrimento de tentar reeleger Regina Souza (PT). No Amapá, vai de João Capiberibe (PSB).

No Maranhão, o partido rifou a candidatura própria para apoiar os nomes escolhidos pelo governador Flávio Dino (PCdoB). Não vai indicar nem os suplentes. Com isso, o PT vai completar 12 anos sem lançar candidato no Estado.

Para evitar ficarem inelegíveis, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), fizeram viagens ao exterior nos últimos três meses que custaram pelo menos R$ 250 mil aos cofres públicos. Os gastos se referem a diárias de servidores e custo em aviões da Força Área Brasileira (FAB). Ambos foram em missões oficiais a outros países nos mesmos períodos em que o presidente Michel Temer (MDB) deixou o Brasil. Apesar de Oliveira e Maia recusarem receber as diárias a que teriam direito nessas viagens, outros parlamentares e servidores os acompanharam, gerando gastos para os cofres públicos.

Se permanecessem no País, Maia ou Eunício teriam de assumir a Presidência da República, por estarem na linha sucessória, e pela legislação eleitoral ficariam impedidos de concorrer nas eleições deste ano - os dois são candidatos à reeleição. Em todas as ocasiões, quem assumiu a Presidência interina foi a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF).

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A primeira das viagens foi no início de abril, quando Temer participou da 8.ª Cúpula das Américas, no Peru. Naquele mês, o presidente do Senado foi ao Japão, em uma missão oficial acompanhado dos senadores Jorge Viana (PT-AC) e Antônio Anastasia (PSDB-MG).

A assessoria de Eunício informou que ele pagou as passagens do próprio bolso e que as despesas de hotel foram cortesia do governo japonês. O site da Casa, porém, mostra o pagamento de R$ 30.138 aos dois senadores que o acompanharam e também a servidores, além de um empenho de R$ 14 mil para serviço de foto, intérprete e guia durante a missão. Eunício chegou a publicar em sua rede social imagens dos parlamentares em visita ao Memorial da Paz de Hiroshima. Algumas destas fotos foram publicadas também no site do Senado.

Procurado, Anastasia defendeu a importância da viagem. Por meio de sua assessoria, o senador afirmou que manteve "intensa agenda, entre as quais visita ao Congresso e ao Keidanren, a confederação nipônica de indústrias". Viana não respondeu até a conclusão desta edição.

Panamá

Na mesma data, Rodrigo Maia realizou uma missão oficial no Panamá. Ele também abriu mão de suas diárias, mas foi acompanhado de outros quatro deputados e servidores, o que resultou num custo total de R$ 51.134,99 em diárias.

Além disso, a viagem foi realizada com um avião da FAB, o qual o deputado tem direito. A Força Aérea não divulga informações sobre o gasto dessas viagens, mas uma estimativa feita por especialistas, levando-se em conta o modelo do avião e a distância percorrida, aponta para um gasto aproximado de R$ 53 mil apenas com o combustível para ida e volta ao País.

Em junho, quando Temer foi ao Paraguai, Maia realizou uma viagem para Portugal e Eunício foi para Argentina. Na Câmara, as diárias dos servidores somaram R$ 36.524. No Senado foram mais R$ 5.346. Eunício usou um avião da FAB com um gasto de combustível estimado em R$ 31 mil.

Ainda no início deste mês, enquanto o emedebista foi a Cabo Verde, Maia realizou uma missão oficial ao Chile, cuja despesa ainda não foi contabilizada na Câmara. Mas foi usado um avião da FAB, com estimativa de custo de R$ 38.500.

Maia não quis comentar a situação e disse que está apenas cumprindo o que prevê a lei. Ele afirmou que abriu mão de todas as diárias, assim como Eunício. Por meio de sua assessoria, o presidente do Senado disse ainda que defende mudanças na lei da inelegibilidade, "ou que seja encontrado outro mecanismo para evitar que tenham que ocorrer essas saídas do País".

O economista Gil Castello Branco, fundador e secretário-geral da entidade Contas Abertas, afirmou que, por mais que os parlamentares tentem reduzir os gastos, recusando suas diárias, ainda há um ônus ao Estado com as demais despesas. "Ainda que essas viagens fossem muito úteis, seria muita coincidência que elas acontecessem sempre nas mesmas datas das saídas do presidente", disse ele. "Dentro da racionalidade, como eles são substitutos naturais do presidente, deveriam estar aptos a substituí-lo", completou. Ele defende que a lei atual seja revista. "O TSE deveria se preocupar com isso", disse ele.

Tramita no Congresso uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria de Rodrigo Garcia (DEM-SP), líder da bancada de Maia na Câmara, para mudar a regra. A matéria só pode ser apreciada após o fim da intervenção do Rio de Janeiro, mas Garcia acredita que a proposta tem apoio suficiente para ser aprovada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Congresso Nacional promove sessão conjunta na terça-feira (26), a partir das 11h, com sete vetos presidenciais na pauta de votações. Também há a possibilidade de o presidente do Senado, Eunício Oliveira, incluir na pauta projetos de lei que abrem créditos especiais ou suplementares para órgãos do Poder Executivo.

O primeiro item a ser votado é o veto que atingiu a lei de regulamentação da profissão de arqueólogo (Lei 13.653/2018). A decisão do presidente Michel Temer (MDB) cancelou vários artigos, inclusive o que determinava a exclusividade do desempenho das atividades de arqueólogo por profissionais da área.

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De acordo com o emedebista, o dispositivo poderia conduzir à interpretação de que todas as atividades arroladas na lei sancionada seriam de exercício privativo. Tal interpretação entraria em conflito com o livre exercício profissional, ao reservar atividades ou atribuições exclusivas.

Também na pauta está o veto que anulou totalmente o PLC 58/2016, que transformaria em rodovia federal a estrada entre os municípios de Bom Jesus (RS) e Bom Retiro (SC). São 161 quilômetros da estrada conhecida como “Rota das Neves” por interligar a Serra Gaúcha com a Serra Catarinense. Outros cinco vetos deste ano ainda devem ser avaliados.

*Da Agência Senado

A Câmara dos Deputados e o Senado realizam, na manhã desta terça-feira (29), uma reunião da comissão geral para debater os sucessivos aumentos dos preços dos combustíveis no Brasil, que resultou em uma crise com a paralisação das atividades dos caminhoneiros. A greve, apesar de acordos firmados com o Governo Federal, já está no nono dia. O movimento tem resultado no desabastecimento de diversos setores do país. 

Os ministros de Minas e Energia, Wellington Franco; e da Fazenda, Eduardo Guardia, foram convidados para participar do debate no Plenário da Câmara. Além de representantes da Petrobras, de distribuidoras, de postos e especialistas do setor. 

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Os constantes aumentos dos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha chamaram a atenção do Parlamento brasileiro. Os presidentes do Senado, Eunício Oliveira, e da Câmara, Rodrigo Maia, anunciaram que vão reunir deputados, senadores, autoridades e especialistas do setor para um debate sobre o tema no dia 30 de maio.

Trata-se de uma Comissão Geral, prevista no artigo 91 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que permite a interrupção dos trabalhos ordinários da sessão plenária para debater assunto considerado relevante, discutir projeto de lei de iniciativa popular ou receber algum ministro de Estado.

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Segundo o Regimento, pode haver no máximo dois convidados indicados por partido ou bloco, cuja lista deverá ser divulgada pela Mesa com, no mínimo, 24 horas de antecedência. Neste caso, Rodrigo Maia já anunciou que serão chamados representantes da Petrobras, de distribuidoras, de postos, do governo, além de especialistas.

A intenção, segundo Maia, é buscar ações para enfrentar as causas que encararem os combustíveis, impactando diretamente na vida da população brasileira.

Nas redes sociais, o deputado publicou mensagem dizendo que o governo federal deve, a curto prazo, avaliar a possibilidade de zerar a Cide e reduzir o PIS/Cofins sobre os combustíveis. Os estados, segundo ele, dever avaliar a questão do ICMS. "São ideias de políticas compensatórias para enfrentar o momento atual. E estão distantes do congelamento de preços que vimos no passado", afirmou.

Na manhã desta segunda-feira (21), os chefes do Legislativo divulgaram uma nota conjunta:

“As sucessivas elevações dos preços dos combustíveis  - sobretudo da gasolina, do diesel e do gás de cozinha - levam os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados a chamar uma Comissão Geral conjunta, no Congresso, em 30/5, para debater e mediar saídas que atendam aos apelos da população.

O preço dos combustíveis, no nível em que se encontra,  impacta negativamente o dia a dia dos brasileiros.

Petrobras, distribuidoras, postos, governo e estudiosos do setor serão convidados a propor e buscar ações imediatas diante da crise geopolítica global que encarece os combustíveis”.

Eunício Oliveira, presidente do Senado Federal

Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados

*Das Agências Senado e Câmara

Em nota, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE) afirmou que a narrativa das delações premiadas do executivo Ricardo Saud e do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado é "falsa e caluniosa".

"O senador Eunício Oliveira nunca recebeu doações eleitorais do senhor Sérgio Machado, seu adversário político histórico, ou do Partido dos Trabalhadores, conforme é possível verificar na prestação de contas aprovada pela Justiça Eleitoral", escreveu a assessoria de imprensa do senador.

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Nesta quarta-feira, 16, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de um inquérito para apurar um suposto esquema de pagamentos milionários do grupo J&F a congressistas do MDB, entre eles Oliveira. As suspeitas foram levantadas nos depoimentos dos delatores.

Em sua delação, Saud disse ter havido pagamento da ordem de R$ 46 milhões a senadores do MDB, a pedido do PT. De acordo com o executivo, apesar de diversas doações terem sido oficiais, trata-se de "vantagem indevida", já que dirigentes do PT estariam comprando o apoio de peemedebistas para as eleições de 2014 para garantir a aliança entre os dois partidos.

Além de Oliveira, o esquema teria beneficiado os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Jader Barbalho (MDB-PA), Renan Calheiros (MDB-AL), Valdir Raupp (MDB-RO) e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rego.

O pedido de alteração do nome parlamentar com a inclusão do sobrenome Lula, iniciado na Câmara dos Deputados, também está sendo adotado por senadores. Nesta quarta-feira (11), a senadora Gleisi Hoffmann (PR), que também é presidente nacional do PT, encaminhou um ofício ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), solicitando a mudança no painel da Casa Alta. 

De acordo com os regimentos internos, os parlamentares são citados nos painéis das Casas Legislativas a partir de uma escolha pessoal da nomenclatura. A presidente petista quer passar a ser chamada de Gleisi Lula Hoffmann. 

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Na Câmara dos Deputados, mais de 20 petistas fizeram a solicitação. A ideia é de que toda a bancada do PT, composta por 60 deputados, tenha o sobrenome Lula incluído na forma como é chamado nos registros da Casa. Os pedidos devem ser apreciados pelos presidentes, tanto Eunício como Rodrigo Maia (DEM), da Câmara, ainda não se manifestaram sobre as mudanças.

O ex-presidente Lula está preso desde o último sábado (7), na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, no Paraná, para cumprir a pena de 12 anos e um mês de reclusão, em regime fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. 

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