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O general da reserva Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, prestará depoimento à CPMI do 8 de Janeiro nesta terça-feira (26). O colegiado investiga as manifestações antidemocráticas que culminaram no ataque aos prédios dos Três Poderes, em Brasília, na segunda semana do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Heleno, aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro (PL), não é alvo de nenhum dos inquéritos que envolvem o ex-presidente, e será ouvido como testemunha. Ao Estadão, ele confirmou que comparecerá à comissão.

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No requerimento para que a CPMI colhesse o depoimento do general, a relatora Eliziane Gama (PSD-MA) considerou que, "em razão de sua posição de então ministro do Gabinete de Segurança Institucional", Heleno pode apresentar "informações de enorme valia para a condução dos nossos futuros trabalhos na presente comissão".

A senadora Ana Paula Lobato (PSB-MA), por sua vez, destacou em requerimento que é "necessário que o depoente esclareça, entre outras coisas, seu envolvimento direto ou indireto em fatos que possuam nexo de causalidade na tentativa de golpe ocorrida em 08 de janeiro de 2023".

Heleno foi ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal em junho e manteve-se fiel a Bolsonaro, como ele mesmo afirmou. O ex-GSI disse não ter sido articulador de golpe e recorrentemente respondeu "não me lembro" ao ser questionado por deputados de partidos da oposição.

Heleno era chefe do GSI durante suposta reunião golpista com as Forças Armadas

Segundo vazamentos da delação premiada de Mauro Cid, o ex-presidente Jair Bolsonaro se reuniu com a cúpula das Forças Armadas para discutir a possibilidade de uma intervenção militar para anular o resultado da eleição de 2022, quando Lula foi escolhido para a Presidência. Heleno era chefe do GSI e aliado próximo de Bolsonaro à época e seu depoimento foi marcado logo depois da revelação. Os parlamentares da CPMI devem apurar o possível envolvimento dele na ocasião.

GSI de Heleno recebeu golpistas

Em requerimento de convocação do ex-chefe do GSI, os deputados Rubens Pereira Júnior (PT-MA) e Rogério Correia (PT-MG) apontam uma reportagem do portal Agência Pública que revelou que "entre os dias 1º de novembro e 31 de dezembro de 2022, o GSI, então chefiado pelo general Augusto Heleno, recebeu várias pessoas envolvidas com os atos, incluindo 'um dos golpistas presos em flagrante após a invasão às sedes dos Três Poderes'".

General fazia parte de grupo de WhatsApp com golpistas

Em entrevista ao portal UOL, o coronel aviador reformado Francisco Dellamora disse que Heleno participou de um grupo de WhatsApp que envolvia militares da ativa e da reserva, com discussões sobre possíveis ações golpistas. O grupo existiu até o 8 de janeiro, dia dos ataques às sedes dos Três Poderes, e contava com a presença do general da reserva Sérgio Etchegoyen, que foi chefe do GSI durante o governo Michel Temer (MDB).

Bolsonaristas queimaram ônibus na diplomação de Lula

O general Heleno ainda era chefe do GSI quando bolsonaristas tentaram invadir a Polícia Federal e queimaram ônibus na noite de 12 de dezembro, dia da diplomação do presidente Lula. Não houve prisões decorrentes dos atos. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal chegou a afirmar que "não foram constatadas prisões relacionadas aos distúrbios civis ocorridos".

'Bandido sobe a rampa?'

Em vídeo divulgado pelo site Metrópoles em dezembro do ano passado, um manifestante perguntou a Heleno se "bandido sobe a rampa", em referência ao presidente Lula, que tomaria posse em algumas semanas. O general respondeu que "não".

Na CPI dos Atos Antidemocráticos no Distrito Federal, Heleno foi questionado sobre o tema, mas negou que se referisse ao petista e disse que continua achando que ladrão não sobe a rampa.

Generais de Heleno permaneceram no GSI de Lula

Os generais Carlos José Russo Assumpção Penteado e Carlos Feitosa Rodrigues, que faziam parte da gestão de Heleno no GSI, permaneceram no órgão nos primeiros dias do governo Lula - inclusive durante os atos de 8 de janeiro. Foram exonerados apenas em 23 de janeiro e em abril foram chamados para prestar depoimento no âmbito da Operação Lesa Pátria, que apura a suposta conivência e participação de integrantes das Forças Armadas com a invasão das sedes dos Três Poderes.

Heleno pode ajudar a esclarecer as ações de seus subordinados nos atos e se houve algum tipo de conivência da parte deles.

Contexto desfavorável ao militar

Em junho, em depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos no Distrito Federal, o general Heleno disse que os acampamentos golpistas eram "locais sadios" e minimizou as ocorrências. "Acho que o tratamento que estão dando a essa palavra golpe não é adequado. Um golpe, para ter sucesso, precisa ter líderes, um líder principal, não é uma atitude simples. Esse termo golpe está sendo empregado com extrema vulgaridade. Uma manifestação, uma demonstração de insatisfação não se pode caracterizar um golpe", alegou.

Mas o contexto agora é menos favorável ao ex-chefe do GSI do que há três meses. O testemunho dele ocorrerá entre diversos reveses que têm atingido os militares nas últimas semanas, como a operação da Polícia Federal que cita o general Braga Netto em uma investigação sobre supostos desvios de dinheiro público durante a intervenção federal no Rio de Janeiro.

O depoimento ocorre também após vazamentos de trechos da delação premiada do tentente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Segundo informações já divulgadas na imprensa, Cid chegou a afirmar que entregou ao ex-presidente dinheiro vivo, oriundo da venda ilegal de joias da Presidência. Disse, também, que Bolsonaro consultou a alta cúpula das Forças Armadas sobre possibilidade de dar um golpe depois da vitória de Lula.

Como mostrou a Coluna do Estadão, Heleno ativou o modo "não sei de nada" sobre a delação de Cid. O general da reserva tem dito a interlocutores que não pretende se manifestar sobre supostas informações de que ele seria citado na colaboração do ex-ajudante de ordens.

O desfile em comemoração ao Dia da Independência, no 7 de setembro, terá como slogan "Democracia, soberania e união" e a expectativa é de 30 mil pessoas acompanhando a cerimônia. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não discursará. As informações foram divulgadas nesta terça-feira, 29, pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom).

A previsão é de um desfile enxuto que deve durar cerca de duas horas. De acordo com a Secom, que organiza o evento, na programação, terá a execução do Hino Nacional, passagem das tropas das Forças Armadas, apresentação de escolas, como a do governo do Distrito Federal, profissionais do Corpo de Bombeiros, bandas e participações especiais de várias instituições. Além disso, terá o tradicional show aéreo da Esquadrilha da Fumaça, da Força Aérea Brasileira (FAB).

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Na tribuna do presidente, a expectativa é de 200 convidados, entre ministros, chefes de Poderes e representantes das Forças Armadas - Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e da FAB.

Na véspera do evento, na noite do dia 6, Lula fará um pronunciamento em rede nacional. O discurso do petista deve reafirmar o conceito de democracia, soberania e reconstrução nacional.

No feriado, a Esplanada dos Ministérios será fechada. Será proibido se aproximar da cerimônia com objetos como fogos de artifício, armas (inclusive de brinquedo), sinalizadores a laser, artefatos explosivos, sprays, mastros de bandeiras e outros itens. Será vedado o uso de drones no local.

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma, nesta quarta-feira (30), o julgamento da ação que discute o marco temporal para demarcação de terras indígenas, com uma incógnita: o voto do ministro Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Manifestações recentes de Zanin têm deixado receosos alguns parlamentares da base governista.

Deputados ouvidos pelo Estadão se mostraram preocupados com o voto de Zanin no caso do marco temporal, pauta importante para a esquerda. O ministro tem marcado posição em seu primeiro mês na Corte com votos que são alvo de críticas de aliados do presidente e agradam a opositores.

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Um voto mais recente acendeu o alerta entre defensores dos direitos indígenas. No sábado, Zanin votou contra o reconhecimento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) sobre violência policial contra os povos guarani e kaiowa em Mato Grosso do Sul. Na decisão, acompanhou o relator, Gilmar Mendes, assim como outros dois ministros: Kassio Nunes Marques e André Mendonça, indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O grupo foi derrotado pela posição formada por Rosa Weber, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Dias Toffoli. Mas a postura do ministro é lembrada agora por parlamentares que têm receio dos próximos passos de Zanin.

Julgamentos

Em outros julgamentos, envolvendo a posse de pequenas quantidades de drogas e a equiparação de ofensas contra a população LGBT+ à injúria racial, os votos de Zanin contrariaram a militância de esquerda. O deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), crítico aos votos de Zanin, disse ao Estadão que sua expectativa é de que o ministro "vote a favor do direito dos povos indígenas".

"As últimas votações foram suficientes para o grau de descontentamento gerado com aquilo que ele decidiu. Espero que ele se redima, não fazendo nenhum favor, não, (mas) votando aquilo que é justo."

Em artigo publicado no site do Estadão, o ex-deputado Ney Lopes defendeu os votos de Zanin, suportados por entendimentos técnicos. "Criticá-lo é ser favorável à parcialidade da Justiça e defender que os indicados para as Cortes Superiores se transformem em súditos de quem influiu na sua nomeação", observou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os notívagos têm, em geral, a mesma expectativa de vida que os madrugadores, exceto se bebem e fumam, de acordo com um estudo publicado na sexta-feira (16).

Um estudo anterior indicava que quem ia dormir tarde tinha 10% mais chances de morrer, qualquer que fosse a causa, do que quem acordava cedo.

O estudo foi realizado no Reino Unido em 2018, após entrevista com meio milhão de pessoas entre 38 e 73 anos.

Agora, outro grupo de pesquisadores, que publica seus resultados na revista especializada Chronobiology International, dedicou-se a pesquisar a relação entre álcool ou cigarro e essa vida noturna.

O estudo se baseia em uma longa pesquisa iniciada em 1981 na Finlândia, onde o regime de vida de 24 mil gêmeos do mesmo sexo começou a ser monitorado.

Um terço foi definido como pessoas com tendência à vida noturna e 10%, como totalmente notívagos. Os demais se declararam matutinos.

Notívagos tendem a beber e fumar mais do que outros.

Quase 40 anos depois, em 2018, os cientistas retomaram a análise. Mais de 8.700 gêmeos haviam falecido e, a partir dos dados, os pesquisadores descobriram que os gêmeos mais noturnos tinham uma taxa de mortalidade 9% maior.

A diferença se deve "principalmente ao cigarro e ao álcool", aponta a pesquisa.

Para o principal autor do estudo, Christer Hublin, do Instituto Finlandês de Saúde Ocupacional, “as pessoas que são realmente noturnas devem refletir sobre seu consumo de álcool e tabaco, se forem consumidores”.

A hora em que os indivíduos vão para a cama (seu "cronotipo") tem "pouco ou nenhum efeito" sobre sua taxa de mortalidade, quando não são adicionados os fatores agravantes.

Para Jeevan Fernando, especialista da Universidade de Cambridge, o estudo é sólido, embora tenha limites.

O fato de o estudo ter começado em 1981 com uma simples pergunta aos participantes, sobre se eram madrugadores ou notívagos, é "insatisfatório, porque não inclui nenhuma informação objetiva".

O estudo também não inclui outros produtos, exceto álcool e tabaco, destacou Jeevan Fernando.

O presidente do Bradesco, Octavio de Lazari Junior, disse nesta sexta-feira, 5, que a expectativa dos credores da Americanas é de um acordo até junho, conforme antecipou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) em abril. Segundo ele, o acordo não será "ótimo", mas deve atingir um ponto "razoável" a todas as partes envolvidas.

"Entre a última divulgação e esta, tivemos evoluções nas tratativas com a empresa", disse ele, sem citar a Americanas nominalmente, em coletiva de imprensa para comentar os resultados do banco no primeiro trimestre, divulgados na quinta-feira.

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Lazari afirmou que os bancos e os demais agentes envolvidos, tanto na ponta dos credores quanto na da empresa, estão discutindo os termos de um acordo. Esse desfecho deve ser "razoável" e não "ótimo", segundo o presidente do Bradesco.

"Não sabemos o quanto podemos recuperar, gostaríamos de recuperar 100% do que provisionamos", disse ele.

A Coluna do Broadcast mostrou que os bancos gostariam que o trio de acionistas de referência da Americanas, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, aportasse R$ 12 bilhões na companhia já de cara. A proposta atual contempla R$ 10 bilhões e uma tranche de R$ 2 bilhões que só seria aportada no futuro, a depender do desempenho da varejista.

Maior credor financeiro da Americanas, o Bradesco provisionou toda a exposição à companhia, de cerca de R$ 4,9 bilhões, no balanço do quarto trimestre do ano passado.

O vice-presidente institucional da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Marcio Milan, disse que o setor está com perspectiva positiva para as vendas de fim de ano. São 66% os supermercadistas que esperam vendas de Natal superiores a 2021. Pesquisa da Abras também indica alta de 11,2% no consumo de carnes natalinas no período.

A média de preço nacional para a cesta de produtos natalinos está em R$ 294,75, alta de 9,8% em relação ao medido no fim de 2021.

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A cesta composta por 35 produtos de largo consumo, dentre eles alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza apresentou alta de 0,42% em novembro frente a outubro, puxada por tomate (+17,79%), cebola (+13,79%), batata (+8,99%) e farinha de mandioca (+5,69%).

Com a variação registrada em novembro, o preço médio da cesta nacional passou de R$ 743,75 em outubro para R$ 746,85 em novembro. No acumulado em 12 meses, a alta é de 6,47%.

O final do ano chegou e com ele fazemos a tão conhecida retrospectiva sobre o que foi realizado e o que faremos no ano que se aproxima. O que fiz e aprendi em 2022? Quais os meus objetivos e planos para 2023?

É nesta época que começamos a refletir sobre isso, o que certamente provoca inúmeros sentimentos e atitudes, ansiedade, estresse, expectativa…. Especialmente neste momento em que vivemos, de tantas incertezas, de crise económica, política e ideológica. Este é o momento de preparar-nos para realidades inesperadas e ameaçadoras. Tempo de (re)estruturação e organização dos nossos projetos, muitas vezes “engavetados”.

Ao planejar, não crie altas expectativas, pois isso poderá lhe causar um elevado nível de estresse. Quando esperamos algo e isto é frustrado, o resultado é muita tensão e preocupação. Aprenda, então, a gerenciar as suas expectativas e a controlar toda ansiedade que decorre durante a implementação dos seus planos, desta forma conseguirá reduzir suas frustrações e desilusões, quando estes não forem concretizados ou forem realizados de forma diferente daquilo que idealizou.

Um novo ano se aproxima, e se deseja que 2023 seja com menos estresse e com mais confiança, ao pensar em suas metas futuras, leve em consideração estas três rápidas sugestões:

1 - Analise o Contexto – Ao fazer os seus planos para 2023, considere não apenas os seus interesses e decisões, mas leve em conta o que as pessoas ao seu redor pensam e as experiências daqueles que já passaram pelo mesmo contexto. Assim poderá gerenciar melhor as suas expectativas e transformá-las em situações mais concretas.

2 - Defina o seu Plano de Ação – Após analisar os prós e contras da sua decisão e planos, estabeleça as ações pensando nas condições favoráveis e adversas. Seu objectivo é assegurar ao máximo a capacidade de implementação do seu plano, mesmo em tempo de incertezas.

3 - Estabeleça Prazos e Execute – Ao definir as ações, estabeleça prazos realistas para cada ação e coloque em prática. A organização de um cronograma facilita, mas não adiantará nada se não cumprir com os prazos definidos para realização e conclusão de cada tarefa. No seu plano de ação, faça opção por períodos de curto prazo (meses), como já dito e visto, na atual conjuntura, não podemos fazer planos de longa duração (1 ano).

Importa sempre lembrar que, independentemente da retrospectiva que estamos a fazer agora e dos sentimentos que ela pode trazer ao pensar no futuro, este é momento ideal para juntos construirmos um Ano Novo de muita confiança. E se nos seus planos pretende mudar para Portugal, conte com a gente!

O novo governo que assume em 1º de janeiro terá de enfrentar entraves na área econômica que vão bem além da questão fiscal, na avaliação de analistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo. A economia que espera o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva já mostra sinais de desaceleração, taxa de juros alta, inflação ainda elevada e uma produtividade que não cresce há cerca de dez anos. E, para piorar, a economia internacional também enfrenta um cenário difícil. A tendência, dizem os especialistas, é que esse panorama faça a "lua de mel" de Lula ser curta quando comparada à de outros governos.

Antes mesmo das eleições, os economistas já vinham projetando uma desaceleração brusca para 2023. Enquanto neste ano o PIB deve avançar ao redor de 2,75%, para o ano que vem é esperado um crescimento entre 0,5% e 1%. Se ficar nesse patamar, será o pior resultado desde 2016, excetuando 2020, cuja atividade foi impactada pela pandemia.

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"A desaceleração já está encomendada, e a responsabilidade vai cair nas costas do novo presidente. É meio que dado que a lua de mel vai ser curtíssima. Normalmente, ela dura de três a quatro trimestres passadas as eleições. Não vai durar isso com esse quadro de polarização e desaceleração", diz o economista Braulio Borges, da LCA Consultores.

A economista Zeina Latif vai na mesma linha: "Não é que vamos para um quadro de colapso, mas terá uma arrumação na economia. A população em geral não sabe disso e pode dizer que (a desaceleração) é culpa do Lula. Será importante esse balanço ser feito (pelo novo governo) e cuidar da comunicação."

Segundo Zeina, o quadro é mais difícil agora do que o enfrentado por Jair Bolsonaro em 2019, quando a situação fiscal estava encaminhada e a taxa básica de juros, a Selic, encontrava-se em patamar baixo. No início do governo Bolsonaro, a taxa era de 4,5%; hoje, está em 13,75%.

Na comparação com o primeiro governo de Lula, o cenário também é tido como mais delicado. Apesar de 2002 ter terminado com uma inflação de 12,5% e com uma Selic de 25%, a situação fiscal era mais controlada e o cenário internacional mais favorável, com o superciclo das commodities dando seus primeiros sinais.

"O desafio do novo governo não é só digerir a herança fiscal (do governo Bolsonaro), mas trazer o crescimento sustentado de volta quando o mundo está entrando em recessão. Tem uma herança maldita não só na área fiscal, mas na ambiental e na de resultados econômicos e sociais", diz o economista José Roberto Mendonça de Barros, da MB Associados.

Ele destaca que foi feito um "embelezamento" nos indicadores econômicos no último ano. Isso porque a relação dívida/PIB caiu em parte devido à inflação. Também por conta do aumento do preço das commodities, que ajudou o PIB brasileiro no início de 2022, e à postergação de gastos para 2023.

Aperto

Ao mesmo tempo que terá de lidar com essa realidade, Lula enfrentará a atividade econômica sofrendo o auge dos efeitos do aperto monetário promovido pelo Banco Central para segurar a inflação. Segundo cálculos de Braulio Borges, o juro neutro (que não estimula nem desacelera a economia) no Brasil seria hoje de 4,5%. A taxa real de juro (descontada a inflação), no entanto, está em 8% ao ano. "É uma política monetária bastante contracionista e isso vai ficar mais evidente no começo de 2023, porque o mercado de trabalho reage com defasagem."

Na área fiscal, os Estados devem adotar políticas contracionistas, reduzindo seus gastos após a elevação feita em 2022, por conta da eleição, e depois de virem as receitas cair por causa da redução do ICMS sobre a gasolina promovida pelo presidente Jair Bolsonaro.

Em âmbito federal, Borges calcula que haverá expansão fiscal se os gastos do governo ultrapassarem os 19% do PIB deste ano. Para isso, a licença para gastar acima do teto que Lula está negociando teria de ser superior a R$ 150 bilhões - hoje fala-se entre R$ 160 bilhões e R$ 200 bilhões.

No cenário internacional, a expectativa é de deterioração. Os EUA sofrerão com a alta de juros, a Europa com a falta de gás e a China com sua desaceleração estrutural. O Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta que o PIB mundial cresça 2,7%, mas alerta que "mais de um terço da economia global vai se contrair em 2023".

Pobreza

Todos esses fatores podem dificultar também a vida de Lula para cumprir sua promessa de redução da pobreza e da insegurança alimentar. Enquanto a primeira está praticamente no mesmo patamar de quando o presidente eleito deixou o poder, em 2010, a segunda vem subindo. Em 2021, faltou dinheiro para comprar alimento, em algum momento do ano, para 36% dos brasileiros, o maior patamar da série histórica. Em 2010, esse índice era de 19%.

A pobreza no País hoje é de 14,04% da população - 0,06 ponto porcentual acima da de 2010. "O novo governo vai pegar essa situação momentaneamente menos ruim por causa das medidas tomadas antes das eleições, como aumento do Auxílio Brasil. É uma saia justa, porque parte da população precisa realmente da rede de proteção, mas há um desajuste na proteção", diz o diretor do FGV Social, Marcelo Neri. Para ele, é preciso reorganizar os benefícios sociais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou, nesta quarta-feira (14) que o fim da pandemia "está em vista". Ele pediu, no entanto, que governos acelerem ações para evitar que a oportunidade de controlar a Covid-19 seja perdida.

Em coletiva de imprensa, Tedros explicou que, na semana passada, o número de casos de coronavírus caiu ao menor nível desde março de 2020.

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"Nunca estivemos em melhor posição para acabar com a pandemia", ressaltou o diretor-geral da OMS.

Tedros comparou a atual situação com a reta final de uma maratona. "Podemos ver a linha de chegada. Estamos em uma posição vencedora. Mas agora é o pior momento para parar de correr", destacou.

O diretor da OMS exortou os países a vacinarem toda a população com maiores riscos associados à doença e a manterem as estratégias de testagem e sequenciamento do vírus.

A Apple anunciou que fará um evento no dia 07 de setembro às 14hs (horário de Brasília). A empresa ainda não informou o assunto da apresentação, mas analistas ouvidos pela Reuters esperam que ela seja usada para revelar o iPhone 14, além de novas versões do relógio inteligente Apple Watch. O evento será realizado uma semana mais cedo, comparado com a edição de 2021.  

A agência de notícias Bloomberg afirmou que, para o iPhone 14, a Apple vai manter a versão com tela 6.1 polegadas e criar uma com 6.7 polegadas. O modelo “mini”, com tela de 5.4 polegadas não terá um sucessor, segundo o site. As principais mudanças, de acordo com a Bloomberg, estarão no iPhone 14 Pro. A nova versão do celular mais poderoso da empresa deverá ter uma área maior para a tela, já que o espaço ocupado pela câmera frontal ficará menor. A Apple deverá manter o padrão de liberar os novos iPhones para venda cerca de uma semana e meia após o lançamento.  

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De acordo com a Bloomberg, funcionários de lojas já foram informados que os aparelhos poderão ser comprados a partir de 16 de setembro. A previsão da Apple é que os novos celulares venderão mais unidades que os seus antepassados, conforme informou a Reuters. O evento será no Steve Jobs Theater, na sede da empresa em Cupertino, Califórnia. Esta será a primeira apresentação presencial da empresa em um espaço fechado desde o início da pandemia.

A parcela de consumidores que pretende comprar presentes para o Dia dos Pais caiu de 62% em 2021 para 58% em 2022. O dado faz parte de uma pesquisa da Boa Vista, que também apurou que 49% dos consumidores têm a intenção de gastar uma quantia similar à do ano passado.

"Fatores como a alta na taxa de juros e a crescente inadimplência ajudam a explicar o comportamento mais comedido do consumidor em relação às compras para o Dia dos Pais", diz em nota o economista da Boa Vista Flávio Calife. "A inflação também fez com que o poder de compra do consumidor diminuísse nos últimos trimestres e, naturalmente, o consumidor tem priorizado os gastos do dia a dia."

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O levantamento revela que 26% dos consumidores devem gastar mais do que em 2021, enquanto 25% desejam pagar menos. Nesse último grupo, 46% pretendem gastar menos devido à alta dos preços, 37% priorizarão outras contas e 17% alegaram ter sofrido uma redução nos ganhos familiares.

Apesar de apenas 26% das pessoas desejarem gastar mais do que no ano anterior, o gasto médio planejado pelos consumidores é de R$ 174, um acréscimo de 27% em relação aos R$ 137 de 2021. A inflação acumulada nos 12 meses até julho deste ano, por sua vez, foi de 10,07%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A Boa Vista acrescenta que 60% dos consumidores consideram gastar no máximo R$ 200.

Entre os 42% que não farão compras para a data, 28% atribuem a decisão ao endividamento, 24% dizem não ter esse hábito e 18% apontam a diminuição da renda como principal motivo. A priorização de outras despesas e o desemprego foram outras razões citadas, ambas com 16%.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), minimizou intercorrências políticas no dia 7 de setembro, data em que serão comemorados os 200 anos da independência do Brasil. O presidente Jair Bolsonaro (PL) espera reunir apoiadores em atos de rua neste dia.

"Se tivermos 7 de Setembro, vai ser festa linda, cívica, tranquila", disse Lira. O líder reforçou que manifestantes não podem ir às ruas para fazer ameaças.

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Bolsonaro afirmou no último sábado, 30, que as Forças Armadas vão participar "ao lado" de seus apoiadores dos atos governistas de 7 de setembro em Brasília e, pela primeira vez, no Rio de Janeiro. Ao lançar oficialmente sua candidatura à reeleição ao Palácio do Planalto, Bolsonaro pediu aos apoiadores para irem às ruas neste dia "pela última vez".

Os atos bolsonaristas do Dia da Independência de 2021 foram um dos pontos mais altos de enfrentamento entre Bolsonaro e as instituições brasileiras. Na Avenida Paulista, o presidente declarou à época que não mais cumpriria decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, afirmou neste domingo, 12, que espera que a instituição chegue a um acordo para lutar contra os impactos da pandemia. "Nunca vi tantos conflitos ao mesmo tempo. Estamos enfrentando uma crise de segurança internacional", destacou, durante coletiva de imprensa na abertura da 12ª Conferência Ministerial da OMC.

Ngozi também comentou que, atualmente, "estamos enfrentando uma crise de alimentos e de energia", com os países menos desenvolvidos sendo os mais afetados. "Estou vendo o que pode ser feito com relação à crise de alimentos", completou.

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Segundo ela, são necessárias soluções políticas para fazer com que os grãos da Ucrânia consigam ser escoados do país, como a criação de corredores.

Sobre a conferência, que está programada para durar até a próxima quarta-feira, 15, a diretora afirmou que os ministros terão oportunidades de falar sobre questões geopolíticas, a crise de energia e alimentos. "Teremos muitos dossiês", disse.

A expectativa de vida no Brasil subiu para 76,8 anos em 2020, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram publicados nesta quinta-feira (25) no Diário Oficial da União.

Para os nascidos em 2019, a expectativa era viver, em média, até 76,6 anos. Em cinco anos, a expectativa de vida subiu 1,3 ano, enquanto em dez anos houve um crescimento de 3,3 anos.

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Os dados complementares, divididos por sexo, serão divulgados às 9h pelo IBGE.

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos deve aprovar nesta sexta-feira (19) o pacote de gastos em educação, saúde e contra mudanças climáticas do presidente Joe Biden. A situação deve usar sua maioria estreita na Casa para avalizar uma peça central da agenda econômica do líder, após meses de negociações.

Os democratas pensavam em passar a lei na noite da quinta-feira (18), mas um discurso de horas do líder da minoria republicana na Câmara, Kevin McCarthy, fez com que a votação fosse adiada para 8 horas (hora local, ou 10 horas de Brasília) da manhã desta sexta-feira.

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Os republicanos estão unidos contra a legislação, que para eles trará mais inflação e desacelerará o crescimento.

Com a chegada do verão e mais um feriadão em Pernambuco, a previsão da taxa de ocupação da rede hoteleira para o 12 de outubro é considerada animadora, com a cidade de Ipojuca sendo o destino com maior ocupação, com expectativa de média de 97% de utilização dos seus leitos.

A expectativa foi anunciada pelo Governo de Pernambuco, que aponta a cidade do Cabo de Santo Agostinho com expectativa de 87% de ocupação média. Fernando de Noronha vem em seguida, devendo operar no feriado com 85% de média. 

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Dois destinos do Litoral Norte de Pernambuco vêm em sequência: Goiana (81,2%) e Igarassu (80%). A cidade de Tamandaré completa a lista dos destinos pernambucanos mais procurados e aparece com 70,4%. Os dados são provenientes de estudo realizado pelo setor de Pesquisa da Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur).

Os destinos de sol e mar são os mais procurados neste feriado, mas o interior do Estado também segue em alta, o que comprova que, cada vez mais, as pessoas estão no ritmo do nosso Bora Pernambucar”, comenta o secretário de Turismo e Lazer de Pernambuco, Rodrigo Novaes, citando o programa estadual de interiorização.

Depois de passar por momentos complicados, Luciano Szafir abriu o coração nas redes sociais, na última quarta-feira (6), e conversou com os fãs sobre as sequelas da Covid-19, os planos para o futuro e a expectativa de ser vovô.

Ao ser questionado sobre o maior reflexo da doença, que acarretou na intubação após contrair o vírus duas vezes, ele respondeu: "A bolsa de colostomia nem me incomoda, porque foi a cirurgia que salvou a minha vida. A pior sequela da Covid-19 são as dores que tenho sentido nas pernas, mas isso vai passar também. Obrigado pela preocupação. Todos os profissionais da saúde são anjos, merecem ser muito mais valorizados, salários maiores, merecem tanta coisa que, infelizmente, a gente não dá".

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Quando o assuntou se voltou para Sasha Meneghel, fruto de seu relacionamento com Xuxa, o ator se derreteu e comentou sobre a possibilidade de ganhar um netinho.

"Na realidade, a minha ansiedade é em ver a minha filha feliz. Então, na hora que ela quiser ter filho, eu vou amar, com certeza", disse.

Já sobre a expectativa de ser pai novamente, Szafir, que é casado com Luhanna Melloni, disparou: "Não, não pretendo ter mais filhos. Acho que a família está completa com a Sasá [Sasha], com David [de sete anos de idade], com Mika [de seis anos]. Mas não tem nada melhor do que família, filhos, crianças, mas está bom assim".

O presidente da República, Jair Bolsonaro, faz, na manhã desta terça-feira (21), a partir das 10 horas (horário de Brasília), o discurso de abertura da 76ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas, em Nova York. O brasileiro chega ao evento pressionado por líderes internacionais por não ter se vacinado contra Covid-19. O avanço da imunização global como saída para o fim da pandemia de coronavírus será tema constante nos discursos desta terça-feira.

A passagem de Bolsonaro por NY nos últimos dois dias foi marcada por constrangimentos em razão da falta de vacinação do mandatário brasileiro - que é o único do G-20 a abertamente declarar que não irá se imunizar. A situação foi assunto da reunião bilateral de Bolsonaro com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson; foi abordada pelo prefeito de NY, Bill de Blasio; e fez a comitiva presidencial precisar driblar regras da cidade para circular e se alimentar.

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Ao não se vacinar, Bolsonaro destoa dos chefes de Estado do restante do mundo e coloca em xeque a estratégia do Itamaraty de vender uma agenda positiva no evento e reverter o desgaste internacional do Brasil.

Bolsonaro já poderia ter se vacinado desde abril, mas, além de recusar a aplicação da dose, tem feito reiteradas críticas a imunizantes aplicados no País, como a Coronavac. Na semana passada, ele orientou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a suspender a vacinação em adolescentes, apesar de a própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter liberado o uso do produto da Pfizer nesta faixa etária.

Dedo do meio e provocações

Queiroga, por sua vez, mostrou o dedo do meio a manifestantes contrários ao governo que aguardavam Bolsonaro sair de um jantar na residência do embaixador brasileiro junto à ONU.

O presidente passou pelos poucos manifestantes e também fez provocações ao grupo, ao gravar um vídeo no local com ofensas ao grupo.

Tradição

A abertura da Assembleia-Geral é tradicionalmente feita pelo Brasil, desde a fundação da ONU. É possível que Bolsonaro e Biden se encontrem pela primeira vez logo após o pronunciamento do brasileiro.

Não será uma reunião formal. O norte-americano entra no palco para discursar logo na sequência e é praxe que os presidentes do Brasil e dos EUA, portanto, troquem cumprimentos na coxia entre uma fala e outra.

Discurso

Na sua primeira participação na ONU, em 2019, Bolsonaro fincou os pés nas bases do bolsonarismo em seu discurso. Na época, era aconselhado pelo então chanceler Ernesto Araújo. Com o Itamaraty sob nova direção, no comando de Carlos França, diplomatas dizem que desta vez o presidente fará um discurso mais sóbrio, que não desafiará a ordem global.

Antes, Bolsonaro se juntava a um time de líderes como o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Agora, os EUA têm Joe Biden na presidência, que valoriza o sistema multilateral e a parceria com aliados.

Mas ao longo dos últimos dias, Bolsonaro deu sinais de que colocará seu tom - e improvisos - no roteiro desenhado por França e pelo almirante Flávio Rocha, da Secretaria de Assuntos Estratégicos. A intenção do presidente é falar para sua base eleitoral, que se energiza diante de pronunciamentos inflamados e retórica anti-socialismo.

Em uma live na semana passada, o presidente disse que defenderá a tese do marco temporal em demarcações de terras indígenas, por exemplo. O tema está em análise pelo Supremo Tribunal Federal, o que pode colocar Bolsonaro em um novo embate com a Corte. O assunto também deve despertar críticas de ambientalistas e outros governos, como o dos EUA.

Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo, o Itamaraty quer que o presidente anuncie a doação de vacinas contra Covid-19 a outros países da região, como Haiti, na abertura da Assembleia-Geral da ONU, hoje, e fale dos bons números da campanha de vacinação brasileira.

No discurso, o presidente do Brasil também deve falar da questão ambiental. Bolsonaro deve dizer que os recursos para o Ibama foram duplicados, que houve anúncio de contratação de mais de 700 servidores para a fiscalização ambiental e que os números de desmate ilegal na Amazônia caíram em julho e agosto deste ano, na comparação com o ano passado.

Contexto internacional

Sem Trump, a Assembleia-Geral da ONU marca a reabertura do diálogo internacional após a pausa de um ano e meio em razão da pandemia de coronavírus e após o período de embate entre americanos e o sistema multilateral. Com 193 membros, o encontro é o primeiro grande fórum a reunir, presencialmente, líderes mundiais desde março de 2020.

Ano passado, nos 75 anos da ONU, o encontro foi virtual. Desta vez, uma parte dos presidentes irá participar virtualmente, enquanto quase 90 deles devem se encontrar em Nova York. O encontro será mais um teste para as apostas pré-eleição americana que davam conta de que Joe Biden na presidência dos EUA acalmaria os ânimos mundiais.

A Assembleia-Geral acontece oito meses após a posse de Biden, que prometeu valorizar as decisões multilaterais e recolocar os Estados Unidos no centro de uma liderança global.

O democrata reverteu uma série de ações do antecessor, com o retorno dos EUA ao Acordo de Paris e a volta do diálogo com aliados.

Diferentemente de Trump, que incomodava a maior parte dos presentes na ONU, Biden fala a mesma língua dos defensores do multilateralismo.

As principais estrelas da TV se encontrarão pessoalmente pela primeira vez em dois anos no Emmy deste domingo (19), onde a Netflix está se preparando para finalmente ganhar o maior prêmio na telinha por "The Crown".

A saga da realeza britânica, adorada pela crítica, vai brigar pelo prêmio de melhor drama com "The Mandalorian", do universo "Star Wars", e outros em cerimônia que será realizada ao ar livre com pequeno público e ao vivo no centro da cidade Los Angeles devido à pandemia.

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Apesar de ter revolucionado o mundo da televisão desde seu lançamento em 2007, Netflix, o líder dos streamings, nunca ganhou um Emmy - o maior prêmio da televisão nos Estados Unidos - de melhor drama, comédia ou minissérie.

"Com 'The Crown', parece que finalmente chegou sua hora. Será a primeira grande vitória de uma série para a Netflix", disse Clayton Davis, editor de prêmios da revista Variety, à AFP.

Além do drama da família real britânica, que em sua quarta temporada revê o difícil casamento da princesa Diana com o príncipe Charles, o streaming gigante está competindo com a série super popular "The Queen's Gambit" ("O Gambito da Rainha").

Com Anya Taylor-Joy interpretando uma jovem prodígio do xadrez enfrentando vários problemas, a trama disparou as vendas de tabuleiros de xadrez ao redor do mundo e é visto como favorito para ganhar o prêmio de minisséries, aquelas que têm apenas uma temporada.

Entretanto, há outras séries concorrendo por fora como a série de época "Bridgerton" e o documentário de natureza "David Attenborough: A Life on our Planet", além de 34 outros prêmios Emmy que já conquistara em categorias técnicas anunciadas antes da cerimônia, a Netflix poderá obter um recorde.

"O que vemos é que a Netflix está finalmente conquistando. Eles sempre se deram bem com as indicações, mas nunca com as categorias principais", disse o colunista do Deadline, Pete Hammond à AFP. "Este é um ponto sem volta para eles", completou.

- "Festa divertida e luxuosa" -

A cerimônia do ano passado - que ocorreu antes da vacinação - foi completamente virtual, com o anfitrião Jimmy Kimmel apresentando-se em um auditório deserto em Los Angeles enquanto os vencedores compareciam por vídeo.

Desta vez, o comediante Cedric the Entertainer assumirá o comando do evento, que será realizado com uma lista restrita de 500 convidados em um auditório externo, seguindo os cuidados para evitar a propagação do coronavírus que incluem a apresentação do comprovante de vacinação.

"Espalhar celebridades não está em nossos planos", disse o produtor do Emmy Ian Stewart, falando à Variety. No entanto, ele prometeu uma "festa divertida e luxuosa" para quem comparecesse.

Com a variante delta ainda complicando as viagens, alguns competidores internacionais, incluindo o elenco de "The Crown", devem participar remotamente de Londres.

A Covid-19 reduziu a expectativa de vida na Itália em 1,2 ano em 2020, e mais de quatro anos nas províncias mais afetadas pela pandemia, anunciou o Instituto Nacional de Estatística (ISTAT) nesta segunda-feira (6).

"Em 2020, a propagação da pandemia de Covid-19 e o forte aumento do risco de mortalidade que derivou dela interromperam bruscamente o crescimento da expectativa de vida ao nascer, que caracterizava a tendência até 2019, o que levou a uma contração de 1,2 ano em relação ao ano anterior", disse o organismo em um comunicado.

Em 2020, a expectativa de vida ao nascer era de 82 anos: 79,7 anos para os homens e 84,4 anos para as mulheres, contra os 81 e 85,3 anos em 2019.

As diferenças são mais significativas em função das regiões. No norte, nas províncias de Bérgamo e Cremona - as mais afetadas em termos de mortalidade - os homens perderam 4,3 e 4,5 anos de expecativa de vida; as mulheres, 3,2 e 2,9 anos.

Já nas províncias de Foggia (sul) e de Enna (em Sicília), os números diminuíram menos: 1,7 e 1,5 ano, respectivamente.

A pandemia causou 129.515 mortes na Itália, metade delas nas regiões do norte (Lombardia, Piamonte, Liguria, Umbria e Veneto), onde reside apenas 36% dos 60 milhões de italianos.

A Itália foi o primeiro país da Europa atingido pelo coronavírus, em fevereiro de 2020, e Lombardia foi durante um tempo o epicentro mundial da pandemia.

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