Tópicos | expectativa de vida

A expectativa de vida ao nascer no Brasil, em 2022, ficou em 75,5 anos, segundo dados das Tábuas da Mortalidade, divulgados nesta quarta-feira (29), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  

O estudo foi construído com base no Censo Demográfico de 2022, diferentemente dos anos anteriores, em que a expectativa de vida era calculada a partir de projeções populacionais revisadas em 2018, que eram baseadas no Censo de 2010. 

##RECOMENDA##

A informação mostra também, pela primeira vez, os impactos da pandemia de covid-19 na expectativa de vida do brasileiro, uma vez que os números de 2020 (76,8 anos) e 2021 (77 anos) ainda não levavam em conta os óbitos provocados pela doença. “A gente fez uma estimativa não prevendo uma crise sanitária que afetasse os óbitos”, diz Izabel Marri, pesquisadora do IBGE. 

Neste ano, o IBGE também está revisando os números de anos anteriores. Os números preliminares apontam que a esperança de vida no país em 2020 foi de 74,8 anos, portanto, dois anos a menos do que o estimado anteriormente. Em 2021, ano da pandemia com mais mortes, foi de 72,8 anos (ou seja, 4,2 anos a menos). 

Esperança recuperada

“A esperança de vida de 2022 é como se a gente recuperasse um pouco a esperança de vida em relação ao pior ano da pandemia. Passado o pior ano, com o maior aumento de óbitos do mundo, a gente consegue recuperar um cálculo de esperança de vida ao nascer", afirma Marri. 

Em relação aos anos pré-pandemia, a revisão do IBGE aponta para as seguintes expectativas de vida: 2019 (76,2 anos), 2018 (76,1 anos), 2017 (75,6 anos) e 2016 (75,3 anos). Portanto, com a revisão do IBGE, a esperança de vida ao nascer em 2022 é a menor desde 2017. 

Marri acredita que, em 2023, cujos dados sairão apenas em 2024, a expectativa de vida continuará crescendo, recuperando as perdas ocorridas durante a pandemia. “A gente já recuperou um pouco o nível de esperança de vida ao nascer e a gente tende a recuperar um pouco mais no próximo ano”, argumenta a pesquisadora. 

Sexo

Em relação aos sexos, a expectativa de vida das mulheres ficou em 79 anos, abaixo dos 80,1 anos de 2019, enquanto a dos homens ficou em 72 anos, taxa também inferior aos 73,1 anos de 2019. 

A probabilidade de morte do recém-nascido - registrada em 2022 - ficou em 12,84 por mil nascidos vivos, acima dos 11,94 por mil de 2019. Entre os homens, a taxa foi de 13,94 (superior aos 12,85 de 2019), enquanto entre as mulheres foi 11,69 (maior que os 10,98 de 2019).

A expectativa de vida nos Estados Unidos caiu em quase um ano durante 2021, depois de registrar queda de quase um ano e meio em 2020, particularmente pela pandemia de Covid-19, anunciaram as autoridades de saúde do país.

A expectativa foi de 76,1 anos no ano passado, de acordo com os números preliminares dos Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), o menor resultado desde 1996.

Esta é a queda mais expressiva na expectativa de vida para dois anos consecutivos desde o período 1921-1923.

Em 2020, a expectativa de vida dos americanos era de 77 anos. Em 2019 chegava a 78,8.

"A redução da expectativa de vida desde 2019 se deve em grande medida à pandemia", explicaram os CDC.

As mortes relacionadas ao coronavírus foram responsáveis por três quartos da queda em 2020 e quase de metade da redução em 2020.

Cerca de 15% da queda da expectativa de vida em 2021 pode ser atribuída ao aumento de mortes relacionadas com "acidentes e lesões não intencionais", em particular overdoses.

A diferença de expectativa de vida entre homens e mulheres aumentou de 5,7 anos en 2020 para 5,9 em 2021, a maior desde 1996.

As mulheres nos Estados Unidos tinham expectativa de vida de 79,1 anos em 2021 e os homens de 73,2.

A redução mais expressiva em 2021 aconteceu entre os nativos americanos (-1,9 ano na comparação com 2020), com uma expectativa de apenas 65,2 anos. Em seguida aparecem os brancos (-1 ano), com 76,4 anos, e os afro-americanos (-0,7 ano), com 70,8 anos.

A covid-19 foi a terceira maior causa de mortes nos Estados Unidos em 2021, assim como em 2020, atrás das doenças cardiovasculares e do câncer, de acordo com um relatório anterior dos CDC.

Após um pico no início de 2022, as mortes associadas à covid registraram queda considerável nos Estados Unidos, mas o país ainda registra quase 400 óbitos em média devido à doença.

Desde o início da pandemia, mais de um milhão de pessoas morreram vítimas de covid no país.

A expectativa de vida dos americanos caiu 1,8 ano em 2020, de acordo com os dados oficiais definitivos publicados nesta quarta-feira (22).

Trata-se da queda mais expressiva em 75 anos, provocada, em grande parte, pela pandemia da Covid-19.

A expectativa de vida ao nascer era de 77,0 anos para toda população dos Estados Unidos em 2020, contra 78,8 anos em 2019, segundo os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que já haviam publicado números preliminares em julho.

A covid-19 foi a terceira maior causa de mortes nos Estados Unidos em 2020, com 350.000 óbitos, atrás apenas das doenças cardiovasculares e do câncer.

A diferença entre homens e mulheres aumentou, passando de 5,1 anos, em 2019, para 5,7 anos, em 2020 (74,2 anos de expectativa de vida para eles, contra 79,9 para elas no ano passado).

Os números foram divulgados depois que o Escritório do Censo informou, na terça-feira (21), que os Estados Unidos registraram o menor crescimento demográfico de sua história, consequência da queda da migração, do aumento dos óbitos vinculados, em parte, à pandemia e à queda da natalidade.

Entre 1º de julho de 2020 e 30 de junho de 2021, a população americana cresceu 0,1% (392.665 pessoas), "a taxa mais baixa desde a fundação da nação", destacou a agência em um comunicado.

"O crescimento da população se desacelerou durante anos, devido às taxas de natalidade mais baixas e à diminuição da migração internacional líquida (a diferença entre o número de pessoas que entram e que saem do país), enquanto as taxas de mortalidade estão aumentando, devido ao envelhecimento da população", explicou Kristie Wilder, demógrafa do departamento de população do Escritório do Censo.

"Agora, com o impacto da pandemia da covid-19, esta combinação provocou um ritmo de crescimento historicamente lento", acrescentou.

- Texas vs Nova York -

Apesar de a imigração ter diminuído nestes 12 meses, a migração internacional líquida foi de 244.622 pessoas. Superou, pela primeira vez, o crescimento natural ou vegetativo (a diferença entre os nascimentos e os óbitos), que se situou em 148.043, informou a agência.

A pandemia provocou atrasos no cálculo dos números, razão pela qual o relatório sobre a população do Escritório do Censo usou dados do censo de 2020, realizado uma vez por década, juntamente com outras fontes, como as certidões de nascimentos, de óbitos e os registros migratórios.

Entre 2020 e 2021, 33 estados registraram aumentos demográficos, enquanto 17 estados e o Distrito de Columbia perderam população - 11 deles, mais de 10.000 pessoas, destaca a agência, que considera a cifra "uma quantidade historicamente grande".

Em uma análise em separado, o estudo mostrou que o Texas teve o maior aumento populacional, com 1,1%, devido, sobretudo, à migração doméstica para o estado e ao aumento da natalidade.

Nova York registrou a maior queda (1,6%), especialmente pela migração doméstica, e Porto Rico perdeu 0,5%.

Segundo uma análise do Centro de Estudos de Imigração (CIS, na sigla em inglês), em novembro deste ano, o número de imigrantes (em condição legal e ilegal) nos Estados Unidos chegou a 46,2 milhões. É o número mais elevado da história do país.

Em termos percentuais, em novembro passado, os imigrantes representavam 14,2% da população, acrescentou o CIS, uma organização sem fins lucrativos.

A pandemia do novo coronavírus derrubou em quase um ano a expectativa de vida média na Itália, um dos países com maior taxa de mortalidade por Covid-19 em todo o mundo.

É o que aponta um relatório divulgado nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Nacional de Estatística (Istat), o equivalente italiano ao IBGE. De acordo com o levantamento, a expectativa de vida no país encerrou 2020 em 82,3 anos, contra 83,2 anos de 2019.

##RECOMENDA##

Com isso, o indicador voltou ao mesmo patamar registrado em 2015. "Os dados registram impactos particularmente violentos em alguns progressos obtidos nos últimos 10 anos na saúde, anulados em um único ano", explicou o presidente do Istat, Gian Carlo Blangiardo.

O instituto, no entanto, ressalta que o valor da expectativa de vida em 2020 é uma estimativa e ainda pode sofrer modificações.

Por outro lado, dados já consolidados pelo Istat mostram que a Itália teve em 2020 o maior número de óbitos desde a Segunda Guerra Mundial.

Foram 746.146 falecimentos ao longo do ano passado, crescimento de 15,6% em relação à média do período entre 2015 e 2019. Pouco mais de 10% dessas mortes, 75.891, foram causadas pela Covid-19, sem considerar a subnotificação verificada especialmente nos primeiros meses da pandemia.

Atualmente, o país contabiliza 100.479 vítimas do novo coronavírus e tem a sétima maior taxa de mortalidade no mundo, segundo a Universidade Johns Hopkins, com 166 óbitos para cada 100 mil habitantes.

Da Ansa

O ano marcado pela pandemia e o confinamento chega ao fim com a esperança da vacina. Mas os impactos da covid-19 se farão sentir por muito tempo e poderão ser ainda mais profundos do que se imaginava. A expectativa de vida do brasileiro ao nascer deve cair em até dois anos por causa das mais de 190 mil mortes pela doença. Será a primeira queda desse indicador registrada no País desde 1940, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Especialistas da Fundação Getulio Vargas (FGV) e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estimam que a pandemia vai reverter a tendência observada nas últimas décadas. O brasileiro perderá pelo menos um ano de expectativa de vida, podendo chegar a até dois anos. Dependendo da capacidade do governo de vacinar a população em 2021, essa queda pode ainda se prolongar por mais um ano.

##RECOMENDA##

Em 1940, a expectativa de vida do brasileiro ao nascer era muito baixa, de 45,5 anos. Com a redução da mortalidade infantil e os avanços na Medicina, o número vem crescendo consistentemente. Em 1980 chegou a 62,5 e, em 2000, a 69,8. Nos últimos 20 anos, os ganhos foram um pouco mais lentos, mas, mesmo assim, nunca se registrou um decréscimo.

Conforme os últimos dados divulgados pelo IBGE, em novembro, a expectativa de vida do brasileiro ao nascer era de 76,6 anos. E poderia ser ainda mais alta se não fosse a violência urbana, que costuma vitimar homens jovens. Tanto que a expectativa de vida das mulheres era de 80,1 anos, ante 73,1 anos dos homens.

"Historicamente, a cada três anos ganhamos um ano de expectativa de vida ao nascer", explica o economista Marcelo Neri, diretor da FGV Social. "Agora, vamos perder em um ano o que levamos seis anos para conseguir. Ou seja, não só vamos deixar de avançar como vamos também retroceder", afirma, com base nos cálculos feitos com exclusividade para o jornal O Estado de S. Paulo.

Na pandemia, 75% da letalidade se concentra entre idosos. Em geral, as mortes de crianças e jovens têm um impacto muito maior na expectativa de vida média da população do que entre os mais velhos. "Mas o número de mortos foi tão grande, uma quantidade tão desproporcional, que acabou tendo todo esse impacto na expectativa de vida", diz Neri. "Esse número, 190 mil, equivale a quatro vezes as taxas anuais de homicídios no Brasil; por isso tem esse efeito demográfico gigantesco."

Geração covid

Outro retrocesso importante que deve se perpetuar, segundo os especialistas, diz respeito à educação. A desigualdade educacional que vinha caindo há pelo menos 40 anos voltou a subir durante a pandemia, por causa das dificuldades que muitos alunos tiveram, sobretudo os mais pobres, para estudar.

"Entre os jovens de 6 a 15 anos, a média de estudo durante a pandemia foi de 2h18min, muito abaixo das quatro horas mínimas exigidas pela LDBE (Lei de Diretrizes e Bases da Educação)", afirma Néri. "E a redução foi muito maior entre os alunos de escolas públicas, de renda mais baixa e das áreas mais remotas. No Pará, por exemplo, 42% dos alunos não receberam material, não fizeram estudo remoto por falta de material. Isso reverte totalmente a tendência de redução de desigualdade educacional que vinha caindo há 40 anos."

O acesso à internet é outro problema. Estimativas de 2018 do Ipea apontam que cerca de 16% dos alunos do ensino fundamental (4,35 milhões) e 10% dos alunos do ensino médio (780 mil) não têm acesso à rede. E praticamente todos eles eram da rede pública. "Muitas dessas perdas são irreversíveis e podem gerar um efeito permanente", analisa Neri. "Teremos uma geração covid."

Além das perdas na aprendizagem, educadores apontam o risco maior de abandono escolar nos próximos anos, principalmente nos anos finais do ensino fundamental e no médio.

Sem trabalho

Embora a renda per capita tenha se mantido alta por causa do pagamento do auxílio emergencial, o nível de ocupação da população nunca foi tão baixo. A taxa era de 49,7% em maio, passou para 49,3% em outubro e chegou a 49,6% em novembro. Ou seja: metade das pessoas em idade de trabalhar está fora do mercado de trabalho.

"Desde que começamos a medir essa taxa nunca tínhamos observado uma ocupação abaixo de 50%", afirmou a coordenadora da pesquisa Pnad-Covid, do IBGE, Maria Lúcia Vieira. "Nesse sentido, foi um ano muito atípico e complicado para o mercado de trabalho porque houve rendimento efetivo, mas tivemos esse comportamento do nível de ocupação."

O fim do auxílio emergencial em 31 de dezembro preocupa especialistas, pois deve marcar a volta de um grande número de pessoas para a situação de extrema pobreza. "Nesse aspecto, 2021 me preocupa muito mais do que 2020", afirma Néri.

Para Maria Lucia Vieira, tudo vai depender dos desdobramentos da pandemia e das respostas oferecidas pelo governo no ano que vem. "Não há como prever muito porque não sabemos o que vai acontecer em termos de pandemia, se a situação vai se agravar ou se teremos uma vacinação para minimizar os problemas", diz. "Mas não temos como prever a situação da pandemia, muitos lugares já estão ensaiando um fechamento novamente, São Paulo voltou a adotar horários de expediente limitado." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado no Diário Oficial da União (DOU), mostra um aumento na expectativa de vida das mulheres no país. Segundo o estudo, as pessoas do sexo feminino que nasceram em 2019 têm possibilidade de viver, em média, 80 anos e um mês.

De acordo com a Tábua Completa de Mortalidade para o Brasil, do IBGE, a média representa uma alta de dois meses no tempo de vida das mulheres quando comparada ao dado apresentado em 2018.

##RECOMENDA##

Entre os homens, a expectativa de vida subiu ainda mais. O que era uma probabilidade de viver 72 anos e oito meses no último levantamento, foi para 73 anos e um mês em 2019.

Já os dados da população geral, mostram evolução de mais 90 dias em comparação com a perspectiva do ano anterior. Em 2018, a média era de 76 anos e três meses de vida.

Segundo o IBGE, desde o início da década de 1940, a expectativa de vida da população brasileira teve elevação de 31 anos e um mês.

Foram divulgadas nesta quinta (26) as Tábuas Completas de Mortalidade atualizadas, referentes à expectativa de vida adulta e mortalidade infantil em Pernambuco no ano de 2019. O levantamento do IBGE aponta que a expectativa de vida do pernambucano chegou aos 75 anos, um aumento de 0,4 ano em comparação ao ano de 2018, quando a expectativa de vida era 74,6 anos. A expectativa de vida no estado é inferior à média brasileira, que chegou aos 76,6 anos.

Para os homens, a esperança de vida ao nascer também aumentou. De 70,8 anos em 2018, a taxa subiu para 71,2 anos. Já as mulheres tiveram aumento de 0,2 anos, saindo dos 78,4 em 2018, para 78,6 em 2019. A diferença entre os dois sexos é de 7,5 anos e está acima do indicador nacional, que é de 7,1 anos.

##RECOMENDA##

A analítica do IBGE explica que no caso dos homens, a expectativa de vida é menor, em parte, devido ao fenômeno da sobremortalidade masculina, ocasionada por causas externas ou não naturais que atingem os homens com mais intensidade, incluindo os homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, afogamentos, quedas acidentais e outras eventualidades.

Com relação à mortalidade infantil, Pernambuco mantém a média. A taxa foi de 11,4 óbitos de crianças de até 1 ano a cada mil nascidos vivos. Com o resultado, o estado manteve, em comparação ao ano anterior, a nona menor taxa de mortalidade infantil do país e o índice mais baixo da região Nordeste.

A média nacional é de 11,9 óbitos de bebês que não conseguem fechar o primeiro ano de vida a cada mil nascidos vivos. A taxa de mortalidade infantil é menor entre os bebês pernambucanos do sexo feminino, que mostram 10,2 óbitos por mil nascimentos, em comparação aos do sexo masculino, com 12,4 óbitos.

O levantamento apresenta projeções a partir de dados coletados no Censo Demográfico de 2010 e é usado como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

No aumento de três meses na expectativa de vida ao nascer do brasileiro em 2019, a composição entre homens e mulheres manteve a tendência histórica. A expectativa de vida ao nascer das mulheres foi maior, de 80,1 anos, ante 73,1 anos dos homens. Os dados são da Tábua Completa de Mortalidade de 2019, divulgada nesta quinta-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Dados preliminares, publicados no Diário Oficial da União (DOU), revelaram que a expectativa de vida ao nascer do brasileiro ficou em 76,6 anos ano passado, ante 76,3 anos em 2018.

##RECOMENDA##

Historicamente, a diferença de expectativa de vida ao nascer entre mulheres e homens é explicada pela violência, já que eles têm mais chances de morrer de causas externas não naturais do que elas.

Em 2019, um homem de 20 anos tinha 4,6 vezes mais chance de não chegar aos 25 anos do que uma mulher da mesma faixa etária, segundo o IBGE. A maior diferença está na faixa etária entre 15 e 34 anos. A partir dos 45 anos de idade, a "sobremortalidade masculina" fica abaixo de 2,0 vezes.

"Este fenômeno pode ser explicado pela maior incidência dos óbitos por causas externas ou não naturais, que atingem com maior intensidade a população masculina", diz a nota divulgada nesta quinta-feira pelo IBGE, que relaciona o impacto negativo da violência com a urbanização. "A partir de meados dos anos 1980, as mortes associadas às causas externas ou não naturais, que incluem os homicídios, suicídios, acidentes e afogamentos, passaram a desempenhar um papel de destaque, de forma negativa, sobre a estrutura por idade das taxas de mortalidade, particularmente dos adultos jovens do sexo masculino", diz outro trecho da nota.

Assim como em 2018, a maior expectativa de vida foi verificada em Santa Catarina (79,9 anos), com 3,3 anos acima da média nacional. A menor foi registrada no Maranhão (71,4 anos).

Na média nacional, a expectativa de vida de 76,6 anos foi 31,1 anos superior à registrada em 1940. Segundo o IBGE, em 1940, um indivíduo que completasse 50 anos de idade tinha uma expectativa de vida de mais 19,1 anos, vivendo em média 69,1 anos. Em 2019, uma pessoa de 50 anos tinha uma expectativa de vida de mais 30,8 anos, esperando viver em média até 80,8 anos, 11,8 anos a mais do que em 1940.

Se, por um lado, aumenta a diferença de expectativa de vida entre homens e mulheres, a urbanização contribuiu para melhorar as condições sanitárias de vida, segundo o IBGE. "Em 1940, 68,8% da população viviam em áreas rurais, onde as condições sanitárias eram mais precárias e a mortalidade era elevada no grupo de adultos jovens para os dois sexos indistintamente", diz a nota do órgão.

Consequentemente, a longevidade dos brasileiros também vem aumentando ano a ano. Em 1940, um indivíduo que completasse 65 anos esperaria viver em média mais 10,6 anos (no caso dos homens, seriam 9,3 anos, e das mulheres, 11,5 anos). Em 2019, esses valores passaram a ser de 18,9 anos para ambos os sexos (17,2 anos para homens e 20,4 anos para as mulheres).

Assim, em 2019, as expectativas de vida ao atingir 80 anos foram de 10,5 para mulheres e de 8,7 anos para os homens. Em 1940, conforme o IBGE, esses valores eram de 4,5 anos para as mulheres e 4,0 anos para os homens. Em 1940, 2,4% da população total tinham 65 anos ou mais. Em 2019, os brasileiros acima de 65 anos representavam 9,5% do total.

Mortalidade infantil

A Tábua Completa de Mortalidade de 2019 revelou também mais uma queda na mortalidade infantil, medida pela taxa de óbitos de menores de 5 anos por mil nascidos vivos. Em 2019, a taxa foi de 14,0 por mil, ante 14,4 por mil em 2018.

Segundo o IBGE, das crianças que vieram a falecer antes de completar 5 anos de idade, 85,6% teriam a chance de morrer ainda no primeiro ano de vida e 14,4%, de vir a falecer entre 1 e 4 anos de idade. Quando se considera a taxa de óbitos de menores de 1 ano por mil nascidos vivos, a mortalidade infantil de 2019 ficou em 11,9 por mil.

Entre 1940 e 2019 a mortalidade infantil apresentou um declínio da ordem de 91,9%, informou o IBGE. Em 1940, a taxa de mortalidade na infância (até 5 anos) era de aproximadamente 212,1 óbitos para cada mil nascidos vivos, ante os 14,0 por mil de 2019.

Apesar da forte queda ao longo dos anos, a taxa de mortalidade infantil do Brasil ainda está longe do verificado nos mais países desenvolvidos, conforme o IBGE. Japão e Finlândia, por exemplo, registraram taxas abaixo de 2 por mil (até 1 ano de idade) para o período de 2015-2020. Na China, a taxa de mortalidade infantil até 1 ano é de 9,9 mil, enquanto nos países da África Ocidental e Central estão em torno de 90 por mil, segundo comparações feitas pelo IBGE.

Entre os Estados brasileiros, a menor taxa de mortalidade infantil em 2019, assim como em 2018, foi verificada no Espírito Santo, com 7,8 óbitos de menores de 1 ano para cada mil nascidos vivos, ante a média nacional de 11,9 por mil. A maior foi, mais uma vez, a do Amapá, com 22,6 por mil.

A expectativa de vida ao nascer no Brasil em 2019 era de 76,6 anos, segundo dados da Tábua da Mortalidade, divulgados hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A estimativa é 0,3 ano superior à de 2018, divulgada na pesquisa do ano passado (76,3 anos).

A Tábua da Mortalidade é divulgada anualmente pelo IBGE e usa como referência dados de 1º de julho do ano anterior.

##RECOMENDA##

O dado, que é uma média da expectativa de vida dos dois sexos, foi publicado na edição desta quinta-feira (26) do Diário Oficial da União. A divisão do dado, por sexo, será feita às 10h pelo IBGE.

A expectativa de vida ao nascer no Brasil subiu para 76,3 anos em 2018, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2017, a expectativa de vida era de 76 anos, ou seja, aproximadamente três meses a menos do que em 2018.

##RECOMENDA##

A pesquisa Tábua de Mortalidade 2018 só será divulgada às 10h, mas as informações básicas da pesquisa já foram antecipadas no Diário Oficial da União de hoje.

Luzinete Oliveira, 64 anos, sonha em ingressar em uma graduação. Foto: Cortesia 

##RECOMENDA##

Nos dias 3 e 10 de novembro, mais de 5 milhões de pessoas devem fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Desse universo, 0,2% são idosos, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Eles representam aproximadamente 9.840 brasileiros, muitos deles ultrapassando as barreiras da idade em busca de realizar o sonho de ingressar no ensino superior.

Um fator colabora para que mais gente lute pelos objetivos não conquistados na juventude: as pessoas estão vivendo cada dia mais. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida ao nascer em 2019 é de 80 anos para mulheres e 73 anos para os homens. “A busca por um envelhecimento diferenciado vem motivando os idosos a buscar resgatar sonhos que ficaram em segundo plano em suas vidas em virtude de outras escolhas que tiveram maior prioridade, como entrar no mercado de trabalho apenas com o notório saber para assim prover financeiramente uma família”, comenta a psicóloga clínica e neuropsicopedagoga, Márcia Karine Costa Monteiro. 

Para ela, o desejo dos idosos de ingressar na universidade não é somente uma forma de adquirir novos conhecimentos, mas também uma oportunidade de ocupar o tempo ocioso e mostrar ao mundo a capacidade que tem, independente de qualquer coisa. “As pessoas da terceira idade apresentam uma disposição maior para enfrentar desafios. A busca pelo aprendizado é algo bastante significativo, pois permite aumentar o conhecimento e experimentar novos 'poderes'. Os idosos que estão em busca de conhecimento universitário estão escolhendo viver mais e melhor porque estão ocupando a mente com experiências desejadas anteriormente e isso impulsiona a vida”, diz a psicóloga clínica e neuropsicopedagoga.

 

Luzinete Oliveira faz parte desse percentual. Depois de 45 anos fora das salas de aula, ela resolveu tirar o sonho de ser assistente social do papel e está a todo ritmo na preparação para os dias de prova do Enem. Para conhecer o funcionamento estrutural do Exame, a senhora participou da edição de 2018 como treineira e agora, aos 64 anos de idade, vai disputar uma vaga na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

“Minha vida foi muito difícil porque trabalhava para ajudar meus pais. Depois me casei tive um casal de filhos. Na adolescência deles o pai deixou a casa. Fui pai e mãe deles”, contou Luzinete, que ainda ressaltou o orgulho que sente em ver os filhos formados pela UFPE e agora, com a sensação de dever cumprido, está dedicando as horas do dia em busca do seu diploma. 

Ela ganhou uma bolsa de estudos em um cursinho preparatório, onde ainda faz isoladas em literatura e redação. Não perde um dia de aula, nem mesmo nos finais de semana. “Estou me esforçando ao máximo. Tenho aulas, passo o dia todo no curso. Aos sábados participo de tutoria das 8h às 17h e nunca perdi um aulão, sempre aos domingos”, contou a idosa. 

Dona Luzinete está muito confiante da sua preparação, tanto que busca até elevar a confiança dos colegas que andam nervosos com a proximidade e importância do Enem. “Estou ajudando alguns amigos que estão muito ansiosos, eles tem que confiar no seu potencial. Estou muito confiante de passar e estudar, principalmente na UFPE. Nunca é tarde para realizar nossos sonhos. A esperança é a certeza daquilo que sonhamos, eu vou conseguir”, concluiu Luzinete Oliveira. 

De acordo com dados do Ministério da Saúde, nos últimos 12 anos a quantidade de fumantes caiu 40% no país, com 9,3% dos brasileiros afirmando ter vício em tabaco. Essa diminuição reflete na expectativa de vida da população, conforme mostra um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Excluindo todas as causas de morte atribuídas ao tabagismo, o estudo projetou um ganho de 2,8 anos entre os homens e 0,3 entre as mulheres até 2030 devido à queda no número de fumantes.

##RECOMENDA##

A pesquisa também revela que a prevalência do tabagismo entre os homens sempre foi maior. De 1980 a 2015, o Brasil registrou mais de 6,5 milhões de mortes decorrentes do consumo do tabaco, sendo 4,7 milhões de homens e 1,8 milhão de mulheres. A diferença no número de mortes por sexo indica ainda que a iniciação das mulheres no tabagismo ocorre aproximadamente 15 anos após a dos homens.

O cigarro é o responsável por cerca de 50 doenças, como diversos tipos de câncer, bronquite, enfisema, pressão alta, infarto, AVC e impotência sexual. E as consequências desse hábito podem ser irreversíveis.

Confira também no LeiaJá:

Brasil teve queda significativa no número de fumantes

- Tabagismo: ansiosos usam cigarro como escape

 

A expectativa de vida do brasileiro passou de 75,8 anos para 76 anos de 2016 para 2017, um aumento de três meses e 11 dias. O dado é da Tábuas Completas de Mortalidade do Brasil de 2017, divulgada hoje (29), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A publicação apresenta as expectativas de vida às idades exatas até os 80 anos e são usadas como um dos parâmetros para determinar o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

##RECOMENDA##

Segundo o estudo, a expectativa de vida dos homens aumentou de 72,2 anos em 2016 para 72,5 anos em 2017, enquanto a das mulheres foi de 79,4 para 79,6 anos.

Regionalmente, Santa Catarina apresenta a maior expectativa de vida, de 79,4 anos, seguida por Espírito Santo, 78,5 anos; Distrito Federal, 78,4 anos, e São Paulo, 78,4 anos.

O Rio Grande do Sul (78,0 anos), Minas Gerais (77,5 anos), Paraná (77,4 anos) e Rio de Janeiro (76,5 anos) são os únicos que têm indicadores superiores à média nacional. No outro extremo, com as menores expectativas de vida, estão Maranhão (70,9 anos) e Piauí (71,2 anos).

Ao comentar os resultados do estudo, a pesquisador do IBGE Marcio Minamiguchi disse que a tendência do país é de convergência com o nível dos países desenvolvidos. “Temos uma certa gordura para queimar em relação à expectativa de vida. No Brasil, tendemos a convergir para o nível dos países desenvolvidos, que estão na faixa dos 83 anos. É uma diferença ainda considerável, mas, se pensarmos que existem países na faixa dos 50 anos, vemos que estamos mais próximos dessa faixa superior”.

Segundo o pesquisador, a tendência é que esse aumento continue de forma gradual e cada vez mais lenta, uma vez que o salto dado no passado foi fruto, sobretudo, de uma forte queda na mortalidade infantil.

“Inicialmente, os ganhos se davam pela redução da mortalidade entre os mais jovens, em função da própria natureza dos óbitos. É algo que não necessita de grandes avanços tecnológicos, como a consciência de que é necessário dar água potável para as crianças. O próprio soro caseiro foi importante na década de 1980”, complementou Minamiguchi.

Mortalidade infantil

A taxa de mortalidade infantil (probabilidade de óbito até um ano de idade) teve uma melhora, que ficou em 12,8 a cada mil nascidos vivos, contra 13,3 em 2016.

Já a taxa de mortalidade na infância (de crianças menores de cinco anos de idade) caiu de 15,5 por mil em 2016 para 14,9 por mil em 2017. Das crianças que vieram a falecer antes de completar os 5 anos de idade, 85,7% teriam a chance de morrer no primeiro ano de vida e 14,3% de vir a falecer entre 1 e 4 anos de idade. Em 1940, a chance de morrer entre 1 e 4 anos era de 30,9%, mais que o dobro do que foi observado em 2017.

A tendência, segundo o pesquisador do IBGE, é de que os óbitos se concentrem cada vez mais nas crianças de até 1 ano, cujas mortes são causadas, predominantemente, por questões congênitas, como a má formação do feto.

“No grupo de 1 a 4 anos, predominam causas ligadas ao ambiente em que a criança vive, como a falta de saneamento básico. No grupo de até 1 ano, temos muitos óbitos que ocorrem nas primeiras semanas de vida da criança, causadas sobretudo por doenças congênitas”, explica.

A avaliação do IBGE é de que a queda na mortalidade infantil nas últimas sete décadas está amplamente relacionada ao aumento da expectativa de vida. Enquanto a taxa de mortalidade infantil caiu de 146,6 para 12,8 entre 1940 e 2017, a expectativa de vida ao nascer foi de 45,5 anos para 76 anos no mesmo período.

A expectativa de vida continuará aumentando nos países desenvolvidos e alcançará os 90 anos em 2030 para as mulheres de países como Coreia do Sul, França e Espanha - revela um estudo publicado nesta quarta-feira (22).

"Até pouco tempo atrás, muitos cientistas pensavam que a expectativa de vida nunca ultrapassaria os 90 anos", lembrou o professor Majid Ezzati, autor principal do estudo publicado na revista médica britânica The Lancet.

Após combinar 21 modelos matemáticos para prever a evolução da expectativa de vida em 35 países desenvolvidos, os pesquisadores chegaram à conclusão de que as mulheres sul-coreanas são suscetíveis de superar os 90 anos até 2030.

A expectativa de vida de uma sul-coreana ao nascer em 2030 será de 90,8 anos, enquanto que a das espanholas será de 88,07 anos, a das francesas, 88,6 anos, e a das japonesas, 88,4 anos.

A expectativa de vida também evoluirá para os homens, e a diferença em relação às mulheres (que são mais longevas) tenderá a se reduzir em 2030, exceto no México, onde aumentará ligeiramente, e no Chile, França e Grécia, onde ambos os sexos avançarão de forma similar.

Os homens sul-coreanos terão uma esperança de vida de 84,1 anos, à frente de australianos e suíços, ambos com uma expectativa de 84 anos, enquanto a dos espanhóis será de 83,4 anos.

Segundo as últimas estatísticas da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicadas no ano passado, os três países com maior expectativa de vida para as mulheres em 2015 eram Japão (86,8 anos), Cingapura (86,1 anos) e Espanha (85,5 anos). No caso dos homens, eram Suíça (81,3 anos), Islândia (81,2) e Austrália (80,9).

O dado vai melhorar claramente na Coreia do Sul, com uma alta de 6,6 anos para as mulheres, e de sete anos, para os homens entre 2010 e 2030.

Esse país melhorou o acesso aos cuidados médicos e vem promovendo uma alimentação saudável entre crianças e adolescentes. Além disso, tem taxas de obesidade e de tabagismo entre as mulheres inferiores às da maioria dos países analisados, de acordo com os pesquisadores.

Pouca mudança nos Estados Unidos

O estudo também revela que a situação não mudará significativamente até 2030 nos Estados Unidos, onde a expectativa de vida já é inferior à da maioria dos países desenvolvidos.

A expectativa de vida para as mulheres americanas passará de 81,2 anos, em 2010, para 83,3 anos, em 2030, e de 76,5 para 79,5 anos para os homens.

Para explicar essa situação, os pesquisadores destacam as desigualdades persistentes, a ausência de um sistema de saúde universal e as altas taxas de mortalidade infantil e materna, assim como de homicídios e de obesidade.

A progressão no México será similar à dos Estados Unidos. Para as mulheres, a expectativa de vida passará de 78,9 para 82,9 anos entre 2010 e 2030. No caso dos homens, pulará de 73,1 para 76,1 anos.

No Chile, a expectativa de vida das mulheres passará de 82,9 para 86,8 anos, e a dos homens, de 76,7 para 80,7.

O estudo também revelou que, em geral, os homens melhoraram seu estilo de vida. Antes "fumavam e bebiam mais e eram vítimas de acidentes e homicídios com mais frequência", disse Ezzati, do Imperial College de Londres, para explicar a progressão da expectativa de vida masculina.

A expectativa de vida registrou uma queda nos Estados Unidos em 2015 pela primeira vez desde a crise do HIV/aids, há mais de duas décadas, ao mesmo tempo em que as mortes aumentaram em quase todas as principais causas, de acordo com números oficiais.

Em 2015, a expectativa de vida da população americana era de 78,8 anos, uma queda de 0,1 ano em relação a 2014, aponta o relatório do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde.

As mortes de oito das 10 principais causas aumentaram, incluindo os falecimentos acidentais entre crianças e óbitos pelo mal de Alzheimer entre os idosos.

O documento oficial não detalha os motivos para a queda global da expectativa de vida ao nascer, mas especialistas citaram os problemas econômicos, o uso de drogas e o crescente peso da demência entre a população idosa como fatores potenciais.

Em todo o país, em 2015 morreram 86.212 pessoas a mais que no ano anterior.

"Isto é incomum", disse o coordenador do relatório, Jiaquan Xu, um epidemiologista do Centro Nacional de Estatísticas da Saúde, que também é membro dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.

"2015 é um pouco diferente dos outros anos", afirmou Xu à AFP.

"Parecem muito mais mortes que as registradas nos últimos anos", completou.

A última vez que a expectativa de vida ao nascer registrara queda entre a totalidade da população americana havia sido 1993, ano em que as mortes provocadas pela Aids chegaram ao ponto máximo nos Estados Unidos, situação agravada por um período em que a gripe e a pneumonia provocaram mais óbitos que a média.

As taxas de homicídio e mortes acidentais também avançaram em 2015.

No ano passado, os dados mostram um aumento de 1,2% na taxa de mortes do total da população, o que representa um "aumento significativo pela primeira vez desde 1999", indica o estudo.

- Queda para homens e mulheres -

Entre os homens americanos, a expectativa de vida caiu 0,2 ano, de 76,5 anos em 2014 a 76,3 anos em 2015.

Entre as mulheres, a queda foi de 0,1 ano, a 81,2 anos em 2015.

A tendência geral de queda contrasta fortemente com a situação no mundo, onde a expectativa de vida aumentou cinco anos entre 2000 e 2015, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

As mulheres no Japão atualmente têm a maior expectativa de vida na média, de 86,8 anos, enquanto os homens na Suíça vivem em média 81,3 anos.

Serra Leoa tem a menor expectativa de vida: 50,8 anos para as mulheres e 49,3 anos entre os homens.

Nos Estados Unidos a expectativa de vida registrou estagnação a nível nacional nos últimos anos.

Os dados federais de 2014 mostraram uma leve queda na expectativa de vida entre a população branca, o que especialistas afirmaram que poderia ser resultado do aumento do uso de drogas - particularmente a prescrição endêmica de analgésicos - e da pobreza.

Mas 2015 não foi consequência de uma causa única.

As mortes pelo mal de Alzheimer aumentaram 15,7% em ritmo anual.

Entre os adultos foi registrado ainda um avanço de 6,7% dos óbitos por "ferimentos não intencionais".

A taxa de mortes por câncer diminuiu 1,7%. Os falecimentos provocados por gripe e pneumonia permaneceram em níveis estáveis.

"A única notícia boa de 2015 foi que a taxa de mortes por câncer continuou em queda", afirmou Xu.

A expectativa de vida do brasileiro nascido em 2015 é de 75,5 anos, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado foi publicado na edição desta quinta-feira do Diário Oficial da União. A expectativa de vida para brasileiros nascidos em 2014, divulgada no ano passado, era de 75,2 anos.

Os detalhes da pesquisa Tábuas Completas de Mortalidade para o Brasil, inclusive a diferença de expectativa de vida entre os sexos, serão divulgados às 10h pelo IBGE.

##RECOMENDA##

[@#video#@]

As informações são usadas como parâmetro para o fator previdenciário no cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social.

Quem mora no Alto de Pinheiros, bairro nobre da zona oeste da capital, vive cerca de 25 anos a mais que o morador de Cidade Tiradentes, no extremo leste. Na média, o primeiro chega a 79,67 anos, enquanto o segundo não passa de 53,85 anos. Essa diferença é causada por dificuldades enfrentadas pela população mais carente, que foram expostas ontem em estudo apresentado pela Rede Nossa São Paulo. O Mapa da Desigualdade de 2016 mostra grandes diferenças de acordo com o distrito da cidade em todas as áreas. Na Sé, por exemplo, as bibliotecas municipais dispõem de 7,92 livros para cada habitante com mais de 18 anos. No Jardim São Luís, essa taxa é de 0,001.

O 'desigualtômetro' contém dados atualizados até 2015. As taxas foram calculadas a partir de informações econômicas e sociais fornecidas pela Prefeitura e demais órgãos oficiais, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A partir delas, a entidade listou os melhores e piores distritos da capital paulista sob o ponto de vista de saúde, educação, cultura, mobilidade, segurança e habitação.

##RECOMENDA##

Com ele, é possível saber, por exemplo, que a Barra Funda, na zona oeste, tem 9,42 salas de cinema para cada grupo de 10 mil habitantes. Na contramão, essa relação é de apenas 0,039 no Sacomã, zona sul.

Na habitação, o mapa coloca o distrito de Vila Andrade, na região do Morumbi, zona sul, como o que tem o maior porcentual de favelas, levando-se em conta o número total de domicílios - 49,10%. É lá que fica Paraisópolis, a segunda mais populosa de São Paulo. Situação inversa vive o bairro de Pinheiros, com 0,081 dos domicílios classificado como inadequado.

Saúde

A divisão da quantidade de leitos hospitalares pelos distritos da cidade é a que melhor exemplifica as desigualdades na área da saúde. Na Vila Medeiros, zona norte, a divisão do número total de leitos privados ou públicos disponíveis para cada grupo de 1 mil habitantes da região resulta em uma taxa mínima, de 0,041, enquanto que o ideal seria uma taxa entre 2,5 e 3. Na Bela Vista, região central, a meta é superada com folga.

Quando o assunto é violência, a taxa de homicídios por distrito volta a colocar em confronto bairros nobres e áreas periféricas. Em Marsilac, extremo sul da cidade, o número de assassinatos por 10 mil habitantes é de 4,95. Em Moema, também na zona sul, o mesmo dado é de 0,114. Já o índice de homicídios de jovens (de 15 a 29 anos) do sexo masculino é de 10,44 por 10 mil habitantes dessa faixa etária no distrito do Campo Limpo. Na Vila Mariana, o indicador para esse tipo de crime é de 0,642.

Na avaliação da entidade, o mapa funciona como uma espécie de radiografia da qualidade de vida nas diversas regiões da cidade. Em tempos eleitorais, serve para mostrar a realidade de São Paulo aos candidatos a prefeito e também para cobrar deles propostas de solução.

A atriz Helen Rio Branco, de 32 anos, mora desde criança na Cidade Tiradentes e atribui a baixa expectativa de vida à "ausência de Estado". "A expectativa de vida está ligada a um contexto social. Por ser periferia e ter uma comunidade composta por pessoas de origem pobre, a ausência do Estado é desde sempre. Então, automaticamente, há essa baixa expectativa de vida", afirma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A expectativa de vida do brasileiro saltou de pouco mais de 33 anos para quase 76 anos, em um intervalo de um século. O dado está presente na publicação “Brasil: uma visão geográfica e ambiental do início do século XXI” lançado hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A obra foi escrita por pesquisadores do próprio IBGE e finalizado sob a coordenação da geógrafa Adma Hamam de Figueiredo, com intuito de mostrar as mudanças ocorridas durante as transições políticas, sociais, ambientais e demográficas do país.

Segundo a publicação, a transformação demográfica do Brasil é o evento de maior destaque no estudo, já que a faixa população jovem vem encolhendo desde a década de 40 do século passado: crianças e adolescentes, que representavam 42,6% da população, atingirão apenas 14,1% em 2050, ao passo que os idosos e as pessoas em idade ativa serão quase 30%, contra os 4,1% de 1940.

##RECOMENDA##

Os estudiosos também procuraram mapear as divisões urbanas e como se deu a concentração demográfica, indicando que o litoral sempre foi amplamente habitado, enquanto que no interior o zoneamento se deu, em grande parte, pela implantação de ferrovias e rodovias, essa última responsável pelas maiores concentrações de pessoas às suas margens e origem das cidades.

Conforme a análise dos dados, também foi possível para os pesquisadores determinar que a conjuntura política e a influência do poder delimitaram os municípios e constituíram suas divisões conforme conhecemos hoje. Com base em acordos e demarcações feitas em termos legais, os territórios fazem parte da utilização da persuasão parlamentar e dos interesses das correntes que regem determinadas partes do mapa do Brasil no estabelecimento das divisões.

A publicação também exibe um relatório sobre a evolução do território rural brasileiro, as novas tecnologias utilizadas, a ocupação, exploração do solo e as principais atividades políticas do país, mostrando um panorama da produção e da ocupação dos trabalhadores do campo.

A expectativa de vida mundial aumentou cinco anos entre 2000 e 2015, indicou nesta quinta-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS), graças, sobretudo, às melhoras da África na luta contra a aids e a malária.

A maior longevidade dos últimos 15 anos é a mais significativa desde os anos 1960, quando Europa e Japão se beneficiaram dos progressos socioeconômicos da reconstrução após a Segunda Guerra Mundial, ressaltou a OMS. Uma criança nascida em 2015 pode viver 71,4 anos: mais tempo para as mulheres (73,8 anos) do que para os homens (69,1 anos), segundo os dados publicados no relatório anual da OMS.

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, declarou que foram feitos importantes progressos para combater as "enfermidades evitáveis e curáveis", graças a um maior acesso à terapia antirretroviral para prevenir a infeção do HIV. Nos anos 1990, a expectativa de vida retrocedeu no mundo por conta dos estragos causados pela aids na África.

Apesar dos avanços nos países mais pobres, a OMS ressalta que persistem diferenças importantes em termos de expectativa de vida entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento. As estatísticas indicam que uma menina que nasce hoje no Japão tem a expectativa de vida mais longa, de 86,8 anos. Para os homens, a Suíça oferece a maior longevidade média, de 81,3 anos.

Serra Leoa ocupa o último lugar na classificação para os dois sexos, com 50,8 anos de média para as mulheres e 49,3 anos para os homens. Para prolongar ainda mais a expectativa de vida, a OMS aponta alguns aspectos que precisam que melhorar: reduzir o número de fumantes, atualmente 1,1 bilhão no mundo, e abastecer com água potável aproximadamente 1,8 bilhão de pessoas que bebem água contaminada diariamente.

Os atletas de alto rendimento têm uma expectativa de vida muito superior a do restante da população, segundo um estudo francês divulgado nesta terça-feira.

O estudo coordenado pela cientista Juliana Antero-Jacquemin, do Insep (Instituto Nacional do Esporte), analisa 2.814 atletas franceses que disputaram os Jogos Olímpicos entre 1912 e 2012.

##RECOMENDA##

"Estes atletas têm em média uma expectativa de vida sete anos superior a da população geral", destaca Antero-Jacquemin.

Dos sete anos adicionais, quase dois anos são conquistados pelo menor risco de sofrer doenças cardiovasculares, como infartos ou derrames cerebrais. Dois anos equivalem à diminuição do risco de câncer e os outros três "à diminuição do risco vinculado a outras causas", como acidentes.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando