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O ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou, nesta segunda-feira (13), que o governo federal está trabalhando na elaboração de um projeto de lei (PL) para regulamentar a difusão de conteúdo pelas redes sociais. Segundo o ministro, quando o projeto ficar pronto, será apresentado ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e entregue ao Congresso Nacional, diretamente para o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), que é o relator de outro PL sobre o tema.

"Em primeiro lugar, já pactuamos isso, vamos entregar ao relator", afirmou Dino, em palestra durante evento sobre liberdade de expressão, na sede da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio, se dirigindo ao próprio Silva, presente na plateia.

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Em tom de brincadeira, Dino disse que o parlamentar do PCdoB ficou "chateado" com a decisão do governo federal de também elaborar uma proposta sobre o tema. Porém, afirmou o ministro, a contrariedade teria sido desfeita pela "pactuação" feita com Silva e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), baseada no gesto de entregar a proposta do Executivo para ser incorporada.

Segundo Dino, a principal premissa do projeto de lei em elaboração pelo Executivo é a responsabilização das grandes plataformas das redes sociais na internet. A ideia, disse o ministro, é fazer isso com "transparência e auditorias".

Dino também defendeu a definição de alguma instância reguladora, desde que feito "com leveza", sem burocracia.

"Tenho a impressão de que com o deputado Orlando (Silva) e seus colegas, e, posteriormente, no Senado, vamos encontrar boas soluções", afirmou Dino.

O ministro afirmou ainda que o Supremo Tribunal Federal (STF) também entregará propostas para o projeto de lei já relatado por Silva. Presente ao evento, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmou que fará isso.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse, nesta segunda-feira (13), que os Poderes da República e a sociedade devem encontrar equilíbrio entre a liberdade de expressão e o funcionamento das redes sociais. Ao lado dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, em evento no Rio de Janeiro, Lira frisou a necessidade de se encontrar o caminho do meio para preservar essas duas conquistas sociais.

Lira fez as afirmações durante o seminário "Liberdade de Expressão, Redes Sociais e Democracia", organizado nesta manhã pela Rede Globo, Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) e a Fundação Getulio Vargas (FGV) na sede da fundação, na zona sul do Rio.

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"É preciso encontrar o caminho do meio para administrar, legislar sobre e julgar questões envolvendo liberdade de expressão, redes sociais e democracia. É para tentarmos dar um passo em direção a esse equilíbrio que estamos reunidos aqui. A sociedade brasileira espera que os administradores das redes sociais e os representantes eleitos consigam encontrar o quanto antes uma forma de equilibrar o fenômeno das redes sociais. É um equilíbrio delicado e que envolve valores inestimáveis para a vida pública brasileira. Esse equilíbrio não é uma utopia, mas uma necessidade", disse Lira.

O presidente da Câmara defendeu tanto as redes sociais quanto seus limites. "As redes sociais expandiram o alcance da liberdade de expressão do nosso povo, mas também podem representar obstáculo ao pleno exercício dessa liberdade de expressão ou da democracia", afirmou.

Em seguida, acenou aos defensores da inimputabilidade do uso das redes. "Já não é mais preciso prender um cidadão para silenciá-lo ou restringir o alcance de suas palavras, mesmo os cidadãos com função precípua de comunicação, como jornalistas e parlamentares, podem ser calados com um mero clique", criticou.

Lira é frequentemente pressionado por aliados e alas do eleitorado a reagir a decisões do STF contra a disseminação de fake news que passam pela suspensão das contas de figuras públicas em redes sociais, interpretadas pelos punidos e seus seguidores como censura.

"Apesar das muitas dificuldades, os valores da liberdade de expressão e democracia permanecem inalienáveis e protegidos. Não podemos abrir mão de um deles sob pena de perder o outro e, com isso, mergulhar no turbilhão imprevisível da instabilidade social", continuou.

Por fim, o presidente da Câmara fez longo elogio ao jornalismo profissional, peça-chave no combate a fake news. "Contra a desinformação, é necessário termos mais informação", disse.

O Brasil registrou a terceira maior queda na última década em um ranking que mede a liberdade de expressão em 161 países. O País perdeu 38 pontos de 2011 a 2021, em uma escala que vai de zero a 100, e passou a ocupar a 89º posição no levantamento realizado anualmente, divulgado, nesta quinta-feira (30), pela Artigo 19 - ONG com sede em Londres que defende o acesso à informação.

A queda dos níveis de liberdade de expressão brasileiros é menor apenas que a de Hong Kong, que perdeu 58 pontos nos últimos dez anos em meio ao aumento de restrições da China, e Afeganistão, sob comando do Taleban desde agosto do ano passado, com 40 pontos. No topo da lista estão Dinamarca, Suíça e Suécia; enquanto Nicarágua, Arábia Saudita e Guiné Equatorial apresentam os piores desempenhos do ranking.

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O levantamento mostra que apenas 15% das pessoas em todo o mundo vivem em países considerados "abertos", o melhor nível da escala - status que contemplava o Brasil até 2015. Agora o País se encontra na categoria cuja liberdade de expressão é considerada "restrita", a terceira pior de cinco níveis.

O declínio levou o Brasil a perder 58 posições desde 2015, mas foi em 2019 que a curva negativa mais se acentuou. O primeiro ano do governo Jair Bolsonaro coincide com a maior queda observada na série histórica dos indicadores brasileiros. Entram no cálculo o nível de liberdade de expressão acadêmica, artística e religiosa além da transparência governamental e o controle de redes sociais.

Segundo o relatório, porém, os responsáveis diretos pelo desempenho brasileiro são os ataques a jornalistas e outros membros da imprensa que se tornaram "alarmantemente comuns" a partir de 2019. Em 2021, foram 430 agressões registradas, o maior número desde a década de 1990. "O aumento das violações da liberdade de imprensa no Brasil tem mostrado claras correlações tanto com o pontuações e o número de ataques, que subiu mais de 50% no ano de eleição de Bolsonaro", aponta o documento.

A queda de braço entre o presidente e o Judiciário também é tomada pela ONG Artigo 19 como um ponto crítico no caso brasileiro, que pode inclusive trazer instabilidade ao processo eleitoral.

O documento mostra que a erosão da liberdade de expressão no País se compara à que levou à invasão do Capitólio nos EUA, no dia 6 de janeiro de 2021, quando apoiadores do ex-presidente americano Donald Trump não aceitaram o resultado das eleições americanas.

Em entrevista ao Estadão, o senador Flávio Bolsonaro disse que é "impossível conter reação de apoiadores" ao resultado das eleições de 2022 no Brasil.

Jojo Todynho casou no último sábado (29) - a cantora fez uma festona para celebrar a união com Lucas Souza. Apesar de ser um dia de comemoração, Jojo entrou sozinha até o altar e com uma expressão séria, o que surpreendeu os convidados e fãs. Mais tarde, ela surgiu nos Stories do Instagram para explicar o motivo de estar séria naquele momento.

"Hoje pra mim foi extremamente emocionante, eu entrei sozinha. [Sem] minha mãe do coração, Maria Helena, que faleceu na pandemia, do meu pai. Estou passando mal o dia inteiro, gente, me deu uma crise na hora. Eu pensei que eu ia desmaiar na hora de entrar, porque eu queria estar entrando com ele [meu pai]", mas enfim.

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Ela ainda mostrou o buquê que carregou contendo uma foto do pai e da mãe. Jojo explicou como foi um momento difícil para ela casar sem os pais presentes.

"Desculpa se muitas vezes eu sou uma pessoa séria, grossa. É que eu estou calejada, né, gente. Muita porrada da vida. Vocês não têm noção o que foi pra mim entrar ali sozinha e olhar aquelas 250 pessoas, o peso que tinha aquilo ali. De olhar, não ver meu pai, não ver minha mãe Maria Helena. Mas ver meus irmãos de coração ali, me aplaudindo, chorando, com a língua no céu da boca pra não chorar".

A cantora aproveitou e mandou um recado para os seguidores.

"Eu estou passando aqui pra deixar um recado pra vocês jovens. Valorizem a família de vocês, os amigos, os pais principalmente".

Mesmo com esse desafio, ela não deixou de curtiu o casório. Jojo aproveitou tanto que acabou torcendo o joelho enquanto dançava. O maridão ajudou a cantora e cuidou do machucado dela.

"Foi dar uma de bailarina, acrobata...", brincou Lucas.

"Lucas quebrou minha unha", eu torci meu joelho.

A cantora estava bem e sendo muito bem cuidada.

"Meu enfermeiro", declarou ela sobre o marido.

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta segunda-feira (26), que atos antidemocráticos não devem ser alvos de inquéritos por se tratarem de livre manifestação do pensamento.

"Se alguém comete um ato antidemocrático, é contra o governo federal, não é contra um do supremo. Eu não estou reclamando, entendo como liberdade de opinião. Você quer levantar um cartaz na rua ai pedindo pena de morte, faça o que você bem entender, isso é liberdade de expressão. O cara levanta uma placa AI-5. Ai é na constituição anterior, não existe mais", disse a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

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O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), integrante da base bolsonarista no Congresso, foi preso, em fevereiro deste ano, por divulgar vídeos no qual fazia ofensas aos membros do Supremo Tribunal Federal. No mês passado, o parlamentar, que cumpria prisão domiciliar, foi detido novamente por não pagar fiança de R$ 100 mil.

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O youtuber e influenciador digital Felipe Neto lançou recentemente, em parceria com quatro escritórios de advocacia, o movimento apartidário “Cala a Boca Já Morreu”, que tem a missão de prestar assistência jurídica gratuita a quem for alvo de investigação criminal ou administrativa por ter expressado alguma opinião ou criticado autoridades públicas.

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A iniciativa surge como resposta ao abuso de autoridade e ataques constantes à democracia, com grave ameaça à liberdade de expressão, no Brasil. O site da campanha informa que todo aquele que estiver sendo investigado por ter manifestado uma crítica ou opinião, relacionada a uma autoridade pública, e não encontrar meios públicos ou privados para agir em sua defesa pode receber ajuda.

Em vídeo de lançamento, Felipe Neto ressalta que o movimento não defende pessoas que incitam o discurso do ódio, ruptura institucional e que ameaçam governantes ou demais autoridades públicas.

Bárbara Feio, advogada e professora de Direito Civil, lembra que a liberdade de expressão é a representatividade de um Estado Democrático de Direito e que, em 2009, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), por meio da ADPF 130 (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), consagraram a liberdade de expressão como patrimônio imaterial e a representação de uma evolução político-cultural de uma sociedade democrática.

Entretanto, a advogada diz que há um ponto muito importante a ser identificado da liberdade de expressão: entender que o direito de alguém termina onde começa o do próximo. “Você precisa ter conhecimento de que você não pode utilizar a liberdade de expressão como instrumento para diminuir, ferir a dignidade humana, para afetar e reduzir o outro sujeito. O limite é exatamente este”, salienta.

Bárbara também orienta quanto ao conteúdo compartilhado na internet e que os usuários devem ter cuidado com o que é divulgado nas redes. “Nós precisamos fazer um exercício grande de reconhecimento de que temos um instrumento muito forte nas mãos, que é a internet, a virtualidade, e precisamos entender que existe, sim, a responsabilidade quando você invade e ultrapassa os limites da liberdade de expressão”, diz.

A advogada explica que a responsabilidade civil no Estado brasileiro é muito clara e que, além do grande alcance que tem, uma pessoa ainda pode ser punida por algum ato ou crime cometido nas redes sociais. “Temos o artigo 186, o artigo 927, temos diversos artigos que fazem esse amparo legal, que trazem uma proteção do ser humano e da dignidade em face desse tipo de violação”, destaca.

Bárbara alerta pais de menores e afirma que eles devem estar vigilantes quanto ao uso das redes para manifestação e propagação de discursos de ódio e de raízes discriminatórias. Ela também lembra que crianças e adolescentes, apesar de não cometerem crimes, podem cometer atos considerados infracionais. Em casos assim, os pais serão responsabilizados.

Quanto à liberdade de expressão, Bárbara acredita que é possível defendê-la com muita qualidade quando utilizada com responsabilidade e respeito por ela ser patrimônio imaterial representativo de um povo, de um Estado democrático evoluído política e culturalmente. “O seu direito de falar, de expressar livremente os seus pensamentos termina no momento em que você diminui o outro, fere o outro, atinge o outro na sua honra subjetiva, na sua dignidade e a gente precisa estar muito atento a isso”, complementa a advogada.

Linha tênue

Diego Santos, professor de História, explica que com as eleições de 2018 viu-se uma tendência voltada para a direita, caracterizada por uma visão mais conservadora de sociedade. Segundo ele, isso requer atualização da legislação, abarcando as diversas ferramentas utilizadas pela liberdade de expressão, que é fundamental para a democracia.

“Nós viemos de uma eleição que apontou para o que os especialistas chamariam de um apontamento à direita. Então passa a ter a necessidade de atualizarem esses códigos e de se pensar que, na sociedade que nós temos hoje, é fundamental que você tenha, sim, um respeito a esse cenário de liberdade”, relata.

O professor conta que a liberdade de expressão é um princípio da democracia, o qual passou a ser garantido a partir da Constituição de 1988. Porém, ressalta que o Brasil possui uma conexão direta e histórica com a ditadura civil-militar que se iniciou no país em 1964. “Então, historicamente, existe uma fragilidade muito grande do nosso sistema democrático. Até porque muitas dessas fragilidades do sistema ainda têm princípios e poderes ligados à constituição de elementos da própria ditadura”, afirma.

“É o caso, inclusive, da (lei) Segurança Nacional, com o qual foi feita a queixa-crime contra o Felipe Neto. Ela está diretamente relacionada a uma lei de 1983, portanto ainda do período da ditadura. E, logicamente, deveria ter sido atualizada ou, pelo menos, repensada num momento como esse”, exemplifica Diego Santos.

O youtuber Felipe Neto foi acusado por crime contra a segurança nacional após ter chamado o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “genocida”, ao referir-se à gestão do governo em relação à pandemia da covid-19. O professor alerta para a problemática da protocolização dessa queixa-crime ser feita pelo filho do presidente, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). “Parece que há uma tentativa sempre muito articulada de se frear questionamento. Eu vejo um problema dentro desse Estado Democrático de Direito que não é só cercear a liberdade de expressão, mas é também de fazer com que não se tenha um questionamento à família Bolsonaro”, destaca.

Diego Santos acredita que a grande repercussão na fala do youtuber foi a geradora da tentativa de abafamento. O governo iniciado em 2018, diz o professor, pautou-se na ideia do discurso de ódio em relação à minoria e aos opositores, repercutindo para o cenário de crise vivida hoje. A pandemia não parou as ofensas e ataques ao Supremo Tribunal Federal ou às pessoas que questionam o governo, observa Diego.

O professor traça uma linha histórica entre o momento atual e o resquício da ditadura militar. “Existe um paralelo histórico entre esse resquício da ditadura militar porque grande parte dos ministros, que compõem o Ministério, são militares que a apoiam. Até certo ponto estão ligados àquilo que o Bolsonaro fala e o apoiam publicamente”, diz Diego Santos.

O professor reitera a fragilidade da democracia ao lembrar fatos da história democrática do país após o fim da ditadura. “Quando a ditadura termina, as primeiras eleições são indiretas. O primeiro presidente eleito de fato, no Brasil, foi o Fernando Collor de Mello e logo depois tem o próprio impeachment. Então nós temos nessa breve democracia dois presidentes que sofreram processo de impeachmnet: o Fernando Collor de Mello e a Dilma Rousseff”, explica.

A liberdade de expressão e o discurso de ódio, na sociedade atual, andam lado a lado. “Então, tem uma fragilidade muito grande dentro do nosso campo democrático. E a linha tênue entre o que é liberdade de expressão e o que é discurso de ódio é muito frequente na nossa sociedade”, finaliza Diego Santos.

Para mais informações a respeito do movimento acesse www.calaabocajamorreu.com.br

Por Carolina Albuquerque e Isabella Cordeiro.

 

No início desta semana, a jornalista Maíra Azevedo, mais conhecida como Tia Má, causou o maior rebuliço na internet. A baiana usou o Twitter para dizer que não concorda com a expressão 'passar pano' - termo usado por alguém que faz vista grossa para assuntos polêmicos.

"Odeio a expressão 'passar pano', considero classista, elitista e racista. Passar pano é uma atividade doméstica,uma das tarefas da limpeza de casa, e quem é historicamente a empregada doméstica? As mulheres negras. É associar a limpeza a algo menor. Reflitam! #passarpanonao", escreveu ela no microblog.

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Após sua reflexão, Tia Má acabou sendo criticada por diversos usuários da rede social. "Infelizmente não poderei te apoiar nesse lacre, Tia Má", ironizou um dos internautas. "A militância equivocada que muito atrapalha o desenvolvimento de ideias progressistas no Brasil resumida em 1 tweet", comentou outro.

Ainda na plataforma, Tia Má disse: "Problematizar faz parte da construção das narrativas. As discordâncias também! Já os ataques fazem parte da cultura que celebra a opressão e rir daquilo que gera dor! Se constrói um olhar a partir das experiências e vivências!".

Veja:

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Assim como os signos da cultura popular são mantidos entre gerações, a história de uma das principais expressões artísticas do Carnaval de Pernambuco também foi consolidada em herança. Com cerca de 100 anos produzindo La ursas, a família de Julião das Máscaras é reconhecida como a principal referência na arte das máscaras de papel machê e a responsável pela propagação das cabeças de urso pela folia.

O legado da autoria dos primeiros bonecos gigantes da Mulher do Dia e do Menino da Tarde foi repassado para Julião, assim como sua própria identidade. Na verdade, o artista foi batizado com o nome do pai, João Dias Vilela. Contudo, este também já era chamado por Julião, nome herdado do seu pai. O serviço prestado à cultura local fez de João Dias o homenageado no Carnaval de Olinda de 1993, mas antes mesmo deste reconhecimento, já abria as portas do ateliê para que o filho que, aos 12 anos, o ajudava na confecção das cabeças de La ursa.

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Apaixonado pelas cores do Carnaval olindense e com as obras expostas em diversos países como França e Japão, ele destaca a popularidade da figura animalesca. “A La ursa é uma coisa que vem da brincadeira e vem também da realidade. A turma quando diz: ‘oh o urso da tua mulher’, é pessoal; mas quando diz: ‘a La ursa’, é na brincadeira”, explica.


Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

“Eu viso a arte”

A temporada de máscaras do ser mitológico presente no imaginário pernambucano inicia junto às prévias carnavalescas da cidade, elevada a Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Unesco desde o início da década de 80. É no mês de setembro, que o ateliê começa a ferver nas noites e adentra a madrugada. “Eu trabalho 24 horas por que a turma não me deixa não”, brinca.

O tempo de conclusão das peças dura aproximadamente dois dias. “É um processo meio longo, mas a perfeição é que tá aí”, garante. Neste período, água, papel e cola se unem para dar forma ao adereço. Após a secagem, a cabeça é retirada da forma e recebe novas camadas da mistura. Só depois, a tinta entra no processo, mas o que realmente dá a vida ao bicho são os cortes nos olhos, que metamorfoseia o folião neste símbolo do Carnaval de rua. “Eu tenho prazer de fazer [as obras] e ver o povo feliz, e tenho que acompanhar eles na felicidade. Eu fico feliz pelo povo valorizar a cultura de Olinda”, confessa.

“O Sol é para todos, mas a sombra é pra quem procura”

Às vésperas da celebração de Momo, Julião calcula que mais de 500 máscaras estão prontas para sair às ruas pedindo dinheiro. Isso porque, a fama das La ursas é mendicante. Os foliões saem vestidos em trapos de tecido em alusão aos pelos espessos e a cabeça funciona como um filtro que os liberta para a dançar e estender as mãos à espera de moedas.

Toda essa alegoria movimenta o bolso de jovens periféricos, que carregam tambores e instrumentos percussivos para animar o humilde cortejo. Ao fim, o dinheiro ‘apurado’ é partilhado entre os componentes. “Tem menino aqui mesmo que compra uma cabeça de La ursa, começa a brincar e daqui a pouco já tá com o próprio instrumento. Eles comprar, fazem a roupa e já saem batendo: ‘a La ursa quer dinheiro, quem não dá é pirangueiro’. Então, tá empestado de La ursa. Para eles é oportunidade”, avaliou os impactos socioeconômicos da sua arte.   

É notório que a fantasia acaba amedrontando algumas crianças. Elas se assustam com a carranca que aborda sem pedir licença para pedir dinheiro. Porém é inegável o espaço que este ser folclórico conquistou no coração do folião. Mesmo com todo apreço do pernambucano, a La ursa passou um tempo tímida, reclusa em sua própria simplicidade. Desse modo sua representatividade foi minada e perdeu força.

Com a retomada da presença em blocos e troças, o idealizador de uma das principais páginas voltada para a divulgação de festas no Grande Recife decidiu abraçar a entidade como mascote do Cabueta Cultural. “Eu sentia falta de uma personalidade, algo que ligasse os seguidores à página. Aí pensei: ‘todo mundo tem uma ligação tão grande com a La ursa, seria massa”, explicou o olindense Emerson Braga que, até já se fantasiou do animal e possui uma tatuagem em sua homenagem, antes mesmo do projeto.  

Reprodução/Instagram/@cabuetalcultural

“Vai ser a La ursa de Julião”

“Quando pensei em La ursa, já lembrei de Julião. Ele é a maior referência de La ursa que tem”, relembrou Emerson. Hoje, o Cabueta Cultura anuncia as festas com uma máscara branca - responsável pelos points do Recife - e uma prata - utilizada em temáticas especiais -. No entanto, a estreia da terceira cabeça já está marcada para o dia 12 de março, quando as cidades irmãs - Recife e Olinda - fazem aniversário. Após a festa, a versão preta vai ficar responsável por divulgar o Sítio Histórico de Olinda.

Julião comemora ressurgimento da sua arte na folia popular e o aumento da procura pelas peças. “Tem bloco que já tem nome de urso. Tem ‘O urso da tua mãe, O urso da tua mulher’. Tem todo tipo de urso e cada um tem um nome, quer dizer que expandiu”, avalia.

É neste processo natural de expansão que o artesão mostra que sua arte é tão livre quanto as vontades brincantes de uma La ursa. “A abertura é pra todo mundo. Se patentear e eu morrer, quem vai fazer? Quanto mais artistas melhor”, destacou. De fato, ele não tem medo de repassar todo o processo. Além de ministrar aulas, tem como ajudantes a esposa, Jeane, e o filho Mateus, que perpetua a quarta geração de produtores de máscaras da família.
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

Com valores entre R$ 60 e R$ 80, o artista consegue manter viva essa figura tão peculiar e lúdica do Carnaval local, contudo lamenta não ter recebido a mesma atenção oferecida a outros artistas de Olinda.

Sem conseguir autorização para tombar o antigo ateliê, repassado entre gerações, Julião acabou vendendo o templo e desabrigou as paredes que respiram parte da sua história, facilmente confundida entre as cores de uma das principais expressões artísticas de Pernambuco. Sem se abater, manteve o esforço em manter a cultura pulsante e comercializa as famosas La ursas em um bazar na Avenida Joaquim Nabuco, no bairro de Guadalupe, em Olinda.

A empresa de cosméticos e produtos de limpeza japonesa Kao suspendeu uma campanha promocional para divulgar um detergente cujo slogan era #beWHITE (#fiqueBRANCO).

Com a expressão, a Kao se referia à maneira como são conhecidas, no Japão, as empresas que tratam bem seus funcionários ("white kigyo"), em oposição às que tratam mal ("black kigyo").

A campanha tinha como objetivo estimular as famílias a serem uma "boa empresa" e a compartilharem as tarefas domésticas para não deixá-las nas mãos de uma única pessoa.

Depois que a publicidade foi lançada, alguns trabalhadores apontaram o risco de que a empresa seja acusada de racismo.

"Queríamos estimular as pessoas a participarem do trabalho doméstico, mas em inglês os termos 'be white' podem ser interpretados de forma diferente", explicou à AFP Yoshiki Aoyama, assessor da Kao.

Trazendo como tema  “Um Novo Jeito de se Comunicar”, o curso ministrado pelo mentoring Diego Perez será realizado no sábado, 1º de junho, no Hotem Bugan, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. A oficina tem como objetivo ajudar pessoas a se expressarem melhor buscando o aprimoramento da voz, corpo e da mente, considerados os elementos importantes para uma boa comunicação.

Como convidado palestrante, Perez receberá o jornalista e apresentador Pedro Lins, que vai falar sobre jornalismo, técnicas de TV e outros assuntos ligados ao tema.

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O curso terá duração de 5 horas. Além das palestras, o público contará com interações dinâmicas e troca de e experiências entre os ouvintes e palestrantes.

Para participar, os interessados devem fazer a compra do ingresso, que custa R$ 75, por meio do site.

SERVIÇO

Oratória – Um Novo Jeito de se Comunicar

Dia: 1º de junho de 2019 (sábado)

Horário: 13h às 18h

Local: Bugan Hotel Recife (Av. Domingos Ferreira, 4661 – Boa Viagem)

Ingressos:. R$ 75 (1º lote) disponível neste link.

Informações: (81) 99926-7704 

 

A nova temporada do RuPaul’s Drag Race, irá trazer novos desafios e momentos inesperados na área política e sociai. Com a nomeação do novo presidente da Casa Branca, Donald Trump, a organização do reality busca a próxima Drag Superstar da América, e antecipa a nona temporada. RuPaul's Drag Race é um reality show americano realizado pela produtora World of Wonder e exibido nos Estados Unidos através do canal Logo. Idealizado e apresentado pela famosa drag queen RuPaul, o programa procura o carisma, singularidade, coragem e talento de uma drag queen, para suceder ao título de "America's Next Drag Superstar". A data da nova temporada será divulgada, em breve.

Atualmente o programa tem como campeãs, Bebe Zahara Benet, Tyra Sanchez, Raja, Sharon Needles, Chad Michaels, Jinkx Monsoon, Bianca Del Rio, Violet Chachki, Bob the Drag Queen e Alaska Thunderfuck. O programa conta com uma banca de jurados que expõem a sua opinião sobre os looks e performances dos participantes no desafio principal e auxiliam RuPaul na decisão final.

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Meet Aja, Alexis Michelle, Charlie Hides, Eureka, Farrah Moan, Jaymes Mansfield, Kimora Blac, Nina Bo’Nina Brown, Peppermint, Sasha Velour, Shea Couleé, Trinity Taylor, e Valentina são as novas candidatas para disputar a vaga da próxima Drag Superstar da América. Conheça os perfis e os detalhes de cada participante.

Confira, o perfil das novas participantes da 9° temporada do RuPaul’s Drag Race: 

Após uma acalorada discussão entre aliados e adversários da presidente afastada Dilma Rousseff, o presidente da Comissão Especial do Impeachment, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), anunciou nesta quinta-feira (4) a retirada, das notas taquigráficas, da expressão relatório "fraudulento" usado pela senadora petista Fátima Bezerra (RN) para classificar o parecer do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG). O tucano apresentou um texto favorável à condenação de Dilma por crime de responsabilidade.

Raimundo Lira disse que não iria reintroduzir essa expressão ao justificar que deveria seguir o Regimento Interno, a Lei do Impeachment e a Constituição Federal. Ele afirmou que, quando houve expressões desfavoráveis à Dilma, ele também mandou retirar dos registros taquigráficos do Senado.

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Sob protestos, o presidente da comissão informou que, ao final da reunião, colocará em votação um pedido apresentado pela senadora Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM) para que o colegiado faça a leitura na íntegra da transcrição dos debates.

O painel de votação do colegiado já foi aberto, mas o resultado só será conhecido depois que todos os senadores se pronunciarem na comissão.

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A exposição “Expressar-te. Um olhar sobre a sociedade” aborda temas bastante debatidos no cenário atual, como racismo, infância, causa LGBT, sexismo, empoderamento das mulheres, entre outros. Organizada pelos alunos dos cursos Publicidade e Propaganda e Jornalismo, em parceria com os alunos do curso de Artes Visuais, da Universidade da Amazônia (Unama), o evento foi realizado na Galeria de Arte Graça Landeira, no campus Alcindo Cacela, na sexta-feira, dia 3.

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Os visitantes, primeiramente, foram apresentados às obras e, em seguida, assistiram a uma palestra sobre o tema da exposição. Participaram do bate-papo com os alunos a mestre em Artes Simone Moura, a mestre em Antropologia Rachel Abreu e a bacharel em Direito Bárbara Tauani. “É necessário que se façam desconstruções de mentalidades de pensar o outro a partir da hierarquia de valores inferiores e o propósito da discussão é refletir que cada um vai carregar sua essência, independente de conselhos recentes as pessoas precisam ser respeitadas, na sua escolha, na sua orientação”, afirmou Rachel Abreu.

A estudante Isabela Menezes disse que a ideia de fazer essa exposição surgiu a partir da vontade dos alunos de levar para fora da sala de aula os assuntos que eram abordados na disciplina de Comunicação, Cultura e Cidadania, ministrada pela professora Danuta Leão, a partir de uma abordagem artística. O visitante Luca Side conta que a exposição tem a intenção de surpreender e alertar para os problemas que o preconceito causa na sociedade atual. “O quadro que eu mais me interessei foi o das camisinhas. Ele choca quem não está preparado. Eu achei incrível a submissão da mulher exposta de uma maneira crua, de forma objetiva, isso é incrível”, falou.

O estudante também revela que o preconceito está muito presente no seu dia a dia. Além disso, o contato com movimentos sociais abriu seus olhos para lutar não só por causa própria, no caso a LGBT, mas também pela do outro. “Os movimentos estão entrando em conflitos e essa exposição acaba unindo todas as causas de uma forma muito harmônica. Os movimentos precisam se juntar, as minorias não podem lutar contra minorias, e isso é essencial”, concluiu.

Com informações de Marcella Salgado e Jamyla Magno.

                                                                                                                                                            

De todas as formas de expressão artísticas (sim, ARTÍSTICAS), o cinema é uma das mais próximas do público nos dias atuais. Além das salas de exibição espalhadas por todo o país, temos várias redes de televisão que exibem uma grande quantidade de filmes diariamente, possibilitando que o público tenha contato com uma grande quantidade de produções com muita facilidade. E isso sem falar na possibilidade de assistir filmes on-line (de forma lícita ou ilícita).

Mas, de todas as categorias e gêneros praticados pela sétima arte, uma que é especialmente fascinante é o cinema "trash". O termo vem do inglês, onde "trash" significa lixo, caracterizando uma produção de baixo custo, baixa aceitabilidade crítica, baixo padrão estético... Mas de tamanha a produção nesse segmento que o cinema trash se tornou uma subcultura própria, fazendo da falta de padrão estético a sua própria linguagem. Sangue espirrando, corpos mutilados, entranhas que se espalham pela tela se tornaram marcas desse nicho tão peculiar da arte.

Vamos dar uma olhada em alguns exemplos desse segmento tão especial de filmes...

1) O Ataque dos Tomates Assassinos

Nesse filme de 1978, tomates resultantes de experiências genéticas começam a atacar as pessoas, matando vários cidadãos. O filme foi estrelado por George Clooney e não bastando o seu sucesso inesperado, ele teve continuações: "Os Tomates Assassinos Atacam Novamente" e "O Retorno dos Tomates Assassinos na França". E se isso não bastasse, eles inspiraram o desenho animado de mesmo nome nos anos 80.

2) Christine, o carro Assassino

Nesse filme de 1983, Christine (um carro de modelo clássico americano) começa a agir por conta própria... aparentemente possuído por uma força desconhecida, ele ataca e mata para manter sua relação com seu dono. Baseado numa obra de Stephen King, um dos autores mais venerados do gênero do suspense e terror envolvendo elementos e entidades sobrenaturais.

3) O Elevador Assassino

Nesse filme de 1983 (também), a trama é bastante simples... num edifício o elevador começa a apresentar problemas e incidentes estranhos acontecem... pessoas ficam presas... pessoas são decapitadas e apenas o técnico de manutenção e uma jornalista parecem interessados em descobrir a verdade por trás desses aparentes acidentes.

Uma coisa que une essas obras é a simplicidade dos "vilões". Um elevador, um carro, um vegetal... mas o que aconteceria se esses elementos tão comuns do nosso cotidiano se rebelassem contra nós? Parte do fascínio desses filmes vem desse medo irracional do desconhecido. Daquilo que poderia simplesmente estar errado e nós nunca soubemos. Essa já seria uma premissa suficiente para assustar qualquer pessoa, ou fazer com que olhasse por cima dos ombros pro resto da vida.

E caso você esteja se perguntando, aquela imagem lá em cima é um dos meus filmes favoritos do gênero: "Piranha II: Assassinas Voadoras". Simplesmente, essas piranhas com asas se revoltam contra os seres humanos e começam a matar pessoas. Pra quê mais do que isso? E o filme foi dirigido por James Cameron, o mesmo de Titanic e Exterminador do Futuro!

O espetáculo de dança ECOS - Gritos que se perdem estreia na Caixa Cultural do Recife e é encenado em em três sessões nos dias 19 e 20 de abril. Através da explosão da cor e do movimento, a Lúmini Cia de Dança  traz para o público a oportunidade de conhecer traços marcantes do povo basileiro, como as culturas indígena e negra, a alma do sertanejo e a vida dos povos ribeirinhos.

A companhia de dança carioca encena o espetáculo - que foi criado com o objetivo de abordar a cultura brasileira relacionada ao surgimento do Rio São Francisco, com suas tradições, costumes e lendas - pela primeira vez em pernambuco. No espetáculo, doze bailarinos, dois cantores e dois atores passeiam pelo palco harmonizando trilha, figurino e expressão.Serviço

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ECOS - Gritos que se perdem

19 e 20 de abril | Sexta-feira às 20h e sábado às 17h e 20h

Caixa Cultural ( Avenida Alfredo Lisboa, 505 - Praça do Marco Zero - Bairro do Recife)

R$ 20 (inteira) e 10 (meia entrada)

(81) 3425 1906

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