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A brasileira Patrícia Lélis, de 29 anos, está sendo procurada pelo Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI) por suposto golpe milionário ao se passar por advogada especializada em imigração no país. Natural de Brasília, mas sediada em Washington D.C, capital americana, a mulher é suspeita de lesar seus clientes em cerca de US$ 700 mil (aproximadamente R$ 3,4 milhões). No Brasil, ela acumula polêmicas envolvendo políticos e construiu uma imagem na internet após deixar o bolsonarismo e se tornar uma ativista de esquerda. 

A brasiliense é acusada de fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravado. Respectivamente, as penas máximas para esses delitos são de 20 anos, 10 anos e dois anos de reclusão. No perfil do FBI no X (antigo Twitter), o departamento pede informações do paradeiro da suspeita. Na mesma rede social, ela reconhece ser procurada pelo órgão e se diz “vítima” de perseguição por parte do governo americano. 

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Os supostos crimes teriam ocorrido a partir de 2021. Segundo o texto, Lélis prometia que os vistos seriam emitidos com base no programa EB-5, que proporciona residência permanente legal e possível cidadania a um cidadão estrangeiro que invista “fundos substanciais” em empresas que gerem empregos nos Estados Unidos. 

A jornada de Patrícia até uma vida, de certa forma, pública, envolve falsas acusações a deputados, um suposto relacionamento com o Bolsonaro “Zero Três”, além de expulsão do Partido dos Trabalhadores (PT) e candidaturas políticas sem sucesso.  

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Tradução, do inglês: “Cidadã brasileira indiciada por acusações de fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravado por supostamente se passar por advogada de imigração para fraudar clientes. Até 12 de janeiro de 2024, a ré, Patrícia De Oliveira Souza Lelis Bolin, não se encontra sob prisão preventiva. Se você tiver informações sobre o paradeiro dela, ligue para FBIWFO no número 202-278-2000 ou no escritório local”. 

Perfil de Patrícia Lélis 

Não está claro como Patrícia de Oliveira Souza Lélis Boldin, de 29 anos, passou a circular entre os políticos de Brasília, mas ela se tornou conhecida nacionalmente, em 2016, após acusar e denunciar o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PL-SP, à época, no PSC) pelos “crimes de estupro, lesões corporais, sequestro, cárcere privado, ameaça e corrupção de testemunha”. O processo foi arquivado em 2018. Apesar do arquivamento, Lélis nunca alterou sua versão. Em agosto do ano passado, ela voltou a falar sobre o suposto crime de Feliciano.  

“Eu fui estuprada e agredida por Marco Feliciano. Todos do partido PSC sabiam e tentaram me silenciar, inclusive Eduardo Bolsonaro que hoje na CPMI dos atos antidemocráticos usou do meu nome para tentar defender Feliciano. Eu não fui a única vítima”, escreveu em uma publicação no Instagram. 

A menção ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de Jair Bolsonaro (PL), revela a segunda grande polêmica envolvendo Lélis no Brasil. Segundo ela, os dois namoraram, em meados de 2017. Apesar do parlamentar ter negado que ambos tenham se relacionado, uma investigação policial feita em desfavor do deputado – e que se provou infundada posteriormente – revelou que a jornalista e o “zero três” possuíam, sim, um relacionamento. Na internet, os dois têm fotos juntos. 

Lélis acusou o parlamentar de ameaçá-la após uma troca de ofensas públicas em 2017. Na ocasião, ela afirmou que ele a teria chamado de "otária" e prometido "acabar com a sua vida" caso a discussão continuasse. Ela também é a responsável pelo apelido “bananinha”, atribuído de forma ofensiva a Eduardo. 

Mitomania 

Em 2016, a Polícia Civil de São Paulo revelou, baseada em laudo de psicóloga, que Patrícia Lelis, à época com 22 anos, é “mitomaníaca”. Ou seja, sofre de um transtorno de personalidade que faz com que a pessoa minta compulsivamente. No período, Lélis era estudante de jornalismo e recém indiciada pela polícia de SP por denunciação caluniosa e extorsão. A acusação era contra um assessor do deputado Pastor Marco Feliciano, por sequestro e cárcere privado. 

Alinhamento à esquerda 

Após as polêmicas junto a seus ex-aliados na direita, Patrícia Lélis migrou completamente de espectro político e passou a criar uma personalidade nos círculos sociais da esquerda brasileira. Ainda em 2017, Lélis pediu desculpas a Lula “por ter ido às ruas e ter sido a favor de um golpe”. Em seu perfil no Facebook, publicou fotos ao lado do petista. 

Lélis concorreu em 2018 ao cargo de deputada federal pelo Pros, mas não foi eleita. Pouco depois, se mudou para os Estados Unidos, para viver no Texas, e recentemente estava sediada em Washington. A jornalista se filiou ao PT, mas foi expulsa da legenda em 2021 depois de ter feito uma declaração considerada transfóbica. Atualmente, ela possui 463 mil seguidores no Instagram e se dedica a comentar assuntos de política. A jornalista se considera ex-petista, mas apoia parcialmente o Governo Lula e se coloca como ativista de esquerda. 

 

Um homem dos Estados Unidos foi acusado de perseguir e assediar uma mulher do interior do estado de Nova York usando um avião de pequeno porte durante quatro anos. Michael Arnold, de 65 anos, compareceu pela primeira vez ao tribunal na quarta-feira, 5, em Bennington, Vermont e se declarou inocente na quinta-feira, 5.

De acordo com o FBI, Arnold estava perseguindo Cassie Wilusz, uma mulher de Schuylerville, Nova York, dona de um café cujo Arnold era cliente. Nestes anos, ele voava baixo sobre a vila onde ela mora e, em determinados momentos, chegou a ser visto jogando tomates do avião. Em junho, em entrevista ao portal local Times Union, Cassie descreveu o assédio como "um pesadelo".

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"Ele começou a sobrevoar minha casa, me mandando fotos da minha casa, da minha piscina, do meu quintal, de mim, da minha família, dos meus amigos", disse ela. "Ele me disse que o carma vai me pegar. Ele disse que eu matei meu pai" - que morreu em um incêndio em 2017 - "e que vou matar meu marido. Liguei para a polícia, mas isso nunca para", ela disse ao Times Union em junho.

O homem já estava sob uma ordem temporária de proteção emitida em maio para "cessar e desistir de voar toda e qualquer aeronave" depois de ser acusado de quatro anos de assédio vindo do céu. Ele foi preso na noite de terça-feira, 3, enquanto dirigia para o Aeroporto Estadual William H. Morse em Bennington, Vermont, onde estacionou seu monomotor Cessna 180, disse a polícia.

Ele foi acusado de perseguição agravada, violação de uma ordem de prevenção de abusos, resistência à prisão, impedimento de um funcionário público e fornecimento de informações falsas à polícia. Ele foi libertado pagando fiança, sob diversas condições, incluindo não ter contato com a mulher, não persegui-la e ficar a 91 metros de sua casa e empresa, bem como longe de todos os aviões.

Ao ser preso, ele disse que não havia perseguido ninguém e negou que estivesse pilotando seu avião no dia anterior - quando um sargento do Gabinete do Xerife do Condado de Saratoga, que estava investigando onde ele guardava o avião, o flagrou sobrevoando a região. Ele afirmou que estava viajando com alguém e disse ao policial que não teve contato com a mulher e que se quisesse machucá-la poderia facilmente fazer isso, mas nunca fez, de acordo com o depoimento.

Cassie disse à polícia que há muito tempo temia por sua segurança e temia que Arnold pilotasse seu avião até sua casa, afirmam os documentos judiciais. Arnold está proibido de pilotar qualquer avião sob a ordem que permanece em vigor até 30 de novembro.

Um dia depois do assassinato do jornalista, ativista e candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, os equatorianos, impactados pelo aumento da violência no país, agora aguardam a chegada de uma equipe da agência federal americana FBI, que promete colaborar na investigação da mais recente morte política na nação sul-americana.

A ajuda do FBI foi anunciada nesta sexta-feira, 11, pelo presidente equatoriano, Guillermo Lasso, que declarou ontem, 10, o estado de exceção durante 60 dias em todo o país após a morte a tiros de Villavicencio, com o objetivo de garantir a realização das eleições gerais antecipadas, que devem ocorrer em 20 de agosto.

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Os agentes enviados pelos Estados Unidos terão a tarefa de investigar, junto com a polícia equatoriana, as causas do assassinato e os atores intelectuais do crime.

Após os acontecimentos da quinta-feira, o governo dos EUA ofereceu ao governo equatoriano "assistência investigativa urgente" por meio de seu embaixador em Quito, Michael J. Fitzpatrick. Nos últimos dois anos, o governo americano e o Equador têm construído laços estreitos de cooperação, fundamentalmente na área da segurança.

Na quinta-feira, 10, o gabinete do promotor anunciou a prisão de seis pessoas de nacionalidade colombiana que supostamente participaram no atentado que matou Villavicencio. O autor direto do atentado, também colombiano, morreu no local do ataque.

"Em várias incursões em Conocoto e no sul da cidade, seis pessoas foram presas: Andrés M., José N., Adey G., Camilo R., Jules C., Jhon R., todos estrangeiros", afirmou o ministro do Interior do Equador, Juan Zapata.

De acordo com o ministro, a polícia havia encontrado um pequeno arsenal que estava na possessão dos suspeitos: um fuzil com dois carregadores, uma submetralhadora, quatro pistolas, três granadas, quatro caixas de munição, duas motocicletas e um veículo roubado.

Os seis suspeitos foram capturados no sul de Quito e, de acordo com as autoridades, eles tinham sido previamente presos no mês anterior, mas não ficaram sob custódia e depois foram declarados fugitivos do sistema judiciário por não comparecerem a uma audiência.

Villavicencio era um dos oito candidatos nas eleições gerais extraordinárias do Equador. Além da sua morte, o ataque a tiros deixou pelo menos nove feridos no local do comício em que o candidato havia participado.

Nesta manhã foi realizado o velório do ex-candidato. Em um dia fúnebre para o país, dezenas de simpatizantes tentaram entrar na capela para prestar suas últimas homenagens e foram freados por policiais, que jogaram spray de pimenta durante o aumento das tensões.

Também foram reportados uma série de desentendimentos entre os parentes de Villavicencio. Alguns culparam a esposa do falecido, Verónica Sarauz, por não permitir o acesso deles à capela. A decisão de Sarauz foi manter o velório privado. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

A Polícia Federal dos Estados Unidos (FBI) matou a tiros um homem em Utah nesta quarta-feira (9), a quem as autoridades haviam monitorado por meses devido a ameaças feitas a Joe Biden, horas antes da visita planejada do presidente americano a esse estado no oeste do país.

De acordo com o FBI, um suspeito morreu nesta quarta-feira quando os agentes tentaram prendê-lo em Provo, ao sul de Salt Lake City.

Os eventos estão sendo investigados, acrescentou o FBI, sem fornecer detalhes sobre o homem.

De acordo com uma denúncia dos procuradores federais em Utah, trata-se de Craig Robertson.

Conforme esse documento, ele era um homem septuagenário que se dizia apoiador do ex-presidente republicano Donald Trump e ameaçava Biden em postagens nas redes sociais.

A vice-presidente Kamala Harris, o procurador-geral Merrick Garland e o promotor Alvin Bragg, que supervisionou a investigação que levou a uma acusação contra Trump em Nova York, também foram ameaçados, assim como os próprios agentes do FBI.

"É a hora certa para um ou dois assassinatos presidenciais. Primeiro Joe, depois Kamala!", dizia em uma das mensagens.

"Ouvi dizer que Biden está vindo para Utah. Tirando meu velho traje de caça e tirando a poeira do rifle de atirador M24. Bem-vindo, palhaço chefe", afirmava em outra mensagem, publicada há alguns dias, segundo a denúncia.

De acordo com a mesma fonte, o homem também postou várias fotos de armas de fogo.

O presidente Biden está atualmente visitando o oeste dos Estados Unidos e viajará para Salt Lake City nesta quarta-feira.

O Serviço Secreto, responsável pela proteção de autoridades, afirmou estar "ciente da investigação do FBI envolvendo um indivíduo em Utah que ameaçou uma pessoa protegida", mas não forneceu mais detalhes.

Arquivos divulgados pelo FBI sobre diversas visitas da rainha Elizabeth II aos Estados Unidos nos anos 1980 e 1990 revelaram ameaças e um potencial plano para assassinar a monarca, que faleceu em setembro do ano passado aos 96 anos.

Entre os documentos, publicados no site da Polícia Federal americana, está uma nota que faz referência a uma viagem da rainha britânica e seu marido, o príncipe Philip, ao estado da Califórnia em 1983.

De acordo com uma informação obtida pela polícia de San Francisco com uma fonte próxima aos círculos nacionalistas irlandeses, um homem que afirmava que "sua filha foi assassinada na Irlanda do Norte por uma bala de borracha" anunciou planos "para atacar a rainha Elizabeth".

O arquivo afirma que o homem alegou que planejava "jogar algum objeto da ponte Golden Gate contra o iate real 'Britannia'" ou tentaria "matar a rainha durante sua visita ao parque nacional de Yosemite".

Quatro anos, em 1979, o IRA (Exército Republicano Irlandês) assassinou Louis Mountbatten, primo distante de Elizabeth II e tio de seu marido, em ataque com bomba contra sua embarcação. Era o período de maior tensão do conflito da Irlanda do Norte, que durou 30 anos e envolveu os republicanos católicos e os unionistas protestantes, com a participação do exército britânico.

Outro documento, sobre uma visita de Estado da monarca em 1991, cita ameaças de grupos irlandeses de perturbar eventos com a presença de Elizabeth II, como um jogo de beisebol e uma recepção na Casa Branca.

Um arquivo de 1989 afirma que, embora não tenham sido registradas ameaças contra a rainha, "a possibilidade de ameaças contra a monarquia britânica está sempre presente por parte do IRA".

Elizabeth II foi alvo de outras tentativas de assassinato.

Em 1970, supostos simpatizantes do IRA tentaram descarrilar o trem em que a monarca estava ao oeste de Sydney, na Austrália, e em 1981 o Exército Republicano Irlandês planejou um atentado com bomba durante uma viagem ao norte da Escócia.

No mesmo ano, um adolescente com distúrbios mentais deu um tiro contra o carro da rainha durante uma visita à Nova Zelândia. Também em 1981, outro adolescente disparou seis tiros quando Elizabeth II participava em um desfile militar no centro de Londres.

Uma equipe do FBI foi destacada para ficar “à disposição” dos integrantes da “Operação Lava Jato”.

É o que revelam os relatórios oficiais das viagens de Sérgio Moro quando ocupava o cargo de ministro da justiça do governo Jair Bolsonaro, obtidos pela Agência Sportlight de Jornalismo através da Lei de Acesso à Informação (LAI).

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Entre os dias 17 e 20 de março de 2019, Sérgio Moro esteve em Washington como parte da missão oficial que integrou a visita presidencial aos Estados Unidos. Sua agenda era de “reuniões e encontros com autoridades governamentais dos Estados Unidos”.

No dia 18, com agenda tomada por seis atividades ao longo daquela segunda-feira, duas foram dedicadas a encontros com membros do FBI (Federal Bureau of Investigation), além de uma com representante da CIA. De acordo com o relatório do ministro, ao meio-dia, o FBI, através da “chefe de operações internacionais”, Rhouda Fegali, ofereceu um almoço para Sérgio Moro.

O relatório faz a primeira menção a participação do FBI no Brasil através dos agradecimentos de Sérgio Moro aos “trabalhos já realizados”. 

Às 17h, o agora senador pelo União Brasil (PR) se reuniu com o diretor do FBI, Christopher Wray.

AGRADECIMENTO POR EQUIPE DESTACADA PELO FBI PARA “FICAR À DISPOSIÇÃO DO BRASIL” NA LAVA JATO

É quando então acontece a fala que atesta oficialmente a participação do FBI de forma sistematizada na Lava Jato.

Pelo relato de Sérgio Moro, o FBI destacou “uma equipe para ficar à disposição do Brasil para os trabalhos”. 

Participação descrita assim por Sérgio Moro no relatório: “A Diretora do DRCI agradeceu o FBI os trabalhos levados a cabo para a operação Lava Jato, ressaltando a importância da iniciativa de terem destacado uma equipe para ficar à disposição do Brasil para os trabalhos, momento em que os norte-americanos expressaram a relevância da operação para o Brasil e para vários países da América Latina”.

O DRCI ao qual Sérgio Moro se refere no relatório é a “diretoria do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional”, parte do Ministério da Justiça. Todo pedido de cooperação deve obrigatoriamente passar pelo Ministério da Justiça, através do DRCI.

O que explica o fato do relatório de viagem do ministro Sérgio Moro falar em agradecimento por parte do DRCI na reunião. No entanto, os documentos via LAI mostram que nessa viagem em que era parte da comitiva presidencial, o ministro tinha apenas um integrante próprio de sua pasta: Georgia Renata Sanchez Diogo, que era coordenadora-geral de assuntos internacionais da assessoria especial internacional.

Sérgio Moro foi ministro da justiça do governo Bolsonaro entre 1º de janeiro de 2019 e 24 de abril de 2020. Nesse período, viajou 10 vezes para o exterior, sendo 3 para os Estados Unidos, o país mais visitado por ele. Em duas dessas ocasiões, teve agendas oficiais com representantes do FBI.

A primeira em 18 de março, como parte da visita presidencial e com agenda própria no FBI. E depois em 25 de junho do mesmo ano, quando visitou a sede do FBI em Washington.

PARCERIA FBI/LAVA JATO COMEÇOU EM 2014

Em 2020, por ocasião da série de reportagens que foram parte da “Vaza Jato”, o The Intercept Brasil e a Agência Pública revelaram a participação de agentes do FBI nas investigações da “Operação Lava Jato”. Na ocasião, as reportagens em parceria dos sites chegaram a 12 nomes de agentes do FBI que investigaram a Lava Jato lado a lado com a PF e a força-tarefa de Curitiba do MPF. 

Antes disso, em fevereiro de 2018, o site Conjur revelou que a agente do FBI, Leslie Backschies, teria tido participação efetiva nas investigações. 

A parceria FBI/Lava Jato começou em 2014. Entre 2015 e 2016, tiveram como foco a Odebrecht e a Petrobras.

Por fim, em 2016, a Odebrecht fez acordo para pagar multa por corrupção de US$ 2,6 bilhões a Brasil, Suíça e EUA. E em 2018, a Petrobras aceitou pagar US$ 1,78 ao departamento de justiça americano.

As reportagens da “Vaza Jato” mostraram que as investigações se deram inclusive em solo brasileiro, o que não é permitido por lei, já que um agente estrangeiro não pode fazer diligências ou investigações aqui sem ter autorização expressa do Ministério da Justiça. O que não era o caso em 2014, ainda no governo Dilma Roussef.

Uma das mensagens reveladas pela Vaza Jato comprova que não existia colaboração oficial feita via DRCI com a força-tarefa de Curitiba.

Em 6 de outubro de 2015, o ministério da justiça, então comandado por José Eduardo Cardozo, tomou conhecimento, via Itamaraty, da visita de agentes do FBI a força-tarefa de Curitiba. O próprio então chefe do DRCI na ocasião, Ricardo Saadi, interpela, por e-mail, o MPF sobre a parceria entre Curitiba e os agentes do FBI. 

Em 1º de julho de 2020, questionados sobre a parceria entre FBI e Lava Jato pela reportagem da Agência Pública e The Intercept Brasil, os representantes da força-tarefa de Curitiba negaram existir “parceria”.

“Não se trata de atuação em parceria, mas de cooperação entre autoridades responsáveis pela persecução criminal em seus países, conforme determinam diversos tratados internacionais de que o Brasil é signatário. O intercâmbio de informações entre países segue igualmente normas internacionais e também leis brasileiras”, afirmaram.

Em 2022, o reconhecimento oficial da parceria entre a força-tarefa e o FBI seguia como um segredo. Em março daquele ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou que o ministério da justiça informasse a defesa de Lula sobre existir ou não cooperação entre os Estados Unidos e a Lava Jato.

Os documentos da obtidos pela Agência Sportlight agora mostram pela primeira vez uma autoridade brasileira falando claramente sobre essa “parceria”. Uma parceria tão parceira que resultou no FBI tendo “destacado uma equipe para ficar à disposição do Brasil para os trabalhos”.

OUTRO LADO:

Senador Sérgio Moro:

A reportagem enviou pedido de resposta para o senador Sérgio Moro, sem resposta.

FBI:

A reportagem enviou mensagem para o FBI através do departamento de imprensa mas não obteve resposta.

Embaixada dos Estados Unidos em Brasília: 

A embaixada, através da assessoria de imprensa, enviou a resposta abaixo para as questões enviadas pela reportagem sobre a participação do FBI na “Lava Jato” :

“Os representantes dos EUA de aplicação da lei não têm mandato ou jurisdição para conduzir operações em território brasileiro. Nossa coordenação com as autoridades brasileiras é conduzida por meio de canais legais bilaterais estabelecidos e aprovados pelo Ministério da Justiça. Também ressaltamos que temos uma série de acordos de cooperação técnica relacionados ao combate ao crime transnacional, e as agências de aplicação da lei norte-americanas têm uma longa história de colaboração com as autoridades federais e estaduais brasileiras em uma gama de temas investigativos, que beneficiam e protegem os públicos brasileiro e norte-americano”.

Por Lúcio de Castro, da Agência Sportlight

O procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland, confirmou, nesta quinta-feira (13), informações divulgadas pela imprensa mais cedo sobre a prisão de um homem suspeito de vazar na internet dezenas de documentos de Defesa altamente sigilosos.

O suspeito Jack Teixeira "foi preso sem incidentes" e deve se apresentar em breve a um tribunal no estado de Massachusetts (nordeste), disse Garland em uma breve coletiva de imprensa.

Mais cedo, o presidente americano, Joe Biden, afirmou que a investigação sobre a divulgação de documentos confidenciais dos Estados Unidos "se aproximava" de um resultado, enquanto a imprensa americana já indicava um membro da Guarda Nacional como possível responsável pelo vazamento.

Os documentos vazados revelaram preocupação sobre a viabilidade de uma próxima contraofensiva das forças de Kiev contra as tropas russas, assim como sobre as defesas aéreas ucranianas, e deram sinais de espionagem de aliados por parte dos Estados Unidos.

"Está sendo realizada uma investigação completa, com a comunidade de inteligência e o Departamento de Justiça e estão se aproximando" de algumas conclusões, disse Biden durante visita à Irlanda.

Os comentários do presidente se seguiram a uma reportagem do jornal The Washington Post, segundo a qual um homem que trabalhava em uma base militar americana havia publicado centenas de páginas de documentos em um grupo chamado Thug Shaker Central na plataforma de redes sociais Discord.

O The New York Times, por sua vez, noticiou que havia identificado uma "pista de provas digitais" que apontava para um jovem membro da Guarda Aérea Nacional como o líder do grupo e responsável pelo vazamento, apesar de deixar claro que não havia sido identificado oficialmente como suspeito.

O jornal o identificou como Jack Teixeira, um membro de 21 anos da Inteligência da Guarda Nacional de Massachusetts.

O Wall Street Journal também apontou para um membro da Guarda Aérea Nacional e disse que poderia haver uma prisão nesta quinta-feira.

Segundo os relatórios, o suposto autor dos vazamentos, que se identificava como "OG", publicava regularmente documentos no grupo há meses.

O grupo de cerca de 24 pessoas, inclusive Rússia e Ucrânia, se uniu por sua "paixão mútua por armas, equipamento militar e Deus" e formou um "clube na Discord apenas para convidados em 2020", destacou o Post, que, assim como o Times, citou membros não identificados do Thug Shaker Central.

- "Implicações para a segurança nacional" -

OG disse aos membros do grupo que passava parte do dia "dentro de uma instalação segura que proibia os telefones celulares e outros dispositivos eletrônicos", segundo o Post.

Primeiro transcreveu o conteúdo dos documentos classificados para compartilhar com o grupo, mas logo começou a tirar fotos e pedir aos demais membros que não as compartilhassem, destacou o periódico.

OG tinha uma "visão sombria do governo" e "falava dos Estados Unidos, e particularmente das forças de ordem e do serviço de inteligência, como forças sinistras que tentavam reprimir os cidadãos e mantê-los na escuridão", acrescentou o Post, citando um dos membros do grupo.

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse que os Estados Unidos estão "verificando as implicações para a segurança nacional" do vazamento, que motivou uma investigação criminal por parte do Departamento de Justiça.

Devido ao vazamento, o Departamento de Defesa também tomou medidas para restringir ainda mais o acesso a este tipo de informação confidencial, disse Jean-Pierre a jornalistas da comitiva de Biden.

Washington também quer que as empresas de redes sociais "evitem facilitar" a divulgação de material deste tipo, afirmou.

"Acreditamos que as empresas de redes sociais têm a responsabilidade para com seus usuários e com o país de administrar a infraestrutura do setor privado que criaram e agora operam", disse Jean-Pierre.

Um porta-voz da Discord disse à AFP que a segurança dos usuários é uma prioridade e que conteúdos que violam suas políticas podem acarretar usuários banidos, servidores interrompidos e alertas à polícia.

"Em relação à aparente violação de material confidencial, estamos cooperando com as forças de ordem", disse o porta-voz. "Como a investigação está em andamento, não podemos fazer mais comentários neste momento".

O governo da China pode usar o TikTok para controlar dados de milhões de usuários americanos, disse o diretor do FBI, Christopher Wray, em uma audiência no Senado dos EUA na quarta-feira (8). Ele afirmou que o aplicativo de vídeo de propriedade chinesa demanda uma resposta urgente e precisa ser tratado como questão de Segurança Nacional.

Wray foi questionado pelo senador republicano Marco Rubio se seria possível que Pequim utilizasse o ByteDance, empresa chinesa proprietária da plataforma de vídeos curtos, para espionar informações de cidadãos dos EUA. "Sim, e eu gostaria de ressaltar que no caso deste último [Tik Tok], em particular, que não veríamos muitos dos sinais externos de que isso aconteceria se estivesse de fato acontecendo", disse Wray sobre as preocupações de que a China poderia alimentar desinformações para usuários.

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O republicano Rubio perguntou também se o TikTok poderia ser usado pelo governo chinês para "conduzir narrativas". O senador se referiu a uma situação na qual o aplicativo exibiria vídeos que apoiam o lado chinês de que Taiwan pertence à China e repudia a intervenção norte-americana na ilha.

O diretor do FBI disse que, ao contrário dos EUA que têm isso esclarecido, a diferença entre o setor privado e o público é uma "linha inexistente na forma como o PCC [Partido Comunista Chinês] opera". "Esta é uma ferramenta que está sob o controle do governo chinês - e, para mim, urge tratá-las com preocupações de segurança nacional", disse Wray.

O TikTok não é disponibilizado na China. Em vez dele, a ByteDance oferece uma outra versão da plataforma, chamada Douyin.

A Casa Branca apoiou a legislação apresentada na terça-feira por uma dúzia de senadores para dar ao governo do presidente Joe Biden novos poderes para proibir o TikTok e outras tecnologias estrangeiras se representarem ameaças à segurança nacional.

O endosso impulsionou os esforços de vários legisladores para proibir o popular aplicativo, que pertence à empresa chinesa ByteDance e é usado por mais de 100 milhões de americanos.

Outros altos funcionários da inteligência dos EUA, incluindo a diretora de inteligência nacional Avril Haines, o diretor da CIA William Burns e o diretor da Agência de Segurança Nacional, Paul Nakasone, concordaram na audiência que o TikTok representava uma ameaça à segurança nacional dos EUA.

Em 27 de fevereiro, a Casa Branca estabeleceu um prazo de 30 dias para que o TikTok seja banido de agências federais dos EUA.

Em uma tentativa de manter os dados dos EUA seguros, todas as agências federais americanas devem eliminar TikTok dos telefones e sistemas e proibir o tráfego de internet das agências de chegar à empresa chinesa, disse Shalanda Young, diretora do Escritório de Administração e Orçamento dos Estados Unidos, às agências em um memorando de orientação.

A proibição, ordenada pelo Congresso no final do ano passado, segue ações semelhantes do Canadá, da União Europeia e de Taiwan, além de mais da metade dos estados dos EUA.

A proibição do dispositivo impacta uma pequena porção da base de usuários do TikTok nos EUA e acrescenta combustível aos pedidos de proibição total do aplicativo de compartilhamento de vídeo.

As preocupações com a segurança nacional sobre a China aumentaram nas últimas semanas, depois que um balão chinês voou sobre os EUA.

Abuso de poder

Propriedade da ByteDance, o TikTok disse que as preocupações são alimentadas por desinformação e negou o uso do aplicativo para espionar americanos. A ação não afeta os mais de 100 milhões de americanos que usam TikTok em dispositivos privados ou de propriedade da empresa. Até a publicação da reportagem, o TikTok não havia comentado o memorando da Casa Branca.

O Congresso votou em dezembro para proibir funcionários federais de usarem o aplicativo de vídeo de propriedade chinesa em dispositivos do governo e deu ao governo Biden 60 dias para emitir diretrizes da agência.

A votação foi a mais recente ação dos legisladores dos EUA para reprimir as empresas chinesas em meio a temores de segurança nacional de que Pequim possa usá-las para espionar os americanos.

O diretor federal de segurança da informação, Chris DeRusha, disse que "essa orientação faz parte do compromisso contínuo do governo em proteger nossa infraestrutura digital e proteger a segurança e a privacidade do povo americano".

Muitas agências governamentais, incluindo a Casa Branca, o Departamento de Defesa, o Departamento de Segurança Interna e o Departamento de Estado proibiram TikTok de dispositivos do governo antes da votação. (Com agências internacionais).

O FBI emitiu um alerta às sinagogas em Nova Jersey, nos Estados Unidos, sobre uma "ampla ameaça à segurança" depois de obter o que chamou de "informações confiáveis" acerca de um nível aumentado de risco à segurança dos templos. O comunicado vem em um momento em que o país norte-americano lida com um crescimento de discursos antissemitas.

"Pedimos neste momento que vocês tomem todas as precauções de segurança para proteger suas comunidades e instalações", escreveu o escritório do FBI em Newark no Twitter na tarde desta quinta-feira (3). "Vamos compartilhar mais informações assim que pudermos. Fique alerta. Em caso de emergência, ligue para a polícia."

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O alerta foi publicado depois que as autoridades descobriram uma ameaça online direcionada amplamente às sinagogas em Nova Jersey. A postagem, porém, não tinha como alvo nenhuma sinagoga específica pelo nome, informou um funcionário do FBI, que preferiu não se identificar. O porta-voz do FBI em Newark não deu maiores detalhes sobre a natureza da ameaça. Mas, como resultado do aviso, o Departamento de Polícia de Nova York intensificou o monitoramento para garantir a segurança de "todas as áreas que englobam os cidadãos e sinagogas judeus".

Incidentes de viés antissemita e violência estão aumentando em todo o país. Somente no ano passado, houve 525 incidentes conhecidos de assédio, vandalismo e agressão a instituições judaicas, incluindo sinagogas, centros comunitários e escolas - um aumento de 61% em relação a 2020, de acordo com uma auditoria da Liga Antidifamação. Crimes recentes de preconceito geraram manchetes em todo o mundo.

Em janeiro, um cidadão britânico fez quatro reféns em uma sinagoga no subúrbio de Fort Worth, no Texas, por 11 horas, antes de ser morto pelas autoridades. Em 2018, um homem armado com um rifle de assalto estilo AR-15 e várias pistolas apareceu nos cultos de Shabat na sinagoga Tree of Life, em Pittsburgh, e matou 11 fiéis. Em 2019, um homem esfaqueou cinco pessoas em uma celebração do Hanukkah na casa de um rabino em uma comunidade judaica ortodoxa ao norte de Nova York, ferindo fatalmente uma pessoa.

David Levy, diretor do Comitê Judaico Americano em Nova Jersey, descreveu a urgência do alerta do FBI como rara. "É um reflexo do crescente antissemitismo em nosso país e como esse antissemitismo pode se transformar em violência", disse Levy, acrescentando: "Todo mundo está levando isso a sério". O governador de Nova Jersey, Phil Murphy, comunicou que o gabinete do procurador-geral e o gabinete estadual de segurança interna e preparação estão "trabalhando com as autoridades locais para garantir que todas as casas de culto sejam protegidas".

Jason M. Shames, CEO da Federação Judaica do Norte de Nova Jersey, destacou que sua organização imediatamente ativou o sistema de alerta de segurança da comunidade. Ameaças ligadas a congregações individuais não eram incomuns, disse ele, mas é "bastante incomum" que o aviso venha diretamente do FBI. "O que parece indicar para mim que há algo muito único nisso", acrescentou Shames.

Medidas

Em Lakewood, lar de uma grande comunidade de famílias judias ortodoxas, os policiais foram solicitados a permanecer em serviço por um segundo turno. Uma grande sinagoga no município notificou os moradores de que permaneceria fechada durante o dia e até novas orientações das autoridades.

De acordo com o prefeito do município, Raymond G. Coles, representantes do Departamento de Polícia de Lakewood participaram de uma teleconferência com o FBI na tarde de quinta-feira. "Estamos analisando recursos adicionais caso a situação o justifique", disse Coles.

O deputado Josh Gottheimer comunicou também sobre uma reunião com todas as sinagogas em seu distrito congressional e autoridades policiais para informar sobre as medidas de segurança que devem ser tomadas. "Essas ameaças terroristas adicionais contra a comunidade judaica são no mínimo alarmantes", disse Gottheimer, um democrata cujo distrito inclui o condado de Bergen, que tem uma grande população judaica.

"Isso é o que acontece depois de anos de comentários antissemitas de figuras públicas", acrescentou, citando comentários recentes de Kanye West e um post de mídia social compartilhado pela estrela da NBA Kyrie Irving. "A chave é se levantar e lutar, e não recuar, e deixar bem claro que não vamos nos acovardar." (Com agências internacionais).

A Suprema Corte dos Estados Unidos rejeitou nesta quinta-feira (13) o pedido do ex-presidente Donald Trump para intervir na batalha legal sobre os documentos sigilosos que foram apreendidos pelo FBI em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida.

Trump tinha instado a máxima corte, controlada pelos conservadores, a suspender a sentença do tribunal de apelações que voltou a dar acesso aos documentos para o Departamento de Justiça.

Através de uma ordem com apenas uma frase, a Suprema Corte negou a apelação, sem fazer comentários.

Na declaração juramentada que usou para justificara a batida na residência de Trump, em 8 de agosto, o FBI informou que antecipava uma investigação criminal sobre a "retirada e o armazenamento inadequados de informação sigilosa" e o "ocultamento ilegal de registros governamentais".

A ordem de busca dizia que a investigação também estava relacionada com a "retenção deliberada de informação de defesa nacional", um crime previsto na Lei de Espionagem, e com uma "potencial obstrução de uma investigação federal".

Uma juíza da corte distrital na Flórida encarregou um especialista de rever os arquivos apreendidos e determinar se havia material que estivesse potencialmente enquadrado no privilégio advogado-cliente.

Um painel de apelação, composto por três juízes, decidiu que enquanto o especialista realizar sua análise, o governo não poderia continuar usando os documentos classificados como sigilosos em sua investigação criminal.

Em sua solicitação de emergência à Suprema Corte, em 4 de outubro, Trump apelou dessa sentença unânime do painel, formado por dois juízes nomeados por Trump e um pelo ex-presidente Barack Obama.

Apesar de Trump ter nomeado três dos nove juízes que compõem a Suprema Corte, ele sofreu várias derrotas em casos conhecidos, sendo uma das mais notáveis a negativa do tribunal de dar ouvidos às suas alegações de suposta fraude nas eleições presidenciais de 2020.

O FBI encontrou materiais que descreviam as defesas militares de um governo estrangeiro, incluindo suas capacidades nucleares em meio aos documentos ultrassecretos apreendidos na casa do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, em Mar-a-Lago, na Flórida, no mês passado.

Alguns dos documentos apreendidos detalham operações tão ultrassecretas dos EUA que muitos altos funcionários da segurança nacional não têm autorização para manuseá-los. Somente o presidente, alguns membros de seu gabinete ou um funcionário próximo ao gabinete poderiam autorizar outros funcionários do governo a conhecer detalhes desses programas.

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Os documentos deveriam ser mantidos a sete chaves, quase sempre em uma instalação de informações compartimentada segura, com um oficial de controle designado para manter um controle cuidadoso de sua localização. Mas foram armazenados em Mar-a-Lago, com segurança incerta, mais de 18 meses depois de Trump deixar a Casa Branca, em uma ação que pode implicar a violação de diversas leis de segurança do país, incluindo a Lei de Espionagem.

A investigação é cercada por tanto segredo que o governo estrangeiro em questão não foi identificado, tampouco onde em Mar-a-Lago o documento foi encontrado. Não há detalhes adicionais sobre a investigação, uma das mais delicadas da história do Departamento de Justiça.

O Departamento de Justiça sustenta que esses documentos ultrassecretos "provavelmente foram retidos" para obstruir uma investigação do FBI sobre um possível manuseio incorreto de materiais confidenciais pelo ex-presidente. Por lei, todo presidente tem que devolver os documentos relativos ao seu mandato, pois são de propriedade do governo e não do presidente, como tenta alegar a defesa de Trump.

Segredos

Quando os agentes revistaram a mansão de Mar-a-Lago, encontraram material tão secreto que até mesmo o pessoal de contra inteligência do FBI e os advogados do Departamento de Justiça que conduziam a revisão exigiram autorizações adicionais antes que pudessem revisar certos documentos.

Christopher Kise, advogado de Trump, denunciou vazamentos sobre o caso, que ele disse que "continuam sem respeito pelo processo nem qualquer consideração pela verdade real. Isso não atende bem aos interesses da justiça". Porta-vozes do Departamento de Justiça e do FBI se recusaram a comentar.

O Escritório do Diretor de Inteligência Nacional faz uma avaliação de risco, para determinar quanto dano potencial foi causado pela remoção da custódia do governo as centenas de documentos confidenciais.

Em 26 de agosto, o Departamento de Justiça publicou uma versão editada do documento que defendeu a necessidade de uma busca e apreensão na casa de campo do ex-presidente. Na versão, o FBI revelou que os dados em posse de Trump podiam comprometer a segurança de agentes secretos dos Estados Unidos. O FBI também recuperou 48 pastas vazias que estavam marcadas como contendo informações confidenciais, o que levanta dúvidas se o governo recuperou totalmente os documentos ou se algum ainda permanece em falta.

Nesta semana, uma juíza concedeu o pedido de Trump para nomear um observador independente para revisar todo o material apreendido. Enquanto este trabalho não for concluído, as investigações não poderão avançar. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os documentos secretos encontrados na residência do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump na Flórida provavelmente foram escondidos para obstruir uma investigação do FBI, indicou o Departamento de Justiça em um novo documento judicial na terça-feira, 30. A defesa, porém, alega que os documentos estavam em um local seguro e sugere que não seria contra a lei o ex-presidente possuir os documentos, contradizendo a Lei de Registros Presidenciais e Lei de Espionagem. Uma audiência nesta quinta-feira, 1º, determinará se investigação terá um especialista independente como pede Trump.

A juíza Aileen Cannon, nomeada por Trump, intimou os advogados do ex-presidente e o Departamento de Justiça dos para uma audiência em West Palm Beach, na Flórida. A audiência tratará de pedidos de Trump sobre um relatório mais detalhado dos itens confiscados e a devolução do que não constava na ordem judicial que autorizou a busca, como agendas e diários pessoais.

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O ex-presidente também solicita um especialista independente para supervisionar o caso originado pela operação do FBI à procura de documentos oficiais em Mar-a-Lago. A magistrada está disposta a nomear um especialista, indicou em decisão preliminar no fim de semana, mas antes de tomar uma decisão final, ouvirá as partes.

Em um arquivo de 18 páginas, os advogados de Trump sugeriram que, ao realizar o que eles descreveram como uma "incursão sem precedentes, desnecessária e sem respaldo legal" em Mar-a-Lago, a casa e o clube de Trump em Palm Beach, o Departamento de Justiça estava "criminalizando a posse de registros pessoais e presidenciais de um ex-presidente em um ambiente seguro".

O governo diz que Trump não tem fundamento legal para exigir a devolução de documentos presidenciais porque não lhe pertencem. O departamento também expressou preocupação de que a nomeação possa atrasar a investigação, em parte porque um especialista independente provavelmente precisaria obter uma autorização de segurança para revisar os registros e uma autorização especial das agências de inteligência.

A audiência no tribunal federal em West Palm Beach ocorre dois dias após o Departamento de Justiça comunicar ao tribunal a possível prática de crime de "obstrução" para o manuseio de documentos classificados como secretos em Mar-a-Lago. De acordo com o Departamento, alguns dos documentos encontrados em buscas feitas em 8 de agosto foram "provavelmente escondidos e removidos" de um depósito.

Os promotores tentam determinar se Trump ou algum de seus aliados incorreu em crime ao evitar que agentes federais recuperassem os documentos confidenciais em posse do ex-presidente.

O governo dos EUA havia exigido a Trump que se ele tivesse tirado documentos secretos da Casa Branca os entregassem, mas o ex-presidente respondeu de forma evasiva. Na busca, agentes do FBI encontraram mais de 100 documentos sigilosos que Trump não entregou às autoridades apesar dos requisitos legais.

'Documentos próprios'

A argumentação feita pela equipe jurídica de Trump de que os documentos presidenciais de seu governo pertenciam a ele colide com a Lei de Registros Presidenciais de 1978, que deixa claro que o governo - não um presidente ou ex-presidente - é dono dos arquivos da Casa Branca gerados durante seu tempo no cargo.

Os advogados de Trump argumentaram que a Lei de Registros Presidenciais não tem mecanismo de execução, sugerindo que o Departamento de Justiça não tinha base para apreender os arquivos que Trump levou para Mar-a-Lago e não retornou mesmo após repetidos pedidos do Arquivo Nacional e de uma intimação do departamento.

"A lei exorta um ex-presidente a interagir com o arquivista para garantir a preservação dos registros presidenciais, mas não obriga o ex-presidente a tomar nenhuma medida específica em relação a esses registros", escreveram os advogados.

O documento ignorou o fato de que o juiz que emitiu o mandado de busca para Mar-a-Lago não o fez com base na Lei de Registros Presidenciais, mas em outras leis contra a ocultação de registros do governo. Isso inclui a Lei de Espionagem, que criminaliza a retenção não autorizada de segredos de segurança nacional potencialmente perigosos e mantidos em sigilo.

A publicação de novos detalhes da investigação sugere um enorme perigo legal para dois dos advogados de Trump, e uma incerteza considerável para o próprio Trump, disseram especialistas em inteligência e jurídicos.

As evidências apresentadas, disseram, podem construir um caso legal de que os advogados de Trump Evan Corcoran e Christina Bobb obstruíram a investigação do governo, supostamente dizendo a agentes e promotores do FBI que eles entregaram todos os documentos confidenciais quando, na verdade, muitos permaneceram na posse de Trump. Não há como prever se o Departamento de Justiça acabará processando o ex-presidente ou seus aliados.

Algumas questões-chave que poderiam determinar o destino legal de Trump ficaram sem resposta: ele instruiu Corcoran e Bobb a enganar o governo antes ou depois da invasão do FBI em sua casa e clube na Flórida? E, em caso afirmativo, por que ele queria manter em sua posse documentos confidenciais ultrassecretos em sua casa?

"É ruim", disse Peter Lapp, um ex-agente do FBI que trabalhou em casos de espionagem e agora é consultor privado. "É tudo muito condenável."

Trump também é alvo de investigações por suas tentativas de anular os resultados das eleições presidenciais de 2020 e seu papel na invasão de seus apoiadores ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Atualmente não está sendo processado em nenhum caso. (Com agências internacionais)

A polícia americana enfrentou, nesta quinta-feira (11), um homem armado que tentou entrar em um escritório do FBI em Cincinnati, no norte do país.

O incidente ocorreu em meio à indignação generalizada nos círculos conservadores pela operação de buscas realizada pelo FBI na mansão do ex-presidente Donald Trump na Flórida na segunda-feira, mas até agora não há indicação de que os dois eventos estejam relacionados.

O Federal Bureau of Investigation (FBI, polícia federal) informou que na madrugada desta quinta-feira uma pessoa armada tentou atravessar a área de controle de segurança em seu escritório na cidade de Cincinnati, no estado de Ohio.

"Após a ativação do alarme e a resposta de agentes especiais armados do FBI, o indivíduo fugiu", disse o FBI em comunicado.

A imprensa local garante que o homem atirou com uma pistola de pregos e empunhava um rifle tipo AR-15 antes de fugir em um carro.

A polícia perseguiu o carro, informou um porta-voz da polícia. "Assim que o veículo parou, houve um tiroteio entre os policiais no local e o suspeito", disse ele.

O diretor do FBI, Christopher Wray, denunciou na quarta-feira ameaças contra o FBI após as buscas na residência de Trump em Mar-a-Lago, Flórida, chamando-as de "lamentáveis e perigosas".

"A violência contra a aplicação da lei não é a resposta", insistiu.

O FBI cumpriu mandado de busca e apreensão nesta segunda-feira (8), na mansão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em Mar-a-Lago, na Flórida. Trump confirmou a operação e disse, em declaração, que a sua “linda casa” estava “cercada, invadida e ocupada por um grande grupo de agentes do FBI”. 

O ex-presidente não estava na sua residência no momento do mandado de busca e apreensão, ele estava na Trump Tower, em Nova York, de acordo com a correspondente da CNN, Kaitlan Collins. 

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Trump disse, ainda, que o cofre dele havia sido arrombado.

O FBI prendeu nesta quinta-feira o principal candidato republicano a governador do Michigan, acusado de ter participado, em janeiro de 2021, da invasão ao Capitólio dos Estados Unidos por apoiadores do então presidente, Donald Trump.

Segundo o Departamento de Justiça, Ryan Kelley, 40, participou do violento ataque ao Capitólio, que visava a impedir a certificação da vitória do democrata Joe Biden sobre Trump nas eleições presidenciais de novembro de 2020.

Membro da Comissão de Planejamento da cidade de Allendale, Michigan, e fundador do Conselho Patriota dos Estados Unidos, de extrema direita, Kelley foi acusado de entrar ilegalmente no Capitólio e participar de atos de violência contra a propriedade.

Uma declaração apresentada à corte federal de Washington detalha a participação de Kelley nos distúrbios de 6 de janeiro, por meio de informações publicadas nas redes sociais, bem como de registros telefônicos. Em alguns momentos, ele chegava a pedir à multidão que entrasse no Capitólio.

Kelley foi preso em sua residência, em Allendale, na madrugada desta quinta-feira, segundo o FBI. Os motivos que levaram à sua prisão quase um ano e meio após os fatos não estão claros.

Agente imobiliário e ligado a uma milícia local que protestou contra a remoção de estátuas de generais confederados e as restrições anti-Covid, Kelley entrou na corrida para se tornar governador do Michigan. Em pesquisa divulgada no fim de maio, após a invalidação de outras candidaturas, Kelley liderava as intenções de voto para as primárias republicanas de 2 de agosto.

Na página de Kelley no Facebook, havia uma declaração de duas palavras: "preso político". Ele está entre as mais de 840 pessoas presas por participação no ataque à sede do Congresso americano.

O ator Jason Lawrence Geiger, conhecido como Austin St. John, foi preso por acusações de fraude ao auxílio Covid nos Estados Unidos e teve a sua casa invadida pelo Departamento Federal de Investigação (FBI) na última quinta-feira (19), de acordo com o TMZ. O artista ficou conhecido por interpretar o Power Ranger Vermelho, na série original e no filme dos anos 90. 

De acordo com o site, vários agentes armados do FBI invadiram a casa do ator em um bairro nobre da cidade texana McKinney. St. John saiu da casa algemado e sob escolta policial. O ator é alvo de uma investigação federal contra 18 pessoas, pois supostamente fez parte de um esquema para explorar o Programa de Proteção de Pagamentos da Small Business Administration, iniciativa para ajudar empresas afetadas pela Covid-19. 

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Austin teria feito 16 empréstimos, num total de US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 17,5 milhões), utilizando informações falsas. Conforme a declaração do Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre a acusação, o ator de 47 anos foi acusado de conspiração para cometer fraude eletrônica. 

"De acordo com a acusação, os réus, liderados por Michael Hill e Andrew Moran, são acusados de ter executado um esquema para fraudar credores e o Programa de Proteção de Pagamentos (PPP) da Small Business Administration (SBA)", diz o comunicado. "Hill é acusado de ter recrutado co-conspiradores para usar um negócio existente ou criar um negócio para enviar solicitações para obter financiamento de PPP". 

Os indivíduos alegaram falsificação de documentos que deturpam a natureza do negócio, seu número de funcionários e o valor da folha de pagamento. Se condenados, St. John e os outros 17 podem pegar até 20 anos de prisão. 

Representantes do ator respondem 

Através do Instagram oficial de Austin St. John, a equipe jurídica e de relações públicas tratou a situação como um equívoco e disse que o ator fez um investimento genuíno, mas teve a confiança traída por funcionários. Confira o comunicado na íntegra: 

“Austin St. John é um pai, marido, modelo e amigo para muitos. A acusação detalhada hoje é preenchida por uma multidão de indivíduos - a maioria dos quais Austin não tem conhecimento e nunca conheceu ou interagiu. É nosso entendimento que Austin colocou sua fé, reputação e finanças nas mãos de terceiros cujos objetivos eram egocêntricos e, em última análise, manipularam e traíram sua confiança. Esperamos que a equipe jurídica de Austin se defenda com sucesso dessas acusações e leve à sua exoneração final. Pedimos que você respeite a privacidade da família de Austin à luz dessa situação grave e agradecemos seu apoio.” 

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Buscando justiça para a sua filha Beatriz Angélica Mota, Lucinha Mota vai caminhar 715 quilômetros, em 23 dias, saindo de Petrolina, Sertão de Pernambuco, até o Palácio do Campo das Princesas, na área central do Recife. A mãe pede que o governo estadual autorize a federalização das investigações de sua filha.

Beatriz foi assassinada com 42 facadas em 2015, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora. Até hoje, o caso segue sem solução. Há um ano, um grupo de peritos do FBI se prontificou para ajudar nas investigações, No entanto, o Governo de Pernambuco precisa estabelecer um termo de cooperação técnica - o que ainda não aconteceu -. 

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"Esse é mais um protesto contra esse governo omisso de Pernambuco, contra o governo Paulo Câmara, que desde o ano passado, quando os americanos ofereceram ajuda ao governo e até o momento eles não responderam, não se posicionaram", declara Lucinha.

Para essa caminhada, a mãe de Beatriz detalha que já vinha se preparando fisicamente e psicologicamente. "Fui em busca de ajuda, atrás de profissionais tanto na área da saúde, como no atletismo também. Vários profissionais estão comigo nessa jornada", diz.

Ela irá fazer várias paradas, em diversas cidades até chegar no seu destino final: o Palácio do Campo das Princesas. A caminhada de protesto começou no domingo (5) e conta com a participação de várias pessoas, incluindo o deputado federal Túlio Gadelha (PDT). 

"Acordamos às 3h para iniciar essa jornada com Lucinha Mota, na luta por justiça do Caso Beatriz. Não descansaremos na luta por Justiça", assevera.

"Não tem um único dia em que não sentimos tua falta, não tem um único dia que a saudade dê sossego, tudo o que queríamos era te trazer de volta para casa, mas nos tiraram tudo, não pudemos te salvar da maldade do mundo, não tivemos sequer escolha de lutar por tua vida, porém não iremos parar de lutar por justiça, pois é tudo que podemos fazer por ti", pontua Lucinha, em homenagem a sua pequena Beatriz.

O Federal Bureau of Investigation (FBI) tornou público na noite de sábado um documento que detalha evidências de investigações referentes ao atentado de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. O memorando, datado de 2016, descreve testemunhas e mostra suspeitas a respeito de três sauditas, que teriam mantido contato com o Consulado Saudita em Los Angeles e ajudado na logística dos ataques. O documento não aponta, porém, evidências de um envolvimento oficial do governo da Arábia Saudita no atentado.

O documento descreve registros telefônicos que poderiam conectar alguns suspeitos a um associado de Osama Bin Laden. Um deles seria o saudita Omar al-Bayoumi, que teria se hospedado em um hotel na Califórnia um mês antes da chegada de dois homens que sequestraram aviões na época. Bayoumi estaria com um outro homem cujo número de telefone estaria ligado a um conselheiro espiritual de um tenente de Osama Bin Laden, conforme as investigações.

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Em um comunicado, o 9/11 Families United, um grupo que representa as famílias das vítimas do ataque terrorista, disse que a divulgação do memorando "põe abaixo todas as dúvidas sobre a cumplicidade saudita nos ataques".

No passado, os advogados das famílias das vítimas argumentaram que homens sauditas forneceram apoio a dois dos sequestradores em "operação secreta altamente coordenada, administrada e iniciada pelo Estado" e apresentaram declarações juramentadas no processo judicial escrito por ex-funcionários do FBI em últimos anos apoiando essa afirmação.

A agência já havia se recusado a divulgar os documentos, citando interesses de segurança nacional. No início do mês, porém, o presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou que o Departamento de Justiça considerasse a divulgação de materiais dos arquivos do caso do FBI.

(Com Dow Jones Newswires)

Ao menos 800 criminosos foram presos nesta terça-feira (8) em diversos países do mundo após uma ação organizada pelo FBI, dos Estados Unidos, e polícias de 17 nações. Para prender o grupo, os suspeitos foram induzidos a baixar um aplicativo, chamado de Anom, onde trocavam conversas sobre diversos delitos.

A operação foi realizada nos EUA, Europa, Austrália e Nova Zelândia por um ano e meio e ainda ajudou a apreender 32 toneladas de drogas (oito de cocaína, 22 de maconha e 2 de meta-anfetaminas), cerca de 250 armas e quase US$ 50 milhões.

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A polícia da Nova Zelândia descreveu a operação "como a mais sofisticada no mundo contra a criminalidade organizada já conduzida pela polícia". Chamada de "Trojan Shield", a operação com o aplicativo instalado nos celulares registrou mais de 27 milhões de mensagens de, ao menos, 300 grupos criminosos. As principais conversas falavam de tráfico de drogas e de planos de assassinatos contra organizações rivais.

"O aplicativo acabou circulando e a sua popularidade cresceu entre os criminosos, que tinham confiança na legitimidade do app porque as principais figuras da criminalidade organizada lhe davam integridade", adicionou a polícia neozelandesa.

Já o chefe da Polícia da Austrália, Reece Kershaw, afirmou que os líderes viraram "influenciadores do crime" e acabaram "colocando a polícia federal australiana no pé de centenas de suspeitos de transgressões".

"Fundamentalmente, eles acabaram abraçando uns aos outros e confiando no Anom, comunicando abertamente entre si mesmos, não sabendo que nós estávamos escutando tudo ao mesmo tempo", acrescentou Kershaw.

Já a Europol, a polícia da União Europeia, classificou os resultados da operação como "extraordinários".

Segundo o FBI, a ideia de criar um aplicativo para os criminosos surgiu no fim de 2018, após dois apps usados por eles, que eram criptografados, terem sido desativados. Com isso, a Inteligência norte-americana conseguiu fazer com que os suspeitos usassem o Anom para substituí-los. 

Da Ansa

A uma semana da posse do presidente eleito Joe Biden, forças federais, a Guarda Nacional e a polícia de Washington começaram a levantar barreiras e a fechar o acesso a diversos prédios públicos e parques para evitar confrontos durante protestos que são organizados por radicais pró-Trump.

Segundo o jornal Washington Post, investigações do FBI revelaram que dezenas de pessoas que estão em sua lista de suspeitos de ligação com o terrorismo estavam em Washington no dia da invasão ao Capitólio. A presença dessas pessoas - a maioria supremacistas brancos - revelou uma falha nos procedimentos de segurança.

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O governo decidiu nesta quinta (14) fechar toda a região do National Mall, um conjunto de parques que abriga diferentes monumentos de ex-presidentes e memoriais que relembram datas e guerras importantes para a história dos EUA.

No dia da posse, todo o National Mall estará cercado e será acessível só à imprensa e ao pessoal de segurança. O fechamento é a mais recente de uma série de medidas de segurança para impedir o mesmo tipo de violência que abalou o Capitólio no dia 6. Autoridades locais e federais já estabeleceram uma zona de segurança no centro da cidade e convocaram mais de 20 mil soldados da Guarda Nacional para a posse presidencial, no dia 20.

A medida é significativa porque o Mall era onde grande parte do público se reunia para ver a posse no Capitólio.

Nesta quinta-feira, 14, por todo o centro de Washington, o som principal por vários quarteirões era o bipe de empilhadeiras descarregando mais cercas. Não havia carros, scooters ou turistas, mas trabalhadores erguendo barreiras. O Capitólio, que se revelou um alvo tão fácil no dia 6, agora é visível apenas através das cercas altas e pretas.

"Claramente estamos em águas desconhecidas", disse a prefeita de Washington, Muriel Bowser. Ela comentou que a "insurreição violenta" no Capitólio por partidários do presidente Donald Trump afetou o planejamento para a cerimônia de posse.

O FBI alertou que protestos armados de extremistas de direita estavam sendo planejados em todas as 50 capitais dos Estados, assim como em Washington, nos dias que antecedem a posse.

Por causa da pandemia e a ameaça à segurança, Bowser está pedindo às pessoas que não se dirijam ao Distrito de Columbia para a posse. A prefeita pediu a declaração do Evento de Segurança Especial Nacional, uma distinção que cria uma estrutura de comando e controle diferentes para a segurança.

O status é normal para uma posse presidencial e outros eventos importantes, como uma cúpula internacional ou o Super Bowl. Mas é raro iniciar o bloqueio tão antes do evento. Os veículos da polícia isolaram uma grande faixa do centro de Washington. Qualquer pessoa dentro do perímetro da posse pode ser detida e questionada.

A partir desta sexta-feira (15), todos os estacionamentos da zona restrita do centro serão lacrados até a posse. Bowser também está sendo pressionada a negar opções de hospedagem a manifestantes violentos. Vários hotéis no centro, incluindo um que se tornou o ponto de encontro da facção militante Proud Boys, fecharam na semana passada. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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