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Quatro lotes de feijão das marcas Da Mamãe e Sanes foram identificados como impróprios para consumo humano e o Ministério da Agricultura determinou o recolhimento nacional do produto. Os lotes afetados são: lote 51 do feijão cores e lote 06 do feijão preto, ambos da marca Da Mamãe; e os lotes 030423 e 080323 do feijão preto da marca Sanes.

Esses produtos apresentam porcentual de grãos mofados e ardidos acima de 15%, representando risco à saúde dos consumidores, informou o ministério em comunicado.

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Os lotes de feijão foram identificados em uma operação anterior do Ministério, que resultou na apreensão de cerca de 150 toneladas de feijão no Estado do Rio de Janeiro. Após análise laboratorial confirmou-se que os produtos não atendem aos padrões de qualidade e segurança exigidos para o consumo humano.

Os feijões impróprios para consumo foram encontrados no Estado do Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Diante disso, é de extrema importância que os consumidores estejam atentos e verifiquem cuidadosamente as embalagens dos produtos antes de adquiri-los, orientou o ministério.

Caso os consumidores encontrem algum dos quatro lotes de feijão sendo comercializados, o governo orienta que se faça denúncia imediata. A denúncia pode ser feita por meio do telefone de atendimento do Ministério (61) 3218-2089 ou por meio dos canais de atendimento dos órgãos de defesa do consumidor.

O Ministério da Agricultura ressalta, ainda, a importância de os consumidores verificarem se têm algum pacote de feijão das marcas e lotes mencionados em suas residências ou restaurantes. Caso tenham adquirido esses produtos, o consumo deve ser interrompido imediatamente e o consumidor deve entrar em contato com o comércio onde foi adquirido para o procedimento de devolução ou descarte adequado.

A presença de grãos mofados e ardidos acima do limite estabelecido indica a má qualidade do produto e representa risco à saúde dos consumidores. "Esses grãos podem conter micotoxinas prejudiciais ao organismo, causando intoxicações alimentares e reações alérgicas", informou na nota o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, Hugo Caruso.

O feijão é item fundamental na mesa do brasileiro, desde as refeições mais cotidianas à feijoada de domingo. A tendência, porém, é de que o alimento seja cada vez menos consumido no Brasil, conforme um estudo de pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que também reforça os benefícios desses grãos à saúde. Segundo o trabalho, quem deixa de comer a leguminosa com regularidade tem 10% mais risco de desenvolver excesso de peso e 20% de ficar obeso.

Já aqueles que consomem feijão regularmente (de cinco a sete dias da semana) têm 14% menos chance de lidarem com sobrepeso e 15% menos risco de ficarem obesos. A tendência, aponta o trabalho, é de que até 2025 a grande maioria dos adultos vai consumir o alimento de forma irregular (de um a quatro dias por semana), mudança ante a tendência histórica. Na análise por gênero, constata-se que as mulheres já comiam feijão menos de cinco vezes por semana em 2022. Para os homens, a previsão é que isso mude a partir de 2029.

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O estudo analisou dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), conduzido pelo Ministério da Saúde. Foram levadas em conta entrevistas com mais de 500 mil adultos, feitas de 2009 a 2019. O trabalho consiste na tese da nutricionista Fernanda Serra Granado, doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UFMG.

"O feijão é um marcador da qualidade da dieta, porque apresenta excelente perfil nutricional, contribuindo para o bom funcionamento do organismo e para a saúde da população. Além disso, representa elemento essencial, muitas vezes, para a segurança alimentar", diz ela. O trabalho também compreende outros fatores que podem levar a sobrepeso e obesidade, como aqueles ligados ao estilo de vida - tabagismo, falta de atividade física e consumo abusivo de álcool.

A associação observada, dizem os especialistas, pode decorrer de más escolhas alimentares feitas pelos que abandonaram ou reduziram o consumo. "Quando consome feijão, o indivíduo põe na mesa outros alimentos saudáveis, como arroz, vegetais, salada e mesmo carne, compondo um prato nutricionalmente equilibrado. Quando deixa de comer feijão, muitas vezes faz escolhas alimentares mais inadequadas, que apresentam elevada quantidade de calorias, por exemplo, o que pode levar ao ganho de peso da população adulta", diz Fernanda.

Assim como demais leguminosas, o feijão é rico em proteínas vegetais, fibras, vitamina B, ferro, cálcio, potássio, fósforo e zinco. Além disso, a maioria dos feijões têm baixos teores de gordura. São semelhantes à carne em nutrientes, mas com níveis de ferro mais baixos e gorduras não saturadas. Esses alimentos contêm antioxidantes que ajudam a prevenir células danosas e combater doenças, com importância para a regeneração de tecidos e a formação de músculos. As fibras do feijão oferecem ainda benefícios para o sistema digestivo.

O analista contábil Roberto Reis, de 23 anos, diz ser um fã da "duplinha brasileira", brincadeira em referência ao dueto do feijão com o arroz. "Quando não como em casa, geralmente pego pratos com arroz e feijão nos restaurantes. Ele está sempre presente", conta.

"Quando como arroz e feijão sempre incluo no prato outras coisas. Variedades de saladas e carnes, por exemplo. Não sou uma pessoa que foca tanto na questão de ter ótimos hábitos alimentares, mas busco comer bem no almoço, principalmente, para atender o máximo possível a essa questão. O feijão, com certeza, contribui para isso", relata ele.

Trabalho publicado no Journal of the American College of Nutrition, de 2008, indicou que aqueles que comem feijão tendem a ter menos peso e menor circunferência da cintura, em comparação com os que não consomem. O levantamento, feitos nos Estados Unidos, apontava que consumir feijão diminui em 23% o risco de aumento da região abdominal e em 22%, o de obesidade.

Bolso x cardápio

O feijão é um grande símbolo da cultura alimentar no Brasil, especialmente quando combinado ao arroz, prato já incorporado aos hábitos alimentares dos brasileiros. Isso é reforçado pelo Guia Alimentar para a População Brasileira de 2014, publicação do Ministério da Saúde. O documento destaca, entre outros fatores, a importância do consumo de alimentos in natura ou minimamente processados, como leguminosas, como base para uma alimentação saudável.

Por trás dessa mudança de cardápio, há uma questão socioeconômica, segundo Cris Maymone, nutricionista e mestre em Nutrição em Saúde Pública pela USP. "O feijão tem perdido espaço também pela questão financeira, enquanto ultraprocessados (como macarrão, bolos e biscoitos) ganham mais destaque. Esses alimentos dão maior sensação de saciedade a preços baixos, o que faz com que pessoas em situações mais vulneráveis optem por eles. O valor financeiro é o que mais pesa", ressalta.

Outra questão apontada pela profissional são as dietas restritivas que aconselham reduzir ou cortar o consumo de carboidratos, conhecidas como low carb. Para Cris, quando não aplicadas corretamente, essas dietas podem ser prejudiciais à saúde. "Muitas vezes as pessoas eliminam alimentos ricos em fibra, por exemplo, como arroz e feijão, importantes para nossa alimentação", diz.

No caso de Carmen Silvia Pagotto, de 69 anos, foi necessário reduzir o consumo de alimentos como arroz, macarrão e pães de farinha branca, além de frituras e açúcar em excesso. A dieta foi motivada por recomendação de sua médica endocrinologista, após ela sofrer com uma inflamação grave no joelho, que prejudicava seu bem-estar. "Emagrecer era uma condição para melhorar. Eu mal conseguia caminhar, por conta da dor", relata. Mas ela não deixou de comer o feijão, presente quase todos os dias em seu cotidiano.

"Percebi que o feijão e outras leguminosas, como lentilha e grão-de-bico, garantem mais saciedade do que o arroz, além de serem mais saudáveis. Antes, meu jantar era um lanche: pão com frios e requeijão, por exemplo. Agora passei a comer legumes e carnes com feijão à noite", conta. Segundo a socióloga aposentada, foi a combinação perfeita para ela: o regime alimentar tem funcionado e promoveu melhor qualidade de vida. Carmen já havia passado por outras dietas, algumas delas mais restritivas, sem consumo de feijão nem carboidratos de nenhum tipo, mas nenhuma deu tão certo.

Quem são os vilões da dieta?

Além de saber quem são os mocinhos da nossa dieta, é importante reconhecer quem são os vilões no cardápio, alerta Catherine M. Champagne, professora de Epidemiologia Nutricional do Pennington Biomedical Research Center (PBRC) em Luisiana (EUA). "Muitas vezes, o principal é eliminar escolhas alimentares pouco saudáveis, ou pelo menos limitá-las. Isso já ajuda o indivíduo a alcançar peso saudável e prevenir a obesidade. Bebidas adoçadas com açúcar, álcool, carne e laticínios em excesso são exemplos de hábitos que devem ser evitados", disse ao Estadão.

Estudos conduzidos pelo PBRC demonstraram que dietas contendo feijão são baixas em densidade calórica e eficazes na redução da resistência à insulina e no emagrecimento, diz Catherine, que é da Sociedade Americana de Diabete e da Sociedade Americana de Nutrição. Conforme a Pesquisa Nacional de Saúde de 2020, 60,3% dos adultos no Brasil têm excesso de peso, sendo que a obesidade atinge 25,9% da população. Desde 1975, os índices globais de obesidade triplicaram, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Nesta terça-feira (13), um homem de 43 anos foi preso no Rio de Janeiro acusado de tingir o feijão do tipo "fradinho" de verde para vendê-lo como feijão-de-corda. 

Segundo a CNN, os policiais tinham recebido uma denúncia de que havia um imóvel no bairro Gamboa, servindo como espaço para "pintura" dos feijões. O responsável pela adulteração não foi encontrado no local.

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No entanto, ele foi identificado enquanto comercializava os grãos em uma feira livre no bairro Vilar dos Teles, onde recebeu voz de prisão. O suspeito confirmou que também praticava o crime na Baixada Fluminense e na cidade de São Gonçalo.

O suspeito aponta que aprendeu a "técnica" em São Paulo e resolveu aplicá-la há um ano no Rio de Janeiro. O imóvel onde os feijões eram pintados foi interditado e o responsável preso.

A defesa de Cíntia Mariano Dias Cabral, a madrasta presa por suspeita de envenenar dois enteados no Rio, informou que ela sustenta sua inocência. Segundo o advogado Carlos Augusto dos Santos, que atua no caso, a mulher de 49 anos nega ter confessado o crime entre familiares, conforme consta no depoimento de um de seus filhos biológicos à Polícia Civil. Os advogados planejam explorar o conflito de versões como estratégia de defesa.

Cíntia está presa temporariamente desde sexta-feira (20) e foi mantida em cárcere pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), após audiência de custódia na tarde deste domingo (22). Segundo Santos, o juiz da audiência de Custódia justificou que eventual revogação da prisão temporária deve acontecer no mesmo juízo que a decretou, a 3ª Vara Criminal do TJ-RJ. A defesa planeja pedir a revogação da prisão e, caso não tenha sucesso, impetrar habeas corpus na 2ª instância. Os advogados definem a prisão como "arbitrária e precipItada", e alegam que Cíntia tem colaborado com a investigação.

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Um dos filhos de Cíntia disse aos policiais que a mãe admitiu, em conversa, ter colocado chumbinho no prato de feijão servido ao enteado Bruno Cabral, de 16 anos. No depoimento registrado na 33ª Delegacia de Polícia (DP), em Realengo, zona oeste do Rio, o filho de Cíntia disse que a mãe também teria confessado o envenenamento da enteada, dois meses antes. Fernanda Cabral, de 22 anos, morreu no fim de março, dias após passar mal imediatamente depois de almoçar na casa da família. Segundo o rapaz, a mãe teria confessado que agiu por ciúmes da relação do companheiro com os filhos, Bruno e Fernanda.

Cíntia nega a versão, dizem os advogados. Santos e o sócio, Raphael Souza, que também advoga no caso, sustentam que a mulher compareceu três vezes para depor à Polícia Civil. Nas duas primeiras, sem a presença de advogados, Cíntia não confessou o suposto crime e, no terceiro depoimento, já acompanhada dos advogados, permaneceu em silêncio.

Santos diz suspeitar da motivação do filho biológico da mulher, com quem ela teria relação "conturbada". Ele sugeriu que vai usar o contexto familiar e o conflito de versões na estratégia da defesa.

"Ela prestou três depoimentos e, em nenhum momento, confessou. Ela afirma que não falou nada para o filho. Quero deixar bem claro: o filho que a acusa tem problemas com ela", diz o advogado. A reportagem não conseguiu contactar os demais integrantes da família.

Ainda segundo Santos, a perícia realizada pela Polícia Civil em restos do feijão recolhido na casa de Cíntia, na segunda-feira, 16, não teria detectado nenhuma substância tóxica.

Questionado sobre o resultado de exames aos quais o enteado de Cíntia, Bruno, foi submetido após passar mal, que acusaram níveis altos de chumbo no organismo, o advogado afirmou que não teve acesso a esses laudos, ainda não adicionados ao inquérito. Procurada, a Polícia Civil do Rio informou que o resultado das perícias realizadas pela Polícia serão divulgados nos próximos dias.

A Polícia Civil também informou que as investigações continuam na 33ª DP, de Realengo, e que os agentes "pretendem pedir à Justiça a exumação do corpo da enteada Fernanda Cabral para análise no Instituto Médico Legal (IML)". A Polícia ainda confirmou que a delegacia apura possível envolvimento de Cíntia em outras duas mortes, a do ex-marido e de uma vizinha. Santos rechaçou essa possibilidade, ao dizer que o ex-marido de Cíntia morreu devido a um acidente vascular cerebral hemorrágico "devidamente comprovado". O advogado afirmou desconhecer o caso da vizinha.

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) mandou prender na última sexta-feira (20) Cíntia Mariano Dias Cabral, de 49 anos, acusada de envenenar os dois enteados com chumbinho. Ela é suspeita de ter assassinado a jovem Fernanda Carvalho, de 22 anos, em março e, um mês depois, tentar repetir a prática com o irmão dela, de 16 anos.

Fernanda foi internada em 15 de março com mal-estar e dificuldade para respirar. Ela ficou internada por 13 dias, mas não resistiu e morreu no hospital.

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Na época, os médicos atestaram a morte de Fernanda em decorrência de causas naturais. As suspeitas de envenenamento surgiram quando o irmão mais novo dela passou mal após um almoço na casa da madrasta e precisou ser levado, às pressas, para o hospital.

De acordo com a 33ª Delegacia de Polícia (DP), em Realengo, o adolescente deu entrada no Hospital Municipal Albert Schweitzer, na zona oeste da cidade, com "tonteira, língua enrolada, babando e com a pele branca após comer feijão servido por Cíntia".

O jovem foi submetido a uma lavagem estomacal e a um exame de sangue, que detectou níveis elevados de chumbo em seu organismo. A mãe dos jovens procurou a delegacia para registrar a suspeita de envenenamento no mesmo dia.

Os policiais foram até a casa de Cíntia para recolher o feijão para análise laboratorial. Ela foi levada para a 33ª DP, em Realengo, para prestar depoimento, onde teve a prisão decretada.

No mandado de prisão, a juíza Raphaela de Almeida Silva, da 3ª Vara Criminal do TJ-RJ, diz que a liberdade da madrasta "poderá causar prejuízos irreparáveis para o prosseguimento das investigações policiais": "Isso porque poderá exercer pressão sobre as testemunhas, levando em conta que os presentes na residência no momento do crime são familiares, filhos inclusive da suspeita".

Apesar do crescimento da fome em todo o País, o presidente Jair Bolsonaro voltou a ironizar, nesta sexta-feira (1º), quem pede menos armas e mais feijão. "Esquerda fala que a gente não come arma, come feijão. Quando alguém invadir sua casa, dá tiro de feijão", disse Bolsonaro a apoiadores em frente ao Palácio do Planalto.

Em agosto, Bolsonaro já tinha feito um comentário na mesma linha e aconselhou seguidores a comprarem fuzil, mesmo que seja caro. "Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado. Eu sei que custa caro. Aí tem um idiota: 'Ah, tem que comprar é feijão'. Cara, se você não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar", chegou a declarar o presidente, à época.

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Novamente em defesa do armamento da população, medida criticada por especialistas e considerada ineficaz no combate à violência, Bolsonaro afirmou que o Estado de Santa Catarina é o mais armado e o menos violento do País. "Quanto mais armas, menos violência", cravou o chefe do Executivo, sem citar qualquer embasamento científico na afirmação.

De olho nas eleições de 2022, o presidente ainda reiterou hoje discursos voltados à sua base de apoio, como a defesa do atual entendimento do marco temporal, a minimização do desmatamento da Amazônia e críticas ao suposto aparelhamento ideológico em ministérios durante os governos petistas. "Estão querendo derrubar o marco temporal. Acaba o Brasil. Vai faltar comida para o resto do mundo", repetiu Bolsonaro.

Segundo ele, "não é mole apagar incêndio" e muitas queimadas são feitas pelos indígenas. "Se tivessem motivo para criticar meu governo, tudo bem, mas não têm", chegou a dizer Bolsonaro aos apoiadores.

Com o tema "Onde queres fuzil, somos feijão!", o 27º Grito dos Excluídos promove uma campanha de arrecadação e pede 1 kg de feijão aos participantes. A tradicional mobilização foi mantida para esta terça-feira (7), com concentração na área Central do Recife.

Para reivindicar por saúde, comida, moradia, trabalho, maior participação popular nas atividades políticas e pressionar pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a concentração do ato está agendada às 10h, na Praça do Derby. O coreto será o ponto de entrega das doações.

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Ainda sensíveis aos riscos da Covid-19, a organização reforça que os participantes sigam as orientações sanitárias como o distanciamento social, utilizem máscaras - de preferência do tipo PFF2/N95, e levem álcool 70%.

Por meio de sua conta no twitter, o ex-presidente Lula (PT) falou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) "é desprovido de qualquer resquício de humanidade". O petista publicou contra o chefe do Executivo após Bolsonaro dar a entender que as pessoas tinham que comprar fuzil no lugar de feijão.

"Bolsonaro é desprovido de qualquer resquício de humanidade. Chamou de idiota quem diz que a prioridade do governo devia ser comida na mesa do povo ao invés de fuzil. Ninguém aguenta mais conviver com um presidente tresloucado, governando na base do absurdo. O país precisa de paz", publicou Lula.

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As críticas contra o presidente se intensificaram nesta sexta-feira (27), após ele dizer a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada que "todo mundo tem que comprar fuzil, pô. Eu sei que custa caro. Daí tem um idiota que diz: 'Ah, tem que comprar feijão'. Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar", afirmou.

Neste sábado (28), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) rebateu uma das críticas que vem recebendo após defender o direito dos cidadãos brasileiros de poder comprar um fuzil. 

No Facebook, um internauta identificado como Joselito Oliveira, compartilhou uma imagem dizendo que o fuzil não alimenta. A conta oficial do presidente respondeu que a arma "garante a sua liberdade para você trabalhar e se alimentar. Sem ela você poderá depender das migalhas do Estado".

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As críticas contra o presidente se intensificaram nesta sexta-feira (27), após ele dizer a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada que "todo mundo tem que comprar fuzil, pô. Eu sei que custa caro. Daí tem um idiota que diz: 'Ah, tem que comprar feijão'. Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar", afirmou.

O Brasil pode ter um déficit de abastecimento de feijão no ano de 2021. Uma projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que a próxima safra do grão pode ser menor do que o necessário para suprir a demanda no país.

Segundo o IBGE, o Brasil consome cerca de 3 milhões de toneladas de feijão por ano. A perspectiva do órgão é que a próxima safra colha apenas 2,8 milhões de toneladas do grão.

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De acordo com o instituto, se não houver possibilidade de melhora no cenário, o país terá que recorrer às importações para completar o abastecimento em 2021.

Embora haja impressões pessimistas com a safra do feijão, para as demais culturas o IBGE projeta uma colheita recorde para o ano que vem. Segundo o prospecto, o agronegócio deve colher 256,8 milhões de toneladas de alimentos. O número representa um aumento de 1,9% em relação ao ano de 2020.

Tramita na Câmara dos Deputados um proíbe o aumento de preços, sem justa causa, de itens da cesta básica durante a vigência do estado de calamidade pública decorrente do novo coronavírus, que vai até dezembro.

Pela proposta em análise, a data base de fixação dos preços será dia 1º de março de 2020. Os aumentos após esta data, sem justa causa, serão punidos com multa de R$ 5 mil a R$ 50 mil por item. Reiterada a prática de aumento de preços, o estabelecimento será interditado pelo prazo de 30 dias.

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Autor da proposta, o deputado André Janones (Avante-MG) destaca que, do início do ano até julho, houve aumento médio de 34% no preço do feijão, enquanto o quilo de arroz encareceu em média 23%, conforme estudo realizado por uma plataforma de inteligência de mercado.

“De acordo com levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse), os preços médios de produtos da cesta básica aumentaram, em agosto, em 13 das 17 capitais pesquisadas”, aponta. “Os dados mostram que os produtos mais básicos para o dia a dia do brasileiro aumentaram muito acima da inflação”, critica.

Exportação

Janones também cita avaliação de economista da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) segundo a qual “entre vender dentro do País e mandar para o exterior, o produtor brasileiro tem escolhido a exportação, porque está ganhando mais dinheiro”.

Conforme o projeto apresentado pelo deputado, o Poder Executivo poderá impor limites à exportação de itens da cesta básica se houver risco de desabastecimento interno ou de aumento exagerado de preços no Brasil.

Outras propostas

Na Câmara, já tramitam outros projetos que visam limitar os preços da cesta básica durante a pandemia, como o PL 2608/20, o PL 2879/20 e o PL 2211/20.

*Da Agência Câmara de Notícias

A pandemia tem feito muita gente mudar hábitos, entre eles o consumo frequente de comida caseira e fresca. É o que mostram as primeiras análises do Estudo NutriNet Brasil, que envolveram 10 mil participantes e indicam aumento generalizado na frequência de consumo de frutas, hortaliças e feijão (de 40,2% para 44,6%) durante a pandemia.

Segundo o professor Carlos Monteiro, coordenador do NutriNet Brasil, essa mudança positiva no comportamento alimentar pode ser explicada por alguns fatores. “As novas configurações causadas pela pandemia na rotina das pessoas podem tê-las estimulado a cozinhar mais e a consumir mais refeições dentro de casa. Além disso, uma eventual preocupação em melhorar a alimentação e, consequentemente, as defesas imunológicas do organismo, podem ser consideradas". O Estudo NutriNet é executado pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP).

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A evolução positiva na alimentação, no entanto, foi acompanhada por um aumento no consumo de alimentos ultraprocessados nas regiões Norte e Nordeste e entre as pessoas de escolaridade mais baixa. Esses resultados sugerem desigualdades sociais na resposta do comportamento alimentar à pandemia.

O consumo de alimentos in natura ou minimamente processados fortalece os mecanismos de defesa do organismo, já a ingestão de comidas ultraprocessadas favorece o aparecimento de doenças crônicas que aumentam a letalidade da covid-19. Refrigerantes, bolachas, pratos congelados, salgadinhos, bolos prontos e mistura para bolos, cereais matinais, macarrão instantâneo, pães de forma, sorvetes e bebidas com sabor de frutas fazem parte do grupo de alimentos ultraprocessados.

“Uma das razões pelas quais o consumo de alimentos ultraprocessados piora as defesas do organismo é que eles são pobres em vitaminas e minerais, nutrientes essenciais para a resposta imunológica. Já foi demonstrado, em pesquisa realizada no Brasil, que indivíduos que consomem mais ultraprocessados têm um consumo menor desses nutrientes”, explica a pesquisadora do Estudo NutriNet Brasil, Kamila Gabe.

Outra razão, segundo Kamila, é que o consumo de alimentos ultraprocessados aumenta o risco de desenvolver condições como obesidade, diabetes e hipertensão. “Estudos realizados em diferentes países, como Estados Unidos, Itália e China, observaram que a presença dessas condições está associada à ocorrência de formas mais severas da covid-19, aumentando a necessidade de internação hospitalar e o risco de mortalidade”.

Para essa análise, o Estudo NutriNet Brasil aplicou o mesmo questionário alimentar em dois momentos: entre 26 de janeiro e 15 de fevereiro (antes da pandemia) e entre 10 e 19 de maio (durante a pandemia). Foi questionado o consumo de uma série de alimentos no dia anterior ao preenchimento do formulário. A amostra, composta pelos 10 mil primeiros participantes, é representada, em sua maioria, por jovens adultos, de 18 a 39 anos (51,1%), mulheres (78%), residentes da Região Sudeste do Brasil (61%) e com nível de escolaridade superior a 12 anos de estudo (85,1%).

Hábitos pós-pandemia

Na opinião da pesquisadora, não é possível afirmar que essa tendência de alimentação saudável será mantida após a quarentena. “Os dados do estudo NutriNet  Brasil não nos permitem concluir se há essa tendência no pós-pandemia, já que a análise comparou dados de consumo alimentar obtidos em janeiro, imediatamente antes do início da chegada do novo coronavírus ao Brasil, e em maio, no auge da adesão às medidas de distanciamento físico”.

Para Kamila, é possível que o retorno das pessoas às suas rotinas de trabalho e lazer, e até mesmo o relaxamento dos cuidados com a saúde, façam com que os indivíduos retornem aos seus hábitos praticados antes da pandemia. “Por outro lado, também é plausível pensar que esse período tenha proporcionado às pessoas oportunidade para a aquisição de hábitos saudáveis que venham a ser ganhos permanentes, como passar a comer mais frutas, verduras e legumes ou a cozinhar em casa com maior frequência. Com o Nutrinet acompanhando esses participantes, nós teremos a opção de investigar isso em novos estudos futuramente”. 

Estudo

O objetivo da análise foi conhecer o impacto da pandemia de covid-19 sobre o comportamento alimentar da população. O recorte faz parte do Estudo NutriNet Brasil, lançado em janeiro de 2020, para investigar a relação entre padrões de alimentação e o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis no Brasil. A pesquisa tem duração de dez anos e vai acompanhar 200 mil pessoas. Os interessados em participar voluntariamente do estudo podem se inscrever no site nutrinetbrasil.fsp.usp.br .

O Estudo NutriNet Brasil é um dos maiores sobre alimentação e saúde do país. Os resultados vão contribuir para a elaboração de políticas públicas que promovam a saúde e a qualidade de vida da população brasileira.

Andu, carioca, preto, branco, fradinho, vermelho ou rajado. Seja qual for o tipo, o feijão é um dos produtos mais presentes no prato da maioria dos brasileiros. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o mercado interno do país consome cerca de três milhões de toneladas do grão por ano.

Para a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o período de pandemia fez com que o feijão passasse a ser opção à proteína animal em diversas partes do mundo.

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Segundo a FAO, as pessoas aproveitaram o maior tempo em casa para inserir o alimento em diferentes receitas do cardápio. No Brasil, quem opta por refeições vegetarianas ou veganas utiliza os mais de 35 tipos do grão para incluir o item no prato como acompanhamento ou componente de receitas.

Para o biólogo Stefano Aires, 38 anos, os tipos carioca, fradinho e andu são os mais consumidos no cotidiano. Vegano há pouco mais de um ano, Aires considera que a variedade do produto vai além da nutrição.

 

Stefano Aires

“Todos os alimentos possuem proteínas, especialmente os grãos. Então, mostrar que podemos ter uma dieta rica com itens que compramos facilmente no mercado é uma maneira fundamental de sensibilizar as pessoas para a questão da alimentação saudável”, declara.

Variedade e economia

Já a profissional de e-commerce Bruna Brito, 27 anos, aproveita a versatilidade do grão em diversas receitas. Há dois anos sem o consumo de proteína animal oriunda da carne, Bruna não dispensa o feijão em seus pratos cotidianos.

Bruna Britto é vegana e explora todo o potencial nutritivo dos vários tipos de feijão. Foto: acervo pessoal

“Sempre tenho potes no congelador. Costumo variar nos tipos, uso para engrossar o caldo de sopa e, nos dias em que eu estou mais inspirada, faço alguns pratos mais elaborados em que ele é o elemento principal, como no caso de uma feijoada vegana ou quando faço hambúrgueres de feijão”, explica Bruna, que optou pelo cardápio vegano há um ano.

De acordo com ela, outra vantagem do consumo do feijão no cardápio vegano está no bolso. “Passei a gastar muito menos, pois a maior parte dos alimentos que consumo está nas feiras e os grãos compro à granel, a economia é bastante visível”, cita.

Para Bruna, o alimento pode ser uma alternativa para que a população passe a reduzir o consumo de proteína animal. “As pessoas vão mudar a mentalidade quando perceberem a versatilidade dos alimentos. No caso do feijão, a maioria come sempre da mesma forma e não exploram todo o potencial desse grão”, completa.

Valor nutritivo

De acordo com Ken Francis Kusayanagi, chef de cozinha e professor de gastronomia do Senac EAD, os nutrientes do grão são a chave para que o feijão se tornasse opção ao consumo de carne.

“Isto se deve, sobretudo, ao fato do feijão ser rico em proteínas e ferro. Muitos adeptos do vegetarianismo restrito e do veganismo, usam o valor nutricional do grão como substitutos da proteína animal”, ressalta.

Além de ser o alimento que usa a menor quantidade de recursos naturais por quilo de proteína, o feijão é rico em fibras, previne doenças cardiovasculares e ajuda no controle da anemia.

O grão também é um dos destaques na economia em relação às exportações brasileiras. Comercializado no mercado externo para países como China, Egito, Índia, Paquistão e Vietnã, o Brasil exportou 165 mil toneladas do produto em 2019, maior volume da história.

O pastor Valdemiro Santiago parece que está passando por um momento de crise financeira, após anunciar a venda da ‘cura da Covid-19’ com semente de feijão vendida a R$ 1 mil e ser desmentido. O pastor fez um corte em seu pessoal da TV e continua atrasando aluguéis dos templos.

Com a queda dos dízimos, apesar de ter reaberto suas igrejas antes do tempo, ignorando a quarenta, Valdemiro está com um grande volume de dívidas, que abrangem aluguéis, contas de água, luz e custos de manutenção dos seus templos. 

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Segundo o ‘Uol’ o pastor tem cortado salários e pessoal na sua rede de TV e rádio, como também tem feito uma redução nos pagamentos de parte da estrutura da igreja. Líder da Igreja Mundial do Poder de Deus e autointitulado apóstolo, Valdemiro tem feito apelos em suas pregações na TV, para que os fiéis façam um “sacrifício extra” e doem mais que o dízimo durante o período da quarentena pelo coronavírus.

Valdomiro, havia sido notificado pelo Ministério Público Federal para retirar os vídeos sobre os feijões, em que prometiam uma falsa cura, do seu canal do Youtube. Apesar das determinações de isolamento social boa parte dos templos do pastor já está em funcionamento.

A rede de lojas Havan começou a vender alimentos não perecíveis como arroz, feijão e macarrão para conquistar o status de atividade essencial e reabrir durante a pandemia. A rede de lojas de departamentos pertence ao empresário bolsonarista Luciano Hang e é conhecida por vender eletrodomésticos e utilitários para o lar.

Essa foi a estratégia encontrada por Hang para driblar os decretos estaduais de fechamento do comércio e continuar operando. A comercialização de itens da cesta básica, iniciada há cerca de duas semanas, foi endossada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que havia incentivado o empresariado a "jogar pesado".

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Contudo, o baixo estoque reforça o argumento de que o objetivo de Hang é forçar a abertura das lojas na tentativa de mostrar-se como hipermercado. Na unidade de Ribeirão Preto, em São Paulo, foi contabilizado nas prateleiras apenas 20 pacotes de feijão, 18 de arroz, 12 garrafas de óleo, 21 de milho verde, 17 de ervilha, 12 de molho de tomate e cinco de salsicha, apontou apuração da Folha de S. Paulo realizada nessa segunda-feira (18). Já na loja virtual, os únicos itens de alimentação à venda são chocolates e café.

Das 143 filiais, apenas 16 estão fechadas nos estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Pará e Acre. O setor jurídico da Havan luta por liminares que concedam a reabertura, como ocorreu em Lorena e Araçatuba, localizadas em São Paulo. A mesma jogada foi tentada em Rio Branco, no Acre, e Vitória da Conquista, na Bahia, mas sem sucesso.

No município baiano, os diretores ignoraram o decreto da prefeitura e reabriram a unidade na última quarta-feira (13), mesmo após a recusa das autoridades públicas. Equipes da prefeitura foram ao local e interditaram a loja. Já no Acre, a unidade foi fechada pela Vigilância Sanitária no dia 1º de maio.

Outra forma de pressionar a retomada total das atividades nas lojas vem do protesto de funcionários. Mesmo em cidades de estados diferentes, as camisas e as mensagens estampadas são idênticas, assim como os gritos. Segundo a reportagem, uma funcionária que participou da manifestação ocorrida em Franca, São Paulo, disse que a movimentação espalhada pelo país tem apoio da empresa. A Havan não quis se pronunciar.

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Ex-número 1 do Brasil, o tenista João Souza, mais conhecido como Feijão, foi banido do esporte neste sábado pela Unidade de Integridade do Tênis (TIU, na sigla em inglês). O atleta de 31 anos foi condenado por ter cometido "múltiplas infrações de manipulação de resultados e violações relacionadas à corrupção", segundo o órgão internacional. Foi ainda multado em US$ 200 mil, equivalente à R$ 834 mil. O jogador, que já estava suspenso provisoriamente, nega as acusações.

"Uma investigação da Unidade de Integridade do Tênis estabeleceu que, entre 2015 e 2019, o jogador cometeu diversas infrações on Programa Anticorrupção do Tênis. Isso inclui repetidos incidentes de manipulação de resultados em torneios de nível Challenger e Futures disputados no Brasil, México, Estados Unidos e República Checa", informou a TIU, em comunicado oficial.

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A entidade, criada pela ATP, WTA, ITF e pelo Grand Slam Board, alegou ainda que Feijão cometeu infrações ao não denunciar casos de corrupção no esporte, não cooperar com as investigações e por também solicitar que outros tenistas não jogassem "em seus melhores níveis".

A decisão, divulgada somente neste sábado, foi tomada em audiência realizada no dia 14 deste mês, sob a liderança do professor Richard McLaren. Conhecido por liderar as investigações que causaram as punições por doping ao esporte russo nos últimos anos, ele foi o responsável por julgar o caso.

Pela decisão, Feijão não pode mais participar das competições oficiais do circuito e nem mesmo estar presente em eventos promovidos por ATP e ITF. O ex-número 1 do Brasil já ocupou o posto de 69º do ranking mundial em simples. Atualmente é o 742º. Feijão nunca conquistou títulos de nível ATP, mas ficou famoso por participar da partida mais longa da história da Copa Davis, em 2015 - trata-se do segundo mais longo da história em todas as competições.

A punição aplicada ao tenista brasileiro é a segunda mais pesada já aplicada pela TIU. Só está abaixo da dura sanção sofrida pelo italiano Daniele Bracciali em 2018. Ele também foi banido do tênis, porém com multa maior: US$ 250 mil. Entre os brasileiros já punido por entidades internacionais, Feijão foi quem sofreu a pena mais severa. No ano passado, o gaúcho Diego Matos também foi banido.

O caso de Feijão vinha se arrastando desde o ano passado, entre idas e vindas inesperadas. Ele havia sido suspenso inicialmente em abril por manipulação de resultados. No entanto, apenas dois dias depois a punição foi revogada. O jogador chegou a voltar a jogar, mas voltou a ser suspenso. Na época, a TIU alegou que havia provas adicionais contra ele. Desde então, o atleta vinha cumprindo a suspensão provisória.

DEFESA - Em contato com o Estado, o advogado do atleta, Michel Assef Filho, avisou que vai recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês). Ele negou que Feijão tenha se envolvido em qualquer caso de manipulação de resultados e disse que o tenista contribuiu com as investigações, diferentemente do que alega a TIU.

"O comunicado da TIU diz que o João teria apagado provas. Isso não é verdade. O João entregou o celular, a senha do celular, a senha do Facebook. Solicitaram extratos bancários e ele entregou tudo o que tinha. Toda e eventual conta que tivesse em aplicativos, entregou tudo. Até concedeu uma entrevista à equipe de investigação sem saber quais perguntas seriam feitas. Isso não é atitude de quem pratica ato de corrupção", disse o advogado.

No entanto, Assef Filho admitiu que o jogador não jogou com "seus melhores esforços" por questões pessoais. "Ele estava num momento difícil, de separação, com a filha recém-nascida. E isso ficou provado nos autos com depoimentos das testemunhas, arroladas pela própria acusação. Os atletas que disputaram os jogos de duplas com o João afirmam que, de fato, ele tinha viagem marcada para após o jogo. Ele havia comprado as passagens antes da partida porque não queria jogar. Ele confessou que não utilizou os melhores esforços em alguns jogos e isso é uma infração, sim. Mas deveria ter uma punição muito mais branda."

O advogado afirmou também que, se o tenista fosse alvo de um processo judicial, dificilmente teria sido condenado. Ele explica que, por ser um julgamento de cunho administrativo, o atleta está sujeito a punições mesmo sem a apresentação de "provas cabais".

"A questão é que o programa anticorrupção acaba punindo quando ele se convence de que há atitude que pode ser considerada como corrupção. É diferente de um processo judicial, que exige prova cabal do cometimento de uma corrupção. Se fosse uma processo judicial, dificilmente teria uma condenação."

Neste aspecto, ele também criticou a multa aplicada. "Não tem qualquer fundamento. Para aplicar multa, você tem que, de fato, ter a prova de recebimento de valor. E nos autos não tem nenhuma evidência de que o João teria recebido algum dinheiro, nada, zero", declarou o advogado.

Uma criança de 5 anos, identificada como Luiz Miguel Moreira Silva, morreu asfixiada depois de ser sugada por uma carga de seis mil quilos de feijão em uma fazenda de Paracatu, Minas Gerais. O acidente aconteceu na tarde desta última quinta-feira (22). A polícia está investigando os fatos.

Tudo aconteceu na fazenda onde o pai do menor trabalha. A vítima estava brincando com o irmão mais velho no local, quando a tragédia aconteceu. À polícia, Crislan Luiz da Silva, pai dos meninos, informou que havia pedido para Fábio Júnior Cândido Braga, com quem trabalha, olhar as crianças enquanto ia em uma outra propriedade vizinha. 

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Fábio nega e diz que não sabia da presença dos menores perto do silo, que é uma benfeitoria agrícola destinada ao armazenamento de produtos. Ao Uol, ele alega que pensou que os garotos haviam ido embora e, minutos depois de abrir as comportas para que os mais de seis mil quilos do grão descessem, o irmão da vítima gritou pedindo socorro.

Se dizendo apavorado com a situação, Fábio lembra que tentou encontrar o garoto, mas foi preciso abrir as comportas para tirar o feijão de cima da criança, que foi encontrada com a boca roxa e o nariz cheio de grãos. 

A vítima ainda foi levada pelo pai para o hospital do município, mas ele já chegou com sintomas de asfixia. A tentativa de reanimação foi feita, mas o menor não resistiu.

O aumento no preço do feijão está sendo sentido pelo brasileiro que está acostumado em ir à feira todos os meses. Desde o início do ano, seja no mercadinho do bairro, nos mercados públicos ou supermercados, o consumidor parece não ter outra alternativa, a não ser pesquisar bem antes de comprar. A falta da "pechincha" pode custar caro para o consumidor. 

De acordo com os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de janeiro, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o ano de 2019 começou com a baixa estimativa e o país deve colher 2,929 milhões de toneladas de feijão neste ano - o que representa uma queda de 1,5% em relação ao resultado de 2018. O consumo doméstico do feijão gira em torno de 3 milhões de toneladas por ano.

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Essa estimativa menor de safra do grão de feijão é o que impulsionou o aumento no seu preço. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço do feijão carioca - o mais consumido no Brasil -, aumentou 19,76% em janeiro deste ano.

O LeiaJá foi conferir de perto a variação do preço do feijão carioca nos mercados públicos e supermercados do Recife e Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana. No mercado público de Afogados, Zona Oeste do Recife, o preço mais barato oferecido aos consumidores pelo feijão carioca foi R$ 7,50 o quilo; já o mais caro foi R$ 8,50.

Saindo do mercado público de Afogados e seguindo para alguns supermercados que estão espalhados pelo centro comercial do bairro, os preços mais altos cobrados pelo quilograma do feijão carioca quase que se repetiam: a oscilação foi R$ 9,98 e R$ 9,99.

Depois de conferir em vários supermercados, ainda de Afogados, o preço mais baixo encontrado foi de 6,99. Mais o consumidor deve ficar atento, muitos dos produtos que estão com preços baixos são do "tipo 2", classificação que se dá ao grão não tão puro, onde é possível encontrar até pequenas pedras na hora de "catar" o feijão antes de colocar no fogo.

Em Jaboatão dos Guararapes, pouca diferença nos preços do grão. No mercado público de Cavaleiro, a equipe de reportagem do LeiaJá encontrou o quilograma do feijão carioca por R$ 8. Já nos supermercados do entorno, o kg do grão varia entre R$ 7,29 e R$ 8.

De acordo com Reginaldo Gomes, dono de um mercadinho em Cavaleiro, muitos agricultores estão desistindo de plantar o feijão por conta da dificuldade. "Quem antigamente plantava feijão, agora prefere outros produtos mais fáceis", assegura seu Regi, como prefere ser chamado. Ele confirma que todos os seus feijões são comprados dos agricultores de Irecê, na Bahia e São Paulo.

Assim como seu Regis, Alexandre do Nascimento, proprietário de uma loja dentro do mercado público de Afogados, acredita que os preços tendem a cair nas próximas semanas. "Ainda está muito caro por conta da grande procura e da baixa oferta do feijão. Mas esses preços tendem a cair na próxima safra que é em abril", confirma Alexandre.

IPCA da Região Metropolitana do Recife

No último mês de fevereiro, a inflação da Região Metropolitana do Recife (RMR), medida através do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), pelo IBGE, cresceu, saindo de 0,27% em janeiro para 0,59% em fevereiro - superando os resultados de fevereiro dos últimos dois anos.

O grupo que mais pressionou o índice no mês, apesar da desaceleração em relação a janeiro, foi o de “Alimentação e bebidas”, com alta de 1,01%, ante alta de 1,77% no mês anterior. Os itens com os maiores reajustes foram o feijão-mulatinho (20,8%), feijão-carioca (54,0%), o coentro (19,4%) e a batata-inglesa (20,3%).

Esses itens são de natureza de preço livre, ou seja respondem às variações de oferta e demanda, e estão refletindo choques de oferta, geralmente ocasionados por questões climáticas que acabam comprometendo a produção.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) encerrou neste sábado (10), em Brasília, a Semana Nacional de Conscientização sobre Perdas e Desperdícios de Alimentos 2018.

A programação do último dia contou com uma estrutura montada na Central de Abastecimento (Ceasa) da capital federal, e incluiu oferta gratuita de oficinas de combate ao desperdício, com dicas sobre como tirar o melhor aproveitamento de alimentos, evitando o descarte daquilo que ainda pode ser consumido. Ao longo dos últimos dias, exposições e outras oficinas, como a de hortas urbanas, também movimentaram o local.

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Na casa das famílias brasileiras, arroz, carne vermelha, feijão e frango são os alimentos mais jogados fora, segundo a Secretária de Articulação Institucional e Cidadania do MMA, Rejane Pieratti. Ela explica que planejamento é fundamental para se evitar o desperdício.

"Começo planejando o que eu preciso comprar. A maioria das pessoas vai ao supermercado e compra coisa que não vai usar e vai perder dentro da geladeira", afirmou, em entrevista à Rádio Nacional de Brasília. Os dados mais recentes da Organização das Nações Unidas (ONU)sobre o desperdício no país datam de 2013. Naquele ano, o Brasil desperdiçou mais de 26 milhões de toneladas de alimentos. Estima-se que, em todo o mundo, o volume anual de alimentos jogados fora seja de 1,3 bilhão de tonelada.

Além das oficinas, um dos destaques de hoje na Ceasa-DF foi a participação dos chefs de cozinha Fernando Souza e Fábio Marques, do projeto Desafio da Xêpa – Do Lixo ao Luxo.

A dupla, que forma o Double Chefs, preparou pratos com alimentos que seriam descartados na própria Ceasa. Segundo eles, o projeto nasceu das visita que ambos faziam à Ceasa para comprar alimentos.

“Sempre que vamos ao local, vemos que muitos alimentos acabam indo para o lixo. Surgiu, então, a ideia da iniciativa para promover a conscientização que todos nós precisamos ter. Não é possível jogar tanto alimento fora, pois, muitas pessoas passam fome. Resolvemos unir a nossa profissão e o combate ao desperdício”, explica Fábio.

A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (Emater-DF) também participou do evento com a elaboração de dois pratos à base de abóbora. Orientações sobre planejamento de compras, reaproveitamento de toda a sacola da feira e de todas as partes do alimento, conservação e durabilidade, entre outras informações, estão disponíveis no hotsite da Semana Nacional de Conscientização sobre Perdas e Desperdícios de Alimentos 2018, informou o MMA.

Coleta de alimentos

Este sábado também marca o Dia Nacional da Coleta de Alimentos, ação organizada por instituições e pessoas voluntárias e que ocorre em 14 estados e 56 cidades do país.

O evento está na 13ª edição e já arrecadou mais de 1,3 mil tonelada de alimentos, envolvendo o trabalho de 58 mil pessoas.

Na edição deste ano, voluntários se concentram ao longo dia na entrada de centenas de supermercados parceiros, convidando os clientes a doarem alimentos não perecíveis.

No fim do dia, os itens são recolhidos, com apoio do programa Mesa Brasil do Sesc, uma rede nacional de bancos de alimentos que atua contra a fome e o desperdício de alimentos.   

No Distrito Federal, voluntários atuam em 10 supermercados. Tudo o que for recolhido será destinado a mais de 200 instituições de caridade da cidade.

"No ano passado, a gente recebeu quase 7 toneladas de doações, em Brasília. No Brasil inteiro, foram 184 toneladas", disse a servidora pública Marília de Faria Ferreira, uma das voluntárias que atuam no projeto.

*Com informações de Ana Luísa Praser - Repórter da Rádio Nacional de Brasília

 

Em audiência com o ministro Luiz Fux no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (20), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou dados de sua filiadas segundo os quais o tabelamento do frete tem causado um aumento no preço do arroz e do feijão diretamente na mesa do brasileiro.

Segundo a CNA, o aumento entre 35% e 50% no frete do arroz tem provocado uma alta de 10% no preço ao consumidor final. No caso do feijão, o reajuste pode chegar a 20%, de acordo com a entidade. 

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Além do custo do frete, a alta nos preços tem sido provocada pela menor oferta, pois os produtores estão evitando transportar suas mercadorias enquanto o impasse sobre a tabela não é resolvido, de acordo com a CNA. Nos setores de soja e milho, o prejuízo acumulado nos últimos 20 dias com a redução do escoamento de safra foi de R$ 10 bilhões, segundo a entidade.

Para representantes dos caminhoneiros, os produtores promovem uma “greve branca”, represando mercadorias com o objetivo de pressionar o governo a recuar da tabela.

A audiência desta quarta foi marcada por Fux após a CNA, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Associação do Transporte Rodoviário do Brasil (ATR Brasil) abrirem três ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) no STF contra a Medida Provisória 832, editada em 27 de maio, que prevê a tabela de preços mínimo para o frete rodoviário.

As entidades alegam que a tabela fere os princípios constitucionais da livre concorrência e da livre iniciativa, sendo uma interferência indevida do governo na atividade econômica. Fux é o relator das ações.

Ao editar a tabela, o governo atendeu a uma das reivindicações dos caminhoneiros, que paralisaram suas atividades por 11 dias no mês passado, provocando uma crise de abastecimento no país.

Os caminhoneiros argumentam que a tabela é fundamental para garantir uma renda mínima e o sustento dos profissionais autônomos, que não têm conseguido cobrir os custos da atividade e não possuem nenhuma proteção como a oferecida pelo salário mínimo aos trabalhadores formais.

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