Tópicos | fenômeno astronômico

Na mesma semana em que a Nasa divulgou descobertas revolucionárias sobre o Universo a partir de imagens captadas pelo telescópio espacial James Webb, as pessoas poderão olhar para o céu, nesta quarta-feira, 13, e avistar a maior Superlua de 2022.

O fenômeno astronômico é resultado da combinação de dois acontecimentos: a aparição da lua cheia (quando sol e lua estão alinhados, e os raios solares atingem de forma frontal, e sem obstáculos, o satélite natural da Terra), e o perigeu, momento em que essa lua cheia, que orbita o planeta terrestre, se encontra mais próxima da Terra.

##RECOMENDA##

A equação astronômica vai permitir que as pessoas consigam visualizar, de forma aparente, a superlua 16% mais brilhante e 6% maior em comparação com as luas cheias convencionais, segundo o site Space.com. Contudo, de acordo com o astrônomo Carlos Andrade, ouvido pelo Estadão, essas diferenças dificilmente poderão ser vistas por aqueles que não tem um olhar "treinado".

"A variação (de tamanho e brilho) é pouca. Não deve ser notada por pessoas que raramente observam a lua, exceto nessas ocasiões especiais", disse o astrônomo. De acordo com a Nasa, a lua está há 385.000 quilômetros da Terra. No perigeu, essa distância pode se encurtar para 355.955 quilômetros, segundo Andrade.

"Toda Lua, para nós (astrônomos), é 'super' de alguma forma. Não é ela estando um pouco mais próxima, ou afastada, que irá nos ser diferente", ponderou o especialista, que olha para o único satélite natural da Terra como "sempre lindo e fascinante, independente da posição em que se encontra."

Esta será a terceira Superlua em 2022. O fenômeno aconteceu outras duas vezes em maio e junho, e voltará a acontecer em agosto - a lua volta a ficar cheia no dia 11 do próximo mês. Porém, segundo os especialistas, a desta quarta-feira será a maior das quatro.

"Isso é um fenômeno absolutamente normal e natural que, em épocas de redes sociais, acabou por ser criado esse termo 'super lua'. como se a lua fosse bonita apenas nessas condições. Mas não é", opinou o astrônomo.

Nesta segunda-feira (21), ocorre um dos fenômenos astronômicos mais esperados de 2020: a conjunção entre Júpiter e Saturno, também conhecida como "Estrela de Belém".

A conjunção astronômica é um evento relativamente comum e ocorre quando dois astros ficam em alinhamento com a Terra. Quando se fala nesses dois planetas, que são os que têm o movimento mais lento ao redor do Sol, isso acontece a cada 19,6 anos. No entanto, a "Grande Conjunção" desse ano será especial porque eles estarão a apenas 0,1 grau de distância no céu, dando uma sensação de serem um astro único.

##RECOMENDA##

A última vez que isso ocorreu foi em março de 1623, porém, o encontro foi tão próximo do Sol que não pôde ser visto da Terra.

Daqui, a última visão do fenômeno ocorreu em 1226. Segundo os astrônomos, levará mais 60 anos para que o evento se repita e seja visível.

No Brasil, será possível observar a "Grande Conjunção" no início da noite, após às 18h, no caso de céu limpo, em evento que deve durar cerca de uma hora. Será preciso olhar para direção oeste, logo após o pôr do sol. E, quanto mais próximo se estiver da Linha do Equador, mais fácil será de ver o fenômeno. 

Da Ansa

Um fenômeno astronômico que não acontece desde a Idade Média poderá ser observado no dia 21 de dezembro, logo após o pôr do Sol: a proximidade entre Júpiter e Saturno fará com que esses dois corpos celestes pareçam um planeta duplo.

A proximidade entre os dois planetas já está ocorrendo e, entre os dias 16 e 25 de dezembro, a percepção será de que eles estarão separados por menos do que um diâmetro de lua cheia. “Na noite de maior aproximação, em 21 de dezembro, eles se parecerão com um planeta duplo, separados por apenas um quinto do diâmetro da lua cheia”, explica o astrônomo da Rice University, Patrick Hartigan.

##RECOMENDA##

Embora as melhores condições de visualização sejam próximas ao Equador, o fenômeno poderá ser observado em qualquer lugar da Terra, se o clima permitir. Hartigan explica que a dupla planetária aparecerá baixo no céu ocidental por cerca de uma hora após o pôr do sol todas as noites. “Para a maioria dos observadores do telescópio, cada planeta e várias de suas maiores luas estarão visíveis no mesmo campo de naquela noite”, acrescentou.

Segundo o astrônomo, alinhamentos entre esses dois planetas são bastante raros, ocorrendo uma vez a cada 20 anos ou mais. “No entanto, esta conjunção é excepcionalmente rara por causa da maior proximidade entre eles. Você teria que voltar até um pouco antes do amanhecer de 4 de março de 1226 para observar um alinhamento mais próximo entre esses objetos visíveis no céu noturno”, complementou.

A próxima vez que esse vento ocorrerá será no dia 15 de março de 2080. Depois, só depois do ano 2400.

*Com informações da Rice University

No último dia 21, a Índia e países vizinhos testemunharam um eclipse solar que foi batizado de "anel de fogo", por conta da forma composta pela posição da Lua sobre o Sol. Na ocasião, o fenômeno foi compartilhado online por diversos canais de astronomia. Mas 2020 ainda reserva outros espetáculos astronômicos. De acordo com a NASA, três eclipses, dois lunares e um solar, ainda poderão ser observados em julho, novembro e dezembro.

No mês de julho, um eclipse lunar penumbral, aquele que acontece quando apenas parte da Lua é obscurecida pela sombra da Terra, acontecerá entre os dias 4 e 5, no momento em que a Terra receber uma parte da luz do Sol que deveria ser direcionada para a Lua. A outra parte da Terra, uma sombra chamada pelos especialistas de "penumbra", cobrirá toda a Lua. O fenômeno começará à 1h30, horário de Brasília, e será visto da América do Norte, do Pacífico, de boa parte da África e também da América do Sul.

##RECOMENDA##

Já em novembro, outro eclipse lunar penumbral acontecerá entre os dias 29 e 30. Também será possível vê-lo no Brasil, além da Europa, América do Norte, parte da Ásia e Austrália. Por aqui, o fenômeno terá início às 5h32, horário de Brasília.

No último mês do ano, um eclipse solar total é esperado em função do movimento da Lua, que se posicionará entre a Terra e o Sol, jogando uma sombra escura sobre o planeta. O fenômeno será visível do Chile, partes da Argentina e nas cidades brasileiras de Rio Branco, Maceió, Salvador, Vitória, Goiânia, Cuiabá, Campo Grande, Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Porto Velho, Florianópolis, Brasília, São Paulo e Aracajú. Será no dia 14 de dezembro, com início às 14h05, horário de Brasília.

 

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando