Tópicos | Fernado Bezerra Coelho

Com quase 40 anos de vida pública, o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB) tem consolidado seu protagonismo político e ampliado o espaço do clã dos Coelhos em Pernambuco ao longo dos anos. O sucesso é inegável com o senador ocupando a liderança do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no Senado e seus três filhos com mandatos eletivos: Fernando Filho (DEM) é deputado federal, Antônio Coelho (DEM) deputado estadual e Miguel Coelho (sem partido) prefeito de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Mas a custo de que isso se deu?

FBC, como é chamado, foi um ator político volátil nos últimos anos. Seu perfil articulista e pragmático, segundo avaliações de estudiosos da ciência política, possibilitaram a ele, no âmbito federal, a estar sempre do lado governista - exceto durante o hiato de 2014 a meados de 2016, quando se colocou em oposição à então presidente Dilma Rousseff (PT), de quem, inclusive, chegou a ser ministro.

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Sim, Bezerra Coelho esteve ao lado dos últimos dois presidentes: Dilma Rousseff e Michel Temer. Com Dilma, ele foi ministro da Integração Nacional de 2011 a 2013, quando o PSB, seu partido à época, resolveu concorrer à Presidência da República com o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos - que faleceu durante a campanha eleitoral de 2014. Na oposição a petista, ele votou favorável ao impeachment  da sua ex-chefe, argumentando na ocasião que “o governo se isolou, abandonou o caminho da concórdia, preferiu o caminho do enfrentamento e perdeu o apoio que precisava”.

Já após o impeachment, no governo Temer ele também chegou a exercer o papel de líder e vice-líder governista no Senado e teve Fernando Filho ocupando o cargo de ministro de Minas e Energia. A defesa ferrenha que passou a fazer do agora ex-presidente, a partir de meados de 2016, foi um dos motivos que fez Fernando Bezerra deixar o PSB, que se declarou opositor a Temer, em setembro de 2017 e voltar ao MDB, partido que já foi filiado na época na Assembleia Constituinte.

Com papéis estratégicos seja ao lado de Dilma, Temer ou Bolsonaro uma coisa é certa, durante diversas visitas presidenciais ao Estado desde 2011 os pernambucanos viram Fernando Bezerra Coelho em todos os palanques, elogiando ou arrancando elogios. A mais recente passagem presidencial por Pernambuco, inclusive, partiu de uma articulação dele. No último dia 24, Jair Bolsonaro cumpriu sua primeira agenda na região Nordeste desde que assumiu o comando do país após um apelo do seu líder no Senado, a quem o presidente já chamou de “cabra da peste” - expressão popular nordestina usada para classificar pessoas valentes e corajosas.

“Fernando Bezerra Coelho tem esse perfil articulador que explica muito dessa participação dele em diferentes governos e momentos da história do país. Ele tem o perfil de ser esse político que tem essa visão de articulação, de construção de grupo político; inevitavelmente foi alguém que soube ter a visão estratégica de antever o que estava se avizinhando, em termos de mudança de comportamento eleitoral do Brasil”, considerou a cientista política Priscila Lapa ao analisar a postura do senador nos últimos anos.

De acordo com Lapa, FBC “conseguiu se conectar com esse sentimento de mudança e fez as articulações necessárias, pulando do barco do PT na hora correta, na hora que ele achou que o barco estava naufragando e automaticamente participando da construção desse grupo político que hoje está aí como a grande força política do país”.

Liderança x confiabilidade

A volatilidade e o pragmatismo de Fernando Bezerra Coelho são notórios. Nos bastidores da política ele já chegou a ser visto, por antigos pares, como alguém que “nasceu para ser governista”. Sua postura, contudo, pode ser de sucesso agora, mas na ótica da cientista política não há garantias de que isso se perdurará.

“Do ponto de vista de olhar a política como estratégia e possibilidade de negociação entre atores a postura dele é comum, mas quando a gente traz para a discussão outros elementos, sobre como o cidadão vê isso, as pessoas veem esse tipo de postura não como o normal da política, elas veem como traição a princípios e valores, um esvaziamento ideológico que sem dúvida existe”, argumentou Lapa.

“Se por um lado fortalece ele, que tem a facilidade de navegar nos diversos partidos e caminhos exatamente por essa isenção de uma agenda mais ideológica, por outro lado isso o fragiliza, o coloca em uma condição de ‘Maria vai com a as outras’, de que não tem fidelidade aos seus princípios políticos. Então para o momento atual representa uma fortaleza, mas isso lá na frente pode representar justamente a fraqueza. Ele acaba se tornando uma liderança reconhecida, mas pouco confiável”, acrescentou a estudiosa.

Impacto eleitoral

Apesar da incerteza futura - pulando do leque de alianças do PT, migrando para o MDB e agora defendendo Jair Bolsonaro - Fernando Bezerra Coelho tem pavimentado ainda mais o caminho para as disputas eleitorais de 2020 e 2022. Como líder do governo, ele tem facilitado o aporte de recursos federais em Petrolina, seu reduto eleitoral, e há uma expectativa positiva para a recondução do seu filho, Miguel, no comando da prefeitura da cidade sertaneja em 2020.

Já para 2022, se o governo Bolsonaro tiver sucesso, ele cacifa seu nome para finalmente concorrer ao Governo de Pernambuco, desejo que vem reprimindo desde 2014.

“Ele já desenhou isso para as eleições de 2018 aqui no âmbito do Estado, de ser um grupo alternativo, ele puxou o cordão de oposição ao PSB e do poder central em Pernambuco”, ponderou Priscila Lapa, ressaltando ainda que de todas as lideranças pernambucanas que ascenderam nos últimos anos no âmbito federal, Fernando Bezerra foi quem conseguiu se manter firme e com protagonismo.

A dúvida, entretanto, é se Fernando Bezerra Coelho, estando no MDB, vai conseguir levar para o campo de oposição ao PSB em Pernambuco nomes como os do senador Jarbas Vasconcelos e do deputado federal Raul Henry, caciques emedebistas no Estado e aliados de primeira hora do governador Paulo Câmara (PSB).

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Quem posou nas fotos bastante contente, durante o pontapé inicial da Arena Pernambuco, foi o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), que nas últimas semanas aparece dividido entre a defesa do governo federal (PT) e a candidatura majoritária do PSB ao Palácio do Planalto. O seu nome também tem sido ventilado como possível candidato ao governo de Pernambuco, caso migre para o PT, pois não teria espaço dentro da casa socialista.

Outras lideranças como o senador de Pernambuco, Armando Monteiro (PTB), um dos nomes cogitados a disputar o governo do estado em 2014 e deputado líder da bancada do Nordeste no congresso nacional, Pedro Eugênio (PT) marcaram presença no evento.

Um fato inusitado que chamou a atenção dos expectadores foi o senador Humberto Costa, candidato derrotado nas eleições municipais, assistindo o jogo dos operários ao lado de seu antigo adversário político, o prefeito do Recife Geraldo Julio (PSB).

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O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, participou na manhã desta quarta-feira (8), no Plenário da Câmara dos Deputados, de uma Comissão Geral para debater medidas para amenizar os impactos da seca no Nordeste. As ações estruturantes e os investimentos do Governo Federal para enfrentamento à estiagem foram apresentados pelo ministro aos parlamentares e especialistas no assunto.

“Eu acredito que com crédito, tecnologia, infraestrutura hídrica e apoio aos arranjos produtivos locais poderemos oferecer as condições para o semiárido nordestino crescer, se desenvolver e se tornar a solução para o desenvolvimento do Brasil”, disse o ministro. De acordo com Fernando Bezerra Coelho, somando os investimentos do PAC 1 e PAC 2, o Governo Federal está investindo mais de R$ 30 bilhões em obras para expandir a oferta de água semiárido. Outros R$ 10 bilhões já foram desembolsados em ações para minimizar os efeitos da seca. “Se continuarmos com políticas públicas dessa envergadura, em pouco tempo daremos a segurança hídrica para o semiárido”, afirmou.

Além do Projeto de Integração do Rio São Francisco (a maior obra de infraestrutura hídrica do país), o Governo Federal, em parceria com os governos estaduais, financia outros empreendimentos na intenção de solucionar os problemas ocasionados pela falta d’água na região do semiárido. “A segurança hídrica do Nordeste não se esgota com a transposição do Rio São Francisco. Ela é apenas o começo para aproximar as águas do São Francisco das áreas mais secas e necessitadas. Ela é a mãe de todo esse conjunto de obras já está sendo materializado”, pontuou o ministro.

Como exemplo das obras estruturantes, o ministro Fernando Bezerra citou para os parlamentares a Adutora do Algodão, na Bahia, que tirou o município de Guanambi de uma situação de colapso no abastecimento de água; e a Adutora do Pajeú, que evitou uma crise semelhante de escassez de água na cidade pernambucana de Serra Talhada.

 

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O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, participou na sexta-feira (26) e no sábado (27) de mais uma vistoria às obras de infraestrutura hídrica no semiárido nordestino. Desta vez, ele acompanhou o trabalho que vem sendo executado pelo Governo Federal no município pernambucano de Dormentes. Os barreiros de Poço do Boi e de Maxixeiro foram as obras fiscalizadas e fazem parte do conjunto de investimentos do Programa Água para Todos.

Durante a visita, o ministro destacou que o Governo Federal está trabalhando para que o Nordeste tenha uma infraestrutura hídrica capaz de suportar as mais severas estiagens, pois o quadro de seca tem sido recorrente na região. “Nos últimos 113 anos, por exemplo, tivemos 76 estiagens. Por isso, é tão importante investir em obras que vão garantir a distribuição da água de grandes reservatórios ou de pontos perenes até as pequenas comunidades”, ressaltou. 

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Na sexta-feira (26), Bezerra Coelho participou da vistoria à estação de bombeamento da adutora Cristália, localizada no Alto da Areia, em Petrolina. Com 53 km de extensão, o empreendimento vai captar água no Rio São Francisco e levar a 26 comunidades, em Petrolina, e também no município de Lagoa Grande.

Por meio do Programa Água para Todos, o Ministério da Integração Nacional, em convênio com o Governo de Pernambuco, já deu início à construção de 1,4 mil sistemas coletivos de abastecimento de água, no valor de R$ 192 milhões. Desses, 296 serão implantados em assentamentos indicados pelo Incra. Também em convênio com o estado, estão sendo implantados mais 440 barreiros, que vão totalizar repasses federais de R$ 18,9 milhões. 

Em Pernambuco, o Governo Federal também instalou mais de 24 mil cisternas, garantindo água em casa para 124 mil pessoas, um investimento de R$ 126 milhões.

Questionado sobre uma possível saída do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho do PSB para lançar uma candidatura ao senado ou ao governo de Pernambuco, o governador Eduardo Campos (PSB) respondeu que isso não passa de intrigas e fofocas. “A plantação de intrigas e maledicência é geral. Não me consta que exista esse tipo de debate”, rebateu.

O Também presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, defendeu que os socialistas não vão renunciar de se tornar um grande partido no país e que para isso não é necessário ‘destruir’ outras legendas, mas estar antenado com os anseios da sociedade. Segundo ele, nesse momento se faz necessário cuidar do Brasil, deixando para 2014, o debate eleitoral.

O governador que reforçou que o ‘time’ do PSB trabalha em outro fuso horário e que o partido não vai trabalhar com o ‘relógio’, nem entrar no jogo dos outras legendas adversárias. “Vamos fazer o jogo do Brasil e o jogo do PSB”, ressaltou.

Durante o desfile do galo da madrugada, no sábado (9) de Zé Pereira, o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, comentou que o PSB tem chamado a atenção de outras legendas e por ser um partido em crescimento recebe uma atenção diferenciada no plano nacional.

“Muitos outros partidos políticos querem saber o que o PSB pensa e faz, principalmente por sermos parceiros do governo federal e termos como presidente nacional o governador de Pernambuco, Eduardo Campos”, ressaltou Bezerra Coelho.

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A relação do PSB e PT, passa por uma análise, principalmente com a possível candidatura de Eduardo a presidente da República em 2014. Sobre esse assunto o ministro não quis se comprometer reforçando que a parceria com o Governo Federal continua. “A capacidade de articulação de Eduardo o colocar numa posição diferenciada na política nacional, ele é um quadro diferente dos demais” reforçou o ministro.        

O Ministério da Integração Nacional participa, de 28 a 30 de janeiro, do Encontro Nacional com Novos Prefeitos e Prefeitas, Municípios Fortes, Brasil Sustentável, que vai acontecer no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF). 

A presidenta da República, Dilma Rousseff, fará a abertura do evento, às 18h, da próxima segunda-feira (28), com a presença do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, e de outras pastas. Na quarta-feira (30), às 14h30, Fernando Bezerra Coelho vai proferir palestra sobre o tema “Prevenção, Monitoramento e Resposta a Desastres Naturais”.

Até o final do Encontro, 28 ministros de Estado participam da programação com palestras que abordam as principais ações e metas do Governo Federal. A Integração Nacional vai apresentar aos novos gestores municipais os programas que executa. “A participação dos municípios é muito importante para alcançar os objetivos desses programas”, afirma Fernando Bezerra Coelho, destacando os programas voltados para a oferta de água.

O ministro da Integração Nacional, Fernado Bezerra Coelho, durante reunião, em Brasília, nesta quarta-feira (23) com o presidente da Compesa, Roberto Tavares, declarou que serão repassados em fevereiro, cerca de R$ 10 milhões para as obras de esgotamento sanitário em Petrolina. Além de viabilizar recursos para a implantação de uma adutora em Vitória de Santo Antão.

O ministro também garantiu que vai aumentar o repasse de recursos para o sistema de esgoto de Afogados da Ingazeira, no Sertão. O valor repassado vai chegar a R$ 34 milhões, cobrindo 100% do investimento previsto.

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Durante a reunião Roberto Tavares garantiu o repasse de recursos federais para as obras em andamento e a adoção de novos projetos, como o Ramal do Agreste, um braço da Transposição do Rio São Francisco, que será executada pela Compesa.

Segundo Tavares, a Compesa e o Ministério da Integração Nacional adotaram um calendário de reuniões para viabilizar o lançamento, em março, do edital de licitação do Ramal do Agreste, uma obra orçada em R$ 1,3 bilhão. “A primeira reunião será no Recife na próxima quinta-feira (31/01) e, após o carnaval, toda a diretoria do Ministério virá a Pernambuco para a apresentação do projeto e visita ao traçado”, destacou.

Previsto para trazer água do Eixo Leste da transposição do Rio São Francisco aos municípios do Vale do Rio Ipojuca, no Agreste pernambucano, o Ramal do Agreste seria construído pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), mas foi repassado pelo Ministério da Integração Nacional para a Compesa. 

A conclusão dessa obra é vital para a implantação da Adutora do Agreste, que está em fase de licitação e vai levar água do São Francisco para 68 municípios.

O ministro da Integração nacional, Fernando Bezerra Coelho, ao participar de uma reunião, nesta terça-feira (11) com a Comissão Externa para Acompanhar os Programas de Transposição e Revitalização do Rio São Francisco no Senado Federal, contou que as obras ficarão prontas em 2015. “Numa obra como essa surgem imprevistos, mas estamos a caminho de alcançarmos velocidade de cruzeiro para a conclusão da obra até 2015”, ressaltou Bezerra. Também participaram da reunião representantes do Ministério da Defesa e do Ministério do Planejamento.

Já o senador e relator da comissão, Humberto Costa (PT) afirmou que se as novas licitações ocorrerem sem maiores percalços, a obra será concluída parte significativa em 2014. “Estou certo que, nós do Senado, daremos uma contribuição importante para que, aquilo que está travado, vá adiante”, comentou o senador.

Segundo dados do Ministério da Integração Nacional, em julho de 2012, perto de 9 mil operários trabalhavam nos canteiros de obras do Projeto São Francisco. Hoje, esse número beira os 4 mil empregados, inclusive devido à suspensão completa da construção de trechos de canais e estações bombeadoras. “Acredito que, num novo auge, os trabalhadores cheguem a, no máximo, 7 mil homens”, contou Bezerra.

Nesta quarta-feira (12), os participantes da comissão se reuniram novamente, desta vez com representantes da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União. Técnicos das duas instituições mostraram aos senadores as conclusões dos trabalhos de acompanhamento da obra, conforme plano de trabalho apresentado por Humberto Costa.

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