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O brasileiro Filipe Toledo conquistou, neste sábado (9), o bicampeonato da Liga Mundial de Surfe (WSL, pela sigla em inglês). Paulista de Ubatuba, o surfista de 28 anos venceu a etapa final do circuito (WSL Finals), disputada em Lower Trestles, nos Estados Unidos. Na decisão, ele superou o australiano Ethan Ewing duas vezes, em uma melhor de três baterias.

A conquista de Filipinho, como é conhecido, mantém a hegemonia do Brasil no principal circuito de surfe do planeta. De 2014 para cá, quando o também paulista Gabriel Medina foi campeão mundial pela primeira vez, o país esteve sete vezes no topo em nove disputas. As exceções foram em 2016 e 2017. Desde 2018, o título fica com um brasileiro.

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Medina segue como surfista do país com mais títulos mundiais, com três conquistas. Além dele e de Filipinho, Adriano de Souza (Mineirinho) e Ítalo Ferreira também foram campeões.

O WSL Finals reuniu os cinco melhores surfistas da temporada. Entre eles, dois brasileiros: Filipinho e o carioca João Chianca, o Chumbinho. Como chegou à Lower Trestles na liderança, o paulista não precisou disputar as baterias preliminares e foi direto para a final.

Chumbinho estreou derrotando o australiano Jack Robinson. Na soma das duas melhores notas que obteve na bateria, ele fez 15.33 pontos (8.33 e 7.00), contra 11.87 (6.00 e 5.87) do adversário. O carioca, porém, não resistiu a Ewing, que conseguiu notas 8.60 e 9.00 logo nas primeiras ondas e garantiu 17.60 de pontuação, ante 14.57 (6.67 e 7.90) do brasileiro. Chumbinho terminou a temporada em quarto lugar. Na sequência, Ewing alcançou um somatório de 17.10 (8.93 e 8.17) e deixou para trás o norte-americano Griffin Colapinto, que obteve 15.96 (8.23 e 7.73), avançando à decisão.

Na primeira bateria da final, Filipinho e Ewing travaram uma disputa equilibrada, com notas elevadas. Com duas manobras aéreas perfeitas, o brasileiro conseguiu um 9.00 e um 8.97, com 17.97 de somatória, um pouco superior aos 17.23 (8.73 e 8.50) do australiano, mas o suficiente para sair na frente no confronto.

A falta de ondas dificultou a vida dos surfistas, que levaram quase 20 minutos para começar a pontuar na bateria seguinte. Mesmo assim, Filipinho mostrou criatividade para buscar um 7.50 e colocar pressão em Ewing. O paulista também obteve um 6.77. O australiano até conseguiu a melhor pontuação da bateria (7.67), mas como a segunda melhor nota foi baixa (4.70), a somatória (12.37) ficou longe do paulista (14.27), que pôde, enfim, celebrar o título.

No feminino, o título do WSL Finals ficou com Caroline Marks. A norte-americana superou a havaiana Carissa Moore, pentacampeã mundial, para vencer o circuito pela primeira vez. A gaúcha Tatiana Weston-Webb, única representante do país na elite do surfe atualmente, finalizou a temporada na oitava posição.

Olimpíada

Em 2024, além de buscar o tricampeonato, Filipinho será um dos representantes do Brasil na Olimpíada. Apesar de o evento ser em Paris, na França, a modalidade será disputada em Teahupo'o, no Taiti. Além dele, Chumbinho também está classificado entre os homens. Há possibilidade de uma terceira vaga se o país for campeão por equipes no Campeonato Mundial da Associação Internacional de Surfe (ISA, pela sigla em inglês), no fim de fevereiro. Nesse caso, ela ficaria com Gabriel Medina, como terceiro melhor brasileiro na temporada da WSL.

Entre as mulheres, Tatiana Weston-Webb já tem lugar assegurado nos jogos. Assim como no masculino, o Brasil pode ganhar uma segunda vaga na disputa feminina se for campeão por equipes no Mundial da ISA, que será destinada a melhor surfista do país que ainda não estiver classificada. Luana Silva - que é nascida no Havaí, mas filha de pais brasileiros - pode ficar com esse lugar extra em Paris 2024.

Filipe Toledo está muito próximo de se tornar bicampeão mundial de surfe. O brasileiro confirmou o primeiro lugar na Liga Mundial de Surfe (WSL) ao classificar de forma direta às oitavas de final da etapa de Teahupoo, no Taiti, nesta sexta-feira. Com isso, ele garantiu a lycra amarela para Trestles. Ou seja, irá estrear no Final do Circuito Mundial só na decisão.

O feito foi conquistado após o brasileiro superar o australiano Liam O’Brien e o taitiano Matai Drolle. "Sabia que precisava vencer minha bateria para assegurar o primeiro lugar no WSL Finals. Estou muito feliz de ter conseguido e amarradão para seguir em frente", disse Filipinho.

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Quem também teve atuação de gala foi Gabriel Medina. Sexto do ranking da WSL, o tricampeão mundial cravou a melhor parcial do dia entre os brasileiros. Ele tirou impressionantes 16.10 dos juízes, deixando para trás os americanos Seth Moniz e Barron Mamiya. O primeiro ainda fez 12.50.

Yago Dora, uma das gratas surpresas da temporada, também venceu sua bateria e mandou ninguém menos do que Kelly Slater para a repescagem. Eles fizeram uma disputa dura, mas o brasileiro, número 5 do ranking, levou a melhor ao somar 10,50. O australiano Ian Gentil tirou duas notas baixas e foi um mero coadjuvante.

Já João Chianca, quarto do ranking, não teve a mesma sorte que seus compatriotas e acabou ficando em segundo em uma disputa com o francês Kauli Vaast e o sul-africano Jordy Smith, que teve a nota mais alta da bateria.

Caio Ibelli, por sua vez, acabou ficando em último na disputa com o francês Mihamana Braye e o americano Griffin Colapinto, terceiro colocado do ranking, que também terá que disputar a repescagem.

TATIANA AVANÇA NO FEMININO

Tatiana Weston-Webb conseguiu a classificação às quartas de final de Teahupoo. A surfista, já classificada para Paris-2024, liderou a bateria que contava também com a americana Carissa Moore e a francesa Allan Vaast.

Apesar do resultado, Tatiana já não tem mais chances de disputar o Finals. Além de ser campeã no Taiti, precisava torcer contra Caitlin Simmers. A americana venceu a primeira rodada e frustrou os planos da brasileira.

A chamada deste sábado para a Etapa do Rio de Janeiro do Circuito Mundial de Surfe foi cancelada por falta de ondas na Praia de Itaúna, em Saquarema. Apesar do sol e do bom público, o swell que vinha acontecendo no local não se manteve para o fim de semana. O evento foi interrompido durante a repescagem feminina e haverá uma nova chamada neste domingo, com chances de haver mais um lay day (dia sem competição).

A previsão de ondas aponta que o evento poderá ser adiado novamente nos próximos dias, com competições apenas no meio da semana. A competição havia sido pausada entre as baterias 2 e 3 da repescagem feminina, na tarde de sexta-feira. A brasileira Silvana Lima foi eliminada na repescagem, enquanto a bateria de Tatiana Weston-Webb ainda está para acontecer.

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O primeiro dia de competições em Saquarema foi repleto de baterias. Os brasileiros Yago Dora, Filipe Toledo, Ìtalo Ferreira e João Chianca avançaram às oitavas de final, enquanto Caio Ibelli, Gabriel Medina, Samuel Pupo e Jadson André disputarão as repescagens.

A surfista americana Sara Taylor foi agredida por um brasileiro enquanto surfava em Bali, na Indonésia. Em vídeo divulgado em suas redes sociais na última quarta-feira, a surfista mostra o momento em que levou um soco de João Paulo Azevedo, conhecido como JP Azevedo, porque a americana teria cortado seu amigo quando esse tentou pegar uma onda. Filipe Toledo comenta em publicação da americana, em solidariedade, o absurdo do ocorrido.

"Depois de pegar minha primeira onda, o amigo do cara (que ela cortou) me deu um soco na cabeça e, depois de ser confrontado por ter me batido, ele atacou Charlie (seu amigo) na praia por filmá-lo. Isso é insano, alguém sabe quem são (esses cara)?", perguntou Sara Taylor na legenda do vídeo da agressão.

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O surfista que desferiu o soco na americana foi identificado como sendo João Paulo Azevedo, atleta capixaba que vive em Bali desde 2019. Segundo o jornal A Gazeta, o brasileiro explicou o que motivou o ocorrido e disse ter se confundido e "achado que ela era um homem".

"Não sei como a confusão começou, de fato. A vi empurrando meu amigo, achei que era um homem e fui defender. Depois que bati, eu vi que ela estava usando sutiã, pedi desculpas e ela não aceitou. Quando estávamos no solo, ela foi ao meu carro, pegou minha prancha e começou a quebrar. A partir daí, eu só me defendi", respondeu.

Atual campeão mundial do Circuito Mundial de Surfe, a WSL, Filipe Toledo comentou na publicação de Sara Taylor, prestando solidariedade para a americana. "Lamento que isso aconteça com vocês! Espero que vocês estejam bem! Não se estresse com pessoas com esse tipo de energia! Eles não duram muito, a vida vai voltar para eles! Mas, se pudermos fazer o que for para encontrá-los, faremos! Deus abençoe e fique segura", desejou o campeão mundial.

Em nota, uma marca que patrocinava João Paulo Azevedo divulgou que finalizou a parceria com o atleta após tomar conhecimento sobre o que ocorreu em Bali com Sara Taylor. "Repudiamos toda e qualquer tipo de violência sendo ela principalmente contra as mulheres", publicou a marca em suas redes sociais na manhã desta quinta-feira.

No próximo dia 29 começa a temporada 2022 da WSL, a Liga Mundial de Surfe. E com ela, o atual segundo colocado do ranking mundial, o brasileiro Filipe Toledo, promete vir ainda mais forte esse ano. A primeira etapa acontece na praia de Pipeline, no Havaí. Para essa nova edição, a organização do campeonato trouxe algumas novidades.

Depois de um 2021 fantástico, terminando o ano na segunda colocação do ranking mundial, o brasileiro, um dos candidatos ao título nessa temporada, falou sobre as expectativas para 2022. "As expectativas são as melhores, estou me sentindo bem, estou com o apoio dos melhores, minha equipe, meus patrocinadores. Pretendo começar o ano com o pé direito e bons resultados para chegar ao Top 5 novamente", afirmou Filipe.

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Fora das competições, o ano também foi espetacular para o surfista brasileiro. Em 2021, ele promoveu o Filipe Toledo Kid’s on fire, um circuito voltado para as categorias de base do surfe, em Ubatuba (SP), com duas etapas, uma em setembro e outra em dezembro. Além disso, o vice-campeão mundial também lançou um curta-metragem, gravado após uma etapa da WSL no México, na região de Salinas Cruz.

Para repetir a receita do sucesso no ano anterior e alçar voos ainda maiores nesta temporada, o surfista disse qual foi o ponto chave para a sua evolução no esporte e o que pretende manter para alcançar os seus objetivos. "Eu acho que a minha naturalidade, minha forma leve de levar as coisas e saber dividir o que me faz mal e o que não vai me fazer mal. Eu consegui fazer isso muito bem ano passado e acredito que esse ano eu também vou conseguir. Estou muito bem, tem tudo para ser mais um ano incrível", explicou.

Com algumas mudanças no calendário e no formato, feita pelos organizadores, a disputa pelo título pode ficar ainda mais acirrada. Pela primeira vez, homens e mulheres terão o mesmo calendário, além de um corte entre os surfistas no meio da temporada. Depois da conclusão da quinta etapa, o campeonato masculino terá uma redução de 36 para 24 surfistas. Os eliminados vão disputar uma divisão de acesso à elite, com oito etapas, que vai se chamar "Challenger Series".

A World Surf League terá 10 etapas em sete países diferentes em 2022, com as finais previstas para acontecer em setembro.

Nas últimas seis edições do Circuito Mundial de Surfe o Brasil conquistou quatro títulos. E se não der nenhuma zebra, o País tem tudo para ganhar o penta no masculino, só não se sabe com qual atleta: Gabriel Medina, Italo Ferreira ou Filipe Toledo. No feminino, Tatiana Weston-Webb tenta uma vitória inédita.

A janela de disputa do Rip Curl WSL Finals começa nesta quinta-feira  (9) e vai até o dia 17. Os organizadores vão escolher o melhor momento baseado na previsão das ondas para realizar as baterias em um único dia. O evento será transmitido ao vivo pelo WorldSurfLeague.com e pelo YouTube e aplicativo da World Surf League e pelos canais da ESPN Brasil.

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Batizado de WSL Finals, a decisão do circuito mudou de formato nesta temporada. A última etapa não é mais no Havaí, onde ocorria o tradicional Pipe Masters, nem o campeão será decidido no sistema de "pontos corridos". Desta vez, a WSL (Liga Mundial de Surfe) optou por fazer um evento em dia único com cinco surfistas de cada gênero mais bem colocados no ranking mundial.

O local escolhido foi Trestles, na Califórnia, que possui ondas para os dois lados e possibilita uma variedade de manobras. E o formato também é inédito. O quinto do ranking, o australiano Morgan Cibilic, encara Conner Coffin, dos Estados Unidos, em bateria decisiva. Quem passar pega Filipinho, terceiro do ranking. O vencedor deste duelo disputa com Italo uma vaga na final. Quem passar pega Medina na decisão em uma melhor de três baterias. Ou seja, a chance de dar um surfista do Brasil no masculino é enorme.

"Acho que tanto faz quem chegará para disputar a final comigo. Acho que será uma decisão brasileira, pelos resultados e constância na temporada, e como sempre vai ser difícil. Eu me preparei da melhor maneira possível e a expectativa de altas ondas me deixa confiante. Que vença o melhor", afirma Gabriel Medina, que é bicampeão mundial e busca seu terceiro troféu. "O Brasil está vivendo um grande momento no surfe, eu aprendo e evoluo com esses caras, e inspiro também. É uma troca boa", continua.

Ele fez uma temporada excelente no circuito, chegando em cinco finais nas sete etapas. Teve uma pontuação bastante alta que, se fosse em outros anos, na disputa em outro formato, chegaria ao último evento como campeão antecipado. Mas agora vai precisar lidar com o favoritismo de um ano ótimo contra rivais que conhece desde pequeno e que sempre disputou baterias.

Um dos atletas que pode atrapalhar o sonho do tricampeonato é Italo Ferreira, atual campeão mundial (em 2019, pois no ano passado a competição não ocorreu por causa da pandemia da covid-19) e que recentemente conquistou o ouro olímpico nos Jogos de Tóquio. "Finalizar essa temporada com mais um título mundial seria o ano perfeito. Tenho me dedicado muito, a oportunidade está aí e quero agarrar", avisa.

Ele também elogia seus adversários e enaltece o ótimo momento do País na modalidade. "Um puxa o nível do outro e isso é legal, eleva o nível do surfe para outro patamar. A gente se respeita bastante e para quem admira o esporte isso é um espetáculo. São caras que eu admiro muito, mas quando entro na água quero fazer o melhor porque é um esporte individual", continua.

Dos três, Filipe Toledo foi o único que não esteve na Olimpíada e também não tem título mundial. Mas o atleta tem um trunfo importante para essa disputa: vai surfar praticamente no "quintal" de sua casa. Ele mora em San Clemente, na Califórnia, a 10 minutos da praia de Trestles. Além da proximidade, conhece o local como poucos.

"Para mim será um evento diferente, mais tranquilo. Como moro muito perto, vou dormir em casa com minha mulher e meus filhos. Vou poder comer bem, com mamãe fazendo o almoço, e as preocupações diminuem. Então acaba sendo algo mais leve e divertido, e mesmo sendo uma disputa de título mundial, estou confortável", revela.

A temporada de 2021 do Circuito Mundial de Surfe começou. Depois de quase um ano de paralisação por conta da pandemia do novo coronavírus, que provocou o cancelamento do campeonato de 2020, os surfistas caíram na água na quarta-feira (9) para a disputa da primeira fase da etapa de Pipeline, no Havaí. Dos 11 brasileiros na disputa, oito passaram direto à terceira fase - entre eles os campeões mundiais Italo Ferreira e Gabriel Medina - e outros três, incluindo Adriano de Souza, o Mineirinho, foram para a repescagem.

Um ano após se consagrar em Pipeline, Italo iniciou a defesa do título da etapa e do Mundial contra o sul-africano Matthew McGillivray e o peruano Miguel Tudela. Mesmo com ondas pequenas, o brasileiro passou em primeiro. "Foi um ano longo para todos, mas aproveitei minha família e tive tempo para treinar e surfar muito. Foi uma bateria muito difícil. Estava grande ontem (terça-feira) e hoje (quarta) estava diferente. Tive que fazer aéreos porque Pipeline estava diferente. Mas estou feliz de ter passado e estar competindo de novo", comemorou.

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No sufoco, em uma bateria com emoção até o último segundo, Medina e Mineirinho decidiram a segunda posição na última série - o havaiano Josh Moniz passou em primeiro. Medina precisava de menos de 1 ponto para virar e pegou uma onda pequena. Acertou a primeira manobra, mas caiu na segunda. Mesmo assim, o bicampeão mundial virou sobre o compatriota por 5,60 a 5,57 no somatório.

Na outras baterias, Yago Dora, Filipe Toledo e Caio Ibelli garantiram três vitórias brasileiras, enquanto que Jadson André, Deivid Silva e Miguel Pupo se classificaram em segundo. Já Peterson Crisanto e Alex Ribeiro ficaram em terceiro em suas baterias e também vão ter que passar pela repescagem.

Nesta fase, os dois melhores de cada bateria seguirão vivos na etapa de Pipeline. Entre os 12 surfistas que disputam a repescagem, dois já venceram a competição no Havaí: o campeão mundial Adriano de Souza e o australiano Julian Wilson.

Emoção não faltou na tarde deste sábado para o surfista Weslley Dantas durante o Oi Hang Loose Pro Contest. Ele superou o favorito Filipe Toledo e avançou à semifinal da competição disputada em Fernando de Noronha.

"Hoje foi o meu dia de sorte. Passei contra o Filipinho, ele é um cara difícil. Eu montei a minha estratégia e graças a Deus deu certo dentro da água", disse Weslley em entrevista ao Estado. "Eu sei que estou fazendo um bom trabalho porque eliminei um dos melhores surfistas do mundo". A sua pontuação média foi de 10,23 e o quarto colocado do ranking mundial no ano passado garantiu apenas 8,47.

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E as emoções não param por aí. Agora, Weslley vai encarar o seu irmão, Wiggolly Dantas, que superou o havaiano Ian Gentil ao somar 11,43 contra 11,23 e é o atual líder da divisão de acesso do Circuito Mundial. "Independente de ser o meu irmão, eu vou jogar duro. Não tem essa de ser irmão, temos rivalidade desde criança e quem tiver a melhor estratégia vai vencer. Vou ir para cima", afirma.

"Estou bem confiante para a semifinal. Vou colocar a melhor estratégia dentro da água.Já competimos juntos na temporada passada e depois que piso dentro da água acabou a irmandade", complementa Weslley.

A outra disputa de olho no troféu será formada pelo brasileiro Jadson André e o marroquino Ramzi Boukhiam. As semifinais da competição serão realizadas no domingo a partir das 09h de Fernando de Noronha e 08h do horário de Brasília.

"Nós misturamos o surfe com a música e essa parceria não tem como dar errado", contou a atriz Ananda Marçal, mulher de Filipe Toledo. Ela sonha em seguir carreira como cantora e tem como principal incentivador o surfista, que se arrisca aprendendo a tocar instrumentos musicais para acompanhar a parceira.

O casal tem dois filhos, Mahina, de 4 anos, e Koa, de 2. A música faz parte da família que vive a rotina do esporte com a carreira de Filipinho. Nas redes sociais, eles aparecem com frequência em vídeos e atraem milhares de fãs.

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Em entrevista ao Estado, Filipinho conta que Ananda é muito crítica e convencê-la a publicar as imagens é uma árdua tarefa. "Sempre quando gravamos vídeos ela diz 'não ficou legal esse' e demora muito para publicar. Eu já chego falando que precisa divulgar nas redes sociais. Quando colocamos lá, diversas pessoas elogiam a voz dela e eu questiono: está vendo?'"

Já Ananda, que fez parcerias informais com a cantora Mari Azevedo, namorada do atual campeão mundial Italo Ferreira, confirma ser "extremamente crítica" e diz que o retorno nas redes sociais fez ela tentar colocar a timidez de lado.

"Há dois anos eu comecei a postar os vídeos no meu Instagram e o Filipe adora. Eu vi que ele gosta desse lado da música. Nós começamos a aprender a tocar alguns instrumentos e o ukulele era algo fácil de se aprender. Depois disso o Filipe ficou pedindo e eu ensinei ele a tocar", contou Ananda. "Muitas vezes eu tenho dificuldade de cantar e tocar ao mesmo tempo, então ele me acompanha e fazemos vídeos super fofos".

Se no universo musical é Filipinho quem incentiva Ananda, no esporte é ela quem faz o papel de torcer para o sucesso do surfista. "Ela é uma grande peça nesse quebra-cabeça que faz eu ter bons resultados", disse.

PARCERIA NO SURFE - Filipinho é o atleta principal do Oi Hang Loose Pro Contest, a etapa de Fernando de Noronha da divisão de acesso. A competição também serve como um período de férias para o casal e traz boas memórias para a família Toledo.

"Noronha foi uma surpresa para nós dois. Surgiu o convite para o Filipe participar do campeonato e ficamos super animados porque a última vez que viemos aqui foi em 2015". Naquele ano, Ananda engravidou de Mahina, a filha mais velha, durante a viagem à ilha em janeiro.

Ananda costuma acompanhar o surfista em suas competições pelo mundo e diz que ter alguém da família por perto pode ajudar o vencedor de uma etapa do Circuito Mundial na última temporada. "Acho que ele se sente mais relaxado e menos preocupado quando tem alguém do lado. Nós somos casados, mas temos uma relação de amigos também. Ele se sente mais à vontade quando estou aqui".

Na torcida, Ananda costuma ficar nervosa esperando os resultados do surfista. "Eu amo estar com ele, fico realmente nervosa. É muito maluco porque eu tenho a sensação de que em cada bateria que ele passa é um sucesso para mim", explicou. "É como se eu conquistasse aquilo com ele. Então ele sonha com o Mundial e se sente realizado até passando bateria de um QS (a divisão de acesso) e isso é algo que me deixa muito realizada porque eu sei que é o que ele ama fazer".

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Filipe Toledo é o novo líder do Circuito Mundial de Surfe e vai vestir a lycra amarela na etapa no Surf Ranch, a piscina de ondas de Kelly Slater. O brasileiro poderia ter perdido o primeiro lugar caso Gabriel Medina vencesse a etapa do Taiti, mas o bicampeão mundial foi vice, atrás do australiano Owen Wright, e Filipinho vai para o próximo evento como primeiro colocado.

"Não foi um resultado bom, mas no final deu tudo certo. É gratificante poder chegar na piscina com a lycra amarela e como número um do mundo. Esse ano tem sido de muitas mudanças, com atletas diferentes ganhando, tudo um pouco embolado. Mas eu consegui ficar bem perto da primeira colocação depois do Rio e no Taiti, que é sempre um desafio, consegui sair como líder do ranking", festejou Filipinho.

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A disputa do título mundial promete ser emocionante nas próximas etapas. Filipinho lidera, mas tem o sul-africano Jordy Smith e o norte-americano Kolohe Andino colados. Na quarta posição vem o próprio Medina, com menos de 2 mil pontos de diferença para Filipinho. E no evento em Lemoore, na Califórnia, na piscina de ondas de Slater, os dois brasileiros fizeram a final no ano passado. Ou seja, chegarão como favoritos nesta temporada.

Para Filipinho, usar a lycra amarela de líder do Circuito Mundial de Surfe dá uma motivação a mais para a disputa. "Isso dá uma confiança muito grande para poder chegar na piscina, que tem uma onda que eu gosto e me sinto bem à vontade. Vou poder fazer meu trabalho da melhor forma, com alegria, confiante e tentar manter essa amarelinha para nós até o fim do ano", avisou.

Nessa reta final, Filipinho terá um grande adversário e amigo pela frente. Medina costuma ter ótimos resultados em todas as etapas que restam: Surf Ranch, na Califórnia, em Hossegor, na França, em Peniche, em Portugal, e em Pipeline, no Havaí. Pelo grande momento dos atletas, é de se imaginar que o título tem boas chances de mais uma vez ser do Brasil.

Além da disputa do título, os competidores da elite estão envolvidos na corrida olímpica para os Jogos de Tóquio-2020. No masculino, os dez atletas mais bem colocados no final do ano (oito no feminino), com um limite de dois por país, vão carimbar seu passaporte para o Japão. No momento, três brasileiros estão brigando por duas vagas: Filipinho, Medina e Italo Ferreira, que está em sexto no ranking mundial.

Entre os dias 7 e 15 de setembro, muitos atletas da elite, no masculino e no feminino, vão competir no Isa Games que será disputado em Miyazaki, no Japão. O evento é obrigatório para que os atletas estejam elegíveis para os Jogos Olímpicos. Entre as estrelas estarão Medina, Filipinho, Kelly Slater, Carissa Moore e Stephanie Gilmore, entre outros.

Depois de dois dias de pausa, a etapa de Jeffreys Bay, na África do Sul, do Circuito Mundial de Surfe foi retomada com a realização da terceira fase neste sábado. E dos dez brasileiros presentes, seis avançaram às oitavas de final: Filipe Toledo, que busca o tricampeonato do evento, o bicampeão mundial Gabriel Medina, Italo Ferreira, Deivid Silva, Willian Cardoso e Peterson Crisanto. Já Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima perderam no sábado e deixaram a disputa feminina.

No terceiro duelo do dia, Medina somou 15,00 pontos contra 10,00 do norte-americano Griffin Colapinto. Seu rival nas oitavas de final vai ser o australiano Ryan Callinan, que bateu Yago Dora na quarta bateria por 13,10 a 11,33 pontos.

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Logo na sequência, Adriano de Souza perdeu para o norte-americano Kolohe Andino, o vice-líder do ranking e que assumirá a ponta, que está com lesionado havaiano John John Florence, se conquistar mais um triunfo na África do Sul. E ele vai ser o próximo oponente de Deivid Silva, que superou o francês Jeremy Flores por 13,43 a 11,70.

Filipinho avançou de fase ao passar pelo sul-africano Michael February, o convidado desta etapa, por 14,77 a 10,40 pontos. Agora, terá pela frete Willian Cardoso, que venceu o também brasileiro Michael Rodrigues. Peterson Crisanto encarou outro novato e passou por Seth Moniz, do Havaí. Nas oitavas, seu rival será o japonês Kanoa Igarashi.

Já Caio Ibelli perdeu para o 11 vezes campeão mundial Kelly Slater, que será o adversário nas oitavas de final de Italo Ferreira, que derrotou o australiano Jack Freestone.

O brasileiro Filipe Toledo venceu, neste domingo (23), a etapa do Rio do Circuito Mundial de Surfe, em Saquarema, a quinta da temporada, ao bater na final o sul-africano Jordy Smith, por 18,04 a 8,46. Sua melhor onda, essencial para o título, valeu uma nota de 9,37.

O surfista, de 24 anos, conquistou o bicampeonato da etapa carioca, repetindo o feito do ano passado. Em 2015, Filipinho também foi o vencedor, mas o evento foi na Barra da Tijuca.

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Vice-campeão em Bells Beach, na Austrália, Filipinho conquistou seu primeiro título na temporada e pulou para a terceira posição do ranking mundial, atrás norte-americano Kolohe Andino e do havaiano John John Florence, que abandonou nas quartas de final em Saquarema por causa de uma lesão.

O bicampeão mundial Gabriel Medina ficou em quinto lugar, ao ser eliminado nas quartas de final pelo norte-americano Kolohe Andino. Filipinho e Medina foram os únicos brasileiros em ação neste domingo na praia de Saquarema.

Além de Smith na decisão, Filipinho superou o português e o havaiano Sebastian Zietz no primeiro round; o compatriota Adriano de Souza, no round 3; o supercampeão norte-americano Kelly Slater, nas oitavas; o japonês Kanoa Igarashi nas quartas; e o português Frederico Morais, na semifinal.

No feminino, a vitória ficou com a australiana Sally Fitzgibbons, que superou a havaiana Carissa Moore por 14.64 a 12.57 na final. As brasileiras Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb foram eliminadas nas quartas de final.

Dois dos principais surfistas brasileiros no Circuito Mundial, os paulistas Gabriel Medina e Filipe Toledo seguem vivos na disputa da etapa do Rio, a quinta da temporada de 2019, disputada na praia da Barrinha, em Saquarema (RJ), e estão nas quartas de final. Neste sábado, pelas oitavas, o bicampeão mundial passou pelo taitiano Michel Bourez e Filipinho teve uma vitória emocionante contra o norte-americano Kelly Slater.

Com um aéreo e um tubo, Filipinho levou a melhor no esperado duelo contra o 11 vezes campeão do mundo. Atual campeão em Saquarema, o brasileiro venceu Slater por 17,84 a 14,83 no somatório das duas melhores ondas de cada um. Na luta pelo bi no Rio, o sexto colocado da temporada vai encarar agora o japonês Kanoa Igarashi, que em sua bateria bateu o francês Joan Duru.

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Filipinho havia perdido os dois últimos duelos contra Slater - em Pipeline, no ano passado, e em Bali, neste ano -, mas desta vez o brasileiro mostrou mais eficiência em uma praia que conhece bem. Logo no início, conseguiu um 9,17 em um aéreo. O norte-americano respondeu com um tubo de 9,50 pontos, mas no final o brasileiro ganhou com um 8,67 em outro tubo.

Com muito mais tranquilidade que Filipinho, Medina passou por Bourez. O bicampeão mundial controlou quase toda a bateria contra o taitiano e venceu por 14,43 a 9,27. Caso os dois brasileiros ganhem mais duas baterias cada, eles poderão fazer uma final nacional em Saquarema. Neste domingo, as quartas de final serão contra o norte-americano Kolohe Andino, que eliminou Deivid Silva por 14,07 a 11,53.

Além de Deivid, outros dois brasileiros caíram nas oitavas de final. Jessé Mendes perdeu para o australiano Julian Wilson por 14,00 a 13,60 e Michael Rodrigues foi eliminado pelo português Frederico Morais por 12,83 a 7,43. Líder da temporada, o havaiano John John Florence ganhou do australiano Wade Carmichael, mas machucou o joelho e pode ter de desistir da etapa.

No feminino, Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb também se classificaram às quartas de final. A paulista enfrentará a australiana Keely Andrew e a norte-americana naturalizada duelará contra a havaiana Carissa Moore.

O surfe brasileiro terá cinco representantes nas oitavas de final da etapa do Rio do Circuito Mundial. Nesta sexta-feira, em Saquarema, Gabriel Medina, Filipe Toledo, Michael Rodrigues, Jessé Mendes e Deivid Silva foram os representantes que permaneceram na briga pelo título.

Na última bateria do dia, Medina conseguiu notas 5,67 e 7,33 logo no começo da disputa, chegando a um somatório de 13,00. Ele ainda utilizou a prioridade na onda final para evitar a reação de Jadson André, que terminou a disputa com 10,90. Assim, avançou às oitavas, quando terá pela frente o francês Michel Bourez, que passou por Caio Ibelli por 11,44 a 6,10 na terceira fase.

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"Estou feliz por ter ganhado a bateria, mas foi uma pena ter sido contra o Jadson (André), que é um surfista que eu admiro muito", disse Gabriel Medina. "Ele é muito guerreiro e, por ser um pouco mais velho do que eu, lembro de assistir ele tirando várias notas 10 e vencendo o (Kelly) Slater (na final do CT de Imbituba em 2010). O mar estava um pouco difícil hoje e no final tive que usar a estratégia para garantir a vitória."

Em outro duelo brasileiro na terceira fase em Saquarema, Filipinho superou Adriano de Souza, o Mineirinho, por 14,26 a 10,27, e terá pela frente o norte-americano Kelly Slater nas oitavas de final. Já Michael Rodrigues passou por Willian Cardoso por 12,06 a 6,20 e medirá forças com o português Frederico Morais, que eliminou Italo Ferreira (13,27 a 7,13).

"Eu tentei um aéreo muito alto no início e acho que teria completado se a prancha não tivesse quebrado. Depois eu consegui achar boas ondas para vencer e quero parabenizar o Adriano (de Souza), porque é sempre um prazer surfar com ele. Como somos os únicos que vencemos aqui em Saquarema, foi, sem dúvida, a bateria que me senti mais nervoso esse ano, porque ele é sempre muito perigoso", disse Filipinho.

Numa disputa bem acirrada, Jessé Mendes superou o norte-americano Conner Coffin por 11,60 a 11,10 e vai encarar o australiano Julian Wilson nas oitavas de final. Deivid Silva derrotou o havaiano Seth Moniz por 14,83 a 8,33 e se encontrará com o norte-americano Kolohe Andino na próxima fase.

Além disso, Krystian Kymerson, único brasileiro que havia avançado na repescagem, caiu para o havaiano John John Florence (11,83 a 9,24). E Yago Dora foi superado pelo australiano Wade Carmichael (12,37 a 11,40) na terceira fase do evento do Rio.

FEMININO - Na disputa feminina, só foram realizadas as baterias da repescagem nesta sexta-feira em Saquarema. E Taina Hinckel, de apenas 16 anos, avançou, se garantindo nas oitavas de final e se juntando a Silvana Lina e Tatiana Weston-Webb.

O país do futebol será do surfe a partir deste sábado, quando será dada a largada para a etapa de Pipeline, a última do Circuito Mundial de Surfe e que definirá o campeão da temporada. A chamada está prevista para as 16 horas (de Brasília) na praia de Pipeline, no Havaí. Favorito, o brasileiro Gabriel Medina busca o bicampeonato, enquanto que seu amigo Filipe Toledo tentará desbancá-lo. Já o australiano Julian Wilson quer estragar a festa verde e amarela.

O evento é a celebração de uma temporada na qual o Brasil se tornou a principal potência da modalidade - agora olímpica -, deixando para trás nações tradicionais do surfe. Das 10 etapas disputadas até agora, oito foram vencidas por surfistas do País - só Julian Wilson se "intrometeu" nessa competição caseira. Esse bom momento poderá ser coroado até o próximo dia 20, quando termina o prazo para a disputa do Pipe Masters, com mais um título para o Brasil no surfe.

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Com vantagem na liderança do ranking mundial, Medina está mais perto do bicampeonato porque seus adversários precisam, no mínimo, chegar à final em Pipeline, o que nunca é fácil. Wilson já venceu o Pipe Masters justamente no ano que o brasileiro foi campeão mundial, em 2014, e Filipinho tem como melhor resultado um quinto lugar naquele ano. Isso sem contar que Medina costuma ir bem nas perigosas ondas havaianas - grandes e de fundo afiado, com pedras e corais.

Na preparação para Pipeline, Medina fez trabalho físico com seu preparador Allan Menache na praia de Maresias, em São Sebastião (SP), e viajou para o Havaí no fim de novembro. Para manter a concentração, evitou entrevistas e se concentrou na busca do bi. "Quero agradecer à torcida por todo carinho recebido. Estou focado nessa reta final para dar o meu melhor", disse o surfista, que ganhou nos últimos dias um vídeo com mensagens de apoio de grandes ídolos do esporte como Pelé, Neymar, Cesar Cielo, Gustavo Kuerten e Kaká, entre outros.

Se ele já sabe o caminho para levantar o troféu, quem está tentando trilhar essa estrada é Filipinho, que teve uma temporada fabulosa, mas por causa de duas etapas abaixo da média, na França e em Portugal, deixou de estar em melhores condições para brigar pelo título no Havaí. Matematicamente é possível que ganhe, mas o rapaz de Ubatuba (SP) terá de se superar nos tubos em Pipeline. "As chances existem e só vou desistir quando não tiver mais", disse.

Para os primeiros dias da disputa, a previsão de ondas é boa. Como os três candidatos ao título só podem se enfrentar em uma possível semifinal, por causa do chaveamento definido pelo ranking, a tendência é que especialistas nas ondas de Pipeline possam fazer a diferença em suas baterias e, assim, atrapalhar a caminhada dos três que brigam pelo título. Os candidatos a estragar a festa são Kelly Slater, Jeremy Flores, Michel Bourez, Joel Parkinson e alguns locais.

Quem também pode eliminar os mais bem colocados é Italo Ferreira, quarto no ranking mundial e que teve bom ano. Foi o único a vencer três etapas da elite e, por pouco, não está no Havaí brigando pelo caneco. Para ele, quem aparecer em seu caminho terá de surfar muito para avançar e ser campeão.

"A disputa está boa, os três estão muito fortes. O Gabriel é um dos cotados para ser campeão do mundo, até pelo histórico dele em Pipeline, mas o Julian também é uma pessoa que surfa muito bem esse tipo de onda e pode incomodar bastante", disse. "O Filipe, por sua vez, vem embalado. Teve dois resultados ruins agora, mas isso vai dar mais vontade de ir bem no Havaí. Estou ansioso para essa última etapa, torcendo pelos brasileiros. Espero que um deles possa levar essa taça. Desejo sorte e que vença o melhor".

Além do título, está em jogo para muitos atletas a permanência na elite do surfe. Alguns brasileiros estão perto da zona de corte - como Yago Dora, Tomas Hermes e Ian Gouveia - e precisam de resultados para permanecer. Já Peterson Crisanto, Deivid Silva, Jesse Mendes e Jadson André estão garantidos.

O Brasil terá três representantes na final da etapa de Surf Ranch do Circuito Mundial de Surfe. Neste sábado, último dia da fase classificatória do evento disputado em uma piscina de ondas, Gabriel Medina, Filipe Toledo e Miguel Pupo avançaram entre os oito melhores e que vão brigar pelo título da inédita competição no domingo.

A etapa de Surf Ranch, a oitava da temporada 2018, não é disputada em baterias como as demais do campeonato. Pelas peculiaridades do evento, os competidores, divididos em grupos por dia, entravam na água, cada um por vez, surfando para a esquerda e a direita, com as melhores notas sendo determinadas para definir a classificação. E neste sábado, os 36 surfistas da elite tiveram uma chance final de melhorarem suas notas.

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Medina não melhorou seu desempenho em comparação ao resultado de sexta-feira, mas ainda assim avançou em primeiro lugar, já que havia tido desempenho praticamente perfeito, com um somatório de 17,70 pontos. Filipe Toledo avançou em quarto lugar, com 16,64 pontos e Miguel Pupo foi o sétimo colocado, com 15,56.

Os outros cinco classificados à final foram o australiano Julian Wilson (17,27), o japonês Kanoa Igarashi (16,83), o também australiano Owen Wright (16,13), o norte-americano Kelly Slater (15,77) e o havaiano Sebastian Zietz (15,50).

Mas vários brasileiros deixaram o evento neste sábado. Yago Dora foi o nono colocado e Italo Ferreira ficou em 13º, seguido por Tomas Hermes e Adriano de Souza. Michael Rodrigues terminou em 18º, logo à frente de Ian Gouveia. Willian Cardoso foi o 26º, Jesse Mendes terminou em 32º e Wiggoly Dantas concluiu em 36º e último lugar.

Com uma onda decisiva no último minuto da disputa da final, o brasileiro Gabriel Medina virou o placar sobre o australiano Owen Wright e se sagrou campeão da etapa do Taiti do Circuito Mundial. O título nas ondas de Teahupoo deixou o campeão mundial de 2014 na briga pelo troféu da temporada, em disputa direta com o compatriota Filipe Toledo.

Medina chegou aos 35.685 pontos, subindo da terceira para a segunda posição do ranking da temporada. Filipinho segue na liderança, com 41.985 pontos, apesar da queda nas semifinais no Taiti, neste domingo (19). E o australiano Julian Wilson ocupa o terceiro lugar geral, com 32.380 pontos.

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Medina começou o dia vencendo o compatriota Italo Ferreira por 13,10 a 7,57, pelas quartas de final, fase que foi toda disputada neste domingo, após dia de descanso no sábado, em razão das fracas ondas. Ao mesmo tempo, Filipinho superou o sul-africano Michael February por 11,43 a 8,60.

Nos outros duelos das quartas de final, Owen Wright venceu o compatriota Wade Carmichael por 16,00 a 9,57, enquanto o francês Jeremy Flores desbancou o norte-americano Kolohe Andino por 13,34 a 5,73.

Nas semifinais, Medina eliminou Jeremy Flores por 15,17 a 6,10, e Owen Wright despachou Filipinho por 12,60 a 10,03. E, na grande final, o brasileiro estava atrás do australiano no placar até o minuto final, quando obteve 7,33 em sua segunda onda e virou o marcador para superar o rival por 13,50 a 12,07. Medina já havia se sagrado campeão no Taiti em 2014.

O Circuito Mundial vai retornar no próximo mês com a disputa da etapa no Surf Ranch, onde fica a piscina de ondas de Kelly Slater, na Califórnia, entre os dias 6 e 9 de setembro.

Os brasileiros Filipe Toledo e Adriano de Souza, o Mineirinho, se recuperaram na etapa de Bells Beach, na Austrália, do Circuito Mundial de Surfe. Após serem derrotados na estreia no segundo evento da temporada, ambos triunfaram na repescagem, assim como Willian Cardoso, e asseguraram a passagem à terceira fase, na qual Gabriel Medina já estava garantido.

Sem grandes ondas na sua bateria, Filipinho, que foi o primeiro brasileiro a competir na repescagem em Bells Beach, fez o suficiente para superar o australiano Carl Wright por 9,50 a 8,33.

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Na sequência, foi a vez de Mineirinho competir. E ele passou por outro local, o adolescente Mikey McDonagh, de apenas 16 anos, ao conseguir as duas melhores notas da bateria e um somatório de 11,57 pontos, contra os 8,87 do seu rival.

Na terceira bateria da repescagem, o havaiano Sebastian Zietz não deu muitas chances a Ian Gouveia. Ele conseguiu uma ótima onda que lhe rendeu a nota 8, além de um total de 15,17, bem mais do que os 9,43 do brasileiro, eliminado na segunda fase da etapa de Bells Beach.

Em um duelo brasileiro de alto nível, Willian Cardoso superou Caio Ibelli por 13,36 a 11,33. Antes disso, Willian havia perdido sua primeira bateria por apenas 0,1. O brasileiro obteve 11,53 contra os 11,63 do norte-americano Kolohe Andino - o português Frederico Morais foi coadjuvante, com 10,26.

Em uma das últimas baterias da primeira rodada e diante de dois australianos, Michael Rodrigues teve o pior desempenho, com 7,53, sendo que a vitória ficou com Adrian Buchan, com 12. Já Ibelli também havia sido o último, com 12,16, em uma bateria que foi vencida pelo sul-africano Jordy Smith com 14,30 pontos.

Também pela fase inicial, Jesse Mendes participou de uma bateria muito equilibrada pela primeira fase. E quem se deu melhor foi o australiano Mick Fanning, que se despede de Bells Beach nesta temporada e foi o mais regular, com 13,03 pontos. Assim, superou o brasileiro, com 11,27, e Zietz, com 10,70.

Com direito a uma onda que lhe rendeu um 9.67, maior nota do ano até aqui, o brasileiro Filipe Toledo se garantiu nas quartas de final da etapa de Gold Coast, a primeira de 2018 do Circuito Mundial de Surfe. Na manhã desta quarta-feira (14), o surfista de Ubatuba finalizou sua bateria com 15.70 e despachou os australianos Adrian Buchan (14.60) e Mikey Wright (11.20), este último algoz de Gabriel Medina nas ondas australianas.

Outros dois atletas do Brasil também passaram de fase: o catarinense Tomas Hermes e o cearense Michael Rodrigues, dois estreantes na elite. Tomas, inclusive, será o adversário de Filipinho na próxima bateria. Quem passar vai encarar o vencedor do confronto australiano entre Adrian Buchan e Owen Wright, defensor do título em Gold Coast, que abrirá as quartas nesta quinta-feira.

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No outro lado da chave, o duelo de Michael Rodrigues será com o australiano Julian Wilson, número 3 do ranking mundial no ano passado. O vencedor terá pela frente quem passar da bateria entre o taitiano Michel Bourez e o americano Griffin Colapinto.

Filipinho, ganhador da etapa de Gold Coast em 2015, começou a quarta-feira despachando o compatriota Ítalo Ferreira. Em seguida, veio o confronto com Adrian Buchan e Mikey Wright. Este último já havia passado pelo campeão mundial de 2014, Gabriel Medina, na terceira fase e eliminado o bicampeão John John Florence na repescagem. Mas não conseguiu manter o nível elevado e ainda viu o brasileiro achar uma direita para fazer a melhor apresentação do ano até aqui e ganhar o 9.67 dos juízes.

"Eu me diverti muito nessa bateria, tomei a iniciativa de ir em várias ondas e acho que realmente valeu a pena", afirmou o paulista.

NOVATOS MOSTRAM FORÇA - Outros brasileiros também brilharam na Austrália para carimbar seus lugares nas quartas de final. Tomas Hermes precisou superar uma bateria com o tricampeão mundial (2007, 2009 e 2013) Mick Fanning e Owen Wright, que em suas duas primeiras ondas praticamente definiu a parada: cravou um 8.00 e um 9.00. O catarinense mostrou consistência e encerrou a série com 11.20, contra 10.43 de Fanning.

Já o cearense Michael Rodrigues começou o dia eliminando o número 4 do mundo em 2017, Jordy Smith. Em seguida, foi para a última classificatória com o taitiano Michel Bourez e o brasileiro Adriano de Souza, o Mineirinho, campeão mundial em 2015. A bateria foi equilibrada do início ao fim e terminou com o trio na casa dos 13 pontos. Pior para Mineirinho, que ficou com 13.53, contra 13.83 do compatriota e 13.97 de Bourez.

Confira os resultados da quarta fase da etapa de Gold Coast:

1. Owen Wright (AUS) 17.00 x Mick Fanning (AUS) 10.43 x Tomas Hermes (BRA) 11.20

2. Filipe Toledo (BRA) 15.70 x Adrian Buchan (AUS) 14.60 x Mikey Wright (AUS) 11.20

3. Julian Wilson (AUS) 15.97 x Kanoa Igarashi (JAP) 11.64 x Griffin Colapinto (EUA) 13.83

4. Adriano de Souza (BRA) 13.53 x Michael Bourez (TAH) 13.97 x Michael Rodrigues (BRA) 13.83

Confira os confrontos das quartas de final:

Owen Wright (AUS) x Adrian Buchan (AUS)

Filipe Toledo (BRA) x Tomas Hermes (BRA)

Julian Wilson (AUS) x Michael Rodrigues (BRA)

Griffin Colapinto (EUA) x Michael Bourez (TAH)

A terça-feira foi bastante agitada na etapa de Jeffreys Bay, na África do Sul, do Circuito Mundial de Surfe. Em um dia de brilho do brasileiro Gabriel Medina e do local Jordy Smith nas ondas, o evento precisou ser paralisado por causa da presença de tubarões em uma das baterias da quarta fase.

Smith, o brasileiro Filipe Toledo e o australiano Julian Wilson se enfrentavam quando foi emitido um alerta de que tubarões estavam se aproximando da área onde os surfistas competiam. A organização, então, mandou barcos e jet skis para á água. E com a confirmação da presença dos tubarões, optou por paralisar a bateria e também o evento, que passará por nova chamada nesta quarta-feira, quando será decidido pela sequência ou não da etapa sul-africana.

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Esta, aliás, não foi a primeira vez que a presença de tubarões ocorre durante a competição em Jeffreys Bay. Em 2015, o próprio Smith e Mick Fanning se enfrentavam na final da etapa quando o australiano precisou se defender para evitar um ataque de tubarão. Desde então, a organização do campeonato vem apostando na tecnologia para evitar novos incidentes e evitar que os surfistas corram novos riscos.

Quando a bateria foi paralisada nesta terça-feira, a cerca de dez minutos do fim, Smith liderava com 11,67 pontos. Filipinho somava 10,43, enquanto Wilson estava com 8,80. A organização, porém, ainda vai definir se a disputa será retomada do momento onde foi paralisada ou do começo.

Antes, Smith já havia brilhado na terceira fase ao conseguir uma bateria perfeita, com duas notas 10, tendo superado o italiano Leonardo Fioravanti, com 16,17. Já Filipinho não havia precisado surfar nessa fase, pois o seu rival, o multicampeão Kelly Slater, deixou o evento com uma grave lesão.

Quem também se destacou nesta terça-feira foi Gabriel Medina, que conquistou duas vitórias para avançar às quartas de final em Jeffreys Bay. Primeiro, o brasileiro superou o australiano Bebe Durbidge por 15,83 a 12,87. Depois, fez ainda melhor, com duas notas acima de 9, para somar 18,74 e superar o francês Joan Duru, com 16,07, e Owen Wright, com 13,10.

Duru, aliás, foi o algoz de Adriano de Souza, o Mineirinho, na terceira fase, com 15,50 a 14,40. Nesta mesma fase, Caio Ibelli perdeu para o australiano Mick Fanning (14,24 a 12,67), Jadson André foi superado pelo havaiano John John Florence (18,27 a 9,94) e Italiano Ferreira caiu para Michael Bourez, da Polinésia Francesa (16,73 a 16,07).

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