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A espera chegou ao fim. Flamengo e São Paulo sabem quem decidirá a Copa do Brasil em casa, com o apoio massivo de sua torcida. A CBF realizou, nesta segunda-feira, o sorteio que definiu os mandos de campo para os jogos que acontecerão nos dias 17 e 24 de setembro, respectivamente. O primeiro jogo será no Maracanã, no Rio de Janeiro, e o segundo será no Morumbi, na capital paulista.

A expectativa no São Paulo era enorme. Estavam presentes o presidente Julio Casares, o técnico Dorival Júnior, o lateral-direito Rafinha e o atacante Jonathan Calleri. É o único título que falta na vitrine do Morumbi. A primeira e última vez que o time do Morumbi esteve na decisão da competição foi em 2000, quando perdeu para o Cruzeiro por 2 a 1. Pelo Flamengo, estiveram presentes Jorge Sampaoli, Everton Ribeiro e Filipe Luís. Os dois treinadores e jogadores foram chamados ao palco antes do decisivo sorteio.

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O vencedor irá faturar nada menos que R$ 70 milhões. O vice fica com R$ 30 milhões. Para chegar à final, o São Paulo superou o Corinthians após reverter uma desvantagem de 2 a 1 no jogo de ida. Mais de 60 mil torcedores lotaram o Morumbi na partida de volta, que terminou em 2 a 0 para os mandantes. O Flamengo não teve dificuldades em superar o Grêmio, tendo vencido os dois jogos, somando 3 a 0 no agregado.

Antes de encarar o Flamengo, o São Paulo tem pela frente outra partida decisiva: a LDU, em casa, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana. Pelo Brasileirão, encara Coritiba e Internacional. O Flamengo terá pela frente Botafogo e Athletico-PR, ambos pelo torneio nacional de pontos corridos.

O Flamengo já foi agraciado quatro vezes: 1990, 2006, 2013 e 2022. No último ano, Dorival Júnior esteve à frente do clube rubro-negro. A decisão foi com o Corinthians.

O Flamengo confirmou no fim da manhã desta segunda-feira (28) as lesões de Luiz Araújo e da estrela Arrascaeta. Ambos tiveram problemas no bíceps femural da perna esquerda e podem ser desfalque do rubro-negro carioca nas próximas partidas, entre eleas, a final da Copa do Brasil, diante do São Paulo.

O comunicado do clube foi curto e não detalhou o grau da lesão dos dois jogadores, mas o tempo de recuperação varia entre uma semana e alguns meses, se for mais grave. Os dois já estariam vetados do clássico diante do Botafogo no próximo sábado (2) e podem perder até mesmo a primeira final da Copa do Brasil, marcada para o dia 17 de setembro.

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Os atletas Arrascaeta e Luiz Araújo realizaram exames na manhã desta segunda-feira que confirmaram lesão no bíceps femural da perna esquerda de ambos.

Diferente do meio-campista Everton Ribeiro, que aceitou as vaias da torcida do Flamengo após empate sem gols contra time misto do Internacional, o técnico Jorge Sampaoli discordou das críticas da torcida no Maracanã. O treinador argentino afirmou que ninguém quer aceitar que o ano do Flamengo será difícil e ainda destacou alguns pontos positivos da atuação durante entrevista coletiva.

"Primeiro que não considero isso de ‘vergonha’. O time está cheio de vontade e falta precisão. Se julga o resultado e a transição. Quando cheguei aqui, vislumbrava um ano difícil para o Flamengo, o que acontece é que ninguém quer aceitar isso. Mas isso de vergonha não concordo em momento algum", disse o treinador.

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"O Flamengo tem obrigação de ganhar sempre. Eu não concordo com essa visão sobre a atuação do time hoje porque o Inter jogou com 70% de titulares hoje e nosso time passou por cima quase todo o segundo tempo. Acredito que estejam analisando o contexto e não o jogo", continuou.

O treinador também analisou a atuação coletiva da equipe, que perdeu Arrascaeta e Luiz Araújo lesionados e encontrou dificuldades na criação de jogadas. "Hoje o time criou oportunidades para ganhar o jogo, faltou um pouco de tranquilidade na hora da contundência. Em outros jogos faltou conexão, mas hoje o time criou chances claras e no segundo tempo teve muito volume. O time foi até o último segundo e eu valorizo isso", avaliou o treinador.

"Não concordo que teve passividade para o Flamengo neste jogo, faltou efetividade. Em outros jogos, sim, concordo, mas hoje não. Não concordo que não haja vontade, intenção ou desejo para ganhar", disse.

O Flamengo soma 36 pontos na terceira colocação, 12 pontos distante do líder Botafogo, que enfrenta o Bahia neste domingo e pode ampliar a vantagem. Pelo Brasileirão, o Flamengo encara o Botafogo no próximo sábado, às 21h, no estádio Nilton Santos, em jogo válido pela 22.ª rodada.

A administração do Maracanã, composta por Flamengo e Fluminense, comunicou nesta terça-feira que o estádio ficará fechado, por período ainda indeterminado, para recuperação do gramado. De acordo com a nota oficial, o fechamento será efetuado depois da partida entre Flamengo e Internacional, marcada para as 18h30 de sábado, 26, na abertura da 21ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Antes, às 21h30 desta quinta, o Fluminense também joga no Maracanã, contra o Olimpia, pelas quartas de final da Libertadores. Na semana seguinte, dia 3 de setembro, o time tricolor usaria o estádio contra o Fortaleza, pela 22ª rodada. Depois disso, haverá uma paralisação do campeonato para a Data Fifa que vai de 4 a 12 de setembro. O comunicado da gestão do complexo, contudo, não garante que a recuperação já estará concluída até a retomada.

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"O período em que o Maracanã ficará sem atividades será informado em breve, após a realização das duas próximas partidas já agendadas, quando serão feitas as verificações e avaliações necessárias para a elaboração do planejamento das etapas de trabalho", diz o texto.

A administração aponta que o Maracanã, com 55 jogos realizados, é "o estádio mais utilizado do Brasil", 15 partidas à frente do Independência, o segundo do ranking, e compara o uso ao dos estádios europeus, que "recebem, em média, 30 jogos por temporada". Além disso, cita fatores climáticos, antes de culpar o Vasco pelas más condições do gramado.

"Considerando-se que nessa época do ano, no Brasil, fatores climáticos como a menor incidência de luz e temperaturas mais baixas interferem na estrutura geral do campo de jogo, mesmo assim o estádio foi utilizado duas vezes neste último fim de semana. Com um intervalo de menos de 15 horas entre as duas partidas realizadas. Uma delas, o confronto Vasco x Atlético Mineiro, no último domingo (20/08), após decisão judicial", afirma.

Flamengo e Fluminense obtiveram a gestão do Maracanã por meio de um acordo com o Governo do Rio. O contrato acabaria em abril deste ano, mas foi acertado um prolongamento até o final deste ano. Interessado em também mandar jogos no local, o Vasco acionou a Justiça para impedir a renovação, mas não foi atendido. Mesmo assim, o clube vascaíno tem se direcionado pontualmente aos Tribunais para jogar no estádio. Em três ocasiões entre este ano e o ano passado, conseguiu vitórias judiciais para usar o Maracanã, a última referente ao jogo do final de semana, contra o Atlético-MG. Com a chuva durante a partida, o gramado ficou bastante danificado.

A GESTÃO DO MARACANÃ

Rivais em campo, Flamengo e Fluminense se uniram para administrar a arena carioca em 2019, após o então governador do Rio, Wilson Witzel, romper o contrato de concessão com o Consórcio Maracanã. Liderado pela Odebrecht, o consórcio havia vencido seis anos antes. Era uma licitação que previa a exploração de todo o complexo esportivo pelo prazo de 35 anos. Mudanças no escopo do contrato, porém, levaram o acordo a resultar em sucessivos déficits milionários.

À época, o jeito encontrado pelo governo para o estádio seguir funcionando foi criar um Termo de Permissão de Uso (TPU) até que uma nova concessão de longo prazo fosse realizada. Assim, a dupla Fla-Flu assumiu a gestão. O problema é que esse TPU já foi renovado várias vezes desde então, enquanto o processo de licitação nunca saiu do papel.

Em outubro do ano passado, a Casa Civil do Estado até chegou a lançar um novo edital de concessão. O documento buscava um acordo com duração de 20 anos e previa a realização de pelo menos 60 partidas na temporada. Dois grupos chegaram a manifestar interesse em assumir a concessão: de um lado, Flamengo e Fluminense. Do outro, Vasco e a construtora WTorre.

O processo, porém, foi suspenso logo em seguida por determinação do TCE-RJ. O corpo técnico do órgão apontou desequilíbrio entre os critérios técnico e econômico no edital apresentado pelo governo, além de considerar que nem todas as etapas prévias haviam sido realizadas - não houve uma audiência pública sobre a concessão, por exemplo. Dessa forma, o acordo de uso seguiu valendo normalmente e a nova renovação foi permitida.

Em abril, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL) disse em entrevista ao Estadão que sua única preocupação era de que o Maracanã privilegiasse "o jogo, não o business" - ou seja, o governo quer que o estádio tenha como principal função sediar partidas de futebol, e não shows.

Com um belo gol de Gerson, aos 48 minutos do segundo tempo, o Flamengo venceu por 3 a 2 o Coritiba, neste domingo no Estádio Couto Pereira, na capital do Paraná, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro. Uma vitória que ajuda a dar mais confiança ao time, em terceiro lugar com 35 pontos, dois atrás do Palmeiras e ainda 13 distante do líder Botafogo. O Coritiba sofreu sua quarta derrota consecutiva, tem 14 pontos, continua na penúltima posição e ameaçado pelo rebaixamento.

O primeiro tempo foi bastante movimentado, com rápida troca de passes e lances de velocidade. O Coritiba abriu o placar aos 14 minutos, num pênalti bem cobrado por Robson. O lance da penalidade máxima aconteceu pelo lado esquerdo, onde Filipe Luís chegou atrasado na marcação e derrubou Robson.

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Mas o Flamengo manteve a calma, trocando bola e explorando muito bem a velocidade de Bruno Henrique para puxar os contra-ataques pelo lado esquerdo. O empate também aconteceu num pênalti em que Fabrício Bruno lançou Wesley nas costas da defesa e ele recebeu a falta por trás de Marcelino Moreno, que voltava para ajudar na marcação. Gabigol bateu no alto e forte, sem chance de defesa e deixando tudo igual aos 18 minutos.

A partir daí, o Flamengo cresceu de produção e quase virou quando Bruno Henrique fez o passe para a finalização de Gabigol no travessão, aos 28 minutos. O gol parecia maduro e saiu aos 30, de novo numa jogada de velocidade de Bruno Henrique pelo lado esquerdo. Ele levantou do outro lado, onde Victor Hugo ajeitou de cabeça para Arrascaeta, também de cabeça e na pequena área, completar para o gol: 2 a 1.

O Flamengo desperdiçou a chance de marcar o terceiro aos 42 minutos, quando Gabigol serviu Bruno Henrique pelo lado direito da área. O atacante chutou, mas em cima do goleiro Gabriel que rebateu para frente. Quase foi castigado no minuto seguinte, quando Gerson perdeu a bola na intermediária para Edu, que entrou na área e bateu na saída de Matheus Cunha. A bola tocou no goleiro e foi para escanteio.

Se o primeiro tempo foi movimentado, o segundo começou em alta velocidade. O Coritiba fez um gol relâmpago, aos 33 segundos, deixando o placar igual: 2 a 2. Jemerson cruzou da esquerda, a bola quicou e enganou Fabrício Bruno, já na pequena área, sobrando para Edu só empurrar para as redes.

A esperada reação do Flamengo não aconteceu, porque o time diminuiu muito o ritmo, com lentidão na saída de bola e sem a opção de Bruno Henrique, que recebeu marcação especial por parte do Coritiba.

Jorge Sampaoli ensaiou soltar um pouco mais seu time com a entrada de Everton Ribeiro na vaga do volante Victor Hugo e de colocar Luiz Araújo no lugar de Gabigol. Somente aos 36 minutos é que o técnico colocou Pedro em campo no lugar de Bruno Henrique, já com visíveis sinais de cansaço.

Sem sofrer pressão, o Coritiba viu a chance de buscar o gol da vitória, na base da rápida troca de passes e dos levantamentos na área. Duas ou três vezes deu susto à defesa flamenguista, mas faltou qualidade na finalização. Mas o Flamengo não perdoou na sua única chance real, já nos acréscimos. Gerson recebeu passe sozinho na frente da área, ajeitou a bola, levantou a cabeça e soltou a bomba de pé esquerdo no ângulo do goleiro Gabriel, aos 48 minutos.

FICHA TÉCNICA

CORITIBA 2 X 3 FLAMENGO

CORITIBA - Gabriel; Diogo Batista (Natanael), Kuscevic, Henrique e Jamerson; Fransérgio (Matheus Bianqui), Bruno Gomes e Sebástian Gómez (Kaio César); Marcelino Moreno (Liziero), Robson e Edu (Diogo Oliveira). Técnico: Thiago Kosloski.

FLAMENGO - Matheus Cunha; Wesley, Fabrício Bruno, Léo Pereira e Filipe Luís (Ayrton Lucas); Erick Pulgar (Thiago Maia), Victor Hugo (Everton Ribeiro), Gerson e Arrascaeta; Bruno Henrique (Pedro) e Gabigol (Luiz Araújo). Técnico: Jorge Sampaoli.

GOLS - Robson, aos 14, Gabigol, aos 18 e Arrascaeta, aos 30 minutos do primeiro tempo. Edu, aos 33 segundos e Gerson, aos 48 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Bruno Henrique, Ayrton Lucas e Gerson e (Flamengo); Robson, Kaio Cesar e Matheus Bianqui (Coritiba).

ÁRBITRO - Raphael Claus (FIFA-SP).

RENDA - R$ 1.548.530,00.

PÚBLICO - 29.527 pagantes (31.851 total).

LOCAL - Estádio Couto Pereira, em Curitiba (PR).

O clima não é bom e parece só piorar no Flamengo. Nesta terça-feira, Gerson e Varela trocaram agressões durante treinamento do time carioca antes da semifinal da Copa do Brasil contra o Grêmio, que acontece nesta quarta-feira, no Maracanã. A informação foi publicada primeiramente pelo GE e confirmada pela reportagem do Estadão.

A confusão começou já na parte final do treino desta terça-feira. Em um lance, Varela não gostou de uma entrada mais forte de Gerson em uma disputa de bola e reclamou. O volante não aceitou o que ouviu e retrucou o que foi falado. Neste momento os dois atletas foram retirados do treino e partiram juntos para a parte interna do CT Ninho do Urubu.

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Fora do treinamento, a confusão e a discussão entre a dupla continuaram e os dois jogadores partiram para as agressões. Após o conflito, o lateral ficou bastante machucado e com a suspeita de uma fratura no nariz. Depois deste momento, os dois atletas foram retirados do CT do Flamengo.

Ao ser informada das agressões, a chefia do departamento de futebol foi chamada e convocou uma reunião para debater o tema. Além disso, Filipe Luis, jogador mais experiente do elenco e o grande líder, chamou todos os atletas para uma conversa e exigiu uma mudança de postura.

Esse é o segundo episódio de agressão no Flamengo nos últimos 30 dias. No fim de julho, em partida contra o Atlético-MG pelo Brasileirão, o atacante Pedro foi agredido com um soco pelo ex-preparador físico do time, Pablo Fernandez. Ele ficou incomodado pela postura do jogador durante o aquecimento. O episódio se deu durante uma conversa do atacante ao telefone com sua família, já no vestiário. O profissional foi demitido da equipe.

Menos de uma hora após ser noticiado o incidente, o Flamengo confirmou o conflito entre os atletas e tratou de apaziguar a situação às vésperas de decisão pela Copa do Brasil. Em nota oficial, o clube afirma que o episódio foi resolvido internamente, após a reunião entre membro do departamento de futebol. Além disso, diz que o episódio ‘faz parte de um treino disputado’ e reitera que a preparação para a partida contra o Grêmio continuará normalmente.

O desembarque do Flamengo no Aeroporto do Galeão, no Rio, foi marcado por protestos da torcida após a derrota por 3 a 1 para o Olimpia, resultado que eliminou o time da Libertadores na noite de quinta-feira, em Assunção, no Paraguai. A delegação flamenguista chegou na madrugada desta sexta e se deparou com cerca de 40 torcedores irritados com a eliminação.

O grupo cercou o ônibus rubro-negro na saída do aeroporto e cantou "time sem vergonha", entre outros gritos de protesto. Para entrar no veículo, os jogadores tiveram de ser protegidos por uma barreira formada por seguranças, enquanto torcedores mais exaltados arremessavam latas.

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A Polícia Militar também foi acionada para reforçar a segurança. Houve bastante dificuldade para o ônibus conseguir deixar o local e os policiais usaram spray de pimenta para dispersar a confusão. Os torcedores chegaram a sentar no chão, impedindo a locomoção do veículo.

Antes de chegar ao Brasil, os jogadores já haviam sido alvos de protesto no Paraguai, pois flamenguistas que viajaram para assistir à partida foram até a porta do hotel onde a delegação estava hospedada. Lá, dedicaram-se a proferir xingamentos principalmente contra o presidente Rodolfo Landim. Entre os jogadores, Pedro e David Luiz foram os mais ofendidos.

O Flamengo venceu o primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores, contra o Olímpia, por 1 a 0, no Maracanã, por isso precisava de um empate em Assunção para avançar às quartas. Caso a classificação viesse, o adversário na próxima fase seria o rival Fluminense, que eliminou o Argentinos Juniors na terça-feira.

O ambiente no time rubro-negro é conturbado há algumas semanas, com problemas internos aflorando reações intensas na torcida. O técnico Jorge Sampaoli tem o seu trabalho questionado, especialmente na parte de relacionamento com os jogadores.

A tensão no clube ganhou um novo nível quando o atacante Pedro foi agredido pelo preparador físico Pablo Fernández, após se recusar a seguir ordens do profissional durante a vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG, no final de julho.

Fernández foi demitido e Pedro foi punido pelo clube, ficando de fora da relação para o primeiro jogo contra o Olimpia. O atacante voltou na derrota por 3 a 0 para o Cuiabá, no último final de semana, em jogo no qual Sampaoli escalou um time alternativo, mas não saiu do banco de reservas na partida decisiva desta quinta-feira.

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O Flamengo enfrenta o Olimpia, nesta quinta feira, às 21h, pela partida de volta das oitavas de finais da Copa Libertadores. Antes do jogo começar, torcedores do time carioca foram alvos de ofensas racistas. O crime aconteceu em um shopping center.

De acordo com os torcedores, um homem chamou os brasileiros de 'macaco' e fugiu. Os seguranças do local não permitiram que os rubro-negros fosse atrás do acusado.

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O Flamengo anunciou neste sábado a venda do atacante Matheus França para o Crystal Palace, da Inglaterra. O valor do negócio é de 20 milhões de euros (equivalente hoje a cerca de R$ 107,6), que serão pagos de forma parcelada, e mais bonificações, que podem chegar a outros 5 milhões de euros (cerca de R$ 26,9 milhões). O contrato de França com o Crystal Palace é de cinco anos.

Há também a inclusão de uma cláusula que obriga o Crystal Palace a pagar outros 5 milhões de euros caso Matheus França vença a Bola de Ouro algum dia. Em caso de uma venda futura, o Flamengo receberá 20% do valor.

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O clube inglês, que pertence a John Textor (dono também do Botafogo, líder do Brasileirão à frente do Flamengo), também divulgou um vídeo com a contratação do jogador de 19 anos e 1,82m, que se apresenta já em inglês. "Nasci no Brasil, mas a Premier League é minha casa", diz o atleta no vídeo oficial do Crystal Palace, no qual aparece sambando com a bateria de uma escola de samba ao fundo.

"Estou muito feliz por estar aqui. Espero trazer bons resultados para nossos torcedores e para todo o time", afirmou o atacante, em texto publicado no site oficial da equipe do sul de Londres. "Agradecemos ao Garoto do Ninho pelos gols, dribles e alegrias com o Manto Sagrado. Desejamos sorte na sua carreira, França!", escreveu o clube carioca em sua conta no Twitter.

"Matheus é um jovem e empolgante jogador. Acompanhamos com muito interesse o seu progresso recente e estamos encantados por apresentá-lo", afirmou o presidente do Crystal Palace, Steve Parish, em comunicado.

Matheus França chegou ao time juvenil do Flamengo aos 12 anos. Promovido ao profissional em 2021, com 17 anos, ele atuou em 53 partidas e marcou nove gols, sendo campeão da Copa do Brasil e da Libertadores.

Em 2022/23, a equipe inglesa terminou em 12º. lugar o Campeonato Inglês com 48 pontos. O clube estreia na temporada contra o Sheffield United no sábado, fora de casa.

O Flamengo tomou a decisão de punir o atacante Pedro por 1 jogo e descontar 5% do salário dele após o ato de indisciplina no jogo contra o Atlético Mineiro. O jogador recusou fazer o trabalho de aquecimento e acabou sendo agredido pelo preparador físico, já demitido pelo rubro-negro carioca.

Com o gancho, Pedro fica fora da lista de relacionados que entra em campo contra o Olimpia, do Paraguai, nesta quinta-feira (3). Ele voltou aos treinos na terça (1), após faltar a reapresentação alegando que iria a um dentista, tratar de dores provocadas pela agressão de sofreu de Pablo Fernández no último sábado (29).  

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Após ser agredido pelo preparador físico Pablo Fernandez, no sábado, e não se reapresentar ao Flamengo na segunda-feira, o atacante Pedro esteve no Ninho do Urubu nesta terça e treinou normalmente com os demais companheiros. Com isso, ele deve estar à disposição do técnico Jorge Sampaoli para o duelo de quinta-feira, com o Olímpia, pelas oitavas de final da Libertadores, no Maracanã.

Para justificar a falta na atividade de segunda, o jogador disse ao clube que ainda sentia dores no rosto. Mais tarde, no período da noite, teve uma reunião com a diretoria rubro-negra. Durante o treinamento em que Pedro esteve ausente, Sampaoli trabalhou já sem a companhia de Pablo Fernandez, demitido por causa da agressão. Marcos Fernandez, filho do preparador e membro da comissão técnica, foi mantido no cargo.

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A agressão ocorreu no vestiário, após Pedro, que não saiu do banco de reservas na vitória por 2 a 1 diante do Atlético-MG, no sábado, se recusar a continuar o aquecimento após os atacantes Everton Cebolinha e Luiz Araújo terem sido escolhidos para entrar na partida. Pablo não gostou da atitude e reclamou com o atleta, que retrucou. O preparador físico, então, deu um soco na boca do jogador. O atacante não revidou à agressão.

Após o ocorrido, Pedro foi até uma delegacia de Belo Horizonte para registrar Boletim de Ocorrência (B.O.), acompanhado pelos jogadores Everton Cebolinha, Thiago Maia e Pablo, além do coordenador Gabridel Andreata. Todos confirmaram a agressão. O atacante foi liberado após prestar depoimento e também realizou um exame no Instituto Médico Legal (IML), que atestou a lesão.

A diretoria do clube convocou uma série de reuniões de emergência para tentar contornar a situação ao longo do domingo e decidiu pelo desligamento de Pablo Fernandez, mas até agora não houve um anúncio oficial público.

O Flamengo passa por um momento conturbado em seus bastidores. O soco que Pedro sofreu do preparador físico Pablo Fernandez fez com que o clube demitisse o profissional e punisse o atacante. Além disso, o jogador faltou ao treino desta segunda-feira, no Ninho do Urubu. Caso opte por deixar o time, o atleta tem o respaldo jurídico para buscar uma rescisão contratual.

De acordo com especialistas ouvidos pelo Estadão, depois da agressão, Pedro está respaldado pelo artigo 483, alínea F da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), caso decida pedir uma rescisão com o clube, que certamente vai dificultar uma eventual saída do jogador.

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"Isso porque esse artigo define que pode haver quebra contratual unilateral no caso de uma agressão por parte do empregador ou seu preposto, que é a posição na qual se enquadra o preparador físico do Flamengo", explica Pedro Henrique Zaithammer, advogado especialista em Direto Desportivo.

A lei também define que o atleta também pode receber, por meio de uma cláusula compensatória, no mínimo, todo o salário a que ele teria direito até o fim do seu contrato.

Fernandez foi demitido pelo clube, enquanto Pedro será punido pelo ato de indisciplina. Ele se recusou a continuar o aquecimento no Estádio Independência depois que Jorge Sampaoli o preteriu ao optar pelas entradas de Luiz Araújo e Everton Cebolinha durante o duelo com o Atlético-MG. O caso foi parar na polícia em Belo Horizonte.

Segundo Zaithammer, do escritório Suttile & Vaciski Advogados Associados, Pedro poderia entrar com uma ação na Justiça do Trabalho solicitando a rescisão indireta do contrato, como prevê o artigo 483 da CLT. "Isso seria analisado pelo juiz que, por fim, poderia conceder uma liminar", diz.

"Uma vez ajuizada a ação trabalhista, não há, salvo acordo em sentido contrário, a possibilidade de manutenção da relação de emprego, a qual deve ser considerada extinta, independente do resultado do processo. A única discussão, nesse caso, seria o reconhecimento, ou não, da justa causa atribuída ao empregador e as consequências financeiras decorrentes", elucida Francisco Caputo, advogado especialista em Direto Trabalhista.

Caso consiga a rescisão, o atleta ficaria livre pra assinar com qualquer outro clube que queira. Mas a essa decisão, caberia recurso do Flamengo, o que poderia transformar o episódio em um imbróglio jurídico, assim como aconteceu com Gustavo Scarpa e o Fluminense em 2018.

"Mas o efeito da liminar seria imediato. Assim que o juiz tivesse um parecer favorável ao atleta, já haveria comunicação imediata com a CBF, que publicaria no BID a rescisão, o deixando 'livre' no mercado", afirma Zaithammer.

Cabe lembrar, porém, que Pedro não poderia atuar por outra equipe no Brasileirão, uma vez que já disputou 13 jogos pelo Flamengo, seis a mais do que o número limite imposto determinado no regulamento da competição para que um atleta jogue o torneio por outro time. Por outro lado, ele pode jogar a Libertadores por um clube diferente a partir das quartas de final.

DESDOBRAMENTOS DO CASO

O clube aguarda um esclarecimento do atacante para decidir quais caminhos serão tomados na sequência. Uma nova punição deve ser aplicada. Em sua declaração por escrito nas redes sociais, Pedro reclamou dos "escassos minutos recebidos nos últimos jogos" e disse ter sido vítima de "covardia psicológica".

A agressão ocorreu no vestiário, após Pedro, que não saiu do banco de reservas na vitória por 2 a 1 diante do Atlético-MG, se recusar a continuar o aquecimento após os atacantes Everton Cebolinha e Luiz Araújo terem sido escolhidos para entrar na partida. Pablo Fernandez não gostou da insubordinação do atacante e reclamou com o atleta, que retrucou. O preparador físico, então, deu um soco na boca do jogador.

O episódio se deu durante uma conversa do atacante ao telefone com sua família. Pedro não revidou à agressão. A diretoria do clube convocou uma série de reuniões de emergência para tentar contornar a situação ao longo do domingo e decidiu pelo desligamento de Pablo Fernandez, que pediu desculpas pela agressão.

"Entrei no vestiário muito chateado, querendo resolver logo a situação e fiz errado. Foi planejado que hoje seria um dia de folga. É uma pena, porque gostaria de poder, primeiro, falar sobre isso pessoalmente com todos os funcionários do clube. Senti-me muito magoado com uma situação e reagi da pior forma", argumentou o preparador físico, não mais membro da comissão de Sampaoli. O filho do profissional, Marcos Fernandez, continua na Gávea.

Após o ocorrido, Pedro foi até uma delegacia de Belo Horizonte para registrar Boletim de Ocorrência acompanhado dos jogadores Everton Cebolinha, Thiago Maia e Pablo, além do coordenador Gabriel Andreata. Todos confirmaram a agressão. O atacante foi liberado após prestar depoimento e também realizou exame no Instituto Médico Legal (IML), que atestou a lesão na boca.

Após um fim de semana conturbado, o atacante Pedro não compareceu à sessão de treinamento do Flamengo, no Ninho do Urubu, nesta segunda-feira. O episódio se soma à agressão que o jogador sofreu do preparador físico Pablo Fernandez após a partida contra o Atlético-MG, no sábado, pelo Brasileirão. Pedro deve ser punido pelo ato de indisciplina, pois teria se recusado a participar de um aquecimento no estádio Independência, e Fernandez já teve sua saída do clube acertada, embora ainda não oficializada.

A informação sobre a ausência do atacante foi divulgada inicialmente pelo GE e confirmada pelo Estadão. Segundo apurou a reportagem, o clube não liberou o atacante das atividades e não foi informado sobre sua decisão de não comparecer ao treinamento, no Ninho do Urubu. Jorge Sampaoli chegou ao CT ainda nesta manhã de segunda-feira, seguido pelos demais atletas do elenco.

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A sessão de treinamentos nesta segunda-feira já não contou com a participação de Pablo. Ao Estadão, o Flamengo informou que o filho do preparador, Marcos Fernandez, trabalhou normalmente com o elenco no Ninho do Urubu. Até o momento, Pedro não compareceu ao CT. O clube aguarda um esclarecimento do atacante para decidir quais caminhos serão tomados na sequência.

A agressão ocorreu no vestiário, após Pedro, que não saiu do banco de reservas na vitória por 2 a 1 diante do Atlético-MG, se recusar a continuar o aquecimento após os atacantes Everton Cebolinha e Luiz Araújo terem sido escolhidos para entrar na partida. Pablo Fernandez não gostou da insubordinação de Pedro e reclamou com o atleta, que retrucou. O preparador físico, então, deu um soco na boca do jogador.

O episódio se deu durante uma conversa do atacante ao telefone com sua família. Pedro não revidou à agressão. A diretoria do clube convocou uma série de reuniões de emergência para tentar contornar a situação ao longo do domingo e decidiu pelo desligamento de Pablo Fernandez, que ainda não foi oficializada. O preparador deve apresentar sua carta de demissão nesta segunda-feira.

Após o ocorrido, Pedro foi até uma delegacia de Belo Horizonte para registrar Boletim de Ocorrência (B.O.), acompanhado pelos jogadores Everton Cebolinha, Thiago Maia e Pablo, além do coordenador Gabridel Andreata. Todos confirmaram a agressão. O atacante foi liberado após prestar depoimento e também realizou um exame no Instituto Médico Legal (IML), que atestou a lesão.

A assessoria de Pedro foi procurada pela reportagem, mas não respondeu até sua publicação. Caso venha a se pronunciar, a matéria será atualizada.

Desculpas de Pablo e manifestação de Sampaoli

Um dia depois da agressão e de volta ao Rio escoltado por seguranças do clube, Pablo Fernandez tentou se explicar por meio de nota oficial. "Eu poderia começar essas palavras de mil maneiras, mas a única que realmente faz sentido é pedir desculpas. Ao Pedro, aos colegas, aos trabalhadores e ao Flamengo", escreveu o preparador físico. No texto, Pablo Fernandez admite ter entrado no vestiário "chateado". Conforme o Estadão apurou, Pablo Fernandez começou a confusão apontando o dedo no rosto de Pedro e alegando que o jogador "faltou com respeito" a ele ao não querer fazer um aquecimento.

"Entrei no vestiário muito chateado, querendo resolver logo a situação e fiz errado. Foi planejado que hoje seria um dia de folga. É uma pena, porque gostaria de poder, primeiro, falar sobre isso pessoalmente com todos os funcionários do clube. Senti-me muito magoado com uma situação e reagi da pior forma", escreveu.

Minutos antes da manifestação de Pablo, o técnico Jorge Sampaoli publicou um longo texto nas redes sociais comentando o caso. O treinador lamentou o episódio, condenando a atitude violenta do preparador, e disse que não conseguiu dormir pensando em como ajudar Pedro e Pablo. Mas não tomou partido nem comentou sobre a demissão do preparador. Na coletiva de imprensa de Sampaoli após a vitória do Flamengo em Minas, o assunto foi sumariamente ignorado. Segundo o site "Coluna do Fla", a falta de um posicionamento público do treinador argentino aliado a uma fraca justificativa de Sampaoli para os atletas dentro do vestiário causou um enorme mal-estar com os jogadores.

Pablo Fernandez tem histórico de agressões. O preparador físico se envolveu em um caso de violência contra um torcedor quando integrava a equipe de Sampaoli no Olympique de Marselha, da França, em 2021. Ele também esteve com Sampaoli no Atlético-MG, Santos e Sevilla, além de ter passagens por Athletic Bilbao e Celta de Vigo, da Espanha, e O’Higgins, do Chile. Em todos os clubes, Pablo Fernandez atuou como preparador físico. No Flamengo, ele dividia a função com o filho, Marcos Fernandez, que continua na Gávea. A dupla tem a confiança do técnico Sampaoli e chegou ao clube em abril deste ano junto com treinador.

Leia a na íntegra a nota da Polícia Civil sobre o caso:

Sobre a ocorrência de lesão corporal registrada nesta madrugada (30/7), ocorrida em um estádio de futebol, na capital, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa os envolvidos foram encaminhados e ouvidos por meio da Central Estadual do Plantão Digital. A vítima, de 26 anos, foi encaminhada ao Instituto Médico-Legal André Roquete (IMLAR) para realizar o exame de corpo de delito, onde foram constatadas lesões leves no rosto e na boca. Após as procedimentos de polícia judiciária, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), em que o envolvido, de 54 anos, assumiu o compromisso de comparecer à audiência perante o Juizado Especial Criminal para as medidas legais cabíveis, conforme previsão legal, foi liberado.

O preparador físico Pablo Fernandez pediu desculpas por agredir o atacante Pedro, do Flamengo, no vestiário da Arena Independência, em Belo Horizonte, depois da partida do clube carioca contra o Atlético-MG, com vitória de 2 a 1. O jogador quis registrar ocorrência contra o Fernandez, e todos foram para a delegacia, ouvidos e liberados, com alguns outros atletas que serviram de testemunha.

Um dia depois da agressão e de volta ao Rio escoltado por seguranças do clube, Pablo Fernandez tentou se explicar pelas redes sociais. "Eu poderia começar essas palavras de mil maneiras, mas a única que realmente faz sentido é pedir desculpas. Ao Pedro, aos colegas, aos trabalhadores e ao Flamengo", escreveu o preparador físico em nota (leia na íntegra abaixo). Não se sabe se ele chegou a pedir as desculpas a Pedro, porque todos tiveram o domingo de folga.

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No texto, o Pablo Fernandez admite ter entrado no vestiário "chateado". Conforme o Estadão apurou, Fernandez começou a confusão apontando o dedo no rosto de Pedro e alegando que o jogador "faltou com respeito" a ele ao não querer fazer um aquecimento. "Entrei no vestiário muito chateado, querendo resolver logo a situação e fiz errado. Foi planejado que hoje seria um dia de folga. É uma pena, porque gostaria de poder, primeiro, falar sobre isso pessoalmente com todos os funcionários do clube. Senti-me muito magoado com uma situação e reagi da pior forma", escreveu.

Em nenhum momento ele admite a possibilidade de deixar o Flamengo ou coloca seu cargo à disposição. Na verdade, ele pede um recomeço. "Isso é pedir perdão e tentar novamente. Todas as vezes que for necessário. Lamento e gostaria de corrigir. A alta competição geralmente tem coisas que nos fazem mal. Situações de alto estresse que nos fazem reagir e pensar mal. Não pretendo situar esse contexto como uma desculpa, mas como uma explicação. Definitivamente, se eu tivesse divergências com o Pedro deveria tê-las resolvido em outro momento e de outra forma", alegou Fernandez.

Ainda não se sabe se o Flamengo vai manter Jorge Sampaoli e a comissão técnica da qual Fernandez faz parte no cargo. O preparador é homem de confiança do treinador argentino. Mesmo assim, Fernandez encerra a nota comentando em "trabalhar para mudar e ser melhor", bem parecido ao discurso do chefe Sampaoli. O Flamengo ainda não se manifestou sobre o assunto.

Leia a nota de Pablo Fernandez na íntegra:

Eu poderia começar essas palavras de mil maneiras, mas a única que realmente faz sentido é pedir desculpas. Ao Pedro, aos colegas, aos trabalhadores e ao Flamengo. Entrei no vestiário muito chateado, querendo resolver logo a situação e fiz errado. Foi planejado que hoje seria um dia de folga. É uma pena, porque eu gostaria de poder, primeiro, falar sobre isso pessoalmente com todos os funcionários do clube.

Senti-me muito magoado com uma situação e reagi da pior forma. Estive pensando sobre o que aconteceu por horas e gostaria de poder voltar no tempo. Mas não se pode. O que existe é o presente e o futuro. Isso é pedir perdão e tentar novamente. Todas as vezes que for necessário. Lamento e gostaria de corrigir.

A alta competição geralmente tem coisas que nos fazem mal. Situações de alto estresse que nos fazem reagir e pensar mal. Não pretendo situar esse contexto como uma desculpa, mas como uma explicação.

Definitivamente, se eu tivesse divergências com o Pedro deveria tê-las resolvido em outro momento e de outra forma. Vou tentar fazer isso acontecer. Vou trabalhar para mudar e ser melhor.

O treinador do Flamengo, Jorge Sampaoli, usou as redes sociais na tarde deste domingo (30) para se posicionar sobre a agressão feita por Pablo Fernandéz, membro de sua comissão técnica, ao atacante Pedro. Apesar de ter lamentado o caso de violência, o treinador argentino disse que não conseguiu dormir pensando em como ajudar Pedro e Pablo e também não confirmou se o preparador físico seguirá no Flamengo. O time ainda não se pronunciou sobre o caso.

"Não tenho dormido pensando em como ajudar Pedro e Pablo. Sei que vocês dois tiveram uma noite horrível. E que, aconteça o que acontecer, temos a obrigação de nos cuidar. Para nos mudar. Para unir. Para ser melhor. E colocar o Flamengo no topo", diz a nota escrita por Sampaoli.

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Na coletiva de imprensa de Sampaoli após a vitória do Flamengo por 2 a 1 de virada sobre o Atlético-MG na noite de sábado, o assunto foi sumariamente ignorado. Segundo o site "Coluna do Fla", a falta de um posicionamento público do treinador argentino aliado a uma fraca justificativa de Sampaoli para os atletas dentro do vestiário causou um enorme mal-estar com os jogadores do clube carioca.

"Não acredito na violência como solução. Isso não nos leva a lugar nenhum. Nem na vida, nem no futebol. Ao longo da minha carreira, vi tantas lutas e elas sempre me deixaram com uma sensação de vazio. O que aconteceu ontem me deixou muito triste. Ofuscamos uma vitória impressionante com uma disputa interna cujas razões existem, mas neste momento não importam", disse Sampaoli através de seu post no Instagram.

Pablo Fernandéz tem histórico de agressões. O preparador físico também já se envolveu em um caso de violência contra um torcedor. Isso aconteceu quando Fernandez integrava a equipe de Jorge Sampaoli no Olympique de Marselha, da França, em 2021. Ele também esteve com Sampaoli no Atlético-MG, Santos e Sevilla, além de ter passagens por Athletic Bilbao e Celta de Vigo, da Espanha, e O’Higgins, do Chile. Em todos os clubes, Fernandéz atuou como preparador físico. No Flamengo, ele divide a função com o filho, Marcos Fernandez. A dupla tem a confiança do técnico Sampaoli e chegou ao clube em abril deste ano, junto do treinador.

Veja a declaração de Sampaoli na íntegra:

"Não acredito na violência como solução. Isso não nos leva a lugar nenhum. Nem na vida, nem no futebol. Ao longo da minha carreira, vi tantas lutas e elas sempre me deixaram com uma sensação de vazio. O que aconteceu ontem me deixou muito triste. Ofuscamos uma vitória impressionante com uma disputa interna cujas razões existem, mas neste momento não importam.

A história me mostrou que a única solução é a conversa. Mesmo quando errei ou vi o erro dos outros. Eu tenho fé na palavra. Que é uma forma de ter fé no ser humano. Porque a violência nos separa e a conversa nos une.

Quando eu era criança e comecei a jogar futebol, as brigas dentro e fora do campo eram muito comuns. Assim como muitas coisas no mundo mudaram para pior, algumas mudaram para melhor. A violência é menos aceita a cada dia como forma de resolver as coisas. É uma transformação que levará tempo. Não será de um dia para o outro. Todos nós temos o direito de cometer erros. Porque temos a possibilidade de nos transformarmos. Para ser melhor.

Eu sou o condutor desta equipe. Me dói muito quando dois colegas de trabalho brigam. Mais do que a violência. Os treinadores não se dedicam apenas à tática e à preparação dos futebolistas. Acima de tudo, trabalhamos para gerir grupos. Tentamos melhorar e cuidar das pessoas.

Não tenho dormido pensando em como ajudar Pedro e Pablo. Sei que vocês dois tiveram uma noite horrível. E que, aconteça o que acontecer, temos a obrigação de nos cuidar. Para nos mudar. Para unir. Para ser melhor. E colocar o Flamengo no topo"

ENTENDA O CASO

Segundo o portal ge, a agressão teria ocorrido no vestiário, após Pedro, que não saiu do banco de reservas na vitória por 2 a 1 diante do Galo, se recusar a continuar o aquecimento depois que os atacantes Everton Cebolinha e Luiz Araújo foram escolhidos para entrar na partida.

"Poderia estar aqui falando dos escassos minutos recebidos nos últimos jogos, mas o que aconteceu hoje foi mais grave do que pode acontecer dentro das quatro linhas. Covardemente, sem motivo e inexplicavelmente, fui agredido, com um soco no rosto, por Pablo Fernandez, membro da comissão técnica do Sampaoli", escreveu o jogador.

O atacante Pedro, do Flamengo, sofreu um corte na boca depois de ter levado um soco de preparador físico do clube, Pablo Fernandez, na noite deste sábado, após a vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG, em Belo Horizonte. O delegado da Polícia Civil Marcos Pimenta confirmou que o jogador foi até o Instituto Médico Legal (IML) para fazer averiguar a lesão. Os jogadores Everton Cebolinha, Thiago Maia e Pablo e o coordenador Gabriel Andreata, que acompanharam Pedro na delegacia, confirmaram a agressão. O clube ainda não se manifestou sobre o caso. Fernandez foi ouvido na delegacia e liberado.

"Não houve gravidades no atacante. Aparentemente, um pequeno corte na boca, mas que será averiguado. Todos (os atletas) foram uníssonos em afirmar que Pedro foi agredido com um soco na boca logo após uma discussão motivada pelo não aquecimento no jogo entre Atlético-MG e Flamengo.", explicou o delegado.

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Nas redes sociais, Pedro havia falado sobre violência psicológica por parte do preparador. Segundo o delegado, porém, o depoimento do atacante cobriu apenas a agressão física. Ainda conforme Pimenta, não há mandado de prisão contra Fernandez, nem pedida a prisão cautelar.

"Não há prisão em princípio. E a pena conferida nesse tipo de delito é de multa, não é necessária nem a prisão. Vamos condensar todas as oitivas e encaminharemos ao Poder Judiciário", explica o delegado. Fernandez estava tranquilo durante o depoimento e já acompanhado de um advogado. Em nota a Polícia Civil de Minas Gerais, confirma que Fernandez foi liberado após o depoimento. Ele assumiu o compromisso de comparecer à audiência perante o Juizado Especial Criminal para as medidas legais cabíveis.

O jogador agredido saiu da Arena Independência, onde ocorreu o jogo, para uma delegacia de Belo Horizonte junto do vice-presidente do Flamengo, Marcos Braz. Em publicação de Pedro no Instagram, os jogadores Arturo Vidal e Marinho, que recentemente deixaram o Flamengo por problemas com o técnico Jorge Sampaoli, comentaram em apoio ao jogador. "Estamos juntos hermano", disse Vidal. Na coletiva de imprensa de Sampaoli, o assunto foi sumariamente ignorando.

RESERVA INCÔMODA

Em seu texto, Pedro também reclama da falta de minutagem sob o comando de Jorge Sampaoli. Desde a estreia do treinador argentino, em 19 de abril, o centroavante passou a ganhar menos oportunidades, especialmente após a recuperação de Bruno Henrique.

Dos 23 jogos de Sampaoli no Flamengo, Pedro participou de 20, sendo substituído por oito vezes e saindo do banco em outras cinco oportunidades. Em três partidas, incluindo o duelo com o Atlético-MG, o jogador não foi utilizado pelo treinador argentino. Pedro jogo os 90 minutos em apenas sete partidas e marcou 11 gols e deu uma assistência.

Nota da Polícia Civil de Minas Gerais

Sobre a ocorrência de lesão corporal registrada nesta madrugada (30/7), ocorrida em um estádio de futebol, na capital, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa os envolvidos foram encaminhados e ouvidos por meio da Central Estadual do Plantão Digital. A vítima, de 26 anos, foi encaminhada ao Instituto Médico-Legal André Roquete (IMLAR) para realizar o exame de corpo de delito, onde foram constatadas lesões leves no rosto e na boca. Após as procedimentos de polícia judiciária, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), em que o envolvido, de 54 anos, assumiu o compromisso de comparecer à audiência perante o Juizado Especial Criminal para as medidas legais cabíveis, conforme previsão legal, foi liberado.

Protagonistas do futebol brasileiro nos últimos anos, Atlético-MG e Flamengo não decepcionaram neste sábado. Jogando no Independência, os dois times entregaram jogo disputado, intenso e de muitas possibilidades. O time carioca se agarrou a uma delas e venceu o rival mineiro de virada, por 2 a 1, com dois gols em apenas sete minutos, no segundo tempo.

O time do Rio soma agora dez jogos seguidos sem derrotas. Exibe 31 pontos e dorme na vice-liderança da tabela do Brasileirão. De quebra, frustrou o que poderia ter sido a primeira vitória de Luiz Felipe Scolari em seu retorno ao time de Belo Horizonte. Com Felipão, o Atlético tem quatro empates e quatro derrotas. No total, são nove partidas sem vitória, por diferentes competições.

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No Brasileirão, a equipe mineira amarga a modesta 13ª colocação, com 21 pontos. Está mais perto da zona de rebaixamento do que do G-6

Neste sábado, em Belo Horizonte, Atlético e Flamengo, sem Arrascaeta e Thiago Maia no início do jogo, fizeram um primeiro tempo intenso e de "trocação". O time mandante acelerou o jogo nos primeiros minutos, tentando surpreender a defesa carioca, em busca de brechas, que não encontrou. Do outro lado, o Fla queria imprimir um ritmo mais lento à partida.

A estratégia atleticana não durou muito. Antes de completar 10 minutos de jogo, os visitantes já controlavam a partida. O time mandante, então, se postou na defesa, com a tática escancarada de atuar no contra-ataque. Só levava perigo em lances de bola parada, como o que aconteceu aos 15, quando Hulk cobrou falta na área e carimbou a trave.

As demais investidas atleticanas no ataque se resumiam a lançamentos, quase sempre inofensivos, para Hulk e Paulinho. Até que o contra-ataque encaixou aos 32. Saravia acertou passe preciso para Paulinho entrar na área e bater para as redes. Os jogadores do Flamengo pediram a anulação do gol por conta de falta no início da jogada. Mas o VAR confirmou o gol.

Para o segundo tempo, o técnico Jorge Sampaoli não perdeu tempo e mandou Arrascaeta a campo. Na defesa, Pablo substituiu Leo Pereira. Com as mudanças, o Flamengo partiu para cima do rival mineiro e passou a cercar a área, tentando encurralar os comandados de Felipão. A investida reforçou ainda mais a postura defensiva do Atlético.

A pressão deu resultado aos 34 minutos, curiosamente em lance de bola parada, que vinha sendo a principal aposta do Atlético até então. Numa cobrança da meia-lua, Arrascaeta encheu o pé e surpreendeu o goleiro Everson, que não conseguiu alcançar a bola: 1 a 1.

A situação mudou de vez sete minutos depois. Acuado, o Atlético sofria para conter o ímpeto do Flamengo. Quando saía para o ataque, exibia desorganização no meio-campo e abria brechas na defesa. Após uma destas investidas, Arrascaeta agiu rápido e encontrou passe preciso para Wesley aparecer cara a cara com Everson. Ele bateu com categoria na saída do goleiro para definir a virada no placar, aos 41.

Os dois times voltam a campo no meio de semana para partidas do mata-mata da Copa Libertadores. Na quarta-feira, o Atlético vai encarar o Palmeiras em casa, pela ida das oitavas de final. O Flamengo joga na quinta, contra o Olimpia, no Maracanã. Pelo Brasileirão, as duas equipes jogarão no domingo fora de casa. O Atlético enfrentará o São Paulo, enquanto o Fla terá o Cuiabá pela frente.

FICHA TÉCNICA:

ATLÉTICO-MG 1 X 2 FLAMENGO

ATLÉTICO-MG - Everson; Saravia (Mariano), Igor Rabello e Jemerson e Guilherme Arana; Battaglia (Alan Franco), Otávio, Zaracho; Pavon, Paulinho e Hulk. Técnico: Luiz Felipe Scolari.

FLAMENGO - Matheus Cunha; Wesley, Fabrício Bruno, Léo Pereira (Pablo) e Filipe Luís (Thiago Maia); Allan, Gerson, Victor Hugo (Luiz Araújo), Everton Ribeiro (Arrascaeta); Bruno Henrique (Everton) e Gabigol. Técnico: Jorge Sampaoli.

GOLS - Paulinho, aos 32 minutos do primeiro tempo. Arrascaeta, aos 34, e Wesley, aos 41 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Everson, Saravia, Pavon, Leo Pereira, Filipe Luís, Arrascaeta, Matheus Cunha e Gabigol.

ÁRBITRO - Flávio Rodrigues de Souza (SP-Fifa).

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

LOCAL - Arena Independência, em Belo Horizonte (MG).

O técnico Jorge Sampaoli exaltou a performance do Flamengo na vitória sobre o Grêmio por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, pela ida da semifinal da Copa do Brasil. Para o treinador argentino, o placar não apresentou o domínio dos cariocas na Arena do Grêmio, em Porto Alegre.

"A diferença futebolística foi maior do que dois gols. Penso que o time jogou uma partida, uma definição de semifinal de Copa do Brasil, fora de casa, quando o time local tem a obrigação de ganhar, e superou amplamente o Grêmio. Valorizar o resultado não é tão significativo quanto a maneira como jogamos", comentou.

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Na sua avaliação, o Flamengo fez a melhor partida do ano nesta quarta. "Foi um jogo que a equipe não acelerou e trocou muitos passes no campo rival. Dominou o jogo e se defendeu com a bola. A partir de agora, temos que encontrar essa forma para jogar sempre desta maneira."

Para Sampaoli, uma das peças fundamentais que ajudam a explicar a grande atuação do Flamengo diante do Grêmio foi o lateral-esquerdo Filipe Luís. Na avaliação do treinador, ele foi o responsável pela boa conexão entre a defesa e o meio-campo, uma vez que a equipe teve os desfalques do zagueiro David Luiz e do volante Gerson.

"Filipe nos deu a possibilidade de ter uma melhor saída de bola", comentou o treinador. "Foi muito equilíbrio de jogo. As ausências de David, de Gerson, que são jogadores importantes, mas com a coletividade o time teve seis 'alturas'. Depois de perder a bola, o time recuperava imediatamente."

Grêmio e Flamengo começam a decidir as semifinais da Copa do Brasil nesta quarta-feira, às 21h30, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS), de olho na final e também no título. O clube gaúcho sonha se igualar ao Cruzeiro como o maior campeão - com seis títulos -, enquanto o clube carioca defende o título de 2022 e tenta se tornar pentacampeão.

Com a previsão de 50 mil torcedores nas arquibancadas, sendo apenas quatro mil flamenguistas, o Grêmio planeja dar o máximo para largar na frente, com uma vitória, nesta disputa de 180 minutos, mesmo tendo pelo caminho o time mais badalado do Brasil. Nesta temporada, eles já se enfrentaram no Campeonato Brasileiro. Pela 10ª rodada, o Flamengo levou a melhor com 3 a 0 no Maracanã.

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Conhecido como 'Rei de Copas', o Grêmio não vem tendo boa campanha dentro de casa nesta competição. Nos últimos três jogos eliminatórios, foram três empates por 1 a 1, contra ABC (terceira fase), Cruzeiro (nas oitavas), e Bahia (quartas), onde classificou-se nos pênaltis por 4 a 3. Paradoxalmente só perdeu uma vez nos últimos 25 jogos em casa, caindo por 2 a 0 para o Botafogo, líder do Brasileirão.

Defendendo o título, o Flamengo vem embalado na competição. O time carioca venceu os dois duelos das quartas de finais contra o Athletico-PR - 2 a 1 em casa e 2 a 0 fora. Antes, eliminou o rival Fluminense nas oitavas (0 a 0 e 2 a 0) e já havia goleado o Maringá-PR por 8 a 2 no jogo de volta da terceira fase, no Maracanã.

O técnico Renato Gaúcho, apesar da tentativa de fazer mistério, deve vir com força total no Grêmio. Apesar do imbróglio envolvendo a permanência ou não do atacante Luis Suárez, o uruguaio deve ir para campo neste duelo decisivo. Outro jogador que era problema, mas deve jogar é o meia Villasanti. A dupla ficou fora do último jogo do Brasileiro contra o Atlético-MG, na vitória por 1 a 0. Os dois treinaram na terça-feira e estão confirmados.

No mais, o treinador deve contar com o time base que vem atuando na temporada. A preocupação fica por conta do zagueiro Kannemann, pendurado com dois amarelos e que pode ser baixa no jogo de volta.

"É um jogo bom de se jogar, bom o Grêmio estar em jogos importantes, vamos fazer o melhor, trataremos de fazer as indicações do treinador e fazer o melhor. Renato está acostumado a chegar em decisões. Estamos preparados", disse o zagueiro argentino, prometendo: "Vamos dar a vida".

Pelo lado do Flamengo, Jorge Sampaoli terá que mexer na formação inicial. O zagueiro David Luiz voltou a sentir dores no joelho e foi cortado. Reserva imediato, Fabrício Bruno é o escolhido para formar a dupla de zaga com Léo Pereira.

Expulso no jogo contra o Athletico, nas quartas de finais, o volante Gerson é outro desfalque importante. Tanto no aspecto técnico como por ser 'homem de confiança' do técnico. Sampaoli deve optar pelo jovem Victor Hugo, que marcou o gol de empate por 1 a 1 contra o América-MG no fim de semana pelo Brasileiro. Thiago Maia corre por fora.

"É outra competição, completamente diferente. É entrar em campo preparado para fazer um bom jogo e conseguir um bom resultado nesse primeiro jogo", comentou Victor Hugo. Independentemente de buscar a vitória, o Flamengo sabe que vai decidir a vaga na final com o Maracanã lotado, no dia 16 de agosto. Quem chegar à final vai levar um prêmio de R$ 30 milhões e poderá ainda brigar pelos R$ 70 milhões que é a premiação ao campeão.

Onde assistir: Globo, SporTV, Premiere e Prime Video

Equipes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prenderam, na manhã desta terça-feira (25), um homem suspeito de ter envolvimento na morte de Gabriela Anelli, torcedora do Palmeiras atingida no pescoço por estilhaços de uma garrafa no dia 8 de julho, nos arredores do Allianz Parque, em São Paulo, antes de um jogo com o Flamengo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), a prisão ocorreu no bairro de Campo Grande, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ele será apresentado na unidade policial daquele estado e depois seguirá para São Paulo.

O caso, que antes estava com a Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade), foi assumido pelo DHPP no dia 14 de julho, por determinação da Justiça. Segundo a delegada Ivalda Aleixo imagens da briga que resultou na morte da jovem de 23 anos estavam sendo analisadas e a polícia também ouviu novas testemunhas. No dia 16, a perícia criminalística da Polícia Civil esteve na rua Padre Antônio Tomás, uma das que cercam o Allianz Parque, onde Gabriela foi morta, para reconstituir a cena do crime virtualmente.

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Imagens que circulam nas redes sociais mostram ao menos dois torcedores, um flamenguista e um palmeirense, atirando garrafas durante o tumulto. Um vídeo gravado pelo canal ESPN exibe um homem de barba e camiseta clara lançando uma garrafa em direção aos torcedores do Palmeiras que estavam do outro lado de uma divisão de metal que separava as torcidas.

De acordo com a delegada Ivalda, esse homem de barba não é o principal suspeito, mas um deles. Outras imagens mostram um torcedor do Palmeiras, com uma mochila nas costas e vestindo a camisa verde do time, arremessando o que parece ser uma garrafa de vidro. O objeto explode na proteção de metal que dividia as duas torcidas. Gabriella Anelli aparece na parte de cima da tela, de jaqueta branca e calça azul marinho.

O flamenguista Leonardo Felipe Xavier Santiago, ex-integrante de uma organizada ligada ao clube, a Fla Manguaça, chegou a ser preso em flagrante no dia do crime, mas foi solto na última quarta-feira por fragilidade de provas, como apontaram o Ministério Público de São Paulo e a juíza Marcela Raia de Sant'Anna. A magistrada que determinou a soltura de Santiago afirmou, em sua decisão, que o delegado que vinha investigando o caso, Cesar Saad, "se mostrou açodado e despreparado para conduzir as investigações".

Saad declarou reiteradas vezes publicamente que Santiago tinha confessado, em conversa informal com os policiais, ter atirado a garrafa que feriu e matou Gabriela. No entanto, no interrogatório na delegacia, Santiago deu outra versão. Ele disse que palmeirenses jogaram rojões em direção à torcida do Flamengo e que, como revide, resolveu lançar pedras de gelo, "mas essas eram muito pequenas e não atingiram sequer a barreira" de metal que separava torcedores locais e visitantes.

A MORTE DE GABRIELA

Gabriela Anelli, de 23 anos, morreu no dia 10 deste mês depois de ser ferida durante uma briga entre torcedores do lado de fora do Allianz Parque, no dia 8, na partida entre Palmeiras e Flamengo. Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, (SSP) ela foi atingida por uma garrafada no pescoço e levada em estado grave ao Hospital Santa Casa, no centro da cidade, mas não resistiu aos ferimentos. Os familiares da torcedora chegaram a fazer uma campanha na redes por doações de sangue para ajudá-la.

De acordo com informações da SSP, Gabriela foi ferida em confusão nas proximidades dos perto dos portões C e D do Allianz Parque, na rua Padre Antônio Tomas, perto da entrada de visitante. Havia uma divisão de metal separando as torcidas e os flamenguistas jogaram garrafas e pedras por cima dessa proteção.

Uma outra briga entre palmeirenses e flamenguistas, na Rua Caraíbas, foi contida com a ação da Polícia Militar, que usou bombas de efeito moral e gás de pimenta. A partida precisou ser paralisada por das vezes porque jogadores e torcedores nas arquibancadas ficaram com os olhos irritados.

O corpo de Gabriela foi enterrado no dia 11 de julho, no cemitério Memorial Parque Paulista, em Embu das Artes, na região metropolitana de São Paulo. Torcedores da Mancha Alvi Verde e de outras organizadas homenagearam Gabriela com bandeirões, fogos e cantorias. A pedido da família, o hino do Palmeiras foi cantado em uníssono antes de a palmeirense ser enterrada.

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