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O Poder Judiciário de Santa Catarina proibiu a realização de cultos nas igrejas do pastor Silas Malafaia em todo o estado, com previsão de uso da força policial para dispersão dos fiéis aglomerados, em caso de desobediência da decisão. A decisão do juiz Jefferson Zanini, da 2ª Vara da Fazenda Pública da comarca da Capital determina uma proibição de 30 dias com multa diária de R$ 20 mil em caso de descumprimento. 

A Justiça foi provocada por uma ação ajuizada por uma associação de médicos que buscava a proibir a abertura das igrejas comandadas pelo pastor. O motivo, de acordo com os médicos, foi o comportamento de Silas em suas redes sociais, contrariando as recomendações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde do Brasil, enquanto incitava os fiéis à desobediência das determinações de isolamento social.

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Nas redes sociais, o pastor da Assembleia de Deus vinha se manifestando publicamente contra as medidas de isolamento social e se recusa a fechar as igrejas, mesmo com a suspensão dos cultos anunciada na última sexta-feira (21). 

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O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília, autorizou o uso de força policial para que as obras da hidrelétrica de Belo Monte, em construção no Pará, sejam paralisadas. A ordem de paralisação, segundo o Ministério Público Federal (MPF) no Pará, foi enviada no dia 14 de setembro ao presidente da concessionária Norte Energia, dona da usina, e ao Ibama, mas até agora não foi cumprida.

Para o tribunal, foi constatada irregularidade nos projetos das casas oferecidas para a população atingida por Belo Monte, na região de Altamira (PA), o que caracteriza o descumprimento de uma medida condicionante imposta pelo processo de licenciamento ambiental.

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O desembargador Antônio Souza Prudente determinou a imediata paralisação das obras, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia de atraso.

Segundo o MPF, em 2012, a Norte Energia distribuiu folhetos em Altamira em que prometia três tipos de casas (60 m², 69 m² e 78 m²) de acordo com o tamanho da família que fosse deslocada. Mas, em abril de 2013, sem discussão com a população atingida, outro folheto foi distribuído em que a empresa avisou que todas as casas seriam do mesmo tamanho: 63 m². "O folheto trazia ainda a informação de que as casas seriam feitas em concreto pré-moldado, em vez de alvenaria como havia sido anunciado", declarou o MPF, por meio de nota.

A Norte Energia disse que ainda "não teve acesso aos votos proferidos no julgamento". A empresa declarou que "vem cumprindo as condicionantes contidas na licença de operação vigente, a qual autoriza o desenvolvimento das atividades da usina hidrelétrica Belo Monte".

A Organização das Nações Unidas e a Comissão (ONU) e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) emitiram hoje (26) comunicado em que condenam o uso excessivo da força por policiais no Brasil. Na nota, as entidades demonstram preocupação com o “uso recorrente da violência” e citam três casos recentes de repressão policial nos meios agrário e urbano do país.

Os organismos condenaram ações da Polícia Militar durante as manifestações da última quarta-feira (24), em Brasília. O protesto reuniu cerca de 45 mil pessoas que protestavam contra as reformas trabalhista e Previdenciária e as recentes denúncias de corrupção envolvendo o governo.

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A manifestação começou pacífica e, ao avançar em direção ao Congresso Nacional, terminou em tumulto, com depredação de prédios públicos e conflito entre alguns manifestantes e policiais. Para dispersar a confusão, a Polícia Militar utilizou bombas de efeito moral e balas de borracha.

Segundo balanço da PMDF, 49 pessoas ficaram feridas, oito foram detidas e foi aberta investigação sobre uso de arma de fogo por agentes durante o protesto. Para a ONU e o CIDH, o uso de armas de fogo é uma medida extrema que deve ser excluída no controle de protestos sociais.

Sobre os protestos, o governo de Brasília emitiu nota dizendo que a PMDF “agiu de acordo com o protocolo tático integrado assinado pelos governos federal e distrital, no mês passado, em que a segurança dos prédios públicos federais ficou sob a responsabilidade da União.” Informou ainda que “eventuais excessos serão rigorosamente apurados”.

Os organismos internacionais também condenaram a ação policial durante a operação de retirada de dependentes químicos da área conhecida como Cracolândia, em São Paulo, e a ação de despejo realizada pelas polícias civil e militar em uma fazenda do Pará, que resultou na morte de dez pessoas. Todas as ações ocorreram no mesmo dia.

Em São Paulo, as secretarias municipal e estadual de segurança pública disseram que não tinham conhecimento da operação policial. No Pará, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social argumentou que os policiais foram recebidos a tiros durante a operação para cumprimento de mandados judiciais.

O comunicado da ONU cita o decreto emitido pelo governo federal autorizando a convocação das Forças Armadas e sua revogação no dia seguinte ao protesto de Brasília. A ação foi justificada pelo Ministério da Defesa para garantir da lei e a ordem na cidade, além da preservação do patrimônio público e da segurança dos servidores.

O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos – por meio de seu escritório na América do Sul – e a Comissão Interamericana alertaram as forças de segurança para que respeitem as normas internacionais de direitos humanos. Segundo a nota, os padrões internacionais estabelecem que “o uso da força por parte dos órgãos de segurança deve estar definido pela excepcionalidade, e deve ser planejado e limitado proporcionalmente pelas autoridades”.

As entidades afirmam que condenam qualquer ato de violência e pedem aos manifestantes que exerçam o direito à manifestação de forma pacífica. Convocaram, ainda, o Estado brasileiro a “garantir e proteger a integridade física e a segurança dos manifestantes”.

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O Centro Palestino para os Direitos Humanos afirma que muitos jovens foram forçados a raspar a cabeça pela polícia do grupo militante islâmico Hamas. Segundo a ONG, o motivo seria porque o corte de cabelo dos jovens seria considerado "indecente" por parte do Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

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"Estava indo comprar pão. Meu cabelo era normal, como de qualquer jovem da minha idade (…). Um jipe da polícia parou e me disseram para entrar", afirmou o jovem Tarek Alnakeeb, que teve o seu cabelo raspado.

A polícia confirmou que alguns rapazes foram obrigados a corta o cabelo, mas informou que a medida foi tomada por causa de um comportamento inadequado de grupos que estariam assediando mulheres nas ruas. O porta-voz do governo negou as informações de que tenha havido brutalidade policial, entretanto, não deixou clara as circunstâncias da ação.

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