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O presidente Jair Bolsonaro afirmou que vai vetar o fundo eleitoral, o "Fundão", na íntegra caso seja impedido de cortar o que exceder a lei de 2017 de reajuste ao projeto. De acordo com o chefe do Executivo, a ordem dada por ele foi vetar tudo o que extrapolar aquilo previsto em 2017, uma vez que não quer gerar atritos com a Câmara dos Deputados ou o Senado. "Mas vamos supor que não seja possível porque está em um artigo só, então vete tudo", declarou Bolsonaro à Rádio Capital Notícia - Cuiabá/MT, na manhã desta terça-feira (17).

O chefe do Executivo voltou a declarar que "temos que cumprir a lei" e, não pode vetar ou sancionar "qualquer coisa sem responsabilidade". "Se eu sancionar o que não devo ou vetar o que não posso, estou em curso em crime de responsabilidade", afirmou.

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Apesar da justificativa utilizada por Bolsonaro, não há obrigação por parte da Presidência da República de reajuste mínimo do chamado "Fundão" pela inflação. Se o presidente confirmar o veto à regra aprovada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o valor ficará em aberto.

Segundo determina e legislação, o governo e os parlamentares deverão estabelecer o gasto com as campanhas no ano que vem de acordo com o seguinte cálculo: usar o valor dos impostos arrecadados com o fim da propaganda partidária, calculado em R$ 803 milhões no ano que vem, mais um porcentual não definido da reserva destinada às emendas parlamentares de bancada, cuja somatória deve chegar a R$ 8 bilhões no próximo ano.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a sinalizar que poderá vetar mais de R$ 2 bilhões do fundo eleitoral e reforçou que, se pudesse, "vetava todo o Fundão". De acordo com Bolsonaro, ele ainda não sabe o valor exato a ser vetado, mas acredita que o corte ultrapassa R$ 2 bilhões. Bolsonaro manteve o discurso de que tem que aprovar a ferramenta para não incorrer no crime de responsabilidade. A declaração foi dada em entrevista à 89 FM (SP) na manhã desta sexta-feira (30).

O chefe do Executivo também declarou não concordar com o fundo eleitoral. Segundo ele, "ninguém precisa, no meu entender, de recorrer a recursos públicos para fazer campanha". E continuou: "quem tem mandato especial e quem faz uso do Fundão, ele tem oportunidade, ao longo de quatro anos, de trabalhar e consolidar o apoio junto a população, agora, sou obrigado a sancionar aquilo que a lei diz".

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Apesar da justificativa utilizada por Bolsonaro, não há obrigação por parte da Presidência da República de reajuste mínimo do Fundão pela inflação. Se o presidente confirmar o veto à regra aprovada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o valor ficará em aberto. Segundo determina a legislação, o governo e os parlamentares deverão estabelecer o gasto com as campanhas no ano que vem de acordo com o seguinte cálculo: usar o valor dos impostos arrecadados com o fim da propaganda partidária, calculado em R$ 803 milhões no ano que vem, mais um porcentual não definido da reserva destinada às emendas parlamentares de bancada, cuja somatória deve chegar a R$ 8 bilhões no próximo ano.

Conforme informou o Estadão/Broadcast, o valor do Fundão ajustado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) projetado para 2021 e 2022 seria, portanto, de R$ 2,197 bilhões, bem inferior aos "quase R$ 4 bilhões" estimados pelo presidente. O cálculo, realizado por técnicos do Congresso Nacional, tem como base os R$ 2,035 bilhões a que os partidos tiveram direito no ano passado para as eleições municipais.

Da forma como foi aprovado pelo Congresso, o fundo eleitoral vai tirar um total R$ 4,93 bilhões de obras e serviços de interesse dos próprios parlamentares no ano que vem, de acordo com nota técnica da Consultoria do Senado ao qual o Broadcast Político teve acesso. O valor corresponde aos recursos que sairão das emendas de bancada estadual, calculadas em R$ 7,06 bilhões em 2022.

Bolsonaro anunciou que vetará o aumento, mas já admitiu um fundo eleitoral de R$ 4 bilhões, valor mínimo exigido pelo Centrão, o dobro do gasto com as campanhas nas eleições de 2020. Mesmo com o veto, o chamado fundão terá a garantia de no mínimo R$ 791 milhões no próximo ano, de acordo com a análise técnica assinada pelo consultor Augusto Bello de Souza Neto após consulta solicitada pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE).

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Ao votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), no último dia 26, o Congresso aprovou um dispositivo que muda o cálculo do fundo eleitoral em 2022, triplicando o valor gasto nas últimas eleições, para R$ 5,7 bilhões. Bolsonaro anunciou que vetará esse artigo, o que na prática deixará o valor final em aberto.

O montante será definido em outro projeto, o da Lei Orçamentária Anual (LOA), que será enviado pelo governo em agosto e precisa ser aprovado pelo Legislativo. Para Vieira, é um absurdo que o valor de R$ 5,7 bilhões possa ser sancionado pelo presidente, "ainda mais em plena crise econômica e com o drama da pandemia".

De acordo com a legislação, o valor do fundo eleitoral é estipulado com base na arrecadação de impostos oriunda do fim da propaganda partidária mais um porcentual não definido das emendas de bancada. Somente a primeira parte, porém, é obrigatória pela legislação em vigor, de acordo com o consultor. O cálculo apresentado é o seguinte: com o projeto aprovado pelo Congresso, o fundo teria R$ 791 milhões da arrecadação de impostos mais R$ 4,93 bilhões que saíram das emendas de bancada, montante equivalente a 25% das despesas da Justiça Eleitoral. Todos os anos, as bancadas do Congresso, formadas pelo conjunto de deputados e senadores de cada Estado, podem indicar recursos no Orçamento para obras do governo federal. Em ano eleitoral, porém, elas abrem mão de parte dos recursos para bancar as eleições.

"Os R$ 4,93 bilhões das emendas de bancada estadual de execução obrigatória deixarão de ser utilizados em serviços, obras e entregas diretas à sociedade para financiar as campanhas", diz a nota ao considerar o cenário de sanção do projeto aprovado pelo Congresso. Com isso, o chamado "fundão" tiraria 70% do total de recursos reservados para projetos indicados pelas bancadas no Orçamento. Além disso, se o artigo for sancionado por Bolsonaro, o Legislativo "não poderá recompor o montante original das emendas impositivas de bancada estadual", de acordo com o especialista.

A nota técnica será usada para pressionar o Executivo a vetar o aumento do gasto com as campanhas eleitorais, que somou R$ 2 bilhões no ano passado. Vieira e um grupo de deputados entraram com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para anular a votação da LDO e proibir o aumento do fundo para as campanhas no ano que vem. De acordo com a consultoria, é possível defender a tese de que o fundo eleitoral é inconstitucional porque fere a norma que tornou as emendas de bancada impositivas. O técnico pontuou, porém, que a lei atual garante o financiamento e que não há decisão do STF contra o chamado "fundão".

Mínimo

Se Bolsonaro vetar o dispositivo que turbinou o fundo eleitoral em 2022, o chefe do Planalto terá que encaminhar o Orçamento do ano que vem com um patamar mínimo de R$ 791 milhões, de acordo com a nota técnica. É o valor projetado pelo consultor para a arrecadação oriunda da extinta propaganda partidária. Técnicos da Câmara apresentaram um cálculo de R$ 803 milhões. De qualquer forma, a legislação garante esse patamar como obrigatório, mais um porcentual não definido das emendas de bancada. Para o consultor do Senado, "o Congresso Nacional não poderia ser obrigado a remanejar recursos das emendas impositivas de bancada estadual para o Fundo."

De acordo com Alessandro Vieira, a garantia de R$ 791 milhões apontada pela consultoria "é mais uma prova técnica de que o presidente Jair Bolsonaro só não veta o fundão porque não quer". "É absurdo esse recurso ser usado assim em qualquer momento, mais ainda durante a pandemia.". A nota da consultoria rebate a possibilidade de o chefe do Planalto sancionar apenas uma parte do artigo que garantiu um fundo de R$ 5,7 bilhões. Nesse caso, Bolsonaro é obrigado a sancionar ou vetar integralmente o dispositivo. Mesmo com o veto, o fundo eleitoral não é extinto, porque outro artigo na própria LDO garante a previsão da despesa para 2020.

O presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar que vetará apenas o "excesso" do fundo eleitoral, cerca de R$ 2 bilhões dos R$ 5,7 bilhões aprovados pelo Congresso em dispositivo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Para justificar o ato, citou novamente projeção incorreta para a inflação e distorceu informações sobre a lei que regulamenta o financiamento de campanhas. Ele disse ser obrigado a conceder um reajuste mínimo de acordo com a correção monetária do período.

"Toda vez que tem eleições, o que a lei manda fazer? Pegar o valor anterior, botar inflação em cima, é o novo Fundão. Então, no caso desse, eu não posso vetar, porque se eu vetar, eu estou deixando de cumprir a lei de 2017. Neste caso, no Fundão, extrapolaram. Então eu posso vetar. Vetar o que? O excesso", disse nesta terça-feira (27) em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

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Apesar da justificativa utilizada pelo presidente, não há obrigação por parte da Presidência da República de reajuste mínimo do chamado Fundão pela inflação. Se Bolsonaro confirmar o veto à regra aprovada na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o valor ficará em aberto. Segundo determina e legislação, o governo e os parlamentares deverão estabelecer o gasto com as campanhas no ano que vem de acordo com o seguinte cálculo: usar o valor dos impostos arrecadados com o fim da propaganda partidária, calculado em R$ 803 milhões no ano que vem, mais um porcentual não definido da reserva destinada às emendas parlamentares de bancada, cuja somatória deve chegar a R$ 8 bilhões no próximo ano.

Conforme informou o Broadcast Político, o valor do chamado Fundão ajustado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) projetado para 2021 e 2022, seria de R$ 2,197 bilhões, bem inferior aos "quase R$ 4 bilhões" estimados pelo presidente. O cálculo, realizado por técnicos do Congresso Nacional, tem como base os R$ 2,035 bilhões a que os partidos tiveram direito no ano passado para as eleições municipais.

O presidente tentou se defender de críticas com relação a seus vetos, já que parlamentares como o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), o desafiaram a vetar o Fundão de forma integral. O chefe do executivo manteve o discurso de que incorreria em crime de responsabilidade, caso retirasse os recursos para financiamento de campanhas da previsão orçamentária de 2022.

Remédios para câncer

Bolsonaro aproveitou para justificar o veto de ontem ao projeto que facilitaria acesso a remédios orais contra o câncer, "um projeto muito bom", em sua própria avaliação, mas, segundo ele, sem um uma fonte de custeio. "Se eu sancionar, estou em curso de crime de responsabilidade. Aí eu veto, apanho porque vetei. Por falta de conhecimento do pessoal." O texto previa redução dos requisitos necessários para que planos de saúde arcassem com os custos dos medicamentos.

Bolsonaro usou o mesmo argumento para justificar seu veto a um projeto que dispunha sobre uma ajuda financeira para fornecer internet de alunos e professores das escolas públicas.

O presidente, insatisfeito com as críticas que tem recebido, disparou: "De vez em quando dá vontade de falar que vocês merecem os presidentes que tiveram anteriormente", mas se atrapalhou na conclusão de seus pensamentos. "Fazer as coisas sem responsabilidade não é fácil", disse.

Voto impresso

Sem perder de vista a disputa eleitoral do ano que vem, Bolsonaro continuou - como tem feito diariamente - a atacar a democracia e a sugerir a seus apoiadores que o pleito será fraudado. Ele agora tenta mudar o nome "voto auditável", que usa para falar do voto impresso, para "voto democrático". Bolsonaro também alertou os apoiadores que quem se eleger no ano que vem poderá fazer duas indicações para o Supremo Tribunal Federal (STF) em 2023. "Olha o que está em jogo", disse.

"Os que tiraram o Lula da cadeia são os mesmos que vão contar os votos", afirmou, apesar de apenas três dos sete integrantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pertencerem ao Supremo Tribunal Federal (STF), corte responsável pela decisão que anulou as condenações do ex-presidente pela Justiça de Curitiba e transferiu o processo para Brasília.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que a decisão final sobre o reajuste do fundo eleitoral para R$ 5,7 bilhões caberá ao Congresso, responsável, segundo ele, por decidir se derrubará o veto do Planalto. "O governo não tem tantos poderes no Brasil. A palavra final dessa proposta caberá ao Parlamento brasileiro, porque o Congresso poderá derrubar esse veto", disse, em entrevista à Rádio Grande FM, de Dourados (MS).

Ele citou artigo 85 da Constituição, que determina quais são os crimes de responsabilidade da Presidência da República, ao repetir que seria obrigado a aprovar o aumento da verba para campanhas eleitorais, caso o montante adicional correspondesse à correção inflacionária. "Grande parte da população não entende a questão de veto, do artigo 85 da Constituição. Esse fundão, como extrapolou o valor do ano anterior mais a correção monetária, eu tenho liberdade para vetar, e assim vou proceder", repetiu

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Ao reafirmar que não sancionará a matéria, incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o presidente eximiu base aliada da responsabilidade pela aprovação do texto e voltou a responsabilizar o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM), que presidiu a sessão legislativa durante a qual se votou a LDO. O presidente repetiu também que Ramos teria "atropelado votação de destaque" para que o fundão eleitoral, o que não é verdade.

Ramos colocou em pauta o destaque do Novo para votar o fundão separado do restante da LDO, mas o pedido foi rejeitado, inclusive por parlamentares aliados ao governo.

O presidente Jair Bolsonaro disse que seria forçado a sancionar o fundão, caso o valor previsto para a medida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) fosse "da ordem de R$ 3 bilhões". "O que a lei manda fazer é corrigir o fundão pela inflação nos últimos dois anos. Então, se tivesse chegado um fundão na ordem de R$ 3 bilhões, eu seria obrigado a sancionar. Um deputado ou senador pode votar no que ele quiser", disse em entrevista à rádio Jovem Pan Itapetininga na manhã desta quarta-feira (21).

Bolsonaro prometeu, nessa terça (20), que vetaria o Fundo Eleitoral de R$ 5,7 bilhões aprovado pelo Congresso. Nas redes sociais, representantes da base aliada do governo foram criticados por terem votado favoravelmente ao reajuste de R$ 3,7 bilhões da verba à qual partidos teriam acesso para financiar campanhas eleitorais. O presidente os defendeu ao dizer que a LDO era de interesse do Executivo e que o aumento do valor do fundão era "casca de banana" deixada pelo Parlamento. No entanto, governistas não apoiaram a iniciativa do Novo de pedir destaque para que a matéria fosse votada separadamente do restante da previsão orçamentária de 2022.

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Internet nas escolas

Bolsonaro também se queixou das críticas que recebe por ter vetado projeto aprovado pelo Congresso para instalação de internet nas escolas. Segundo ele, não havia previsão de execução orçamentária e, caso sancionada, sua gestão correria risco de ser enquadrada no artigo 85 da Constituição, que trata dos crimes de responsabilidade da Presidência da República.

"Eu vetei. Aí o pessoal fala: que presidente maldoso, ele não quer internet nas escolas. Só que o custo chegava a R$ 4 bilhões e o deputado que é o pai da criança não apresentou a fonte de custeio. Se eu sanciono, eu estou em curso no artigo 85 da Constituição, crime de responsabilidade. Eu tenho um montão de trava do meu lado, não posso fazer o que vem na telha", justificou-se.

Em meio às negociações entre Legislativo e Executivo em torno do fundo eleitoral, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou, em entrevista à GloboNews, que o Congresso pode discutir como quantificar "de maneira justa" o financiamento de campanhas no País.

Deputados e senadores aprovaram na semana passada a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022 reservando R$ 5,7 bilhões para o fundo eleitoral, o triplo do destinado às eleições gerais de 2018. Diante da repercussão negativa, o presidente Jair Bolsonaro já sinalizou que vai vetar a cifra, mesmo que ela tenha sido aprovada com votos da base governista. Agora, Planalto e Congresso negociam um valor intermediário. Como publicou o Broadcast Político mais cedo, partidos pressionam por no mínimo R$ 4 bilhões.

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"Talvez nós tenhamos que nos debruçar para quantificar quanto custa uma campanha, para que não fique a impressão sobre o parâmetros desarrazoáveis da LDO", disse o presidente do Senado durante a entrevista. "O Congresso não se furtará a critérios que podem quantificar de maneira justa o financiamento de campanhas", acrescentou, sinalizando disposição para negociar o impasse.

Visto muitas vezes como um aliado do Planalto, Pacheco também afirmou que "não gostaria de ver um terceiro impeachment" no País e ressaltou que a deposição de um presidente é uma medida excepcional, voltada a casos extremos. O parlamentar votou a favor do impeachment de Dilma Rousseff em 2016.

Apesar de rechaçar a cassação de Jair Bolsonaro, Pacheco reconheceu que houve erros do governo no combate à pandemia. "Mas Queiroga é fiel e obediente à ciência, à medicina. Tem se revelado um bom ministro da Saúde, temos aumento da escala de vacinação", ponderou. Sobre as investigações da CPI da Covid, o senador se limitou a dizer que espera "bons resultados".

Eleições

Cortejado pelo PSD para disputar a Presidência da República pela chamada "terceira via" - ou seja, para superar a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) -, Pacheco fez questão de se manter, durante a entrevista, mais distante do debate eleitoral. "A minha obrigação nesse momento é com o Senado. As eleições de 2022 ficarão para seu momento oportuno", afirmou, ressaltando, por outro lado, que o próximo presidente deverá ser alguém com capacidade de unificação nacional.

Questão militar

A chamada "PEC Pazuello", projeto em tramitação no Congresso que quer impedir militares da ativa de ocuparem cargos no governo, também foi tema da entrevista. Seguindo seu estilo de evitar posicionamentos polêmicos, Pacheco apenas afirmou que permitirá a discussão e que a politização dos quartéis "merece reflexão".

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta terça-feira (20), que ainda não vetou o trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada no Congresso, que prevê aumento do Fundo Eleitoral, de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões, porque o projeto ainda não chegou na sua mesa. Ele lembrou ainda que terá 15 dias úteis para tomar a decisão.

"Eu precisava da aprovação da LDO e os parlamentares que votaram favoravelmente foram rotulados como se estivessem votando essa majoração do fundão, o que não é verdade", disse em entrevista à Rádio Itatiaia.

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No entanto, a base aliada do governo não apoiou a iniciativa da bancada do Novo de pedir destaque da votação do chamado "fundão", para que a medida pudesse ser votada separadamente da LDO. Desta forma, seria possível aprovar a previsão de orçamento para 2022 sem que houvesse aumento dos recursos destinados aos partidos para financiamento das campanhas.

Bolsonaro disse ter liberdade de vetar a proposta devido ao que considera "extrapolação" por parte do parlamento no valor estabelecido. No entanto, a medida é do interesse de setores fisiológicos do Congresso, aos quais o governo se aliou desde as eleições para as presidências da Câmara e do Senado, nas quais o Planalto apoiou candidatos destes setores.

O presidente Jair Bolsonaro pretende vetar o fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões, aprovado pelo Congresso Nacional na semana passada com votos da bancada governista. A declaração foi dada à TV Brasil. A emissora adiantou há pouco trechos de uma entrevista exclusiva que irá ao ar às 22h30 de hoje.

Na avaliação de Bolsonaro, a cifra aprovada é astronômica e poderia ser mais bem utilizada em obras de infraestrutura. "É uma cifra enorme, que no meu entender está sendo desperdiçada, caso ela seja sancionada. Posso adiantar para você que não será sancionada", afirmou o chefe do Palácio do Planalto.

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Ontem, ao deixar o hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde ficou internado por quatro dias para tratar uma obstrução parcial do intestino, Bolsonaro afirmou que a elevação do fundo eleitoral para R$ 5,7 bilhões - mais do que o triplo destinado às eleições de 2018, quando foi distribuído R$ 1,8 bilhão - foi uma "casca de banana" dentro da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

Ele jogou a culpa pelo aval dado ao Parlamento à proposta no vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), que liderava a sessão.

Uma tentativa de barrar o fundão eleitoral que praticamente triplicou os repasses públicos para campanhas políticas teve o apoio de apenas cinco partidos. Cidadania, PSOL, Podemos e PSL foram os únicos a apoiarem uma mobilização feita pelo Novo para rejeitar o fundo de R$ 5,7 bilhões incluído na votação, anteontem, da Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) no Congresso. Atualmente, 24 partidos políticos têm representação na Câmara dos Deputados.

O Novo apresentou ao plenário um pedido de alteração do texto-principal, o chamado "destaque", para retirar das regras do Orçamento a previsão de um cálculo para o financiamento de campanha. Com isso, o montante teria de ser definido na Lei Orçamentária Anual (LOA), a ser entregue pelo governo ao Congresso até agosto. Como há necessidade de cortar recursos, isso dificultaria o aumento. O pedido, porém, não conseguiu convencer a maioria das legendas.

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A votação desse destaque apresentado pelo Novo foi simbólica, ou seja, sem a contagem nominal de votos. Dessa forma, não é possível saber exatamente como votou cada parlamentar em relação a esse tema, especificamente. A única votação nominal feita refere-se ao texto geral da LDO, que tratava de toda aplicação do dinheiro público no País, e não apenas de repasses para campanha.

As lideranças do Cidadania, PSOL e Podemos se manifestaram em apoio ao pedido do Novo. Cerca de 15 minutos após o encerramento da votação, o PSL também se manifestou favorável. "Os deputados estão me acionando bastante para deixar registrado somente que o partido é contra o fundo eleitoral nos moldes em que está", disse o deputado general Peternelli (PSL-SP), em nome do seu partido.

Na Câmara, Cidadania (8), PSOL (9), Podemos (10), PSL (53) e Novo (8) somam 88 deputados, mas seriam necessários 257 votos para a aprovação do destaque.

"Nós somos contrários ao uso de dinheiro público para financiamento de campanhas. Na nossa opinião, dinheiro público tem que ser utilizado para a saúde, para a segurança e para a educação. Não faz nenhum sentido, na nossa visão, todos os cidadãos brasileiros pagarem essa conta, todos os cidadãos brasileiros financiarem partidos políticos e financiarem campanhas", disse a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), ao defender o destaque no plenário.

Anteontem, o Congresso decidiu turbinar o financiamento das campanhas eleitorais de 2022, com uma mudança nas regras apresentada de última hora. A alteração na construção do Orçamento do próximo ano reserva R$ 5,7 bilhões para as campanhas do ano que vem. Esse montante (sem descontar a inflação) de dinheiro público representa um aumento de 185% em relação ao valor que os partidos obtiveram em 2020 para as disputas municipais - R$ 2 bilhões. É também mais que o triplo do que foi destinado às eleições de 2018, quando foi distribuído R$ 1,8 bilhão.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL) afirmou nesta quinta-feira (2), que foi o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que apresentou a proposta de R$ 2 bilhões para o fundo eleitoral. Além disso, Joice diz que - se por acaso Bolsonaro vetar o "fundão" - ele não corre risco de impeachment, como vem sendo dito pelo próprio presidente.

"Afirmar que a discussão legislativa do quanto a ser aprovado geraria crime de responsabilidade é pura má-fé. É tentar manipular de forma mentirosa a opinião pública. Isso não pode ser feito por um presidente da República. É vergonhoso. Vexatório. É molecagem", escreveu a deputada.

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Em sequência de publicações no seu Twitter, Joice aponta que Bolsonaro quer provocar um desgaste no Congresso com essas "informações enganosas". A pesselista diz ainda que o presidente da República "tem que assumir suas responsabilidades. Se quer vetar, como eu defendo, que vete e enfrente o desgaste com o Congresso e pare de conversa fiada e desculpas esfarrapadas. Se quer sancionar, que sancione e assuma seu papel e fale a verdade ao povo", publicou a deputada.

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