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O vice-prefeito de Olinda e presidente do Partido Progressista (PP) no município, Márcio Botelho, acusou o prefeito da cidade, Professor Lupércio (PSD), de perseguição e de demitir todos os funcionários de seu gabinete. A denúncia foi feita em um vídeo publicado nas redes sociais, e que também apontou para suposta negligência da gestão quanto ao prédio da Prefeitura, que é patrimônio olindense.  

"Estou aqui com Michele, minha secretária, a última pessoa que ficou responsável pelo atendimento no meu gabinete, e tive hoje a triste surpresa que ela foi exonerada pelo prefeito Lupércio", afirmou Botelho, que aparece ao lado da funcionária nas imagens. 

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Antes aliados, Márcio e Lupércio romperam publicamente em março deste ano, quando o vice migrou para o Progressistas, no intuito de entrar para a disputa municipal de 2024. O credenciamento de Botelho mirando a Prefeitura Municipal de Olinda aconteceu em agosto deste ano. Desde então, o presidente local do PP tem trabalhado em clima de pré-campanha, em meio a uma forte má avaliação da gestão de Lupércio. 

Em nota, a Prefeitura de Olinda negou que todos os funcionários do gabinete do vice-prefeito tenham sido demitidos, apesar de não informar se ocorreram demissões e quantas teriam sido confirmadas. “É lamentável que num município com tantos desafios, o vice-prefeito empregue seu tempo na busca por holofote, utilizando todo tipo de expediente”, disse o comunicado. A gestão também informou que “quaisquer ações de intervenção no espaço não foram realizadas por inércia do próprio vice-prefeito, que não solicitou o serviço ao setor responsável”. 

O LeiaJá aguardava, até o momento desta publicação, um esclarecimento da Prefeitura de Olinda sobre a suspensão das atividades do gabinete. A nota cita que a informação de que todo o quadro foi demitido é falsa, mas deixa implícito que servidores foram demitidos. A reportagem também questionou a gestão de Lupércio se, mesmo com as possíveis demissões, é possível seguir a agenda do vice. 

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A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, afirmou que deseja ter um gabinete próprio no Palácio do Planalto, onde seu marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, despacha com auxiliares. "A primeira-dama dos Estados Unidos tem um", argumentou em entrevista publicada neste domingo (5), no jornal O Globo, na qual rebate críticas de aliados do governo de que atua como se tivesse sido ela a eleita.

"Falam muito de eu não ter um gabinete, mas precisamos recolocar essa questão. Nos EUA, a primeira-dama tem. Tem também agenda, protagonismo, e ninguém questiona. Por que se questiona no Brasil? Vou continuar fazendo o que acho correto. Sei os limites. Eu quero saber das discussões, me informar, não quero ouvir de terceiros", justificou.

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Ela diz que "não participa" de reuniões de trabalho de Lula. "O povo acha que eu fico lá sentada. Minhas conversas com o presidente são dentro de casa, no nosso dia a dia, no fim de semana, quando a gente toma uma cerveja. Quando estou incomodada, eu vou lá e questiono. Não é porque eu sou mulher do presidente que vou falar só de marca de batom", disse.

A influência de Janja sobre Lula tem motivado ataques de opositores e preocupação no governo, que, por ora, vetou a instalação de um gabinete para ela no Planalto, onde o presidente despacha. Uma das críticas recorrentes é de que ela extrapola os limites da atuação de uma primeira-dama e tenta influenciar em decisões que caberiam a políticos eleitos.

Na entrevista, Janja reconhece que "há pouquíssimas mulheres" no entorno do presidente e disse que "faz parte" a demissão de ministras do governo. As agora ex-ministras do Turismo Carneiro Daniela Carneiro e do Esporte Ana Moser, além da presidente da Caixa, Rita Serrano, foram demitidas para acomodar homens indicados por partidos do Centrão, ala fisiológica do Congresso.

"Já nos recusamos a sair na foto como cota. Na transição, falamos de mais mulheres nos ministérios. Isso de alguma forma foi atendido. Passamos (ela e o presidente) os fins de semana a sós e conversamos muito. Às vezes, a gente tem umas discussões um pouco mais assim… fortes. Mas é isso. Tivemos duas perdas (de mulheres) no governo", disse ela. A entrevista foi feita um dia antes da demissão de Rita Serrano na Caixa.

Janja também protestou contra protocolos de cerimônias do Brasil e do exterior em que as mulheres das autoridades são posicionadas atrás dos maridos. "Não, amor, eu não fico atrás do presidente. Sempre fico ao lado dele", contou ter dito ao cerimonial do Parlamento português, durante um evento em Lisboa, em abril.

Janja faz ensaio de moda com Bob Wolfenson

Para a entrevista, Janja fez uma sessão exclusiva de fotos com Bob Wolfenson, fotógrafo especializado em moda de renome internacional. As fotos produzidas mostram a primeira-dama em poses pelo Palácio do Alvorada, residência oficial dos presidentes da República.

O guarda-roupas de Janja também rende comentários e não raramente críticas. Ela diz usar sua visibilidade para divulgar a estilistas brasileiros.

"Faço questão de usar sempre uma roupa diferente quando vou aos eventos internacionais, porque a gente precisa falar mais sobre moda brasileira e divulgar nossos estilistas."

Sobre o dia a dia no governo, Janja afirma que continua indo ao supermercado e à farmácia. "Às vezes, tenho saudade de passar um pano no chão. Antes de ele ser eleito, me ajudava a lavar louça, coisa que talvez ele não fizesse antes, mas nunca perguntei."

O advogado Luis Henrique Pichini Santos foi nomeado para o cargo de assessor do gabinete adjunto de Informações em Apoio à Decisão do Gabinete Pessoal da Presidência da República. A nomeação de Pichini, que trabalhou no escritório Teixeira Martins & Advogados, do agora ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin, foi publicada no Diário Oficial da União da última terça-feira, 10.

De acordo com seu perfil nas redes sociais, Pichini trabalhou por pouco mais de quatro anos na empresa de advocacia de Zanin como advogado criminalista. Na época, o agora ministro do STF já era advogado de Luiz Inácio Lula da Silva nos processos da Lava Jato.

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Esta não é a primeira nomeação do governo de pessoas que ajudaram Lula durante o período da Lava Jato. No final de setembro, o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, liberou o agente da Polícia Federal Paulo Rocha Gonçalves Júnior para assumir o cargo na Presidência da República. O agente é conhecido como Paulão. Ele foi uma espécie de carcereiro do hoje presidente Luiz Inácio Lula da Silva enquanto o petista estava preso na sede da PF em Curitiba.

Paulão, como é conhecido, virou amigo e homem de confiança de Lula. Participou da equipe de segurança do petista na campanha de 2022 e, depois, no governo.

Alvo de operação da Polícia Federal (PF) no dia do seu aniversário, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) não recebeu apoio daquele que considera um fiel aliado: o ex-presidente Jair Bolsonaro. Nem o ex-chefe do Executivo e nem filhos Flávio, Eduardo e Carlos se posicionaram publicamente sobre o caso nas redes sociais.

O parlamentar é investigado pelos crimes de divulgação de documento confidencial, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. As penas máximas para esses delitos, somadas, alcançam 31 anos e seis meses de prisão.

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Marcos do Val se alinhou a Bolsonaro nas eleições de 2018, quando levantou pautas como a flexibilização do porte de armas entre a população civil. Em fevereiro deste ano, o parlamentar alegou ter sofrido coação do ex-presidente Bolsonaro para se aliar a ele em um golpe de Estado - mas deu versões diferentes sobre o caso.

Conforme mostrou o Estadão na época, Do Val mudou a sua versão sobre a suposta coação após receber ligações do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e passou a dizer que plano era de autoria do deputado cassado Daniel Silveira (PTB-RJ), numa tentativa de desvencilhar uma possível responsabilidade do ex-presidente.

Em razão das divergências, o ministro do STF Alexandre de Moraes mandou abrir inquérito para verificar se o senador mentiu no depoimento à PF sobre o tal do plano golpista. O ministro definiu a suposta tentativa de golpe como um episódio "ridículo" e classificou a ação como uma "operação Tabajara".

Os apoios a Do Val vieram do ex-vice-presidente Hamilton Mourão, hoje senador, e de parlamentares bolsonaristas. Para Mourão (Republicanos-RS), o caso se configura mais como "vingança do que dever de ofício".

A narrativa foi reproduzida pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG): "Multa de 22 milhões no PL, audiência do Bolsonaro pro dia 22 e busca e apreensão no dia do aniversário do Marcos do Val. Justiça ou vingança?", questionou.

O deputado André Fernandes (PL-CE) defendeu o direito de expressão de Do Val, que teve suas redes sociais derrubadas após decisão de Moraes. Marcos do Val também recebeu apoio do senador Eduardo Girão (Novo-CE).

Entenda a operação

Nesta quinta-feira (15), a PF cumpriu três mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao senador. Agentes vasculharam seu gabinete no Senado e outros dois endereços no Espírito Santo, sua base eleitoral. As diligências e a derrubada das redes sociais do senador foram decretadas por Moraes. A Polícia Federal pediu a prisão de Marcos do Val, mas o ministro não acolheu a solicitação. Durante a ofensiva, o celular do senador foi apreendido.

A operação ocorreu na mesma semana em que o parlamentar divulgou trechos de relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com alertas sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. Ele afirmou que as pessoas iriam ver prevaricação de "Alexandre de Moraes e do presidente Lula".

Também nesta semana, o senador compartilhou um comentário em suas redes sociais em que sugeria que Moraes fosse investigado no inquérito que está sob sua própria relatoria, sobre a ofensiva antidemocrática.

A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira, 15, três mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao senador Marcos do Val (Podemos-ES). No dia do aniversário do parlamentar, agentes da PF vasculham seu gabinete no Senado e outros dois endereços do senador no Espírito Santo, sua base eleitoral. As diligências foram decretadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

O senador é investigado pelos crimes de divulgação de documento confidencial, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

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Em fevereiro, o parlamentar alegou ter sofrido coação do ex-presidente Jair Bolsonaro para se aliar a ele em um golpe de Estado - mas deu versões diferentes sobre o caso. Em razão das divergências, Alexandre de Moraes mandou abrir inquérito para verificar se o senador mentiu no depoimento à PF sobre o tal do plano golpista.

O ministro definiu a suposta tentativa de golpe como um episódio 'ridículo', tentativa de 'operação Tabajara'.

Em um primeiro momento, Marcos do Val afirmou que teria sido recebido por Bolsonaro numa reunião no Palácio da Alvorada e o então chefe do Executivo teria sugerido que o parlamentar gravasse o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes. Segundo essa versão, Bolsonaro chamou Do Val à residência presidencial para dar a ele essa missão.

Depois de receber ligações do clã Bolsonaro, Do Val mudou o relato. Disse que a ideia não partiu de Bolsonaro, mas do ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ).

"O que ficou claro para mim foi o Daniel achando uma forma de não ser preso de novo, porque toda hora ele descumpria as ordens do ministro (Moraes). Ficou muito claro que ele estava num movimento de manipular e ter o presidente (Bolsonaro) comprando a ideia dele", afirmou em entrevista coletiva em seu gabinete no Senado.

À Polícia Federal, Do Val afirmou que Silveira teria proposto uma 'missão importantíssima' que 'entraria para a história': que ele fizesse uma gravação clandestina do ministro Alexandre de Moraes e 'conduzisse a conversa' na tentativa de induzi-lo a falar 'algo no sentido de ultrapassar as quatro linhas da Constituição'. O objetivo seria anular o resultado da eleição e prender o presidente do TSE.

Do Val chegou a alegar que alertou sobre a ilegalidade do grampo e que Daniel Silveira teria respondido que 'daria um jeito para tornar a gravação legal', sem especificar como. De acordo com o senador, Bolsonaro ficou calado durante toda a conversa, mas em nenhum momento 'negou o plano ou mostrou contrariedade'. "A sensação era que o ex-presidente não sabia do assunto e que Daniel Silveira buscava obter o consentimento", narrou.

Após a citação, em março, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a abertura de inquérito para investigar suposto envolvimento de Silveira com os atos golpistas de 8 de janeiro.

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Um levantamento do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) identificou a prática de rachadinha no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), na Câmara Municipal do Rio. Ao menos seis pessoas nomeadas para sua equipe teriam transferido mais de R$ 2 milhões para o chefe de gabinete do filho do ex-presidente. 

O laudo obtido pelo O Globo constatou que, entre 2009 e 2018, os servidores fizeram 688 transferências para a conta de Jorge Luiz Fernandes. Conhecido como Jorge Sapão, homem de confiança de Carlos, assim como Fabrício Queiroz era para o senador Flávio Bolsonaro. 

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Flávio e Carlos Bolsonaro. Os irmãos são investigados pela prática de rachadinha. Reprodução/Redes Sociais

A movimentação financeira levantada pelo Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro do MPRJ também identificou que Sapão pagou despesas de Carlos através de contas pessoais. 

LeiaJá também: Rachadinha envolvendo bolsistas da Uerj é investigada

Mesmo considerado um bojo de provas robusto, a 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada ainda quer verificar se os desvios eram regulares para comprovar se Carlos Bolsonaro foi beneficiado pelas transferências de parte dos salários do seu gabinete. 

Família da ex-madrasta

A investigação sobre a prática de rachadinha em seu gabinete foi motivada por uma reportagem da Época, em junho de 2019, que revelava que sete parentes da ex-esposa de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Valle, foram empregados, mas não iam à Câmara. 

Em um desdobramento da reportagem, quatro servidores admitiram que não trabalhavam no gabinete de Carlos Bolsonaro. O sistema confirmou as respectivas nomeações e os salários em dia. Um dos casos é o de Marta Valle, cunhada da sua ex-madrasta. Apesar do salário de R$ 17 mil do gabinete, ela mora em Juiz de Fora, em Minas Gerais. 

O senador bolsonarista Magno Malta (PL) colocou a própria suplente como uma de suas assessoras de gabinete. Como "substituta" em casos de afastamento do congressista, Marcinha Macedo já recebe mensalmente R$ 7,5 mil. 

Filiada ao PL, Márcia tem uma parceria de anos com o senador. Escolhida como suplente na última eleição, ela não declarou renda alguma à Justiça Federal. 

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Ao Metrópoles, Magno Malta defendeu a contratação da suplente para atuar em seu gabinete. “Antes de Márcia Macedo ser a minha 1ª suplente, ela tem um histórico de quase 30 anos sendo minha assessora e fazendo um trabalho junto às lideranças do estado do Espírito Santo. Ela é professora, já foi vereadora em Pedro Canário (ES), é produtiva no que tange às demandas do meu mandato e, acima de tudo, não há nenhuma ilegalidade na nomeação dela no meu gabinete”, disse em nota. 

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, determinou a constituição de um Gabinete de Crise para acompanhar a situação de conflitos na região do extremo sul da Bahia, onde ocorreram nesta semana a morte de lideranças indígenas do povo Pataxó. A Portaria com a instituição do gabinete, que terá duração de 60 dias, está publicada em edição extra do Diário Oficial da União desta quinta-feira (19).

Na última terça-feira (17), dois indígenas foram mortos a tiros em Itabela. "Perdemos dois jovens Pataxó em virtude de conflito por terra e luta por demarcação. A minha primeira agenda do dia será com lideranças indígenas do Extremo Sul da Bahia. Acompanharei de perto o que vem acontecendo na região e irei requisitar ação imediata do Estado", postou a ministra no Twitter na quarta-feira (18).

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O Gabinete de Crise será composto pela ministra Guajajara e por representantes da secretaria-executiva da pasta, da secretaria de Direitos Territoriais Indígenas; do Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Indígenas; Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Ainda serão convidados a compor o grupo um represente do Ministério da Justiça, do Governo do Estado da Bahia, da Defensoria Pública da União, do Ministério Público Federal, do Conselho Nacional de Direitos Humanos e da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil.

A equipe de transição que prepara o terreno para o novo governo é formada majoritariamente por homens, brancos, paulistas e filiados ao PT. Dos mais de 300 integrantes nomeados para o grupo, aproximadamente 1/3 pertence ao partido, indicando que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva pode descumprir a promessa de fazer um governo de centro. O PT fica bem à frente do PSB do futuro vice Geraldo Alckmin, que tem 15 representantes no gabinete instalado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

O Sudeste predomina no governo de transição, com pelo menos 144 integrantes (48%). Considerado fundamental para a vitória de Lula contra o presidente Jair Bolsonaro no segundo turno da disputa, o Nordeste vem logo depois, com 57 nomes (19%). Puxada por Brasília, a região Centro-Oeste abriga 39 escolhidos (13%), seguida pelo Sul, com 33 (11%). Para o cálculo, a reportagem adotou como critério onde a pessoa vive, e não onde nasceu.

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Os dados sugerem que haverá grande contraste com a primeira formação da Esplanada sob Bolsonaro. Em dezembro de 2018, o então presidente eleito, capitão da reserva, anunciou o ministério sem nenhum nordestino.

Raio X

O atual gabinete de transição tem sotaque paulista: o Estado mais rico do País é o que possui mais assentos no grupo, com 94 nomes. Em seguida vem o Rio, com 33 representantes; o Distrito Federal, com 29, e a Bahia, com 18. O Paraná, Estado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tem 17 indicados, assim como Pernambuco. Os números foram tabulados pelo Estadão na sexta-feira, antes da publicação do Diário Oficial que trouxe outros 18 nomeados. Hoje com 318 membros, a equipe cresce diariamente e ainda não está concluída.

Cotado para assumir o Ministério da Justiça, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) minimiza a hegemonia petista. "O PT é o maior partido da aliança. Então, é normal que tenha mais nomes", afirmou Dino. Na avaliação do ex-governador do Maranhão, a identidade do novo governo será de uma centro-esquerda que não exclui outros perfis. "Importante é a pluralidade. E essa está ocorrendo", disse ele.

Integrante do núcleo paulista do partido, o deputado Paulo Teixeira (SP), secretário-geral do PT, vai na mesma linha. No seu diagnóstico, mesmo com o predomínio petista no atual grupo, Lula comandará "um governo de frente democrática".

Voluntários

A lei que criou o gabinete de transição no governo Fernando Henrique Cardoso, em 2002, e um decreto de 2010 preveem apenas 50 cargos remunerados. Atualmente, a maioria dos integrantes da equipe é formada por voluntários. Esta é a situação, por exemplo, de Anderson Adauto, ex-ministro dos Transportes de Lula, entre 2003 e 2004, quando ainda era do PL.

Adauto se lançou neste ano a deputado federal pelo PCdoB, mas desistiu da candidatura após sofrer dois pedidos de impugnação. O ex-ministro está inelegível porque, em 2012, foi condenado por improbidade administrativa à frente da prefeitura de Uberaba.

O grupo convocado para fazer o que Lula chamou de "ressonância magnética" de 31 áreas contempla de líderes de partidos interessados em formar a base de apoio do novo governo até indicados de pessoas próximas ao presidente eleito e seu entorno.

Futura primeira-dama, Rosângela Lula da Silva, a Janja, indicou uma amiga dos tempos de faculdade, a também socióloga paranaense Margarida Quadros, para o grupo de Direitos Humanos. Mestre em Gestão Urbana pela PUC-PR, ela tem hoje uma empresa de consultoria.

Ao todo, há integrantes de 17 partidos na equipe de transição, inclusive do Centrão, como o PP, hoje aliado de Bolsonaro no Congresso. O deputado Neri Geller e a senadora Katia Abreu, ambos ex-ministros, são filiados ao PP e estão no grupo de Agricultura. Kátia foi uma das aliadas mais fiéis da então presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment, em 2016.

O time de Lula também conta com representantes do MDB (9), partido da senadora e provável ministra Simone Tebet, PC do B (7), PSOL (8), PSD (7), Rede (6), PDT e PV (3 cada), Avante, Cidadania, Solidariedade (2 cada), Agir, Pros, PSDB e PTB (1 cada).

Perfil

Dos nomes escolhidos para o gabinete de transição, 64% são homens. Os brancos representam 75%, enquanto os negros (pardos e pretos, inclusive autodeclarados) somam 18%. Há ainda 11 indígenas (3,8% do total) e quatro integrantes de origem asiática.

Para o sociólogo Thales Vieira, coordenador do Observatório da Branquitude, embora o número de negros no grupo não espelhe o que é a sociedade, integrantes como Douglas Belchior, Sheila Carvalho, Roseli Faria e Silvio Almeida representam pautas do movimento. "(Eles) levam pautas coletivas, que é o mais importante", disse Vieira. "A gente sai de um cenário de terra arrasada no atual governo, onde essa questão não era tratada, para um cenário onde ela começa a ser tratada novamente". O sociólogo citou duas pautas prioritárias: a redução da mortalidade de jovens negros e uma reforma tributária que diminua as desigualdades raciais.

Ao longo dos últimos dias, os anúncios de novos nomes para a transição de governo foram acompanhados de cobranças do movimento negro e de representantes indígenas, que reivindicam protagonismo após quatro anos de gestão Bolsonaro. Grupos que deram as cartas no período de Bolsonaro, por sua vez, estão praticamente excluídos do gabinete: não há, por enquanto, nenhum militar entre os convocados e os evangélicos têm apenas um representante. Trata-se do pastor Kleber Lucas, que é cantor gospel e participa do grupo de Cultura. A equipe de Defesa ainda não foi constituída.

Na semana passada, a transição sofreu a primeira baixa. O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que atuava como voluntário no grupo de Planejamento, pediu para sair. Uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) o impede de ocupar cargos públicos remunerados por causa das chamadas "pedaladas fiscais", quando comandava a economia no governo Dilma. Ao solicitar afastamento, Mantega alegou que sua imagem estava sendo explorada por adversários interessados em "tumultuar a transição e criar dificuldades".

Um dos integrantes da equipe, o deputado Enio Verri (PT-PR) adiantou que o grupo endossará a ideia de recriar a pasta do Planejamento. "Nós tivemos uma primeira reunião para discutir como está hoje a estrutura da Secretaria (de Planejamento) dentro do Ministério da Economia. Vai voltar a ter Fazenda e Planejamento", afirmou o deputado.

Apesar do predomínio de petistas na equipe de transição, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, disse que a relação com o PT está "tranquila", sem que divergências comprometam a aliança. "Até agora, não houve nenhum problema e espero que não tenha", declarou.

Manifestantes contrários ao governo do Sri Lanka desafiaram nesta quarta-feira (13) as bombas de gás lacrimogêneo, os jatos d'água e a declaração de estado de emergência para invadir o gabinete do primeiro-ministro, após a fuga do país do presidente Gotabaya Rajapaksa.

Os manifestantes exigem que o premiê Ranil Wickremesinghe renuncie ao mesmo tempo que Rajapaksa, que prometeu anunciar sua saída oficial nesta quarta-feira, depois de ser encurralado pela crise econômica e política mais grave da história desta ilha que fica ao sul da Índia.

Vários manifestantes romperam a barreira imposta pelos militares e invadiram o gabinete do primeiro-ministro com bandeiras do país, apesar da repressão da polícia e do exército com gás lacrimogêneo e água.

Outros manifestantes também invadiram a sede do principal canal de televisão público do Sri Lanka, o Rupavahini, e apareceram por alguns minutos no ar.

No sábado passado, uma multidão invadiu o palácio presidencial. O chefe de Estado havia deixado o local apenas alguns minutos antes. Nesta quarta-feira, Rajapaksa fugiu de avião para as ilhas Maldivas.

O primeiro-ministro Wickremesinghe, designado como presidente interino pelo Parlamento, pediu ao exército e à polícia que "façam o necessário para restabelecer a ordem", em um discurso exibido na TV.

"Os manifestantes querem impedir que eu cumpra minhas responsabilidades como presidente interino. Não podemos permitir que os fascistas tomem o controle", disse.

Pouco antes, um porta-voz do gabinete de Wickremesinghe anunciou a declaração de estado de emergência para enfrentar a situação do país.

A polícia anunciou um toque de recolher por tempo indeterminado na província Ocidental, onde fica a capital Colombo, para conter os protestos.

A Constituição prevê, em caso renúncia do presidente - o que Rajapaksa prometeu fazer durante o dia -, que o primeiro-ministro assuma o cargo de maneira interina até a eleição, pelo Parlamento, de um deputado para exercer a função de chefe de Estado até o fim do mandato em curso, novembro de 2024.

- Celebração -

Rajapaksa, de 73 anos, sua esposa e um guarda-costas deixaram o país a bordo de um avião Antonov-32 que decolou do aeroporto internacional de Colombo, afirmaram autoridades da imigração à AFP.

"Seus passaportes foram carimbados e eles embarcaram no voo especial da Força Aérea", disse uma fonte.

Uma fonte do aeroporto de Malé, a capital das Maldivas, confirmou à AFP a chegada do presidente cingalês, que foi levado para um local não revelado do arquipélago localizado ao sudeste do Sri Lanka.

O avião ficou mais de uma hora na pista sem poder decolar após uma confusão sobre a permissão para pousar nas Maldivas.

A multidão prosseguiu com a celebração no palácio presidencial em uma atmosfera festiva.

"As pessoas estão muito felizes porque estas pessoas roubaram nosso país", disse Kingsley Samarakoon, funcionário público aposentado de 74 anos.

"Roubaram muito dinheiro, bilhões", acrescentou.

Ao mesmo tempo, o idoso não tem muita esperança na capacidade do Sri Lanka de sair rapidamente da crise. "Como vão governar o país sem dinheiro? É um problema", afirmou.

- Sala VIP -

A saída do presidente foi complicada. Na terça-feira, ele foi rejeitado de maneira humilhante pelos agentes de imigração no aeroporto de Colombo.

Os funcionários do serviço de imigração negaram acesso à sala VIP para carimbar seu passaporte. Rajapaksa queria evitar o terminal público por medo da reação dos cingaleses.

Como não renunciou, Rajapaksa ainda goza de imunidade presidencial.

O chefe de Estado e sua esposa passaram a noite anterior à viagem em uma base militar próxima do aeroporto internacional, depois que perderam quatro voos com destino aos Emirados Árabes Unidos.

Seu irmão Basil, que pediu demissão em abril do cargo de ministro das Finanças, também não conseguiu embarcar em um avião com destino a Dubai.

Na fuga, o presidente deixou para trás uma mala repleta de documentos e 17,85 milhões de rupias (50.000 dólares), que foram entregues às autoridades.

Rajapaksa é acusado de péssima gestão da economia, o que levou o país a um cenário de caos e uma crise profunda por falta de divisas, o que torna impossível financiar as importações de produtos essenciais para a população de 22 milhões de habitantes.

O Sri Lanka declarou moratória da dívida de 51 bilhões de dólares em abril e está em negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para receber um empréstimo.

Além disso, o país quase esgotou suas reservas de combustível e o governo ordenou o fechamento das administrações não essenciais e das escolas para reduzir os deslocamentos.

O ministro do Meio Ambiente da República Dominicana, Orlando Jorge Mera, foi assassinado a tiros nessa segunda-feira (6) em seu próprio gabinete. O atirador, segundo informações do governo dominicano, seria um amigo, que foi detido. As motivações ainda estão sendo investigadas.

Advogado e político, Jorge Mera, de 55 anos, vinha de uma família política poderosa. Ele era filho do ex-presidente dominicano Salvador Jorge Blanco (1982-1986) e irmão da vice-ministra de governo Dilia Leticia. Ele era casado com a embaixadora da República Dominicana no Brasil, Patricia Villegas, e deixou dois filhos, um deles deputado do Partido Revolucionário Moderno, do qual o ministro era fundador.

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AMIGO

"Miguel Cruz, identificado como autor do disparo, era amigo do falecido ministro. O responsável se encontra sob custódia da polícia nacional e do Ministério Público", disse o porta-voz da presidência, Homero Figueroa.

"Cruz era amigo de infância que (o ministro) recebeu em seu gabinete. As investigações sobre as circunstâncias estão nas mãos das autoridades competentes", disse a família, em um comunicado.

Segundo fontes do ministério, que pediram anonimato, Cruz entrou na reunião semanal de Jorge Mera e abriu fogo. Por ser amigo da vítima, Cruz não teve problemas para entrar no ministério, no centro de Santo Domingo.

TOLERÂNCIA ZERO

Cruz seria um empresário afetado pelas políticas do ministro, segundo fontes ligadas ao caso. Jorge Mera aplicava uma política de "tolerância zero". Ao assumir o cargo, em agosto de 2020, com a tarefa de "devolver a beleza" às áreas protegidas da República Dominicana, ele disse que sua gestão trabalharia "pelo uso responsável dos recursos naturais, pela proteção e conservação dos ecossistemas, pela redução da poluição e pela gestão eficaz dos resíduos sólidos".

MUDANÇA CLIMÁTICA

Na semana passada, durante a Conferência de Estocolmo, Jorge Mera pediu que a comunidade internacional lutasse contra a mudança climática, "já que essa é uma prioridade para o mundo, para toda a região, mas em especial para as pequenas nações insulares como a República Dominicana".

Vizinha do empobrecido e devastado Haiti, na Ilha de Hispaniola, a República Dominicana leva a sério a questão ambiental, uma de suas fontes de turismo, e suas leis estabelecem normas para a conservação, proteção e restauração do meio ambiente e dos recursos naturais, assegurando seu uso racional e sustentável.

Formado em direito, ex-professor universitário e escritor, Jorge Mera conduzia desde 2004 o programa semanal de TV Líderes, um espaço de análise política e entrevistas no canal Colorvisión. O presidente dominicano, Luis Abinader, um amigo de escola do pai de Jorge Mera, manifestou condolências à família. (Com agências internacionais)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A denúncia da viúva do ex-Policial Militar Adriano Nóbrega, Júlia Lotufo, ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), feita em março de 2021, não foi usada para retomar as investigações do caso das rachadinhas. Em uma ligação interceptada, ela confirmou que Danielle Nóbrega, ex-esposa de Adriano, era funcionária fantasma do gabinete de Flávio Bolsonaro (PL).

Na interceptação telefônica, Júlia diz que Danielle foi nomeada no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) por 11 anos.

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"Ela foi nomeada por 11 anos. Onze anos levando dinheiro, R$ 10 mil por mês para o bolso dela. E agora ela não quer que ninguém fale no nome dela? [...] Bateram na casa dela porque a funcionária fantasma era ela, não era eu", apontou a viúva de Adriano Nóbrega, que chegou a ser condecorado por Flávio enquanto esteve preso.

Conforme o Uol, mais de um ano depois de anexar a prova ao processo, a a Procuradoria Geral de Justiça do Rio (PGJ-RJ) não utilizou essa nem outras provas que reforçam os indícios de rachadinha praticada pelo filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), que tinha Fabrício Queiroz como operador do esquema.

O escritório montado no Rio para a realização de despachos do presidente Jair Bolsonaro (PL) consumiu R$ 1,7 milhão só em salários de servidores e nunca foi utilizado pelo titular do Palácio do Planalto, de acordo com o jornal EXTRA. A equipe de reportagem visitou o gabinete na última quinta-feira (7) e não encontrou funcionários e nem sinalização que indicasse atividade do mandatário ou de sua equipe. Apesar de ser paulista, Bolsonaro tem domicílio eleitoral no Rio e montou o escritório na primeira semana do seu mandato. 

O gabinete fica no Palácio da Fazenda, no Centro, e também possui salas que são utilizadas pelo ministro Paulo Guedes (Economia) quando ele viaja para a capital do Rio. Ao todo, quatro funcionários trabalham no escritório, que passou por uma reforma que ficou pronta em maio de 2019, quatro meses após a abertura. 

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De acordo com o jornal, a Secretaria-Geral do Planalto, que cuida das questões administrativas da Presidência, confirmou por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) que Bolsonaro nunca esteve no escritório. Em tese, o local também está disponível para prestar apoio administrativo e operacional ao Governo e seus ministros. 

A LAI informou também que não consta nos registros oficiais qualquer visita presencial de ministros. “Informamos que não foram localizadas agendas presenciais no Gabinete Regional do Rio de Janeiro em relação a essas autoridades”, informou a Secretaria-Geral, em referência a Bolsonaro e aos seus auxiliares de primeiro escalão. 

Durante a visita na última semana, a reportagem foi acompanhada por um funcionário até o 10º andar, onde fica o escritório, e “não encontrou qualquer sinal de servidores trabalhando”. Na sala informada como o espaço destacado para Bolsonaro não havia qualquer caracterização ou menção à Presidência da República. Todas as outras salas próximas estavam trancadas. Um funcionário do edifício, que disse trabalhar no prédio há 32 anos, afirmou que nunca “tinha ouvido falar no gabinete” reservado para o presidente Bolsonaro. 

Por telefone, a capitã reformada da Marinha, Andrea de Almeida Porto, que ocupa o cargo de assessora especial da Presidência no Rio, justificou que a ausência de servidores às 15h45m foi uma “coincidência”. Segundo ela, diariamente, há alguém trabalhando no local.

Em áudio divulgado nesta sexta-feira (8) pelo jornal Folha de S. Paulo, a viúva do ex-miliciano Adriano da Nóbrega, Júlia Lotuffo, afirma que uma antiga companheira do militar foi funcionária fantasma no gabinete de Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A conversa foi gravada pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, através da Operação Gárgula, e se refere a um registro de julho de 2019, quando Adriano estava foragido.

No áudio, Júlia se queixa das reclamações de Danielle Mendonça da Nóbrega, ex-mulher do PM executado, sobre as investigações do caso da "rachadinha" no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, quando ele ainda era deputado. Ouça:

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“Aí vem a Danielle e dá ataque que bateram na porta da casa dela e ela não está mais casada com ele. Mas e aí? Não estava levando dinheiro lá? […] Ela sabia muito bem qual era o esquema”, disse Júlia.

A mulher completa: "Ela foi nomeada por 11 anos. Onze anos levando dinheiro, R$ 10 mil por mês para o bolso dela. E agora ela não quer que ninguém fale no nome dela? [...] Bateram na casa dela porque a funcionária fantasma era ela, não era eu".

O ex-PM ficou foragido de janeiro de 2019 a fevereiro de 2020, quando foi morto num suposto confronto durante uma operação policial na Bahia, onde estava escondido. Ele era acusado de comandar a principal milícia da zona oeste do Rio de Janeiro. Adriano também era investigado na ocasião sob suspeita de envolvimento no suposto esquema de "rachadinha'' no antigo gabinete de Flávio.

Danielle trabalhou entre setembro de 2007 e novembro 2018 no gabinete de Flávio, que na época era deputado estadual. O salário variou de R$ 3.000 a R$ 6.000 durante esse período.

Ela foi uma das denunciadas em dezembro de 2020 sob acusação de envolvimento no esquema, mas as provas da investigação foram anuladas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O gabinete do governador Paulo Câmara emitiu um aviso de licitação na última sexta-feira (30), para a compra de frutas. O pregão, marcado para o próximo dia 17 de agosto, parece exigente. Com a cereja fresca custando o quilo R$ 84,97, o total da licitação chega aos R$ 78.902,67.

Entre os itens exigidos está o Caqui, com o quilo custando - pela base da licitação - R$ 13,83, coco seco ao custo de R$ 3,60, coco verde R$ 3,83, acerola R$ 6,42, goiaba R$ 4,93, graviola R$ 16,50, jaca R$ 8,12, kiwi, R$ 32,33, e laranja ao custo de R$ 4,52.

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Para se ter ideia, o governo quer um total de R$ 22,980 em coco verde, com a unidade custando 3,83. No total, são 6 mil cocos.

Confira a licitação:

Na tarde dessa sexta-feira (9), o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, tentou intimidar a jornalista que revelou o suposto esquema de ‘rachadinha’ mantido no gabinete de Jair Bolsonaro nos tempos como deputado. Em uma longa mensagem enviada pelo WhatsApp, ele ataca a profissional e sugere que ela estaria desaparecida se divulgasse as irregularidades na China.

Após a ampla repercussão de novas denúncias contra o atual presidente, Wassef deixou a mensagem em tom agressivo para a jornalista Juliana Dal Piva, do Uol, na qual questiona se ela é "comunista gaúcha guerreira", "soldada da esquerda brava" ou "socialista".

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"Você está feliz e realizada por atacar e tentar destruir o presidente do Brasil, sua família e seu advogado?", pressiona o advogado no texto exposto pela própria profissional nas redes sociais.

No envio, ele também insinua que a repórter é "inimiga da pátria" e que deveria "experimentar primeiro na sua pele o que é uma esquerda para depois lutar para atingir o presidente e trazer o comunismo para o meu amado Brasil".

Diante do prejuízo causado pelo material investigativo publicado em formato podcast, o advogado - conhecido por esconder o ex-assessor Fabrício Queiroz em seu escritório em Atibaia, quando ele era procurado pelas autoridades por suspeita de operar os esquemas de ‘rachadinha’ nos gabinetes de Jair e Flávio Bolsonaro - acusa a profissional de produzir mentiras para induzir o público ao erro.

Confira

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Acompanhe a reprodução da mensagem na íntegra, com os erros de grafia:

“por que faz o que faz com quem tenta livrar o Brasil da maldita esquerda ??? Você teve este mesmo empenho e obsessão com aqueles da esquerda que desviaram BILHOS DE DOLARES atravez de mil esquemas fraudulentos ??? A parte de seu amor pelo comunismo, voce vai continuar atendendo os pedidos de sua parceira / chefa para me atacar sem parar. Ela te paga ??? Ou e muito amor por ela ??? Voces estao namorando ???? Se eu financiar todos os custos de viagem para Caracas na Venezuela, voce iria para fazer umas materias sobre o que esta acontecendo ??? Se eu te comprar um belo imovel por la, voce moraria la para realizar seu sonho comunista ???? Por que nao experimenta primeiro na sua pele o que e o esquerdo, para depois lutar tanto para atingir o Presidente de seu Pais e trazer o comunismo para o meu amado Brasil. Voce e inimiga da pátria e do Brasil. Você sabia que apos o fim da 2 guerra mundial o mundo foi dividido em 2 blocos ??? Esquerda e direita ?? Capitalismo e Comunismo ??? Luz e trevas ???? Você sabia que uma maldita esquerda falhou em metade do planeta terra ??? Em todos os paises e culturas em que se instalou ??? E que ao contrario do comunismo, o capitalismo deu certo em todos os paises e siatemas ??? Entao por que voce luta fanaticamente com suas materias direcionadas e distorcidas da verdade para induzir em erro o publico ??? Uma esquerda te paga ??? Voce esta feliz e realizada por atacar e tentar destruir o Presidente do Brasil, sua familia e seu advogado ????? " Você sabia que apos o fim da 2 guerra mundial o mundo foi dividido em 2 blocos ??? Esquerda e direita ?? Capitalismo e Comunismo ??? Luz e trevas ???? Você sabia que uma maldita esquerda falhou em metade do planeta terra ??? Em todos os paises e culturas em que se instalou ??? E que ao contrario do comunismo, o capitalismo deu certo em todos os paises e siatemas ??? Entao por que voce luta fanaticamente com suas materias direcionadas e distorcidas da verdade para induzir em erro o publico ??? Uma esquerda te paga ??? Voce esta feliz e realizada por atacar e tentar destruir o Presidente do Brasil, sua familia e seu advogado ????? " Você sabia que apos o fim da 2 guerra mundial o mundo foi dividido em 2 blocos ??? Esquerda e direita ?? Capitalismo e Comunismo ??? Luz e trevas ???? Você sabia que uma maldita esquerda falhou em metade do planeta terra ??? Em todos os paises e culturas em que se instalou ??? E que ao contrario do comunismo, o capitalismo deu certo em todos os paises e siatemas ??? Entao por que voce luta fanaticamente com suas materias direcionadas e distorcidas da verdade para induzir em erro o publico ??? Uma esquerda te paga ??? Voce esta feliz e realizada por atacar e tentar destruir o Presidente do Brasil, sua familia e seu advogado ????? " o capitalismo deu certo em todos os paises e siatemas ??? Entao por que voce luta fanaticamente com suas materias direcionadas e distorcidas da verdade para induzir em erro o publico ??? Uma esquerda te paga ??? Voce esta feliz e realizada por atacar e tentar destruir o Presidente do Brasil, sua familia e seu advogado ????? " o capitalismo deu certo em todos os paises e siatemas ??? Entao por que voce luta fanaticamente com suas materias direcionadas e distorcidas da verdade para induzir em erro o publico ??? Uma esquerda te paga ??? Voce esta feliz e realizada por atacar e tentar destruir o Presidente do Brasil, sua familia e seu advogado ?????"

No Twitter, Juliana se defendeu e disse que "apenas fez seu trabalho jornalístico de investigação e de interesse público". “Mensagens como essa não me intimidam. As consequências disso serão encaradas no foro competente. Aos amigos, aviso que estou bem. Muito bem cuidada pela família e por uma série de pessoas queridas que estão me apoiando nesse momento”, rebateu a jornalista.

Ela assegurou que vai tomar as "medidas cabíveis" contra Wassef e recebeu apoio de colegas da imprensa, do presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) Felipe Santa Cruz e da direção do veículo.

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"Repudiamos o ataque cometido pelo advogado do presidente Jair Bolsonaro, Frederick Wassef, contra nossa colunista Juliana Dal Piva e reiteramos nosso apoio ao seu trabalho e nosso compromisso com o jornalismo sério, independente, apartidário e voltado para atender o interesse público", reiterou o gerente-geral de Notícias e Entretenimento do UOL, Alexandre Gimenez.

Gravações feitas pela ex-cunhada do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) apontam que ele mantinha um esquema de entrega de salários de assessores -conhecido como ‘rachadinha’ - em seu gabinete como deputado federal, entre 1991 e 2018. A denúncia reforça a participação do ex-assessor da família, Fabrício Queiroz, na coleta dos valores, que configura crime de peculato.

A fisiculturista e ex-assessora do gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Andrea Siqueira Valle, é irmã da ex-esposa do presidente, Ana Cristina Valle. Ela relatou ao UOL que o irmão, identificado como André, era assessor de Bolsonaro e foi demitido porque não aceitava devolver a maior parte do salário.

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"O André deu muito problema porque ele nunca devolveu o dinheiro certo que tinha que ser devolvido, entendeu? Tinha que devolver R$ 6.000, ele devolvia R$ 2.000, R$ 3.000. Foi um tempão assim até que o Jair pegou e falou: 'Chega. Pode tirar ele porque ele nunca me devolver o dinheiro certo'", explicou a ex-cunhada.

Nas investigações contra Flávio em 2019, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) quebrou o sigilo bancário dos envolvidos e descobriu que, pelo menos, 10 familiares da ex-esposa do pai participavam do esquema. 

Movimentação semelhante foi verificada no gabinete do irmão, o vereador Carlos Bolsonaro. Ao todo, a família Bolsonaro teria empregado 18 familiares de Ana Cristina.

Ainda de acordo com a denúncia, uma troca de mensagens de áudio entre a filha e a companheira de Queiroz, Nathália e Márcia Aguiar, revela que Bolsonaro usava o codinome '01' para evitar ser pronunciado.

Além da articulação do suposto esquema operado por Fabrício Queiroz, Andrea aponta que um coronel da reserva do Exército, que teria conhecido Jair na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), também chegou a recolher seu salário quando integrava o gabinete de Flávio.

Questionado sobre as revelações de Andrea, o advogado da família Frederick Wassef - que escondeu Queiroz em seu escritório enquanto foragido - afirmou que as informações "são narrativas de fatos inverídicos, inexistentes, jamais existiu qualquer esquema de rachadinha no gabinete do deputado Jair Bolsonaro ou de qualquer de seus filhos".

O presidente Jair Bolsonaro defendeu o "filho 02", o vereador Carlos Bolsonaro, e os assessores presidenciais Tercio Arnaud Tomaz e José Matheus Salles Gomes, que comandam ataques a opositores do governo e ficaram conhecidos como integrantes do "gabinete do ódio". "São pessoas perseguidas o tempo todo, como se tivessem inventado um gabinete do ódio", afirmou. "É o gabinete da liberdade, da seriedade."

Ainda sobre o filho Carlos Bolsonaro, o presidente disse que ele foi o marqueteiro de sua campanha e que não ganhou "milhões" no exterior, como outros publicitários que atuam nas eleições. Ele admitiu que as redes sociais tiveram papel excepcional em sua eleição e afirmou que elas são a forma de garantir a entrega de "informações de verdade" para a população.

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Bolsonaro disse que o governo está na iminência de regulamentar o Marco Civil da Internet e publicar um decreto para garantir a liberdade de expressão nas redes sociais. "A minha rede social talvez seja aquela que mais interage em todo o mundo. Somos cerceados, como muitos que me apoiam são cerceados", afirmou. "Daremos liberdade e punições para quem porventura não respeite isso", emendou.

Bolsonaro ainda disse: "Faremos isso (publicação do decreto) para que nosso Brasil possa ser livre e para que a população possa ter informações de verdade na ponta da linha". "Vejam os senhores como era difícil fazer campanha quando não tínhamos telefone na mão", completou.

Sem citar exemplos que confirmem sua afirmação e ignorando a beligerância com que trata os jornalistas, Bolsonaro também disse ser o presidente que "mais prega e age pela liberdade de imprensa". "Estamos dando exemplo de como defender nossa liberdade de imprensa, por mais que possa ser opositora ao governo", afirmou.

Bolsonaro disse ainda que deve se encontrar, ainda nesta quarta (5), no Rio de Janeiro, com Robson Nascimento de Oliveira, ex-motorista do jogador Fernando que foi preso na Rússia. Ele foi detido ao desembarcar com medicamentos considerados ilegais no país, mas que são de uso controlado no Brasil.

"Conversamos com governo russo, tive conferência com o presidente Vladimir Putin e agradeço por seu ato de grandiosidade de conceder o indulto", afirmou. Bolsonaro aproveitou para defender o ex-ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo, que, no último fim de semana, um mês após ser demitido, disse que o governo "perdeu a alma e o ideal". "Esse bom relacionamento começou com Ernesto Araújo e continuou com ministro Carlos Alberto Franco França."

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-RJ) desobrigou o uso de máscaras no seu gabinete na Câmara Federal. Um recado na porta de entrada diz: "neste gabinete o uso de máscara é opcional". A atitude foi divulgada pelo também deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE) nessa terça-feira (2).

 O uso de máscaras como forma de prevenção ao contágio da Covid-19 virou item obrigatório em diversos Estados brasileiros, mas ainda há quem não queira cumprir a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) ou desacredite da eficácia delas na prevenção ao contágio. No Distrito Federal um decreto tornou a máscara obrigatória e os órgãos públicos devem seguir as orientações locais.

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Ao compartilhar o direcionamento no gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Túlio também publicou uma foto de um recado da porta do seu gabinete, em que diz: "neste gabinete o uso de máscaras é obrigatório" e a legenda da publicação emenda: "No mesmo anexo, no mesmo corredor, gabinetes e deputados bem diferentes. Ainda há quem diga que político é tudo igual. Não mesmo".

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Após cenas de aglomeração no Litoral de Pernambuco durante o fim de semana do Réveillon, o governador Paulo Câmara (PSB) convocou prefeitos dos municípios da costa estaudal para uma reunião nesta quarta-feira (6). Com a chegada do verão e do período de férias, o objetivo do encontro é traçar medidas para reforçar a fiscalização contra a Covid-19 em bares e barracas de praia.

Na primeira reunião do ano com o Gabinete de Enfrentamento da Covid-19, realizada nessa segunda-feira (4), o governador prevê a continuidade dos episódios de desrespeito às normas do Plano de Convivência e pede apoio dos gestores municipais para controlar os índices de contaminação. "Os números da pandemia permanecem preocupantes, e temos pela frente um período de férias, com muita atividade social, sobretudo nas praias. Os estabelecimentos nesses locais precisam também cumprir os protocolos", alertou.

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Câmara também pede que a população se sensibilize e intensifique os cuidados com a doença. "Todas essas medidas só vão surtir o efeito esperado se pudermos contar com a compreensão de todos. Uso de máscara, atenção para higienização das mãos e evitar aglomerações. Cada um de nós pode contribuir observando essas atitudes simples. Só assim vamos conseguir reduzir os índices atuais de contaminação", indicou.

Sem fornecer números, ele ainda informou que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) está reativando leitos de terapia intensiva e que um milhão de máscaras serão distribuídas aos pernambucanos.

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