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O que não faltam são histórias que tentam explicar o surgimento do Dia dos Pais. Uma dessas histórias conta que a data decorreu de uma homenagem, feita por uma jovem americana chamada Sonora Smart a seu pai, ex-combatente do Exército que criou os seis filhos sozinho. Depois desse ato de reverência, a ideia se espalhou pelo estado de Washington, nos Estados Unidos e depois pelo país inteiro. Existem outras teorias, no Brasil, que a comemoração começou por influência da mídia, que almejava um aumento nas vendas de produtos e assim um lucro maior com anúncio. A versão mais antiga que se tem registro é do antigo Egito, há mais de 4 mil anos, outro jovem modelou e esculpiu uma placa de argila desejando saúde, sorte e longevidade a seu pai.
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Mas o importante não é a origem da data, e sim o que ela passou a significar. O Dia dos Pais não é apenas uma ocasião para se presentear o coroa com aquele cartão de felicidades que custou dois reais numa loja de presentes da esquina. Não é só pra encher a barriga naquela feijoada em família, que, quando acaba, todo mundo vai dormir porque não aguenta nem andar. Talvez, tenha até começado por motivos comerciais, mas se tornou mais que isso.
O dia serve para celebrarmos a importância do pai na formação e nas decisões que o filho toma ao longo da vida. A pedagoga Letícia Bechard fala um pouco sobre isso no livro “Para crianças com idade entre 8-9 anos, o pai é visto como um herói, capaz de tudo”. Letícia explica o papel do pai, assim como o da mãe, na escolha do filho(a) em relação a sua carreira. “Quando pensamos nos caminhos da escolha profissional, a primeira ideia é o impacto e a força da família na influência da orientação profissional. Nesse sentido, escolher a profissão então, primeiramente, passa pela experiência profissional dos pais”.
Um exemplo disso é Marcus Duque. Aos 20 anos de idade, ele está cursando o quinto período do curso de Odontologia na Universidade de Pernambuco (UPE). Seu pai, Roberval Duque, trabalha na área a mais de 30 anos. A influência é óbvia. “Meus pais são protéticos, cresci vendo dente, eles me motivaram e eu optei por odonto” relata o garoto.
Como revela o seu filho, Roberval, com seus 60 anos, ainda é um apaixonado pela profissão. Mas já está cansado, pretende se aposentar do laboratório de próteses que possui no bairro de Jardim São Paulo, na zona Oeste do Recife. Porém, antes disso, lembra Marcus, ele pretende montar um consultório para o filho e deixá-lo encaminhado.
O caso dos Duque, pai e filho na mesma profissão, ainda está no começo. Marcus vai só vai se formar daqui a dois anos, e aí então, começar a exercer o ofício. Bem diferente de Carlos Magno, 41 anos, há vinte um deles trabalhando na empresa que construiu junto com o pai, Carlos Santos, e o irmão Márcio Weber.
Quando começou, a CCS Gráfica funcionava numa casa de 100 m², adaptada para que os equipamentos coubessem dentro dela. Na época, a empresa tinha apenas cinco funcionários. Hoje, pouco mais de duas décadas depois, emprega mais de 50 funcionários, com uma área de aproximadamente 3 mil metros quadrados, ocupa quase os dois lados inteiros da rua onde estão suas instalações em Camaragibe.
As duas histórias são apenas uma fração do que acontece por aí. É pelo exemplo dado pelos pais, que muitos médicos, dentistas, empresários, engenheiros, jornalistas construíram suas carreiras, hoje exercem suas profissões e amanhã quem sabe serão modelos para seus filhos.