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Em vídeo, o ex-ministro Ciro Gomes repudiou a agressão sofrida por Gleen Greenwald, nesta quinta-feira (7), durante um programa ao vivo na Rádio Jovem Pan. Ele chamou Augusto Nunes de 'vagabundo' e 'verme', e reforçou o apoio ao editor o The Intercept.

"[...] é um daqueles vermes. Uma das piores espécies de gente que a imprensa brasileira aceita que ainda esteja em seu meio", disparou Ciro. Assim como Gleen, o cearense classificou a atitude como fascista e teme que tal ato possa ser espelhado nas ruas.

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"É preciso perguntar se a cadela no cio do fascismo a que ele serve está justificando agora a reação física, aberrações, agressões e insultos?", questionou, antes de fazer atacar o jornalista: "Augusto Nunes, presta atenção no serviço, seu vagabundo".

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Gleen Greenwald se posicionou após ser agredido pelo jornalista Augusto Nunes, enquanto estavam no ar em um programa da Rádio Jovem Pan, nesta quinta-feira (7). Em vídeo, o editor do The Intercept classificou a agressão como fascismo e teme que a atitude possa incentivar a violência em debates nas ruas.

"Fascistas pensam assim. Eles querem violência", disparou o editor. Ele foi agredido no rosto após chamar Nunes de "covarde", devido ao comentário do colega de profissão, feito na própria Jovem Pan, no qual sugeriu que um juizado de menores investigasse a vida dele e do marido, o deputado David Miranda, para retirar a guarda dos filhos adotados.

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Para Augusto Nunes, as crianças são mal assistidas por conta da agenda do casal. Gleen classificou a atitude como "a coisa mais feia e suja” que já ouviu na carreira. Por relacionar os filhos, o editor do The Intercept reafirmou o insulto, "eu disse que ele é covarde e estou falando isso de novo".

O jornalista americano ainda destacou que o "uso da força física e violência no debate da política é uma coisa muito grave"; e interpretou que o ato expôs as intenções dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. "Agora estamos vendo, e não deve surpreender ninguém, que o lado de Bolsonaro e o PSL estão aplaudindo o uso da violência no debate político, por que eles são um movimento fascista", apontou.

Em audiência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, também lamentou a baixa presença de senadores, em especial do partido do governo, que, segundo ele, o atacam virtualmente mas não compareceram para debater.

“Eu gostaria muito de discutir frente a frente essas acusações falsas que eles estão espalhando quando não estou presente e esta é uma oportunidade para discutir essas acusações na minha cara, para examinar se elas são falsas ou verdadeiras, mas infelizmente eles não estão aqui para fazer isso”, disparou.

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Greenwald foi convidado pela CCJ, a pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), para falar sobre os vazamentos de conversas entre o ex-juiz e atual ministro Moro, o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava-Jato, e outros procuradores, pelo aplicativo Telegram.

O jornalista contou que recebeu as informações de uma fonte que não quer ser revelada e ressaltou que a Constituição Federal e o Código de Ética dos Jornalistas garantem o sigilo. “Eu li a Constituição brasileira que protege e garante exatamente o que estamos fazendo e confio muito nas instituições brasileiras para aplicar e proteger esses direitos. O clima que o ministro está tentando criar é de uma ameaça à imprensa livre”, disse.

Vencedor do prêmio Pulitzer por ter revelado, em 2013, um sistema de espionagem em massa dos EUA com base em dados vazados por Edward Snowden, Glenn Greenwald, destacou que à época sua credibilidade não foi posta em xeque. “Pelo contrário, vim ao Senado e todo mundo nos parabenizou porque todo mundo aqui no Brasil conseguiu perceber porque essa reportagem era tão importante. Ninguém ameaçou a gente naquela época, e que deveríamos ser investigados ou presos. Pelo contrário, fomos premiados”, destacou.

Com informações da Agência Senado

O jornalista Gleen Greenwald, do jornal britânico The Guardian, garantiu que muitos outros documentos sobre a espionagem internacional dos Estados Unidos ainda serão divulgados. "Tudo o que já foi publicado é uma parte muito pequena perto de todas as informações que tenho", disse ele, nesta terça-feira (6), em audiência pública conjunta das comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional do Senado e da Câmara.

Segundo ele, o ex-técnico da Agência Nacional de Segurança (NSA, sigla em inglês) Edward Snowden passou para ele um montante que pode chegar a 20 mil documentos. E apenas uma pequena parte desses já foram divulgados. "Preciso de muito tempo para ler e entender tudo. Algumas vezes, preciso ler umas sete vezes para entender e até consultar peritos", explicou. "Com certeza, haverá muito mais informações sobre espionagem a serem reveladas, incluindo sobre como estão invadindo o sistema brasileiro", garantiu.

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Segundo ele, o trabalho do governo norte-americano para vigiar o Brasil e cidadãos brasileiros envolve cerca de 70 mil pessoas. Segundo ele, empresas de telefonia e internet fornecem informações a NSA sem qualquer questionamento. Para ele, a preocupação é sobre o que os funcionários que têm acesso a essas informações podem fazer com elas.

Os parlamentares que integram as comissões têm um cronograma para ouvir as empresas de telecomunicações e internet que atuam no Brasil. A ideia é tentar descobrir quais delas colaboram com o esquema dos EUA. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, também deve ser convocado para discutir a questão.

De acordo com o jornalista, a estratégia dos EUA começou a ser usada com fins de guerra. "Tendo acesso a e-mail e ligações telefônicas, eles podem ficar sabendo de tudo o que está acontecendo. Eles podem controlar melhor os países que invadiram", salientou. Isso ocorreu, por exemplo, no Afeganistão e no Iraque, na "Guerra ao Terror", para ficar "sabendo de tudo sobre o inimigo".

O mesmo tem sido feito em outros países, mas não exatamente como tática de guerra, mas como arma para obter informações comerciais e industriais. "Eles estão aumentando para todo o mundo porque acham que quanto mais sabem mais poder têm", frisou.

Ao governo brasileiro, os EUA afirmaram que não têm acesso ao conteúdo dos e-mails e ligações, mas apenas ao registro geral desses - conhecidos como metadados. Mas Greenwald desmente essa informação. “Os documentos que publicamos mostram que eles podem coletar o conteúdo do e-mail, uma lista de pesquisa do Google, o site que está visitando, e até as ligações podem ser invadidas a qualquer minuto", afirmou. Essas informações seriam coletadas e, posteriormente, o governo selecionaria o que seria monitorado.

 

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