Tópicos | GP da Arábia Saudita

Sergio Pérez conquistou o GP da Arábia Saudita neste domingo, pela segunda etapa do Mundial de Fórmula 1, em uma prova que mais uma vez comprovou a força dos carros da Red Bull. Na segunda colocação, a escuderia austríaca emplacou o holandês Max Verstappen que, mesmo largando em 15º, fez uma corrida de recuperação e conseguiu o segundo posto. O resultado consagra a 24ª vez que a equipe consegue colocar seus dois pilotos no lugar mais alto do pódio. O mexicano, que também ganhou na Arábia Saudita no ano passado, obteve a quinta vitória da sua carreira.

Fernando Alonso, da Aston Martin, terminou a prova em terceiro lugar, fez festa por cravar a marca de cem pódios em sua trajetória, mas no final, tudo isso não valeu. Ele acabou punido pela direção da prova e a terceira posição do GP da Arábia Saudita acabou ficando com George Russell, da Mercedes.

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Na classificação, a disputa está apertada. Verstappen, graças à melhor volta feita no último giro, lidera a tabela com 44 pontos, um a mais que Pérez. A decepção fica por conta das Ferraris, que depois de um bom começo, sucumbiu na segunda metade da corrida e não conseguiu brigar em nenhum momento pelo primeiro lugar.

Depois de duas etapas realizadas, o calendário da Fórmula 1 volta a acontecer no próximo dia 2 de abril com o GP da Austrália.

A prova teve início com uma largada sensacional de Fernando Alonso, que saiu mais forte e tomou a primeira posição de Sérgio Pérez ainda na primeira curva. George Russel, Lance Stroll Carlos Sainz, Sebastian Ocon e Lewis Hamilton ocuparam as sete primeiras posições nas voltas iniciais. O início da prova também teve um começo positivo para dois dos pilotos que estão acostumados a brigar pela liderança.

Charles Leclerc, que largou na quinta fila, logo ganhou três posições e ficou em nono lugar. Ele manteve a pressão para cima de Pierre Gasly e, na sétima volta, já estava em oitavo. Verstappen, que também precisou apostar uma estratégia de recuperação, ganhou duas posições e foi para 13º. No oitavo giro já estava entre os dez primeiros.

A ousadia de Alonso em pular para a liderança teve um preço. Ele sofreu uma punição na largada por não se posicionar corretamente para a bandeirada inicial e sofreu uma punição de cinco segundos. Na disputa acirrada ainda nas primeiras voltas, Sergio Pérez conseguiu dar o troco no espanhol e assumiu o primeiro lugar ainda na quarta volta.

Hamilton reclamou da falta de aderência de sua Mercedes e não suportou a pressão da Ferrari de Leclerc caindo para oitavo. Assim como o piloto monegasco, Verstappen também deixou o heptacampeão pelo caminho se colocando entre os oito primeiros.

Na briga pela liderança, Pérez conseguiu abrir uma pequena vantagem de quatro segundos para Alonso. Russel, Sainz, Leclerc e Verstappen já ocupavam as seis primeiras colocações com 15 voltas disputadas. Um dos poucos a apostar em pneus macios, o monegasco parou nos boxes no giro 17 e, assim, deixou o holandês da Red Bull com o quarto posto.

A bandeira amarela acabou sendo acionada logo na sequência em função da quebra da Aston Martin de Lance Stroll por causa de um princípio de incêndio nos freios dianteiros. Com o Safety Car na pista, Alonso e Russell aproveitaram para visitar os boxes. A relargada apresentou Verstappen em quarto à frente da Ferrari de Sainz e Hamilton sofrendo pressão de Leclerc.

Um erro no traçado de curva acabou custando a quinta posição para o espanhol ferrarista. Hamilton se aproveitou da brecha e avançou em mais uma posição na corrida. Antes mesmo da metade da prova, Verstappen colheu frutos pelo seu ritmo mais intenso, ultrapassou Russell e já passou a ocupar uma vaga no pódio com o terceiro lugar. No giro 25 foi a vez de a Aston Martin de Alonso ser vítima da voracidade do holandês. Ele assumiu a vice-liderança e ficou atrás somente do seu companheiro de equipe Sergio Pérez.

Com os dois carros ocupando as duas primeiras posições, a Red Bull passou a esperar o melhor momento de fazer valer a sua estratégia. Cravando o tempo na casa de 1min32 segundos, os dois passaram a alternar a melhor volta da prova.

Mas se a principal escuderia da F-1 só tinha olhos para a briga de seus pilotos pela liderança, a Ferrari teve uma sensível queda de rendimento a partir da segunda metade. Sem conseguir manter o bom início, Sainz e Leclerc se mantiveram no sexto e sétimo posto respectivamente na altura da volta 34 com Hamilton em quinto.

Na briga pelo primeiro lugar, Pérez conseguiu manter a vantagem de pouco mais de quatro segundos e meio para Max Verstappen. Sem conseguir encostar nos dois carros da Red Bull, Alonso passou a defender o terceiro lugar a fim de garantir mais uma vez uma vaga no pódio, mantendo uma vantagem de cinco segundos para Russell, o quarto colocado.

No final da corrida, sem força para diminuir a diferença que girava nos cinco segundos, Verstappen se concentrou em obter a melhor volta e o fez no finalzinho, garantindo assim a liderança do Mundial de pilotos.

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Confira a classificação final do GP da Arábia Saudita:

1º - Sergio Pérez (MEX/Red Bull), em 1h21m14s894

2º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 5s355

3º - George Russell (ING/Mercedes), a 25s866

4º - Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), a 30s728

5º - Lewis Hamilton (ING/Mercedes), a 31s065

6º - Carlos Sainz (ESP/Ferrari), a 35s786

7º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), a 48s162

8º - Esteban Occon (FRA/Alpine), a 52s832

9º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), a 54s747

10º - Kevin Magnussen (DIN/Haas), a 1min04s826

11º - Yuki Tsunoda (JAP/Alpha Tauri), a 1min07s494

12º - Nico Hulkenberg (ALE/Haas) a 1min10s588

13º - Guanyu Zhou (CHI/Alfa Romeo), a 1min16s060

14º - Nick de Vries (HOL/AlphaTauri), a 1min17s478

15º - Oscar Piastri (AUS/McLaren), a 1min25s021

16º - Logan Sargeant (EUA/Williams), a 1min26s293

17º - Lando Norris (ING/McLaren), a 1min26s445

18º - Valtteri Bottas (FIN/Alfa Romeo), a 1 volta

Não completaram a prova:

Alexander Albon (TAI/Williams)

Lance Stroll (CAN/Aston Martin)

A sexta-feira foi toda de Charles Leclerc nos dois primeiros treinos livres para o GP da Arábia Saudita, segunda etapa do Mundial de Fórmula 1, a ser disputado no domingo. Depois de ser o mais rápido pela tarde, o piloto monegasco, da Ferrari, repetiu a dose à noite, ao fazer a melhor volta em 1min30s074.

Leclerc nem utilizou os 60 minutos da sessão, pois bateu a parte dianteira esquerda de seu carro em um dos muros do circuito de rua. O treino começou com 15 minutos de atraso por causa de uma reunião entre pilotos e chefes de equipes devido a um incêndio em uma das instalações de petróleo próximas à pista. Uma nova reunião está prevista ainda para esta sexta-feira.

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O holandês Max Verstappen, atual campeão mundial, ficou com o segundo tempo (1min30s214), a 0s140 de Leclerc, seguido pelo espanhol Carlos Sainz (1min30s320), também da Ferrari, que girou 0s246 mais lento que o líder.

O mexicano Sergio Perez, com Red Bull, foi o quarto (1min30s360), seguido pelo britânico heptacampeão mundial Lewis Hamilton, com Mercedes (1min30s513). George Russell, o outro piloto da Mercedes, completou o treino em sexto (1min30s664).

A boa surpresa da sessão foi o bom rendimento da McLaren, após má participação no GP do Bahrein. O britânico Lando Norris foi o sétimo (1min30s735). Já seu companheiro, o australiano Daniel Ricciardo, terminou apenas em 15º (1min31s527).

O francês Esteban Ocon (1min30s760), da Alpine, o finlandês Valtteri Bottas (1min30s832), da Alfa Romeo, e o japonês Yuki Tsunoda (1min30s886), da AlphaTauri, completaram a lista dos dez primeiros.

Os carros voltam à pista de 6.125 metros neste sábado para o treino classificatório, às 14 horas. No domingo, a corrida tem início previsto para o mesmo horário.

A Federação Internacional de Automobilismo (FIA, na sigla em francês) publicou um comunicado oficial, neste domingo (5), confirmando que o brasileiro Enzo Fittipaldi e o francês Theo Pourchaire foram levados por um helicóptero médico para o hospital King Fahad das Forças Armadas, após acidente na largada da Fórmula 2 neste domingo, em Jeddah, no GP da Arábia Saudita. A FIA também confirmou que ambos estavam conscientes no momento em que foram transferidos e que o brasileiro sofreu uma fratura no tornozelo, além de corte no rosto.

"Os pilotos foram imediatamente atendidos pela emergência e pela equipe médica. Ambos estão conscientes e retirados pelos médicos. Os pilotos foram transferidos de ambulância e helicóptero para o Hospital das Forças Armadas King Fahad, em Jeddah", informou o comunicado.

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O piloto francês teve problemas na largada e ficou com o carro da ART Grand Prix parado no grid. Pourchaire largou na segunda fila, em terceiro lugar, enquanto Fittipaldi iniciou a corrida em 18º lugar, o que permitiu que o brasileiro alcançasse alta velocidade desde a largada até o momento do acidente.

Os pilotos seguem hospitalizados. Fittipaldi ficou preso nas ferragens do veículo e precisou ser resgatado pela equipe médica, logo depois o piloto deu um sinal com os braços, confirmando estar consciente.

A corrida deste domingo teve apenas cinco voltas, devido a uma nova paralisação após o acidente, bem menos grave, envolvendo Guilherme Samaia e Olli Caldwell, que escaparam ilesos. Oscar Piastri, que largou na pole, foi o vencedor da prova e teve os pontos contados pela metade.

O inglês Lewis Hamilton repetiu a dose do primeiro treino livre para o GP da Arábia Saudita, a penúltima etapa da temporada 2021 da Fórmula 1, e foi o mais rápido da segunda sessão nesta sexta-feira, no circuito urbano de Jeddah, com o finlandês Valtteri Bottas, seu companheiro de Mercedes, logo atrás e o francês Pierre Gasly, da AlphaTauri, fechando o Top 3. O holandês Max Verstappen, da Red Bull, ficou em quarto.

O resultado segue o esperado para o final de semana: vantagem da dupla da escuderia alemã no circuito saudita, que tem uma velocidade média de cerca de 248 km/h e, com isso, favorece os motores da Mercedes. No fim do dia, o monegasco Charles Leclerc, da Ferrari, bateu na curva 1, o que encerrou a segunda sessão de treinos livres, mais cedo.

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Com 1min29s018 em sua melhor marca, com pneus médios, Hamilton comandou a dobradinha da Mercedes, com Bottas ficando a apenas 0s061 do tempo do inglês (1min29s079). Destaque, novamente, para Gasly, o terceiro mais rápido e somente 0s020 mais lento que o piloto finlandês (1min29s099). Verstappen encerrou a sessão em quarto lugar, 0s195 atrás (1min29s213) de seu rival na luta pelo título mundial, na segunda tentativa de volta rápida com pneus macios.

Foi uma sessão parelha, com os 12 primeiros colocados separados por menos de um segundo. A Fórmula 1 acelerou pela primeira vez à noite no circuito de 6.174 metros em Jeddah, em condições similares ao que será enfrentado pelos pilotos no treino oficial de classificação, neste sábado, e na corrida de domingo.

Destaque também para o espanhol Fernando Alonso e para o francês Esteban Ocon, ambos da Alpine, em quinto e sexto lugares, respectivamente. O espanhol Carlos Sainz Jr. voltou a andar bem com a Ferrari e finalizou a sessão noturna em sétimo, à frente da AlphaTauri do japonês Yuki Tsunoda. O mexicano Sergio Pérez, com a Red Bull, e Leclerc concluíram a relação dos 10 primeiros colocados.

O monegasco da Ferrari, no entanto, sofreu um acidente muito sério no desfecho da sessão, que acabou sendo encerrada com bandeira vermelha. Apesar do enorme susto, o piloto escapou aparentemente ileso, embora mancando quando foi encaminhado ao centro médico do circuito.

A Fórmula 1 retoma os trabalhos do GP da Arábia Saudita neste sábado com o terceiro treino livre às 11 horas (de Brasília). O treino oficial de classificação será às 14 horas. A corrida no domingo tem início marcado para 14h30.

A direção da Fórmula 1 confirmou os rumores nesta quinta-feira (5) e incluiu uma etapa na Arábia Saudita no calendário de 2021. Segunda maior cidade do país, Jeddah vai sediar uma corrida de rua e noturna. As partes não revelaram o tempo de contrato do país com a categoria, que foi alvo de críticas nos últimos anos ao cogitar realizar uma prova na Arábia Saudita.

"Estamos empolgados em dar as boas-vindas à Arábia Saudita para a temporada 2021 e receber este anúncio oficial após especulações nos últimos dias", disse Chase Carey, CEO da F-1. "Trata-se de um país que está se tornando rapidamente um ponto central para esportes e entretenimento, com grandes eventos sendo realizados lá nos últimos anos."

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De acordo com Carey, uma das motivações de levar à F-1 ao país é a sua população jovem. "A região é extremamente importante para nós e 70% da população tem menos de 30 anos. Estamos empolgados com o potencial de alcançar novos fãs e levar os antigos para este local histórico."

A corrida de rua será realizada em estradas na beira do Mar Vermelho. Mas os organizadores já indicaram que pretendem construir um autódromo no país, na capital Riad, até 2030. Nos últimos anos, a Arábia Saudita vem estreitando os laços com a F-1 de forma gradual. A Aramco, empresa estatal de petróleo de gás do país, já se tornou um dos principais patrocinadores da categoria.

Ao mesmo tempo, a F-1 vinha enfrentando críticas por negociar o possível GP, confirmado nesta quinta, em razão das denúncias de crimes contra os direitos humanos no país. O príncipe Mohammed bin Salman chegou a ser acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista saudita Jamal Khashoggi, que criticava o regime em sua coluna no jornal The Washington Post. O crime aconteceu no consulado da Arábia Saudita na Turquia, em 2018.

Para entidades, como a Human Rights Watch, as iniciativas do país em receber eventos esportivos, como a F-1 e a Fórmula E, há alguns anos, é uma "estratégia deliberada de desviar a atenção e mudar a imagem de um violador generalizado dos direitos humanos". Outras falam que o país tenta "lavar as violações".

"Se nós quiséssemos encobrir qualquer coisa, nós não abriríamos nosso país para que as pessoas pudessem vir aqui e ver, e encontrar nosso povo e conversar livremente com ele", disse o príncipe Khalid bin Sultan al-Faisal, presidente da Federação de Automobilismo e Motociclismo da Arábia Saudita.

"Talvez nós façamos as coisas de um jeito diferente, em comparação a outros países do mundo. Mas, para nós, estamos evoluindo. Estamos nos abrindo, não temos nada para esconder, então não há nada para lavar", declarou o dirigente.

No quesito mudanças, o GP saudita terá ao menos uma diferença mais chamativa em comparação aos demais. Não haverá estouro de champagne na comemoração do vencedor no pódio. Isso porque a lei saudita proíbe o consumo de bebida alcoólica no país.

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