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Trabalhar a linguagem do teatro em miniatura e expandir o conhecimento e valorização do teatro de animação no bairro do Guamá. Essa é a proposta dos multiartistas do projeto “O grande circo em miniatura: teatro-caixa-circo”. Em forma de teatro de caixa, e bebendo na fonte do teatro em miniatura, o projeto vai levar às ruas do bairro, na periferia de Belém, as histórias de um circo e seus cinco personagens, além de ofertar a jovens oficinas de teatro de bonecos com bolsas como incentivo à participação.

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O espetáculo é uma idealização do Espaço Cultural Casinha de Brincantes, voltado para apresentações e produções artísticas no bairro do Guamá. O projeto mostra a vida de uma palhaça em busca do seu nariz vermelho e um místico que aprisiona uma criatura capaz de realizar desejos.

As apresentações ocorrem nas ruas, e quem passa no local é abordado pelos artistas e convidado a conhecer o universo dentro da caixa, onde a magia acontece. As narrativas estão relacionadas com histórias e referências íntimas de criação dos manipuladores.

Lucas Serejo, ator e um dos idealizadores do projeto, explica que entre as referências ele pensou em algo que tocasse em sentimentos profundos das pessoas. “Fiz uma mistura se baseando no circo itinerante, que com muitas atrações possui a Tenda Mística, esse lugar de previsões e de certo conhecimento. Procurei referências outras, como a lenda do diabo da garrafa, que realiza a riqueza e prosperidade”, conta Lucas.

Todo o processo de construção cenográfica foi feito à mão e tendo o papel como matéria-prima. Foram cinco semanas de criação intensa da equipe de artistas-manipuladores e da coordenação técnica, sob coordenação do professor mestre Aníbal Pacha, que é referência no trabalho com o Teatro de Caixas em Belém. A coordenação técnica é da cenógrafa Mônica Torres.

Para Alana Lima, diretora, atriz e uma das idealizadoras do projeto, a intervenção é a realização de um sonho antigo. “Em 2018 me encantei pela linguagem depois de assistir a vários espetáculos de teatro lambe-lambe. E descobri em Belém o Coletivo de Animadores de Caixas, puxado pelos professores Aníbal Pacha e Edson Fernando, da UFPA. Uni esse desejo de trabalhar com a caixa ao sonho de trazer o circo pro bairro do Guamá. Sou palhaça de rua, mas não sou circense, e lá no fundo há um desejo de pertencer a magia do circo”, explica a idealizadora.

A intervenção de Teatro de Caixa faz parte do projeto homônimo selecionado pelo Prêmio FCP de incentivo à arte e à cultura 2022 e propõe quatro intervenções em diferentes pontos do bairro do Guamá, onde residem os artistas idealizadores Alana Lima e Lucas Serejo.

As performances ocorrem no dia 4, às 10 horas, na rua Barão de Igarapé-Miri, esquina com a Liberato de Castro, e às 19 horas, na passagem São Miguel, a rua do PSM, onde se localiza o Espaço Cultural Casinha de Brincantes. No dia 5, mais duas intervenções serão realizadas: às 9 horas, na Biblioteca do Tucum, na passagem São José, e às 19 horas na Praça Benedito Monteiro.

Oficina 

Além das apresentações nas ruas, uma oficina de Teatro com Bonecos será ministrada por Paulo Ricardo Nascimento, bonequeiro da Cia In Bust Teatro com Bonecos, para jovens do bairro que receberão uma bolsa como incentivo à participação. A oficina "Teatro com Bonecos: uma experiência" é uma iniciativa da produção do projeto por enxergar a importância das ações formativas em projetos culturais.

A ideia é alcançar os jovens do bairro e proporcionar contato com a linguagem do teatro de animação e uma experiência de criação. São apenas 10 vagas e os jovens que forem selecionados receberão uma bolsa de R$ 100,00 para participar da oficina, que será realizada no dia 6/11, de 9 às 13 horas, no Espaço Cultural Casinha de Brincantes. 

Alana Lima e Lucas Serejo são multiartistas e arte-educadores, pesquisadores no campo da arte nas linguagens do teatro de rua e teatro de animação. O projeto é uma  oportunidade de unir linguagens já desenvolvidas pelos artistas, como a palhaçaria e o teatro, com o teatro em miniatura.  

Serviço

"O grande circo em miniatura – intervenções de teatro de caixa". 

Dia 04/11

10h – Rua Barão de Igarapé-Miri, esquina com Liberato de Castro. 

19h – Passagem São Miguel, no Guamá.

Dia 05/11 

9h – Biblioteca do Tucum – Passagem São José, Guamá. 

19h – Praça Benedito Monteiro, no Guamá.

Dia 06/11 

Oficina “Teatro com bonecos: uma experiência”. 

Com Paulo Ricardo Nascimento. 

De 9h às 13h. 

Local: No Espaço Cultural Casinha de Brincantes – Pss. São Miguel, núm. 50 – altos. 

Informações: Espaço Cultural Casinha de Brincantes.

Por Ariela Motizuki, da assessoria do evento.

 

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Com a proposta de democratizar o teatro e ampliar o acesso da comunidade às artes, o Espaço Cultural Casinha de Brincantes realiza a Mostra Teatral “Tem gente na Casinha”, no bairro do Guamá, periferia de Belém, durante os fins de semana do mês de setembro. O primeiro espetáculo, "Desculpe a obra, estamos em transtorno!", do grupo Nós, os pernaltasfoi apresentado no último sábado (3).

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Com abertura e encerramento na praça Benedito Monteiro, no Guamá, a programação tem classificação para toda a família, e conta com espetáculos interativos que possuem temas que abordam a comicidade, palhaçaria e mágica. Além disso, o Espaço oferecerá oficinas de iniciação teatral para os estudantes da Escola Estadual Zacarias de Assunção. 

O evento terá seis espetáculos de teatro com artistas locais que atuam em diversas linguagens - do teatro de animação à palhaçaria, da contação de histórias ao teatro de rua. Abertura, já realizada, e encerramento, no dia 17, são de graça, como forma de ampliar o acesso do público e chegar a cada vez mais pessoas.

A Casinha de Brincantes tem capacidade para até 30 pessoas, com ingresso no preço de uma passagem de ônibus. Estudantes, professores da rede pública e privada e jovens de baixa renda pagam meia. "O bairro do Guamá foi escolhido porque é o bairro onde a gente mora, onde a gente trabalha e onde o espaço cultural nasce. Nós somos um coletivo de teatro que é a Trupe Teia e a gente atua no bairro há alguns anos, já desde 2019 com ações de teatro, palhaçaria e leitura. E sempre voltado para as ruas e para o bairro”, explicou a diretora de produção da Mostra, Alana Lima.

No sábado (3/9), na noite de abertura, dois espetáculos gratuitos foram apresentados na Praça Benedito Monteiro, no bairro do Guamá: além do espetáculo “Desculpe a obra, estamos em transtorno!", também se apresentou o Grupo Folhas de Papel, que mescla a arte da palhaçaria com apresentações de mágica, no espetáculo “Magya e Mystério”. 

O Espaço Cultural Casinha de Brincantes é um espaço independente, sem fins lucrativos, voltado para a linguagem do teatro e suas possibilidades e nasce com o objetivo de democratizar o acesso ao teatro nas periferias. Localizado no bairro do Guamá, foi inaugurado em fevereiro de 2022 e é sede do grupo idealizador Trupe Teia, coletivo de teatro de rua e palhaçaria atuante desde 2019 e que desenvolve suas pesquisas e ações culturais no Guamá.

Serviço

MOSTRA TEATRAL "TEM GENTE NA CASINHA".

Dias: 03, 09, 10, 16, 17 de setembro.

Sextas e sábados às 19h30.

Local: 03 e 17/09 - Praça Benedito Monteiro -  Tv. Ezeriel Mônico de Matos, 469-591 - Guamá, Belém. Gratuito.

09, 10, 16 - Espaço Cultural Casinha de Brincantes (Pss. São Miguel, número

50-Altos. Guamá). Ingressos a R$ 4,00 Com meia entrada para estudantes, professores da rede pública e privada, jovens baixa renda (mediante apresentação do id jovem).

Programação

09/09

19H30 - ESPETÁCULO "BORBÔ" - Projeto Camapu.

10/09 

19H30 - ESPETÁCULO "LÉRYGOU: Princesa do Pitiú" - Assucena Pereira.

16/09.

19h30 - ESPETÁCULO "POEMAS DE FERNANDO PESSOA PARA CRIANÇAS" - Vandiléia Foro.

17/09

19h30 - ESPETÁCULO "QUEM VAI PAGAR O PATO?" - GEMTE.

Da assessoria do evento.

Como forma de valorizar a cultura amazônica, o III Cortejo Visagento será realizado em Belém no dia 31 de outubro, data do Halloween, ou Dia das Bruxas, mas que, regionalmente, é comemorado como o Dia da Matinta. A programação terá oficinas de produção de adereços e fantasias, contação de histórias e apresentações.

A terceira edição do cortejo vai mobilizar a população por diversas ruas do bairro do Guamá. A concentração será no cemitério Santa Izabel, com saída para as ruas José Bonifácio, Pedreirinha, João de Deus, até a avenida Bernardo Sayão.

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Em edições anteriores, como na última, que reuniu mais de duas mil pessoas, destacaram-se a criatividade das fantasias e maquiagens artísticas, referenciando assombrações e personagens populares nas lendas já conhecidas por todos, como a Mulher do Táxi, a Cobra-grande, o Saci Pererê, o Curupira e muitos outros.

O projeto foi criado pelo Espaço Cultural Nossa Biblioteca e recebe a colaboração dos professores das escolas Barão de Igarapé-Miri e Frei Daniel, que viram a necessidade de reforçar a leitura como uma forma de desenvolver um sentimento de pertencimento e orgulho da cultura paraense. Essa busca pela valorização local também levou voluntários da Biblioteca a ministrar aulas dentro do Cemitério Santa Izabel. “Nós possibilitamos que crianças e jovens aprendam sobre a história do bairro sob uma ótica diferente, ressignificando construções públicas e criando uma visão mais positiva sobre esse espaço”, conta Raimundo de Oliveira, um dos idealizadores do projeto.

Durante o percurso, haverá paradas para contação de histórias e apresentações. O Cortejo Visagento integra um projeto maior, que é o "Guamá Tricentenário". O trajeto segue a estratégia de rememorar a origem do bairro e está envolvido em um conjunto de ações que terão uma temporalidade e um ponto de culminância no tricentésimo aniversário do bairro.

A cada ano o cortejo vai seguir para uma região diferente do Guamá, levando um pouco da história daquele espaço específico. “Queremos trazer visibilidade para os fazedores de cultura do bairro, trazendo valorização ao que temos no Guamá pelos próprios moradores e modificando a visão de que o bairro é um lugar perigoso, mostrando que é um centro de cultura”, explica Tereza Oliveira, uma das organizadoras do Cortejo Visagento.

Serviço

III Cortejo Visagento.

Local: Cemitério Santa Izabel, bairro do Guamá.

Horário: 19h.

Informações: Ariela Motizuki -  (91) 993772930

Da assessoria do evento.

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Um projeto idealizado pelo Grupo Trupe Teia durante o auge da pandemia, momento em que as bibliotecas comunitárias se encontravam de portas fechadas, a Biketeca será lançada nas ruas no próximo dia 25 (sábado), em cortejo no bairro do Guamá, periferia de Belém, com divulgação de livros e atividades culturais. A biblioteca sobre a bicicleta foi criada com o objetivo de ser uma alternativa para continuar levando leitura e cultura para a população, de porta em porta.

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Além de divulgar livros, a Biketeca também promove atividades culturais. “Durante o auge da pandemia, o espaço cultural Nossa Biblioteca estava fechado e as crianças não podiam vir emprestar livros, então a Biketeca surgiu como estratégia de levar os livros até a casa delas junto com contação de história, teatro, dança e música”, explica Alana Lima, uma das idealizadoras e produtora do projeto.

A Biketeca foi totalmente projetada e construída por profissionais e moradores do Guamá. No sábado (25), um cortejo sairá do Espaço Nossa Biblioteca e percorrerá as ruas do bairro até a Praça Benedito Monteiro.

O cortejo cênico de lançamento contará também com o empréstimo de livros e  diversas atividades e programações. “Como a nossa bicicleta é grande, iremos fazer jus ao tamanho dela. O lançamento será um cortejo pelas ruas do Guamá, fazendo palhaçada, até chegar ao local da apresentação”, explica Mônica Torres, produtora e atriz brincante do projeto.

O projeto faz parte do Edital de Multilinguagens da Secult/Pa - Lei Aldir Blanc - Cultura Urbana e Periférica.

Trupe Teia

Coletivo criado em 2019, a partir de inquietações comuns sobre o modo de pensar e fazer arte na cidade, a Trupe Teia reúne sete artistas. A comicidade, o teatro de invasão e a improvisação são os pilares de pesquisa e produção da trupe, que atualmente desenvolve trabalhos a partir do conceito de Teatro de Cortejo.

Divididos entre o bairro do Guamá, em Belém, e dois municípios do Marajó, as intervenções da trupe partem de experimentações de rua, de palhaçaria e de arte-educação. Entre as ações se destacam o experimento cênico "Enquadrados", apresentado em 2020 no Festival Jambu Live; os diversos cortejos cênicos pelas ruas do Guamá e o espetáculo "Histórias de um Viajante", contemplado pelo edital de Teatro da Secult - Lei Aldir Blanc Pará.

Serviço

Cortejo cênico de lançamento da Biketeca - "Chá revelação Biketeca".

Dia: 25/09. Hora: 18h.

Ponto de saída: Espaço Cultural Nossa Biblioteca - 25 de junho, 214.

Chegada na Praça Benedito Monteiro - Barão De Igarapé Miri Com Tv. Ezeriel.

Informações e Entrevista e imagens de apoio em vídeo: (91) 993772930. 

Ficha Técnica:

Produção: Trupe Teia.

Identidade Visual: José Neto.

Oficineiras: Sabrina Sousa e Valdecira Maciel.

Atores-brincantes: Alana Lima, Mônica Torres, Lucas Serejo, Marcos Adles.

Apoio técnico: Victoria Myuke.

Apoio logístico: Edson Cachorrão.

Da assessoria do evento.

O professor e historiador José Messiano Ramos realiza nesta quarta-feira (30), às 19 horas, a live de lançamento do livro “Entre dois tempos: uma breve história do bairro do Guamá”. O evento será no YouTube, no canal do escritor Paulo Maués Corrêa, responsável por mediar o encontro remoto.

Messiano Ramos, autor do livro e morador do bairro do Guamá, conta que a obra é fruto de uma pesquisa histórica desde a época de sua graduação, especialização e também mestrado. A partir disso, várias matérias e pesquisas sobre o bairro foram transformadas em uma ferramenta importante para que as pessoas conheçam a história do Guamá, como explica o historiador.

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Messiano diz que a proposta do livro é falar sobre as origens do Guamá, bairro mais populoso de Belém, apresentando também os processos de ocupação. “Quais os imaginários, as ideias e os preconceitos que foram construídos sobre este lugar e sobre as pessoas que nele moram. A ideia do livro é essa”, acrescenta.

Segundo o historiador, dentre os fatos narrados, a obra resgata a história do Hospital de Lázaros do Tucunduba, fundado em 1815 e desativado em 1938, que isolava pessoas que sofriam de Hanseníase.

“Evidentemente que eu também trato sobre as ruas do bairro, como elas surgiram, os pontos culturais, as escolas, as igrejas, os mercados, pontos de comércio, os portos. Falo do Igarapé do Tucunduba, que divide o bairro do Guamá com outros bairros da cidade. São várias abordagens”, destaca.

Messiano relata que escrever o livro foi um desafio muito grande, demandando muita pesquisa, esforço intelectual e leitura de outros trabalhos, para mostrar a história por outra perspectiva, que não fosse sobre grandes personagens e heróis.

A intenção é apresentar a versão construída pelos moradores, por aqueles que, de certa forma, tiveram um papel determinante na construção do bairro, a partir da união e da mobilização da comunidade.

“É um bairro constituído de gente lutadora, que busca os seus objetivos, muito diferente do que é apregoado, como um bairro violento. A nossa ideia foi de mudar um pouco o foco da historia e construir a partir dos anseios e das perspectivas dos moradores”, enfatiza o historiador.

Durante o processo de escrita do livro, duas questões relacionadas ao Guamá chamaram a atenção de Messiano. A primeira, segundo ele, foi perceber que muitos moradores do bairro, especialmente a juventude e estudantes de modo geral, pouco conhecem a história do lugar e como ele foi constituído ao longo do tempo.

Entretanto, o historiador revela que também existem moradores, principalmente os mais antigos, que possuem muita história para contar. Messiano ainda afirma que muito do que há na obra não é possível encontrar em outros livros de história que falam sobre Belém e sobre o Estado do Pará.

“Tampouco você vai encontrar os personagens que são oriundos do bairro, trabalhadores, pessoas comuns, do povo e que de certa forma ajudaram a fazer com o que bairro seja o que é hoje. Acho que são dois pontos divergentes e, ao mesmo tempo, convergentes. É uma população que pouco conhece da sua história e outro grupo que tem muita história para contar”, complementa.

O historiador reitera que o objetivo principal do livro é ampliar o olhar dos moradores – e de todos que conhecem Belém – sobre o Guamá, consequentemente sobre a cidade, que é uma das mais importantes da região amazônica. “[Para que] saibam que existe um bairro de periferia, com uma população muito trabalhadora, com uma diversidade cultural muito grande. É isso que a gente quer mostrar”, conclui.

Por Isabella Cordeiro.

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Belém foi a quarta capital brasileira que mais leu em 2019, com 61% da população sendo considerada leitora, segundo ranking divulgado pela 5ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-livro. João Pessoa, capital da Paraíba, está em primeiro, com 64% da população, seguida por Curitiba, com 63%, e Manaus, com 62%. A pesquisa foi realizada entre outubro de 2019 e janeiro de 2020, com 8.076 entrevistas em 208 municípios.

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O brasileiro lê, em média, cinco livros por ano, sendo aproximadamente 2,4 livros lidos apenas em parte e 2,5, inteiros. A Bíblia é apontada como o tipo de livro mais lido pelos entrevistados e também como a leitura mais marcante.

Ainda segundo a pesquisa, a maior parte começou a se interessar por obras literárias por causa de indicações da escola, professores, amigos, ou porque viu filmes baseados em livros. Os autores preferidos citados no estudo são Machado de Assis, Monteiro Lobato, Jorge Amado, Carlos Drummond de Andrade e Paulo Coelho, e 60% dos leitores de literatura afirmam ler mais de um livro do mesmo autor.

O gênero preferido do brasileiro que lê literatura é o conto, seguido pela poesia, as crônicas e os romances. A maioria do grupo prefere comprar livros em livrarias físicas (48%), pela internet (24%) ou em sebos (15%).

Para a estudante de jornalismo Érica Castro, 24 anos, a paixão pela literatura surgiu quando seus pais estavam enfrentando uma crise no casamento, em processo de separação, na época ela tinha 12 anos. "Eu encontrei um refúgio nos livros, desde então não parei, deixou de ser gosto e virou minha paixão’’, disse a estudante. Ela também conta que a literatura pôde ajudá-la a escrever bem, a ter um pensamento mais crítico e mais conhecimento sobre o mundo.

Érica tem guardados aproximadamente 200 livros. Ela diz que lê livros de todos os gêneros, mas gosta mais de romances e de terror. Por causa da pandemia do novo coronavírus, ela passou a ler mais. "Eu me via isolada em casa, sem ter contato com outras pessoas, vendo muitos noticiários que não me faziam bem, então comecei a reler meus antigos livros e livros novos. Durante a pandemia, comecei a comprar mais livros, porque como as lojas físicas estavam fechadas, as lojas virtuais estavam com muitas promoções, então aproveitei e renovei a minha estante’’, conta a estudante de jornalismo.

Internet e biblioteca

A internet e as redes sociais são razões para a queda no percentual de leitores. A internet e o whatsapp ganharam espaço entre as atividades preferidas no tempo livre entre todos os entrevistados, leitores e não leitores. Em 2015, 47% disseram usar a internet no tempo livre. Esse percentual aumentou para 66% em 2019. Já o uso do whatsapp passou de 43% para 62%. 

Ainda conforme a pesquisa, 5% dos leitores disseram que não leram mais porque acham os livros caros. Um dos fatores que influenciam a leitura é o incentivo de outras pessoas. Um de cada três entrevistados disse que alguém o estimulou a gostar de ler.  Uma boa parte desses eleitores é estimulada por projetos que atuam na comunidade, sejam em escolas, bibliotecas públicas ou associações de moradores, que incentivam o hábito de ler e o direito à educação.

Promover a leitura para crianças e adolescentes, estimular a democratização do livro e o aumento do número de leitores, por meio da oferta de rodas de diálogo, círculos de leitura, oficinas de teatro, dança, música e popular paraense, é objetivo do Espaço Cultural Nossa Biblioteca (ECNB), localizado no bairro do Guamá, em Belém. "Nós queremos transformar a leitura num ato de pertencimento à vida cultural da nossa cidade. Queremos que os moradores sejam conhecidos como cidadãos leitores’’, disse Raimundo Rodrigues, coordenador do Espaço Cultural Nossa Biblioteca.

O projeto atua desde 1977 com a iniciativa de irmãs da Sociedade das Missionárias Médicas que realizavam ações com crianças em situação de rua, por meio de atividades de apoio, pedagógico e lúdico, no bairro do Guamá. Atualmente o ECNB atende aproximadamente 300 jovens e crianças.

Para Raimundo Rodrigues, a educação não é possível sem a leitura. "Uma pessoa que não lê hoje ela está fora da sociedade. Faz com que você tenha a possibilidade de se desenvolver integralmente, de conseguir acessar os outros níveis de saberes, os tempos da humanidade, o seu passado, o seu futuro e entender o seu presente’’, explica o coordenador.

Devido à pandemia do novo coronavírus, a Nossa Biblioteca segue fechada ao público. Com o isolamento social, o espaço realizou transmissões ao vivo nas redes sociais, tendo contação de histórias, entrevistas, discussões de livros. No período pandêmico, o espaço cultural continuou exercendo seu papel social, arrecadando cestas básicas para doação no Guamá e região. "Conseguimos arrecadar aproximadamente de 1.400 a 1.500 cestas básicas, grande parte foi entregue com livros para fazer companhia às pessoas no isolamento. Estamos tentando trabalhar para construir uma campanha chamada Natal Sem Fome, porque mais do que dar comida, queremos também trabalhar a esperança das pessoas’’, disse Raimundo.

Por Amanda Lima.

 

As músicas que fazem sucesso nas aparelhagens do Pará estarão na voz da cantora Keila Gentil, no próximo dia 2 de julho, quando ela realiza a live "Laje Solidária" diretamente do bairro do Guamá. A transmissão será pelo canal no YouTube Keila Music, a partir das 19 horas. O objetivo é arrecadar doações que serão entregues às famílias carentes do Guamá.

“Eu já participo de um projeto solidário aqui no Guamá. Entregamos cestas básicas todo Natal e já temos um cadastro de pessoas que, com certeza, estão precisando de nossa ajuda. As famílias interessadas também podem entrar em contato com a gente através de nossos números”, explica Keila Gentil.

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Entre os critérios para ser beneficiado, serão priorizadas as famílias consideradas numerosas, mães solteiras ou que, geralmente, vivem apenas de uma renda, além dos trabalhadores informais e profissionais que não estão atuando no momento, por exemplo, como músicos, bilheteiros e toda a classe que se beneficia do mercado de festas e entretenimento, que está parado por conta da pandemia da covid-19.

As doações podem ser contribuições financeiras através do QR CODE que estará disponível durante a live, bem como cestas básicas, kits de higiene pessoal, sabão, sabonete, papel higiênico, pasta de dente, produtos de prevenção como máscaras, luvas e álcool em gel. Os produtos poderão ser doados através do número 91 9 9299-5599. 

Grávida de 24 semanas e dona da música recém-lançada “Me Amo Mais”, Keila Gentil promete uma live agitada de três horas de duração, com sucessos autorais e outros hits desde a época da Gang do Eletro. “O público de casa pode esperar uma live com muita diversão. Estou grávida, mas, para quem conhece e já foi a um show meu, sabe que ficar parada não combina comigo.”

“Estamos buscando recursos e vamos trabalhar muito, para entregar um cenário bonito, com transmissão de áudio e vídeo de muita qualidade”, garante, ao antecipar que o público pode esperar ainda sorteios de brindes e produtos dos apoiadores e parceiros.

Para a realização da live, Keila Gentil afirma que alguns gastos são necessários e, para ajudar com estes custos, ela conta com a colaboração e solidariedade de patrocinadores, apoiadores e parceiros.

A “Laje Solidária” tem a parceria da Natura. Para o gerente de Relações Institucionais da marca, José Mattos Neto, neste momento de dificuldades, a classe artística, uma das mais atingidas com a crise, precisa de apoio e incentivo. “Nada mais justo do que estarmos do lado dessas pessoas que proporcionam alívio social, mental e emocional para a gente. A Keila é uma artista consagrada, acompanhamos e gostamos muito do trabalho dela, que leva alegria e faz a nossa arte popular conversar com o mundo”, comenta José Mattos Neto.

Quem estiver interessado em contribuir com a realização da live, pode entrar em contato através do número disponibilizado. “Toda ajuda é bem-vinda, para beneficiar o nosso Guamá, um dos bairros mais populosos e carentes de Belém, mas que ferve de cultura e arte”, defende Keila.

Serviço

Laje Solidária.

2 de julho, às 19h.

No YouTube: Keila Music.

Doações: 91 9 9299-5599. 

Da assessoria do evento.

O Conselho Regional de Odontologia do Pará (CRO-PA) deve iniciar ainda neste mês de março o seu projeto de Odontologia Solidária, por meio de parceria com a Casa da Sopa, no bairro do Guamá, coordenada pelo Padre Elói. As cirurgiãs dentistas que irão reforçar o atendimento odontológico aos assistidos pela instituição são as odontólogas Jacy Matos e Kandice Martins.

A Casa da Sopa começou em 1994, ainda na Paróquia de Santa Maria Goretti, no bairro do Guamá. O projeto distribui centenas de pratos de sopa diariamente a quem precisa, e conta com o apoio de colaboradores como supermercados, açougues e pequenos comerciantes.

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“O maior papel do CRO Pará é zelar pela boa odontologia. E eu entendo que devemos levar a boa odontologia a todos. O projeto Odontologia Solidária ajudará a levar Odontologia de boa qualidade a quem precisa, e muitas vezes não tem acesso a esse serviço. Serão profissionais experientes, que estarão doando parte do seu dia para um atendimento gratuito, tudo em honra do seu juramento como cirurgião dentista”, destaca Sandro Ferreira, presidente do CRO-PA.

Da assessoria do CRO-PA.

Em alusão ao Dia da Consciência Negra, o Espaço Cultural Nossa Biblioteca está realizando diversas atividades, entre elas rodas de conversas, jogos teatrais adaptados para treinamento corporal do teatro negro, jogo de tabuleiro humano, que ajudará a exemplificar de forma didática a história da escravidão no Brasil, exercícios teatrais e outros. A temática do evento é toda voltada para o universo cultural africano, origens, religiosidade e costumes.

A programação começou no dia 4 e vai até o dia 23 deste mês, no espaço cultural localizado na avenida 25 de Junho, no bairro do Guamá, em Belém.

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Victor Ramos, um dos colaboradores do Espaço Cultural, falou um pouco sobre a importância do evento. “Não é chegar e dizer o que eles têm que fazer ou como têm que agir. A gente cria um encantamento nos jovens. Tentamos passar como a diversidade é bonita, para que eles comecem a se valorizar. A maioria dos alunos são negros e já sofreram ou sofrem com o preconceito. E a gente tem essa responsabilidade social de conversar com eles e dizer que não são eles que estão errados, e sim as pessoas que os desrespeitam e agem com preconceito”, explicou o colaborador.

O mês da consciência negra contará também com apresentação narrativa de origem afro-indígena e danças folclóricas de origem africana, cuja a ideia é o resgate a ancestralidade. As apresentações ocorrerão no dia 23 de novembro em uma atividade denominada “Rua de leitura”.

Um dos participantes, o aluno Geisel Damasceno está há sete anos no espaço cultural. “Para mim está sendo incrível participar dessa programação, me sinto de alguma forma importante. É bom trabalhar para aumentar a autoestima e a representatividade das crianças e jovens dos bairros periféricos, que são a maioria negros”, destacou o aluno.

O público presente e os moradores das proximidades também poderão interagir com os alunos, que farão um programa fictício para entrevistá-los e saber o que as pessoas conhecem e entendem a respeito do dia da consciência negra. Uma data que simboliza uma história de luta e resistência.

Serviço

Evento: Mês da Consciência Negra.

Data: 4 a 23 de novembro. Horário: Durante todo o dia.

Local: Espaço Cultural Nossa Biblioteca.

Endereço: Avenida 25 de junho, nº214, Guamá.

Contato: (91) 3249-5270. Redes sociais: @ecnossabilioteca.

Da Ascom Nossa Biblioteca.

 

 

O Halloween, que é comemorado no dia 31 de outubro, será marcado pelo II Cortejo Visagento, em Belém, que neste ano levará assombrações para as ruas do bairro do Guamá. O evento tmabém vai homenagear o jornalista e escritor paraense Walcyr Monteiro, autor de livros sobre fantasmas, visagens e assombrações.

A concentração do Cortejo será em frente do Cemitério Santa Izabel, às 18 horas. De lá os participantes seguirão até o Espaço Cultural Nossa Biblioteca, que está organizando o evento em parceria com o projeto ParáLer.

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A homenagem ao escritor paraense, que morreu em maio, aos 79 anos, de pneumonia, é pela dedicação que o mestre do folclore paraense deu às lendas amazônicas, eternizado por obras como "Visagens e Assombrações".

O primeiro momento da noite terá narração de histórias de visagens, ainda na frente do cemitério, com Janete Borges. Em seguida, o cortejo sai pelas ruas do Guamá, com algumas paradas para programações. Uma dessas paradas será na casa de Dona Júlia, que é uma das moradoras mais antigas do Guamá e que contará as histórias assombrosas do seu tempo de garota.

Para Marta Lima, que há 28 anos é voluntária da Nossa Biblioteca, esse momento é um dos mais aguardados do Cortejo. “Será um momento de homenagem para Walcyr Monteiro e também de resgate da cultura do bairro do Guamá”, disse.

Quem participar do Cortejo também poderá se candidatar ao concurso de melhor fantasia da noite, com prêmio no valor de R$ 200,00. Mineia Neita, voluntária da Nossa Biblioteca há 23 anos, e que participará do Cortejo, falou que a expectativa é grande para o dia do evento. “Esse ano queremos atingir mais ruas do bairro (Guamá) com mais paradas, onde as pessoas possam contar lendas urbanas ou contos de terror”, concluiu.

Para mais informações sobre a programação basta entrar em contato pelo número (91) 3249-5270 ou pelas redes sociais @ecnbiblioteca.

Serviço

Cortejo Visagento.

Local: Cemitério Santa Izabel, Guamá.

Data: 31 de Outubro. Hora: 18h.

Endereço: Tv. Francisco Caldeira Castelo Branco, 896, São Brás.

 

Faltam dois meses para o Natal. Muitas famílias começam a se programar para viajar, outras para receber os parentes e amigos. O comércio fica mais movimentado e, em meio a essa movimentação toda, há as crianças que esperam ansiosas para receber seus presentes.

Esse é o caso das crianças do Espaço Cultural Nossa Biblioteca, que começaram a escrever suas cartinhas para os padrinhos do Espaço. Como quase tudo na biblioteca, a ajuda é voluntária. Os presentes de Natal são doados por padrinhos que se sensibilizam com as cartinhas.

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Todos os anos, as crianças do Espaço escrevem suas cartas. Ewerton Ferreira, de 10 anos, já fez a sua. “Eu quero ganhar um kit de material escolar e uma bola original”, disse. Martha Ferreira, de 12 anos, também. “Espero ganhar um kit material escolar e um tênis”, informou.

Para Victor Ramos, voluntário do Espaço há cinco anos e professor e orientador da Cooperativa Mirim da Nossa Biblioteca, as cartinhas são importantes para ajudar as crianças que são de famílias carentes, sem condições financeiras de presenteá-las. “A gente monta essa força-tarefa para que cada criança consiga pedir o que deseja. Claro que a gente vai orientando para que não sejam coisas tão difíceis de conseguir,  mas que sejam coisas que elas almejam”, disse.

A maioria das crianças escolhe material escolar, tênis e roupas. “São coisas que têm necessidades ou que elas veem outras crianças ganhando e elas têm esse acesso”, explicou Victor Ramos.

São muitas crianças, em torno de 300. “Conseguir 300 padrinhos não é uma coisa tão fácil, mas a gente está na esperança, assim como nos outros anos, de que esse ano seja incrível e que as pessoas se sintam sensibilizadas com esse trabalho e nos ajudem”, concluiu Victor.

O último foragido acusado de envolvimento na chacina do bairro do Guamá, em Belém, no último dia 19, se entregou, na noite de terça-feira (28), na Divisão de Homicídios. Jonatan Albuquerque Marinho, 34, de apelido "Diel", prestou depoimento até por volta de 3 horas. 

Na manhã de quarta-feira (29), ele foi conduzido para exame de corpo de delito no Centro de Perícias Científicas Renato Chaves e depois encaminhado ao Sistema Penitenciário, para ficar à disposição da Justiça. Com ele, os oito identificados nas investigações como envolvidos nas mortes de 11 pessoas no bar da Wanda, na passagem Jambu, já estão presos. 

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Em entrevista coletiva na Delegacia-Geral, o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Uálame Machado, acompanhado do comandante-geral da PM, coronel Dilson Junior, e do delegado-geral Alberto Teixeira, apresentou mais informações sobre o andamento do inquérito. O prazo de encerramento é de dez dias contados a partir da sexta-feira passada, quando dois policiais militares acusados de envolvimento nas mortes foram presos por ordem judicial.

O secretário destacou a celeridade com que o caso foi esclarecido. "Enaltecemos tanto a celeridade que o fato foi esclarecido como a conclusão com as prisões que foram deferidas. Ao final de menos de dez dias, conseguimos capturar todos os que estavam envolvidos no crime", ressalta Machado. 

Com a prisão de "Diel', no caso das mortes ocorridas no Guamá, a polícia dá por encerrada a investigação para identificar as pessoas participantes diretamente no local do crime. As investigações resultaram em quatro armas apreendidas e que podem ter sido usadas nas mortes. São duas pistolas calibres ponto40, uma pistola calibre 380 e um revólver calibre 38. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em três locais: um bar e em duas padarias.

Presos

Jonatan Albuquerque Marinho, 34 anos, de apelido "Diel" – Apresentou-se na noite de terça-feira (28) à Divisão de Homicídios.

Cabo PM Leonardo Fernandes de Lima – Apresentou-se à Divisão de Homicídios no último domingo (dia 26). 

Cabo da reserva José Maria da Silva Noronha – Apresentou na Divisão de Homicídios no sábado (27). 

Cabos PM Wellington Almeida Oliveira e Pedro Josimar Nogueira da Silva – O primeiro foi preso, na sexta-feira passada, na operação Kratos realizada pelas Polícias Civil e Militar, e o segundo se apresentou na noite do mesmo dia, na Delegacia-Geral.

Edivaldo dos Santos Santana, Aguinaldo Torres Pinto e Jaisson Costa Serra – Presos durante a semana passada.

Com informações da Agência Pará.

 

A cúpula da Segurança Pública do Pará estuda ações de combate à violência no Estado depois de mais uma chacina. Na tarde de domingo (19), 11 pessoas foram assassinadas com tiros na cabeça em um bar localizado no bairro do Guamá, na periferia de Belém. 

Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Segup) informou que os gestores foram convocados para uma reunião emergencial para acompanhar os desdobramentos da chacina. Segundo a Polícia Civil, nenhuma linha de investigação está descartada - ação de milícia, geurra entre traficantes, vingança pela morte de policiais militares.

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A Divisão de Homicídios ouviu cinco pessoas sobre os assassinatos. Dos 11 corpos, nove corpos já foram periciados e liberados. São eles:

Márcio Rogério Silveira Assunção, 36;

Samira Tavares Cavalcante, 36 anos;

Leandro Breno Tavares da Silva, 21 anos;

Meire Helen Sousa Fonseca, 35 anos;

Paulo Henrique Passos Ferreira, 24 anos;

Flávia Teles Farias da Silva, 32 anos;

Sérgio dos Santos Oliveira, 38 anos;

Tereza Raquel Silva Franco, 33 anos;

Maria Ivanilza Pinheiro Monteiro (dona do bar), 52 anos.

Duas pessoas permanecem sem identificação por falta de documentação e reconhecimento da família. Um sobrevivente permanece internado em estado grave.

Ainda segundo a nota, desde o último domingo a Polícia Militar reforçou o policiamento no local do crime e bairros próximos, sob o comando do 20º Batalhão de Policiamento Militar.

 

Violência sexual é um assunto que precisa ser discutido, especialmente entre adolescentes e jovens, para que tenham conhecimento e saber denunciar. Segundo o Ministério da Saúde, entre 2011 e 2017, o Brasil teve aumento de 83% nos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. Foram registrados mais de 180 mil casos de violência, durante o período. Só no Pará, segundo o Pro Paz, mais de 12 mil crianças e adolescentes foram atendidas vítimas de violência sexual, de 2004 a março deste ano.

Para levar a discussão sobre o assunto para a sala de aula, Diego Martins, que é mestre em Segurança Pública, falou aos alunos da Escola Ruth Rosita, no Guamá, sobre o passo a passo para o atendimento dos casos de violência contra crianças e adolescentes em Belém do Pará, mesmo tema da cartilha criada por ele durante o mestrado. 

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A palestra ocorreu na tarde de quarta-feira (10), na própria escola. Participaram do encontro estudantes do cursinho pré-vestibular gratuito, projeto criado para preparar os alunos da escola a uma vaga no vestibular deste ano. 

Para Vilcilene Duarte, coordenadora da escola e professora de Sociologia, o evento foi de grande relevância social. Para ela, a comunidade escolar carece de mais informações e orientações sobre o assunto. "Para candidatos do Enem 2019, é de suma importância dominar temas relevantes, como esse, que podem ser bem produtivos na hora de desenvolver uma redação, ou questão. A palestra foi muito significativa, principalmente pela simplicidade do palestrante, e pelos projetos sociais que ele desenvolve. Percebe-se uma preocupação social", afirmou.

Diego Martins elogiou a atenção e a participação dos alunos durante a discussão. "É sempre muito gratificante quando as pessoas participam e interagem. Dá vontade de falar e de contribuir mais, só que tem que respeitar o tempo, porque tinham outros compromissos na escola. A professora (Vilcilene) relatou que é um bairro muito humilde e que há muitos casos de abuso sexual, então achei muito importante explicar melhor a cartilha, divulgar a cartilha para que eles tenham acesso, mostrar como é que ela pode ser usada, como é que funciona. Espero que de alguma forma essa sementinha plantada contribua para reduzir o número de casos desse tipo de violência que acontecem no bairro", ressaltou.

Na cartilha os leitores tem acesso detalhado aos procedimentos que devem ser feitos, aos órgãos que devem procurar e quais etapas são feitas após as denuncias. A cartilha está disponível neste link.

 

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A Escola Estadual Ruth Rosita de Nazaré Gonsalez iniciou projeto de ensino voluntário preparatório para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), voltado para alunos com poucas condições financeiras graduados no ensino médio. O principal objetivo é dar condições a estudantes da rede pública de ingressar em uma faculdade.

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A iniciativa partiu do professor de Química, Nilson Santos. “De início, eu tentei abarcar os professores da escola, mas houve uma adesão de poucos devido à grande dificuldade no trabalho voluntariado. As pessoas não querem se dispor a trabalhar de graça. Por ser professor da universidade, recrutei docentes estagiários de instituições como a Fibra e a UFPA (Universidade Federal do Pará). Agora, com uma maior visibilidade do curso, surgem professores de outras escolas interessados em participar”, disse o professor e idealizador do projeto.

Após a divulgação nas redes sociais, a demanda para a matrícula aumentou e a lista de espera conta com 200 alunos, os quais serão submetidos a uma entrevista como processo seletivo. A equipe pedagógica intenciona obter cada vez mais visibilidade e, assim, arrecadar recursos financeiros governamentais e de ONGs (Organizações Não Governamentais).

Apesar de desafios como a evasão escolar durante o ano, o cursinho tem uma média de 50% de aprovação. Segundo Thaisy Monteiro, aluna, sua maior motivação para ingressar no ensino superior é, além de ter uma vida profissional, dar um retorno à sua família e obter uma mudança de vida.

Vilcilene Duarte, vice-diretora da escola Ruth Rosita, destacou a importância da participação familiar e da comunidade para o sucesso do projeto, além de compartilhar sobre a sua experiência em participar. ”É uma realização pessoal muito grande. Por meio do projeto voltei a estudar e ter perspectivas. Assim como eu desperto os sonhos, os sonhos são despertados em mim”, concluiu.

Por Eva Pires.

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Para quem ama levar conhecimento e cultura através da leitura, qualquer objeto vira ferramenta. É o caso da geloteca, uma extensão dos projetos do Espaço Cultural Nossa Biblioteca, localizada no bairro do Guamá, em Belém.

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A geloteca foi ideia da Marta Lima, uma das voluntárias do Espaço Nossa Biblioteca, e surgiu para ocupar as crianças do bairro com leitura. A voluntária contou que há dois anos atrás pensou em usar uma geladeira para divulgar livros. “Nesse ano doaram uma geladeira para a biblioteca, mas ela não estava funcionando. Aí criei coragem e pedi para transformá-la em geloteca. Junto com as crianças e adolescente da minha rua iniciamos o processo de transformação e assim a geloteca passa a ser mais um braço da biblioteca em prol da leitura”, disse Marta, voluntária do projeto desde 2000.

Além da leitura, a geloteca também levou música, teatro e muita interação entre os moradores da comunidade do Guamá. “A geloteca é para alcançar aquele público que por algum motivo não tem tempo para ir a uma biblioteca, ir a um teatro e também ouvir boa música reunir a família para fazer uma leitura”, disse Marta.

O projeto é desenvolvido com a população que vive no entorno do igarapé do Tucunduba, no Guamá, e qualquer pessoa pode apoiar o projeto. “Quem quiser doar livros é só deixar lá na Nossa Biblioteca e dizer que é para o projeto geloteca”, concluiu a voluntária.

Com a geloteca, as pessoas da comunidade emprestam e doam livros. “Foi mais um passo na direção do nosso enraizamento junto à comunidade. Mais um passo para levarmos a todos os moradores do bairro o amor pela leitura e a oportunidade desse direito, que é o direito de ler para as crianças do nosso bairro”, disse José Raimundo de Oliveira, presidente da Nossa Biblioteca.

Por Rosiane Rodrigues.

 

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O Bloco Nação Organ realizará seu primeiro cortejo cultural “Conexão de Saberes” no dia 30 de junho. O cortejo promete colorir as ruas do Guamá com música e alegria, tendo como partida inicial da Sede do Pássaro Junino Beija-Flor, localizado na rua Frei Daniel de Samarati, no bairro do Guamá, às 16h.

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O bloco nasceu há dois anos, com uma mistura de cultura do Pará/Pernambuco que se dedica a promover as bandeiras da arte musical e cênica e da cultura popular e tradicional dos estados brasileiros, com a junção de ritmos como: carimbo, o pássaro, samba-reggae, entre outros estilos.

A ação que faz parte do projeto “Conexão de Saberes” dividiu-se em dois momentos. O primeiro é de formação, realização de oficinas contemplando o bairro do Guamá e o segundo, de apresentações artísticas. As oficinas serão diárias e se iniciaram no dia 25 de junho, na quadra da Associação Carnavalesca Bole Bole.

Segundo a coordenadora Suellen Ferro, o projeto leva educação e mantém a cultura regional. “O cortejo vai mostrar às crianças e adolescentes inseridos ou não no projeto, a cultura, música, arte e educação e como esses elementos criam a consciência de caminhos melhores do que a criminalidade e drogas”, afirmou.

O cortejo será o momento de apresentar os resultados após o intenso período de formação ministrado. Para que o evento acontecesse, o bloco uniu forças com grupos e profissionais do mundo artístico e cultural de Belém, como o pássaro Junino Beija Flor e potencializar a vivência das tradições e manifestações culturais.

“Esperamos atingir um grande público e firmar a continuidade do projeto e manter forte as manifestações culturais que existe no bairro do Guamá e afastar ao máximo possível os jovens da criminalidade”, disse Suellen.

O projeto tem como objetivo a salvaguarda de saberes e fazeres de mestres da cultura popular e o envolvimento das novas gerações e estimular o ensino, reconhecimento, valorização e a mistura da cultura popular, como o carimbo. Com isso, fortalecer a identidade e estimular a troca de informações e experiências entre mestre, músicos, brincantes, pesquisadores, produtores culturais e comunidade em geral. Este projeto conta com o patrocínio do Banco da Amazônia por meio de Edital Público.

Para o coordenador de patrocínios do Banco da Amazônia, Ewerton Alencar, os projetos culturais, incentivados ou não por Lei Municipal, são voltados à Literatura, Eventos Culturais, Música, Audiovisual e Artes Cênicas. “A instituição é o maior incentivador da cultura e apoia todos os tipos e em todos os estados, é importante saber, que o projeto realiza ações voltadas para a educação e estimulo a cultura promovendo troca de experiências com os profissionais da área,” relatou.

Da assessoria do Banco da Amazônia.

 

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Na tarde de quarta feira (13), o Espaço Cultural Nossa Biblioteca, do bairro do Guamá, em Belém, proporcionou para pais e filhos uma oficina sobre "Violência contra a mulher" e em seguida uma palestra sobre "Empoderamento feminino", elaborada pela estudante e voluntária Ana Mônica Torres de Oliveira. O encontro teve a participação da professora de teatro Alana Lima.

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Para a professora Alana Lima, estar num bairro de periferia como o Guamá e abordar um tema como esse é importante, pois a violência contra a mulher, segundo ela, é muito forte. “Trazer essa discussão para as mulheres compreenderem o que elas vivem, pra que elas possam combater isso, foi a nossa meta", disse.

A estudante Mônica Torres, que ministrou palestra, disse que falar sobre a violência contra a mulher e o empoderamento de meninas é importante, porque as crianças da biblioteca vivenciam muito situações de abuso e agressão. “Neste tipo de roda de conversa é pra poder mostrar pra elas o que elas estão passando e tentar ajudar caso estejam numa situação ruim”, afirmou Mônica.

Já a pedagoga e a mediadora Marta Lima ressalta a importância dessa roda de conversa na oficina pra alertar as mulheres dessa violência que cresce com o passar dos dias. “A gente viu uma adolescente de 16 anos empoderada poder estar falando desse assunto com outras adolescentes, com outras mães”, observou. A roda de discussão também ensinou às pessoas presentes o significado de várias palavras muito repetidas no cotidiano, como machismo e feminismo.

A dona de casa Maria Felizmina, de 52 anos, disse que sempre participa de reuniões no Espaço e que achou muito importante aprender. “Eu sempre participo de reuniões aqui, mas hoje achei muito importante porque muita coisa eu não sabia”, disse a dona de casa.

Esse evento faz parte do Círculo de Leitura, realizado quinzenalmente, com dinâmicas que abordam o papel da mulher na sociedade.

Da assessoria do evento.

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Na quinta-feira (7), a Associação Nossa Biblioteca, do bairro do Guamá, periferia de Belém, realizou um círculo de leitura de poemas de mulheres negras. O evento contou com a presença de mediadores, pais e crianças frequentadores do local e teve como propósito estimular a leitura de poesia e homenagear as mulheres negras.

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Joelma Marques, de 32 anos, mãe de quatro filhos, todos eles frequentadores da biblioteca, disse que as reuniões ajudam a melhorar a convivência familiar. Em muitos casos, afirmou, tem mãe que não consegue se relacionar em casa com os filhos e as rodas de leitura permitem maior aproximação entre adultos e crianças. Joelma diz que leva livros para as crianças em casa e garante que eles aprovam. Com isso, incentiva os amigos dos filhos a lerem também.

Para Marta Lima, mediadora, um livro sobre avós permitiu que as mães se soltassem um pouco mais. “No ciclo de leitura dos pais, nós fazemos o mesmo trabalho com as crianças, e hoje eu peguei só livros que falavam de vó, e foi o que fez elas se expressarem”, disse Marta.

 Joana Chagas, contadora de história, falou da importância do trabalho da Nossa Biblioteca na vida das mães. ”Esse trabalho com as mães faz com que essas senhoras relembrem suas memórias num bairro que é violento todos os dias. É essencial que o nosso trabalho flua. Alcançar a criança é facil, mas quando conseguimos alcançar a família dessa criança significa que o trabalho reverbera”, observou. 

 A Associação Nossa Biblioteca existe há 41 anos e desenvolve trabalhos culturais, artísticos e de leitura. O espaço funciona na travessa 25 de Junho, 214, no Guamá, de segunda a sexta-feira, de 8 às 18 horas.

Da assessoria do evento.

 

 

 

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Famílias que fazem parte da Associação Nossa Biblioteca, no bairro do Guamá, em Belém, participarão nesta quinta-feira (7), às 15 horas, da oficina de leitura de poesias escritas por mulheres negras, com palestra da professora e doutora da UFPA (Universidade Federal do Pará) Luzia Gomes. A oficina será na sede da Nossa Biblioteca, na travessa 25 de Junho. 

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O evento faz parte do círculo de leitura, realizado a cada 15 dias, e terá citação de poemas, histórias e dinâmicas que abordam o papel da mulher negra na sociedade. A programação também conta com o apoio das pedagogas Marta lima e Minea Braga, duas dos mais de 20 voluntários da associação, que farão a mediação de leitura entre os participantes. “Vamos ter muitos poemas e os pais falarão das poesias que escreveram, vai ser muito legal”, conta Marta Lima, organizadora do evento.

Serviço

Endereço do evento: Tv. Vinte e Cinco de Junho, 214 - Guamá, Belém – PA

Assessoria do evento: (91) 98014-3006

Entrada Franca

Da assessoria do evento.

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