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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira (25) que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, "está no comando" de uma solução para o impasse envolvendo a fatura dos precatórios, como são chamadas as dívidas judiciais após sentença definitiva. Ele indicou que uma "modulação" das decisões, isto é, uma negociação sobre a forma do pagamento poderia resolver a questão.

A conta dos precatórios para 2022 chegou a R$ 89,1 bilhões, um crescimento acima de 60% em relação à despesa programada para este ano, e consumiu toda a folga fiscal que estava reservada para políticas como a ampliação do Bolsa Família. Guedes já se referiu a essa fatura como "meteoro" a atingir as finanças da União.

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O governo chegou a encaminhar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para parcelar essas dívidas, mas a medida tem enfrentado resistências no Congresso e ganhou o selo de "calote" no mercado financeiro - rótulo que a equipe econômica nega. Diante das dificuldades, outros ministros do governo têm defendido abrir o diálogo e pensar em alternativas, como mostrou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

"Nunca vamos questionar decisões do Supremo. Mas nós vamos dizer o seguinte: quanto a gente consegue executar constitucionalmente", disse Guedes nesta quarta-feira (25). Ele lembrou que o governo precisa respeitar o teto de gastos (regra que limita o avanço das despesas à inflação) e a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

"Se me der uma conta três vezes maior do que podemos pagar, temos de pedir clemência e uma solução. E eu tenho certeza que o Supremo nos dará essa solução. Ministro Luiz Fux está no comando dessa solução. Temos vários juízes (ministros) do STF que são muito sensíveis a isso e eles têm a solução, que é a modulação", acrescentou o ministro da Economia.

Com algum tipo de negociação, na avaliação de Guedes, o planeta ganharia uma "camada de proteção" contra o meteoro, que viraria uma "pedrinha".

O aumento na conta de luz tem pesado no orçamento das famílias e é um dos fatores que pressionam a inflação, mas o ministro da Economia, Paulo Guedes, não vê problemas para atravessar o atual momento. "Se no ano passado, que era o caos, nós nos organizamos e atravessamos, por que nós vamos ter medo agora? Qual o problema agora que a energia vai ficar um pouco mais cara porque choveu menos? Ou o problema agora é que tá tendo uma exacerbação porque anteciparam as eleições... Tudo bem, vamos tapar o ouvido, vamos atravessar", afirmou Guedes nesta quarta-feira (25).

"Isso vai causar perturbação, empurra a inflação um pouco para cima, BC tem que correr um pouco mais atrás da inflação", afirmou no lançamento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo.

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Guedes disse que a economia brasileira está "vindo com toda a força" após a crise causada pela pandemia da Covid-19, mas admitiu que "há, sim, nuvens no horizonte". "Temos a crise hídrica forte pela frente, mas a economia brasileira está furando as ondas", disse.

A crise hídrica levou o governo a anunciar nesta quarta-feira (25) medidas para redução do consumo de energia para toda a administração pública federal. Decreto presidencial editado hoje determina a redução do consumo de eletricidade desses órgãos entre 10% e 20% em relação ao consumo do mês nos anos de 2018 e 2019, ou seja, antes do período pré-pandemia.

Além disso, o governo está pedindo que a sociedade e indústrias façam um esforço pela economia de energia e evitem desperdícios. Quem economizar terá conta menor a pagar e uma premiação pela redução do consumo.

Pressionada pelo aumento da conta de luz, a inflação acumulada em 12 meses chegou à marca de dois dígitos em quatro capitais do País no IPCA-15 de agosto: Porto Alegre (10,37%), Goiânia (10,67%), Fortaleza (11,37%) e Curitiba (11,43%). Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 25.

Durante a solenidade, Guedes apresentou dados da economia brasileira, destacando ganhos com as reformas feitas para controlar gastos. "Logo no primeiro ano (de governo), mostramos que viemos para controlar as despesas públicas", afirmou.

Segundo ele, o "abismo fiscal que ameaçava o Brasil foi controlado", destacando a reforma da Previdência. E, apesar da covid, a economia brasileira se abre de novo, "temos superávit comercial e corrente de comércio recordes", acrescentou o ministro.

Arrecadação forte

Guedes destacou também o bom desempenho da arrecadação de impostos, e previu que "se a economia brasileira crescer 5,5% neste ano, com a arrecadação vindo forte, é possível o País ter superávit em 2022".

Nesta quarta-feira, a Receita Federal divulgou os dados da arrecadação de julho, quando o País arrecadou com impostos e contribuições federais R$ 171,270 bilhões, um aumento real de 35,47% na comparação com o mesmo mês de 2020.

"A economia está bombando e continua a narrativa de que o governo não faz nada", afirmou o ministro. Ele criticou o que chamou de visões negacionistas e agradeceu o empenho do Congresso na aprovação das reformas e de medidas encaminhadas pelo governo. Guedes destacou ainda a atuação do presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), que, segundo ele, é uma "liderança imprescindível".

Segundo Guedes, os críticos já transferiram o colapso para 2022, ao perceberem que a economia voltou a crescer. "Mas vamos continuar crescendo", disse.

Em um momento de embates com o Congresso em torno das propostas econômicas, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu nesta segunda-feira, 23, apoio dos parlamentares e disse que não se pode, por disputas políticas, "afundar o barco". Guedes ainda sugeriu, sem citar nomes, que há atores cometendo "excessos" e disse que o presidente Jair Bolsonaro é alvo de uma "caçada".

"Se o próprio presidente, nessa ânsia, nessa caçada que ele tem sofrido, se também tiver cometido algum excesso, é um democrata. É caçado diariamente. Caçado com 'Ç', não cassado com dois 'S'. Estão querendo transformar o caçado midiaticamente todo dia num cassado com dois 'S'. O homem teve 60 milhões de votos, estamos a um ano de eleições. Esperem e vençam a eleição em vez de fazer confusão e derrubar economia", disse o ministro durante evento promovido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.

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Segundo Guedes, pode ter um ou outro ator que comete excessos - um ministro do STF ou ele próprio, admitiu -, mas ele disse confiar nas instituições. "Se um ator comete excesso, as instituições o convidam a voltar para dentro da caixa", afirmou.

"Quem está cometendo excessos tem que reavaliar, seja do lado que for. Não podemos, por disputa política, afundar o barco", disse. Ele acrescentou que quem eventualmente se encaixa nessa descrição vai "refletir e contribuir para o aperfeiçoamento das instituições".

Ao pedir apoio à agenda de reformas e falar dos "excessos", Guedes por vezes bateu com a mão na mesa de seu gabinete, de onde participou da live. O barulho foi ouvido na transmissão. Segundo o ministro, há "pessimistas" que têm feito torcida contra a recuperação do País, mas o governo não pode se deixar contaminar por isso.

Guedes disse que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tem lutado "bravamente" para levar adiante a agenda de reformas, mas cobrou do Senado maior engajamento nas propostas. Na sexta-feira (20), o ministro participou de um debate promovido pelo Senado sobre a reforma tributária, mas acabou acirrando ainda mais o clima e disse até mesmo que pode retirar o apoio ao projeto que muda o Imposto de Renda, dizendo que "prefere não ter reforma tributária a piorar o sistema". "Tenho convicção de que o Senado virá conosco para as reformas", disse Guedes nesta segunda-feira. "Acredito que o Senado brevemente vai se incorporar à agenda de reformas", reforçou o ministro.

Guedes ainda alfinetou promessas eleitorais de investidas contra o teto de gastos, a regra que limita o avanço das despesas à inflação. Em junho, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que deve concorrer em 2022, escreveu no Twitter que, se eleito, revogará o teto.

"Um bom candidato (em 2022) tem que ser comprometido com reformas, não furar teto", disse o ministro. Ele encerrou sua participação pedindo "confiança no Brasil acima de tudo".

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, 20, durante live da Genial Investimentos que o Brasil está decolando neste momento. Guedes voltou a dizer do compromisso do governo com as finanças do País e com as futuras gerações.

"Mesmo durante a pandemia, nós jamais perdemos essa noção do duplo compromisso. Do compromisso com a saúde da população brasileira. Criamos um orçamento de guerra, gastamos 10,5% do PIB e entramos neste ano com um recuo dramático para 1,7% e no ano que vem será de 0,3% do PIB", disse.

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Para ele, o teto de gastos é, na verdade, uma bandeira, um símbolo, um muro de contenção enquanto não for desvinculado os orçamentos públicos brasileiros. Guedes voltou a citar a proteção de 11 milhões de empregos no mercado formal, a manutenção do Bolsa Família e o Programa de Rolagem para Estados e municípios, num pacote de R$ 150 bilhões transferidos para os entes subnacionais.

"Nós não deixamos que gastos extraordinários com saúde se convertessem em gastos recorrentes. Continuamos bem firme com esse compromisso", disse o ministro. Guedes citou a geração de 1 milhão de empregos nos últimos quatro meses de 2020 e igual soma este ano.

"Fizemos em poucos meses o Banco Central independente, o que era uma aspiração de 40 anos, os gatilhos fiscais, fizemos a Lei de Falência, houve o marco das startups para não perdermos o essa revolução digital que está acontecendo. Ao mesmo tempo a privatização dos Correios e Eletrobrás, também simultaneamente os marcos regulatórios", disse.

Ele disse ainda que o setor financeiro mobilizou R$ 20 bilhões de outorga com a privatização da Cedae e R$ 30 bilhões de compromissos em investimentos. "Isso e sete vezes o orçamento anual do MDR e Infraestrutura, o que mostra que a recuperação econômica virá pelo setor privado", disse para reafirmar que o Brasil está decolando.

Por outro lado, ele disse que está havendo uma antecipação das eleições e que sempre lamentou durante a pandemia que muita gente estivesse subindo em cadáveres para fazer disputas políticas, o que é disfuncional numa democracia onde quem ganha a eleição tem que ter o direito de governar.

"Não estamos conseguindo interromper a agudização política", disse acrescentando que todos estão exagerando.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu nesta sexta-feira (20), a reforma tributária "por etapas" proposta pelo governo. "Toda longa caminhada e toda visão ampla exige primeiros passos, que pode ser essa visão (de reforma) por etapas", afirmou, em participação na segunda sessão de debates temáticos no Senado sobre a PEC 110/2019 - da reforma tributária que unifica os impostos sobre consumo de bens e serviços.

Mais cedo, o relator da PEC 110/2019 da reforma tributária que unifica os impostos sobre consumo de bens e serviços, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), reclamou que o governo não tem interesse em uma reforma ampla e adiantou que irá apresentará seu parecer "de forma impreterível" na próxima semana.

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Rocha se mostrou decepcionado com a fala do secretário especial da Receita Federal, José Tostes Neto, que abriu a sessão defendendo a aprovação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que unifica apenas as cobranças do PIS e da Cofins. Esse projeto foi enviado pelo governo à Câmara dos Deputados ainda em junho do ano passado, mas até agora não tramitou.

Na audiência, Guedes rechaçou a possibilidade de se chegar a um entendimento para uma reforma ampla de uma só vez. "Acho impossível fazer reforma tributária de uma só vez, impossível. A PEC pode ser até uma orientadora do processo por etapas. E aí sai dever de casa para todo lado. Vamos aprovar o IVA federal, os municípios seguem mais um tempo com o ISS deles", afirmou.

Otimismo moderado

Após passar meses dizendo que a economia brasileira está retornando em "V" e que iria surpreender o mundo, o ministro da Economia moderou o otimismo hoje. "O Brasil não está nem voando, nem está condenado, só depende de nós e do nosso trabalho", afirmou.

Durante a sessão no Senado, ele voltou a defender mais racionalidade nas relações políticas brasileiras. "Estamos nessa profunda divisão no País, com muito barulho e pouca informação de verdade. Muita paixão e baixando a racionalidade. A doença não é só física, estamos atravessando um período de doença das almas também. As pessoas estão perdendo o juízo, o bom senso, a serenidade, mas continuo confiante nessa dinâmica de uma sociedade aberta. Há muito choque, muita militância de um lado ou de outro, mas temos que manter a serenidade. É isso que vai consertar o Brasil", afirmou Guedes.

Responsabilidade fiscal

Paulo Guedes repetiu que pode apoiar qualquer proposta de reforma tributária, desde que haja compromisso com a responsabilidade fiscal e que não haja aumento da carga tributária. "Não pode ter aumento da arrecadação. Prefiro correr o risco de perder um pouco arrecadação. Já que a arrecadação está crescendo muito no atual sistema, prefiro ir para sistema melhor e ficar com um pouquinho menos. Convido os Estados a mergulharem no mesmo espírito. Tenham iniciativa e simplifiquem o ICMS", afirmou.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou que, em conversas com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o governo federal avalia a possibilidade de zerar o PIS-Cofins que incide sobre o óleo diesel, em janeiro do próximo ano.

De acordo com o presidente, durante transmissão semanal ao vivo nesta quinta-feira (19), a medida deve ter impacto de R$ 17 bilhões nas contas públicas. Entre as opções para compensar a perda, Bolsonaro destacou a redução de subsídios dados a outros setores. "Temos que reduzir 10% dos subsídios no corrente ano. E quando há redução, há margem para se fazer isso chegar em outro local. Os 10% são da ordem de R$ 15 bilhões. Devemos achar R$ 17 bilhões para tapar um buraco. Faltam R$ 2 bilhões, mas a gente vai se virar", afirmou o presidente.

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Apesar do anúncio, Bolsonaro reforçou que a medida não é certa ainda. "Pretendo! Não vou dizer que vou conseguir, mas conversei com o Paulo Guedes e existe uma chance - não me cobrem porque está em estudo ainda - de zerarmos o PIS-Cofins do diesel a partir de janeiro do ano que vem. Hoje em dia arrecadamos algo na ordem de R$ 17 bilhões. Temos que achar algo compensador para isso, não basta dar uma canetada", afirmou o presidente.

Durante a transmissão, o presidente voltou a cobrar que governadores zerassem também a cobrança do ICMS sobre combustíveis e gás de cozinha. Segundo Bolsonaro, ao menos, o ICMS deveria ter um valor nominal definido por cada Estado.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, teceu várias críticas nesta quinta-feira, 19, à Confederação Nacional da Indústria (CNI) e disse que a entidade tem "boicotado" as propostas de reformas enviadas ao Congresso Nacional e também em várias outras áreas. Ele citou o que seriam obstáculos do empresariado a mudanças no ICMS, na reforma tributária, setor elétrico e no marco regulatório do saneamento básico.

Guedes também afirmou que a entidade precisa "tirar fantasias e parar de fazer ataques amistosos e sutis" e voltar para o jogo da vida real. "Boicotar as reformas não é bom para ninguém, nem para a indústria. Apenas para a CNI, que é uma entidade corporativa", bateu. "A inflação está subindo e temos que fazer um movimento de abertura", repetiu.

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Ao mesmo tempo, Guedes avaliou que se trata de um setor "valente" e que conseguiu "sobreviver ao massacre" de momentos de juros básicos de dois dígitos. No momento, as taxas estão em tendência de alta novamente, mas ele disse que "se baixarmos a bola e esperarmos a próxima eleição, o juro volta a cair".

Apesar de alguns afagos, o ministro não poupou o setor industrial. "É sempre a desculpa de que tem que fazer muito para não fazer nada", disse durante evento no Senado, que conta também com a participação de representantes da CNI. "Se mela a reforma tributária, não dá nem o primeiro passo.... É o passo inicial para fazer a grande simplificação. Diz que quer fazer a caminhada, mas nunca dá o primeiro passo", criticou.

Vários industriais já foram a público reclamar da proposta de reforma tributária enviada pelo Executivo ao Congresso e afirmaram, inclusive, que este não seria o melhor momento para colocar as mudanças em prática. "Eu entendo o receio da CNI de entrar o Vietnã na indústria têxtil ou dos coreanos na automotiva", considerou. É esse equilíbrio, no entanto, que precisa ser manobrado, de acordo com ele. "Estamos muito atentos."

O modelo protecionista, de acordo com o ministro, é equivocado e ruim. "O industrial está perdendo a importância há 15 anos, e não estão se dando conta disso", disse durante audiência pública da Comissão de Relações Exteriores do Senado, que debate o tema "Mercosul: tarifa externa comum e potencial de ampliação do bloco".

A Comissão de Relações Exteriores do Senado debate o tema "Mercosul: tarifa externa comum e potencial de ampliação do bloco". Também participam do evento realizado por videoconferência o ex-ministro das Relações Exteriores e embaixador Celso Lafer; o ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto França; o embaixador do Uruguai para o Brasil, Guilhermo Valles Galmes; e o gerente de Políticas de Integração Internacional da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Fabrízio Sardelli Panzini.

O presidente Jair Bolsonaro disse que tem conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tomar providências contra o aumento da inflação. "Querem que eu faça milagre?", questionou durante transmissão semanal pela internet.

Ele disse que uma das "providências" contra a inflação é o aumento da Taxa Básica de Juros (Selic), atualmente em 5,25% ao ano. A taxa Selic foi elevada na última reunião do Copom em um ponto porcentual, o quarto aumento consecutivo dos juros. "Nós combatemos a inflação com mais produção, não tem outro caminho", completou.

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Ele voltou a descartar a possibilidade de promover congelamento de preços ou restrição às importações e atribuiu a pressão inflacionária às repercussões econômicas da pandemia do novo coronavírus. "Muita gente ficou em casa, passou a produzir menos, menos oferta de produtos, aumento da inflação", argumentou.

O presidente voltou a cobrar a redução das alíquotas do ICMS por parte dos governos dos Estados, aos quais atribuiu a culpa pelo novo aumento do preço da gasolina após reajuste da Petrobras do preço médio de R$ 2,69 para R$ 2,78 o litro. "Poderia baixar a gasolina hoje, só na questão do ICMS, em média R$ 1,20", afirmou.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, 30, durante evento no Rio, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vive na "idade da pedra lascada", ao comentar os resultados do mercado de trabalho divulgados pela manhã pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

Dados apresentados pelo IBGE mostraram que a taxa de desemprego nacional foi de 14,6% no trimestre móvel encerrado em maio, o que representa um contingente de 14,8 milhões de desocupados. A taxa ficou ligeiramente abaixo da registrada no trimestre móvel encerrado no mês anterior, que estava em 14,7%.

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Guedes comparou o resultado da pesquisa do IBGE, que é feita por amostras de domicílios, com os dados do Caged, divulgados pelo governo e que têm metodologia diferente, abarcando o mercado de trabalho formal com base em informações passadas pelas empresas. O Caged mostrou a geração de 309.114 vagas de emprego com carteira assinada em junho deste ano.

"No ano, já criamos 1,5 milhão de novos empregos. Desde que covid-19 no atingiu e destruiu quase 1 milhão de empregos em abril do ano passado, já criamos 2,5 milhão de novos empregos. Pnad do IBGE está metodologicamente atrasada, pesquisa feita pelo telefone. É muito superior a metodologia do Caged, que vem diretamente das empresas", disse Guedes.

O ministro acrescentou que será preciso acelerar os procedimentos do IBGE. "Ele ainda está na idade da pedra lascada, baseado em métodos que não são os mais eficientes. Temos as informações diretas da empresa", disse Guedes, acrescentando que vai, de toda forma, reduzir a taxa de desemprego no Brasil nos próximos meses.

"Estamos criando praticamente 1 milhão de empregos a cada 3 meses e meio. Então, as pesquisa do IBGE estão um pouco atrasadas, daqui a pouco vão ter que convergir para o que está acontecendo. "Os indicadores do Caged nos indicam que estamos criando emprego rapidamente. Vamos derrubar essa taxa de desemprego muito rapidamente", finalizou Guedes.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender um imposto sobre transações financeiras (nos moldes da extinta CPMF) para compensar a desoneração da folha de pagamento.

"Esse imposto sobre pagamento não é declaratório, não tem que preencher papel, não tem que pagar advogado, ninguém está isento. Falam que ele é regressivo, cruel, mas não é. Se todo trabalhador que ganha R$ 1.500 receber um aumento de R$ 1,50, já compensa essa incidência do tributo", afirmou, em evento virtual organizado pelo empresário Abílio Diniz.

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Para Guedes, as pessoas são contra esse imposto por causa da "economia de drogas, de corrupção e do tráfico de armas". "Todo mundo pagaria e as digitais poderiam ficar em transações bancárias, e aí o próprio banco fica apavorado e diz que vai destruir o sistema de intermediação financeira. O banco quer beber dessa água sozinha", argumentou.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou nesta quinta-feira (1º) que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado sobre a pandemia de Covid-19 "embaralha" o trabalho do Congresso. A comissão investiga denúncias sobre a atuação do governo Bolsonaro no enfrentamento à doença.

"Um chama o outro de bandido, o outro fala que o outro está matando gente. É um perde-perde geral", afirmou, em evento virtual organizado pelo empresário Abílio Diniz. "Estamos antecipando o ciclo eleitoral, o que não é muito bom para o País. O melhor para o País é o ganha-ganha das vacinas e das reformas", completou.

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Mais uma vez, Guedes disse que o País vive em um "barulho infernal, ensurdecedor", mas ponderou que esse é o barulho normal das democracias. "Tem uma guerra política infernal. Se não fizemos tá errado, se fizemos tá errado também. (A pandemia) tem sido uma tragédia, mas as tragédias tiram de nós o nosso melhor", afirmou.

Para enfrentar as resistências dos grandes empresários ao projeto de reforma tributária, o ministro da Economia, Paulo Guedes, sinalizou que o governo deve acelerar a queda do Imposto de Renda das empresas em 2022. Mas Guedes não quer abrir mão da volta da taxação na distribuição de lucros e dividendos com uma alíquota de 20%, segundo apurou o Estadão.

Pela proposta do governo, a alíquota do IRPJ cairia cinco pontos porcentuais - de 25% para 20% - em dois anos. Guedes já antecipa que a queda pode ocorrer de uma vez só no ano que vem. A interlocutores, ele admitiu que, se a recuperação da arrecadação ao longo do ano que vem for ainda maior, a alíquota poderá ter uma queda adicional de 2,5 pontos porcentuais - chegando a 7,5 pontos.

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A proposta de reformulação do IR foi apresentada na sexta-feira, 25, ao Congresso Nacional e, desde então, o governo vem sofrendo uma enxurrada de críticas do mercado financeiro e das grandes empresas que distribuem dividendos. A redução da alíquota do IRPJ foi considerada baixa por representantes do setor produtivo para fazer frente à taxação de lucros e dividendos. Empresários disseram ao ministro que queriam uma alíquota de lucros e dividendos na mesma proporção da queda do IRPJ.

A pressão chegou com força ao Congresso. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já admitiu a possibilidade de redução para 15%. Há uma movimentação para que o projeto seja aprovado antes do recesso parlamentar de julho, o que deixou preocupados representantes das grandes empresas pelo conteúdo polêmico.

Ao Estadão, o relator da reforma do IR, deputado Celso Sabino (PSDB-PA), admitiu essa possibilidade. Ele quer ainda conversar com líderes dos partidos e com o governo para definir qual será o porcentual da taxa cobrada sobre lucros e dividendos. "Já houve essa manifestação de alguns deputados para se discutir melhor isso, mas essa alíquota ainda não está definida, não está fechado", disse Sabino. Guedes tem repetido que a direção da reforma é neutra, sem aumento de imposto.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse acreditar que o Congresso Nacional aprovará as reformas administrativa e tributária nos próximos três a quatro meses. Em evento organizado pelo Bradesco BBI com investidores internacionais, Guedes afirmou que a aprovação do marco regulatório do saneamento e privatizações de outros setores estão permitindo a recuperação da economia brasileira passe de um ciclo baseado no consumo para um crescimento sustentável baseado em investimento.

"As perspectivas para a economia brasileira são muito favoráveis", disse Guedes. "Vamos simplificar e reduzir tributos, o teto de gastos é algo que vamos lutar pelo cumprimento."

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No front ambiental, o ministro admitiu que o Brasil teve problemas com desmatamento ilegal e invasões, mas disse que tem mantido contato com autoridades dos Estados Unidos para conversar sobre o assunto. "Sabemos que futuro é verde e digital. O Brasil tem a matriz energética mais limpa do mundo", afirmou.

Guedes disse ainda que o Brasil continua dedicados a cumprir todas as metas para acessão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Apesar de, publicamente, estar em "campanha" pela aprovação da reforma administrativa, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que o presidente Jair Bolsonaro não quer a aprovação da proposta que muda as regras para o funcionalismo público brasileiro e que não vai trabalhar por ela.

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, Guedes confidenciou a contrariedade de Bolsonaro a Pacheco em encontro na semana passada, o que levou o presidente do Senado a questionar ontem, durante evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o real comprometimento do governo com a reforma.

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A avaliação entre lideranças políticas é de que, faltando um ano para a próxima eleição presidencial, a defesa da reforma administrativa por Bolsonaro ficará "só no discurso" e que, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva crescendo nas pesquisas eleitorais, "já estamos no segundo turno" do pleito de 2022.

O texto é uma das principais "reformas estruturantes" defendidas por Guedes e sua equipe - que criou polêmica no início do ano passado ao comparar servidores públicos a "parasitas". Também é acompanhada com lupa pelo mercado, que vê nas mudanças uma importante forma de reduzir o tamanho do Estado e o impacto do funcionalismo nas contas públicas.

Ontem, após o Estadão/Broadcast divulgar a conversa reservada entre Guedes e Pacheco, os contratos baseados em juros futuros subiram, o que mostra a expectativa de piora no cenário geral pelo mercado.

Durante o evento de ontem da CNI, Pacheco disse que "há compromisso absoluto" do Legislativo com o andamento da proposta, porém demonstrou preocupação com a possibilidade de esvaziamento do texto. Pacheco reclamou, especificamente, do Palácio do Planalto, deixando a Economia de fora.

"Há o compromisso do Poder Executivo com a reforma administrativa? Esse é um questionamento que precisamos fazer e ter clareza nessa discussão com a Casa Civil, a Secretaria de Governo e a própria Presidência da República. Se há vontade de fazer uma reforma administrativa em um ano pré-eleitoral ou não", afirmou o presidente do Senado. "Para que não tenhamos uma concentração de energia que será esvaziada em razão de uma iniciativa do governo para não votar. Quero crer que isso não acontecerá, mas é um diálogo que precisamos ter com o governo federal", acrescentou.

Resistência

A reforma administrativa enviada pelo governo ao Congresso traz mudanças importantes para novos servidores públicos, como o fim da estabilidade para a maioria das carreiras e a criação de diferentes tipos de contrato de trabalho. O texto enfrenta grande resistência entre o funcionalismo, que tem se organizado e atuado no Legislativo contra a proposta.

O projeto já foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados na semana passada e, agora, aguarda a criação de uma comissão especial na Casa para continuar a tramitação.

Entre parlamentares, porém, a visão é de que se trata de mais uma situação em que o presidente Bolsonaro faz Guedes acreditar que tem seu apoio, mas trabalha nos bastidores contra o que o ministro defende.

Segundo os parlamentares, foi o que ocorreu durante a tramitação da reforma da Previdência, quando Bolsonaro autorizou aliados a votar contra pontos da proposta. Mais recentemente, o presidente também liderou um movimento para desidratar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do auxílio emergencial e retirar policiais do congelamento previsto de salários. Contra a equipe econômica, Bolsonaro também patrocinou a tentativa de retirada do Bolsa Família do teto de gastos, mas recuou diante da reação negativa do mercado.

A senadora Kátia Abreu (PP-TO), vice-presidente da Frente Parlamentar pela Reforma Administrativa, também disse ontem que "alguns setores do governo estão contra a reforma administrativa" e, diferentemente de Pacheco, reclamou de Guedes.

"Vejo Paulo Guedes, que deveria ser o maior interessado, lutando muito pouco por essa reforma. Talvez o presidente (Jair Bolsonaro) esteja preocupado em desagradar esse setor", afirmou, durante audiência pública da comissão da covid-19 no Senado.

Em público, Guedes continua em defesa das mudanças. Ainda ontem, em evento com investidores internacionais, o ministro disse que a reforma administrativa, assim como a tributária, deve avançar neste ano. "Vamos surpreender o mundo mais uma vez, pois o Congresso brasileiro é reformista", disse.

Coube ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), colocar panos quentes na situação. "Acredito na reforma administrativa e acredito no apoio do governo à reforma administrativa. Foi oriunda dele. Essa versão, veiculada por alguns meios, de que o governo federal e o Poder Executivo não apoiarão a reforma administrativa é um contrassenso", afirmou, no evento da CNI.

Procurado, Pacheco não comentou a conversa reservada com Guedes.

Após a publicação da reportagem pelo Estadão, o Ministério da Economia informou que o ministro Paulo Guedes ligou para o presidente do Senado para reafirmar que Bolsonaro apoia, sim, a reforma administrativa. Questionado pela reportagem sobre o motivo de Guedes ter dito na semana passada, a Rodrigo Pacheco, que Bolsonaro não apoiava as mudanças, o ministério disse apenas que "esse assunto já foi superado quando Bolsonaro deu o aval para o envio da proposta ao Congresso Nacional." 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender nesta a imunização em massa como a principal estratégia para a retomada da atividade no Brasil. "A vacinação em massa é principal política econômica que podemos fazer agora. E de Saúde também", afirmou durante o Fórum de Investimentos Brasil 2021 (BIF), um evento internacional sobre atração de investimentos estrangeiros para o Brasil, organizado pela Apex-Brasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e governo federal. Esta é a primeira vez que o evento é realizado totalmente de forma virtual por causa da pandemia de coronavírus.

Guedes acrescentou que a vacinação da população é que trará a volta segura ao mercado de trabalho. Um pouco antes no mesmo evento, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, previu que até o fim do ano toda a população brasileira estará imunizada.

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Foi preciso, de acordo com o ministro da Economia, que o governo fornecesse camadas de proteção social.

"A estratégia de distanciamento necessitava que pessoas tivessem recursos e digitalizamos 64 milhões de brasileiros", recordou, salientando que foi transferida renda "maciçamente" para os mais vulneráveis.

Guedes dedicou boa parte de seu discurso à geração de empregos no mercado de trabalho doméstico. Mais uma vez, ele citou que em recessões anteriores, nos anos de 2015 e 2016, quando o Brasil era governado pelo Partido dos Trabalhadores (PT), foram destruídos 1,5 milhão de empregos formais a cada ano. "Desta vez, criou-se 140 mil empregos formais", comparou.

Para o ministro, esse fortalecimento do mercado de trabalho deu-se por causa das políticas de preservação de emprego. "Conseguimos que a economia brasileira voltasse em V baseada em políticas públicas", afirmou.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu nesta quarta-feira que o governo tem um "olhar especial" para os trabalhadores mais vulneráveis e voltou a citar os estudos para lançamento em breve do Bônus de Inclusão Produtiva e o de Qualificação (BIP e BIQ). "Queremos evitar o efeito cicatriz dos jovens que estão chegando ao mercado de trabalho e não encontram empregos. No BIP, governo vai pagar R$ 300 de um lado, e as empresas R$ 300 de outro lado, pagando para darem cursos de qualificação. O jovem será treinado para desempenhar o papel que depois será o seu emprego. Algumas empresas importantes, McDonalds, já têm conversado com governo", adiantou.

Segundo o ministro, o governo tem os recursos necessários para bancar o programa ainda em 2021. "Temos os recursos para esse ano, mas em vez de lançar um contrato de seis, estamos tentando arrumar fontes para 2022, para que o contrato possa ter um ano, pelo menos", completou.

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Guedes voltou a destacar a resiliência da economia brasileira na crise. O ministro voltou a citar os programas lançados pelo governo, como o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). "Agora essa nova geração de programas ajudarão a empregar também os invisíveis. Não só vamos formalizar o trabalho, como vamos criar uma rampa de ascensão social. O Brasil já atravessou a onda do impacto econômico, agora temos que resistir à covid", concluiu.

O mercado de trabalho formal brasileiro registrou um saldo positivo 120.935 carteiras assinadas em abril, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No acumulado dos quatro primeiros meses de 2021, ao saldo do Caged é positivo em 957.889 vagas.

O Ministério da Educação (MEC) admitiu em documento ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que a verba destinada ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2021 é insuficiente para aplicar a prova em todos os participantes. Também vai faltar dinheiro para pagar bolsas de 92 mil cientistas, incluindo pesquisadores da covid-19, médicos residentes e para livros didáticos. Em ofício obtido pelo Estadão, a pasta pede dinheiro para "viabilizar projetos" e fala em impactos pedagógicos "imensos".

O documento encaminhado anteontem pelo ministro da Educação, Milton Ribeiro, à Economia pede o desbloqueio de R$ 2,7 bilhões e a suplementação de R$ 2,6 bilhões, sob o risco de deixar sem verba "diversas demandas essenciais à área da educação", entre elas a realização do Enem. O MEC foi a pasta mais atingida pelo bloqueio de verbas realizado em abril pelo presidente Jair Bolsonaro.

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Para aplicar o Enem, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão ligado ao MEC e responsável pelo exame, prevê gastar R$ 794 milhões este ano. Com R$ 226,7 milhões bloqueados, o orçamento total do Inep é de R$ 1,183 bilhão, mas seria necessário quase o dobro do dinheiro para atender às necessidades da autarquia, que também realiza outras avaliações educacionais.

"Especificamente com relação ao Enem, a insuficiência orçamentária resultaria na inexecução dos serviços, tendo em vista a quantidade de participantes prevista para 2021", aponta o ofício. O Inep estima ter 6 milhões de alunos inscritos nesta edição do Enem, além de 100 mil estudantes na aplicação da prova digital. "O montante disponibilizado não atenderia a totalidade de aplicações/participantes previstas, o que de fato poderia trazer prejuízos às aplicações do Enem e ao Inep", afirma o MEC.

No mesmo documento, o MEC cita ainda os prejuízos à pesquisa brasileira, com cortes na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação que fomenta a pós-graduação. Segundo a pasta, todos os 92.377 bolsistas de mestrado, doutorado e pós-doutorado "não poderão ser pagos" a partir de novembro. "Entre o total de bolsas, cabe destacar a interrupção do pagamento de 795 bolsistas vinculados a 109 projetos de combate à covid-19, com o envolvimento de 1.280 pesquisadores", destaca o ofício. Além do desbloqueio de verbas, a Capes precisa de R$ 121,5 milhões para garantir pagamento aos bolsistas.

Faltam ainda recursos para o programa de residência médica. O dinheiro recebido até agora será suficiente para pagamento das bolsas até setembro e o MEC já prevê reduzir o programa. Residentes têm atuado diretamente no combate à pandemia em hospitais. "O valor atual programado para a ação orçamentária contempla recursos suficientes para a manutenção de apenas 10.800 bolsas de residência, de um total de 13.883." A contratação de supervisores e tutores para o programa Mais Médicos também fica comprometida.

Sem assistência estudantil

Nas universidades federais, o ofício admite que a partir de setembro não haverá dinheiro para bolsas de permanência no ensino superior. Os recursos são destinados a estudantes de baixa renda. E o "funcionamento geral" das universidades federais também pode ficar comprometido, segundo o MEC. As instituições falam em paralisar atividades em julho.

Livros e alfabetização

Até programas considerados prioritários para a gestão Jair Bolsonaro sofrem impactos dos cortes. Na alfabetização, a previsão é de atender 16% a menos dos estudantes com cortes na formação de professores para essa área. E os livros didáticos podem não ser entregues em 2021 porque um terço da verba está comprometido. O investimento mínimo é de R$ 3 bilhões, mesmo valor do "orçamento secreto" de Bolsonaro, esquema revelado pelo Estadão.

Procurado, o MEC não se manifestou. Já a Economia disse que o bloqueio visa ao atendimento de despesas obrigatórias. "Caso novas projeções de despesas obrigatórias indiquem queda do valor projetado dessas despesas, os valores bloqueados poderão ser reavaliados", informou a pasta. "Até esta data não existe previsão para eventual desbloqueio."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o PT ganhou quatro eleições "merecidamente" após criar o Bolsa Família.

"O PT teve realmente a belíssima iniciativa de fazer um programa de transferência de renda importante. Ganhou quatro eleições seguidas merecidamente porque fez a transferência de renda para os mais frágeis. Um bom programa, que envolvia poucos recursos e que tinha altíssimo impacto social, e que foi até inspiração para fazermos o dinheiro chegar na base", afirmou, em audiência pública na Câmara dos Deputados.

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O ministro ressaltou, porém, que o valor do Bolsa Família não foi de R$ 600, como o auxílio emergencial no ano passado, porque não havia recursos disponíveis. "Na democracia, você dá mérito ao que for bem feito, mas explica porque não feito antes. O auxílio de R$600 não foi feito antes porque exige bases de financiamento sustentáveis no longo prazo. O próprio PT, que esteve no governo tanto tempo, não botou o Bolsa Família de R$ 600. Era R$ 170 porque o dinheiro tem que ser apanhado em outro lugar", completou.

Enquanto a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado ouve o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o ministro da Economia, Paulo Guedes, enfatizou, nesta terça-feira (4), na Câmara que o governo liberou R$ 5 bilhões para a Saúde combater o novo coronavírus já nas primeiras semanas da pandemia, em março do ano passado.

Guedes listou todas as ações do governo federal desde o começo da pandemia, como a aprovação do orçamento de guerra, a criação do auxílio emergencial e os programas de crédito para as empresas.

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"Foi um ano trágico para o Brasil e para a humanidade. Foi uma doença de proporções bíblicas que nos atingiu quando a economia estava se recuperando e começando a rodar em um ritmo melhor, graças às reformas que aprovamos antes. O Brasil teria colapsado na pandemia se não tivéssemos aprovado a reforma da Previdência", afirmou Guedes, em audiência pública conjunta das comissões de Finanças e Tributação; Educação; Trabalho, Administração e Serviço Público; e Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.

Inicialmente, estava prevista a participação do ministro também na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC), mas os deputados membros preferiram remarcar a audiência pública para o dia 9 de junho. Apesar da reunião conjunta desta terça, as demais comissões pretendem votar requerimentos para também ouvir o ministro individualmente.

"Eu considero uma obrigação minha estar disponível para conversar com as diversas comissões. Ao longo dessa pandemia, participei de dez sessões com a Comissão Mista da Câmara e do Senado para acompanhar os gastos com a covid. Prestei contas em tempo real sobre a crise econômica e as nossas reações", afirmou Guedes. "Pode demorar uma ou duas semanas pra conseguir uma agenda, mas vou estar disponível para todas as comissões", completou.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, cancelou a viagem a São Paulo nesta quinta-feira para acompanhar, com outros ministros, a chegada de 1,350 milhão de doses da vacina da Pfizer contra a covid-19. Além do recebimento dos imunizantes no Aeroporto de Viracopos (em Campinas), às 18 horas, Guedes visitaria o Centro de Distribuição de Insumos Críticos de Saúde de Guarulhos às 14 horas.

O Ministério da Economia não informou ainda o motivo do cancelamento e apenas disse que outros compromissos entrarão na agenda de Guedes durante a tarde.

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O ministro ainda participa de reunião eletrônica do Conselho Monetário Nacional (CMN) a partir das 14 horas. A divulgação dos votos do colegiado ocorrerá após as 18h.

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