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Após o decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Marco Aurélio Mello, ter determinado que o governo adote as medidas voltadas à realização do Censo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, argumentou que o corte de recursos para o IBGE no Orçamento de 2021 foi feito pelo Congresso Nacional, e não pela equipe econômica.

"Não fomos nós que cortamos o Censo. Quando houve o corte, quem aprovou o Orçamento foi o Congresso. A explicação que nos deram é que, com a pandemia, o isolamento social impediria que os pesquisadores fossem de casa em casa transmitindo o vírus", alegou Guedes, na portaria do ministério. "Ir presencialmente não parecia muito razoável", completou.

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Durante a tramitação do Orçamento de 2021, o relator, senador Marcio Bittar (MDB-AC), retirou uma previsão de cerca de R$ 2 bilhões para a realização do Censo este ano e redistribuiu a emendas parlamentares.

No momento da sanção, o presidente Jair Bolsonaro vetou outros R$ 17 milhões que poderiam ser usados na preparação da pesquisa para 2022. Esse corte deve levar a um adiamento ainda maior do Censo, para 2023, segundo previsão do sindicato. A previsão original era realizá-lo em 2020.

Questionado sobre a decisão do ministro Marco Aurélio e se haverá de fato a liberação de novos recursos para o IBGE, Guedes disse que ainda "não estava sabendo". "Eu vou me informar a respeito", limitou-se a responder.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu nesta quarta-feira, 28, que o governo continua acreditando em transformação de recuperação cíclica baseada em consumo em uma retomada do crescimento sustentável com base em investimentos. O ministro enfatizou que o País vai enfrentar a segunda onda da pandemia com vacinação em massa e privatizações.

"Amanhã chegam as novas vacinas da Pfizer e depois de amanhã a privatização da Cedae. Isso foi possível graças ao novo marco do saneamento. O Brasil é a única economia do mundo que faz reformas estruturantes em meio à pandemia. Elogio o Congresso brasileiro que continua aprovando reformas econômicas. Estamos conversando sobre prosseguimento da reforma administrativa e da tributária", completou o ministro.

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Guedes admitiu que o Brasil está, talvez, no pior momento da pandemia, mas avaliou que o País segue com espírito de "resiliência, compreensão e fraternidade" entre os brasileiros.

"O setor privado está entrando agora em coordenação com o governo na vacinação em massa e na ampliação de leitos", acrescentou o ministro.

Mais uma vez, Guedes argumentou que o governo segue vendendo empresas estatais, abatendo a dívida pública e reduzindo o déficit de despesas recorrentes. "Os gastos recorrentes continuam embaixo do teto de gastos. Temos um duplo compromisso com a saúde da população e com as gerações futuras. Cada geração precisa pagar pelas suas guerras", repetiu.

BIP

O ministro ainda reforçou que a equipe econômica deve lançar novos programas em breve, como o Bônus de Inclusão Produtiva (BIP).

"Não é só o problema do mercado formal de trabalho. O BIP é para ajudar os invisíveis", concluiu Guedes.

O BIP é o nome fantasia do governo para o chamado imposto de renda negativo, instrumento de transferência de renda para quem está trabalhando na informalidade e ganha menos do que um salário mínimo. O BIP seria destinado aos trabalhadores "invisíveis" e estaria associado à nova Carteira Verde Amarela, com menos encargos para a contratação.

O secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco, disse que BIP em estudo pelo governo é um complemento à decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o benefício assistencial, que é da competência do Ministério da Cidadania. "Da nossa parte, seria uma proteção específica ao mercado informal de trabalho. Ainda estamos elaborando os pontos fiscal e orçamentários. Não é trivial. Vamos terminar os estudos e levar ao ministro Paulo Guedes e ao presidente da República antes de falarmos em detalhes", respondeu.

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou, nesta quarta-feira (28), que a fala do ministro Paulo Guedes, da Economia, sobre "o chinês" ter inventado o vírus, se tratava de uma "comparação" entre Estados Unidos e China. Segundo Mourão, comparações do tipo são comuns em reuniões menores.

"O ministro estava fazendo uma comparação entre China e Estados Unidos. São comparações que geralmente são feitas em 'petit comité' e que infelizmente foi gravado. É algo que não tem nada de mais nisso", avaliou o vice-presidente em fala à imprensa na chegada ao Planalto. "É a velha história: a gente tem que ter cuidado com as palavras, apenas isso. O importante são os atos", comentou.

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Na terça-feira, Guedes afirmou durante uma reunião do Conselho de Saúde Suplementar (Consu) que "o chinês inventou o vírus" mas que "a vacina dele é menos efetiva que a do americano". Após a repercussão negativa da fala, o ministro disse depois que foi "infeliz" em seus comentários. Guedes tem 71 anos e, no mês passado, foi vacinado com a Coronavac, vacina da farmacêutica chinesa Sinovac produzida em parceria com o Instituto Butantan.

Após renovar suas críticas ao Mercosul, o ministro da Economia, Paulo Guedes, enfatizou nesta sexta-feira, 23, que o Brasil está em um momento decisivo de reavaliação do bloco. Ele defendeu a liberdade para que os países membros tenham ritmos diferentes de negociação com outros governos.

"A primeira dimensão é garantir uma liberdade de negociação para os seus membros. Claro que juntos somos mais fortes, mas achamos importante que haja liberdade de negociação para que os membros possam achar o que for mais conveniente. A ideia é que cada membro possa ser um pioneiro e fazer um acordo lá fora diferente. Se tiver bom, o conjunto dos membros do Mercosul avança naquela direção", afirmou, em sessão temática do Senado que celebra os 30 anos do Tratado de Assunção, com o tema: "Mercosul, avanços, desafios e perspectivas".

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Guedes citou o acordo firmado entre o Mercosul e a União Europeia - que ainda depende de aprovação por todos os países membros dos dois blocos - e citou outros acordos em negociação. "Queremos avançar na modernização do Mercosul. Avançar significa permitir velocidades diferentes para quem está mais preparado ou disposto", completou.

O ministro lembrou que o governo brasileiro insiste na abertura econômica, apesar dos atuais problemas fiscais do País. "Essa reavaliação do Mercosul não é para recuar ou com qualquer pensamento de rejeição. Mas é perfeitamente compreensível que em momento de crise alguns países recuem um pouco e hesitem em fazer esse movimento abertura", explicou.

TEC

Além da liberdade para que países membros do Mercosul possam negociar acordos com outros governos, Guedes defendeu a redução imediata da Tarifa Externa Comum (TEC) do bloco.

"Até compreendemos a situação de membros que possam ter dificuldade de baixá-la no momento, mas gostaríamos de propor o movimento. Para o Brasil, é importante reduzirmos. Fizemos uma proposta de reduzirmos em 10%, ou seja, baixar a tarifa de um determinado produto de 30% para 27%. Isso não machuca ninguém, é só para mandar um sinal de que não estamos fechando a economia", afirmou, em sessão temática do Senado que celebra os 30 anos do Tratado de Assunção, com o tema: "Mercosul, avanços, desafios e perspectivas".

Guedes deixou claro que não é a intenção do governo brasileiro abrir a economia de uma só vez, mas argumentou que essa redução de 10% na TEC seria um primeiro passo nessa direção.

Após o acordo fechado com o comando da Câmara e do Congresso, o ministro da Economia, Paulo Guedes, considera que o Orçamento de 2021 ficará "exequível". Para a equipe econômica, o mais importante é que o acerto deu instrumentos para o governo bloquear despesas discricionárias (que incluem custeio e investimentos) quando o limite do teto de gastos for ultrapassado.

O clima foi de alívio entre os auxiliares do ministro e de "virada de página". Nos bastidores, integrantes da equipe econômica trabalharam, nessa terça-feira (20), para abafar as críticas recebidas, mostrar que não houve "ganhadores ou perdedores" e que a proposta foi "boa" para a "responsabilidade fiscal". Mas detalhes técnicos ainda não foram esclarecidos para evitar ruídos antes da sanção do Orçamento pelo presidente - o prazo final é amanhã.

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Dispositivo incluído no projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovado na segunda-feira como parte do acordo, permite ao governo bloquear por decreto despesas discricionárias para recompor despesas obrigatórias, como benefícios previdenciários, seguro-desemprego e subsídio. O peso dessa medida para a segurança do teto de gastos está sendo comparado ao contingenciamento do Orçamento para o cumprimento da meta fiscal. O foco para os cortes passará a ser o teto de gastos, a regra constitucional que limita a alta das despesas à variação da inflação.

A avaliação de Guedes, repassada a interlocutores na madrugada de ontem, depois da votação do projeto, foi de que todos os acordos "couberam dentro do Orçamento com o teto de gastos respeitado para as despesas recorrentes".

O ministro tem pontuado que o acerto mantém extrateto (o que não entra no limite da regra constitucional) apenas os gastos relacionados ao enfrentamento da Covid-19 na segunda onda da pandemia. Na avaliação dele, é exatamente como ocorreu, em 2020, na primeira onda da doença.

A avaliação do comando da equipe econômica é de que as vantagens da mudança ficarão mais claras nos próximos dois dias. O presidente Jair Bolsonaro tem até amanhã para sancionar o Orçamento de 2021, que foi aprovado com despesas obrigatórias, como pagamentos da Previdência e seguro-desemprego, subestimadas para acomodar uma quantidade maior de emendas parlamentares, além dos R$ 16,5 bilhões acordados com o Congresso para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) emergencial, que liberou R$ 44 bilhões para uma nova rodada do auxílio emergencial.

No dia da votação do Orçamento, em março, Guedes foi até o presidente Jair Bolsonaro dizer que o Orçamento daquele jeito era "inexequível" com risco de impeachment para ele. A partir daí, uma crise se instalou com o Congresso, que queria a sanção do Orçamento sem vetos. O ministro ficou sob pressão do Centrão e fogo amigo de colegas da Esplanada.

Destravamento

O acordo político destravou os gastos para os programas da covid sem a necessidade de acionamento do estado de calamidade. Esses gastos, que incluem uma nova rodada do benefício para trabalhadores que tiverem os salários cortados ou contratos suspensos e uma nova linha de crédito para micro e pequenas empresas, ficarão fora do cálculo da meta fiscal. A meta deste ano permite que o governo feche as contas no vermelho em até R$ 247,1 bilhões.

Guedes vinha defendendo uma PEC para limitar os valores a serem gastos com esses programas. A solução encontrada, porém, não limita os gastos. Mas, ao final, o presidente fará um veto parcial do Orçamento.

Para o Ministério da Economia, as despesas da Covid-19 (não recorrentes) já estavam fora do teto de gastos e o projeto aprovado agilizou o seu andamento ao retirá-las da meta fiscal das contas do governo. Sem essa mudança, o governo teria de alterar a meta para permitir permissão ao Congresso para fechar as contas com um rombo maior.

A leitura da equipe de Guedes é a de que não há relação entre "consertar" o Orçamento e essas despesas ficarem de fora do teto de gastos. Mas o acerto para a renovação dos programas facilitou o acordo político para o Orçamento.

Após a sanção do Orçamento pelo presidente Bolsonaro, a estratégia de comunicação do ministro e da sua equipe será mostrar que não tem "canal" de ligação entre o dinheiro da pandemia e as emendas parlamentares. 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, participa nesta manhã da 2ª reunião virtual de ministros de Finanças do G-20. O encontro é fechado à imprensa.

Na agenda do dia, Guedes ainda tem reunião com o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, pela manhã, e com o novo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, à tarde.

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A previsão de participação do ministro na 7ª edição do Brazil Investment Forum (BIF) do Bradesco BBI, que era esperada pelos organizadores do evento, não se confirmou.

A política fiscal mais importante no momento é a vacinação, disse nesta terça-feira, 6, o ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento promovido pelo Itaú. Ele destacou que a atividade econômica deve sofrer uma queda novamente, devido à nova onda da pandemia de covid-19, mas menor e mais breve do que o observado em 2020.

A reação do governo, defendeu o ministro, precisa ser via incremento da vacinação. Segundo ele, essa é a ação com maior retorno econômico e de saúde no momento, em vez de elevar dramaticamente os gastos públicos.

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No ano passado, o governo gastou quase R$ 600 bilhões extras para combater a pandemia de covid-19. Neste ano, já estão autorizados R$ 44 bilhões para a nova rodada do auxílio emergencial, além de haver a previsão de R$ 9,8 bilhões para o programa que permite redução de jornada e salário ou suspensão de contrato de trabalhadores.

O governo também tem reaberto créditos extraordinários do ano passado para aplicar recursos contra a covid-19, ou aberto novos em favor da saúde.

No evento, voltado a investidores internacionais, Guedes destacou que o governo quer prosseguir com reformas estruturais e reafirmou o compromisso com a reabertura da economia. Hoje, segundo ele, quase metade das trocas do Brasil são com "a área mais dinâmica do mundo", em referência à Ásia.

O ministro citou recente decisão do governo de cortar 10% das tarifas de importação sobre eletrônicos e bens de capital. Segundo ele, esse movimento acaba pressionando o Mercosul a adotar a mesma medida na Tarifa Externa Comum (TEC). "Também temos feito movimentos unilaterais (de abertura econômica)", disse.

Guedes reafirmou ainda que a recuperação da economia precisa vir do setor privado e que o governo segue comprometido com grandes reformas estruturais, como a administrativa e a tributária. "Estamos trabalhando duro para derrubar a dívida/PIB novamente", afirmou.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, mais uma vez vendeu a ideia de que o Brasil segue no "caminho da prosperidade", apesar do recrudescimento da pandemia de covid-19 no País. "Estamos no nosso programa. Essa semana temos R$ 10 bilhões em concessões de aeroportos, terminais portuários, e mais uma ferrovia. O Brasil vai enfrentar a guerra nos dois frontes, na Saúde e na Economia. Precisamos de vacinação em massa e rápida, para garantir o retorno seguro ao trabalho. O PIB já voltou em V. O que se discute hoje é se taxa de crescimento vai ser 3% ou 3,5%, ou se recrudescimento com o recrudescimento da pandemia, nós seremos abatidos novamente", afirmou, em videoconferência com a XP Investimentos.

Guedes reconheceu que a pressão sobre a inflação subiu, mas lembrou que o Banco Central atua para garantir que os aumentos de preços setoriais e transitórios não se tornem permanentes e generalizados.

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Déficit manobrável

"Nós, do ponto de vista fiscal, estamos tentando voltar para déficits mais manobráveis. A desalavancagem de bancos públicos prossegue. O BNDES vai devolver R$ 100 bilhões ao Tesouro, a Caixa vai fazer uma ou duas desestatizações", afirmou o ministro da Economia. "Teremos capacidade de manter equilíbrio entre saúde e responsabilidade fiscal", completou.

Apesar de dizer que não faria previsões, Guedes avaliou que baque do recrudescimento da pandemia em 2021 será menor e mais curto do que o impacto visto no ano passado. O ministro ainda deu orientações sanitárias a prefeitos e governadores.

"Espero em três ou quatro meses a gente atinja ponto crítico de imunização de rebanho. Os prefeitos e governadores precisam olhar com muita atenção para transporte público. O lockdown reduz velocidade de contágio, é verdade, mas temos que ter protocolos em transporte público", afirmou Guedes.

O Orçamento de 2021 emparedou o presidente Jair Bolsonaro. De um lado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, que recomendou veto parcial ao projeto aprovado com o alerta de que o presidente Jair Bolsonaro corre o risco de um processo de impeachment. Do outro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), que não quer o veto e não vê motivos para a abertura de um processo de afastamento do presidente tendo como base o Orçamento.

A interlocutores, Lira diz que Guedes quer fazer "terrorismo". Como é o presidente da Câmara o responsável por abrir um processo de impeachment, Lira afirma que um novo pedido com base nas mudanças feitas pelos parlamentares na lei orçamentária seria "apenas mais um na gaveta".

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"Guedes não tem interlocução com o Congresso. Ele vai brigar com quem o apoia? Aí fica difícil", disse Lira a interlocutores.

Na quarta-feira, 31, Lira e Guedes estiveram reunidos no Planalto com a ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, o ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, e o senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator do Orçamento.

Bittar comunicou formalmente ao presidente que, após a sanção do texto, vai cancelar R$ 10 bilhões em emendas como forma de resolver o impasse. O cancelamento nas emendas permite ao governo direcionar recursos a despesas obrigatórias que foram subestimadas no Orçamento, como Previdência e seguro-desemprego. Para aumentar as emendas, o senador cortou R$ 26,5 bilhões em despesas obrigatórias.

Bittar disse que a decisão de cancelar parte das emendas foi tomada após reflexões entre lideranças e as presidências da Câmara e do Senado. Para Lira, o cancelamento já resolve o impasse. Não é o que acha a equipe econômica. O mercado financeiro também reagiu negativamente ao valor. Guedes não aceita esse valor e recomendou que o presidente não sancione o Orçamento alegando o risco de irresponsabilidade fiscal.

A consultoria da Câmara apontou insuficiência de R$ 32,7 bilhões após as alterações e omissões de despesas obrigatórias no projeto aprovado pelo Congresso. O parecer dos auditores já está na mão de parlamentares que requisitaram uma análise técnica dos consultores para basearem suas posições sobre o Orçamento aprovado na semana passada.

Para cumprir as despesas com benefícios previdenciários, o governo terá de encaminhar um novo projeto de lei para abrir crédito suplementar no Orçamento. O cancelamento de emendas, porém, só pode ser feito com aval dos autores dessas indicações, ou seja, os próprios parlamentares. Sem essa autorização prévia do Congresso, o governo só pode cancelar despesas sob o guarda-chuva do próprio Executivo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, foi vacinado na tarde deste sábado (27) em Brasília contra a Covid-19. Guedes recebeu uma primeira dose da Coronavac, imunizante produzido no Brasil pelo Instituto Butantan. O Ministério da Economia não informou o compromisso do ministro a toda a imprensa, mas o momento em que Guedes foi imunizado foi transmitido pela emissora CNN Brasil.

Guedes foi perguntado sobre outros temas, como o Orçamento recém-aprovado pelo Congresso, mas o ministro disse que "hoje é vacina". "Vamos vacinar bastante, bastante", disse o ministro, que vem defendendo a vacinação em massa para que haja a retomada da economia.

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"Vacinação em massa é a melhor política fiscal, mais barata e de maior impacto sobre a oferta", disse Guedes no último domingo em evento do Parlatório, organização sem fins lucrativos que conta com a participação do empresariado.

O ministro tem 71 anos. Desde ontem, o Distrito Federal está vacinando pessoas acima de 67 anos. Guedes foi imunizado em um posto de vacinação no esquema de drive-thru instalado no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. O ministro deve receber a segunda dose do imunizante no dia 24 de abril, segundo avisou a profissional que o atendeu neste sábado.

Com o governo sob críticas pelo atraso na vacinação contra covid-19, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quinta-feira, 25, que a estimativa é elevar o ritmo de imunização nos próximos 60 dias, até alcançar a marca de 1 milhão de doses aplicadas por dia.

"Nós vamos enfrentar essa segunda onda. As estimativas do governo são que nos próximos 60 dias vamos estar vacinando a quase 1 milhão de pessoas por dia", disse Guedes nesta tarde. "Vacinando um 1 milhão de pessoas por dia vamos acabar vacinando em menos de dois meses os mais vulneráveis", destacou.

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A meta de elevar a vacinação da média atual de 300 mil pessoas para 1 milhão de vacinados a cada dia foi citada ontem pelo novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. O médico recém-empossado, contudo, não havia dado previsão de quando isso poderia ocorrer. Ontem, o País aplicou 595.786 doses, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).

O ministro ressaltou que a maior parte dos idosos brasileiros, grupo de risco e prioritário na vacinação, tem acima de 60 anos e, por isso, com a aceleração da imunização a taxa de mortalidade deve cair bastante. Ele citou que o setor privado pode contribuir ainda mais para dar celeridade ao processo de vacinação.

Nesta tarde, Guedes anunciou que os empresários Luciano Hang, dono da varejista Havan, e Carlos Wizard, da holding Sforza, doarão 10 milhões de doses da vacina contra a covid-19 para o Plano Nacional de Imunização (PNI). "Essa ajuda que vem do setor privado pode acelerar ainda mais esse processo. Se tivermos 100 empresários, nós teremos 500 milhões de vacinas, podemos dobrar os 500 milhões que o governo já conseguiu porque a coisa agora não é quantidade é a velocidade de vacinação", observou.

Diante da alta nos números da pandemia da covid-19 do País, o ministro da Economia buscou tranquilizar a população e garantiu que a segunda onda da crise sanitária será enfrentada. Guedes, contudo, disse que medidas de isolamento - indicadas pela Organização Mundial da Saúde para diminuir a contaminação - não podem "derrubar" a atividade econômica mais uma vez.

"O isolamento é uma tentativa de desacelerar o contágio, mas nós não podemos derrubar a economia toda de novo. Então, nós temos que acelerar a vacinação", concluiu. Na fala à imprensa, o ministro também destacou as medidas adotadas para manutenção de empregos e auxílio financeiro da população, como o auxílio emergencial e programas de crédito e preservação de empregos.

 

Os empresários Luciano Hang, dono da varejista Havan, e Carlos Wizard, da holding Sforza, estiveram nesta quinta-feira, 25, com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e anunciaram a intenção de doar 10 milhões de doses da vacina contra a covid-19 para o SUS. Por trás do gesto, no entanto, está o desejo dos empresários de poder comprar imunizantes para aplicar em seus funcionários, sem seguir a ordem de priorização estipulada no Plano Nacional de Imunização (PNI).

O Congresso Nacional aprovou uma lei determinando que todas as doses adquiridas pelo setor privado sejam doadas ao SUS. Hang e Wizard, porém, lideram um grupo que lançou abaixo-assinado para pressionar por uma mudança na lei para permitir o uso particular das doses, sem contrapartida ao sistema público de saúde. Hoje, a Justiça Federal derrubou obrigatoriedade de doação ao SUS de vacinas compradas por entidades privadas.

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Mais cedo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), se posicionou contra a possibilidade de empresas anteciparem a imunização de seus funcionários. Ele comentava sobre a vacinação de empresários do ramo de transportes em Minas Gerais, descumprindo o PNI. "Não podemos admitir e tolerar que se descumpra o PNI. O entendimento do Congresso foi de que, na edição da lei, houvesse possibilidade de aquisição pela iniciativa privada para doação de sua integralidade para o SUS. Não se pode descumprir essa lei e essa diretriz", afirmou.

Na porta do Ministério da Economia, Wizard disse que, "graças ao apoio do ministro Paulo Guedes", os empresários terão amanhã pela manhã uma agenda com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. "Os empresários estão fazendo uma doação de 10 milhões de doses da vacina para a população. Então, para que isso aconteça, nós precisamos sensibilizar os congressistas, as autoridades, para que haja uma flexibilização na legislação, que nos permita fazer essa doação a favor do Brasil", disse, defendendo a alteração na lei.

Hang, por sua vez, ressaltou que cada funcionário vacinado por fora do PNI "tiraria as pessoas do SUS". "Nós temos amigos que também querem comprar a vacina e doar para os seus funcionários", afirmou.

Sem mencionar a lei que obriga a doação de 100% das doses, Guedes celebrou o gesto dos empresários. "Dois empresários, dois brasileiros de coração macio, força e capacidade. Empreendedores, (que) sabem negociar, conseguiram esses 10 milhões de vacinas, estão lá fora esperando para trazê-los", afirmou o ministro da Economia. "Agora, imagine 100 empresários. São dois aqui, então seria 50 vezes essa doação de 10 milhões. E nós temos 100 empresários que podem querer fazer essas doações. Seriam 500 milhões de vacinas."

Ao ser questionado sobre como resolver a obrigatoriedade de doação total, Guedes disse que os empresários vão trabalhar pelo convencimento. "Eles vão conversar, eles vão acertar com presidente do Supr... com o presidente da Câmara. É um problema de legislação, é lei", afirmou.

Defensor da flexibilização, Wizard disse que o setor privado é mais ágil na entrega do que a máquina pública, que "tem lentidão que é tradicional". "Se não agirmos com agilidade, com prontidão, com uma entrega rápida, nós podemos criar um caos no País, e é exatamente isso que queremos evitar", afirmou.

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a adoção do lockdown na pandemia serve para "desacelerar a velocidade do contágio" da covid-19 enquanto se acelera a velocidade da vacinação. A declaração foi dada após o ministro ser questionado pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT) sobre qual seria o efeito disso para a atividade econômica e se o ministro acreditava que medidas de restrição poderiam ajudar a conter a doença e o número de mortos. Guedes participou de audiência pública da comissão no Congresso que acompanha as ações de enfrentamento à covid-19.

Sensível por envolver uma briga direta entre o presidente da República, Jair Bolsonaro, e os governadores, o tema recebeu uma resposta breve de Guedes. "O lockdown é para desacelerar justamente a velocidade de contágio enquanto se acelera a velocidade de vacina", respondeu o ministro.

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Guedes não disse se defende a medida ou se o Brasil precisaria adotar um lockdown nacional, o que não tem apoio do chefe do Executivo, que inclusive critica medidas como essa tomadas isoladamente pelos Estados.

O presidente entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar decretos dos governos do Distrito Federal, da Bahia e do Rio Grande do Sul que impuseram "toque de recolher" à população - o que foi rejeitado pelo ministro Marco Aurélio Mello.

Em outro momento da audiência, sobre a situação econômica dos entes subnacionais, Guedes afirmou que o caixa dos Estados nunca esteve tão alto e que governadores chegaram a colocar em dia o 13º dos servidores ao fim do ano.

Questionado sobre a resposta do governo federal à alta extrema de casos da covid neste ano, o ministro citou essas situações para dizer que a "ilusão" de que a doença estaria próxima do fim foi sentida por todos.

"Todo mundo deveria estar sob a impressão de que a doença tinha retrocedido. Se não todo mundo deveria estar trabalhando, em vez de pensar em política e eleição da Câmara, deveria estar todo mundo fazendo o auxílio", disse em Guedes, em referência às eleições do comando do Congresso que dominaram o mundo político do início do ano, citando também os governadores.

"Botaram em dia o 13º, desativaram leitos dos hospitais de campanha. Todo mundo achou que a doença tinha ido embora", afirmou o ministro.

Em uma live com o ministro Paulo Guedes como estrela e repleta de empresários e personalidades políticas e jurídicas, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-juiz da Lava Jato Sergio Moro tentou polemizar com o seu antigo colega de governo. Para ele, o jogo político é pesado e a imprensa é severa, mas o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não colabora com o pedido de tolerância que foi feito momentos antes pelo economista. "Estive no governo e fui testemunha de seu trabalho, mas não contribui muito com esse espelho de tolerância, o presidente da República", disse neste domingo (21).

Essa foi a introdução escolhida por Moro para fazer perguntas a Guedes. Um dos questionamentos foi sobre o processo de entrada do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Para ele, levar o Brasil a fazer parte da entidade é uma pauta importante para depois da pandemia de coronavírus. Na semana passada, se soube que pela primeira vez a Organização criou um subgrupo para monitorar as ações do governo no campo de combate à corrupção.

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Moro, que agora trabalha no setor privado, também questionou o ministro sobre críticas internacionais que o Brasil vem sofrendo, especialmente na agenda ambiental. Por fim, perguntou sobre as perspectivas para o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, travado durante 20 anos e que agora precisa passar pelos parlamentos de todos os países e se há outros tratados sendo costurados nos mesmos moldes.

Guedes baixou logo o tom e disse que os dois, no governo, experimentaram um pouco juntos a complexidade do ambiente de Brasília. "Chegamos com ideia de mudanças importantes. Vimos que há um Congresso reformista, mas também existem as criaturas do pântano", disse.

O ministro aproveitou o momento para defender que as eleições no País ocorram apenas a cada cinco anos por causa da complexidade da disputa eleitoral. "Eleições deveriam ser a cada cinco anos, de forma sincronizada, e não a cada dois anos. Fomos companheiros durante bom tempo, e vimos a explosão de interesses de todos os lados", afirmou.

Guedes disse que, quando chegou ao governo, não tinha ideia de qual área de sua agenda andaria de forma mais célere. "Meu primeiro foco foi a reforma da Previdência. Em algumas áreas fomos atrasando e, como autocrítica, ponho as privatizações", disse. Outro ponto citado foi o da reforma tributária, que, segundo ele, atrasou por causa da sua insistência no controle das despesas. "Assumo parte dessa culpa", disse.

Sobre a área ambiental, Guedes disse que a ideia do atual governo era encerrar o que ocorria em anos anteriores, como invasões de terra e queima de tratores, por exemplo. "A mensagem foi acabar com esse negócio e o agricultor passou a poder tudo", citou. Mais uma vez, ele contou que teve de explicar para estrangeiros o papel central do governo. "Tive de explicar isso para os americanos em várias reuniões porque eram muito agressivos conosco. Diziam que desmatávamos demais, que matávamos os índios. Eu muitas vezes subi o tom e disse: 'entendo vocês porque exterminaram seus índios'", respondeu.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, chamou atenção para a necessidade de o governo Bolsonaro mudar a linguagem ambiental, do contrário, sofrerá as consequências. "O futuro é verde", disse ele, em live, com empresários, na noite deste domingo (21).

"A conversa não está boa. Estão nos julgando equivocadamente e não estamos sabendo colocar (o debate ambiental) no ângulo correto", disse.

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Ele afirmou que o governo Bolsonaro colheu frutos de um tom errado no debate ambiental. "Entramos com um tom que foi ruim para nós, isso se somou à própria divulgação de quem perdeu as eleições aqui dentro", afirmou.

"Não dá para vender a ideia que de militares estão entrando e queimando a floresta", disse. "O Brasil está doente não só fisicamente, mas de alma por paixões políticas, perdendo a razoabilidade".

Guedes participa hoje de live do Parlatório, organização sem fins lucrativos. Participam do encontro virtual o ex-Secretário Nacional de Segurança Pública e ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência, General Santos Cruz, o médico Raul Cutait, a jurista Ellen Gracie, os empresários Abilio Diniz, Luiza Trajano, Jorge Gerdau, Flavio Rocha, o ex-ministro da Fazenda e atual diretor do Banco Safra, Joaquim Levy, além do também ex-ministro Luiz Furlan.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, continua na mira dos Tribunais de Contas do País. Depois de ser alvo de um desagravo público, subscrito por dirigentes de sete entidades representativas das Cortes de Contas estaduais e municipais, o economista voltou a ser duramente criticado pelos conselheiros paulistas na sessão plenária desta quarta-feira (17)

Antonio Roque Citadini, decano da Corte de Contas de São Paulo, que fiscaliza 644 municípios paulistas - exceto a capital, chamou o chefe da Economia do governo Jair Bolsonaro de 'produto do fracasso'. "Ele é um dos casos mais fantásticos de incompetência que nós conhecemos", criticou.

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A crise com Guedes foi aberta na esteira das discussões da chamada 'PEC Emergencial' depois que o ministro defendeu a vinculação, prevista no texto, entre decisões do Tribunal de Contas da União (TCU) e dos Tribunais de Contas dos Estados (TCEs) relacionadas a contabilidade de gastos. Na avaliação do ministro, crises financeiras de Estados e municípios tiveram como pano de fundo a 'contabilidade criativa' que maquiou gastos e permitiu a elevação de despesas quando a situação das contas já era delicada.

"A União é bastante controlada pelo TCU, mas os Estados não são pelos TCEs. A PEC coloca efeitos vinculantes, tudo que o TCU faz os TCEs são obrigados a adotar. Isso rompe o ciclo de irresponsabilidade", disse Guedes em transmissão ao vivo promovida pelo Jota na semana passada.

A declaração repercutiu mal nas cúpulas dos tribunais locais. O desconforto foi escancarado na sessão plenária do Tribunal de Contas de São Paulo (TCE-SP) desta quinta. Citadini atribuiu a proposta de vinculação, em discussão no Congresso Nacional, a uma iniciativa do próprio Guedes.

"Essa emenda é a emenda Paulo Guedes", disse. "Foi ele que fez isso daí. Ele com sua ignorância, com seu autoritarismo e com seu despreparo", acrescentou.

Sem meias palavras, Citadini deixou claro que o TCE-SP não pretende seguir decisões do Tribunal de Contas da União.

"Nós não vamos acompanhar decisão nenhuma do TCU, porque TCU, vamos esclarecer, é fruto daquela bolha que á Brasília", disparou. "O TCU, como nós sabemos, é um órgão que fiscaliza por provocação. A nossa formação é diferente".

O decano disse ainda que Paulo Guedes é 'despreparado' e tenta, com a proposta, usar aos tribunais de contas locais para colocar em prática medidas de austeridade que é incapaz de executar no cargo.

"Toda a lógica dele é que os Estados gastam demais e os Tribunais de Contas não controlam. Mas esse é o demônio trazendo os Dez Mandamentos, porque a União é a que mais produz déficits. Quem produz mais déficit do que a União? A União é uma fábrica de déficits. E não é a verdade que é na pandemia, porque antes já era isso. A União é uma fábrica de déficits. Ele não consegue fazer nada. Ele é o ministro do nada. Nada de privatização, nada de corte, nada de projeto. O fracasso dele, isso é bem típico desse governo, é empurrar para os outros. E ele quer que os tribunais façam o que ele, pela incapacidade, pela ignorância, pelo despreparo, não consegue fazer", criticou.

A fala do decano foi antecedida por comentários do colega Renato Martins Costa, representante do Tribunal de Contas de São Paulo na Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), que também manifestou desconforto com os questionamentos do ministro da Economia sobre a eficiência dos tribunais.

"Não foi alguém no Congresso Nacional que teve essa ideia. Isso foi oferecido, acredito, pelo Ministério da Economia e não pudemos perceber nenhum momento de contrariedade do Tribunal de Contas da União", disse Costa.

Na mesma linha, o conselheiro Sidney Beraldo, que representa o TCE-SP no Conselho Nacional de Presidentes dos Tribunais de Contas do Brasil (CNPTC), disse que a discussão 'incomoda bastante'.

"O que nós estamos verificando, das posições e decisões que governo tem tomado, é uma frustração diária, tanto do ponto de vista da pandemia, quanto do ponto de vista econômico", criticou.

O conselheiro Dimas Ramalho, vice-presidente do TCE-SP, também lamentou as tentativas de desqualificar o papel constitucional das Cortes de Contas. Em sua avaliação, o ministro da Economia demonstra um 'desconhecimento absoluto' sobre o funcionamento dos tribunais.

"O ministro fala sobre um assunto como se fosse o comentarista da cena local só que ele desconhece coisas básicas dos órgãos de controle, mistura jurisdição com atividade nossa", disse. "Nosso País tem quase 300 mil pessoas morrendo de covid. Não consigo vislumbrar, com todo respeito que merece o ministro, medidas efetivas do ministro da Economia nesse momento que passamos", acrescentou.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a primeira parcela da nova rodada do auxilio emergencial provavelmente será paga apenas no início de abril, mas será referente ao mês de março. "Possivelmente, seremos autorizados a pagar o auxilio emergencial na segunda-feira. Promulgando a PEC na segunda-feira, na mesma hora auxílio passa à fase de execução. Queremos pagar o auxilio ainda em março, possivelmente saia no início de abril, mas é relativo a março", afirmou.

Em evento virtual do site Jota, ele repetiu que a média do benefício será R$ 250. "Demos R$ 600 em um momento em que o Brasil teve colapso total, mas não pode continuar, não é sustentável. Vai virar inflação e justamente penalizar os mais frágeis", afirmou.

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Guedes disse que virá à frente o Renda Brasil. "Vamos realmente fazer um programa de renda básica."

Ele repetiu que o governo renovará programas de crédito, como o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), e o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego (BEM) e que este será aperfeiçoado sob a forma de "seguro-emprego". "Ao invés de pagar R$ 1.000 por quatro meses de seguro-desemprego, vamos pagar R$ 500 para o empregado ser protegido por 11 meses", completou.

Segundo o ministro, o Pronampe já está "pronto para ser disparado" e está no Palácio do Planalto a medida que permite a antecipação do pagamento de 13º para aposentados e pensionistas. "Aprovado orçamento, imediatamente pagamos antecipação de benefícios", garantiu.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu a vacinação em massa contra a covid-19 para evitar nova queda economia, diante da "tragédia que voltou a nos atingir" ao falar sobre o agravamento da pandemia.

Ao comentar sobre o avanço da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, tramitando agora na Câmara, Guedes colocou a imunização da população como o próximo passo na recuperação do País. "Isso é a coisa mais importante que nós temos agora. O presidente (Jair Bolsonaro) sempre falou, a economia e a saúde andam juntas. Então, é a vacinação em massa, se não a economia não sustenta, ela volta a cair ali na frente", disse Guedes após se reunir com o relator da PEC Emergencial na Câmara, deputado Daniel Freitas (PSL-SC).

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Sobre a PEC, Guedes afirmou que é o Congresso quem dá o direito do governo gastar. "O programa já estava pronto, já sabemos como tínhamos que agir, mas ao mesmo tempo precisávamos dessa licença", disse. "Como disse o deputado Daniel Freitas, a coisa está relativamente bem encaminhada", disse. Para o ministro, não há novidade para o Congresso agora porque a PEC da Guerra foi aprovada no ano passado em dois dias. "Está tudo preparado, o Brasil tem pressa, como disse o relator, e nós vamos rapidamente nesta direção", disse.

Ele não quis entrar em detalhes sobre quais seriam outros próximos passos, mas disse que PEC restabelece um protocolo de enfrentamento da crise. "Nós enfrentamos a primeira vez, estamos sendo relativamente bem sucedidos", afirmou citando que a economia brasileira foi uma das que menos caiu durante a pandemia em comparação a outros países. Para ele, é preciso manter os sinais vitais da economia funcionando.

Guedes fez elogios ao Congresso e citou a aprovação do projeto de autonomia do Banco Central. "Foi aprovado o Banco Central independente para impedir que aumentos setoriais e transitórios de preço se transformem em alta generalizada e permanente de preços, que é o que a gente chama de inflação", disse.

"Eu acho que nós precisamos de um espírito construtivo, nós temos que construir juntos, é um compromisso construir o Brasil, eu tenho dito que essa briga política, essa guerra sem fim, não vai nos ajudar a chegar no melhor lugar", afirmou.

 Para aplicar golpes por meio de aplicativos de mensagem, um homem resolveu se passar pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. De acordo com o jornal Correio Braziliense, ele foi identificado por pessoas próximas a Guedes. Ainda segundo o jornal, o ministério já está ciente do caso e chegou a ser contactado pelo homem, que fez exigências em nome do gestor da pasta.

O suspeito teria utilizado contas falsas com nome e foto de Paulo Guedes, mas não teve acesso aos perfis oficiais do ministro. O governo acionou a Polícia Federal e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

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"Ressaltamos que o Ministério da Economia se comunica por meio de documentos oficiais e dos canais oficiais de comunicação", informou a pasta, através de nota. Em 2019, o celular de Guedes já havia sido invadido por um hacker, que chegou a criar um perfil com a linha do ministro, no aplicativo de mensagens Telegram.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, fez nesta terça-feira, 23, um elogio público ao ministro da Economia, Paulo Guedes, após parte do mercado questionar a permanência do economista liberal no governo em meio à interferência do Planalto na Petrobras. O chefe da Economia também foi elogiado no discurso do ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo.

"Tivemos um momento muito difícil ano passado, pude contar com grupo de 22 e depois 23 ministros para levar a frente propostas e meios para bem atendê-las, e uma das pessoas mais importantes nessa luta foi o ministro Paulo Guedes. Obviamente, por ser o homem que decide as finanças no governo, ele tem amigos e opositores, mas a todos ele tratou com muita galhardia", completou Bolsonaro.

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O presidente voltou a dizer que o Brasil precisa da Economia para vencer a pandemia e citou medidas tomadas pela equipe econômica durante a crise. "Guedes muito bem assessorado, como no caso do específico Pronampe (linha de crédito para micro e pequenas empresas) pelo nosso senador Jorginho Mello de Santa Catarina, fez um dos mais brilhantes projetos em uma situação que ninguém podia esperar", completou.

Já Ramos citou que Guedes tem feito "o que é possível para o País" e destacou a "resiliência, determinação e força de vontade" do ministro.

Bolsonaro também afirmou que não quer brigar com a Petrobras, depois de ter feito intervenção no comando da estatal. "Energia é uma coisa extremamente importante para nós. Não temos briga com a Petrobras. Queremos, sim, que, cada vez mais, ela possa nos dar transparência e previsibilidade."

"Eu queria cumprimentar todos aqueles que não se deixarem levar pelas falácias da mídia. Cumprimentar que a Petrobras já recuperou 10% no dia de hoje. As acusações infundadas duraram poucas horas. É natural que quando há um prazo para acabar um mandato, o presidente seja reconduzido ou outro seja colocado em seu lugar", afirmou, no lançamento da iniciativa Agenda Prefeito + Brasil, da Secretaria de Governo.

Para Bolsonaro, o atual presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, é um bom gestor, assim como o seu substituto, general Joaquim Silva e Luna. "Saiu um bom gestor, está entrando um outro excelente gestor. No caso, o Silva e Luna", disse. "Silva e Luna fez um excepcional trabalho em Itaipu Binacional. Quantos de nós governadores gostaríamos de ter alguém como o Silva e Luna em uma estatal. Lá ele fez coisas muito além do seu trabalho", completou, citando duas pontes com o Paraguai, a extensão da pista de Foz de Iguaçu e outras obras como pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).

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