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Nove de maio ficou marcado na história como o dia em que a Alemanha Ocidental ingressou na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) durante a Guerra Fria. Este período de tensão emergiu após a Segunda Guerra Mundial, quando americanos e russos, aliados e vencedores da Segunda Guerra (1939-1945), disputavam no xadrez da geopolítica a influência global de suas ideologias. Conheça cinco recomendações de leituras para você "mergulhar" neste período:

Guerra fria história e historiografia - Sidnei José Munhoz

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Guerra Fria: História e Historiografia promove uma reflexão acerca do conflito "Guerra Fria", evidenciando as relações de poder e seus desdobramentos que caracterizaram a política internacional no período de 1947 a 1991. Aborda diferentes debates relacionados às origens, ao desenvolvimento e ao desfecho do conflito a partir de um balanço de ampla produção historiográfica. O livro foi estruturado de forma a combinar a apresentação de reflexões teóricas adensadas e oferecer uma narrativa histórica dos eventos que conformaram a emergência, o desenrolar e o crepúsculo da Guerra Fria. A obra contempla o exame de temas relacionados à Segunda Guerra Mundial que influenciaram a emergência de conflitos entre os aliados, a Doutrina da Contenção, o Plano Marshall, a formação dos blocos capitalista e soviético, a intensificação e a mundialização dos conflitos, bem como a multiplicidade de diferentes aspectos que deram origem à conformação da Guerra Fria.

"Os últimos soldados da Guerra Fria: A história dos agentes secretos infiltrados por Cuba em organizações de extrema direita dos Estados Unidos" - Fernando Morais

No início da década de 1990, Cuba criou a Rede Vespa, um grupo ( 12 homens e duas mulheres) que se infiltrou nos Estados Unidos e cujo objetivo era espionar alguns dos 47 grupos anticastristas sediados na Flórida. O motivo dessa operação era colher informações com o intuito de evitar ataques terroristas ao território cubano. De fato, algumas dessas organizações ditas "humanitárias" se dedicavam a atividades como jogar pragas nas lavouras cubanas, interferir nas transmissões da torre de controle do aeroporto de Havana e, quando Cuba se voltou para o turismo, depois do colapso da União Soviética, sequestrar aviões que transportavam turistas, executar atentados a bomba em seus melhores hotéis e até disparar rajadas de metralhadoras contra navios de passageiros em suas águas territoriais e contra turistas estrangeiros em suas praias.

"Guerra Fria: Um Guia Para Entender Tudo Sobre O Conflito Mais Tenso Do Séc. XX" - Guilherme Hiancki Monteiro

O conflito entre superpotências que nós conhecemos como Guerra Fria representou para a humanidade aquele que pode ser considerado o momento mais tenso de toda a sua trajetória em toda a sua história. Como chegamos a essa situação? Quais foram os seus principais motivadores? Como o nosso mundo atual foi forjado pelo conflito mais perigoso de todos os tempos? Estas são as questões que o autor propõe durante o corpo do texto.

"Era dos extremos (O breve século XX)" - Eric Hobsbawm

Eric Hobsbawm, um dos maiores historiadores da atualidade, dá seu testemunho sobre o século XX: "Meu tempo de vida coincide com a maior parte da época de que trata este livro", diz ele na abertura, "por isso até agora me abstive de falar sobre ele". Na obra ele passeia sobre os principais acontecimentos do século até a queda do Muro de Berlim (que para ele, encerra o século passado antecipadamente) e abandona seu silêncio voluntário para contar, em linguagem simples e envolvente, a história da "era das ilusões perdidas".

"O espião e o traidor: O caso de espionagem que acelerou o fim da Guerra Fria" - Ben Macintyre

Seguindo os passos do pai e do irmão, Oleg Gordievsky se tornou oficial da KGB após frequentar as melhores instituições soviéticas. Porém, ao contrário deles, nutria uma secreta aversão pelo regime da URSS. Ele resolveu assumir seu primeiro posto da inteligência russa em 1966. Em 1974, tornou-se agente duplo do MI6, o serviço de inteligência britânico, e dez anos depois era o homem mais importante da União Soviética em Londres. Gordievsky ajudou o Ocidente a virar o jogo contra a KGB na Guerra Fria, expondo espiões russos, fornecendo informações de extrema relevância e frustrando incontáveis planos de espionagem. Ele foi fundamental para distensionar a relação com a liderança soviética, que estava cada vez mais paranoica com a possibilidade de um ataque nuclear dos Estados Unidos.

O MI6 tentou ao máximo proteger seu espião, nunca revelando o nome de Oleg para seus colegas da CIA. Só que a agência americana estava determinada a descobrir a identidade da fonte britânica privilegiada. Essa obsessão acabou condenando Gordievsky: o homem designado para identificá-lo era ninguém menos que Aldrich Ames, que se tornaria famoso por espionar secretamente para os soviéticos.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse estar comprometido em trabalhar com outras nações em busca de resoluções pacíficas para conflitos. "Não estamos procurando uma nova Guerra Fria ou uma guerra dividida em blocos", afirmou nesta terça-feira (21) em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

E acrescentou: "É a primeira vez que não estamos em uma guerra em 20 anos, viramos a página".

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Biden pontuou que a ameaça terrorista é real, nos EUA e no exterior, mas que o mundo já não é o mesmo de 2001.

Em um discurso que buscou reforçar a importância da colaboração global, o presidente norte-americano disse que os EUA irão "se opor a tentativas de países grandes de oprimir nações mais fracas".

Em relação ao Irã, Biden afirmou que os EUA estão comprometidos a retomar o acordo nuclear desde que a nação iraniana cumpra as regras.

A China alertou neste domingo (24) que suas relações com os Estados Unidos estão "à beira de uma nova Guerra Fria", ainda mais tensa pela pandemia da Covid-19 que levou Washington a proibir voos provenientes do Brasil.

Novas tensões entre as superpotências surgiram à medida que as restrições impostas para conter o vírus continuam afetando a todos e de várias maneiras diferentes.

A pandemia, que afetou mais de 5,4 bilhões de pessoas em todo o mundo, silenciou a celebração muçulmana do fim do Ramadã e deixou imagens de banhistas com máscaras nas praias americanas.

Em grande parte da costa atlântica dos Estados Unidos, o dia frio e com vento reduziu a frequência nas praias, um dia depois de uma grande movimentação no sábado.

"Ficamos trancados em casa por 70 dias, 10 semanas", declarou Lisa Sklar, que caminhou com o marido e a filha pela praia de Conney Island, onde não era permitido entrar no mar. "É muito bom para a nossa saúde estar aqui", acrescentou.

Enquanto isso, mais nações europeias reduziram suas medidas impostas a restaurantes, bares e hotéis que devastaram o turismo. A Europa ultrapassou dois milhões de infectados e continua sendo o continente com mais mortes, registrando 173.500 falecimentos.

Essa pandemia também corroeu as relações já duras entre a China e os Estados Unidos. O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse que Washington se infectou com um "vírus político" que aproveita "todas as oportunidades para atacar e difamar a China".

"Algumas forças políticas dos Estados Unidos estão tomando como reféns as relações China-EUA e levando nossos dois países à beira de uma nova Guerra Fria", declarou o ministro para a imprensa.

Wang também acusou os políticos americanos de "espalhar boatos" para "estigmatizar a China", onde o novo coronavírus surgiu no final do ano passado. No entanto, garantiu que a China está "aberta" à cooperação internacional para identificar a origem do vírus.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusa Pequim de má gestão da crise, por demorar muito para comunicar dados cruciais sobre a gravidade da doença e de não ser transparente em suas ações.

Os Estados Unidos são o país mais atingido pela Covid-19, com 1.676.364 casos e mais de 98.000 mortes.

- O epicentro latino-americano -

Enquanto isso, os países latino-americanos se tornaram "um novo epicentro" do coronavírus, segundo a OMS. Em toda a América Latina, mais de 40.000 pessoas faleceram entre cerca de 741.000 infectados, segundo a contagem da AFP nest domingo.

O Brasil, com 363.618 portadores do vírus e 22.716 óbitos, é de longe o país mais atingido da região e já superou a Rússia, tornando-se o segundo país com o maior número de infecções no mundo, atrás dos Estados Unidos.

Por conta deste cenário, Trump anunciou neste domigo a proibição da entrada no território americano de viajantes do Brasil.

A medida vale para todos os não-americanos que estiveram no Brasil no período de 14 dias antes da data para desembarque no território americano, informou a secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany.

"A ação de hoje ajudará a garantir que os estrangeiros que estão no Brasil não se tornem uma fonte de infecções adicionais em nosso país", destacou McEnany no comunicado encaminhado à imprensa.

Apesar da escalada da Covid-19 no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro, novamente desafiou as medidas de distanciamento social durante uma manifestação em Brasília.

Ele chegou usando máscara, mas depois abandonou a proteção para cumprimentar apoadores, apertar mãos e até pegar uma criança no colo.

O México, o segundo país da região com maior número de mortes, registrou até este sábado 65.856 casos confirmados e 7.179 falecimentos.

Na Argentina, a aceleração das infecções, que em Buenos Aires aumentou cinco vezes nas últimas duas semanas, levou o presidente Alberto Fernández a estender o isolamento social obrigatório até 7 de junho.

Na Bolívia, onde o departamento amazônico de Beni, na fronteira com o Brasil, foi declarado em"desastre de saúde", a justiça ordenou neste domingo a detenção preventiva de Marcelo Navajas, ex-ministro da Saúde e de outras autoridades pela compra superfarurada de respiradores para pacientes com coronavírus.

No Peru, o segundo país da região em infecções (115.754) e o terceiro em mortes (3.300), o governo estendeu o confinamento até 30 de junho, embora tenha autorizado a retomada de alguns serviços, como salões de beleza.

- Final do Ramadã -

Os muçulmanos comemoram neste domingo o fim do mês de jejum do Ramadã, marcado em muitos países por restrições.

No Paquistão, desconsiderando as medidas de distranciamento físico, os muçulmanos foram aos mercados para comprar em massa antes do Aid al Fitr, um dos festivais mais importantes do calendário muçulmano.

"Por mais de dois meses, meus filhos ficaram em casa", disse Ishrat Jahan à AFP em um mercado de Rawalpindi. "Esta festa é para as crianças e se elas não podem comemorar com roupas novas, não faz sentido trabalhar tanto o ano todo".

Vários países como Egito, Iraque, Turquia e Síria proibiram orações coletivas por medo da propagação do coronavírus. A Arábia Saudita, que possui os locais mais sagrados do Islã, impôs um toque de recolher de cinco dias desde sábado.

Já o Irã, com o maior número de mortes devido à pandemia no Oriente Médio, pediu a seus cidadãos que evitem viajar durante o Aid, que acontece nesta segunda-feira neste país predominantemente xiita.

A China alertou, neste domingo (24), que suas relações com os Estados Unidos estão "à beira de uma nova Guerra Fria", prejudicadas ainda mais pela pandemia de COVID-19, que avança rapidamente na América Latina.

A pandemia, que já causou mais de 342.000 mortes e mais de 5,3 milhões de infectados em todo o mundo, ofuscava neste domingo a festa do Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadã para centenas de milhões de muçulmanos.

A crise da saúde exacerbou as relações já tensas entre a China e os Estados Unidos, e as duas potências continuam a lançar ataques verbais.

Neste domingo, o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, disse que Washington se infectou com um "vírus político" que aproveita "todas as oportunidades para atacar e difamar a China".

"Algumas forças políticas nos Estados Unidos estão fazendo as relações entre China e Estados Unidos como reféns e levando nossos dois países à beira de uma nova Guerra Fria", disse o chanceler a repórteres.

Wang também acusou os políticos americanos de "espalhar boatos" para "estigmatizar a China", onde o novo coronavírus surgiu no final do ano passado.

No entanto, o ministro garantiu que o sue país está "aberto" à cooperação internacional para identificar a origem do vírus mortal.

Essa cooperação deve ser "profissional, justa e construtiva" e sem "interferência política", enfatizou.

Nas últimas semanas, o presidente americano, Donald Trump, acusou repetidamente as autoridades chinesas de terem demorado para comunicar dados cruciais sobre a gravidade da doença.

Os Estados Unidos são de longe o país mais atingido pela COVID-19, com 1,6 milhão de casos e 97.048 mortes (+1.127 nas últimas 24 horas).

No entanto, o estado de Nova York, foco da epidemia, registrou 84 mortes nas últimas 24 horas, o número mais baixo desde 24 de março, anunciou o governador Andrew Cuomo.

Trump, que quer flexibilizar o confinamento e reativar a economia, fez um gesto no sábado para marcar um retorno à normalidade e foi jogar golfe em seu clube na Virgínia, perto de Washington, pela primeira vez desde 8 de março.

- Futebol e turistas na Espanha -

Na Europa, os países avançam cautelosamente no desconfinamento.

O continente, que ultrapassou dois milhões de infectados, continua sendo o mais enlutado por esta pandemia, com mais de 173.500 mortes.

O governo espanhol anunciou o retorno da Liga de Futebol em 8 de junho e, a partir de julho, turistas estrangeiros poderão viajar para o país.

Esta segunda medida é crucial para a Espanha, o segundo destino turístico do mundo, onde o setor representa 12% do PIB.

Madri e Barcelona poderão reabrir bares, museus e hotéis a partir de segunda-feira.

"A parte mais difícil já passou (...) a grande onda da pandemia foi superada", assegurou o chefe do governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez.

Na França, outro país gravemente atingido pela COVID-19, as igrejas reabriram suas portas neste domingo, mantendo as recomendações sanitárias.

Depois da Grécia e da França, o governo italiano autorizou seus cidadãos no sábado a ir às praias, mas apenas passear ou tomar banho, sem poder tomar sol na areia.

- "O momento mais doloroso" -

Enquanto a Europa se recupera, os tremores desse terremoto sanitário continuam a abalar os países da América Latina. A região, que se tornou o "novo epicentro" da COVID-19, segundo a OMS, está no auge da pandemia.

O Brasil, com mais de 347.000 casos e 22.000 mortes, é de longe o mais punido da região e já ultrapassou a Rússia como o segundo país com o maior número de infecções, atrás apenas dos Estados Unidos.

O presidente Jair Bolsonaro protagonizou uma nova polêmica quando um vídeo de seu gabinete foi revelado e no qual a pandemia mal é mencionada.

Cheio de obscenidades, insultos, reclamações e declarações potencialmente incriminatórias, o vídeo causou indignação no gigante sul-americano, onde muitos questionam a gestão do governo da crise.

O México, o segundo país da região com maior número de mortes, registrou até este sábado 65.856 casos confirmados e 7.179 óbitos.

O país enfrenta seu "momento mais doloroso devido à pandemia", nas palavras do presidente Andrés Manuel López Obrador.

Na Argentina, a aceleração das infecções, que em Buenos Aires aumentou cinco vezes nas últimas duas semanas, levou o presidente Alberto Fernández a estender o isolamento social obrigatório até 7 de junho.

Na Bolívia, o departamento amazônico de Beni, na fronteira com o Brasil, foi declarado em "desastre de saúde" após um aumento exponencial das infecções e mortes.

No Peru, o segundo país da região em infecções (115.754) e o terceiro em mortes (3.300), o governo estendeu o confinamento obrigatório até 30 de junho, embora tenha autorizado a retomada de alguns serviços em domicílio.

No Chile, que contabiliza 65.393 casos e 673 mortos, multiplicam-se os protestos em comunidades pobres de Santiago contra a pouca ou nenhuma ajuda do governo, a falta de comida e o desemprego.

A Costa Rica, que não adotou confinamento obrigatório, luta para manter sua "frágil conquista" de poucos contágios com "disciplina", disse o presidente Carlos Alvarado à AFP.

Na América Latina, mais de 39.000 pessoas morreram e cerca de 715.500 infecções foram registradas, segundo contagem da AFP.

- Fim do Ramadã -

Os muçulmanos comemoram neste domingo o fim do mês de jejum do Ramadã, marcado em muitos países por restrições.

No Paquistão, desconsiderando as recomendações de distanciamento físico, os muçulmanos correram aos mercados para fazer compras antes do Eid al-Fitr, uma das festas mais importantes do calendário muçulmano.

"Por mais de dois meses, meus filhos ficaram confinados em casa", disse Ishrat Jahan à AFP em um mercado de Rawalpindi.

"Esta festa é para as crianças e se elas não podem comemorar com roupas novas, não faz sentido trabalhar tanto o ano todo", acrescentou.

Na Indonésia, o país com a maior população muçulmana do mundo, alguns recorrem a contrabandistas e certificados falsos para contornar a proibição de viajar para outras partes do arquipélago e se reunir com suas famílias.

Vários países como Egito, Iraque, Turquia e Síria proibiram orações coletivas por medo da propagação do coronavírus.

Lar dos locais mais sagrados do Islã, a Arábia Saudita impôs um toque de recolher de cinco dias desde sábado.

O Irã, com o maior número de mortes pela pandemia no Oriente Médio, pediu a seus cidadãos que evitem viajar durante o Eid, que deve ocorrer na segunda-feira neste país predominantemente xiita, assim como para a comunidade xiita do Iraque.

Na preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), as guerras estão entre os temas cobrados no processo seletivo. Abordados, principalmente, na disciplina de história, os conflitos também podem ser explanados em geografia, atualidades e geopolítica.

Para ajudar os feras a organizarem o calendário de estudos de forma mais eficiente, o LeiaJá convidou o professor Pedro Botelho para discutir o assunto. O educador selecionou as guerras mais cobradas nas últimas provas do Enem:

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Primeira e Segunda Guerras Mundiais

De acordo com Botelho, estudar as duas grandes guerras mundiais é fundamental. Ambos conflitos trouxeram mudanças extremas e moldaram, de certa forma, a sociedade que vivemos hoje. Mesmo acontecendo em uma curta janela de tempo, é importante estudar as causas dos dois momentos da primeira metade do século passado.

Guerra Fria

O professor também indica que os feras se aprofundem na Guerra Fria que, mesmo não sendo uma guerra armada, movimentou o mundo inteiro, sobretudo na corrida espacial. A corrida bélica entre as duas potências da época, Estados Unidos e União Soviética, não deve ser deixada de fora, sobretudo, pela escalada das armas e ameaça nuclear que o planeta testemunhou.

Guerra do Vietnã 

Na década de 50, o Vietnã estava dividido em dois territórios, sul e norte. Ao norte, os revoltos tinham o apoio da China, Coreia do Norte e União Soviética, enquanto que ao sul, os Estados Unidos lutavam junto com a parte sul para evitar que o país fosse transformado em mais uma nação comunista. A guerra ceifou inúmeros soldados de diversos países e milhões de civis. 

Guerra do Paraguai

A Guerra do Paraguai é considerada o maior conflito armado internacional que aconteceu na América do Sul. Envolveu Brasil, Argentina e Uruguai, que lutaram contra as forças paraguaias. O conflito deixou centenas de milhares de mortes e muita destruição, sobretudo no Paraguai, que pagou ao Brasil indenização de guerra por quase um século.  

Guerras de Independência da América-Espanhola 

Uma série de conflitos e revoltas contra a soberania da Espanha sob as colônias americanas durante todo século 18. Inspirada em ideias iluministas, a elite letrada da américa-espanhola passou a questionar a falta de liberdade das colônias. Outros fatores, como a invasão de Napoleão à Espanha, também tiveram influência nesse processo. 

De acordo com o professor Pedro Botelho, é importante, também, estudar o contexto em que essas guerras aconteceram para que o assunto seja melhor compreendido. Se você está se preparando para o Enem 2019, confira dicas de conteúdo no Vai Cair No Enem.

Berlim celebra neste domingo (12) o 70º aniversário do fim do bloqueio da cidade pela União Soviética, um importante episódio da Guerra Fria, com o seu herói da época, um dos primeiros pilotos que abasteceram a população do oeste da cidade com doces e provisões.

"Os heróis da ponte aérea de Berlim não eram as pessoas que traziam comida, mas as pessoas em solo, que se defendiam", conta Gail Halvorsen, de 98 anos.

Cinquenta mil pessoas são esperadas para assistir as comemorações no antigo aeroporto de Tempelhof, agora transformado em parque urbano, palco de uma operação aérea sem precedentes de 15 meses efetuada pelos Aliados.

Filmes serão exibidos, incluindo gravações originais da época, em telões e haverá shows, como da United States Air Forces in Europe Band e da cantora Susan Wheeler Martosko.

Mas, sem dúvida, a estrela deste dia será a ex-piloto da força área americana Gail Halvorsen, apelidado de "Tio que bate asas" ou "chocolate voador" pela população local.

Entre junho de 1948 e setembro de 1949, ele participou da famosa "Operação Víveres", a ponte aérea de Berlim.

Milhares de aeronaves, principalmente britânicas e americanas, atenderam às necessidades dos mais de dois milhões de habitantes de Berlim Ocidental, submetidos ao bloqueio terrestre e marítimo soviético.

Com essa medida, a URSS pretendia assumir o controle dessa parte da cidade, administrada pelos aliados, e assim dominar toda a Alemanha Oriental.

Paraquedas com caramelos

Desde então, Halvorsen se tornou uma figura emblemática do imaginário de Berlim, já que foi um dos primeiros pilotos dos "Rosinenbomber", os bombardeiros de uvas passas.

Esse foi o apelido dado aos aviões militares dos aliados que lançavam doces para as crianças em pequenos paraquedas carregados com caramelos, uvas passas e chicletes.

Na época, Gail Halvorsen explicou a algumas crianças perto do aeroporto que iria inclinar as asas de seu avião quando sobrevoasse a cidade, e que assim elas saberiam que ele jogaria comida. Isso lhe valeu o apelido de "Tio que bate asas".

No final, ele fez escola. Os paraquedas, originalmente feitos com lenços ou mangas de camisa, foram aperfeiçoados e os lançamentos aumentaram graças ao entusiasmo midiático gerado pela operação nos Estados Unidos.

O ex-piloto americano de 98 anos, vestido com seu uniforme militar da época voltou no sábado a Tempelhof para uma primeira cerimônia em sua homenagem e visitou um campo de beisebol que leva seu nome, localizado no antigo aeroporto.

Ele cumprimentou os berlinenses da época. "Foram os pilares do confronto com a União Soviética", disse, acompanhado por suas filhas Denise Williams e Marilyn Sorensen.

"Melhor embaixador"

O veterano, que foi promovido a coronel e que na década de 1970 retornou a Berlim como comandante do aeroporto de Tempelhof, autografou fotos e distribuiu doces para as crianças.

"Peço aos jovens que mantenham a mente aberta para saber que alguns líderes conduzirão as pessoas livres na direção errada", alertou Halvorsen.

"A liberdade é importante e às vezes você tem que lutar por ela", acrescentou.

Ele continua sendo uma figura muito popular entre os berlinenses que viveram naquela época, como Mercedes Wild, de 78 anos, que tinha sete anos quando escreveu ao piloto para se queixar que ainda não tinha conseguido pegar nenhum paraquedas com doces.

Para sua surpresa, ela recebeu uma carta do aviador, acompanhada de chicletes e de um pirulito, no que foi o início de uma longa amizade entre as duas famílias.

"Ele se tornou uma figura paterna para mim [...] É o melhor embaixador que poderíamos ter para valorizar a amizade entre alemães e americanos", explicou.

No total, 277.000 voos contribuíram com cerca de dois milhões de toneladas de produtos básicos. Os pilotos teriam viajado 175 milhões de quilômetros e 78 pessoas perderam a vida. No final, o bloqueio foi levantado, sem condições.

Estamos a poucos dias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para alguns candidatos, ainda há tempo para revisar assuntos relevantes de Ciências Humanas. E no clima da prova, o programa Vai Cair No Enem, do LeiaJá, traz mais uma aula exclusiva.

Nesta semana, nosso convidado é o professor de história Pedro Botelho, que aborda o tema 'Guerra Fria'. Os feras também podem nos seguir no Instagram - @vaicairnoenem - e acompanhar questões, dicas, desafios, notícias e muito mais. Confira, a seguir, o programa desta semana:

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O senador Fernando Bezerra Coelho (PMDB) não poupou as palavras ao fazer um perfil do deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB) em um artigo publicado nesta terça-feira (2) no jornal Folha de São Paulo. No texto, Bezerra chama Jarbas de “alma movida pelo ódio” e “homem que ao longo de tantas décadas notabilizou-se por difamar e atacar quem dele discorda”.

A postura exposta pelo senador rebate um artigo, publicado no mesmo jornal, pelo deputado. No texto, Jarbas acusou FBC de ter uma trajetória marcada por “adesismos de ocasião e segue enrolado com a Justiça. Como uma espécie de nômade partidário, foi filiado ao PDS, ao antigo PFL, ao PMDB, ao PPS, ao PSB e agora voltou a integrar o PMDB”. Os dois vêm se desentendendo desde que iniciou a briga pelo comando do PMDB de Pernambuco.

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Em uma espécie de “guerra fria”, o senador disse que “para o bem da verdade, alguns pontos devem ser esclarecidos”. “Jarbas fala em contradições dos outros, quando sua biografia é marcada justamente por incoerências e traições. Chama a mim de adesista, mas aceitou meu apoio em 1990, quando meu pai foi seu candidato a vice-governador; em 2002, na disputa pela reeleição; e em 2014, quando foi eleito para a Câmara dos Deputados”, lembra.

No artigo, ele discorre sobre outros momentos da política e diz que “na aurora da redemocratização, em 1982, ele traiu Miguel Arraes (1916-2005), impedindo o ex-governador de retomar nas urnas o mandato cassado em 1964”.

Fernando Bezerra pontua também que em 2010, Jarbas “chamou Eduardo Campos (1965-2014) de coronel e mau caráter” e, depois, “para não ser empurrado de vez para fora da política, procurou Eduardo, suplicando uma sobrevida”. “Do dia para a noite, passou a elogiar justamente aquele a quem sempre detratou. Fato que até hoje é motivo de ironia nos meios políticos de todo o país. Todos sabemos que Jarbas Vasconcelos foi ressuscitado, com muito custo, pelo propósito de Eduardo Campos de construir uma unidade política”, declara.

O senador ainda afirma que Jarbas “lambeu as botas de Eduardo” e tenta fazer o mesmo com o presidente Michel Temer (MDB), apesar de se colocar como “paladino da ética” e ter o nome citado em diversas investigações, como a própria Lava Jato.

“Este é Jarbas Vasconcelos. Uma pessoa que destila amargor e ressentimentos. Um político que ataca os outros sem jamais fazer qualquer autocrítica. Um homem tomado pela soberba, imperador de uma casa vazia, que tenta segurar-se no comando de uma legenda para garantir mais alguns anos de cargos públicos. Um final melancólico para quem plantou ódio por toda uma vida”, conclui.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia criticou a decisão do presidente Donald Trump de congelar a reaproximação com Cuba e seu ataque verbal a líderes da ilha do Caribe. Em um comunicado divulgado neste domingo, o Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que Trump está "retornando para a retórica esquecida da Guerra Fria". A declaração diz que "isso só pode provocar arrependimento".

Apesar da promessa de campanha de Trump de melhorar as relações com Moscou, não houve uma melhoria significativa na cooperação entre os dois países em matéria de política externa. Na última quinta-feira, o Senado dos EUA aprovou, por ampla maioria, sanções contra a Rússia pela suposta interferência do país na eleição presidencial norte-americana de 2016.

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Moscou mantém laços estreitos com Havana e, em março, assinou um acordo para enviar petróleo para Cuba pela primeira vez em mais de uma década.

Fonte: Associated Press

O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou nesta segunda-feira em Hanói, capital do Vietnã, o fim do embargo da venda de armas norte-americanas ao Vietnã, dizendo que isso vai acabar com o "vestígio remanescente da Guerra Fria", encerrada em 1975, e preparar o caminho para as relações "mais normais" entre os dois países.

Obama, que falou em uma coletiva de imprensa juntamente com o presidente do Vietnã, Tran Dai Quang, disse que as vendas ainda terão que cumprir determinados requisitos, incluindo os relacionados aos direitos humanos.

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"Os Estados Unidos estão retirando plenamente a proibição da venda de equipamento militar, com o objetivo de assegurar que o Vietnã tenha a capacidade de se proteger", disse Obama. "Dado todo o trabalho que os dois países fazem juntos é conveniente não ter tal proibição", acrescentou o presidente dos EUA.

Quang disse estar satisfeito com esta mudança significativa na política dos EUA e que o Vietnã respeitará os direitos humanos, acrescentando que os dois países vão trabalhar em conjunto para minimizar as diferenças sobre a questão. "Os EUA e o Vietnã têm compartilhado mais e mais interesses em comum e a visita de Obama "contribui ativamente para a paz e a estabilidade regional e global", disse o presidente.

Implícita nas declarações do presidente foi a preocupação que os dois países compartilham sobre a China. Os EUA tem apoiado países menores contra Pequim nas disputas regionais sobre os recursos e território do chamado Mar do Sul da China a serem resolvidas por negociações multilaterais, embora não tomou qualquer posição sobre as próprias disputas.

"Não há, penso eu, uma verdadeira preocupação mútua com relação a questões marítimas no que diz respeito aos Estados Unidos e o Vietnã", acrescentou, sublinhando a importância de manter a liberdade de navegação no Mar do Sul da China.

Os dois governos fizeram uma série de outros anúncios criados para favorecer as relações. Os anúncios ocorreram no primeiro dia de uma visita de três dias de Obama no Vietnã.

Obama deixa o Vietnã na quarta-feira com destino ao Japão, onde vai participar da reunião do Grupo dos Sete países (G7) com outros líderes mundiais e se tornar o primeiro presidente norte-americano a visitar Hiroshima.

Em seus primeiros comentários sobre se ele vai pedir desculpas por Hiroshima, Obama disse que não iria "porque eu acho que é importante reconhecer que, no meio da guerra, os líderes fazem todos os tipos de decisões".

"É um trabalho de historiadores para fazer perguntas e examiná-las, mas eu sei como alguém que já sentou-se nesta posição durante os últimos sete anos e meio, que cada líder toma decisões muito difíceis, especialmente em tempo de guerra", disse ele em uma entrevista com a emissora japonesa NHK. Fonte: Dow Jones Newswires.

Até pouco tempo atrás, o mercado brasileiro vivia sujeito à demanda de produção da indústria cinematográfica americana. No entanto, aos poucos, os longas-metragens estrangeiros têm conquistado um espaço significativo no circuito nacional, fazendo possível os primeiros indícios de um confronto direto com Hollywood. Em meados do fim da década de 80 e início de 90, uma avalanche de produções não americanas aportou nos cinemas brasileiros. 

Quando falamos em Rússia, algumas obras obtiveram destaque em âmbito mundial. Feito sob encomenda para comemorar os 20 anos da Revolução Soviética, O Encouraçado Potemkin (1925) do diretor Sergei Eisenstein foi umas delas, bem como as produções Ivan, o Terrível (1944) do mesmo diretor e Guerra e Paz (1967) de Sergei Bondarchuk. 

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Embarcando na onda de super-heróis que têm invadido os cinemas mundo a fora, o diretor russo Sarik Andreasyan investe no lançamento de seu primeiro filme do gênero. Fazendo uso de um gancho histórico com os anos 80, a obra se passa durante a Guerra Fria, quando uma organização secreta chamada “Patriota” cria um esquadrão de super-heróis provenientes de diferentes países integrantes da antiga União Soviética. O filme misturará os gêneros de ação, ficção científica e terror, estrelando Anton Pampushny, Sanjar Madjey, Sebastian Sisak e Alina Lanina, grandes nomes do cinema eslavo. Assista o vídeo e confira mais sobre a produção:

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O primeiro-ministro da Rússia Dmitry Medvedev afirmou que o mundo está entrando em uma nova Guerra Fria, alertando para as graves consequências caso o Ocidente não coopere com a Rússia na Síria e em outros países.

"Voltamos, em essência, a uma nova Guerra Fria", afirmou Medvedev em discurso durante conferência de segurança realizado na Alemanha. O premiê citou o conflito na Síria como um exemplo da necessidade de cooperação entre a Rússia e o Ocidente, especialmente em questões militares.

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A chave para resolver esse conflito, segundo ele, é a cooperação entre "oficiais do exército russos e americanos - regularmente, constantemente, diariamente". "Os militares devem estar em contato constante", enfatizou Medvedev.

A Rússia tem realizado intervenções militares a favor do regime do presidente Bashar al-Assad na Síria como uma forma de aumentar sua participação no cenário internacional. A discussão de cessar-fogo na Síria em Munique na última quinta-feira elevaram a importância da Rússia, ao criar um grupo presidido pelos russos e pelos Estados Unidos, que tem como objetivo levantar as questões técnicas para a trégua.

Em seu discurso, Medvedev insistiu que o Ocidente precisa fazer uma escolha: cooperar com a Rússia pelos interesses comuns como a luta contra o terrorismo e pela garantia de estabilidade no Oriente Médio, ou enfrentar um conflito global permanente.

Na Alemanha, país que lida com um fluxo de mais de um milhão de refugiados e imigrantes no ano passado, Medvedev descreveu a crise imigratória como mais uma consequência da nova instabilidade mundial forjada pelo Ocidente.

A crise imigratória, segundo o premiê russo, tem levado "centenas e centenas de extremistas" para a Europa, junto com "pessoas que só querem assistência sem fazer nada". "Estamos prontos para ajudar nos problemas de imigração de todas as formas que pudermos", disse Medvedev. Fonte: Dow Jones Newswires.

A "Bomba do Tzar", a bomba atômica mais potente do mundo criada por cientistas soviéticos e convertida em símbolo da Guerra Fria com seus oito metros de extensão e 25 toneladas de peso, está sendo exposta pela primeira vez em Moscou.

Chamada oficialmente de AN602, esta bomba de hidrogênio, que foi testada com êxito em 1961, faz parte (sem sua carga atômica) de uma exposição sobre a história nuclear russa que pode ser vista no Manège de Moscou, um prédio histórico da capital.

A bomba, de uma potência de 50 megatoneladas, foi criada por uma equipe de cientistas soviéticos dirigida por Andrei Sakharov, futuro prêmio Nobel da Paz, e, em 30 de outubro de 1961, foi testada com sucesso em Nova Zembla, um arquipélago do Oceano Ártico russo.

O ensaio fazia parte do projeto de pesquisa nuclear lançado por Stalin em 1945, pouco depois de terminada a II Guerra Mundial, e que tinha como objetivo equiparar a ex-URSS aos Estados Unidos, que já tinham uma bomba atômica.

A indústria nuclear russa celebra em 2015 o 70º aniversário de sua criação. A exposição coincide com um momento delicado nas relações entre a Rússia e os países ocidentais devido ao conflito na Ucrânia.

A exposição Memória do Concreto, que começou no dia 28 de fevereiro, foi inspirada na transformação da Alemanha no contexto pós Guerra Fria. A mostra é a primeira exposição de 2013 do Mamam no Pátio, localizado no bairro de Santo Antônio e integra o programa de residências do museu.

Impressionados com o processo de reocupação dos centros urbanos, o casal de artistas alemães Nina Fischer e Maroan El Sani deu início a uma investigação sobre o processo de transição, a memória coletiva desses espaços e o futuro a eles destinados.

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Os artistas trabalham sempre em parceria na efetivação de sua obra artística que é focada principalmente na produção de filmes e vídeos que lidam com temas da contemporaneidade. A exposição segue até o dia 27 de abril.

Serviço

Memória do concreto

Terças e quartas | das 13h às 18h

Mamam no Pátio (Pátio de São Pedro, Casa 17, Santo Antônio)

(81) 3355 6765

O pianista americano Van Cliburn, que ganhou uma competição mundial em Moscou na época da Guerra Fria e cuja música transcendeu um impasse de décadas, morreu, aos 78 anos, nesta quarta-feira, anunciou sua fundação.

Cliburn alcançou fama mundial ao vencer a primeira Competição Internacional Tchaikovsky, em 1958, em Moscou, tornando-se um aclamado embaixador cultural em uma época de intensa competição ideológica e ameaça nuclear.

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Aos 23 anos, Cliburn foi recebido como um herói americano, apagando temporariamente a humilhação provocada pelo lançamento da sonda Sputnik pelos soviéticos meses antes, ao vencer uma competição que tinha como intenção ressaltar a superioridade cultural de Moscou.

Mas ao invés de desfrutar da glória patriótica, Cliburn convidou Kirill Kondrashin, o regente russo que esteve com ele em Moscou, para se apresentar no Carnegie Hall, em Nova York, na Filadélfia e em Washington, DC.

A gravação de ambos no Primeiro Concerto para Piano de Tchaikovsky, feita durante a visita, foi o primeiro álbum clássico a obter o disco de platina, e desde então vendeu mais de três milhões de cópias.

Cliburn retribuiu a visita com várias turnês na União Soviética entre 1960 e 1972, apresentando-se em salas de concerto lotadas e construindo uma ponte na divisão ideológica marcada pela corrida armamentista, ameaça nuclear e guerras correlatas.

O pianista tocou para todos os presidentes americanos desde Truman, incluindo um recital em 1987 na Casa Branca, ao qual assistiram Ronald Reagan e o então líder soviético Mikhail Gorbachev, no final da Guerra Fria.

Em 2003, o então presidente George W. Bush atribuiu a Cliburn a Medalha Presidencial da Liberdade - a mais alta honraria civil dos Estados Unidos -, e em 2011, o presidente Barack Obama o condecorou com a Medalha Nacional das Artes.

Cliburn nasceu em 12 de julho de 1934, em Shreveport, Louisiana, e começou a estudar piano aos 3 anos de idade com sua mãe, Rildia Bee O'Bryan Cliburn, aluna de Arthur Friedman, que por sua vez estudou com Franz Liszt.

Cliburn fez sua estreia em orquestra aos 12 anos com a Orquestra Sinfônica de Houston, no Texas, e em 1954, ele conquistou a prestigiada Competição Leventritt, que não entregava um prêmio fazia cinco anos.

A fundação de música clássica criada em homenagem a Cliburn anunciou sua morte esta quarta-feira, afirmando que ele faleceu "pacificamente" em sua casa, em Forte Worth, Texas, cercado de seus entes queridos.

"Seu legado é o de um grande filantropo, um grande músico, um grande colega e um grande amigo para todos os que o conheciam e amavam", destacou a entidade.

"Van é um ícone e nós, da Fundação Van Cliburn, nos unimos ao mundo em luto pela perda de um verdadeiro gigante", acrescentou.

A fundação destacou que a 14ª edição da competição internacional de piano Van Cliburn, em maio, será "dedicada à memória de Van".

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