Tópicos | habitacional

​Durante a reunião plenária da Câmara do Recife desta segunda-feira (28), o vereador Osmar Ricardo (PT) reforçou as críticas que vem fazendo à entrega dos apartamentos dos habitacionais Encanta Moça 1 e 2, no bairro do Pina, Zona Sul. Dessa vez, ele disse que os beneficiários que se sentiram lesados devem registrar a reclamação no Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

“A promotora Fernanda Nóbrega pediu para quem tem denúncia, informar a ela até o dia 31 deste mês, para poder tornar público e dar consciência a quem está fiscalizando”, afirmou.

##RECOMENDA##

O parlamentar relembrou o debate que ocorreu no plenário da Casa de José Mariano na última terça-feira (22), sobre o tema. “Foi um debate muito importante para registrar nesta Casa a discussão sobre a situação dos moradores e beneficiários do habitacional Encanta Moça, no Pina”, afirmou.

O vereador Osmar Ricardo informou ter entrado com um pedido na Prefeitura do Recife “para termos a maior transparência possível e não deixar acontecer o que está acontecendo”. 

Um outro tema abordado por ele ainda na reunião plenária foi sobre o Canal de Santa Terezinha, no bairro de Santo Amaro, área central da cidade. “É preciso que a Prefeitura do Recife cuide disso o mais rápido possível. Eram 20 famílias moradoras das palafitas do canal e agora já são 46 moradias. Temos que tirar aquelas famílias de lá, até porque os moradores das ruas próximas ao canal sofrem muito, principalmente quando chove”, contou. 

*Da Câmara Municipal do Recife 

​No Recife, governadora Raquel Lyra entrega chaves da casa própria a 232 famílias do Residencial Mulheres de Tejucupapo  Em apenas sete meses, o Governo de Pernambuco já entregou 464 unidades habitacionais construídas pela Cehab  O sonho da casa própria se tornou realidade nesta sexta-feira (28), com a entrega de 232 unidades habitacionais do Residencial Mulheres de Tejucupapo, localizado na Avenida Maurício de Nassau, no bairro da Iputinga, no Recife. As chaves dos apartamentos foram entregues aos moradores pelas mãos da governadora Raquel Lyra.

Iniciada em 2011, a obra estava inacabada e sua inauguração marca um dos pilares do Morar Bem PE, primeiro programa de habitação de interesse social de Pernambuco, que é a retomada de construções inacabadas. O empreendimento contou com investimentos de mais de R$ 16 milhões, valor que inclui recursos do Governo Federal e do Tesouro Estadual.

##RECOMENDA##

Em sete meses de gestão, o governo Raquel Lyra já entregou dois habitacionais. O primeiro deles, o Canal do Jordão, em Jaboatão dos Guararapes, e o Mulheres de Tejucupapo, que juntos contemplam 464 famílias. No município de Caruaru, Agreste do Estado, o Governo de Pernambuco destinou R$ 970 mil para conclusão do Residencial Severino Quirino, que entregou, no mês de junho, 192 unidades.

“São muitas histórias de luta, sobretudo de mulheres que passaram anos esperando que o poder público pudesse entregar a sua casa. Nosso papel, como Governo de Pernambuco, é olhar para todos os habitacionais que estão paralisados em nosso Estado. Quando chegamos, eram 10 mil unidades com obras lentas ou paralisadas. Diante disso, fizemos a interlocução com todos os órgãos necessários para garantir a entrega rápida e efetiva de moradia digna à população”, destacou Raquel Lyra.

O empreendimento, que leva o nome de um grupo de mulheres que marcaram a história de resistência contra a invasão holandesa no Estado, é um marco do protagonismo feminino na história de Pernambuco. O Residencial Mulheres de Tejucupapo foi instituído para reassentar famílias ligadas ao Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), que em 2008 ocupou um terreno da União. A área foi cedida ao Estado para a construção do conjunto habitacional.

Das famílias que foram beneficiadas, 67% são lideradas por mulheres. Dona Maria de Lourdes, de 83 anos, foi uma das contempladas com a entrega das chaves e externou a emoção do momento. “Depois de 12 anos de espera, o meu sonho está sendo realizado. Agora estou contando os dias para poder vir para meu o cantinho e nunca mais pagar aluguel”, comemorou a moradora.

Garantir moradia digna tem sido uma das prioridades do Governo de Pernambuco que, desde o início do ano, também retomou as obras de outros empreendimentos, a exemplo do Vanete Almeida, em Serra Talhada, o Jurema, em Bezerros e, além de outros que serão entregues até o final do ano em municípios como Barreiros e São Bento do Una, somando mais de 1,5 mil unidades habitacionais retomadas e entregues.

“O acompanhamento dessas obras é uma prioridade do Governo do Estado. Primeiro, para garantir habitação na vida das pessoas que é o que estamos celebrando e efetivamente fazendo. Mas, também certificar que tenhamos aplicação de recursos eficientes, porque quando tem uma obra que começa e atrasa, ela vai se desequilibrando financeiramente na linha do tempo de forma que o Estado acaba aportando mais dinheiro”, detalhou a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Simone Nunes.

O reinício dessas construções mostra o poder de mobilização do governo de Pernambuco em congregar agentes financeiros, reguladores e de serviços, a exemplo da Caixa, Iphan e Compesa para resolver pendências burocráticas que atravancam as obras.

ENTRADA GARANTIDA - Na última segunda-feira (24), o Governo de Pernambuco lançou o Morar Bem - Entrada Garantida, que vai oferecer subsídios de até R$ 20 mil para que famílias com renda de até dois salários mínimos possam ter condições de comprar seu primeiro imóvel. O investimento anual previsto é de R$ 200 milhões.

Também estiveram presentes à solenidade os secretários estaduais coronel Hercílio Mamede (Casa Militar) e Daniel Coelho (Turismo e Lazer); os presidentes da Compesa, Romildo Porto; da Companhia Estadual de Habitação e Obras (Cehab), Paulo Lira; e da Perpart, João Carlos Sá Leitão; o deputado federal Mendonça Filho; os estaduais Gustavo Gouveia e Socorro Pimentel; o assessor técnico na Secretária Nacional de Periferias do Ministério das Cidades, Vitor Araripe; o superintendente de Habitação na Caixa Econômica Federal, Marcelo Maia de Almeida; o secretário de Habitação do Recife, Ermes Costa; além do coordenador geral do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, Serginaldo Santos.

*Da assessoria 

Após 12 de anos de espera, 272 unidades habitacionais do Residencial Mulheres de Tejucupapo, localizado na Avenida Maurício de Nassau, no bairro da Iputinga, no Recife, serão entregues, nesta sexta-feira (28), pela governadora Raquel Lyra.

A obra iniciada em 2011 estava paralisada e sua inauguração marca um dos pilares do Morar Bem PE, primeiro programa de habitação de interesse social de Pernambuco, que é a retomada de construções inacabadas.

##RECOMENDA##

*Da assessoria 

[@#galeria#@]

Nesta terça-feira (4), o ministro das Cidades, Jader Filho, acompanhou no Recife a entrega do Conjunto Habitacional Ruy Frazão, do Minha Casa, Minha Vida, no bairro de Afogados, na Zona Norte da capital. Ao lado de outras autoridades, o prefeito João Campos participou da cerimônia e prometeu qualificar a região.  

##RECOMENDA##

"Isso aqui era tudo matagal, onde teve a resistência da polícia, dos moradores, dos traficantes, tinha de tudo", conta Giovana de Souza. Emocionada após cerca de 11 anos de luta pelo imóvel, ela revelou que chegou a beijar as paredes da futura casa durante a vistoria. "É um novo horizonte, uma nova vida, tudo novo. Aqui ninguém conhece ninguém, todo mundo esquece o passado, esquece o que sofreu e aqui tem vida nova", disse. 

O ministro Jader Filho elogiou a localização centralizada do conjunto e a qualidade da construção.

"As pessoas que não têm casa, as pessoas que moram no aluguel, as pessoas que moram em situação de rua têm pressa", afirmou ao citar que pretende seguir com os projetos em andamento e retomar mais de 10 mil obras paralisadas. 

LeiaJá também: Integrantes de movimento por moradia cobram casas do MCMV

"Nosso objetivo é chegar até o 100º dia do governo Lula entregando cerca de 10 mil unidades habitacionais", projetou o gestor.

O prefeito do Recife, João Campos, apontou que outras áreas desocupadas são avaliadas para que sejam usadas em programas de habitação. 

Uma equipe da Prefeitura vai fazer a regularização fundiária de todas as unidades e um mutirão vai cadastrar as famílias na tarifa social de energia. João também garantiu que o conjunto não vai entrar na cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). 

O prefeito prometeu qualificar a região com a instalação de um novo equipamento para atender aos novos moradores.

"Como tem espaço disponível nessa área, a gente já está conversando com a entidade para a gente fazer uma escuta com a comunidade e identificar qual equipamento que eles preferem no espaço que ainda existe a ser construído para a prefeitura complementar. Naturalmente, pode ser creche, uma unidade de esporte, uma praça, uma escola", anunciou. 

Sob as lonas, pessoas em situação de rua tentam fugir da chuva e do sol. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens) 

##RECOMENDA##

Um bom emprego no comércio, um salário digno e uma casa para viver com suas filhas e netas. Enquanto a nuvem cinzenta da realidade se aproxima do pequenos grupo de moradores de rua que habitam o entorno do Cais de Santa Rita, Zélia*, de 42 anos, imagina como estaria sua vida se ela tivesse aprendido a ler e escrever. A chuva logo começará e será preciso recolher os cobertores da calçada, abandonando todo o resto do lado de fora da lona de plástico debaixo da qual a mulher agora vive com sua família. Cada precipitação representa uma pequena tragédia cotidiana para aquela pequena comunidade de pessoas. Perde-se a identidade, a camisa preferida, uma carta escrita por um familiar. Não há como sonhar, acumular ou construir nada sob as lonas que se multiplicam e redesenham a paisagem das calçadas do Centro do Recife no contexto de pandemia de Covid-19.

“Eu trabalhava vendendo acarajé e tapioca. O preço do carvão e da comida aumentou muito e, por causa da pandemia, o movimento de pessoas na rua ficou mais fraco. Caiu muito nossa renda e, como não sei ler, não consigo nada. A prefeitura podia botar a gente para ficar ‘mais inteligente’, para ver se a gente se acostuma com alguma coisa. Gosto de negociar, acho bonito”, diz Zélia.

Pregos e barbantes são utilizados para sustentar barracas feitas de lona. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

O contexto de crise sanitária também reduziu a oferta de pequenos “bicos” que o marido de sua filha fazia para sustentar a família. Sem renda, ele entrou para o tráfico de drogas e foi preso. “Faz cinco meses que minha filha entregou a casa dela e a gente ganhou essa lona. Agora, ela está gestante e puxa um carrinho para fazer o dinheiro do almoço e dar para as duas ‘crias’. Tem vezes que não dá, mas hoje um rapaz teve pena e botou ela pra fazer uma ‘viração’. A luta é muito grande”, afirma.

Inicialmente, a família se instalou na Avenida Engenheiro José Estelita, no bairro de São José. Na região, Prefeitura do Recife e iniciativa privada executam as obras do Porto Novo e do Porto Novo Recife, respectivamente. Os projetos estão associados à demolição do histórico Cais José Estelita, onde o Consórcio Novo Recife- composto pelas empreiteiras Queiroz Galvão, Moura Dubeux, GL e Ara Empreendimentos- para construção de 13 torres residenciais e comerciais, que variam de 12 a 38 andares. “A obra vai ser alguma coisa que a gente não sabe o que é, mas se aconteceu isso que seja melhor. O dono aí é quem sabe. A gente não sabe. Umas 40 famílias foram tiradas da avenida. Algumas pessoas ganharam o auxílio [moradia] e outras não”, acrescenta.

No centro, é a maior a oferta de distribuição de alimentos e roupas. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Incompatível com o luxo dos projetos urbanísticos em curso na área, a longa fileira de lonas se desfez. “A gente só fez sair de lá, andar um pouquinho, e armar as lonas aqui no Cais. É só fazer um buraquinho nela, passar um barbante e bater com prego na parede, mas, de conforto, é péssimo. Só estou aqui porque não está fazendo sol. Quando chega a tarde, corro lá pro outro lado”, comenta Pedro*, 18 anos, que vive sozinho em sua barraca.

O jovem conta que não recebeu nenhum tipo de auxílio da prefeitura. “Quem acabou recebendo foi o povo que já tinha casa e vem para o lado de cá toda noite para tentar pegar as refeições que o pessoal das ‘comunidades’ [organizações que apoiam pessoas em situação de rua] distribui”, lamenta.

Com pedras, pessoas em situação de rua tentam impedir que vento carregue as frágeis estruturas de plástico. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

De acordo com o coordenador estadual do Movimento Nacional pela População de Rua, Jaílson Santos, é comum que famílias carentes de diversas regiões da cidade disputem doações de grupos voluntários com as pessoas em situação de rua. “Temos um número grande de gente das comunidades pobres que identificou essa oferta de alimentação, roupa e produtos higiênicos no centro do Recife, onde as doações ficam mais concentradas. São pessoas com moradia que, em plena pandemia, se aglomeram nas ruas em busca da sobrevivência”, pontua.

Jaílson ressalta que é inegável o aumento do número de pessoas em situação de rua durante o período de crise sanitária. “Os últimos dados da prefeitura são de 2019, sabemos que houve uma contagem em 2021, mas ela ainda foi disponibilizada. Mesmo assim, acreditamos que esse número triplicou durante a pandemia. O que temos visto é uma quantidade exorbitante de gente que foi morar na rua nos últimos dois anos pela falta de emprego e habitação”, lamenta.

Para Jaílson a política do aluguel social no Recife não vem sendo efetiva no sentido de garantir moradia para quem precisa. “Com R$ 200 só se consegue pagar um aluguel em lugares ermos da cidade. Essas pessoas não recebem garantia de uma cesta básica digna ou de um cadastro de empregabilidade, nem conseguem arcar com os custos básicos de se ter uma casa. Elas recebem o valor e acabam voltando para as regiões centrais da cidade, onde é mais fácil conseguir comida”, afirma.

Êxodo para o centro

Raquel vive nas ruas com o marido e a filha, de 4 anos. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Raquel*, 28 anos, deixou a Avenida 17 de Agosto, na Zona Norte, com destino à Rua do Imperador, no bairro de Santo Antônio. “Lá não chega comida como aqui. Estou na rua há cinco meses, desde que meu marido perdeu o emprego. A situação ficou ruim, porque nossa filha tem microcefalia, então dependemos da ‘comunidade’”, explica.

Na tentativa de proteger a criança, de 4 anos, Raquel decidiu montar uma barraca com lona, tendo como apoio as paredes da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência. “Na semana passada, entrou água na barraca e tudo ficou molhado. O pessoal da Igreja reclama se a gente sujar a parede, aí a lona não encosta totalmente e a chuva passa para dentro. Fui dormir debaixo de uma marquise com meu marido e a menina ficou com uma mulher que mora em um prédio aqui da rua”, conta Raquel.

Natália deixou a casa da mãe em razão do vício no crack. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

Instalada na barraca vizinha, Natália*, 30 anos, ajuda com os cuidados da criança. “Estou nessa rua há um mês. Deixei minha mãe e minha filha por causa do crack, fumo desde os 14 anos. Eu morava em Olinda, mas estava tirando as coisas de casa para comprar droga. Meus irmãos já me ajudaram muito, me internaram e tudo, mas perdi a confiança deles. Agora minha única família é Raquel”, comenta.

Natália chegou à Rua do Imperador há cerca de 1 mês e concorda que o local possui melhor oferta de doações do que outras áreas da região metropolitana. “Além das doações, tiro uns R$ 20 por dia. Com uma parte do dinheiro eu compro a droga e com a outra água e comida. Meu sonho é ter condições de ter uma moradia e criar minha filha”, completa.

Um problema solúvel

Barracas de lona nas proximidades do Cais de Santa Rita. (Júlio Gomes/LeiaJá Imagens)

O estudo “Moradia no Centro: da reflexão à ação”, realizado por Habitat para a Humanidade Brasil em parceria com Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), coletivo A Cidade Somos Nós, Federação de Órgãos para Assistência Social (Fase) e Cooperativa de Arquitetura, Urbanismo e Sociedade (Caus), identificou que, dos 112 edifícios analisados no bairro de Santo Antônio, 37,5% totalmente desocupados ou com menos da metade de sua área ocupada. Utilizada para moradia, essa estrutura ociosa poderia se transformar 2.106 unidades de habitação popular.

Foi diante deste cenário que, no dia 14 de agosto de 2019, a Habitat para a Humanidade Brasil, o MTST, o Centro Popular de Direitos Humanos (CPDH), o Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico (IBDU) e o Coletivo A Cidade Somos Nós enviaram para a Prefeitura do Recife uma denúncia acerca do não cumprimento do decreto municipal nº 31.671, assinado pelo então prefeito Geraldo Júlio (PSB) em 10 de agosto de 2018, que visa garantir o cumprimento do princípio da função socioeconômica da propriedade urbana. Segundo a norma, “os imóveis urbanos em comprovada situação de abandono, cujos proprietários não possuam a intenção de conservá-los em seu patrimônio e que não se encontrem na posse de outrem, poderão ser arrecadados pelo Município do Recife, na condição de bens vagos, após regular processo administrativo”.

No ofício, as entidades apontam que, apenas no Centro do Recife, um total de 42 imóveis encontram-se abandonados. “Não há uma caracterização muito detalhada sobre o que é um imóvel em situação de abandono, então nós estamos entendendo que seja um imóvel vazio ou deteriorado, o que acontece em vários prédios do centro do Recife”, explica Ronaldo Coelho, assessor jurídico da Habitat para a Humanidade Brasil.

De acordo com Ronaldo, a prefeitura poderia utilizar as edificações para construção de habitações, centros esportivos, unidades de prestação de serviços públicos, assim como para doação para entidades filantrópicas que tenham como finalidade o desenvolvimento do empreendedorismo e assistência social. A denúncia das entidades da sociedade civil, contudo, nunca foi respondida. “A gente tem trabalhado para que esses imóveis sejam utilizados para moradia, o que é importante para que as pessoas que vivem na região tenham uma condição de vida adequada. Até o momento não nos consta que a prefeitura deu início a qualquer procedimento administrativo para notificar os eventuais proprietários desses imóveis, o que seria bastante interessante, já que se trata de um processo bastante longo e complexo”, ressalta.

Por meio de nota, a Prefeitura do Recife informou que iniciou, em 2019, o projeto-piloto de arrecadação de imóveis, tendo identificado 14 deles com características de abandono. A administração municipal alega que tais propriedades já estão sendo submetidas a processos administrativos. Leia a nota na íntegra:

“A Prefeitura do Recife informa que, desde o ano de 2019, iniciou o projeto-piloto de Arrecadação de Imóveis e identificou 14 imóveis com características de abandono e que estão sendo submetidos a processos administrativos. Todos eles estão localizados no bairro do Recife. Desse total, doze proprietários já foram localizados e contactados pela gestão municipal e foram convocados para regularizar a situação fiscal e tributária dos espaços, bem como dar nova função social e uso ao patrimônio. Dos imóveis já verificados, nenhum deles possui características para habitação popular.

Em paralelo, em novembro do ano passado, a Prefeitura do Recife implantou o Programa Recentro, que visa revitalizar os bairros do Recife, São José e Santo Antônio. Dividido em quatro eixos, a iniciativa prevê, dentre outras situações, a concessão de descontos e incentivos em impostos municipais, como IPTU e ITBI, para projetos de construção, recuperação e manutenção de imóveis em Zonas Especiais de Proteção Histórica (ZEPH).

Além disso, a Prefeitura do Recife deu início a estudos técnicos para elaborar uma concessão pública para locação social. O objetivo é produzir, no mínimo, 500 unidades habitacionais prioritariamente na área central da cidade - nos bairros de Santo Antônio, São José, Boa Vista e Cabanga -, voltadas para famílias com renda máxima de três salários mínimos. A proposta considera a Locação Social como mais uma alternativa de acesso à moradia digna e vê a habitação como um dos elementos estruturadores da requalificação urbana da área central da cidade”.

*Nome fictício (personagem preferiu não se identificar)

Os vereadores Renato Antunes, Felipe Alecrim e Fred Ferreira, que integram o PSC do Recife, fiscalizaram o Conjunto Habitacional da Torre e do bairro do Cordeiro, na Zona Oeste da capital pernambucana, para uma verificação técnica dos habitacionais.

A visita aconteceu na última quinta-feira (2), após um incêndio atingir um apartamento do habitacional do Cordeiro, na madrugada do domingo (28). 

##RECOMENDA##

Incêndio

O fogo teria começado por volta das 4h da madrugada, após um possível curto circuito em um ventilador. Estavam no local um casal com seus três filhos e mais um amigo da família. Das seis vítimas, três ficaram em estado grave: a mãe, o pai e um dos filhos.

A matriarca não resistiu aos ferimentos e morreu na última terça-feira (1º), no Hospital da Restauração - para onde todos foram levados -.

O grupo de vereadores esteve no local onde aconteceu a tragédia. “É triste saber que essa morte poderia ter sido evitada, se estes prédios estivessem com uma manutenção regular. A gente viu um cenário de guerra, livros no corredor do apartamento, tudo destruído. Como poder público, não podemos nos acostumar com tragédias deste tipo em nossas comunidades”, comentou Renato Antunes.

O vereador salienta que verificou nas visitas a falta de um plano digno para habitação no Recife. Na Torre, os parlamentares constataram a falta de manutenção do local, que é prevista para acontecer de dois em dois anos, "mas nunca foi  realizada pela prefeitura ao longo dos 17 anos da entrega do equipamento", garantem.

Renato aponta que constatou no Conjunto Habitacional da Torre "moradores utilizando água potável, que está instalada ao lado de fossa, do esgoto. E não há nenhuma previsão de melhorias para a população. Só promessa, promessa e nenhum serviço sendo executado”, complementa.

A situação do habitacional deverá ser tema de audiência pública na Câmara, numa tentativa de sensibilizar a gestão municipal.

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu pedido da Defensoria Pública da União (DPU) para impedir a ação de remoção, marcada para esta terça-feira (15), de cerca de duas mil pessoas que ocuparam imóveis do Conjunto Habitacional Novo Horizonte I, II e III, na cidade de Campos de Goytacazes (RJ), provenientes do programa Minha Casa Minha Vida.

A liminar, deferida na Reclamação (RCL) 47531, suspende decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) que, em recurso apresentado pela Caixa Econômica Federal (CEF) e pela Realiza Construtora, determinou a remoção das famílias e a desocupação dos imóveis.

##RECOMENDA##

Dano irreparável

O ministro Fachin explicou que a medida cautelar deferida pelo ministro Roberto Barroso na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 828 suspendeu por seis meses ordens ou medidas de desocupação de áreas que já estavam habitadas antes de 20/3/2020, quando foi aprovado o estado de calamidade pública em razão da pandemia da Covid-19.

A decisão ressalva da suspensão as ocupações posteriores, mas estipula que o poder público assegure que as pessoas removidas possam ser levadas para abrigos.

No caso concreto, segundo o relator, não foi possível verificar se houve manifestação do Município de Campos de Goytacazes sobre a possibilidade de providenciar atendimento habitacional e assistencial antes do dia agendado para a remoção, de forma a viabilizar a desocupação voluntária por parte desses grupos vulneráveis.

Para o ministro, a situação descrita nos autos é complexa e envolve o direito fundamental à moradia e a função social da propriedade.

"Se, de um lado, os ocupantes encontram-se em situação de evidente risco social, por outro lado, há o direito dos mutuários do Programa Minha Casa, Minha Vida, destinado, nos termos da Lei 11.977/2009, justamente à aquisição de moradias por famílias de baixa renda", explicou.

Em seu entendimento, a condicionante fixada na ADPF 828 para as ocupações recentes e o evidente perigo de dano irreparável às famílias que não têm aonde ir justificam a suspensão da medida de desocupação forçada prevista para hoje.

Leia a íntegra da decisão.

Da assessoria do STF

 

A Prefeitura de Olinda avança na construção de mais um habitacional na cidade. Localizado em Aguazinha, o empreendimento vai beneficiar 432 famílias e a previsão é que seja entregue neste primeiro semestre de 2021.

As pessoas atendidas já foram definidas: recebem atualmente auxílio-moradia em Olinda e preenchem outros critérios, como explica a secretária de Desenvolvimento Econômico Inovação e Tecnologia, Izabel Urquiza. “Mães com filhos com microcefalia, idosos, são públicos que são prioridade. Seguimos, mesmo em um período tão desafiador de crise pandêmica, trabalhando muito para trazer ainda mais dignidade para nossa população”, afirmou.

##RECOMENDA##

A Prefeitura de Olinda é a responsável pelo habitacional através de convênio com o Governo Federal pelo programa Minha Casa Minha Vida.

 

Na tarde desta terça (1), o prefeito Geraldo Julio (PSB) se reuniu com o correligionário João Campos, eleito para sucedê-lo a partir de 2021, para tratar da transição de governo, em seu gabinete, na Prefeitura do Recife. Na ocasião, Campos informou que as definições sobre as secretarias serão feitas nos próximos 30 dias e evitou dar detalhes sobre a composição da nova administração municipal. O LeiaJá questionou se o prefeito eleito cumpriria a promessa, feita por seu antecessor em 2013, da construir um conjunto habitacional para os moradores de Caranguejo Tabaiares, na área central do Recife. À época, Geraldo Julio visitou a comunidade em razão de um incêndio, que destruiu 24 palafitas.

Campos culpou a conjuntura nacional pelo atraso, mas afirmou que irá “olhar para a questão habitacional”. “É importante ressaltar que o Brasil não tem uma política continuada de moradia nas últimas décadas, inclusive as mais recentes foram desmontadas, como o ‘Minha Casa, Minha Vida’, como o novo programa ‘Casa Verde e Amarela’, que não contempla habitação de faixa 1, que seria habitação de interesse social. Todas as cidades brasileiras estão sofrendo com o déficit de moradia e a capacidade financeira de vencer esses déficits sozinhos é completamente ‘desafiador’, devido a um problema no pacto federativo”, colocou.

##RECOMENDA##

O prefeito eleito argumentou ainda Geraldo Julio iniciou um projeto habitacional no Aeroclube, na zona Sul, para construir mais de 600 casas. “Essas moradias vão ser o suficiente para zerar o número de palafitas de algumas áreas. Isso mostra o compromisso que ele tem com habitação”, acrescentou.

De 2013 para cá, a gestão Geraldo Julio deverá deixar pelo caminho mais 1,5 mil unidades habitacionais (que ainda estão em andamento ou para serem iniciadas) embora tenha entregue 2,4 mil unidades. Apesar de alegar que faltam recursos federais, a Prefeitura do Recife nunca aprovou, por exemplo, o Plano Local de Interesse Social, um instrumento exigido pela lei de 2001 que cria o sistema nacional de habitação de interesse social. O atual prefeito se despede da prefeitura sem ter concluído as obras dos habitacionais do Pilar (256 unidades), do Sérgio Loreto (224 unidades) e do Encanta Moça I e II (600 unidades).

“Essas habitações estão em obras e as obras públicas são assim. Tem obras públicas que foram concluídas antes do prazo, como a da Conde da Boa Vista, que para 20 meses ficou em 12 meses, o Hospital do Idoso, que era uma obra para 16 meses ficou pronta em 12 meses. Tem obras que são feitas antes do prazo e tem obras que são feitas depois do prazo na administração pública. Quem tem experiência e conhece, sabe que isso pode acontecer”, defendeu-se Geraldo Julio.

De 13 a 16 de outubro, os mutuários do Conjunto Habitacional Rendeiras, construído com recursos da Caixa Econômica Federal (CEF), em Caruaru, Agreste de Pernambuco, irão receber a indenização do seguro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). Para isso, os moradores terão que comparecer ao Fórum de Caruaru para a assinatura do termo de acordo, às 14h.

Ao todo, 414 famílias receberão R$ 21.600,00 cada (o que corresponde a um valor total de R$ 8,9 milhões), oriundos de ações na justiça contra a Sulamérica Seguros, por conta de problemas encontrados na construção das casas, como infiltrações e rachaduras.  Este caso representa o início, em fase piloto, da Mediação Nacional do Seguro Habitacional, iniciativa instaurada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em uma atuação conjunta com a justiça estadual que vai regulamentar um modelo de acordo para os processos de seguro habitacional em todo o território brasileiro. Trata-se do maior projeto de mediação da história da justiça no Brasil, que será implantando posteriormente em todo o país.

##RECOMENDA##

O seguro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) é responsável pelos riscos e prejuízos decorrentes de problemas na construção de imóveis e deve indenizar os mutuários. O caso dos moradores do Conjunto Habitacional Rendeiras, de Caruaru, foi escolhido para iniciar a Mediação Nacional do Seguro Habitacional por conta da maior incidência desses casos no Nordeste. O epicentro nacional desse problema está em Pernambuco. Nos últimos 15 anos, 13 prédios desabaram total ou parcialmente, matando 35 pessoas. Atualmente, são 289 edifícios interditados na Região Metropolitana do Recife, estando 4.600 famílias desalojadas. Em Pernambuco são aproximadamente 77 mil casos na justiça, no Brasil são ao todo 570 mil, dados de 2016, último levantamento disponível.

De acordo com o advogado Guilherme Veiga, especialista em direito securitário e representante dos mutuários do residencial de Caruaru, o modelo de acordo será feito em processos da justiça estadual e da justiça federal, juntando as duas instâncias para homologar. “São processos que estão com o juiz estadual que vai homologar e passar para o juiz federal também homologar em ato único. Uma homologação de dois ramos distintos do judiciário em ato conjunto é algo absolutamente inédito na justiça brasileira”, destaca. O advogado ressalta que o acordo foi celebrado pois a Caixa Econômica Federal e a seguradora reconheceram que inclusive quem quitou o contrato de financiamento possui direito à indenização, pois o dano existia na época da construção do imóvel, mas se revelou posteriormente (vício oculto).

Os próximos passos da fase piloto da Mediação Nacional do Seguro Habitacional é ampliar os acordos para os demais imóveis do bairro de Rendeiras, de Caruaru, que estão na mesma situação. Em seguida, será a vez dos estados da Paraíba e Rio Grande do Norte. A previsão é que a Caixa Econômica Federal deverá lançar a Mediação Nacional do Seguro Habitacional em todo o Brasil em 2021.

*Da assessoria de imprensa

O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, disse nesta sexta-feira (21) que, na próxima semana, o governo federal vai lançar um novo programa de habitação popular e que pretende “apoiar fortemente” os municípios para a regularização fundiária de suas áreas. “Nós precisamos atacar uma situação que é muito ruim, metade da população brasileira que mora em habitações no país não tem a escritura pública”, disse.

Hoje, o governo atua por meio do Programa Minha Casa Minha Vida, em parceria com a Caixa Econômica Federal, e atende famílias de diversas faixas de renda, com diferentes modalidades de contratação e recursos oriundos do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), por exemplo.

##RECOMENDA##

Marinho participou hoje, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, da entrega de 300 moradias a famílias de baixa renda de Mossoró, no Rio Grande do Norte, em um conjunto habitacional que leva o mesmo nome do município. Os investimentos da União na construção das residências somam R$ 18,3 milhões e vão beneficiar mais de 1,2 mil pessoas.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional, são 19 blocos de apartamentos no Residencial Mossoró I. As moradias têm 39,05 m², possuem valor médio de R$ 61 mil e estão divididas em dois quartos, cozinha, área de serviço, sala e banheiro. Todas as unidades podem receber pessoas com deficiência, sendo que 13 delas já estão adaptadas.

Outras 600 unidades no mesmo residencial devem ser entregues nos próximos meses, as etapas II e III têm cerca de 95% das obras executadas. No total, para os 900 apartamentos, o investimento federal é de R$ 54,9 milhões e atenderá mais de 3,6 mil pessoas.

A Caixa vai permitir, a partir desta segunda-feira (18), a ampliação da pausa do pagamento de financiamentos habitacionais por um período de 120 dias para os clientes que já haviam solicitado o benefício de suspensão temporária. Anteriormente, o período máximo era de 90 dias. Quem decidir solicitar a suspensão temporária das prestações a partir de agora já terá os 120 de pausa garantidos.

A ampliação do prazo vale para pessoas físicas e jurídicas, no caso de financiamentos à produção de empreendimentos e para os financiamentos de aquisição e construção de imóveis comerciais – individual.

##RECOMENDA##

“Ao estender a pausa na prestação do contrato habitacional para quatro meses, o banco oferece às pessoas e empresas a oportunidade de reprogramar seu orçamento diante das dificuldades que vêm enfrentando nesse período”, comentou o presidente da Caixa, Pedro Duarte Guimarães.

Segundo o banco, a medida faz parte das ações para enfrentar os efeitos causados à economia pela pandemia de covid-19. Até o momento, mais de 2,3 milhões de mutuários já solicitaram a pausa na prestação habitacional. 

Quem solicitar a pausa no contrato terá que pagar juros, seguros e taxas, que serão acrescidos ao saldo devedor do contrato. De acordo com o banco, a taxa de juros e o prazo contratados originalmente não sofrem alteração.

Os clientes com pagamentos em dia ou aqueles com pagamentos em atraso por, no máximo, 18 meses, podem solicitar a carência. Clientes que utilizaram o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para abater uma parte da prestação também podem solicitar o serviço. No caso de pessoas jurídicas, a possibilidade de pausa nas prestações é permitida para quem está sem pagar no prazo no máximo duas parcelas (atraso de 60 dias).

Para solicitar a pausa, basta acessar o aplicativo Habitação CAIXA ou registrar o pedido pelos telefones 3004-1105 (para capitais) e 0800 726 0505 (demais localidades), ou de forma automatizada pelo 0800 726 8068, opções 2-4-2, de segunda a sexta-feira, e aos sábados de 10h às 16h (exceto feriados).

*Com informações da Caixa Econômica Federal

O prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), sancionou uma lei para que o próximo conjunto habitacional a ser inaugurado na cidade se chame Jornalista Maria Gracilane Araújo da Silva - "Jornalista Graça Araújo". Graça Araújo faleceu no dia 8 de setembro de 2018 aos 62 anos, dias depois de sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) durante treino em academia na capital.

O projeto de lei é de autoria do vereador Romerinho Jatobá (PROS). Na justificativa do projeto, Romerinho destacou que Graça Araújo possuía uma longa carreira no jornalismo, tendo recebido prêmios e homenagens.

##RECOMENDA##

Graça Araújo nasceu na cidade de Itambé, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Ela se formou em Jornalismo em São Paulo em 1987. Graça teve passagens pela Rádio Transamérica, Rádio Clube, Radio Jornal e também pela Rede Globo, TV Manchete, TV Pernambuco e TV Jornal. Na época em que se tornou âncora do TV Jornal Meio Dia, a jornalista era a única apresentadora negra na televisão pernambucana.

A lei foi sancionada na última semana e já está em vigor. O LeiaJá aguarda resposta da Secretaria de Habitação do Recife sobre qual projeto de habitacional deverá receber o nome da jornalista, visto que a informação não foi especificada na lei.

Nesta sexta-feira (9), o Conjunto Habitacional Suassuna, construído no Bairro de Muribequinha, Jaboatão dos Guararapes, foi entregue às 1440 famílias que aguardavam por anos a concretização do sonho da casa própria. Essa é a conclusão da primeira etapa do residencial; outros dois blocos estão em fase de construção. Mais de 7,2 mil pessoas serão beneficiadas com a entrega do Suassuna.

O empreendimento, destinado a famílias com renda de até R$ 1,8 mil, teve  investimento total de R$ 90,7 milhões, com recursos da Caixa Econômica Federal, através do programa Minha Casa Minha Vida.

##RECOMENDA##

Silvania Ramos, 45, avó do pequeno Alexandro Ramos, de 3 anos, portador da microcefalia, recebeu o seu apartamento mobiliado como uma forma de homenagem pela sua luta para a criação do neto, que foi abandonado pela mãe assim que nasceu. “Antes de conseguir essa moradia eu vivia com a minha mãe e era muito difícil por conta do Sandrinho (como chama o neto). Lá, nossas condições eram muitos precárias e espero que agora mude”, relata a avó.

[@#galeria#@]

Sandrinho é cria do filho de Silvânia, que recebeu seu neto assim que ele nasceu. “A partir de agora eu só espero coisas boas, porque Deus só tem o melhor para oferecer para nós”, acredita a matriarca da família Ramos.

Entre os moradores contemplados com as chaves do Suassuna estão os antigos residentes dos “puxadinhos” construídos no habitacional Muribeca, também em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana, que foi interditado. Nesta primeira etapa, 140 famílias receberão os novos imóveis.

Segundo o prefeito Anderson Ferreira, a solução para o problema do residencial Muribeca, que se arrasta desde 1986, começou com a entrega do Suassuna. “As pessoas que estão vindo para cá também são aquelas que moravam nas edículas, que são as construções irregulares feitas no entorno do conjunto (Muribeca) para poder solucionar esse problema junto ao Ministério das Cidades e a Caixa Econômica”, garante Anderson.

O líder de Jaboatão informou ainda que o entrave para a solução do Habitacional Muribeca eram esses “puxadinhos” e agora abre-se o caminho para que os prédios de Muribeca sejam demolidos e, possivelmente, comessem as reconstruções por parte da Caixa, que é a responsável pelo empreendimento.

Residencial Muribeca

Laércio de Souza, Superintendente da Caixa Econômica Federal confirmou que tudo o que poderia ser feito pela estatal já foi realizado, inclusive as ofertas dos recursos para quem não conseguiu a sua moradia, e agora tudo está dependendo da Justiça Federal, já que houve um desentendimento entre a primeira e a segunda instância. “Quando houver o entendimento (das instâncias judiciais) o processo vai começar a andar novamente. Mas do ponto de vista da Caixa Econômica Federal não existe mais nada a fazer.  

Esse desentendimento citado pelo superintendente refere-se a uma ordem de demolição arbitrada pela primeira instância, que a segunda instância não está concordando. No entanto, qual tipo de demolição se referem as instâncias não foi detalhado por Laércio Souza.

O Conjunto Muribeca faz parte das milhares de habitações construídas nos anos 80, financiadas pelo Banco Nacional de Habitação (BNH), integrando parte de um projeto do Governo Federal, na época, para facilitar o acesso às moradias populares pelas pessoas mais carentes.

LeiaJá Também

-> Muribeca: problema que persiste no bairro que resiste

Moradores de áreas de morros e alagados em Olinda irão receber, nesta sexta-feira (5), as chaves de sua nova residência do Conjunto Habitacional Carlos Lamarca, que conta com 304 apartamentos. O residencial foi construído na Avenida das Garças, no bairro de Rio Doce. O evento está previsto para acontecer a partir das 10h. 

O empreendimento conta com 19 blocos, além de centro comunitário, playground e salão de festas. O nome do residencial foi escolhido em referência a um dos líderes de grupos revolucionários contra a ditadura militar, o carioca Carlos Lamarca. 

##RECOMENDA##

O empreendimento é fruto de uma parceria entre o Ministério das Cidades, Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Habitação de Pernambuco (SecHab) e a Caixa Econômica Federal (CEF), através do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Estima-se que mais de 1,5 mil pessoas sejam beneficiadas.  

De acordo com o secretário de Habitação de Pernambuco, Bruno Lisboa, o Carlos Lamarca “é uma conquista após um processo de muita luta”. Ainda segundo o gestor, que é ligado ao PMDB, o habitacional foi construído em um terreno de 15 mil m² doado pelo Estado, no valor de R$ 852 mil.

Ainda segundo Lisboa, a pasta habitacional esteve “à frente do trabalho de cadastramento das 304 famílias beneficiadas e do trabalho social de diálogo com os futuros moradores acompanhando-os nas vistorias técnicas das unidades habitacionais e coordenando a assinatura de todos os contratos”.

Carlos Lamarca - “Ousar lutar, ousar vencer”. Era assim que Carlos Lamarca, um dos principais lutadores da oposição armada à ditadura no Brasil, terminava seus escritos. Ele entrou na carreira militar bastante cedo e, alguns anos após o golpe, chegou a ser capitão do Exército brasileiro. Mas, em 1969, já engajado na luta armada contra o regime, desertou e foi expulso da corporação no ano seguinte. Considerado em certo momento o inimigo número um do regime, foi duramente perseguido e fuzilado pelos militares.

Com informações do memoriasdaditadura.org.br

Durante a entrega do Conjunto Residencial Cuca Legal I, localizado no bairro de Jardim Brasil II, em Olinda, o prefeito da cidade, Lupércio (SD), nesta quinta (23), disse que o momento era de agradecer a Deus. “Sem nenhum tipo de fanatismo, mas a gente tem que agradecer a Deus por este momento. Às vezes, a gente se depara com pessoas ingratas, mas tenho certeza que todos que estão aqui agradecem a Deus por poder pegar essa chave. É um momento único”, discursou.

“Quantos brasileiros gostariam de estar no seu lugar e vocês estão com o privilégio de sair do aluguel”, falou para os beneficiários. Lupércio elogiou o ministro das Cidades, Bruno Araújo, e o governador Paulo Câmara. “Deus usa quem ele quer e ele usou o ministro Bruno para esta conquista. Paulo Câmara fez um esforço imenso também”, disse. 

##RECOMENDA##

Os moradores do novo habitacional ocupavam o antigo lixão de Aguazinha, às margens do Canal da Malária e alagados. Em entrevista ao LeiaJa.com, antes do evento, o prefeito ressaltou que era necessário se colocar no lugar dos outros. 

“A própria bíblia diz que a gente tem que se alegrar com quem se alegra. Eu não tenho dúvidas do que eles estão vivendo neste momento. Muitos moravam em aluguel, outros de favor, na casa de parentes, às vezes, até em lugar subumano, mas hoje eles vão ter a chave e poder abrir sua casa e saber que agora tem um teto para reposar sem ter ninguém cobrando aluguel. Eu vejo isso com muita alegria. Sem hipocrisia, temos que nos colocar no lugar”, salientou.

O gestor ainda falou sobre o aumento salarial do presidente da Câmara Municipal dos Vereados e a instituição do décimo terceiro não passou pelo crivo do Executivo. "Devido a este momento de Carnaval ainda não parei para analisar. Não tenho como dar um diagnóstico ainda. Foi tudo feito lá, não passou pelo crivo do Executivo", afirmou.

 

 

 

 

Na manhã desta sexta-feira (16), foram entregues mais de 504 residências do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) a 2 mil pessoas do município de Pesqueira, no Agreste de Pernambuco. Foram beneficiadas pessoas com renda familiar mensal de até R$ 1.800. 

Durante a ocasião, o ministro das Cidades, Bruno Araújo, garantiu que mais 550 mil casas do mesmo tipo estão sendo construídas em todo o país, sendo 30 mil em Pernambuco. Essas residências não podem ser vendidas ou alugadas. Para as casa de Pesqueira, foram gastos mais de R$ 28,67 milhões; cada apartamento possui área de 42,47 m². O ministério aponta para a adaptação de 15 imóveis para pessoas com deficiência. 

##RECOMENDA##

Anúncios para o Recife

Durante a ocasião, Araújo anunciou o investimento de R$ 38 milhões para obras de contenção de encostas. Além disso, informou a autorização da readequação do projeto que inclui obras de habitação popular, saneamento e pavimentação do PAC Beberibe 2, com investimento de R$ 111 milhões.

Foi informado também sobre o destravamento de R$ 80 milhões destinados ao PAC Cordeiro, capaz de gerar um incremento de 30% no saneamento do Recife. 

 

O local escolhido pelo candidato a prefeito do Recife João Paulo (PT), para dar continuidade à campanha eleitoral do segundo turno, na tarde desta quinta (6), foi o Conjunto Habitacional Abençoado por Deus, no bairro da Iputinga. O petista esteve ao lado do seu vice Silvio Costa Filho (PRB) e da vereadora eleita Marília Arraes (PT).

João Paulo disse que a escolha para a primeira atividade oficial, rumo ao segundo turno, foi porque a área possui uma grande simbologia. “Nossa vinda até aqui tem uma simbologia muito grande mostrando o que fizemos e que temos condição de fazer muito mais. Aqui, na nossa gestão, construímos 428 unidades habitacionais para as pessoas mais pobres da cidade que vivia em condição mais humilde e uma atenção para essas famílias, que foram beneficiadas por diversos programas sociais. Aqui também temos a participação popular”, contou.

##RECOMENDA##

Sobre a estratégia que será usada neste segundo momento da disputa eleitoral, o candidato afirmou que haverá poucas variações. “Nós vamos adotar a mesma estratégia que foi vitoriosa e também mostrar o sucesso do nosso governo e o futuro que queremos construir”, disse.

Expectativa

Como vem reafirmando, o petista acrescentou que a expectativa continua sendo muito boa. “Nós vamos ter tempos iguais na rádio e televisão e, agora, poderemos ir para o embate. Ouvi o pleito da população e o nosso compromisso é prestar a qualidade do serviço que já prestamos na primeira gestão. A expectativa é de muito otimismo”.

João Paulo ainda declarou que o mais difícil será mudar os votos dos mais conservadores. “Os votos da direita, mas, do ponto de vista de gestão que vai ser a grande discussão, nós temos tudo para dar uma goleada”, acredita.

Centros Sociais Urbanos

João Paulo ainda afirmou que, caso eleito, investirá na recuperação dos Centros Sociais Urbanos (CSUs) da Cidade, para se contrapor ao Compaz, iniciativa que fez parte do programa de governo de Geraldo Julio (PSB). 

"Achamos interessante tanto a questão das creches como a questão dos Centros Sociais Urbanos (CSUs), que já no nosso governo vinha cumprindo um papel importante. Vai ter o equivalente ao serviço prestado por um Compaz recuperando as estruturas dos Centros Sociais Urbanos e dando a eles uma qualidade e um atendimento com um custo bem menor”, disse. 

Do outro lado

Já o prefeito do Recife e candidato à reeleição Geraldo Julio (PSB) visitou, também nesta quinta, a construção do centro de comércio popular do Cais de Santa Rita, que terá capacidade para 600 comerciantes que atuavam no entorno do Mercado São José, além de 200 vagas de estacionamento. 

O socialista estava acompanhado do secretário de Mobilidade e Controle Urbano do Recife, João Braga, falou sobre a inauguração dessa obra, e de centros semelhantes nos bairros de Afogados e da Várzea, que vai contribuir para organizar o comércio na capital. 

"O Recife convive com a desorganização das áreas comerciais há muito tempo. A gente fez um pátio novo de feira em Nova Descoberta, um outro em Água Fria e estamos fazendo mais três centros de comércio popular. Um deles é o do Cais de Santa Rita, um grande passo para o Centro da Cidade”, frisou, na ocasião, o prefeito. 

[@#galeria#@]

As famílias que foram indenizadas pelo Complexo Industrial Portuário de Suape entre os anos de 2007 e 2013, por residirem em áreas de preservação ecológica, zona industrial e demais áreas do território, poderão realizar cadastro para habitacional. 

Os ex-moradores receberam indenização do convênio de Suape com a Caixa Econômica Federal. O cadastro tem o objetivo de promover habitação para essas famílias. Ao todo serão 2.620 moradias – ainda em construção – no Conjunto Habitacional Governador Eduardo Campos, situado no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. 

##RECOMENDA##

As famílias que pretendem se cadastrar devem realizar agendamento prévio e se dirigir ao prédio do Centro Administrativo do Complexo. Para isso, os interessados podem ligar para a coordenadoria de Gestão Fundiária Condominial pelos telefones 3527.5085/ 5029 / 5095.

Comunidades com direito ao cadastro 

De acordo com o Complexo Industrial Portuário de Suape, o atendimento é direcionado às 27 comunidades situadas no Território de Suape, tais como dos engenhos Águas Compridas, Nazaré, Alagados, Penderama, Algodoais, Arendepe, Bita, Boa Vista, Campi, Ilha, Jurissaca, Rosário, Massangana, Mercês, Nazaré, Pirajá, Praia de Gaibu, Serraria, Suape, Tabatinga (I, II e III), Tiriri, Vila Cêpovo e Vila Claudete.

Um conjunto habitacional com 56 casas populares será construído no arquipélago de Fernando de Noronha. As casas serão erguidas em 28 lotes, com área total de 5,37 ha, na Vila da Vacaria, localizada à margem direita da BR – 363, sentido Porto de Santo Antônio/Sueste.

As residências do Loteamento Vacaria serão disponibilizadas para moradores permanentes da ilha inscritos na lista de espera da Administração e validada pelo Conselho Distrital. Integrando o sistema Minha Casa, Minha Vida, o custo por unidades está estimado em R$ 192.390,87.

##RECOMENDA##

Cada residência terá uma área de 48m², com sala para dois ambientes, dois quartos, banheiro social, cozinha e área de serviço e ainda 21 m² para ampliação de mais dois quartos. Na área externa do loteamento terá área verde, de lazer, sistema viário e iluminação pública.

A elaboração do projeto considerou diretrizes do Programa Minha Casa Minha Vida, do Plano de Manejo da Área de Preservação Ambiental – APA, impacto ambiental mínimo, topografia local e valorização de espaços de convivência. 

O intuito é implantar arquitetura bioclimática de interesse social com energia limpa, gerada através da usina solar existente em Fernando de Noronha e coleta seletiva. Atualmente o local conta com estrutura de abastecimento de água, esgotamento sanitário, energia elétrica e limpeza urbana.

Com informações da assessoria

 

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando