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Cerca de 200 pessoas desfilaram em Havana, no sábado (13), ao ritmo da conga, uma dança popular cubana, contra a homofobia e a transfobia e celebraram o casamento entre pessoas do mesmo sexo aprovado na ilha há sete meses.

Aos gritos de "socialismo sim, homofobia não", essa comunidade comemorou a aprovação, em setembro de 2022, do Código das Famílias, uma legislação avançada que permitiu a união legal de pelo menos 745 casais homossexuais em todo o país, segundo dados oficiais.

A passeata percorreu algumas quadras no bairro do Vedado, para se concentrar em uma festa dentro de um centro recreativo próximo ao mar. Monitorada pela polícia e por agentes de segurança do Estado, foi liderada por Mariela Castro, filha do líder revolucionário Raúl Castro e promotora do Código das Famílias. A esposa do presidente Miguel Díaz-Canel, Lis Cuesta, também participou.

Esta nova norma também permite o reconhecimento legal de vários pais e mães, além dos biológicos, bem como a barriga de aluguel sem fins lucrativos. Também agrega outros direitos que favorecem crianças, idosos e pessoas com deficiência.

"Estava louca para que reabrissem", diz Ana Gloria Arias, enquanto desfruta de um banho de mar em Bacuranao, leste de Havana. Após quase 300 dias sem acesso às praias por conta da pandemia, os moradores de Havana correram para dar um mergulho no mar.

"A notícia na verdade foi uma grande notícia, a melhor que recebi nestes dois anos, porque podemos desfrutar da praia, do ar, do sol, da areia", comemorou Ana, 17, que foi à praia na companhia de sua mãe e do namorado. "Tinha que estudar hoje, mas adiei para amanhã, caso voltem atrás na abertura", brincou.

A reabertura das praias e piscinas foi anunciada na tarde de ontem por autoridades de Havana. Para um cubano, não poder ir à praia no verão é um suplício.

"Ela estava louca para vir e aproveitar", conta Danay Ortega, 47, funcionária de uma peixaria, apontando para a filha caçula. "Não somos nada sem praia e sem verão."

Assim que amanheceu, centenas de moradores da capital correram para as praias do leste. Segundo autoridades, a reabertura responde à queda sustentada dos casos de Covid-19 na maioria das províncias cubanas e ao avanço da campanha de vacinação no país.

As praias abriram com protocolos de segurança estritos, que incluem o distanciamento social e o uso obrigatório de máscara, exceto no mar. As medidas eram seguidas à risca hoje. "A vacina nos ajuda e nós temos que ajudá-la", resumiu Rosa Esprónceda, 38, funcionária do Ministério da Cultura.

A cidade de Havana, último foco da Covid-19 em Cuba, ficará sob toque de recolher por 15 dias, medida com a qual as autoridades tentam conter um novo surto na capital.

"Determinou-se a proibição da mobilidade de pessoas e veículos no horário compreendido entre 19h e 5h", informou nesta quinta-feira à TV estatal o governador de Havana, Reinaldo García Zapata.

A medida, que irá vigorar de 1º a 15 de setembro, também restringe o atendimento nos mercados até as 16h e a presença de adultos e crianças em parques e centros de lazer. O número de policiais nas ruas irá aumentar e serão controladas com rigor as entradas e saídas da cidade.

Com 11,2 milhões de habitantes, Cuba conseguiu manter sob controle o novo coronavírus, com 3.806 infectados e 92 mortos registrados até ontem, uma situação favorável frente a vários de seus vizinhos. Deste total, mais de 1,2 mil casos ocorreram no último mês, após o novo surto em Havana.

A capital teve que retomar o confinamento enquanto a maior parte do país caminha para a normalidade. O transporte público foi interrompido e a circulação de veículos particulares está restrita.

"Estamos diante de um novo surto. O que aconteceu em abril está acontecendo agora, em agosto. Uma transmissão intensa, com uma média de 52 casos por dia", informou José Raúl de Armas Fernández, representante do Ministério da Saúde.

Cuba mantém as fronteiras fechadas desde março, o que golpeou sua já frágil economia, que tem no turismo um de seus principais motores.

Estados Unidos e Cuba trocaram acusações de apoio ao terrorismo nesta quarta-feira (13), com novas pressões à ilha um dia depois de Havana exigir uma "investigação completa" sobre o recente ataque contra sua embaixada em Washington.

O governo de Donald Trump incluiu Cuba em sua lista negra por "não cooperar totalmente" na luta contra o terrorismo, distanciando-se ainda mais dos esforços de reconciliação promovidos por seu antecessor, Barack Obama.

Cuba se juntou a outros quatro adversários (Irã, Síria, Coreia do Norte e Venezuela) que não obtiveram em 2019 a certificação exigida por uma lei americana contra o terrorismo, passo preliminar para qualquer venda de armas pelos Estados Unidos.

É a primeira vez que Cuba aparece nessa lista desde 2015, quando foi retirada pelo governo Obama, que deu um passo histórico para restabelecer as relações diplomáticas rompidas desde a revolução de Fidel Castro.

O governo Trump acusou Cuba de abrigar membros do Exército de Libertação Nacional (ELN), o último grupo guerrilheiro ativo na Colômbia, que viajaram a Havana em 2017 para negociações de paz com representantes de Bogotá e ainda não retornaram.

"A recusa de Cuba em se envolver produtivamente com o governo colombiano mostra que não está cooperando com o trabalho dos Estados Unidos para apoiar os esforços da Colômbia de garantir paz, segurança e oportunidades justas e duradouras para seu povo", afirmou o Departamento de Estado.

A certificação é diferente da designação de 'terrorismo patrocinado pelo Estado', que tem efeitos legais de amplo alcance. Cuba foi removida da lista de estados que patrocinam o terrorismo em 2015, embora o governo Trump tenha sugerido que a ilha pode ser reinserida no rol.

- "Lista espúria" -

Cuba, que não importa armas dos Estados Unidos, há seis décadas, deve ser pouco afetada na prática por esta nova medida. Mas isto não impede que Havana repudie a decisão.

"O Departamento de Estado coloca Cuba na lista de países que não cooperam na luta contra o terrorismo, mas não impediu, nem condenou o ataque terrorista de 30 de abril", disse o chanceler Bruno Rodríguez, denunciando "impunidade de grupos violentos" em território americano.

"Rodríguez publicou um vídeo no Twitter na terça-feira, quando convocou os Estados Unidos a explicarem supostos vínculos do agressor com grupos que incitam o ódio contra Cuba.

Alexander Alazo, cubano residente nos Estados Unidos, foi preso por 32 tiros disparados contra a sede diplomática, que deixaram danos materiais. O Serviço Secreto dos EUA, encarregado de proteger as autoridades estrangeiras, disse que Alazo recebeu remédios psiquiátricos depois de se queixar de ouvir vozes.

Segundo documentos judiciais, um homem de 42 anos tentou incendiar uma bandeira cubana, mas não conseguiu. Em vez disso, agitou uma bandeira dos EUA e "gritou em direção à embaixada cubana que era ianque".

Rodríguez vinculou Alazo a uma igreja evangélica na Flórida, a Doral Jesus Worship Center. O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, discursou no ano passado neste centro religioso, onde considerou os líderes de Cuba "os verdadeiros imperialistas no hemisfério ocidental".

Cuba é um importante aliado do presidente socialista da Venezuela, Nicolás Maduro, que Washington considera um ditador.

Um alto funcionário de Havana, Carlos F. de Cossio, tuitou nesta quarta-feira que Cuba foi "vítima de terrorismo", em referência às ações dos, já mortos, anticastritas Luis Posada Carriles, Orlando Bosch e Guillermo Novo Sampolla.

- "Premiação" -

De Bogotá, o Alto Comissário para a Paz do governo de Iván Duque, Miguel Ceballos, considerou a certificação de Cuba como uma "premiação".

"Esta resposta dos Estados Unidos apoia a posição do governo colombiano que seguirá exigindo a todos os países que abrigam membros do ELN e das Farc, que os entreguem à justiça", disse a jornalistas.

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) se dissolveram com o acordo de paz firmado em 2016, mas dissidentes desse grupo guerrilheiro operam na Venezuela em conluio com o governo Maduro, segundo Washington e Bogotá.

Duque, aliado dos Estados Unidos, interrompeu o diálogo com o ELN após um ataque com carro-bomba em janeiro de 2019 em uma academia de polícia de Bogotá que deixou 22 cadetes mortos. E desde então, exige que Cuba entregue a equipe de negociadores do ELN.

Arturo López-Levy, especialista em Cuba da Universidade Holy Names, disse no Twitter que a recusa de Havana obedece aos protocolos das negociações, que tiveram Venezuela, Brasil, Chile e Noruega como garantidores.

O Departamento de Estado acusou Cuba de também receber vários fugitivos americanos, incluindo Joanne Chesimard, condenada por executar um policial estadual de Nova Jersey, Werner Foerster, em 1973.

Péricles está dando o que falar nas redes sociais. Isso porque, o cantor divulgou um vídeo em que aparece cantando a música Havana, de Camilla Cabello, em seu novo show. A apresentação faz parte de seu novo DVD, Mensageiro de Amor.

O momento icônico é um medley entre as músicas Havana e Oye Como Va, do grupo Santana. A publicação já viralizou na internet e muitos internautas aprovaram Péricles se arriscando em alguns passos de dança ao lado de seus backing vocals.

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Em 2018, ele já havia anunciado que a música faria parte de seu novo show, já que aprovou o hit de Camila Cabello.

A música Havana é tão boa que eu coloquei no meu novo show, escreveu ele em outubro do ano passado.

Veja, abaixo, alguns dos comentários: "Por que choras Camila Cabello? Dono da empresa música é ele"; "Não sei o que é melhor: a versão, a dança ou o back que roubou meu coração"; "Caraca, ficou incrível demais. Se a Camila visse isso, ela iria surtar e amar demais!"; "É carreira internacional que você quer Anitta? Péricles salvando o Pop!"; "Primeiro a gente estranha, depois a gente grita: Hino!"; "Eu nunca vi nada mais aleatório em toda minha vida. Pior que combinou com a voz dele!"

O Departamento americano dos Transportes suspendeu a autorização para as empresas aéreas dos Estados Unidos voarem para Cuba, à exceção do Aeroporto Internacional José Martí, de Havana.

Esta medida foi adotada "a pedido do departamento de Estado", disseram nesta sexta-feira as autoridades, acrescentando que a medida entrará em vigor em 45 dias.

O secretário de Estado, Mike Pompeo, pediu em uma carta ao departamento dos Transportes que suspenda a autorização dos voos para reforçar as sanções contra o governo em Havana pela "repressão a seu próprio povo, além de seu contínuo apoio" ao governo de Nicolás Maduro na Venezuela.

Segundo o departamento de Transportes, esta medida afeta nove aeroportos internacionais, incluindo o de Santiago de Cuba.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem intensificado o embargo que aplica à Ilha desde 1962, revertendo a abertura adotada por seu predecessor, Barack Obama, e aplicando medidas que afetam o turismo, investimentos e o envio de combustível.

Na semana passada, o departamento de Comércio anunciou restrições para impedir que o governo cubano arrende aviões para suas empresas aéreas estatais.

Esta medida obrigou a estatal Cubana de Aviação a suspender seus voos para México, Venezuela e outros destinos do Caribe.

"Actually I'm in Havana" é mais do que uma frase, é um sentimento que a estilista cubana Idania del Rio estampou em suas primeiras camisetas quando criou a marca Clandestina em 2015. Recentemente, a gigante espanhola Zara lançou uma coleção com a frase: "Mentally I'm in Havana". Seria uma cópia?

A marca cubana tem uma loja no coração de Cuba, entre prédios antigos e carros dos anos 50 que transitam todos os dias por Habana Vieja. E atrai dezenas de turistas.

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É a moda "à la cubana", que se adapta às limitações de insumos e aproveita o impulso à iniciativa privada usando reciclagem, reivenção de peças, frases de efeito e a ruptura estética.

Há alguns dias seus clientes fora da ilha enviaram fotos de peças da Zara com frases similares às da marca.

"A mais evidente é Actually I'm in Havana (Na verdade estou em Havana). A Zara lançou a camiseta com a frase Mentally I'm in Havana (Mentalmente estou em Havana)", diz Idania del Rio.

"Não copia a frase literalmente, muda uma palavra, mas o sentido é igual. Não mudou Havana por Beirute. O sentido da frase, o que significa, é muito parecido", diz a estilista.

A Clandestina tem uma coleção "País em Construção", nas cores amarelo e preto. A Zara tem camisetas com as mesmas cores e a frase "Under Construction", denunciou a marca cubana em um vídeo em suas redes sociais.

A estilista diz que os advogados explicaram que entrar com um processo é muito difícil. E acredita que o melhor que pode acontecer é que a Zara deixe de vender as peças em talvez um mês, mas não graças a reclamação da Clandestina, e sim por seu negócio de "fast fashion", em que tudo acaba rápido.

A AFP contactou o Inditex na Espanha, proprietário da marca Zara, mas não recebeu resposta.

A marca não tem lojas em Cuba. Em 2009 abriu uma em acordo com uma empresa estatal com intermediários, que ficou aberta por poucas semanas antes de fechar definitivamente.

Um casal transexual em Cuba superou preconceitos e realizou uma cerimônia de casamento civil em Havana, um fato inédito na ilha socialista, mas ambos tiveram que inscrever sua união com os gêneros registrados legalmente em seus documentos, masculino e feminino, sem violar as normas.

"Este ato jurídico não transgride o estabelecido no ordenamento jurídico cubano pois se tratam de duas pessoas cujos gêneros registrados legalmente são feminino e masculino, embora não sejam coerentes com as identidades de gênero de Ramsés e Dunia", os novos esposos, explicou o estatal Centro Nacional de Educação Sexual (Cenesex).

A nova Constituição da ilha, vigente desde abril, proíbe a discriminação por identidade de gênero. Também define o matrimônio como uma instituição social e jurídica, mas não legisla sobre quem o contrai. Isso será matéria de um novo Código de Família, ainda em elaboração. O atual só reconhece a união heterossexual.

Ramsés, homem transgênero, e Dunia, mulher transgênero, contraíram matrimônio em 16 de julho no Palacio de Matrimonios de San Francisco de Paula de Havana, uma entidade que pertence ao Ministério da Justiça. Mas não sem contratempos.

O casal fez uma primeira tentativa fracassada. Depois o Cenesex precisou intervir, fornecendo assessoria jurídica.

Em Cuba, os homossexuais sofreram perseguição, sobretudo nos anos posteriores à vitória da revolução, um fato pelo qual o ex-presidente Fidel Castro (1926-2016) pediu perdão.

No entanto, há mais de uma década o Cenesex promove a luta pelos direitos das pessoas LGBTI, sob a direção da deputada Mariela Castro, filha do ex-presidente Raúl Castro.

A instituição promoveu a inclusão na nova Constituição do conceito de matrimônio como "união entre duas pessoas", embora não tenha conseguido apoio majoritário.

Conhecida em todo mundo por seus automóveis americanos antigos, a capital de Cuba também é o paraíso de motocicletas com sidecar originárias de países que não existem mais, como União Soviética, Checoslováquia e Alemanha Oriental, de um período no qual a ilha vivia na órbita soviética.

Ao volante de uma Jawa 350, fabricada em 1989, e de cor vermelha brilhante, Alejandro Prohenza se enche de orgulho: "Muitos turistas gostam de tirar fotos dela. Não sei, talvez vejam como algo de uma era passada".

Um dia, "um boliviano me disse que nunca tinha visto este tipo de moto, que só tinha visto uma moto com sidecar nos filmes (sobre) nazistas".

Gerente de um "paladar" (restaurante privado), este homem de 48 anos recebe regularmente ofertas de compra. Mas não cogita vender o veículo, no qual viajam a mulher e o filho, transporta mercadorias e leva compras para o restaurante.

"São bem práticas!", afirma Alejandro, que considera a motocicleta como sua "segunda" filha e está feliz por não ter que levá-la sempre ao mecânico.

Raras na Europa, estas motos, que trazem presas ao lado um compartimento para passageiro com uma única roda, circulam às centenas pelas ruas de Havana.

E sua história também reflete a de Cuba, que após a revolução socialista em 1959, se distanciou politicamente dos Estados Unidos e encontrou na ex-URSS um oportuno irmão mais velho até a década de 1990.

As marcas das motos que trafegam pelas ruas e estradas da ilha são um convite para uma viagem no tempo: Ural, Dnieper e Júpiter (da ex-URSS), Jawa e CZ (da extinta Tchecoslováquia) e MZ (da antiga República Democrática Alemã).

Chegaram a Cuba nas décadas de 1960 e 1970, sendo adotadas primeiramente pelo exército, empresas públicas e agricultores, antes de serem gradualmente adquiridas pelo restante da sociedade.

"Normal" em Cuba

Foi assim como José Antonio Ceoane Núñez, de 46 anos, obteve sua Júpiter 3 vermelho brilhante: "Quando o governo cubano as comprou dos russos em 1981, foi para empresas estatais".

Mais tarde, "foram vendidas aos funcionários mais destacados por seus méritos profissionais". E foi assim que o pai de Ceoane, que trabalhava numa empresa de estatísticas, conseguiu uma.

"Não a venderei de maneira alguma porque com ela me movo e trabalho. É meu meio de transporte, e em Cuba não há muitos", garante José Antonio, que viaja regularmente com o sobrinho, um amigo, ou com a namorada e a cunhada.

Seu aspecto obsoleto é o que chama a atenção dos turistas, que os leva a viajar no tempo, mas "aqui é comum, normal", confessa Enrique Oropesa, um instrutor de direção de 59 anos, que ensina como pilotar motos com sidecar.

Oropesa tem uma Ural verde ano 1977, que cuida com todo carinho: "Gosto muito, em primeiro lugar porque é o meio de transporte da minha família, e em segundo lugar porque é uma fonte de renda".

Apesar de custar menos que um automóvel, muitos cubanos não têm como comprar uma.

Sentado no compartimento do passageiro, Enrique ensina aos aspirantes à licença que permite dirigir este veículo todas as dicas de pilotagem "O mais difícil é (aprender a conduzir) sem o sidecar, porque com um sidecar você se sente mais seguro", graças ao apoio desse compartimento lateral.

Vivendo na ilha com a esposa cubana há dois anos, Philippe Ruiz, um francês de 38 anos, não percebeu inicialmente a grande quantidade destes veículos circulando por Havana.

"Quando comecei a me interessar por isso, me dei conta que via 50, 100 por dia".

Empenhado em reformar uma casa, observou que muitas motos com sidecar são utilizadas para transportar materiais de construção.

Graças a um anúncio na internet, encontrou há alguns meses uma Ural azul ano 1979, por "6.500 euros com pequeno reboque".

"É um ano mais velha do que eu e eu estou em pior estado", brinca. "Mas quando chegamos em casa, as coisas começaram a complicar. A moto esteve bem até chegarmos aqui, mas depois tivemos que fazer consertos nela por todos os lados".

Por conta da falta de peças em Cuba, "as pessoas se veem obrigadas a trazê-las do exterior", o que atrasa o reparo.

Mas não se arrepende da compra. Motociclista na França, Ruiz descobriu novas sensações ao volante do motor russo: "É muito divertido, é muito diferente de conduzir uma moto sem sidecar, porque não podemos virar igual, não pode sair de lado, assim é necessário aprender a pilotar novamente".

"É especialmente divertido em família, porque você pode colocar uma criança no sidecar, minha esposa e as malas", acrescentou este pai de um menino de oito anos.

Assim que tiver consertado a moto, o francês pretende trabalhar com ela. Levando turistas para percorrer Havana no veículo. "Penso que isto será algo diferente do aluguel de carros conversíveis (americanos) que temos aqui".

Um tornado atingiu a capital de Cuba, Havana, na noite de domingo (27), e deixou ao menos três mortos e 172 feridos. "Estamos percorrendo os lugares afetados pelo fenômeno atmosférico de grande intensidade no bairro de Regla. Os danos são severos, até o momento lamentamos a perda de três vidas humanas e foram registrados 172 feridos", disse via Twitter o presidente Miguel Díaz-Canel, que percorreu durante a madrugada as áreas afetadas. O tornado destruiu vários bairros de Havana na noite de domingo.

O movimento de ambulâncias foi intenso durante toda a madrugada na capital. No bairro de Santos Suárez, falta energia elétrica. De acordo com especialistas, é raro que tornados passem por Havana. Um dos mais conhecidos foi registrado em 1940 e atingiu Bejucal. O tornado de agora foi resultado de uma baixa extratropical que desceu do sudeste do Golfo do México. Foram registrados ventos de até 100 km/h, podendo ser comparados a um furacão de categoria 4.

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Da Ansa

O ex-presidente e líder do Partido Comunista de Cuba, Raúl Castro, recebeu 201 profissionais cubanos que integravam o programa Mais Médicos no Brasil e que chegaram a Havana. Acompanhado do segundo do partido, José Ramón Machado, e de um grupo de líderes políticos, Castro foi até o avião para cumprimentar os profissionais.

No último dia 14, o Ministério da Saúde de Cuba anunciou o rompimento do acordo com o Mais Médicos. O governo cubano informou discordar das exigências feitas pelo governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e também sinalizou incômodo com as críticas feitas por ele. Desde então, profissionais cubanos deixam o Brasil.

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A estimativa é que, de forma escalonada, até dezembro, os outros 8.332 profissionais de Cuba vinculados ao Mais Médicos regressem ao país de origem.

O diretor da Unidade Central de Colaboração Médica de Cuba, Jorge Delgado, reiterou que o processo de retirada dos profissionais da saúde do Brasil será "ordenado, seguro e digno".

"Os médicos estão muito dispersos, em mais de 2.500 municípios na grande extensão territorial do gigante sul-americano, razão pela qual há vários dias começaram a transferir-se de seus locais de residência até as cidades de onde partirão os voos para a Ilha", afirmou Delgado referindo-se ao retorno para Cuba.

O primeiro grupo de 205 colaboradores sanitários que retornou ao país foi recebido pelo presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, que ressaltou o "desinteresse, altruísmo e entrega plena" com que cumpriram sua missão nos lugares mais necessitados de assistência sanitária no Brasil.

Programa

O Mais Médicos foi criado em 2013 pela então presidente Dilma Rousseff com o objetivo de garantir a assistência médica a comunidades desfavorecidas nas comunidades e regiões remotas do Brasil.

A presença cubana nessa iniciativa foi estipulada por meio de um convênio com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e representava mais da metade dos profissionais contratados pelo programa.

De acordo com levantamento do Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), pelo menos 285 cidades e 36 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) ficaram sem médicos em equipes de prevenção com a saída de profissionais cubanos.

O Ministério da Saúde abriu nesta semana edital para seleção de profissionais que substituirão os cubanos que deixarão o Brasil. As inscrições ficam abertas até o dia 7 de dezembro.

O segundo grupo de profissionais cubanos, vinculados ao programa Mais Médicos, deixa nesta quinta-feira (22) o Brasil rumo a Havana, em Cuba. Os voos são fretados e sairão de Brasília, Salvador e São Paulo. A informação foi confirmada pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), responsável pela intermediação do convênio entre Brasil e Cuba. Há uma semana, 196 médicos retornaram para Cuba.

O cálculo da Opas é que os 8,5 mil médicos cubanos deixem o Brasil até 12 de dezembro. De hoje a sábado (24), cinco voos partirão com destino à capital cubana, Havana. Os profissionais já começaram a se deslocar dos municípios onde estavam alocados em direção às cidades de onde sairão apenas voos para Cuba.

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O retorno ocorre por decisão do governo cubano, que chamou de volta os profissionais por desacordo com condições impostas pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, para que os médicos permaneçam no programa. Entre as medidas, estão fazer o Revalida – prova que verifica conhecimentos específicos na área médica, receber integralmente o salário e poder trazer a família para o Brasil.

O presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel, por meio de uma rede social, defendeu os profissionais. A imprensa cubana, que é estatal, publica diariamente reportagens, informando a formação e a credibilidade dos profissionais de saúde do país. Em nota, o Ministério da Saúde cubano afirmou que as exigências desrespeitam as condições acordadas no convênio com a Opas.

Dois dias após a decisão, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou que as novas exigências foram definidas para proteger os médicos de más condições de trabalho, por razões que classificou de “humanitárias”.

Substituição

Na quarta-feira (21), começaram as inscrições para repor as vagas abertas com a saída dos médicos cubanos. Os interessados em ocupar os postos têm até domingo (25) para se candidatar. Podem participar profissionais com registro nos conselhos de medicina ou com diploma na atividade validado no país.

Os candidatos poderão escolher as cidades onde querem trabalhar. A medida que forem sendo preenchidas, as vagas serão retiradas do sistema. Os inscritos terão que se apresentar no local selecionado a partir do dia 3 de dezembro para homologar a contratação e iniciar a função. Caso as vagas não sejam preenchidas, será aberto novo edital, no dia 27 de novembro, para buscar outros profissionais.

A cantora cubano-americana Camila Cabello, com quatro prêmios, foi a grande vencedora, neste domingo (4), da cerimônia do MTV Europe Music Awards (EMA), que aconteceu na cidade espanhola de Bilbao.

Nascida em Cuba há 21 anos, a cantora do hit "Havana" confirmou seu grande ano vencendo as categorias-chave da cerimônia: melhor artista, melhor música, melhor vídeo e melhor artista US/Worldwide.

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"Como diriam os espanhóis, 'Estoy flipando, tío'", brincou Camila, em espanhol, ao receber o prêmio de melhor artista, entregue pelos atores Diego Luna e Michael Peña, da série de TV "Narcos: México".

"Este foi o melhor ano da minha vida", comemorou a cantora mais tarde, ao receber o título de música do ano por Havana, que gravou com o rapper Young Thug e também lhe rendeu o prêmio de vídeo do ano.

Este foi, de fato, um ano excepcional para a cantora. Havana alcançou o número 1 em vendas nos Estados Unidos, e o vídeo da música já teve mais de 1,3 bilhão de visualizações no Youtube.

Outro nome de destaque da noite foi a rapper americana Nicky Minaj, que levou os prêmios de melhor artista de hip hop e melhor look.

Entre outros premiados na cerimônia, apresentada pela atriz americana Hailee Steinfeld, estão Dua Lipa (melhor artista pop), Cardi B (artista revelação), Marshmello (melhor música eletrônica), Shawn Mendes (melhor atuação ao vivo) e Panic! At The Disco (melhor música alternativa).

- Em nome das mulheres 'maltratadas' -

A cantora americana Janet Jackson, há quatro décadas nos palcos, foi homenageada com o prêmio de ícone global, sucedendo artistas como U2, Queen, Whitney Houston e Eminem.

Em seu discurso, Janet disse que falava "por aquelas mulheres cujas vozes foram silenciadas".

"Sou uma dessas mulheres que foram amordaçadas, tanto literal quanto emocionalmente, mulheres que foram maltratadas, intimidadas, que viveram com medo. Estou com vocês, vocês são minhas irmãs", afirmou.

Criado em 1994, o MTV EMA é um dos grandes eventos organizados pela rede MTV, juntamente com o Video Music Awards (VMA), realizado anualmente nos Estados Unidos desde 1984.

Enquanto a chuva cai em Bauta, periferia de Havana, raios geram interferência na imagem da velha TV de tubo chinesa, da marca Panda. Mas pouco importa. Quando Paulinho chuta e faz o gol do Brasil, os moradores da cidade vibram de alegria.

A única vez que Cuba esteve em um Mundial de futebol foi em 1938. Por isso, a cada torneio o país escolhe por qual seleção vai torcer, mas isso não acontece nessa cidade em que em toda Copa o coração de seus 50 mil habitantes é verde e amarelo.

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As ruas da cidade são enfeitadas com bandeiras que proclamam "Ordem e Progresso" e os jogos são transmitidos no teatro do povoado. Quem não consegue entrada para assistir no telão, se reúne em casa com os amigos para acompanhar a Seleção canarinho.

O narrador esportivo da 'Tele Rebelde' deixa bem claro durante a transmissão do jogo: o Brasil é o país que mais torcedores tem em Cuba.

"Isso nasceu em 2006. Toda vez que o Brasil joga, pintamos tudo de verde e amerelo. Os rapazes pintam os cabelos. Os cubanos se identificam muito com os brasileiros, o samba, o ritmo, a raça. Somos cubanos, somos latinos, somos Brasil", afirma Alberto Izquierdo, um habitante de 65 anos.

Junto com outros vizinhos, Albertinho - como está escrito em sua camisa - convidou os brasileiros residentes em Havana para ver a partida contra a Sérvia em sua casa.

A torcida é embalada por gritos entusiasmados, música e muita dança.

"Estou muito emocionado. Fomos acolhidos de forma tão carinhosa. Me disseram que Bauta era a cidade mais brasileira de Cuba. Eu não conhecia. E vou voltar. Estou em casa. Eles nos trouxeram boa sorte. Ganhamos e jogamos bem", comenta o embaixador Antonio Alves Júnior, chefe da missão diplomática do Brasil em Cuba.

Um boneco de Ronaldinho Gaúcho foi colado em cima da TV para dar sorte.

- Do beisebol ao futebol -

O beisebol é o esporte nacional de Cuba, que também adora basquete e boxe. Mas o futebol foi aos poucos ganhando espaço e os cubanos passaram a torcer pelas grandes seleções. Alemanha e Argentina lideravam as preferências nos anos 1990.

Mas, com a globalização, a ilha comunista foi se adaptando. Atualmente a TV cubana transmite em sinal aberto e ao vivo as partidas da Liga Espanhola e da Bundesliga ou a Liga de Campeões.

É comum ver pelas ruas os cubanos usando camisas do Barcelona ou do Real Madrid, debatendo apaixonadamente as partidas nas praças.

Quando falam de futebol, parecem se sentir embaixadores da equipe para a qual torcem.

"Somos fãs do Brasil. Vamos ganhar. A Alemanha já se foi. É um a menos. Cuba inteira apoia o Brasil e estamos com eles", diz María Esther Ríos, de 55 anos, durante o intervalo da partida contra a Sérvia.

Junto com sua família, no teatro da cidade, agitam bandeiras, gritam e tocam vuvuzelas para comemorar o primeiro gol dos meninos de Tite.

O segundo tempo começa. A tentativa de pressão da Sérvia deixa os cubano/brasileiros nervosos.

Torcedores com camisas de Neymar, Paulinho ou Casemiro se espremem diante dos antigos televisores ou "bundudas", como as televisões são chamadas na ilha por causa de sua parte traseira.

Até que Thiago Silva marca o segundo gol para o Brasil. Partida decidida. O jogo acaba e a comemoração começa. Um grupo de cubanas usando camisas da seleção brasileira sobe em um Chevrolet conversível de 1957 e começa a tirar as selfies de praxe.

Atrás, um caminhão também dos anos 1950 completa a caravana lotado de torcedores.

Não há fogos de artifício, mas quando o motorista acelera, o velho motor providencia as explosões e a fumaça típicas que não atrapalham em nada o festejo de uma cidade que já se prepara para as oitavas de final.

A cantora italiana Laura Pausini se apresentou em Cuba pela primeira vez em sua carreira, nesta terça-feira (26), para um público de 250 mil de pessoas, mesmo embaixo de chuva.

O show, com entrada gratuita, ocorreu na Ciudad Deportiva de Havana, por convite do duo "Gente de Zona", que se apresentou antes de Pausini.

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A artista cantou os sucessos "La Solitudine" e "Non c'è" em espanhol, uma versão à capela de "Strani Amori" e um remix de "Nadie ha dicho".

"O meu sonho, nesses 25 anos de carreira, era cantar para os meus fãs em Cuba, um dos poucos países do mundo que eu nunca havia visitado. Para uma cantora, o melhor modo de 'agradecer' ao público é cantar ao vivo, olhar nos olhos e cantar as canções juntos", falou a italiana.

"Não me esquecerei nunca desse dia louco e bem concluído, depois de 24 horas sem dormir, mas com o coração cheio de amor. A música une, eu a amo", acrescentou. Dentre os espectadores, estava o novo presidente cubano, Miguel Díaz-Canel.

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Da Ansa

O governo cubano elevou neste sábado para 110 o número de mortos no acidente aéreo em Havana, e confirmou que três passageiras sobreviveram, segundo o ministro dos Transportes, Adel Yzquierdo.

Em coletiva de imprensa, Yzquierdo detalhou que o Boeing 737-200 que caiu pouco depois de decolar do aeroporto internacional da capital cubana transportava um total de 113 pessoas: 102 cubanos, seis tripulantes mexicanos e cinco passageiros estrangeiros: dois argentinos, um mexicano e dois saarauís.

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Do total de mortos, 55 eram homens e 55 eram mulheres. Cinco eram crianças. A Igreja do Nazareno de Mesoamérica confirmou que 20 de seus integrantes estavam no avião.

Uma das duas caixas-pretas do Boeing 737-200 com destino a Holguín (leste) que caiu por volta do meio-dia de sexta-feira, pouco depois da decolagem no aeroporto internacional da capital cubana, foi encontrada em "bom estado de conservação", segundo Yzquierdo.

A aeronave caiu sobre uma área de plantação e ficou despedaçada. Apenas três passageiras sobreviveram.

Uma das três sobreviventes está consciente, mas segue em estado crítico.

"As três foram oficialmente identificadas e suas famílias estão presentes. Elas têm ferimentos graves e correm risco de morte. Estão em estado crítico extremo devido à complexidade de seus ferimentos", declarou neste sábado o médico Carlos Martinez, diretor do hospital Calixto García.

As sobreviventes foram identificadas como as cubanas Mailen Díaz Almaguer, de 19 anos; Grettel Landrovell Font, de 23 anos; e Emiley Sanchez de la O, de 39.

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, esteve no hospital para saber sobre o estado de saúde das feridas, segundo a TV oficial.

O Dr. Martinez indicou que as sobreviventes foram submetidas a várias cirurgias, apresentam traumatismo craniano e múltiplas fraturas nos membros inferiores. Os boletins detalhados serão fornecidos apenas aos familiares.

Até o momento não se sabe o que provocou a queda pouco depois da decolagem, quando o avião fazia uma manobra para prosseguir sua trajetória.

"Uma comissão foi criada pelo ministério dos Transportes para investigar os fatos", afirmou na sexta-feira o novo presidente de Cuba, que prometeu informar os resultados à população.

Seu antecessor, Raúl Castro, 86 anos, apresentou instruções e enviou condolências aos parentes das vítimas. Ele continua sendo o primeiro secretário do Partido Comunista de Cuba (PCC).

A Direção Geral de Aeronáutica Civil do México enviou especialistas a Cuba para colaborar na investigação.

O avião operado pela estatal Cubana de Aviação era alugado da mexicana Damojh (Global Air), com uma modalidade que inclui a tripulação completa: geralmente dois pilotos, três aeromoças e um técnico.

Depois de expressar condolências às famílias e amigos dos falecidos, a Boeing afirmou em um comunicado que uma equipe técnica da empresa "está pronta para ajudar, segundo o que é permitido pela legislação dos Estados Unidos e sob a direção da Comissão Nacional de Segurança no Transporte dos EUA, às autoridades cubanas".

Fabricado em 1979, de acordo com o governo mexicano, o avião passou pela última revisão em novembro de 2017.

Sem uma lista oficial de passageiros, as dúvidas persistem sobre o número exato de estrangeiros que estavam a bordo do avião, além da tripulação mexicana.

Alguns meios de comunicação estatais informaram que a maioria dos passageiros eram cubanos. Até o momento, apenas o governo argentino confirmou as mortes de dois cidadãos do país na tragédia.

Nas redes sociais, as fotos das vítimas começaram a ser publicadas por parentes.

Lutando por suas vidas

No hospital Calixto García de Havana, as três mulheres sobreviventes lutam por suas vidas.

"No momento é um prognóstico reservado. O estado é de perigo", disse o médico Carlos Martínez, diretor do hospital.

Outra fonte médica afirmou à AFP que uma paciente precisou de oito cirurgias.

Em Havana e em Holguín (670 km ao leste da capital), as famílias das vítimas recebiam atendimento por parte das autoridades.

Os que não moram na capital serão levados para Havana para identificar os mortos.

Na Cidade do México, os parentes dos integrantes da tripulação também recebiam atendimento da Global Air.

O último acidente aéreo na ilha havia ocorrido em 29 de abril de 2017, quando um avião de transporte das Forças Armadas caiu com oito militares a bordo. O AN-26, de fabricação russa, bateu em uma montanha baixa, 90 Km a oeste de Havana.

Um avião da companhia aérea cubana Aerocaribbean caiu em 4 de novembro de 2010, com 68 pessoas a bordo, sendo 28 estrangeiros, quando fazia a rota entre Santiago de Cuba (leste) e Havana. Não houve sobreviventes.

Um Boeing 737 da empresa aérea Cubana caiu durante decolagem no Aeroporto Internacional Jose Marti, em Havana, nesta sexta-feira, 18, segundo informações da televisão estatal de Cuba. Informações indicam que 104 pessoas estariam a bordo, mas não há ainda confirmação oficial.

Uma grande bola de fogo era visível no local onde caiu a aeronave, nos arredores do aeroporto. Testemunhas relatam que os bombeiros estavam lutando contra o incêndio. Fonte: Associated Press.

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Em um avião acompanhada da filha de 2 anos, uma mulher grávida deu à luz na aeronave, de forma prematura, tendo que contar com a ajuda de um dos passageiros. Ela estava no voo AV255, da Avianca. O piloto teve que fazer um desvio, sair da rota que era entre Havana (Cuba) e Bogotá (Colômbia), e pousar em Cartagena, distante cerca de mil quilômetros da capital colombiana. O caso ocorreu no último domingo (18).

O Extra apurou que, por ter nascido de forma prematura, a bebê teve que ficar internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), no Hospital San José de Torices. O Instituto Colombiano de Bem-Estar Familiar (ICB) trabalha em conjunto com a Avianca e outras autoridades locais para localizar um intérprete que possa informar tudo o que está acontecendo com a mulher, que é angolana, com a sua filha de 2 anos e com a recém-nascida. Ainda não conseguiram contactar os parentes. A angolana vive em Cuba.

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"O Filme da Minha Vida", de Selton Mello, foi exibido nesta sexta-feira (8) no 39º Festival de Havana, uma mostra de cinema regional que homenageará este ano cineasta brasileiro Cacá Diegues.

Baseado no livro "Um pai de cinema", do chileno Antonio Skármeta, o filme de Selton Mello pôde ser visto durante a cerimônia de abertura do festival, no teatro Karl Marx.

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O festival, que continuará até o dia 18 de dezembro como o evento cultural mais importante de Cuba, prestará homenagens a Cacá Diegues, que aos 77 anos possui em seu currículo cerca de 15 produções cinematográficas, além de ser membro do movimento Cinema Novo.

"Tieta do Agreste", "Bye Bye Brasil" e "Ganga Zumba" estão entre seus filmes mais consagrados.

Esse é o quarto filme produzido por Selton Mello, mais conhecido por sua atuação em novelas e que, posteriormente, ingressou na carreira de diretor. A história tem como protagonista Tony Terranova, um jovem brasileiro que volta para sua cidade natal após se formar na universidade, onde acaba descobrindo que seu pai francês partiu e não voltará.

Uma série de acontecimentos levam o jovem a um desfecho surpreendente quanto ao paradeiro do seu pai e às verdadeiras razões para a sua partida.

O filme disputará com outros dezoito indicados o Prêmio Coral de longa-metragem, o principal do festival.

O diretor do festival, Iván Giroud, está "muito satisfeito com o nível (dos concorrentes)". No total, serão apresentadas 94 produções cinematográficas, incluindo longas e curta-metragens, musicais, documentários e desenhos animados.

Aproveitando sua fama na internet como rainha dos memes e a repercussão da sua participação no vídeo de Swish Swish, de Katy Perry, Gretchen agora lançou sua mais nova música, que se trata de uma versão de ‘Havana’, canção da cantora cubana Camila Cabello. No single, a brasileira, famosa por hits como ‘Conga La Conga’, aparece cantando em português no ritmo da canção original e mantendo os versos em inglês do rapper Young Thug.

Para o lançamento, foi produzida até mesmo uma capa para a divulgação da música, semelhante à original. Nela, Gretchen aparece com uma das camisetas da sua coleção e com uma taça na mão. Nos comentários do vídeo da ‘Havana’ da rainha do bumbum, os internautas parecem ter aprovado. “Um hino desses tem que ser descoberto pela população brasileira”, escreveu um. “Dona dos memes cantando música da fada cubana, amei”, disse outro. 

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O single faz parte do novo CD que Gretchen pretende lançar. Em um vídeo publicado nas suas redes sociais, a cantora afirmou que um sucesso de Ivete Sangalo e uma versão de Swish Swish também estarão no álbum, que está sendo produzido por um estúdio no Recife. Enquanto as demais não chegam, confira a versão em português de Havana:

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