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O diretor da Red Bull, Helmut Marko, deu no final de semana uma sugestão curiosa para a equipe durante entrevista para o canal de TV austríaco ORF. Com o calendário da Fórmula 1 parado pela pandemia do novo coronavírus, o dirigente sugeriu que a escuderia reúna os pilotos e permita que todos se contaminem com a doença para adquirirem anticorpos para o restante da temporada.

Marko citou que o ideal seria montar uma espécie de centro de treinamento, onde os pilotos da Red Bull e da outra escuderia da empresa, a AlphaTauri, pudessem seguir um cronograma de atividades. "Essa proposta seria a oportunidade ideal para se infectar. Todos eles são jovens homens, com ótima saúde. Dessa forma estariam preparados para o início da temporada, que será bem complicada", disse.

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A Red Bull tem como pilotos o holandês Max Verstappen e o tailandês Alex Albon. Na AlphaTauri, os representantes são o francês Pierre Gasly e o russo Daniil Kvyat. A escuderia conta ainda com um time de pilotos de testes, entre eles o brasileiro Sérgio Sette Câmara. A temporada de 2020 da Fórmula 1 teve oito corridas afetadas pela pandemia e só deve começar em junho.

Marko afirmou que a sua sugestão não foi bem recebida nas conversas dentro da equipe, porém insiste que a ideia seria a melhor solução para aprimorar de forma coletiva a parte física em vez de os pilotos ficarem parados em casa. "Não tem a possibilidade de melhorar a preparação física durante a temporada. Então, a época ideal para ter uma preparação é agora", comentou.

Consultor da Red Bull, Helmut Marko reconheceu que a equipe não deverá ter condições em 2016 de desafiar Mercedes e Ferrari por contar com um motor - fornecido pela Renault - menos competitivo do que os principais da Fórmula 1, mas acredita que será possível dar um passo além, em comparação ao último ano, e terminar o Mundial de Construtores na terceira colocação. A confiança do consultor se dá pela evolução que o motor poderá ter ao longo da temporada.

"Parece que as coisas com o desenvolvimento do motor estão indo na direção certa", afirmou. "Na primeira metade da temporada, vejo a Mercedes com dobradinhas, desde que eles não tenham quebras, então vejo a Ferrari e uma luta apertada entre Williams, Force India, Toro Rosso e Red Bull atrás deles. Da metade em diante, a situação do nosso motor deve melhorar, e isso me faz acreditar que o terceiro lugar é viável", completou.

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Em 2015, as reclamações da Red Bull sobre o rendimento dos motores da Renault se tornaram públicas, com a equipe buscando novas opções no mercado e até chegando a ameaçar deixar a Fórmula 1. Depois, porém, a equipe renovou o seu acordo com a montadora a italiana.

Já a Toro Rosso, a sua equipe parceira, passará a utilizar motores da Ferrari. E Marko foi mais um especialista a apontar que a Red Bull deverá ser superada pelos carros da Toro Rosso nas primeiras provas de 2016. "Eu posso imaginar que eles vão ficar na frente da Red Bull no início da temporada, provavelmente até a metade", avaliou.

No último ano, a Red Bull terminou o Mundial de Construtores na quarta posição, com 187 pontos, enquanto a Toro Rosso ficou em sétimo lugar, com 67. A temporada 2016 da Fórmula 1 será aberta em 20 de março, com a realização do GP da Austrália.

A Red Bull garante que não se trata de um blefe a declaração de que pretende deixar a Fórmula 1 junto com a Toro Rosso se não tiver condições de ser competitiva e fez um alerta às outras equipes e aos acionistas da principal categoria do automobilismo mundial ao declarar que eles ainda não compreenderam os efeitos que tal decisão pode ter.

"Todos sabem, mas acho que nem todas as pessoas reconhecem o impacto que isso teria", afirmou Helmut Marko, conselheiro da Red Bull, em entrevista ao site oficial da Fórmula 1, garantindo que a intenção é mesmo deixar as pistas se uma solução não for encontrada.

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Campeã em quatro temporadas consecutivas, entre 2010 e 2013, a Red Bull virou coadjuvante a partir do ano passado e decidiu encerrar o seu contrato com a Renault para o fornecimento de motores ao término de 2015 em razão da falta de competitividade.

Diante desse cenário, a equipe passou a procurar um novo fornecedor de motor, mas esbarrou na recusa da Mercedes, que prefere não auxiliar uma equipe concorrente. Com poucas opções, Marko não acredita que fabricantes hoje fora da Fórmula 1, como Audi e Volkswagen, sejam opções viáveis.

"Eu não acho que eles têm um conceito pronto de motor em suas gavetas. Sim, os rumores existem, e, é claro que seria ótimo se um outro fabricante de motores aderisse. Mas agora isso é apenas uma previsão", afirmou.

O consultor, inclusive, evitou fazer uma previsão sobre o futuro da equipe e da parceira Toro Rosso na Fórmula 1, destacando que o dono da Red Bull, Dietrich Mateschitz, vai fechá-la ao término da temporada 2015.

"Eu só posso olhar para o próximo ano: se não tivermos um motor competitivo, não há futuro na Fórmula 1 para a Red Bull. A cortina pode baixar depois de Abu Dabi. Essa é a opinião do senhor Mateschitz. Ele sabe que custa a mesma quantidade de dinheiro correr na frente ou, como estamos fazendo agora, no meio do pelotão, e ele não está disposto a fazer isso por mais uma temporada", comentou.

Após 13 das 19 provas do campeonato, a Red Bull ocupa a quarta colocação no Mundial de Construtores, com 139 pontos, enquanto a Toro Rosso está na sétima posição.

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