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O apresentador André Estanislau, que apresenta o programa Cidade Alerta, na TV Guararapes, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, na noite da última segunda-feira (8). De acordo com informações do Blog Gabriel Diniz, ele apresentou um quadro de dores de cabeça e de estômago. Ele foi levado a um hospital no Recife e segue internado. 

Segundo informações de jornalistas próximos à família de Estanislau, ele está consciente, conversando, e com a pressão arterial controlada, mas seu quadro de saúde ainda requer cuidados.  

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou pela primeira vez um relatório que detalha o impacto global da hipertensão arterial, com dados sobre a incidência da doença em cada país. De acordo com o estudo, um a cada três adultos em todo o mundo sofre de pressão alta e o Brasil está acima da média, com 50,7 milhões de hipertensos entre 30 e 79 anos (ou seja, 45% da população) .

A OMS chamou a doença de "assassina silenciosa" e seu impacto de "devastador". Isso porque a hipertensão geralmente não provoca sintomas - motivo pelo qual há uma baixa adesão da população ao tratamento -, mas pode levar à morte ao provocar acidente vascular cerebral (AVC), ataque cardíaco, danos renais, entre outros problemas graves de saúde.

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Sem tratamento

Quatro em cada cinco pessoas com hipertensão não são tratadas corretamente em todo o mundo, aponta a pesquisa internacional. Mas, se os países aumentarem a cobertura do tratamento, aproximadamente 76 milhões de mortes, 120 milhões de AVCs, 17 milhões de casos de insuficiência cardíaca e 79 milhões de ataques cardíacos podem ser evitados até 2050, diz a OMS, cobrando a atenção dos governos.

No Brasil, o levantamento mostra que a probabilidade de uma pessoa com hipertensão morrer precocemente é de 15%. Em 2019, ano em que os dados da pesquisa foram coletados, 381 mil morreram por doenças cardiovasculares e 54% deles tinham quadros de pressão alta.

A expectativa da OMS é de que 365 mil vidas sejam poupadas até 2040 se o País ultrapassar a marca de 40% dos casos de hipertensão controlados; hoje, apenas 33% têm a doença sob controle.

Estilo de vida

O relatório mostra que o número de indivíduos que vivem com hipertensão (quando a pressão arterial é igual ou superior a 140/90 mmHg ou há uso de medicamentos para hipertensão) duplicou entre 1990 e 2019, passando de 650 milhões para 1,3 bilhão. Além disso, atualmente quase metade das pessoas com pressão alta em todo o mundo desconhece sua condição.

De acordo com a OMS, a idade avançada e a genética podem aumentar o risco de desenvolvimento da doença, mas fatores de risco modificáveis, como uma dieta rica em sal, falta de exercícios físicos e consumo elevado de álcool, também favorecem o surgimento da hipertensão. Para a cardiologista Lucélia Magalhães, presidente do departamento de hipertensão da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o consumo exagerado de sal é o maior culpado pela alta incidência de hipertensão entre a população local. "Consumimos quase duas vezes mais que o recomendado. Temos uma cultura de comida salgada", afirma.

Para ter ideia, a recomendação atual da OMS é que o consumo máximo de sal seja de 5 gramas ao dia (o que dá algo em torno de 2 gramas de sódio, principal mineral presente no ingrediente). E há dados apontando que o brasileiro ingere cerca de 12 gramas de sal. A questão é que, quando há excesso de sódio na circulação, o organismo começa a reter mais líquido no interior dos vasos - e isso eleva a pressão.

Soluções

"Precisamos de uma política de saúde focada primeiramente na diminuição da ingestão de sal e, depois, no controle da obesidade", afirma a médica. Para isso, seria preciso uma campanha focada na atenção primária, com uma equipe multiprofissional que inclua desde o nutricionista e o educador físico, promovendo mudanças no estilo de vida, até o médico, que deve receitar o tratamento para quem já vive com a condição.

Também a favor de uma campanha centrada na atenção primária, a OMS diz que a prevenção, a detecção precoce e a gestão eficaz da hipertensão estão entre as intervenções com melhor relação custo-eficácia nos cuidados de saúde. Por isso, "devem ser priorizadas pelos países como parte do seu pacote nacional de benefícios de saúde".

Estudos anteriores mostraram que, além dos benefícios para a saúde das pessoas, há vantagens econômicas em investir nos cuidados de base: a cada unidade de moeda gasta na prevenção da hipertensão, é possível economizar 18 no tratamento de casos graves, quando o paciente chega ao hospital com AVC ou enfarte.

"A hipertensão pode ser controlada eficazmente com regimes de medicação simples e de baixo custo e, no entanto, apenas uma em cada cinco pessoas com hipertensão a controlou", afirma Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

"Tratar a hipertensão por meio de cuidados de saúde primários salvará vidas, ao mesmo tempo que poupará milhões de dólares por ano", diz Michael R. Bloomberg, embaixador global da OMS de Doenças e Lesões Não Transmissíveis.

Por que tratamos tão pouco?

Segundo Lucélia, a baixa adesão ao tratamento da hipertensão acontece porque, na maioria dos casos, não há sintomas físicos até que o caso se torne grave, levando o paciente a um hospital. Além disso, há pouca visibilidade sobre os ganhos reais que a redução do sal, do peso e do álcool podem trazer à saúde no longo prazo.

Sem sintomas aparentes e imersas em uma cultura de consumo de alimentos e bebidas que não são saudáveis, as pessoas não procuram um médico para fazer exames de rotina ou até normalizam a pressão alta, não dando a atenção necessária aos riscos que traz. "É por isso que precisamos de uma campanha com foco na educação e no acompanhamento constante", diz ela.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Pesquisadores do Reino Unido acabam de publicar uma extensa revisão sobre exercícios físicos e o controle da pressão arterial no British Journal of Sports Medicine. Eles compilaram nada menos do que 270 estudos realizados entre 1990 e 2023 sobre o assunto. Depois de fazer um pente-fino nesse material, os cientistas concluíram que os exercícios isométricos - aqueles que envolvem ficar parado contraindo os músculos - são os que mais derrubam a pressão.

Segundo Renato Pelaquim, diretor executivo do Departamento de Educação Física da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), o achado não é exatamente uma novidade, porque já existiam indícios dos benefícios do treino isométrico no controle da pressão. "O que acontece é que os estudos estão cada vez mais robustos, como essa revisão", analisa. Mas é preciso ter alguns cuidados antes de dar início a um treino com exercícios estáticos, que parecem mais simples do que realmente são.

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Vale lembrar que a Diretriz Brasileira de Reabilitação Cardiovascular, de 2020, já citava o handgrip, feito de três a cinco vezes por semana, durante 12 minutos, como estratégia para redução da pressão arterial. Nesse exercício, o indivíduo aperta uma espécie de aparelho formado por duas hastes - a ideia é forçar dedos, mãos e antebraços. Agora, nesse trabalho recente, um movimento que se destacou foi o agachamento isométrico. Em resumo, ele envolve encostar a coluna na parede e flexionar as pernas, como se estivesse sentado em uma cadeira imaginária.

Depois de ajustar diversos dados, os autores ingleses perceberam que investir nos movimentos isométricos fez a pressão sistólica cair 8.24 mmHg e a diastólica, 4 mmHg. Enquanto a primeira tem a ver com a saída do sangue do coração para o resto do corpo, a segunda ocorre quando o órgão relaxa. Segundo Pelaquim, esse resultado é similar ao obtido com o uso de medicamentos.

Por que exercícios isométricos mexem tanto com a pressão

O especialista da Socesp informa que, no exercício isométrico, os músculos ficam contraídos por muito tempo - na pesquisa, eram cerca de dois a três minutos, chegando a até quatro minutos. Isso gera o que se chama de estresse de atrito. "Significa que tem sangue batendo na parede do vaso sanguíneo, sobretudo nas artérias. E quanto maior esse atrito, maior a liberação de substâncias que relaxam os vasos, causando uma dilatação", descreve. Daí porque há queda na pressão. Esse efeito também acontece no treino aeróbico e resistido, mas não na mesma magnitude.

Mas Pelaquim faz uma ponderação: os estudos costumam acompanhar os efeitos pós-treino, ou seja, quando os indivíduos já estão em repouso. "E precisamos ter um grande cuidado durante a atividade", nota. Isso porque no momento da realização do exercício, as duas medidas de pressão (mas especialmente a diastólica) tendem a subir demais - e isso não é muito positivo para quem já convive com algum fator de risco. Se o sangue chegar com muita pressão no coração de um indivíduo que já tem artérias mais doentes, sobe o risco de ele enfrentar algum evento cardiovascular.

Sendo assim, a recomendação é que pessoas que apresentem qualquer fator de risco cardíaco - principalmente hipertensão - contem com acompanhamento próximo durante o treino, e tenham a pressão avaliada antes de começar os exercícios. Caso os índices se mostrem um pouco desajustados, Pelaquim comenta que o ideal é apostar em estratégias mais conservadoras - e não em um treino isométrico de cara, por exemplo, que exige bastante do corpo. "Com as taxas controladas, aí, sim, dá para considerar opções mais intensas", pondera.

Como incluir exercícios isométricos na rotina de treino

De acordo com o especialista da Socesp, é difícil pensar em uma hora de treino focada apenas em movimentos isométricos - ainda mais se a pessoa não tiver um bom preparo físico. Além de difícil, Pelaquim comenta que esse estilo de atividade não é tão motivador. Porém, como o estudo indica, é uma ferramenta interessante para quem precisa controlar a pressão.

De olho nisso, a dica dele é mesclar modalidades diferentes, em vez de se concentrar em um tipo só - dá para incluir um treino aeróbico, de resistência e até o intervalado de alta intensidade (conhecido como HIIT). Na hora do isométrico, também não é preciso seguir à risca o recado e ficar completamente parado. Dá para adaptar e progredir aos poucos. "Uma possibilidade é diminuir a velocidade de execução de certos exercícios", exemplifica Pelaquim.

"De qualquer forma, no início, essa não seria a minha primeira escolha para indicar a alguém com pressão alta (exercícios isométricos). Eu começaria com opções mais conservadoras e, aos poucos, iria evoluindo", opina. "Mas certamente é uma estratégia a mais, que vem para enriquecer".

Atividades clássicas também fazem diferença

No ranking de modalidades mais potentes no controle da pressão, os exercícios estáticos são seguidos por:

- Treino combinado (aeróbico e resistência).

- Treino de resistência dinâmico (baseado em agachamentos, flexões, uso de pesos, etc).

- Exercícios aeróbicos (como correr).

- HIIT (treino com sessões curtas de alta intensidade intercaladas com rápida recuperação).

Embora os exercícios estáticos tenham despontado como aqueles que mais impactam na pressão arterial, a verdade é que o importante mesmo é se mexer. Os autores da revisão afirmam que, nesse sentido, todas as escolhas são eficazes.

Hoje (17) é comemorado o Dia Mundial da Hipertensão Arterial. A hipertensão arterial (pressão alta) é a doença com principal fator de risco para as doenças cardiovasculares e incidência no mundo. Ela acomete cerca de 24,5% da população adulta brasileira e o número de adultos com o diagnóstico médico aumentou 3,7% em 15 anos no país, segundo dados do Ministério da Saúde. 

A pressão alta é uma condição crônica com vários fatores de risco - genéticos e comportamentais – e ocorre quando a média da pressão sanguínea nas artérias se mantém igual ou acima de 140 por 90 mmHg. O normal é considerado 120 por 80 mmHg. Especialistas apontam que mais de 50% da população masculina, nos próximos anos, terá hipertensão. Entre os fatores para a alta incidência está o fato de ela quase não apresentar sintomas. Quando eles se manifestam, os mais comuns são: dores de cabeça, dor na nuca, tontura leve e rubor facial (vermelhidão). Depois que o corpo se acostuma com a pressão alta, eles desaparecem. Porém, a pessoa começa a ter lesões em órgãos-alvo e corre o risco de complicações mais graves, como o AVC. 

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A pressão alta não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada com hábitos saudáveis e medicação. Somente o médico poderá determinar o melhor método para cada paciente. Além dos medicamentos disponíveis atualmente, é recomendado adotar um estilo de vida saudável. A prevenção é o melhor remédio. Pessoas a partir de 20 anos de idade devem ter pressão alta ao menos uma vez por ano. No caso de histórico familiar, deve-se medir, no mínimo, duas vezes nesse período. Para controlar a pressão alta, confira oito dicas a seguir: 

Manter o peso adequado com hábitos alimentares saudáveis; 

Não abusar do sal, utilizando outros temperos naturais, não industrializados; 

Não consumir alimentos super processados e embutidos; 

Praticar atividade física regularmente (de preferência, cinco vezes por semana); 

Abandonar o fumo; 

Moderar o consumo de álcool; 

Evitar alimentos gordurosos; 

Controlar a glicemia e a diabetes – se houver diagnóstico. 

Muitas pessoas são diagnosticadas tardiamente com doenças graves, atrasando o tratamento adequado. Por isso,  especialistas apontam como é importante ressaltar a realização de exames e dos check-ups, que podem diagnosticar precocemente doenças em seu estágio inicial.

De acordo com os médicos, existem alguns fatores que determinam quais são os exames necessários para cada indivíduo, como gênero e idade. E neste Dia Mundial da Saúde, celebrado nesta quinta-feira (7), o LeiaJá entrevistou o clínico geral e professor do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro (UNISA), Dr. Ronald Pallotta, para esclarecer sobre esses exames. Segundo o clínico geral, o check-up consiste na busca por saúde e deve ser feita de forma individualizada.

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  Exames 

De acordo com o médico, os principais exames a serem feitos pelas mulheres adultas periodicamente (exceto as idosas) são: mamografia, ultrassonografia de mama e o papanicolau (exame preventivo de colo de útero). Já para os homens adultos (exceto idosos) é importante o toque retal, para a avaliação da próstata. No entanto, há exames que são importantes tanto para homens quanto para mulheres. São eles: os de colesterol, tiglicérides, da função renal, do fígado, além do exame parasitológico de fezes e o hemograma que são os convencionalmente pedidos. 

Para pessoas com antecedentes de hipertensão, exames como eletrocardiograma e ecocardiograma, podem ser solicitados. Em caso de obesidade é importante a glicemia em jejum, exames sorológicos para analisar o perfil de imunidade e ultrasson de doppler. O médico alerta que os exames devem ser relacionados pelo especialista que acompanha o paciente. "Quando falamos em avaliação pela saúde, devemos lembrar que ele tem que passar pelo um médico previamente para escolher o melhor painel a ser investigado". 

Vacinação em dia 

Além disso, Dr. Ronald faz importante ressalva sobre a atualização da carteira vacinal. "Vale a pena frisar, que o clínico que vai avaliar deverá ver como está a carteira vacinal. Se necessário for, solicitar exames sorológicos, para ver o perfil de imunidade. Então veja que tem que individualizar a idade, o perfil da pessoa, para que possamos solicitar o exame adequado para aquele indivíduo ter saúde. Ou seja individualizar o check-up", explicou.

Cinco organizações realizam, até o dia 22, uma ação no Largo da Batata, zona oeste de São Paulo, para alertar sobre a Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP).

Batizada de 'A vida merece um fôlego', a iniciativa é promovida em parceria entre a farmacêutica Janssen, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Casa Hunter e Associação Brasileira de Apoio à Família com Hipertensão Pulmonar e doenças correlatas (Abraf).

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Para atrair os olhares da população que passa pelo local, foram distribuídas cinco mil borboletas de origami coloridas, para representar pacientes diagnosticados com a doença. A borboleta foi escolhida para simbolizá-los porque o formato de seu corpo lembra o de um pulmão.

De acordo com a SBPT, mais de dois milhões de brasileiros convivem com hipertensão pulmonar, dos quais 100 mil têm hipertensão arterial pulmonar.

A HAP é classificada como uma síndrome. Como é uma doença progressiva, pode se agravar com o tempo e levar à insuficiência cardíaca ou mesmo à morte.

A HAP ocorre quando há um aumento na pressão das artérias dos pulmões, o que leva a falhas de funcionamento do coração e à dificuldade de realizar exercícios físicos.

Sintomas

Os  principais  sintomas  são  encurtamento  gradual  da respiração, que pode piorar com a prática de exercícios, dor  ou  desconforto no  peito,  cansaço,  inchaço  nas  pernas,  tosse  persistente,  palpitações, tom  azulado  da  pele  (principalmente nas mãos, pés e face), tontura e desmaios.

Conforme a SBPT, há, no Brasil, uma população particular de hipertensão arterial pulmonar, com a doença associada à esquistossomose. A doença é mais comum no Nordeste, segundo a entidade.

A farmacêutica Janssen explica que quem é acometido pela doença demora, em média, dois anos para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento. A intervenção na praça, portanto, tem por meta conscientizar os transeuntes sobre o assunto. 

No local, foi instalado um QRCode para ser ativado por smartphones, que direciona os usuários para o site. O portal reúne histórias de superação dos pacientes e informações sobre a doença, diagnóstico e tratamento.

Com várias comorbidades e integrando o grupo de risco, Maria da Mata Mussi, de 94 anos, conseguiu surpreender até os médicos e vencer a Covid-19. A mulher, que mora em Nova Granada, São Paulo, diz que nem sabia que estava com a doença. "Quando os médicos me falaram só pedi a Deus porque tenho muita fé. Agora estou em casa e bem", revela.

Por estar sentindo alguns sintomas da Covid-19, os familiares fizeram um teste rápido em Maria no dia 14 de abril, que deu negativo. Com a insistência dos sintomas e bastante falta de ar, a idosa foi levada para fazer um outro exame no dia 28 de abril, que deu positivo. O medo da família era que a matriarca não resistisse, já que faz tratamento contra um câncer de pele, é diabética, tem hipertensão e um marcapasso.

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"Os médicos chegaram a dizer que não sabiam se ela se curaria, já que ela tem várias comorbidades", revela a neta Maria Eleodoro, 27 anos, à Folha de São Paulo. A idosa não apresentou a forma mais grave da doença e, por conta disso, não precisou ficar na UTI ou ser entubada, apenas a colocaram no oxigênio por conta da falta de ar.

Os familiares que tiveram contato com ela também fizeram o exame para saber se haviam se infectado, mas os testes deram negativo. Ainda não se sabe como a idosa foi contaminada, já que ela está há quatro meses cuidando do câncer na casa de sua filha, que mora na capital paulista.

Após ficar internada por 10 dias, uma idosa de 70 anos, que sofre de asma e hipertensão, foi curada do novo coronavírus. A alta foi recebida nessa terça-feira (14), no Hospital Evangélico, localizado em Vila Velha, no Espírito Santo.

Dos dias que a paciente Laucilia Sartório permaneceu em tratamento na unidade de saúde, nove foram na UTI. Ela foi a primeira curada dos cinco contaminados que ainda estão no hospital.

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“Tenho muita fé, muita gratidão a Deus, porque na minha idade, 70 anos, e o problema respiratório e de pressão alta que eu tenho, vencer uma dessa é uma grande vitória”, agradeceu enquanto deixava o hospital sob aplausos dos profissionais de saúde e familiares de outros pacientes.

Todos seus quatro filhos estão com leves sintomas, mesmo assim não precisaram ser internados. “Febre, tosse, dor de cabeça, dor no corpo, às vezes o pulmão fica comprimindo e falta o ar, diarreia, a gente perde o olfato e o paladar. A medida que a gente vai sendo curado vai desaparecendo uns sintomas e aparecendo outros sintomas”, contou a filha Alexandra Sartório ao descrever sua experiência com a doença.

Segundo o Ministério da Saúde, o Espírito Santo já registrou 557 casos confirmados e 18 mortes em decorrência da pandemia. A Secretaria Estadual de Saúde estima que 92 pessoas estão internadas, 86 já foram curadas e 361 seguem em isolamento domiciliar.

A letalidade do coronavírus no Brasil está em torno de 5%. Mas Fernando Bacal, diretor científico da Sociedade Brasileira de Cardiologia, destaca que o novo coronavírus mata não apenas por pneumonia, como muitos pensam. A doença covid-19 pode levar a enfarte, miocardite, trombose e a acidente vascular cerebral.

Além disso, não está claro qual será o futuro quadro de sequelas dos que sobreviverem da doença. Por isso, valem medidas de isolamento social e uso de máscaras.

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Os primeiros estudos mostram que pessoas com problemas cardíacos e circulatórios têm sido vítimas graves da infecção pulmonar pelo Sars-Cov2. Há registro da qualidade de vida daqueles que conseguem sobreviver ao ciclo da doença?

Os dados iniciais são decorrentes dos estudos publicados pela China em grandes revistas, como a The New England Journal of Medicine, com uma casuística de um mês atrás. Foram feitos com mais ou menos 1,1 mil pacientes e mostraram que os com comorbidades, como hipertensão, diabete, doença coronariana e doença ateroesclerótica, tinham mais chances de sofrer complicações com a covid-19, com eventos desfavoráveis. Esses dados precisam ser mais bem refinados porque a gente não tem os detalhes claros. Mas chama a nossa atenção que até hipertensão entrou nesse rol. E hipertensão grande parte da população tem. Falta ver se é hipertensão severa, ou não controlada. Esses dados ainda faltam. Sobre os pacientes convalescentes, ainda não temos os dados. E a gente vê que existem complicações cardiovasculares decorrentes da infecção pela covid-19: os pacientes podem ter miocardite, pericardite e arritmias, além de eventos trombóticos, incluindo enfarte e acidente vascular cerebral. Os dados ainda não estão claros. Mas principalmente o pulmão, disparadamente, é o problema maior, porque esse vírus tem uma ação grande no pulmão. Então, o que causa todo esse quadro geral são as internações por pneumonia e insuficiência respiratória. Os pacientes precisam ser assistidos com ventilação mecânica. Mas há uma quantidade pequena, 5% ou 10%, desses pacientes que pode precisar da ventilação.

E sobre as sequelas?

Sabemos, pelos dados, que alguns pacientes evoluíram com fibroses no pulmão. Isso já aconteceu em outras viroses, na Sars e na Mers. No coração, saber quantas dessas miocardites ficaram com sequelas a gente só saberá com o tempo, com exames que vão mostrar futuramente, a partir de ressonância magnética e análises mais acuradas. O mesmo vale para pacientes que precisaram receber ECMO, que é o aparelho de suporte de vida para os pacientes que evoluem com deficiência respiratória grave e choque. Ainda não temos esses dados.

A realidade do Brasil - o clima, a existência do Sistema Único de Saúde (SUS), enfim, as características do nosso País - pode mexer nessa taxa?

Então, a gente sempre fala que nenhum sistema de saúde está preparado para uma pandemia. Mas o Brasil tem de favorável alguns pontos, como a temperatura, neste período do ano. No momento, esses dados ainda precisam ser checados. Mas temos outros pontos também. Primeiro, que nós conseguimos nos preparar. Hoje você consegue ver com antecedência de 15, 20 dias, um mês, o que está acontecendo nos outros locais. E, com isso, tentar fazer uma previsão. Isso não aconteceu na Itália, por exemplo. Eles foram pegos de surpresa, com um sistema de saúde não preparado e com um volume grande de pacientes que vão ao hospital. Outra coisa: a gente costuma ver que eles vão ao hospital e demoram a sair. Parte deles fica internada e parte vai para a UTI, onde também demora até 15 dias, entubada, um tempo muito longo. Duas semanas é um tempo longo. Há uma quantidade pequena que sai com alta, mas muitos pacientes estão chegando. Então, no Brasil, conseguimos prever isso.

E teve o isolamento, iniciado em março.

Sim. E conseguimos colocar precocemente o isolamento social, que ajudou. E preparamos os hospitais para receber essa demanda. Inicialmente os hospitais privados, porque eram os pacientes que vinham do exterior contaminados pelo coronavírus e que transmitiram a doença. Agora a doença já chegou ao sistema público. E hoje temos hospitais exclusivos para tratar disso, contratando pessoal. Mas numa pandemia sempre é difícil ter total controle. Se a gente tiver menos casos infectados e conseguir bloquear ou achatar a curva, como querem os médicos e epidemiologistas, teremos uma previsibilidade dos pacientes que chegam ao hospital e, então, conseguiremos dar assistência a todo mundo que procura uma unidade hospitalar.

Voltando ao vírus, ele ataca pulmão, mas ataca também o sistema circulatório, age direto nos vasos? Ele tem ação também fora dos pulmões?

Tem sim:nos vasos e no coração. Parece que ele atua via alguns receptores. É assim que o vírus entra na célula. Ele infecta por receptores. Esses receptores são distribuídos em várias partes do corpo, no pulmão, no coração, e também nos vasos sanguíneos.

E quanto tempo será necessário para termos a vacina? Teremos para esta epidemia?

Acho que não teremos. Se fosse observar o tempo certo para uma vacina, precisaríamos de um ano. Acho que vão encurtar esse tempo. Mas, para esta epidemia, não teremos.

Na Ásia, é comum vermos todo mundo com máscaras. Por que aqui não? Não é eficiente?

É eficiente. Os estudos estão mostrando que isso inibe, diminui o contágio. Você se protege e protege o outro. Mas a máscara tem de ser bem manipulada. Não adianta você estar com a máscara e botar a mão nela. Quando você usa a máscara, você se protege, mas também pode contaminá-la. Para os países asiáticos, isso é rotina. Todo mundo usa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 Segundo dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, 388 pessoas morrem diariamente em decorrência da hipertensão ou causas relacionadas. A doença acomete 24,7% da população brasileira, mas, entre aqueles que ainda não chegaram aos 70 anos, ela pode ser evitada em 37% dos casos. É neste contexto que a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), aproveitando o mote do Dia Coração- no dia 29 de setembro-, inicia uma campanha de medições gratuitas de pressão arterial, entre os dias 23 e 27 de setembro. Ao todo, mais de mil estabelecimentos participarão da ação.

Os serviços clínicos nas drogarias são amparados pela Lei Federal n° 13.021/2014 e regulamentados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Atualmente, mais de 2,9 mil farmácias em 350 municípios oferecem atendimentos clínicos. Nos próximos meses, outras ações voltadas para revisão de medicação, diabetes e uma campanha de prevenção de câncer de pele estão programadas para acontecer.

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Qual a quantidade de café que pode ser tomada por dia por quem tem predisposição a ter pressão alta e que não vai ser prejudicial? Uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP) com 533 pessoas da cidade de São Paulo apontou que mais de três xícaras, das de 50 ml, podem aumentar em até quatro vezes a possibilidade de o problema se manifestar. Tomar até três xícaras, no entanto, traz benefícios e ajuda a evitar doenças cardiovasculares.

Pós-doutoranda no Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP (FSP-USP), a nutricionista Andreia Machado Miranda, principal autora do estudo, disse que os hábitos do indivíduo e a predisposição genética, isoladamente, já são fatores de risco conhecidos para a pressão arterial, mas ela e a equipe de pesquisadores se debruçaram nos impactos do consumo excessivo de café por pessoas saudáveis, mas com predisposição genética a ter hipertensão.

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Para isso, utilizaram como base o Inquérito de Saúde do Município de São Paulo (ISA-Capital 2008), que foi realizado com 3 mil pessoas. "É um estudo muito completo com dados de estilo de vida, coleta de sangue e de DNA, informações bioquímicas e aferição da pressão arterial. Definimos como pressão arterial normal valores abaixo de 140 por 90 milímetros de mercúrio (mmHg). Acima disso, era considerado pressão alta", explica a pesquisadora.

O grupo desenvolveu escores genéticos de risco e analisou o consumo de café dos participantes (menos de uma xícara, entre uma e três xícaras, e mais de três xícaras), além da pressão arterial deles.

"O consumo médio foi de duas xícaras e meia de café por dia. Nenhum dos participantes relatou o consumo de café descafeinado e quatro indivíduos falaram que consomem café expresso. O café é complexo. Ele é constituído por mais de 2 mil compostos químicos, entre eles, a cafeína, que aumenta os níveis da pressão arterial."

A pesquisa mostrou que o grupo que tinha a pontuação mais elevada no escore genético e que bebia mais de três xícaras de café, a possibilidade de ter pressão alta era quatro vezes maior do que de quem não tinha a predisposição.

"Como a maior parte da população não sabe se tem a predisposição, porque são dados de exames que não são habitualmente feitos, a pesquisa pode ajudar toda a população a saber qual o consumo adequado que deve ser feito de café", diz Andreia, que já realizou estudos sobre os efeitos do consumo da bebida.

Efeito protetor

"Em todos os nossos estudos, constatamos o efeito protetor para a parte cardiovascular. O café é rico em polifenóis, compostos bioativos que têm ação no organismo e só existem nos alimentos de origem vegetal. O organismo não produz. Diversos estudos têm mostrado uma contribuição na redução de doenças crônicas, como a cardiovascular. Por causa do poder antioxidante, melhora a vasodilatação e permite que a pressão arterial não aumente."

Outro estudo realizado por Andreia apontou que o consumo de uma a três xícaras por dia traz benefícios para a saúde cardiovascular, como a regulação de um aminoácido chamado homocisteína, que está relacionado com episódios de enfarte e acidente vascular cerebral (AVC).

A pesquisa, apoiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi publicada na revista Clinical Nutrition.

O próximo passo do estudo é verificar o impacto do consumo de café em pacientes que já têm doenças cardiovasculares. "Agora, vamos identificar os efeitos nos pacientes que já sofreram um episódio de enfarte agudo do miocárdio ou angina instável e qual vai ser o impacto na sobrevida desses pacientes", disse.

A previsão é de analisar, no período de quatro anos, dados de 1.085 pacientes atendidos no Hospital Universitário da USP.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou o recolhimento de cerca de 200 lotes de medicamentos para o tratamento de hipertensão. Os remédios recolhidos possuem princípios ativos do tipo "sartanas", como a losartana, valsartana e irbesartana

A medida foi adotada após a Anvisa detectar impurezas, chamadas de nitrosaminas, no princípio ativo. Além do recolhimento, também haverá suspensão de fabricação, importação, distribuição, comercialização e uso dos insumos sob suspeita de contaminação. No total, foram feitas 14 suspensões de dez fabricantes internacionais.

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Também foi determinada a fiscalização de todas as fabricantes de medicamentos contendo "sartanas" disponíveis no mercado brasileiro.

Tratamento

A agência orienta que o tratamento de hipertensão não seja interrompido até que se faça a troca por outro medicamento. Isso porque a interrupção pode causar prejuízos imediatos, como risco de morte por derrame, ataques cardíacos e insuficiência renal. A troca da medicação deve ser feita após orientação de um médico ou de um farmacêutico.

Entidades europeias calcularam que o risco de câncer associado ao consumo contínuo de nitrosaminas é de um caso para cada grupo de 6 mil pessoas. Portanto, é baixo e está associado ao consumo diário e contínuo, em altas doses e durante cinco anos seguidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Popularmente conhecida como pressão alta, a hipertensão arterial é o prolongamento anormal da pressão que o sangue faz para circular pelas artérias do corpo. A doença crônica que, em 90% dos casos é hereditária, faz com que o coração precise se esforçar mais do que o habitual para distribuir o sangue por toda a estrutura física e é a principal causadora de problemas como acidente vascular cerebral (AVC), enfarte, aneurisma arterial além das insuficiências renal e cardíaca. Dados do Ministério da Saúde em 2018, mostram que um em cada quatro brasileiros adultos foram diagnosticados com hipertensão arterial.

O médico cardiologista do Hospital do Coração (HCor) Aezio de Magalhães Junior, alerta para um dos principais fatores da hipertensão entre os brasileiros: o estilo de vida. "A maioria da população é sedentária. Por não praticar atividade física, a pessoa geralmente está acima do peso e pode apresentar outros fatores associados, como diabetes e o consumo excessivo de sal na dieta", comenta.

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Membro da Equipe de Ergometria e Reabilitação Cardiopulmonar do Hcor, Junior ressalta a importância de unir alimentação saudável e atividade física para prevenção. "Uma dieta com mais frutas, verduras, hortaliças e menos gordura aliada a pelo menos 150 minutos de atividades físicas semanais, impacta na redução dos níveis de pressão arterial", orienta o cardiologista, que reforma a relevância do cuidado com o peso. "Se a pessoa conseguir diminuir 5% do seu peso corporal, é possível conseguir uma redução de 20 a 30% nos níveis de pressão".

O costureiro Paulo Borges, 37 anos, conta que foi diagnosticado com hipertensão aos 32, e que por isso passou a ter mais atenção com a saúde. "Hoje evito alimentos gordurosos, processados e uso menos sal. Nunca passei por uma complicação grave, mas tomo medicamentos para controlar a pressão. Apesar da caminhada que pratico de duas a três vezes na semana, ainda faço o uso de atenolol, losartana, alodipino e esperolactona", conta.

De acordo com números do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) de 2017, a tendência é a de que a hipertensão atinja níveis mais elevados conforme a idade. Sobre a hipertensão antes dos 30 e depois dos 50 anos, o cardiologista do HCor reforça a importância do acompanhamento médico. "Nestes casos temos que ir atrás de causas específicas, é o que chamamos de hipertensão secundária que pode não estar tão relacionada só com os hábitos de vida", conta Junior. "Pode ser um problema renal ou alguma disfunção hormonal, por isso é importante fazer as avaliações de rotina na população", complementa.

Sintomas

Os sintomas da hipertensão são silenciosos, por isso a prevenção é importante. Os indícios só aparecem quando a pressão sobe muito podendo ocorrer dores no peito, dor de cabeça, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento nasal.

O cuidado ao portador de hipertensão, com exames e procedimentos mais profundos a complicações oriundas da doença, é executado pelo SUS no âmbito da média e alta complexidade. Quem precisa de tratamento deve ser encaminhado para pontos de atenção e com estrutura tecnológica preparadas para os cuidados.

A hipertensão é uma das doenças que mais atingem pessoas no mundo. Acredita-se que 40% da população mundial acima de 40 anos sofra de hipertensão. Ainda não se sabe qual a causa do aparecimento da doença, o que se sabe é que ela uma doença genética e que não tem cura.

Também conhecida como pressão alta, a maior preocupação é com a falta de sintomas da doença. O cardiologista Eduardo Costa alerta para os danos que a pressão alta pode causar. “A pressão causa edema de pulmão, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, infarto, derrame, aneurisma da aorta e doença vascular periférica”, disse o médico, que é responsável pela Liga Acadêmica Paraense de Hipertensão Arterial.

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José Luiz Batista é ambulante e tem 44 anos. Descobriu que tinha pressão alta após um susto durante uma festa na casa de uma colega. Após descansar da viagem de Belém a Mosqueiro, ilha situada a 70 quilômetros da capital paraense, ele acordou com princípio de Acidente Vascular Cerebral (AVC). “Eu tinha ido na casa de uma colega em Mosqueiro. Eu pesava 118 quilos. Quando eu cheguei lá fui dormir. Quando acordei estava com a boca torta e meu olho torto também. Aí coloquei um remédio debaixo da língua e dormi. Na segunda-feira, fui até o pronto-socorro do Guamá”, disse José, que após o susto passou a fazer caminhada e tomar remédio para o controle da doença.

Assim como José, o taxista Antônio Auguste de Oliveira, 54 anos, passou pelo mesmo susto causado pela pressão alta. O taxista, que mora em Marituba, sofreu um princípio de AVC isquêmico, que é a falta de circulação de sangue em uma área do cérebro. Hoje o taxista controla a doença com remédio e hábitos alimentares mais saudáveis.

Embora a doença seja genética, pessoas obesas e negros fazem parte do grupo com maior risco de desenvolver a doença, indicam pesquisas médicas. Como a hipertensão ainda não tem cura, o único tratamento para o controle da doença são os medicamentos. “Descobriu que tem pressão alta hoje, vai tomar remédio para o resto da vida”, disse o médico Eduardo Costa.

Dez Mandamentos contra a pressão alta, segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão:

1. Meça a pressão pelo menos uma vez por ano.

2. Pratique atividades físicas todos os dias.

3. Mantenha o peso ideal, evite a obesidade.

4. Adote alimentação saudável: pouco sal, sem frituras e mais frutas, verduras e legumes.

5. Reduza o consumo de álcool. Se possível, não beba.

6. Abandone o cigarro.

7. Nunca pare o tratamento, é para a vida toda.

8. Siga as orientações do seu médico ou profissional da saúde.

9. Evite o estresse. Tenha tempo para a família, os amigos e o lazer.

10. Ame e seja amado.

Por Renato Carneiro.

 

 

No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, lembrado nesta quarta-feira (26), o Instituto Nacional de Cardiologia promove no Rio de Janeiro a Campanha de Combate à Hipertensão. O evento, gratuito e aberto ao público em geral, ocorre no Largo do Machado, no bairro do Flamengo, das 9h às 12h.

A proposta é que profissionais da entidade se reúnam para atender e orientar a população sobre a importância de prevenir e controlar a hipertensão arterial e as doenças cardiovasculares. Serão distribuídas senhas por ordem de chegada para pessoas de todas as idades. A programação inclui aferição de pressão, pesagem e medição da circunferência abdominal.

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Também estão previstas consultas com cardiologistas, nutricionistas, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais. O instituto alerta que, em algumas pessoas, o diagnóstico da hipertensão se torna conhecido apenas quando há o surgimento de complicações mais sérias, como acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio e insuficiência renal.

Rio de Janeiro tem índice mais alto

De acordo com o Ministério da Saúde, a hipertensão é uma doença silenciosa que pode afetar qualquer pessoa. Dados da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico mostram que o número de brasileiros diagnosticados com o problema cresceu 14,2% em dez anos – passando de 22,5% em 2006 para 25,7% em 2016.

O Rio de Janeiro, segundo o levantamento da pasta, é a capital com a maior prevalência da doença em todo o país, com 31,7% do total de entrevistados com diagnóstico médico de hipertensão. Em seguida estão Recife (28,4%), Porto Alegre (28,2%) e Belo Horizonte (27,8%). Já Palmas é a capital que apresentou o menor percentual (16,9%) de hipertensos.

Os dados revelam também que, no Brasil, as mulheres têm mais diagnóstico de hipertensão que os homens – ao todo, 27,5% das pessoas entrevistadas e que têm a doença diagnosticada são do sexo feminino, contra 23,6% do sexo masculino. Ainda segundo o ministério, a maior incidência de hipertensão no país é entre pessoas acima de 65 anos – no grupo, 64,2% dos entrevistados haviam sido diagnosticados com a doença.

Diminuir em 10% o consumo de sal poderia salvar milhões de vidas, afirma um estudo publicado nesta quarta-feira (11) pela revista médica britânica The British Medical Journal. O sal aumenta os riscos de hipertensão e de doenças cardiovasculares. As informações são da Rádio França Internacional.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a maioria dos adultos consome mais do que a quantidade recomendada de 2 gramas de sal por dia, no máximo. O excesso de sal, presente principalmente em alimentos industrializados, está na origem de cerca de 1,65 milhão de mortes provocadas por doenças cardíacas em todo o mundo, de acordo com a OMS.

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Apesar de poucos países até agora terem adotado políticas públicas para tentar diminuir o consumo de sal, pesquisadores, atuando conjuntamente com a indústria alimentícia, avaliaram o impacto de estratégias públicas de prevenção em 183 países. E concluíram que investir o equivalente a apenas 10 centavos de dólar por pessoa (cerca de R$ 0,32), contribuiria grandemente para frear a mortalidade.

Os cientistas também estimaram, baseados no índice de Esperança de Vida Corrigida, o número de anos perdidos pela população mundial por conta do excesso de sal. Segundo o estudo, uma alimentação menos salgada durante um período 10 anos evitaria uma perda anual equivalente a 5,8 milhões de anos de boa saúde.

O custo dos anos ganhos seria equivalente ao que se gasta atualmente em remédios para tratamento de doenças cardiovasculares, apontam os pesquisadores.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, passou mal na manhã desta terça-feira (29) e, por recomendações médicas, não trabalhará nesta data. Segundo a assessoria de Padilha, o ministro teve um aumento de pressão, foi ao serviço médico do Palácio para fazer um eletrocardiograma, mas o resultado não apresentou maiores complicações.

É a segunda vez que Padilha tem um mal-estar durante o expediente. Em setembro, o ministro também teve uma crise de hipertensão e labirintite e ficou alguns dias afastado.

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O Ministério da Saúde divulgou hoje (29) que um em cada quatro brasileiros é diagnosticado com hipertensão. Apesar de ser considerado alto, o índice tem se mantido estável, de acordo com dados da pesquisa Vigitel 2015. No ano passado, a doença afetava 24,9% da população, sendo que, em 2014, esse percentual foi de 24,8%. A doença atinge mais as mulheres e o número de casos cresce conforme aumenta a idade da população.

A Vigitel é uma pesquisa feita nas capitais brasileiras por telefone; em 2015, 54 mil pessoas maiores de 18 anos foram entrevistadas. Entre as cidades pesquisadas, o Rio de Janeiro apresenta o maior número de hipertensos, com 30,6% da população, e Palmas (TO) tem o menor índice, com 15,7%.

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De acordo com a pesquisa, grande parte dos brasileiros não acredita que consome muito sal. Apenas 14,9% da população consideram seu consumo de sal alto ou muito alto, entretanto mais de 70% consomem sódio em excesso. Segundo o Ministério da Saúde, o brasileiro consome uma média de 12 gramas de sódio todos os dias. O valor é quase o dobro do recomendado pela Organização Mundial da Saúde, de menos de 5 gramas por dia.

Os dados do Vigitel foram apresentados hoje, durante a divulgação dos resultados do acordo de redução de sódio em alimentos processados, firmado entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação. Desde 2011, foram retiradas 14.893 toneladas de sódio dos produtos alimentícios. A meta é que as indústrias promovam a retirada voluntária de 28.562 toneladas de sal das prateleiras até 2020.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacou, entretanto, que 75% do consumo de sódio no país estão associados à quantidade de sal adicionado pelos consumidores na preparação e no consumo dos alimentos. “Alguns países já proibiram saleiro na mesa dos restaurantes. Precisamos alertar para que as pessoas cooperem com a redução do consumo de sal”, disse.

Apesar de o índice de pessoas com hipertensão ter se mantido estável, houve redução de 33% na taxa de internações pela doença, passando de 61 para 41 internações por 100 mil habitantes. “Isso aconteceu em função de uma ação conjunta da saúde, acesso a medicamentos, redução de sódio e cuidado das próprias pessoas em fazer exercícios físicos. Tudo isso faz parte dos resultados e há comprovada relação entre consumo de sódio e hipertensão”, afirmou.

Segundo o ministério, o consumo excessivo de sódio é fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, que atualmente respondem por 72% das mortes no Brasil, como hipertensão, obesidade, osteoporose e problemas renais.

O cantor, compositor e ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, voltou a ser internado no hospital Sírio-Libanês, na Bela Vista, em São Paulo. O hospital não divulgou informações sobre as causas que levaram à internação, e apenas confirma que o cantor está no local.

Em nota, Gil agradeceu a preocupação dos fãs e disse que está fazendo um check-up: “Como vocês sabem, no mês passado iniciei um check-up aqui em São Paulo, interrompi pra fazer minha maratona de shows com Caetano Veloso pela América Latina, Estados Unidos e Europa, e agora retornei ao hospital com Flora para terminar o meu check-up”.

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Gil esteve internado no Sírio-Libanês de 25 de fevereiro até 9 de março, quando recebeu alta. Ele passou por um tratamento clínico para controle de um quadro de hipertensão arterial. O hospital não divulgou boletim médico.

O ex-gerente-geral de Implementação de Empreendimentos da Refinaria Abreu e Lima (Renest), Glauco Colepicolo Legati, informou que não vai comparecer a reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras para prestar depoimentos na tarde desta quarta-feira (26). A CPMI recebeu, durante a manhã, um atestado médico pedindo o afastamento do ex-gerente por três dias. A causa da paralisação das atividades apontada pelo documento foi hipertensão.

Colepicolo foi afastado das suas funções, na Renest em Ipojuca, após investigações internas sobre as irregularidades e esquemas de propina na estatal. A reunião do colegiado vai ouvir apenas a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Magda Chambriard. 

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Ela deverá tratar da segurança nas plataformas de petróleo. Magda também já depôs à CPI da Petrobras no Senado e disse que o índice de acidentes graves em plataformas de petróleo no Brasil está abaixo da média mundial. Para ela, o que existe em termos de gestão de segurança no Brasil é o que há de mais moderno no mundo.

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