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Com o passar dos anos o comportamento vai se moldando através das "tribos" (grupos sociais com identidade própria) que ganham espaço culturalmente, no mundo das artes e principalmente na moda é onde essas mudanças são primeiramente enxergadas e consequentemente atingidas. Por isso, o LeiaJá fez a lista de cinco tribos que mudaram a moda e o comportamento.  

Os Clubbers 

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Foto: Reprodução/Instagram

A comunidade surgiu em meados dos anos 1990 no Reino Unido com a popularização da música eletrônica. No Brasil, especificamente em São Paulo, a tribo ganhou força graças a casas como Madame Satã, Nation e Massivo, que foram palco para muitas personalidades que foram responsáveis por introduzir o neon na moda e humanizar a figura da Drag Queen, o que perpetua até os dias de hoje.

 

Os riquinhos Preppies

Foto: Wikimedia

O termo surgiu entre 1970 e 1980 e as grifes como Tommy Hilfiger e TOD’S especificam muito bem esse estilo dos garotos ricos de colégios estadunidenses. O estilo ficou muito famoso entre os adolescentes privilegiados de Nova York e é sensivelmente retratado na série de televisão "Gossip Girl". Tricôs, meias ¾ e saias plissadas são alguns dos elementos básicos desse estilo.

 

A vanguarda hippie

Foto: Pixabay

Nos anos 1970, a comunidade hippie surgiu como contracultura e espalhou sua ideologia de "paz e amor". O festival de música Woodstock foi o marco dessa comunidade, que logo infiltrou seu estilo nos desfiles de moda através do estilo boho chic, com materiais como penas, redes, pedraria e artesanato. O estilista francês Jean Paul Gaultier foi um dos pioneiros a enxergar a revolução hippie.

 

A galera Hip-Hop

Foto: Pixabay

Dentes de ouro ou diamantes, correntes e ostentação. Essa era a marca principal da tribo que nasceu nas comunidades periféricas do Bronx, em Nova York, e logo atingiram a ilha de Manhattan. Através de sua grife Yeezy, o cantor Kanye West levou o estilo ao que conhecemos hoje como street style (moda de rua) e nas coleções masculinas da Louis Vuitton, Virgil Abloh tem a assinatura do estilo despojado.

 

A dramaticidade e melancolia Punk

Foto: Pixabay

Os moicanos chamativos e coloridos, muito couro, correntes, unhas pintadas independente do gênero e um estilo de vida questionável. Os punks surgiram em meados dos anos 1980 como reação ao otimismo exacerbado dos hippies e carregam uma ideologia niilista e agressiva.

Raul Lennon poderia muito bem ser apenas um apelido em homenagem ao guitarrista e vocalista fundador dos Beatles, mas o jovem de 25 anos foi realmente batizado assim. O pai, músico e fã da banda de Liverpool,  deu esse nome. "Meu coroa é malucão também", conta. Raul é do Mato Grosso do Sul e está no Recife há duas semanas.

Na esquina da Rua do Hospício com a Conde da Boa Vista, Centro do Recife, ele e mais alguns colegas vendem peças de artesanato: pulseiras, colares, brincos, uma vasta gama de adornos e pequenos objetos de decoração. Os materiais usados para a confecção são, basicamente, arame, cobre, aço, latão, bambu e massa adesiva. Na clientela tem gente de todas as idades, mas a maioria é bem jovem.

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O local é acolhedor, recebe bem qualquer viajante com mochila nas costas que aporta no Recife atrás de um porto seguro para oferecer seus objetos. "Chegamos aqui mais perdidos do que cachorro em comício e um maluco que nem a gente indicou aqui", conta Diogo Gonzales, companheiro de estrada de Lennon. "Quando a gente pensa que não, tromba com outros malucos nos estados por aí. Toda cidade tem um ponto feito esse", diz Jonatan Silva, de Minas Gerais, há um mês no Recife.

Hippie?

O visual de todo mundo é meio parecido: roupas largas, chapéus, toucas, brincos e cabelos longos. O estilo alternativo e as cores da bandeira da Jamaica em alguns artefatos vendidos renderam as alcunhas de "hippie" e "rasta" ao longo dos anos, mas os rótulos ficam só para quem está de fora. "Hippie não existe mais, hoje somos malucos de estrada", garante Lennon. "Acho massa o nome hippie, mas sou anarcopunk", destaca Diogo. 

Para os adeptos desse estilo de vida não interessa ser taxado como parte de um movimento cultural ou algo do tipo. Manter o respeito já o bastante. "Já sofri muito preconceito por aí", revela Jonatan. "Ser chamado de hippie ou de rasta não me incomoda. O que me incomoda é ser confundido com bandido", completa.

Brasil afora

Antes de se encontrarem na Conde da Boa Vista, os personagens desta reportagem rodaram por vários estados. Raul Lennon conta que está há seis anos viajando pelas estradas brasileiras. "Passei por Minas, São Paulo, Espírito Santo, Distrito Federal. Tenho casa, mas não consigo ficar num lugar só. Tenho que estar sempre em movimento. A gente não precisa de dinheiro, precisa de liberdade", fala.

Diogo Gonzales é ambicioso na sua jornada. "Gosto de conhecer culturas diferentes e, em três anos, quero ter visitado todos os estados do país", almeja. Na maioria das vezes, o transporte é o tradicional ônibus, porém há longas distâncias percorridas a pé mesmo e, quando a sorte acompanha, aparecem algumas caronas. Essa última alternativa, porém, não agrada a todos. "Acho perigoso, você não sabe o que pode encontrar entrando no carro de um estranho", alerta Jonatan.

Na calçadas, o espaço para o comércio é dividido de forma democrática. As chuvas de junho atrapalham, entretanto, num dia bom, dá pra faturar de R$ 80 a R$ 100. Mas como ficar parado não faz a cabeça dessa galera, você pode não encontrá-los sempre por lá. Há outros lugares para ir. Olinda, por exemplo, não pode faltar no roteiro. "A gente dormiu lá uma noite dessas, mas roubaram nosso violão", lamenta Raul Lennon.

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A moda é completamente cíclica, tendências e estilos vão e voltam com o passar dos anos e outras perduram no guarda roupa das pessoas. E ao que parece, uma época que nunca e voltou para ficar foram os anos 1970. Há cerca de um ano, as vitrines já vinham expondo roupas com referências à época e agora, com a novela Boogie Oogie - trama da Globo que se passa nesse período - os estilos disco, hippie e as roupas ousadas serão fáceis de encontrar nas lojas.

Nos anos 1970 a moda era muito diversificada e ousada. Os estilos variavam desde peças com cinturas mais marcadas e barriga aparecendo, a vestidos e saias mais longas com um ar mais relaxado. Grandes referências da época que já se pode encontrar nas araras são os shorts e calças de cintura alta - hot pants -; as franjas, que têm aparecido em bolsas e sapatos e calças metalizadas; e as peças de paêtes, que lembram a era disco.

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Para a consultora de moda Karina Leão, o visual hippie em uma versão sofisticada, conhecido como boho chic,  é um dos estilos anos 1970 que volta com força. “O visual relaxado dos hippies volta com uma nova proposta, peças mais sofisticadas”, explica Karina. As peças que  compõem esse tipo de look são saias e vestido longos estampados,  sobreposição de peças com coletes e/ou casacos jeans, e roupas com detalhes em crochet ou renda. 

Outras peças que estarão muito presentes na vitrines são as calças flaire, uma releitura da calça boca sino; macacões com penas largas; sandálias com saltos mais grosseiros, plataformas e meia patas - em cores neutras -; brincos grandes, principalmente os de miçanga; óculos redondos; e chapéus floppy. Um acessório que também ficou popular e vem sendo muito usado é a coroa de flores, presente em muitos figurinos da cantora Lana Del Rey

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