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Após um ano de enfrentamento à Covid-19, Pernambuco vive um dos estágios mais críticos no seu sistema de saúde. A ocupação dos leitos de UTI atingiu cerca de 95% da capacidade total ofertada pelo Estado e não há previsão, até então, de abertura de novos hospitais de campanha.

No ano passado, durante o pico de casos em Pernambuco, foram montados hospitais de campanha para atender pacientes da Covid-19 em diversas cidades pernambucanas. Porém, ao longo do ano, houve suscetíveis encerramentos da contratação dessas unidades. Na época, o motivo dado pelo Governo do Estado para os fechamentos foi a pouca procura de pacientes pelos leitos.

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Na capital de Pernambuco, o Hospital Provisório Recife 1, localizado em Santo Amaro, centro da cidade, é o único dos sete hospitais montados na cidade que segue em funcionamento. Se, de acordo com o poder público, no segundo semestre de 2020 houve pouca demanda para os leitos de terapia intensiva, em 2021 o cenário é diferente. O boletim de casos de Covid-19 divulgados nessa sexta-feira (12) apontou que dos 1,2 mil leitos de terapia intensiva (UTI) oferecidos pelo Estado, 95% estão ocupados.

O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, acredita que a situação no Estado é de “estrangulamento em todos os serviços”. O Governo, por sua vez, tem ampliado a quantidade de leitos em unidades hospitalares já existentes, na tentativa de comportar a quantidade de pessoas que precisam das vagas nas UTIs. Porém, o Longo reconhece que as tentativas serão falhas caso não haja diminuição dos casos de infecção. "O vírus também está com uma aceleração recorde, que pode tornar-se, a qualquer momento, superior à nossa capacidade de abrir leitos. Por isso, meu recado é que ou todos cooperam, ou vai faltar leito para quem precisa, o que vai provocar a perda de vidas", disse o gestor.

Reabertura dos hospitais de campanha

Em fevereiro deste ano, a Secretaria Estadual de Saúde publicou no diário oficial da união uma licitação, convocando alguma organização para reabrir o Hospital Provisório Recife 2, no bairro dos Coelhos, zona central de Recife. O hospital de campanha era o maior da capital, com 350 leitos e teve suas atividades encerradas em agosto.

O orçamento previsto no pregão eletrônico para reabertura é de R$ 12,4 milhões. Contudo, segundo André Longo, nenhuma empresa se candidatou, e isso inviabiliza completamente o projeto. “Lançamos por duas vezes esse projeto e foi deserto… Se não aparecer interessado, infelizmente o projeto vai ser deixado de lado e nós vamos continuar abrindo leitos nas unidades já existentes”, disse o secretário de Saúde em coletiva de imprensa na última quinta-feira (11).

A demora na reabertura dos hospitais tem sido questionada por alguns parlamentares. O vereador do Recife e ex-presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (SIMEPE), Tadeu Calheiros (PODEMOS), tem cobrado de forma incisiva a reabertura das unidades no Recife. “Ficamos muito preocupados com a situação da Prefeitura do Recife ter desmobilizado os hospitais provisórios que foram colocados para o atendimento à população… e a tamanha demora para reativação dos mesmos”, afirmou Tadeu Calheiros aos LeiaJá. “Estamos enfrentando o pior momento do número de adoecimento e óbitos de Covid-19, que está maior que o ano passado, quando foram ofertados esses serviços e não estão sendo disponibilizados”, completou o vereador.

O Plenário do Senado se reúne, nesta quarta-feira (9), a partir das 16h. Um dos sete itens da pauta do dia é o projeto de lei que proíbe a desativação de hospitais de campanha enquanto não houver ampla vacinação nas cidades em que estão instalados. Esse projeto (PL 4.844/2020) foi apresentado pela senadora Rose de Freitas (MDB-ES).

A senadora afirma que, apesar de a vacinação já ter se iniciado no país, a pandemia ainda está “em pleno desenvolvimento”. Por isso, argumenta, fechar leitos adicionais pode deixar a população desassistida. Ela também lembra que os hospitais de campanha desafogam a rede pública e fazem parte de uma estratégia adotada em todo o mundo.

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O texto ainda aguardar a designação de um relator e, se for aprovado, seguirá para a Câmara dos Deputados.

Metas no SUS

O Plenário do Senado também pode votar o projeto de lei que suspende o cumprimento de metas acertadas entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e prestadores de serviço de saúde (PL 2.809/2020). Esse texto já foi aprovado na Câmara dos Deputados e, se for aprovado no Senado, pode ir para a sanção do presidente da República.

O Congresso Nacional suspendeu temporariamente a obrigatoriedade de manutenção das metas no início de 2020, com a Lei 13.992, de 2020. A suspensão foi prorrogada até setembro e, com esse projeto de lei, pode ganhar mais uma prorrogação. Essas metas, que são quantitativas e qualitativas, estão previstas nos contratos firmados com o Ministério da Saúde

Além disso, essa proposta reabre o prazo para que entidades filantrópicas da área de saúde obtenham a renovação do seu certificado junto à pasta.

Liderança

Outro item a ser decidido pelos senadores se refere a uma possível mudança no Regimento Interno da Casa para criar a liderança da oposição — com o objetivo de representar os parlamentares contrários ao governo. Dessa forma, a oposição poderia, de forma conjunta, designar um líder e vice-líderes, orientar votações e participar do Colégio de Líderes, sem prejuízo da atuação específica dos partidos e blocos.

A liderança da oposição existe na Câmara dos Deputados, mas não está prevista no Regimento Interno do Senado, que prevê apenas as lideranças do governo, da maioria e da minoria. A maioria é o partido ou bloco que representa a maioria absoluta da composição do Senado (independentemente de ser favorável ou contrária ao governo), enquanto a minoria é o maior bloco ou partido que se opõe à maioria.

Outros temas

Também constam na pauta do Plenário do Senado desta quarta-feira dois empréstimos entre a União e bancos internacionais para financiar ações de combate à pandemia. Um total de R$ 1 bilhão se destina a programas de renda, como o Bolsa Família e o Programa de Manutenção do Emprego, enquanto R$ 200 milhões se referem ao Programa Emergencial de Acesso ao Crédito.

Estão na pauta, ainda, o PL 5.191/2020, projeto de lei que institui os Fundos de Investimento para o Setor Agropecuário (Fiagro), e o PDL 562/2020, projeto de decreto legislativo que ratifica a participação do Brasil na Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância.

*Da Agência Senado

Mesmo que o número de casos de Covid-19 no Rio aumente ainda mais, a Secretaria Estadual de Saúde descarta reativar os hospitais de campanha desmontados no período de queda da doença. A secretaria informou na tarde da quinta-feira (26) haver 181 leitos de enfermaria e 161 de UTI em unidades de saúde destinadas à doença. Quase metade das vagas de enfermaria e 79% das de tratamento intensivo, porém, estão ocupadas. Segundo a pasta, outras 214, em unidades federais, estaduais, municipais e particulares, "ficarão disponíveis o mais brevemente possível".

O governo do Estado do Rio anunciou a construção de nove hospitais de campanha para atender pacientes de Covid-19, mas só entregou cinco, todos já fechados. Um deles ficava na capital, no Estádio do Maracanã (zona norte), e os demais nos municípios de São Gonçalo, Nova Iguaçu, Duque de Caxias e Nova Friburgo. A prefeitura, por sua vez, mantém o hospital de campanha do Riocentro, na zona oeste, que tem 400 leitos de enfermaria e 100 de UTI.

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O governo fluminense afirmou ainda que "não utiliza a média móvel para contabilizar os casos da doença". Seguindo a pasta, esse método, que tenta mitigar os efeitos das grandes variações dos números diários calculando sua média semanal a cada dia, apresenta "distorções nas informações". Nesta semana, o Estado anunciou que vai adiar cirurgias eletivas (não urgentes) de baixa e média complexidade a partir do dia 7.

Na capital, a prefeitura afirmou que não fechou nenhuma das vagas destinadas ao tratamento da Covid-19. Na cidade, 94% das vagas em UTIs estão ocupadas. "Importante reforçar que os pacientes que aguardam leitos de UTI estão internados em setores com os devidos equipamentos de suporte à vida, como monitores e respiradores. Outro dado importante é lembrar que a fila se refere ao SUS, portanto a pacientes da capital e Baixada Fluminense", explicou a Secretaria Municipal de Saúde.

Infectada, veterinária acredita ter pedido o avô para o vírus

A veterinária Christianne Afonso, de 37 anos, está com sintomas de Covid-19. Fez o exame na quarta, 25, mas o resultado só deve sair na segunda-feira (30). Sente, porém, doença muito próxima: parentes e amigos testaram positivo para o novo coronavírus.

O avô de Christianne morreu em 7 de novembro, em Resende, no sudoeste do Estado. Ele foi ao hospital em 28 de outubro com sintomas da Covid-19. Ficou internado por alguns dias na ala para pacientes com a doença, mas depois o teste deu negativo. Em 4 de novembro, o idoso sofreu AVC hemorrágico. Morreu três dias depois. Christianne, porém, suspeita que foi a Covid a causa da morte, mesmo com o resultado negativo do RT-PCR.

"A causa do óbito mesmo foi AVC hemorrágico, mas já se sabe que a Covid leva a acometimentos vasculares graves", explicou Christianne. O fato de familiares e amigos também terem contraído o novo coronavírus reforça a suspeita da médica veterinária. Eles estiveram perto do doente.

"Sete pessoas, incluindo eu, que fomos com ele no hospital e, depois, ao velório, pegamos a Covid, ou estamos com suspeita", contou. O corpo do idoso foi cremado no Memorial do Carmo, no Rio. Christianne disse que, desde o início da pandemia, tem procurado se cuidar. Lamentou que essa não seja a regra no Rio. "Nunca me senti segura, ainda mais que nunca deixei de trabalhar. Acompanhei todo esse tempo vendo as pessoas nas ruas desrespeitando o tempo inteiro. Fiquei o tempo todo e ainda fico do trabalho para casa. Vou a mercado, feira, essas coisas, mas muito objetiva e rápida. Sempre tive receio e continuo tendo", declarou.

Nova onda atinge em cheio governo municipal de Niterói

A nova onda da Covid-19 atingiu em cheio a administração municipal de Niterói, na região metropolitana do Rio. O prefeito, Rodrigo Neves (PDT) e pelo menos quatro auxiliares diretos estão doentes, além do prefeito eleito, Axel Grael (PDT). Mas todos estão bem, e até esta quinta-feira, ninguém precisou de internação.

Segundo a prefeitura, além de Neves, estão infectados por causa do novo coronavírus a secretária de Fazenda, Giovanna Victer; a secretária de Conservação e Serviços Públicos, Dayse Monassa; a chefe do gabinete do prefeito, Bárbara Siqueira; e o coordenador de comunicação, Leonardo Caldeira. "Todos passam bem, estão em isolamento domiciliar e cumprindo determinações médicas", informou a prefeitura, em nota.

Além deles, o prefeito eleito também confirmou a doença. "Realizei o exame de Covid-19 por segurança e testei positivo. Estou assintomático e passo bem. Seguindo as determinações das autoridades de saúde, ficarei em isolamento nos próximos dias. Reforço para que todos mantenham os protocolos de segurança. Essa guerra ainda não acabou", publicou Grael nas redes sociais na quarta-feira.

A Covid-19 também atingiu políticos de Maricá, também na região metropolitana do Rio. O prefeito reeleito, Fabiano Horta (PT), está com a doença desde a semana passada. Também foram infectados o vice-prefeito eleito, Diego Zeidan (PT), e o ex-prefeito Washington Quaquá (PT). A situação dos três está sob controle, sem sintomas graves, segundo informaram pelas redes sociais.

Em todo o Estado do Rio, 22.394 pessoas já morreram vítimas da Covid-19, segundo a secretaria estadual de Saúde. Até a quinta-feira foram registrados 346.024 casos.

O Recife ultrapassou a marca de 20 mil pacientes recuperados da Covid-19. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (20) pelo prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB).

"Chegamos a 20 mil recuperados da covid-19 no Recife. São pessoas que já tiveram a doença e estão curadas. Quero agradecer o esforço de todos os recifenses e de todos que estão trabalhando no enfrentamento à pandemia. Como registramos semana passada, a contaminação está em queda há mais de 60 dias na nossa cidade, mas a pandemia ainda não acabou em lugar nenhum no mundo", disse Geraldo Julio nesta manhã.

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Ao todo, 12,8 mil pessoas passaram por atendimento na rede municipal de saúde, que conta com sete hospitais de campanha, com cerca de mil leitos, além de mais de 20 unidades de referência da Atenção Básica para receber pacientes com sintomas de infecção pelo novo coronavírus. Os hospitais de campanha da capital chegaram a mais de 4,7 mil internamentos, com 2,2 mil altas hospitalares. 

Após dois meses de queda no número de casos de Covid-19, a Secretaria de Saúde do Recife iniciou a reorganização da rede emergencial, desativando 300 enfermarias e abrindo 53 leitos de UTIs neste mês. Com a reorganização, a gestão municipal conta com 724 leitos em funcionamento, sendo 342 de UTI e 382 de enfermaria.

Nesta segunda-feira, as academias retornam e os restaurantes, bares e lanchonetes voltam a receber público.

A Prefeitura do Recife informou, nesta terça-feira (26), ter atingido a marca de mil pacientes que já receberam alta nos sete hospitais de campanha montados na capital para atender as pessoas com suspeita ou confirmação do novo coronavírus. O município possui 727 leitos abertos em unidades provisórias, dos quais 125 são de UTI.

 O milésimo paciente curado é Manoel Leandro do Nascimento. Ele recebeu alta na segunda-feira (25) após passar 25 dias internado no Hospital Provisório Recife 2, no bairro do Coelhos, sendo 15 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).  

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 Manoel tem quadro de hipertensão e diabetes e possui um marcapasso. Ao chegar ao hospital de campanha, em 1º de maio, estava com o pulmão esquerdo comprometido e com suspeita da Covid-19.

 Segundo a Prefeitura do Recife, foram cortados R$ 230 milhões de diversas áreas para investir na saúde e assistência à população. Foram contratados 3,6 mil profissionais e adquiridos 10 mil equipamentos médico-hospitalares e 3 milhões de Equipamentos de Proteção Individual.

 Ao todo, 4 mil pacientes já se recuperaram na capital. Os hospitais de campanha registram no momento 355 pessoas internadas e 92 delas em leitos de UTI.

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O governo de Pernambuco anunciou, neste sábado, que investirá R$ 5 milhões na construção de mais quatro hospitais de campanha, na tentativa de atender à demanda por leitos decorrente da pandemia da Covid-19. As novas unidades serão instaladas nas cidades de Olinda, na Região Metropolitana; Caruaru, no Agreste; e em Serra Talhada e Petrolina, no Sertão do Estado. Com a iniciativa, o governo espera abrir mais 342 vagas para pacientes acometidos pelo novo coronavírus.

“Essas unidades, que vão nos ajudar muito no enfrentamento à Covid-19, estão sendo construídas em Caruaru, Serra Talhada e Petrolina. Cada uma delas contará com 100 leitos reforçando a rede estadual já existente na região.Também começamos, hoje, a ampliação da Brites de Albuquerque, nossa unidade de referência da Covid-19 em Olinda. A Brites, que hoje conta com 42 leitos, passará a ter 82 leitos, garantindo mais assistência à população de Olinda e dos municípios próximos”, comentou o governador Paulo Câmara.

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A ampliação do Hospital de Campanha da Maternidade Brites de Albuquerque, abrirá 41 novos leitos, sendo 40 para internação clínica e um para estabilização de pacientes. No Hospital Mestre Vitalino, sediado em Caruaru- que já dispõe de 55 leitos dedicados à Covid-19, sendo 30 de UTI- a Secretaria de Saúde vai ofertar outros 76 leitos de internação clínica, 26 leitos de tratamento semi-intensivo e dois leitos de estabilização, totalizando 104 novos vagas.

De acordo com o governo do estado, a implantação do hospital de campanha prometido para Serra Talhada terá início na próxima segunda (11). Lá, a estrutura oferecerá 95 vagas, sendo 72 para internação clínica e 22 para tratamento semi intensivo, além de um leito para estabilização. No Sertão do São Francisco, em Petrolina, a unidade de Campanha começa a ser construído na próxima semana e irá ofertar 74 vagas clínicas, 26 para pessoas que necessitam de tratamento semi-intensivo e duas vagas para estabilização. O hospital da cidade contará, ao fim, com 102 unidades.

“Por determinação do governador Paulo Câmara, iremos estruturar todas as macrorregiões do Estado para garantir o atendimento dos casos de Covid-19. Atualmente, já são 183 leitos no interior do Estado, sendo 59 de UTI. E estas estruturas provisórias vão dar capacidade para que possamos avançar na assistência da Covid-19 no interior”, frisa o secretário estadual de Saude, André Longo. Até agora, Pernambuco abriu 939 leitos, sendo 476 de UTI, direcionados para os atendimentos da Covid-19.

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