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A Nasa e a SpaceX decidiram estudar a viabilidade de outorgar à empresa de Elon Musk um contrato para impulsionar o telescópio espacial Hubble a uma órbita mais alta, com o objetivo de estender sua vida útil, disse nesta quinta-feira (29) a agência espacial americana.

O renomado observatório opera desde 1990 a cerca de 540 quilômetros da Terra, uma órbita que decai lentamente com o tempo.

O Hubble carece de propulsão a bordo para combater a pequena mas notável resistência atmosférica nessa área do espaço, e sua altitude foi anteriormente restabelecida durante missões do ônibus espacial.

O novo projeto envolveria uma cápsula SpaceX Dragon. “Há uns meses, a SpaceX abordou a Nasa com a ideia de estudar se uma tripulação comercial poderia ajudar a impulsionar nossa nave espacial Hubble”, afirmou a jornalistas o cientista-chefe da Nasa, Thomas Zurbuchen, e acrescentou que a agência havia aceitado o estudo sem custos.

Zurbuchen ressaltou, porém, que não há planos concretos no momento de conduzir ou financiar uma missão como essa até que se compreenda melhor seus desafios técnicos.

A SpaceX propôs a ideia em parceria com o Programa Polaris, uma empresa privada de voos espaciais tripulados dirigida pelo bilionário Jared Isaacman, que no ano passado alugou uma nave Dragon, da SpaceX, para orbitar a Terra com outros três astronautas privados.

Em resposta a um repórter que perguntou se poderia haver uma percepção de que a missão foi concebida para dar aos ricos tarefas no espaço, Zurbuchen respondeu: “Acredito que é apropriado que a consideremos devido ao tremendo valor que esse ativo de pesquisa tem para nós.”

Possivelmente um dos instrumentos mais valiosos da história científica, o Hubble continua fazendo importantes descobertas, incluindo a detecção, este ano, da estrela individual mais longe já vista, Eärendel, cuja luz levou 12,9 bilhões de anos para chegar à Terra.

Atualmente, o telescópio tem previsão de permanecer em operação ao longo desta década, com 50% de chances de sair de órbita em 2037, segundo Patrick Crouse, gerente de projeto do Hubble.

Depois de mais de um mês parado, o Hubble voltou a funcionar, no último sábado, dia 17, e já enviou à Terra imagens inéditas de duas galáxias incomuns, segundo informou a Nasa. O veterano telescópio espacial foi lançado em 1990 com previsão de funcionar por 15 anos, mas já está em órbita há mais de três décadas. Com o conserto, feito a distância, são grandes as chances de o equipamento continuar na ativa, mesmo após o lançamento do James Webb, seu substituto, previsto para o fim deste ano.

"Carro velho é fogo, né?", brincou a astrônoma Duília de Mello, da Universidade Católica da América, colaboradora do Centro de Voos Espaciais Goddard, da Nasa, onde fica o centro de controle da missão do telescópio. "Meu pai falava isso, não tem jeito, começa a dar problema."

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O computador de transmissão de dados, que controla os instrumentos científicos a bordo do observatório, parou de funcionar subitamente em 13 de junho. Automaticamente, todos os instrumentos científicos do Hubble entraram em modo de segurança. O telescópio parou de gerar informações.

Para consertar o equipamento, construído ainda nos anos 1980, engenheiros do controle da missão do Hubble contaram com o conhecimento de especialistas que trabalharam com o telescópio ao longo de sua história. Ex-alunos, funcionários aposentados e até mesmo especialistas que participaram da construção do observatório foram convocados. Documentos de 40 anos atrás foram desarquivados para ajudar os engenheiros a encontrar um caminho para o conserto.

"Esse é um dos benefícios de ter um programa que está em funcionamento contínuo há mais de 30 anos: a grande quantidade de experiência e expertise acumulada", afirmou Nzinga Tull, gerente de respostas anômalas do Hubble.

Quando um grupo de astronautas esteve no Hubble pela última vez, em 2009, foram feitos alguns consertos e instalados equipamentos de backup, o que estendeu a vida útil do observatório. Entre eles, o do computador de transmissão de dados.

Para colocar o telescópio novamente em ação, os especialistas tiveram de acionar o backup a distância pela primeira vez na história. A manobra levou 15 horas, mas funcionou. Dois dias depois de voltar a funcionar, o Hubble já estava enviando dados à Terra.

Desde que foi lançado, em 24 de abril de 1990, o Hubble já fez mais de 1,5 milhão de observações, algumas das quais mudaram nossa compreensão do Universo. Conseguiu fotografar, com grande precisão, objetos astronômicos extremamente distantes. As informações geradas pelo telescópio - que fica a 547 quilômetros da Terra - contribuíram para algumas das mais importantes descobertas já feitas. Entre elas, a expansão acelerada do Universo, a evolução das galáxias ao longo do tempo e os primeiros estudos da atmosfera de planetas fora do Sistema Solar.

"O lançamento do Hubble pode ser comparado com a ida do homem à Lua; ambos representaram um grande avanço do ponto de vista astronáutico", comparou Duília de Mello. "Sempre foi um projeto de grande importância dentro da Nasa, o telescópio que nos revelaria o Universo."

O telescópio acabou entregando muito mais do que o prometido. "A imagem mais importante do Hubble, eu sempre falo, é a das profundezas do Universo, do campo ultraprofundo do Universo", diz a astrônoma brasileira, que participou dessa pesquisa. "Mas tem muito mais coisa, como a formação das estrelas, dos sistemas solares, os quasares, os buracos negros supermassivos, só com o Hubble vimos isso tudo."

Ao anunciar o conserto do telescópio, o administrador chefe da Nasa, Bill Nelson, comemorou, elogiando a equipe que viabilizou a solução do problema: "Estou muito feliz que os olhos do Hubble estejam enxergando de novo o Universo, mais uma vez capturando o tipo de imagens que vem nos intrigando e inspirando há décadas. Por meio dos esforços desse grupo, o Hubble continuará sua viagem de 32 anos e nós continuaremos a aprender por meio de sua visão transformadora." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O telescópio Hubble, que está em serviço há mais de 30 anos no espaço, parou de funcionar há vários dias, anunciou a Nasa nesta sexta-feira (18), afirmando que continua "trabalhando para resolver o problema".

"O próprio telescópio e os instrumentos científicos estão em boas condições", garantiu a agência espacial norte-americana.

O problema é que o computador que controla esses instrumentos "parou de funcionar no domingo, 13 de junho" no final da tarde dos Estados Unidos. Um teste para reiniciá-lo falhou no dia seguinte.

De acordo com as primeiras indicações, o problema estaria em um módulo de memória danificado. Uma tentativa de mudar para um módulo de memória de backup também falhou.

O sistema para este computador foi desenvolvido na década de 1980. Ele está a bordo de um módulo que foi substituído em 2009 durante uma missão de manutenção do telescópio.

O Hubble, lançado em 1990, revolucionou a astronomia e nossa visão do Universo, registrando imagens do sistema solar, da Via Láctea e de galáxias distantes.

Um novo telescópio espacial, o James Webb, entrará em órbita no final de 2021. Apresentado como o "irmão mais velho" do telescópio Hubble, permitirá observar o universo distante com precisão incomparável.

A agência espacial do governo estadunidense, Nasa, disponibilizou na última terça-feira (31) uma ferramenta que permite visualizar a foto que o telescópio Hubble capturou no dia do aniversário do usuário.

O telescópio, que está prestes a completar 30 anos fora de órbita, registra desde 1990 imagens diárias da galáxia. No site, além da foto, o usuário pode visualizar o nome e uma breve descrição da imagem. As imagens surpreenderam o público, que foi às redes sociais compartilhar a descoberta.

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Para descobrir qual imagem a Nasa fez no dia do seu aniversário, acesse www.nasa.gov, coloque mês e dia do nascimento, clique em "submit" e aguarde o site carregar a imagem.

O telescópio espacial Hubble voltou a funcionar quase normalmente, depois que uma ferramenta de orientação falhou, obrigando os engenheiros a colocá-lo em modo seguro no início deste mês, informou a Nasa.

Um dos três giroscópios do telescópio ficou avariado em 5 de outubro e o giroscópio de emergência, que esteve desligado durante sete anos e meio, foi ligado mas não estava funcionando normalmente.

O giroscópio é um dispositivo que mede, mantém ou muda a orientação da nave na qual se encontra, neste caso, o telescópio. Este permite ao Hubble se estabilizar e se focar em um objetivo e obter uma imagem muito clara.

O giroscópio substituto, o último que o telescópio dispunha, mostrava uma velocidade de giro muito superior à real, explicou a Nasa.

Em terra, no Centro Goddard da Nasa, os engenheiros desligaram e ligaram novamente o giroscópio e fizeram com que o telescópio realizasse manobras para recalibrar o instrumento, o que parece ter funcionado.

"As velocidades de giro estão normais agora", assinalou a Nasa em um comunicado nesta terça-feira.

Ainda precisam de provas para avaliar o rendimento do giroscópio em diversas condições de observação.

"Uma que tivermos completado esses testes de engenharia, o Hubble deve voltar às suas operações científicas normais", disse a Nasa.

O Hubble possibilitou milhares de descobertas espaciais desde o seu lançamento, em 1990. Tem um comprimento de 13 metros e orbita ao redor da Terra a 547 quilômetros.

Devido ao fato de estar fora da atmosfera terrestre, pode ver muito mais do que os telescópios terrestres.

Sua observação mais distante é a 13,4 bilhões de anos-luz da Terra.

Dois seis giroscópios instalados por astronautas americanos em 2009 durante uma missão de reparação agora restam três. O Hubble pode trabalhar, mas não de forma excelente, com um.

O desenvolvimento do seu sucessor, chamado James Webb, está atrasado há anos e deve ser lançado em março de 2021, segundo o último programa da agência espacial americana.

Lançado em 24 de abril de 1990, o Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, chega aos 25 anos como um dos instrumentos científicos mais produtivos do mundo: suas observações já resultaram em mais de 12,8 mil artigos.

Em sua órbita, a 550 quilômetros de altitude, o Hubble já percorreu 4,8 bilhões de quilômetros em torno da Terra e fez mais de um milhão de observações. Estar no espaço é seu grande trunfo. Livre das turbulências da atmosfera terrestre, o telescópio de mais de 13 metros de comprimento fotografa objetos astronômicos muito distantes com a precisão que nenhum outro instrumento na Terra teria.

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"Por não ser afetado pelas turbulências da atmosfera, o Hubble consegue enorme nitidez. Esse é um dos fatores que o tornaram um instrumento extremamente importante para a astronomia", disse João Steiner, professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosférica da USP.

Segundo ele, outro fator para o sucesso do telescópio é a capacidade de fazer imagens não apenas com base na luz visível, mas também na radiação ultravioleta. "É algo extraordinário, que amplia enormemente o alcance do que pode ser observado. O Hubble capta ondas em uma faixa do espectro eletromagnético que seria impossível observar do chão, porque elas são absorvidas pela atmosfera."

Conhecimento

De acordo com Steiner, o projeto de construção do Hubble impulsionou uma série de avanços na tecnologia espacial. Mas sua grande contribuição foi mesmo para o progresso do conhecimento sobre o universo.

"O Hubble contribuiu em muitas áreas da astronomia, de tal maneira que o conjunto da obra é que o tornou um equipamento espetacular. Mas é possível citar algumas descobertas de grande impacto, como a da existência da energia escura, em 1998." De acordo com Steiner, isso seria impossível sem as imagens em alta resolução do telescópio espacial.

"Hoje, conhecemos as massas de cem buracos negros e metade deles devemos ao telescópio", afirmou. "Devemos diretamente ao Hubble, também, a descoberta dos discos protoplanetários, que existem em torno de estrelas em formação e que, supomos, evoluirão para se tornarem novos planetas."

Disponível

As imagens feitas pelo Hubble se transformam em um manancial inesgotável de pesquisas. Os dados gerados pelo telescópio são de propriedade dos proponentes das pesquisas durante cerca de um ano, segundo Steiner. Depois disso, eles se tornam públicos.

"Meu grupo mesmo utiliza muitos dados do telescópio espacial. Após 25 anos de observação, há uma riqueza de informações imensa, que está à disposição da ciência."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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