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A economia brasileira apresentou forte retração em maio, de acordo com o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta segunda-feira (17). O indicador, que é uma espécie de "prévia do BC" para o Produto Interno Bruto (PIB), caiu 2% já livre de efeitos sazonais, revertendo alta de 0,81% que havia registrado em abril.

Influenciada principalmente pelo fim das safras de soja e milho, maiores do que inicialmente esperado, a queda forte do IBC-Br surpreendeu economistas e analistas de mercado. De acordo com as expectativas coletadas pelo Projeções Broadcast, as previsões variavam de uma queda de 1,2% até uma alta de 1% para o indicador em maio. A mediana das projeções era negativa, mas de apenas 0,1%.

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"Como tivemos um desempenho forte desses grãos (grandes safras de soja e milho) nos primeiros meses do ano, ou eles precisavam repetir o comportamento em maio, ou algum outro vetor (setor) precisava substituí-lo, o que não aconteceu", disse Antonio Ricciardi, economista da GO Associados, sobre o tombo do indicador em maio.

Ao comentar o resultado do IBC-Br, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que era "esperado" diante do patamar "muito elevado" do juro real no País. Haddad se disse ainda preocupado com a situação e ironizou afirmando que a desaceleração da economia "pretendida" pelo Banco Central "chegou forte".

"A pretendida desaceleração da economia pelo Banco Central chegou forte e a gente precisa ter muita cautela com o que pode acontecer se as taxas (de juros) forem mantidas na casa de dez (pontos porcentuais). É muito pesado para a economia, está muito pesado para a economia", disse.

Também sem se ater aos dados objetivos que levaram à queda do índice, o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, atacou os juros altos "escandalosos" segundo ele, ao falar ontem do IBC-Br.

O incômodo do governo com o mau desempenho do indicador se explica. No final de maio, o Ministério da Fazenda aumentou sua projeção para o PIB deste ano, de 1,61% para 1,91%. Na ocasião, o secretário de Política Econômica (SPE) da Fazenda, Guilherme Mello, disse ao Estadão/Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o resultado poderia ficar mais perto de 2,5%. A estimativa do BC para o PIB de 2023 é de alta de 2%, segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado no mês passado.

Aperto

Entre os economistas e analistas de mercado, o IBC-Br de maio é um importante sinalizador do que vem pela frente. Gabriel Couto, economista do Santander Brasil, disse que o recuo além do esperado reforça a visão de que os dados mais positivos de atividade que foram registrados no primeiro trimestre tendem a ficar restritos ao período.

"A tendência é de variações na vizinhança de zero. A perspectiva de um PIB estagnado no período está se consolidando cada vez mais", disse Couto, referindo-se às projeções do banco para o desempenho do PIB no segundo trimestre.

Ricciardi, da GO Associados, lembrou que foi a agricultura a grande surpresa positiva do desempenho do PIB do primeiro trimestre, uma vez que as performances mais fracas de indústria, serviços e varejo já eram esperadas. "Esses outros setores seguem em baixa, com impacto do juro alto e das condições financeiras apertadas", salientou o economista.

Na avaliação de Ricciardi, vetores favoráveis que podem impulsionar a economia, como a confirmação do corte na taxa Selic em agosto pelo BC, podem trazer impacto positivo para a atividade doméstica. Mas se de fato isso ocorrer, ressaltou ele, seus efeitos só devem ser percebidos nos últimos meses do ano, em novembro ou dezembro.

Divergência

Apesar do recuo em maio, em 12 meses o IBC-Br acumula alta de 3,43%, ligeiramente abaixo da variação de 3,57% dos 12 meses encerrados em abril. Segundo o BC, o indicador registrou avanço de 1,63% no acumulado do trimestre de março até maio em relação aos três meses anteriores (dezembro a fevereiro), já ajustada sazonalmente.

O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, afirmou que o resultado ruim de maio não altera o cenário de que a atividade econômica ainda está aquecida. "O IBC-Br tem uma dinâmica própria, é difícil de entender o que realmente puxou para baixo o dado na margem", disse. "Mas o momento para dados de atividade, com vimos nas últimas leituras de volume de serviços e produção industrial, segue relativamente positivo."

Na avaliação do economista, fatores como a tendência de queda internacional nos preços dos combustíveis, aliados à valorização do real e à materialização de cortes na Selic em agosto, podem contribuir para o cenário de atividade mais aquecida do que o inicialmente projetado para o ano. "Esse recuo do IBC-Br em maio não coloca risco para um crescimento acima de 2% da economia", afirma.

A perspectiva de desaceleração para atividade também no segundo semestre deve se manter, na avaliação do economista. "O agro deve continuar contribuindo relativamente bem, porém, com a queda nas cotações internacionais de algumas commodities agrícolas, esse impacto é moderado", disse.

As projeções da Austin para o PIB estão em revisão, devendo ficar entre 2% e 2,5%. O Santander projeta alta de 1,9%, enquanto a XP prevê avanço de 2,2% para o PIB em 2023.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Sob o efeito do aumento da taxa de juros, a economia brasileira terminou 2022 sem fôlego - em ritmo semelhante ao esperado pelos economistas para os próximos meses. Conforme o Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), a economia recuou 1,46% no último trimestre do ano, na comparação com os três meses anteriores.

Apesar do recuo nos últimos três meses do ano passado, o IBC-Br subiu 0,3% em dezembro. Os economistas, porém, afirmam que a alta foi pontual, e a tendência é mesmo de desaceleração - o índice, visto como uma "prévia" do PIB oficial, já havia recuado nos quatro meses anteriores a dezembro. No ano fechado de 2022, o resultado foi uma alta de 2,6%.

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"Preferimos fazer uma avaliação de tendência de curto prazo, em vez de ver um dado pontual como o de dezembro. E houve uma desaceleração considerável na virada do primeiro para o segundo semestre do ano passado", diz Rodolfo Margato, da XP. O economista destaca que a alta do último mês de 2022 também não compensa as quedas dos meses anteriores.

O economista Gabriel Couto, do Santander, afirma que a desaceleração está relacionada ao início dos efeitos da política monetária mais contracionista. "O varejo está fraco. A indústria, andando de lado. Só o serviço está melhor", acrescenta. As vendas no comércio varejista caíram 2,6% em dezembro, na segunda queda consecutiva, enquanto a produção industrial teve variação nula e o volume de serviços cresceu 3,1%, de acordo com dados do IBGE.

A taxa de juros em nível elevado deve continuar travando o crescimento econômico. O Santander, por exemplo, estima uma alta de 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. Na análise de Couto, o crescimento fraco deve ser impulsionado sobretudo pelo agronegócio, que, estima, avançará 7,5% no ano. O restante da economia, mais dependente da taxa de juros, deve sofrer.

A XP projeta expansão de 1% para a atividade brasileira, mas há um viés de alta, segundo Margato. "Talvez, o PIB se situe entre 1% e 1,5%." Esse crescimento extra pode vir de um resultado melhor do que o esperado na safra agrícola e de um avanço das exportações (sobretudo com a China colocando fim à política de covid zero).

Após a divulgação do IBC-Br, o Bank of America (BofA) publicou relatório reiterando sua estimativa de 0,9% para o PIB deste ano. "Embora a leitura tenha sido melhor que o esperado, o segundo semestre de 2022 ainda aponta desaceleração na comparação com o primeiro semestre, reforçando nossa visão de que esses números vão impactar 2023, com uma trajetória mais branda do que a do ano passado", escreveu o chefe de economia para Brasil e estratégia para América Latina do banco, David Beker. O economista destacou que os efeitos do aperto monetário já podem ser percebidos na queda de concessão de crédito pelos bancos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O dólar opera em alta conduzida pela piora externa com o embate entre EUA e China no radar e cautela sobre o cenário político e fiscal interno. O investidor monitora o IBC-BR em meio à perspectiva de que os números de abril devem ser piores, reforçando as previsões de corte adicional da taxa Selic.

O IBC-BR caiu 5,90% em março ante fevereiro, com ajuste, ficando perto da mediana de -6% das projeções (-8,63% a -3,6%) O IBC-BR interanual de 1,52% também foi menos negativo que a mediana de -2,1% das projeções (-5,1% a -0,7%).

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Os investidores repercutem ainda a intenção do presidente Jair Bolsonaro de discutir com governadores e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um compromisso no tocante a possível veto ou não de artigos do projeto que prevê congelamento de salários de servidores até o fim de 2021. Bolsonaro encontrou-se com Maia na quinta-feira, coroando a sua reaproximação com o Centrão.

Nesta sexta-feira, 15, o ministro Celso de Mello, do STF, pode anunciar ainda sua decisão sobre o levantamento do sigilo e a exibição do conteúdo, integral ou parcial, do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril. Ontem à noite, a Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou manifestação ao STF em que informa que o presidente Jair Bolsonaro mencionou as palavras "família" e "PF" na reunião ocorrida no mês passado no Palácio do Planalto, que durou mais de duas horas. Bolsonaro havia afirmado à imprensa que não tinha feito menção à família nem à Polícia Federal no encontro.

Mais cedo, os índices de confiança de consumidores e de empresários mostraram acomodação em maio. O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 7,7 pontos na prévia de maio ante o resultado fechado do mês de abril, para 63,5 pontos. Já o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) aumentou 6,5 pontos, para 64,7 pontos.

Às 9h22 desta sexta, o dólar à vista subia 0,57%, a R$ 5,8522. O dólar futuro de junho avançava 0,54%, a R$ 5,8560.

Enquanto os indicadores econômicos apontam para uma recessão técnica nos dois primeiros trimestres de 2019, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu nesta segunda-feira, 12, "paciência" com o governo Jair Bolsonaro.

"Deixem um governo liberal ter uma chance, esperem quatro anos. Não trabalhem contra o Brasil, tenham um pouco de paciência. Esperem a vez de vocês", afirmou Guedes, em debate sobre a medida provisória 881, da "Liberdade Econômica", promovido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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Mais cedo, o Banco Central divulgou que após avançar 1,10% em maio (dado revisado), a economia brasileira teve nova alta em junho deste ano. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) avançou 0,30% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal. Foi a segunda elevação registrada no governo de Jair Bolsonaro. Em contrapartida, o mesmo indicador registrou baixa de 0,13% no acumulado do segundo trimestre de 2019, na comparação com o primeiro trimestre, pela série ajustada.

Considerado uma espécie de "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

Especificamente sobre a medida provisória, Guedes disse que ela é uma mudança conceitual que faz parte das reformas que o atual governo quer fazer. A expectativa é de que o texto seja votado na terça-feira, 13, no plenário da Câmara dos Deputados. "O presidente Jair Bolsonaro dizia sempre na campanha que ia tirar o Estado do 'cangote' dos cidadãos", afirmou.

Após a divulgação pelo Banco Central de uma retração de 0,13% no Índice de Atividade (IBC-Br) no segundo trimestre deste ano, o que indicaria uma grande possibilidade de recessão técnica, o ministro da Economia, Paulo Guedes, evitou comentar o indicador.

Guedes está no Superior Tribunal de Justiça (STJ) onde participará de um seminário sobre a Medida Provisória 881, da Liberdade Econômica e foi abordado pela imprensa que o pediu para comentar o índice. Guedes, no entanto, evitou fazer comentários.

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O PIB no primeiro trimestre ficou negativo e tecnicamente dois trimestres seguidos de queda na atividade econômica configuram recessão técnica. Considerado uma espécie de "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

Após avançar 0,36% em julho (dado já revisado), a economia brasileira registrou baixa em agosto de 2017. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) cedeu 0,38% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, informou nesta quarta-feira, 18, a instituição.

O índice de atividade calculado pelo BC passou de 135,57 pontos para 135,05 pontos na série dessazonalizada de julho para agosto. Este é o menor patamar para o IBC-Br com ajuste desde maio (134,45 pontos).

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O recuo do IBC-Br foi maior que a mediana (-0,30%) das estimativas do mercado financeiro, mas ficou dentro do intervalo obtido pelo Broadcast Projeções (-1,00% e +0,10%).

Na comparação entre os meses de agosto de 2017 e agosto de 2016, houve alta de 1,64% na série sem ajustes sazonais. Esta série encerrou com o IBC-Br em 139,92 pontos em agosto, ante 137,94 pontos de julho deste ano e 137,40 pontos de agosto do ano passado.

O indicador de agosto de 2017 ante o mesmo mês de 2016 mostrou desempenho pior que o apontado pela mediana (+1,90%) das previsões de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Broadcast Projeções (+1,30% a +2,30% de intervalo). O patamar de 139,92 pontos é o melhor para meses de agosto desde 2015 (141,03 pontos).

Conhecido como "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A previsão oficial do BC para a atividade doméstica em 2017 é de avanço de 0,50%. No Relatório de Mercado Focus publicado na última segunda-feira, a mediana das estimativas do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano está em 0,72%.

 

O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) acumulou alta de 0,31% em 2017 até agosto. O porcentual diz respeito à série sem ajustes sazonais. Pela mesma série, o IBC-Br apresenta recuo de 1,08% nos 12 meses encerrados em agosto. Considerado uma espécie de "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

Após avançar 0,15% em abril (dado já revisado), a economia brasileira registrou recuo em maio de 2017. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) do mês teve baixa de 0,51% em maio ante abril, com ajuste sazonal, informou nesta sexta-feira (14), a instituição.

O índice de atividade calculado pelo BC passou de 134,46 pontos para 133,77 pontos na série dessazonalizada de abril para maio. Este é o menor patamar para o IBC-Br com ajuste desde janeiro (133,08 pontos). Além disso, o resultado do índice é o primeiro já com potencial influência da crise política, deflagrada em meados de maio.

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O IBC-Br ficou abaixo do piso do intervalo obtido entre analistas do mercado financeiro consultados pelo Broadcast Projeções, que esperavam resultado entre -0,50% e +0,55% (mediana de +0,20%).

No acumulado de 2017 até maio, o recuo é de 0,05% pela série sem ajustes sazonais. Também pela série observada, é possível identificar um recuo de 2,23% nos 12 meses encerrados em maio.

Na comparação entre os meses de maio de 2017 e maio de 2016, houve alta de 1,40% também na série sem ajustes sazonais. A série observada encerrou com o IBC-Br em 134,97 pontos em maio, ante 132,95 pontos de abril deste ano e 133,10 pontos de maio do ano passado.

O indicador de maio de 2017 ante o mesmo mês de 2016 mostrou desempenho pior que o apontado pela mediana (+2,30%) das previsões de analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Broadcast Projeções e ficou exatamente no piso esperado (+1,40% a +3,18% de intervalo). O patamar de 134,97 pontos, no entanto, é o melhor para meses de maio, desde 2015 (140,00 pontos).

Conhecido como "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A previsão oficial do BC para a atividade doméstica em 2017 é de avanço de 0,5%, de acordo com o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) publicado em junho.

No Relatório de Mercado Focus publicado na última segunda-feira, a mediana das estimativas do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano está em 0,34%.

Após cair 0,18% em julho (dado já revisado), a economia brasileira voltou a registrar retração em agosto. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) do mês teve baixa de 0,91% ante julho, com ajuste sazonal, informou nesta quinta-feira (20) a instituição.

O índice de atividade calculado pelo BC passou de 134,00 pontos para 132,78 pontos na série dessazonalizada de julho para agosto. Estes 132,78 pontos representam o menor resultado ajustado desde dezembro de 2009, quando o IBC-Br marcou 131,22 pontos).

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A baixa do IBC-Br ficou dentro do intervalo obtido entre 33 analistas do mercado financeiro consultados pelo Broadcast Projeções, que esperavam resultado entre -0,20% e -2,17% (mediana de -0,90%).

No acumulado deste ano, a retração é de 4,98% pela série sem ajustes sazonais. Também pela série observada, é possível identificar um recuo de 5,48% nos 12 meses encerrados em agosto.

Na comparação entre os meses de agosto de 2016 e 2015, houve queda de 2,72% também na série sem ajustes sazonais. A série observada encerrou com o IBC-Br em 137,21 pontos, ante 136,02 pontos de julho e 141,04 pontos de agosto do ano passado. O indicador de agosto de 2016 ante o mesmo mês de 2015 mostrou um desempenho melhor do que o apontado pela mediana (-3,00%) das previsões de 29 analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Broadcast Projeções (-2,00% a -4,50% de intervalo).

Em janeiro, o Banco Central promoveu uma revisão na apuração do IBC-Br para incorporar a estrutura de produtos e avanços metodológicos do Sistema de Contas Nacional, entre outros indicadores. Conhecido como "prévia do BC para o PIB", o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

A previsão oficial do BC para a atividade doméstica deste ano é de queda de -3,3%, de acordo com o mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI), publicado no fim de setembro. No Relatório de Mercado Focus da última segunda-feira, a mediana das estimativas do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) este ano estava em -3,19%.

Trimestre

O IBC-Br registrou baixa de 0,41% no acumulado do trimestre de junho a agosto, na comparação com o trimestre anterior, de março a maio, pela série ajustada do Banco Central. Já na comparação de julho a agosto com idêntico período de 2015, o resultado do índice foi de queda de 3,62% pela série observada.

Como de costume, o Banco Central revisou dados do Índice de Atividade Econômica na margem, na série com ajuste. Em julho, o IBC-Br passou de -0,09% para -0,18%. Em junho, o índice foi alterado de +0,37% para 0,27%. No caso de maio, a revisão foi de -0,46% para -0,47%. O dado de abril foi de +0,23% para +0,17% e o de março, de -0,43% para -0,46%. Em relação a fevereiro, o BC substituiu a taxa de -0,27% pela de -0,32%.

A série do BC incorpora a estrutura de produtos e avanços metodológicos do Sistema de Contas Nacional - Referencia 2010, do IBGE. Destacam-se também a incorporação da PNAD Contínua em substituição à Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e a da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

Conhecido como prévia do BC para o PIB, o IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. A previsão oficial do BC para a atividade doméstica deste ano é de queda de -3,3%. No Relatório de Mercado Focus da última segunda-feira, a mediana das estimativas do mercado estava em -3,19%.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou baixa de 0,52% em novembro ante outubro, a nona consecutiva na margem, na série com ajuste. O resultado negativo informado nesta sexta-feira, 15, pelo BC, ficou menor do que a mediana de -0,90% das estimativas apuradas pelo AE Projeções com 35 instituições financeiras. O intervalo dessa amostragem ia de -1,60% a -0,43%. O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

O indicador passou de 138,09 pontos (dado revisado) em outubro na série dessazonalizada para 137,37 pontos em novembro. Na série observada, é possível identificar um recuo de 3,53% nos 12 meses encerrados em novembro. No acumulado de 2015 até novembro, a retração acumulada já está em 3,85%.

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Na comparação entre os meses de novembro de 2015 e de 2014, houve diminuição de 6,14% também na série sem ajustes sazonais. Na série observada, novembro encerrou com o IBC-Br em 136,28 pontos ante 141,15 pontos de outubro (dado revisado).

O indicador de novembro de 2015 ante o mesmo mês de 2014 também mostrou um resultado negativo menor do que a mediana (-6,78%) das estimativas de 34 analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções. O intervalo esperado para esse indicador ia de 7,50% a 6,10%.

No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de dezembro, o BC revisou sua previsão de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 de -2,7% para -3,6%. Para 2016, a primeira estimativa apresentada pela instituição é de um recuo de 1,9% da atividade.

No Relatório de Mercado Focus da última segunda-feira, dia 11, a mediana das expectativas para o PIB estava negativa em 2,99% para 2016 e em +0,88% para 2017.

O IBC-Br de novembro de 2015 é o menor da série histórica do BC desde agosto de 2010. Naquele mês, o indicador exibia 137,06 pontos (dado revisado). Já na série sem ajuste sazonal, o IBC-Br atingiu a marca de 136,28 pontos em novembro, o que representou queda de 3,45% na margem - em outubro o IBC-Br estava em 141,15 pontos (dado revisado). Com isso, o indicador é o menor nessa série desde fevereiro de 2012, quando estava em 135,35 pontos.

Trimestre

O IBC-Br registrou baixa de 0,57% no trimestre de setembro a novembro deste ano em relação ao período de agosto a outubro na série com ajuste do BC. Já na comparação entre o trimestre de setembro a novembro de 2015 e o mesmo período de 2014, na série sem ajuste sazonal, o IBC-Br registrou queda de 6,23%. O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

Revisões

O BC revisou a série do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), como faz todos os meses. No caso de outubro, a taxa verificada inicialmente em -0,63% passou para -0,55%. Em setembro, o índice de -0,47% foi alterado para -0,63%. Em agosto, a taxa inicial de -0,81% foi para -0,89%.

Em julho, a queda de 0,08% do índice sofreu mudança para -0,11%. Em junho, a taxa negativa de 0,99% foi alterada para -0,92%. Em maio, a baixa de 0,08% foi revisada para 0,01%.

No caso de abril, a queda de 1,04% mudou para -1,10%. Em março, a variação deixou de ser de -1,46% e passou para -1,40%. Em fevereiro, único mês em que houve avanço do IBC em 2015, a taxa de +0,52% foi ampliada para 0,53%. Todos os dados são referentes às variações na margem, na série com ajuste sazonal.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou baixa de 0,76% em agosto ante julho, a terceira consecutiva na margem, na série com ajuste. Em julho, o recuou foi de 0,01% e em junho, de 0,85%, segundo dados revisados nesta sexta-feira (16) pelo Banco Central).

O resultado deficitário ficou um pouco maior do que a mediana de -0,60% das estimativas apuradas pelo AE Projeções com 26 instituições financeiras. O intervalo dessa amostragem ia de -1,23% a -0,21%. O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses.

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O indicador passou de 141,08 pontos (dado revisado) em julho na série dessazonalizada para 140,01 pontos em agosto. Na série observada, é possível identificar um recuo de 2,16% nos 12 meses encerrados em agosto. No acumulado deste ano até agosto, a retração acumulada já está em 2,99%.

Na comparação entre os meses de agosto de 2015 e de 2014, houve diminuição de 4,47% também na série sem ajustes sazonais. Na série observada, agosto encerrou com o IBC-Br em 142,91 pontos ante 145,82 pontos de julho (dado revisado).

O indicador de agosto de 2015 ante o mesmo mês de 2014 também mostrou um resultado um pouco pior do que o apontado pela mediana (-4,22%) das estimativas de 22 analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções. O intervalo esperado para esse indicador ia de -5,00% a -3,65%.

No Relatório Trimestral de Inflação de setembro, o BC revisou sua previsão de queda para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 de -1,1% para -2,70%. No Relatório de Mercado Focus da última segunda-feira, a mediana das expectativas para o PIB estava negativa em 2,97% para este ano.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou baixa de 1,68% no trimestre de março a maio deste ano na comparação com o trimestre imediatamente anterior, pela série ajustada do BC. Na comparação com idênticos três meses de 2014, o resultado foi de uma queda de 3,42% na série observada.

O IBC-Br atingiu em maio o nível mais baixo desde fevereiro passado, na série sem ajustes sazonais. De acordo com a série histórica do Banco Central para o indicador, o IBC-Br passou de 142,63 pontos em abril (dado já revisado) para 140,82 pontos no mês seguinte. Em fevereiro, o indicador estava em 137,89 pontos pela série observada, patamar próximo ao de janeiro (138,87 pontos) e que só tinha sido observado antes em fevereiro de 2013 (137,44 pontos). Mensalmente, o BC realiza revisões do IBC-Br.

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A instituição revisou dados do Índice de Atividade Econômica na margem na série com ajuste. No caso de abril, a baixa de 0,84% foi substituída por queda de 0,88%. Em março, a variação deixou de ser de -1,51% e passou para -1,53%. Em fevereiro, a taxa de 0,70% foi substituída pela de 0,71%. Em janeiro, a taxa de -0,16% foi mantida.

Em dezembro do ano passado, o resultado de -0,97% foi substituído por -0,95%. Em novembro de 2014, o dado de -0,16% passou a ser de -0,22%. Em outubro, mudou de uma queda de 0,41% para uma baixa de 0,44%. Em setembro, a elevação de 0,68% deu lugar a uma alta de 0,66%. Em agosto, o avanço de 0,07% foi alterado para 0,05%. A taxa de julho foi modificada de +1,25% para +1,23%.

Depois de dois meses consecutivos de baixa, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) trouxe alívio ao demonstrar certa estabilidade na margem em maio, conforme informou nesta sexta-feira, 17, a instituição. Em maio, o indicador teve alta de 0,03%. O resultado, no entanto, ficou abaixo da mediana das estimativas apuradas pelo AE Projeções, de +0,10%, com 20 instituições financeiras. O intervalo dessa amostragem ia de -0,40% a +0,50%.

O indicador passou de 142,51 pontos (dado revisado) em abril na série dessazonalizada para 142,55 pontos em maio. Na série observada, é possível identificar uma redução de 1,72% nos 12 meses encerrados em maio. Nos primeiros cinco meses deste ano, a retração acumulada já está em 2,78%.

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Na comparação entre os meses de maio de 2015 e de 2014, houve diminuição de 4,75% também na série sem ajustes sazonais. Na série observada, maio encerrou com o IBC-Br em 140,82 pontos, ante 142,63 pontos de abril.

O indicador de maio de 2015 ante o mesmo mês de 2014 mostrou um resultado negativo um pouco mais forte do que o apontado pela mediana (-4,20%), se aproximando do teto das previsões (-3,40% a -5,10%) dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções.

No Relatório Trimestral de Inflação de junho, o BC apresentou previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2015 de -1,1%. O Ministério da Fazenda, conforme informou a Receita Federal esta semana, trabalha com uma projeção ainda pior, de retração econômica de 1,5%.

O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Vale lembrar que, no Relatório Trimestral de Inflação de março, o BC destacou que, em função da migração das contas nacionais brasileiras para o Sistema de Contas Nacionais 2010 (SCN 2010) feita pelo IBGE, o IBC-Br "deverá experimentar revisões na série histórica ao longo dos próximos meses". Isso porque o BC passará a refletir a incorporação das mudanças metodológicas e as novas informações disponibilizadas pelo Instituto.

O diretor de pesquisa econômica da GO Associados, Fabio Silveira, avalia que as quedas no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR) - de 1,07%, em março ante março de 2014, com ajuste, e de 0,81% no primeiro trimestre do ano ante o último trimestre do ano passado - mostram que o período recessivo está vindo um pouco mais forte que o imaginado pela consultoria. "Já trabalhamos com uma projeção de queda no Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 de 2%, ante uma estimativa anterior de 1,2%", disse Silveira.

Caso as projeções se concretizem, Silveira lembra que o recuo da economia brasileira só não será maior que o da Rússia este ano, entre as principais economias mundiais. "Os sinais de forte desaceleração em todos os setores já começam a se concretizar e ainda ocorrem em um cenário de inflação e juros altos, dificuldade para exportação e problemas pontuais de inadimplência", afirmou. "Essa desaceleração ainda deve seguir por mais um ano e meio", completou.

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Silveira, no entanto, avalia que um contraponto ao fraco desempenho da economia brasileira vem do mercado financeiro. A alta recente na Bolsa, por exemplo, é um exemplo desse cenário mais otimista desse mercado, fruto, segundo ele, da condução feita pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. "Mesmo com a queda (da economia), o mercado financeiro faz leitura favorável da economia. Em que pese o mergulho profundo (dos indicadores econômicos), os investidores ainda têm leitura favorável do mercado brasileiro, porque existe a percepção de que economia está sendo bem conduzida, se procura gerar um superávit primário e uma melhora das contas públicas."

Os juros futuros sobem, acompanhando o dólar e reagindo ao Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em fevereiro, que contrariou a previsão de queda na margem e subiu. A nova fase da Operação Lava Jato, que prendeu na manhã desta quarta-feira, 15, o tesoureiro do PT João Vaccari Neto será monitorada assim como a votação de destaques e emendas ao projeto de terceirização na Câmara.

Às 10h01, o contrato de DI com vencimento em janeiro de 2016 apontava 13,29%, ante 13,27% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2017, 13,00%, de 12,96%. E o contrato com vencimento em janeiro de 2021, 12,43%, de 12,42% no ajuste da véspera.

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O IBC-Br avançou 0,36% em fevereiro, ante janeiro, com ajuste, superando o teto do intervalo das estimativas coletadas pelo AE Projeções (-0,85% a +0,20%). No confronto com igual mês de 2014, o IBC-Br caiu 1,90%, menos que a mediana das previsões, de recuo de 4,00%, encontrada com base nas expectativas de declínios de 1,30% a 4,80%.

Mais cedo, a inflação pelo Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) avançou 1,27% em abril, após subir 0,83% em março, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado superou o teto do intervalo das estimativas colhidas pelo AE Projeções, que iam desde um avanço de 0,90% a uma alta de 1,24%, com mediana de 1,16%.

Ecoam ainda sobre os negócios a sinalização do BC de que a política monetária "foi, está e continuará vigilante". O mercado continua precificando chance maior de que o juro básico poderá ser elevado em 0,50 pp no fim deste mês, ante expectativa minoritária de alta de 0,25 pp.

Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) manteve hoje a taxa de depósitos em -0,20%, a taxa de refinanciamento em 0,05% e a de empréstimos marginal, em 0,30%. Agora, as atenções estão na entrevista do presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, que foi interrompida há pouco por um manifestante, mas já foi retomada. Segundo Draghi, há claras evidências de que as medidas de política monetária estão sendo efetivas e que os riscos para a perspectiva econômica se tornaram mais equilibrados.

Depois de uma queda de 0,11% em janeiro de 2015 no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), o País voltou a crescer em fevereiro e registrou expansão de 0,36% ante o mês imediatamente anterior. Apesar da melhora entre um mês e outro, a previsão da autoridade monetária para o ano fechado ainda é de retração de 0,5%, como consta no último Relatório Trimestral de Inflação.

O índice de atividade calculado pelo BC passou de 145,50 pontos no primeiro mês do ano para 146,03 pontos agora na série dessazonalizada. O resultado do IBC-Br ficou acima da mediana das estimativas dos 30 analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções (-0,22%), e fora do intervalo de queda de 0,85% a alta de 0,20%. Na série observada, é possível identificar uma queda de 0,97% nos 12 meses encerrados em fevereiro.

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Na comparação entre os meses de fevereiro de 2015 e 2014, houve retração de 3,16% também na série sem ajustes sazonais. Na série observada, fevereiro encerrou com o IBC-Br em 135,45 pontos, no menor patamar desde fevereiro de 2013 (134,14 pontos). O indicador de janeiro de 2015 ante o mesmo mês de 2014 mostrou uma retração menor do que a apontada pela mediana (-4,00%) e ficou perto do teto das previsões (-1,30% a +4,80%) de 29 analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções.

O IBC-Br serve como parâmetro para avaliar o ritmo da economia brasileira ao longo dos meses. Entre os componentes do indicador estão a Pesquisa Industrial Mensal e a Pesquisa Mensal do Comércio.

As economias das regiões Centro-Oeste e Sudeste foram as únicas a começar 2015 com o pé direito, segundo dados do Banco Central atualizados nesta segunda-feira, 16. Essa aceleração, no entanto, foi insuficiente para levar o resultado geral do País para o campo positivo. O Índice de Atividade do Banco Central (IBC) recuou 0,11% na margem no primeiro mês deste ano, de acordo com a série dessazonalizada. O principal obstáculo para uma expansão econômica no primeiro mês do ano se deu, principalmente, por conta da forte retração vista no Nordeste.

A atividade do Sudeste aumentou 0,96% de dezembro do ano passado para janeiro de 2015 e a do Centro-Oeste avançou 0,43% no mesmo período. Pelos dados do BC, o IBC-CO passou de 147,44 pontos em dezembro de 2014 para 148,07 pontos em janeiro e levou o indicador ao maior patamar desde setembro do ano passado. No Sudeste, o avanço no período foi de 143,45 para 144,82 pontos. A alta, no entanto, foi suficiente apenas para voltar ao mesmo nível de novembro de 2014.

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Já no Nordeste, o IBC recuou de 156,12 pontos para 154,33 na mesma base de comparação. Com isso, o índice da região recuou 1,15% e atingiu a menor marca desde dezembro de 2013, quando estava em 152,63 pontos. O IBC-S, da região Sul, também registrou forte queda mensal (-0,93%) de dezembro de 2014, quando estava em 145,35 pontos, para 144,00 pontos no primeiro mês de 2015 - menor nível desde julho do ano passado. No caso da região Norte, o IBC diminuiu de 160,47 para 158,99 pontos, uma baixa de 0,92%. Todos os dados são referentes à comparação na margem dentro da série dessazonalizada.

O resultado do IBC-Br em janeiro, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (16), confirma a perspectiva de retração da economia brasileira. "A queda do IBC-Br reforça nossa expectativa de retração do PIB no primeiro trimestre", escrevem os analistas do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, chefiado pelo economista Octavio de Barros.

O IBC-Br recuou 0,11% na passagem de dezembro para janeiro, já descontados os efeitos sazonais. Esse resultado teve como base de comparação a retração de 0,6% verificada em dezembro. O dado de janeiro ficou abaixo da mediana das expectativas do mercado de 0,20%, calculada pelo AE Projeções. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o indicador caiu 1,75%, acumulando queda de 0,40% nos últimos 12 meses.

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Na avaliação do economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Alves de Melo, a atividade brasileira começou 2015 mal, com o "pé esquerdo". "Os indicadores antecedentes também mostram um cenário de atividade bem fraca no primeiro trimestre. A queda de 0,11% (margem) corrobora quadro de fraqueza", afirmou.

 

Ao avaliar os números divulgados pelo BCl juntamente com indicadores de demanda doméstica, o economista ressaltou que a sinalização é de que tanto a oferta como a demanda interna estão enfraquecidas. "Agora, as duas variáveis estão andando mais ou menos próximas. Oferta tem desacelerado junto com a demanda. Reforça um resultado ruim para o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre", analisou.

O economista-sênior do Besi Brasil, Flávio Serrano, avaliou nesta segunda-feira (16) que a queda de 0,11% do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) em janeiro, ante dezembro, fica abaixo do estimado pela instituição financeira e da mediana do AE-Projeções, em 0,20%, e retrata o quadro recessivo. "Em linhas gerais, o IBC-BR retrata a atividade fraca e mostra um começo de 2015 de contração. É provável que em fevereiro permaneça, já que o varejo não deve contribuir como foi em janeiro, apontando para quadro recessivo para o primeiro trimestre e para o ano", disse.

Serrano afirmou que o esgotamento do ciclo de consumo, a restrição ao crédito e a deterioração do estoque de capital - com queda de investimento há mais de um ano e efeito negativo de oferta - contribuem para o cenário recessivo. Por isso, o economista-sênior do Besi Brasil avalia que a projeção do Produto Interno Bruto (PIB), negativa em 0,5% para 2015, deve ser revista. "Temos a sensação de uma queda próxima a 1% no PIB e só estamos esperando a divulgação do PIB de 2014 para revisarmos", concluiu.

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As elevações reais dos rendimentos do trabalho foram determinadas, em parte, pela valorização do salário mínimo, diz o Boletim Econômico Regional que o Banco Central (BC) divulgou em Porto Alegre. "A política de valorização do salário mínimo repercute sobre o poder de compra dos trabalhadores em geral e dos beneficiários da previdência social", lê-se em um dos boxes do boletim.

Nesse cenário e com foco regional, esse boxe analisa elasticidades de distintos estratos de salários da economia relativamente a variações do salário mínimo; bem como em que medida os aumentos reais dos rendimentos do trabalho exercem pressões sobre custos de produção e de investimentos.

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"O poder de compra do salário mínimo em janeiro de 2015 é o maior desde agosto de 1965, superado apenas pelo registrado no período de julho de 1954 a julho de 1965", ressalta o Banco Central. Por isso, de acordo com a autoridade monetária, não surpreende o fato de que o rendimento médio real do trabalho venha crescendo há vários anos, em todas as regiões do País. De 2003 a 2013, por exemplo, os aumentos médios anuais desses rendimentos atingiram 5,1% no Nordeste; 4,3% no Centro-Oeste; 3,7% no Norte; 3,5% no Sul; e 3,1% no Sudeste.

Indústria

Especificamente na indústria, as elevações reais dos rendimentos do trabalho não têm sido acompanhadas por aumento do pessoal ocupado. "Verifica-se que, de 2012 a 2014, a população ocupada (PO) na indústria diminui em todas as regiões, e o custo unitário do trabalho (CUT) aumenta", diz o BC. "Nesse contexto, vale investigar em que medida os aumentos do CUT são influenciados pelos aumentos reais do salário mínimo", diz o documento.

No País, o rendimento da população ocupada com renda de até um salário mínimo cresceu 52% mais do que o salário mínimo (36% no Norte; 48% no Nordeste; 49% no Sul; 56% no Centro-Oeste; e 60%, no Sudeste). De maneira análoga, o aumento dos rendimentos da faixa de um a um e meio salário mínimo superou o do salário mínimo em 1%, no país (6% no Nordeste, Sul e Centro-Oeste).

A queda de 0,1% no ritmo da atividade da Região Sul no trimestre encerrado em agosto, segundo o Boletim Regional que o Banco Central divulgou nesta terça-feira (18), deveu-se ao setor industrial e ao comércio, num ambiente de menor robustez do mercado de trabalho, diz o documento. "Nesse cenário, o IBCR-S recuou 0,1% entre o trimestre encerrado em agosto em relação ao encerrado em maio", informou o BC.

Sudeste

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Já na região Sudeste, a queda de 0,1% no ritmo da economia reflete o menor dinamismo do comércio varejista, do setor de serviços e do mercado do trabalho, de acordo com o Boletim Regional do BC.

Considerando o acumulado de 12 meses encerrado em agosto, o IBC-Br da região Sudeste também recua 0,1%. No Boletim anterior, a economia da região Sudeste cresceu 0,3%.

Centro-oeste

O ritmo de crescimento da economia da região Centro-oeste, de 1,3% no período de três meses encerrado em agosto ante trimestre encerrado em maio, foi puxado pelo desempenho da indústria da transformação e da agricultura, afirma o BC. "Nesse cenário, o IBCR-CO se expandiu 1,3% no período, em relação ao trimestre finalizado em maio", diz o documento. No acumulado de 12 meses até agosto, a atividade no Centro-oeste cresceu 2% ante alta de 1,7% nos 12 meses encerrados em maio.

Nordeste

As atividades industrial e do comércio foram as responsáveis pela queda de 1,1% da economia da região Nordeste no trimestre encerrado em agosto, segundo BC. No período de três meses encerrado em maio, o IBC-Br da região havia crescido 3,5%.

Já no período de 12 meses encerrado em agosto, a economia do Nordeste cresceu 3,3% e 4% no acumulado dos oito primeiros meses do ano em relação a igual período em 2013.

Norte

De acordo com Boletim Regional do BC, a atividade econômica na região Norte caiu 1,1% no trimestre terminado em agosto, com ajuste sazonal, em relação ao período de três meses encerrado em maio, na esteira da queda da atividade industrial e do comércio varejista.

No trimestre encerrado em maio, o IBC-Br do Norte havia crescido 1,6%. No acumulado de 12 meses encerrados em agosto, a economia da região Norte cresceu 3% em relação ao mesmo período do ano passado, ante 3,6% nos 12 meses encerrados em maio.

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