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Das rodas de samba do bairro da Pedreira, em Belém, aos palcos de diversas cidades da região Norte, o jovem cantor Luizinho Moura já é nome conhecido no cenário musical. Nesta sexta-feira (2), o sambista paraense se prepara para dar um passo importante na carreira: a gravação de seu álbum de estreia. Reunindo canções autorais e sucessos, o cantor realiza um show inédito, a partir das 19 horas, na casa de shows White House, em Icoaraci, distrito da capital do Pará.

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Intitulado “New Bamba”, o espetáculo enaltece as diversas sonoridades nortistas e faz uma homenagem ao samba produzido por artistas paraenses. Com duração de uma hora e meia, o show terá 12 músicas e algumas participações especiais. Na banda, nove músicos proporcionarão grande qualidade sonora, com percussões, bateria, instrumentos de sopro, violão e contrabaixo. 

“Me sinto muito feliz, pois este é um sonho que todo músico deseja realizar. Um álbum próprio significa portas abertas para o mundo todo escutar e apreciar a sua arte, e isso é muito gratificante. O show está sendo preparado com muito carinho”, afirma Luizinho, que aos 20 anos de idade já tem cinco dedicados à música. 

Luizinho Moura concilia sua carreira musical com os estudos na área da comunicação. Ele é estudante de Jornalismo na Universidade Federal do Pará (UFPA) e, mesmo com a vida acadêmica, continua desenvolvendo seus projetos artísticos.

Atualmente, o sambista é o mais jovem intérprete oficial de escolas de samba do Brasil e seu trabalho já foi reconhecido nacionalmente, pois já abriu shows do grupo Fundo de Quintal, além de Neguinho da Beija-Flor e Renato da Rocinha. 

O “New Bamba” fará homenagens às manifestações da cultura paraense, como o Carnaval e o Círio de Nazaré, utilizando-se de elementos dos mais diversos gêneros e ritmos musicais brasileiros. O material captado durante o show será transformado num CD ao vivo, mais videoclipes. O projeto é financiado por emenda parlamentar de Edmilson Rodrigues, atual prefeito de Belém e ex-deputado federal.

Serviço

Show e gravação de CD “New Bamba”, de Luizinho Moura.

Data: 2 de junho (sexta-feira).

Horário: 19h. Local: White House, na travessa do Cruzeiro, em Icoaraci.

Ingressos gratuitos. Para quem desejar aproveitar o espaço White House, há o consumo à parte no restaurante.

Por Giullia Moreira, da assessoria do evento.

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Realizada por meio do Programa de Extensão Coroatá, do Campus do Marajó da Universidade Federal do Pará (UFPA), a websérie documental “Vivências do carimbó” evidencia o ritmo como ferramenta de ensino, promove maior valorização da cultura regional e o intercâmbio entre saberes populares e acadêmicos.

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O carimbó está presente em pelo menos 100 municípios do Pará. Em 2014, foi registrado como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Durante os episódios, a websérie apresenta os fazedores de carimbó de Icoaraci, professores e mestres de carimbó de Soure, no Marajó, e entrevistados da Região Metropolitana de Belém

De acordo com Priscila Cobra, jornalista e mestra em Ciências Sociais pela UFPA e idealizadora e codiretora da websérie, a ideia surgiu de um rearranjo de formato devido à pandemia. A princípio, seria um projeto presencial. “A ideia era ir em cada um desses territórios e fazer oficinas, rodas de conversa e encerrar com rodas de carimbó”, explicou Priscila Cobra.

A série faz a ligação entres duas áreas normalmente afastadas: cultura popular (presentes nas ruas, nos grupos e rodas de carimbó) e educação dentro de sala de aula. “Buscamos promover o diálogo entre as áreas da educação, cultura e salvaguardar o carimbó”, afirmou a codiretora.

“Vamos mostrar na websérie que o carimbó não é apenas um ritmo. É um estilo de vida, uma raiz ancestral da nossa Amazônia indígena e negra: dos nossos rios, da floresta e também do asfalto, do ambiente urbano”, contou Priscila Cobra. Carimbozeira do Distrito de Icoaraci, Priscila explicou que a websérie mostra ao público como o carimbó é uma forma de resistência secular e pode ser uma ferramenta muito útil para o ensino dentro e fora da sala de aula.

Para Ailton Favacho, professor e poeta, o carimbó pode promover maior interação entre a vivência da comunidade acadêmica com os mestres de cultura e grupos de carimbó. “A grande importância do carimbó é porque ele pode ser uma ferramenta pedagógica muito atraente, isso faz com que o aluno se interesse pela aula e pela cultura dele mesmo”, afirmou o professor.

Marcos Correa, codiretor da websérie, afirma que o carimbó também traz o ambiente urbano e a realidade do asfalto. “Com as gravações vivenciamos aspectos dessa cultura e como ela pode ser ensinada e utilizada como ferramenta para educação em sala de aula”, disse. A série está disponível na plataforma de vídeos on-line YouTube (para assistir, clique nos episódios abaixo).

Serviço

Episódio 1Episódio 2, Episódio 3.

Por Emilly Lopes e Júlia Marques (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

Em comemoração ao Dia das Crianças, a Faculdade UNINASSAU vai dar apoio a uma tarde alegre para mais de 100 crianças de Icoaraci, distrito de Belém. A programação é gratuita e aberta ao público e será nesta dia 12 de outubro, às 15 horas. O evento vai ser dentro do residencial Quinta dos Paricás, na Casinha de Eventos da rua 12.

A ação entrou no calendário de atividades de Responsabilidade Social da instituição. A ideia é proporcionar um momento lúdico e educativo às crianças de baixa renda ou em situação de vulnerabilidade social. Uma das atividades mais aguardadas é o “Cineminha das Crianças”, com exibição da animação “Viva – A vida é uma festa” (2017).

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De acordo com o diretor da UNINASSAU Belém, Éden Ferreira, não há critério para a participação no evento. “O convite está sendo endereçado aos pais. Qualquer criança pode participar da programação, mas é necessário estar de máscara e na presença do responsável, além de respeitar os protocolos de prevenção da covid-19, o que inclui o distanciamento social”, diz o gestor.

Na programação, o público infantil vai poder participar, ainda, de brincadeiras, receber lanches e brindes da UNINASSAU Belém. Segundo um dos organizadores da ação e colaborador da Instituição, Matheus Brito, essa é a segunda vez que a Instituição o apoia em ações para comunidades de Icoaraci. “Para esta ação, organizamos o 'cineminha' e brincadeiras de rua, com bola, corda e elástico. O objetivo é exatamente tirá-las das ruas e garantir um divertimento, uma tarde alegre para todas”, finaliza.

O “Cineminha das Crianças” é uma parceria entre os moradores da localidade e do Instituto Maria & Marias de Belém, que proporciona gratuitamente oficinas, cursos e ações sociais a diversos bairros de Belém.  

Serviço

Local: Quinta dos Paricás, na Casinha de Eventos da rua 12 - Icoaraci, 15 horas.

Por Rayanne Bulhões/Ascom UNINASSAU.

Uma mulher foi torturada e obrigada a comer fezes de animais pelo seu ex-namorado identificado como Márcio Cruz da Conceição, de 19 anos. O fim do relacionamento foi a motivação para as agressões físicas e psicológicas que a vítima sofreu. O acusado foi preso nesta última terça-feira (2).

As torturas aconteceram no dia 23 de junho, no distrito de Icoaraci, no Pará. No entanto, a Polícia Civil só pôde cumprir o mandado de prisão depois que o Ministério Público do Pará pediu, após ouvir o depoimento da mulher e analisar todo o material entregue por ela. 

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Segundo publicação do G1, a vítima foi torturada por cinco horas. Ela teve o cabelo raspado com uma navalha, sofrendo cortes no couro cabeludo e no rosto, além de ter sido brutalmente espancada com uma barra de ferro. Ao final da barbárie, Márcio fez um corte superficial na testa da ex-namorada em forma de "M", em uma alusão ao seu nome.

Preso, o acusado foi encaminhado para o Centro de Triagem Metropolitana II, na Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará. 

A arte em cerâmica está entra os principais elementos da cultura amazônica. Em 28 de maio é comemorado o Dia do Ceramista, data que resgata a importância dos artesãos para a história do povo da região.

O ceramista é o profissional que trabalha com a manipulação de argila, matéria-prima usada desde a pré-história na fabricação de ferramentas e utensílios como vasos, pratos e recipientes para armazenar água e alimentos. A cerâmica surge quando a argila é posta ao fogo, endurecendo. 

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Chandra Faro, pesquisadora de artes, desenvolve estudos sobre as técnicas utilizadas no processo de criação de objetos de cerâmica. “Temos várias técnicas utilizadas na cerâmica. A técnica do rolinho, que vem dos nossos antepassados indígenas e que através da confecção de rolinhos, e montando uns em cima dos outros, vão se confeccionando as peças, tanto utilitárias como artísticas. Temos também a técnica do torno, em que movimentos feitos pelos pés e mãos vamos moldando as peças. Temos a técnica do emplacamento, confecção de peças e painéis com pigmentos que naturais extraídos da própria argila colorida encontrada sempre em rochas nas praias", assinalou. 

Segundo Chandra, os ceramistas também desenvolvem suas próprias técnicas, dependendo da criatividade. "Depois de confeccionadas as peças, temos que esperar secar a argila para fazer o processo da queima em temperatura no mínimo de 800 graus. Temos o forno artesanal, que é confeccionado com tijolo areia e cimento e usamos lenha. Leva uns três dias para queimar e só podemos tirar do forno quando ele esfriar, para não rachar as peças com o choque térmico. Temos também o forno elétrico, que chega a altas temperaturas." 

Para Chandra, a cerâmica é muito importante na arte paraense. "Temos a cerâmica marajoara originária do Marajó, que tem sua identidade e características próprias; temos também a cerâmica tapajonica produzida no interior do Estado do Pará, mas a minha cerâmica não tem vínculo com essas cerâmicas eu criei a minha própria identidade. São peças criadas por mim e únicas", desatcou. 

O Pará tem um grande polo de cerâmica em Icoaraci, distrito de Belém. "De Icoaraci se exporta cerâmica para varios países”, disse Chandra. 

Da Redação do LeiaJá Pará. (Com apoio de Lucas Velloso).

 

 

 

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No último sábado (17), a ilha de Mosqueiro foi sede da 1ª edição do Rally Amazônico de Kitesurfe, esporte aquático que utiliza uma pipa e uma prancha com suporte para os pés. O desafio era chegar primeiro na orla de Icoaraci, distrito de Belém, distante 35 quilômetros do local da largada, a praia do Chapéu Virado. O evento contou com a participação de atletas locais e do Estado do Amapá.

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Segundo as informações de Jorge Raiol, professor de kitesurfe e idealizador do evento, o Rally Amazônico é uma prova de resistência. Os participantes devem concluir o percurso no menor tempo possível. A prova exigiu uma condição técnica avançada por parte dos atletas, para um percurso em rios com grandes ondas e bastante vento. 

Jorge Raiol disse que na prova há alguns obstáculos. “A maior dificuldade é velejar com diferentes intensidades de ventos e altas ondas dificultando a velocidade na água”, explicou. Segundo o professor, a alta temporada em praias de água salgada, como Salinas, Ajuruteua e Marudá, se inicia no mês de agosto com ventos fortes, atraindo os amantes do esporte. Em água doce, a temporada começa em setembro e vai até o mês de dezembro, que são as praias de Mosqueiro, Outeiro, orla de Icoaraci, orla de Belém e Vila do Conde, em Barcarena.

O evento estimula o turismo e a economia na ilha de Mosqueiro. Atrai atletas, curiosos e apreciadores do esporte.

Rodrigo Barros, proprietário do Hostel Casa de Praia, em Mosqueiro, destacou o apelo turístico da prova. “Esse tipo de evento é muito interessante para o turismo, visto que atrai atletas e apreciadores. Atração bonita de ver, além de aquecer o comércio local”, disse. Os três primeiros colocados foram Eliton Franco, do Amapá; Gigante, do Pará; e Francimar Chumbinho, do Amapá.

O site Infoescola tem informações detalhadas sobre o kitesurfe: “É um esporte aquático que utiliza uma pipa ou papagaio e uma prancha com suporte para os pés, sendo o objetivo 'voar' e deslizar sobre a água, puxado pela pipa. É uma mistura de windsurfe, surfe e wakeboard. Este esporte é bem recente e está ficando popular no Brasil e no mundo. A pipa é presa em um cinto, na cintura do esportista, e ele se coloca em cima da prancha sobre a água. A partir daí o vento impulsiona a pipa, fazendo a prancha deslizar sobre a água. O esportista tem uma barra de controle, com a qual pode escolher seu trajeto e realizar saltos incríveis. O kitesurfe foi criado em 1985 por dois franceses: Bruno e Dominique Legaignoux. O nome vem da junção de duas palavras inglesas: kite, que significa pipa, e surf, que quer dizer deslizar sobre a água”.

 

A escola Avertano Rocha, localizada no distrito de Icoaraci, realizou na sexta-feira (18) uma variada programação de atividades em homenagem ao Dia da Consciência Negra.  Os alunos que compareceram à escola tiveram a oportunidade de participar de atividades de dança, maquiagem, grafitagem, cinema etc. 

De acordo com o diretor da escola Avertano Rocha, Adaelson Santos, a Universidade da Amazônia colaborou de forma significativa nas diversas atividades do colégio. “A Unama surge como parceira muito importante. Nós tivemos o primeiro contato no primeiro semestre;  a Unama veio para dentro da escola contribuindo para o desenvolvimento de algumas oficinas voltadas para a formação docente e experiência de aprendizagem dos nossos alunos”, disse o professor, ressaltando que, entre as atividades mais importantes, as oficinas e feiras vocacionais foram as principais.

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O professor Odmar Melo destaca os efeitos positivos que os projetos pedagógicos e a sala de aula causam nos alunos. “Despertam nos nossos alunos o senso crítico, protagonismo juvenil, interesse pela escola, o gostar de aprender. E, a partir disso, eles começam a se enquadrar num perfil de interesse maior na escola”, afirma o professor, que garante: “Eles (estudantes), a família e a escola ganham. É um ganho geral”.

Aluna do primeiro ano da Avertano Rocha, Adria Sousa reforça a importância da conscientização do assunto. “O negro não é só o escravo, como era visto antigamente. E sim, são pessoas, humanos que podem ser valorizadas”, conclui. 

Agora a Escola Avertano Rocha inicia a contagem regressiva para a abertura dos jogos internos, previstos para começarem no dia 2 de dezembro. A expectativa é de que mais de cinco mil alunos estejam presentes no evento. 

Por Mateus Miranda.

Mais de 300 embarcações participaram de uma das mais icônicas procissões religiosas da Amazônia, o Círio Fluvial. Na terceira romaria da festa de Nazaré, na manhã deste sábado (8), a imagem peregrina foi embarcada no navio Garnier Sampaio, no Distrito de Icoaraci, para o percurso de 18 quilômetros na baía de Guajará, rumo ao centro de Belém.

O Círio Fluvial é realizado há 30 anos. Na procissão, as embarcações singram enfeitadas no ritmo do navio principal, que leva a imagem. Curiosamente, a imagem original de Nossa Senhora de Nazaré foi encontrada pelo lavrador Plácido às margens de um igarapé, no atual bairro de Nazaré.

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A imagem peregrina foi levada em uma cúpula de vidro à Escadinha do Cais do Porto, ao lado da Estação das Docas, na Campina. Milhares de fiéis já esperavam a chegada, por volta das 11h30.

Homenagens - O desembarque marca o início da quarta procissão do Círio, a Motorromaria, a homenagem exclusiva dos motociclistas. A chegada da imagem à Escadinha também é marcada pela homenagem do Arraial do Pavulagem e seus brincantes.

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A Universidade da Amazônia (Unama) e o Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) firmaram nesta sexta-feira (9) parceira para a implementação do Núcleo de Práticas Restaurativas no distrito de Icoaraci, em Belém. O núcleo tem por objetivo fortalecer a justiça restaurativa para a solução de conflitos e redução de processos judiciais por meio de acordos entre as partes.

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Em entrevista ao LeiaJá, a vice-reitora da Unama, Maria Betânia Fidalgo, destacou a importância da parceria entre a instituição e o Ministério Público. “Para a Universidade da Amazônia, essa parceria com Ministério Público é muito importante porque vamos poder contribuir com nossos professores e alunos, para que a teoria da sala de aula possa ter uma aplicação prática”.

“A importância ainda maior é por ser um projeto piloto”, afirmou Maria Betânia Fidalgo. “A prática restaurativa é uma nova modalidade, de você conseguir organizar o conflito e promover a cultura de paz. Acredito que hoje o diálogo é a grande possibilidade para a construção de uma sociedade muito mais justa”.

Para Ananda Peixoto, acadêmica do curso de Serviço Social da Unama e estagiária do Núcleo de Práticas Restaurativas, a implantação do projeto vai trazer muitos benefícios para a população de Icoaraci. “O projeto vai ser muito importante para reestruturar as pessoas, principalmente porque vai auxiliar na solução de conflitos seja na área juvenil, da família e do idoso. É o meu primeiro ano de estágio, e o que posso dizer é que já está sendo uma experiência maravilhosa, pelo fato de poder estar ajudando outras pessoas”.

O Núcleo de Práticas Restaurativas, por meio da parceria entre Unama e Ministério Público, vai atender demandas da sociedade com o papel institucional para estimular uma cultura de paz, ajudando a romper com ciclos de violência e conflitos. Para isso, o núcleo em Icoaraci contará com profissionais da Unama.

Para Sinara Lopes Lima, titular da 2ª Promotoria de Justiça de Cível e Defesa Comunitária e Cidadania (PJCDCC), o convênio é histórico. "Esse evento marca a implantação dessa justiça restaurativa. Se trata de uma justiça pacificadora, uma justiça de paz que surge como uma outra alternativa para combater a violência e para estimular a paz social", afirmou. 

Conhecimento - A coordenadora do curso de Serviço Social da Unama, Fábia Miranda, afirmou que a cooperação da instituição juntamente com o Ministério Público vai possibilitar uma troca de conhecimento. "Acredito que essa parceria vai ajudar a expandir o conhecimento tanto dos acadêmicos quanto dos professores. Vai ser um espaço de produção de conhecimento e principalmente vai trazer muitos benefícios para a sociedade, porque o projeto objetiva a cultura de paz".

Inicialmente, o projeto irá atender demandas das promotorias de Icoaraci, sob a coordenação dos promotores do Distrito. O Núcleo de Práticas Restaurativas contará com a colaboração dos técnicos da Universidade da Amazônia, capacitados para a realização dos ciclos restaurativos, que atuarão em conjunto com os técnicos do Ministério Público do Estado do Pará.

Um incêndio destruiu uma casa no distrito de Icoaraci, em Belém, na tarde de quinta-feira (23) e, também, arruinou a comemoração do aniversário de João Paulo Silva, prestes a completar naquele dia nove anos de idade. A família do garoto, composta por mais quatro membros, perdeu tudo e as causas do incidente, até então, são desconhecidas. Mas o amor de João Paulo pelo Remo fez a diferença.

Ainda na quinta-feira, por conta da repercussão do incêndio e da tristeza de João Paulo, que teria uma festa decorada com as cores do Leão, o clube resolveu entrar na jogada. Uma campanha foi iniciada pelas redes sociais para colaborar com a família do menino. Principalmente a partir da doação de roupas, comidas e itens de higiene.

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E, na tarde de sexta-feira (24), o Remo dedicou o dia ao garoto e familiares dele. Pai, mãe, irmão e amigos foram ao estádio Baenão para conhecer os jogadores azulinos, que faziam o último treinamento para o duelo diante do ABC, pela sexta rodada da Série C.

João Paulo brincou de bola com os irmãos, conversou com o goleiro Fernando Henrique, o meia Eduardo Ramos - o jogador favorito do menino -, recebeu um par de chuteiras do zagueiro Brinner e uma camisa autografada de todos os jogadores da equipe. Dentro do gramado, a família do garoto estava muito emocionada. E a torcida presente no estádio, que entrou graças a doações de alimentos feitas na portaria, cantou parabéns ao garoto.

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União - O mais animado na festa era o pai de João Paulo, o carpinteiro Natanael Silva, que falou como tudo ocorreu, além das ajudas que recebeu não só do Remo, como também de torcedores do Paysandu e Tuna: “Estou agradecido por tudo que eles fizeram pela gente. Não só eles, como outras pessoas também. Em relação ao Remo, isso é muito gratificante, principalmente para meu filho. Para o futuro, ele pode acreditar que muitas coisas virão pela frente”, disse.

O presidente do Remo, André Cavalcante, falou de como surgiu a iniciativa e enalteceu a participação da torcida. “A torcida do Remo se caracteriza pelo engajamento. Ontem, logo depois de sair uma reportagem numa emissora da cidade, a história se viralizou. Muitas pessoas ligaram para nós, que já estávamos nos organizando. Então, a diretoria não podia ficar passível a essa história triste. Mas, ao mesmo tempo, revela o quanto o clube do Remo é importante na vida das pessoas”, afirmou o dirigente.

Após o momento dentro do gramado, João Paulo e familiares foram levados a um espaço reservado exclusivamente para eles no refeitório do Baenão. Lá estava organizada a segunda parte da festa, com bolo, balões, comidas e mais um “parabéns para você”, cantando ao lado do presidente André Cavalcante, jogadores, líderes de torcida e o mascote Leão. João Paulo falava pouco, era quase monossilábico, mas sorria muito. A alegria estampada no rosto do menino, que sonha em ser jogador de futebol e fazer muitos gols, dizia muito mais do que as palavras curtas que pronunciava. 

Por Mateus Miranda.

O distrito de Icoaraci fechou as comemorações do Carnaval no Pará com o cortejo de 3 quilômetros do bloco Rabo do Peru, que percorre as ruas do distrito de Belém na Quarta-feira de Cinzas há duas décadas. Segundo os organizadores do evento, cerca de 160 mil pessoas se concentraram na rua Siqueira Mendes, epicentro da folia, e imediações.

Foram duas horas de muita diversão embalada ao som de marchinhas e sucessos de todos os estilos musicais. Moradores do distrito se fantasiaram e esperavam pela passagem do bloco na frente de suas casas e nas sacadas dos prédios. Nem a chuva forte que caiu no início da tarde tirou os foliões das ruas.

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O bloco Rabo do Peru ganhou as ruas de Icoaraci nos anos 90, quando um grupo de amigos resolveu organizar um pequeno bloco que seguia dos bairros centrais até a orla tocando tamborins e cantando. Em seguida, a brincadeira evoluiu e ganhou adeptos com a adoção de um peru gigante como abre alas. Atualmente, o evento faz parte do calendário oficial da folia do distrito.

Os moradores de Belém e Icoaraci serão presenteados com canções natalinas em uma versão especial, no concerto de natal, no mês de dezembro. Em frente ao Teatro da Paz, a orquestra da Amazônia Jazz Band (AJB), nesta sexta-feira (18), apresentará canções como “Jingle Bells”, “Noite de Paz”, “Greensleeves”, “Noite Santa”, “Boas Festas” e “Aleluia" de Handel, entre outras. Em Icoaraci o evento será dia 21, em frente à igreja São João Batista. Ambas às 20 horas. As apresentações serão feitas ao ar livre.

Em declaração à Agencia Pará, Nelson Neves, maestro da orquestra, diz que a esperança é de superação do número de pessoas que irão assistir e que espera um grande público para celebrar o natal com a AJB. Ele também declara que a preparação para o concerto já vem sendo feita há algum tempo e que as músicas que serão tocadas são bem conhecidas. Além disso, Nelson afirma que está ansioso com relação ao repertório e com a apresentação da música “Aleluia”, de Hendel, pois esta será exibida em uma nova versão com um arranjo único. “Começaremos com percussão de levada africana, passaremos pelo funk e terminaremos em samba”, explica o maestro.

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Promovido pelo Governo do Estado do Pará, o projeto “Natal com Arte em Toda Parte”, por meio da Secretaria de Cultura (Secult), integra o evento “Concerto de Natal da Amazônia Jazz Band”. O Coro Lírico, Camerata de Cordas e solistas convidados, como a soprano Luciana Tavares e Alcir Meireles (flauta), sob a regência de Nelson Neves, além da AJB, estarão participando do evento.

Programação extra: Além do Projeto “Natal com Arte em Toda Parte”, a programação de natal da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) inclui uma cantada de Natal com o grupo musical Cristo Alegria, dia 20, no Museu de Arte Sacra da Igreja Santo Alexandre, às 19 horas. Com entrada franca a apresentação será composta basicamente por canções tradicionais da época.

A Estação das Docas também contará com apresentações de corais entre os dias 18 e 23 de dezembro. Terá também a encenação tem um espetáculo teatral, em horários diversos, que estão disponíveis no site www.estacaodasdocas.com.br

Para encerrar a programação do Projeto Bravíssimo de 2015 haverá uma apresentação de um coral natalino, em frente ao Museu do Estado do Pará, dia 23, às 20 horas. Para mais informações sobre o evento: 4009-8758.

Um dos assuntos mais frequentes hoje em dia é a redução da maioridade penal. Discute-se a validade de tal medida e também a participação de jovens e adolescentes em crimes. No Congresso Nacional, a bancada mais conservadora apoia a diminuição para 16 anos, enquanto que a bancada progressista, que defende os Direitos Humanos, argumenta sobre as problemáticas de tal escolha.

O defensor público João Paulo Ledo, do Núcleo de Atendimento Especializado da Criança e do Adolescente (Naeca) da Defensoria Pública de Icoaraci, juntamente com dois estagiários, realizou uma pesquisa neste distrito sobre a participação de jovens em crimes. O objetivo do trabalho, além de conhecer quem é o adolescente envolvido em crimes, foi buscar a relação com a educação como instrumento de transformação social. “No grupo geral dos adolescentes, somente 2% deles que cometeram crime em Icoaraci estiveram em dia com o ensino”, afirma João Paulo. “Esse adolescente está fora da rede de ensino, não tem oportunidade de emprego, então as portas se fecham, e ele pode ou ser captado pelo crime ou acabar sendo preso também.”

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Outras questões foram analisadas na pesquisa, como a etnia desses jovens. A maioria deles se autointitulava parda, sendo 79%. Os brancos são 8% e outros 9% não responderam. Além disso, foi visto também quais são os crimes respondidos por esses adolescentes. O primeiro é o tráfico de drogas. “Eles entram no crime normalmente como aviãozinho, fazendo a distribuição de pequenas quantidades de drogas”, diz João. O outro crime mais cometido é o roubo, 27% dos crimes ocorridos em Icoaraci. “Uma boa maioria desses processos de roubo de adolescentes era referente aos que pegam um celular, uma bolsa e correm seja numa moto, uma bicicleta ou, até mesmo, a pé. Os outros crimes seriam furto, porte de arma e outro”, afirma.

Os adolescentes que respondem a crimes representam apenas 5% dos processos. Os outros 95% são de crimes cometidos por adultos. Além disso, 100% desses jovens são assistidos pela Defensoria Pública, ou seja, não pagam um advogado particular para defendê-los. Isso, para João, representa que eles vêm de famílias pobres.

Sobre a diminuição da maioridade penal, João acredita que essa pesquisa demonstra que essa medida não é válida. Seria somente uma resposta simbólica para um problema que não será resolvido da noite para o dia. “A discussão sobre a diminuição da maioridade penal desvirtua o foco. Porque todos os direitos que estão previstos no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), e que se fossem implementados de fato diminuiriam o problema da criminalidade desse grupo de adolescentes, vem sendo desrespeitados de forma sistemática pelo Estado e pela sociedade, porque ela também é responsável, os pais são responsáveis, a família é responsável. Então para tentar resolver você dá uma resposta simbólica. Um olhar mais atento, mais preocupado, demonstra que essa medida é uma falácia, um estelionato legislativo, como dizem alguns autores. Por que isso? Porque promete algo que sabe que não vai cumprir. Promete-se que a redução da maioridade penal diminuirá a criminalidade, quando na verdade isso não ocorre”, afirma.

Uma das principais metas da pesquisa é mostrar que, para resolver o problema, deve-se investir em educação: 93% dos adolescentes envolvidos em crimes em Icoaraci têm 17 anos e o ensino fundamental incompleto. O problema, portanto, segundo João, não será resolvido com prisão, mas sim com uma preocupação social mais acentuada, que dê apoio a esse adolescente. “Quer diminuir a criminalidade? Vamos melhorar a educação. Vamos dar um jeito de manter esse adolescente na escola”, diz João.

 

Veja entrevista com o defensor no o vídeo abaixo: 

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