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"O mate é o que me ajuda" e, que "fique claro, não provei (folha de) coca", confessou nesta segunda-feira o Papa argentino aos jornalistas que o acompanhavam no voo de retorno da América Latina à Itália.

Interrogado pelos jornalistas sobre o segredo de sua energia aos 78 anos, depois de ter cumprido uma agenda extenuante durante sua viagem de oito dias a Equador, Bolívia e Paraguai, o Papa brincou.

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"Você quis dizer minha droga?", disse rindo.

"Mas não provei (folha de) coca. Que isso fique claro", declarou.

Sobre a moda do selfie com o Papa, que ele aceita sem protestar em todos os lugares que percorre, Francisco mostrou seu lado mais humano.

"É outra cultura. Sinto-me bisavô. Hoje ao me despedir um policial grande me pediu que fizesse um selfie. Disse, 'olha, você parece um adolescente'. É que é outra cultura", revelou.

Na coletiva da imprensa também falou sobre o polêmico crucifixo que recebeu de Evo Morales talhado em madeira sobre uma foice e um martelo.

Ao ser perguntado sobre o que sentiu quando viu a foice e o martelo com o Cristo entregue pelo presidente Morales, Francisco respondeu: "É curioso, eu não conhecia isso e não sabia que o padre (Luis) Espinal era escultor e poeta, soube estes dias. Quando o vi, para mim foi uma surpresa. Segundo, pode-se classificar como o gênero da arte de protesto", explicou.

Francisco também se pronunciou durante o voo ao processo de paz na Colômbia entre o governo e a guerrilha comunista das Farc, cujas negociações em Cuba atravessam uma fase delicada.

"Me preocupo neste momento para que o processo de paz na Colômbia não pare. Devo dizer: espero que vá adiante. Estamos sempre dispostos a ajudar. De tantos modos. Seria feio que não pudesse seguir adiante", disse no voo que o conduzia a Roma.

"Desejo e devemos rezar pela Colômbia, para que este processo não pare. Depois de 50 anos e muitos mortos, ouvi que foram milhares de mortos", disse.

O papa Francisco chegou à Bolívia, nesta quarta-feira, procedente de Quito, na segunda escala de sua viagem pela América do Sul.

Ele permanece no país até sexta e, depois, segue para o Paraguai.

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O avião com o sumo pontífice aterrissou às 17h15 (18h15 de Brasília), no aeroporto de El Alto, vizinho da cidade de La Paz. O papa foi recebido pelo presidente Evo Morales, que o abraçou e lhe entregou uma "chuspa" (pequena bolsa andina).

O papa Francisco enviou uma mensagem de incentivo e uma bênção a Lisandro Zeno, um argentino de 25 anos que sofre de leucemia e lidera uma campanha nas redes sociais para impulsionar a doação de sangue e de medula óssea.

A mensagem foi gravada no domingo no corredor do avião que levou o pontífice do Vaticano ao Equador por uma jornalista da cidade de Rosario, 300 km ao norte de Buenos Aires, de onde é proveniente o jovem chamado de "Lichu".

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O Papa iniciou no Equador uma viagem pela América do Sul que também incluirá Bolívia e Paraguai.

"Lichu, me contaram de sua doença, rezo por você, peço que Jesus te acompanhe, te dê forças, devolva sua saúde", declarou o Papa argentino olhando para a câmera, na mensagem replicada nas redes sociais e pela imprensa.

O Sumo Pontífice acrescenta: "Deixe ser conduzido pela mão de Deus, que a Virgem te proteja muito. E peço que reze por mim. Te abençoo de todo o coração".

A história deste estudante do último ano de medicina e jogador de rúgbi se tornou pública quando lançou pelas redes sociais uma campanha de solidariedade para impulsionar a doação de sangue e medula óssea.

Zeno soube que tinha leucemia em 3 de novembro de 2014 e a partir dali sua vida mudou: "Não me queixo do que aconteceu, agradeço", declarou o jovem, que já foi submetido a três tratamentos de quimioterapia.

"Líderes eternos", como os que existem nas ditaduras, não têm lugar na Igreja, afirmou o papa Francisco, dirigindo-os aos líderes de movimentos católicos.

De acordo com a Santa Sé, que publicou neste sábado (4) o texto de seu longo discurso improvisado, o Papa se expressou na sexta-feira à tarde na Praça de São Pedro diante de dezenas de milhares de membros do Congresso Nacional da Renovação Carismática, movimento que insiste nos "dons" do Espírito Santo, como os pentecostais.

Referindo-se a "casos tristes" de líderes leigos de movimentos eclesiais que acreditam ser "insubstituíveis" e "eternos", o Papa afirmou que "devemos prever um tempo limitado para os cargos, que são em realidade serviços".

"Para todos os serviços na Igreja, é bom que tenham um vencimento, não há líderes eternos na Igreja. Isso acontece em alguns países onde há ditadura", disse ele. O Papa criticou ainda a tentação do poder. "O diabo entra sempre pela carteira", afirmou.

Francisco criou polêmica ao afirmar com insistência que a renúncia de Bento XVI foi um grande gesto e que tinha um precedente legítimo. Ele deu a entender que não descarta seguir o exemplo, apesar de nunca ter dito que renunciaria.

Para alguns católicos tradicionais, o Papa, "vigário de Deus na Terra", escolhidos pelos cardeais sob a inspiração do Espírito Santo, deve permanecer como pontífice até seu último suspiro.

O papa enviou suas condolências a França, Tunísia e Kuwait após os atentados de sexta-feira e condenou "mais uma vez a violência" e "pediu a Deus que conceda o dom da paz" - informou neste domingo o Vaticano.

Francisco expressou em uma mensagem dirigida à França "sua profunda empatia às pessoas afetadas e a suas famílias, pedindo ao senhor que lhes console nesta provação".

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No comunicado, o pontífice condenou os ataques, que deixaram um morto na França, 26 vítimas no Kuwait e 38 na Tunísia.

O papa "condena novamente a violência que gera tanto sofrimento e pede ao Senhor o dom da paz, invocando a bênção divina para as famílias das vítimas", informou o Vaticano.

Em outro comunicado separado, destinado ao povo tunisiano, o papa afirmou estar com suas orações "junto às famílias em luto" e em uma carta aos kuwaitianos, expressou que o povo não deve perder a força frente ao diabo.

A histórica igreja negra onde nove pessoas foram mortas na quarta-feira reabrirá as portas para um culto neste domingo.

A notícia foi divulgada no mesmo dia em que a polícia federal norte-americana (FBI) afirmou estar investigando um suposto manifesto racista escrito pelo atirador Dylann Roof.

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Neste sábado, um site de apoio a Roof publicou fotos dele segurando uma bandeira norte-americana em chamas. Uma foto mostra ele segurando uma bandeira confederada, utilizada por estados sulistas pró-escravidão durante a Guerra Civil Americana e agora considerada por líderes dos direitos civis como um símbolo de segregação.

O site revelou ainda um manifesto racista de 2,5 mil palavras com discursos de ódio contra negros e exaltação da "supremacia branca". O texto termina com o autor dizendo que "terá de tomar medidas". Segundo registros, a página foi criada em 9 de fevereiro e está hospedada na Rússia.

Autoridades dizem que ainda não está claro se Roof escreveu o texto, mas o conteúdo é compatível com o que ele teria dito a amigos antes de abrir fogo contra nove negros na noite de quarta-feira na histórica igreja Emanuel African Methodist Episcopal.

Faxineiros limparam a cena do crime no sábado e alguns membros da igreja entraram no local pela primeira vez desde o tiroteio.

Harold Washington, de 75 anos, estava com o grupo e viu o quarto onde as vítimas foram baleadas. "Eles fizeram um bom trabalho para limpá-lo, haviam alguns buracos de bala nas paredes, mas eles conseguiram escondê-los com tinta", afirmou.

Ele disse esperar um grande número de pessoas no culto de domingo. "Nós vamos ter pessoas aqui que nunca vimos antes, e que provavelmente nunca voltarão. Mas a igreja é do Senhor, e isso não é um problema." Fonte: Associated Press.

A polícia identificou Dylan Roof, de 21 anos, como o homem suspeito do tiroteio que matou nove pessoas que estavam na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, em Charleston, no estado da Carolina do Sul, nos Estados Unidos, na noite de quarta-feira. O ato foi descrito como "crime de ódio". De acordo com o chefe de polícia de Charleston, Greg Mullen, Roof foi detido na Carolina do Norte nesta quinta-feira, dirigindo um carro na estrada de Shelby. Ele afirmou que o suspeito foi cooperativo com a polícia

A polícia local, do estado e a federal lançaram uma caçada em larga escala por Roof, que, de acordo com a investigação, declarou comentários racistas durante o tiroteio, falando para as vítimas que eles (negros) estavam tomando o país e "estuprando nossas mulheres". Entre os mortos estão seis mulheres e três homens, incluindo o pastor. Segundo as autoridades, ele não matou mais mulheres de propósito.

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O Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu uma investigação de direitos civis contra o tiroteio que irá ocorrer em paralelo com a investigação já em curso da polícia estadual e local.

Mullen pediu que a população não chegue perto do suspeito e que se mantenha alerta, e, caso veja algo suspeito, devem informar imediatamente a polícia.

O governador da Carolina do Sul, Nikki Haley, afirmou em comunicado que "apesar de não sabermos todos os detalhes do ocorrido, sabemos que nunca iremos entender o que motiva uma pessoa a entrar em um dos nossos locais de orações e tirar a vida de outras pessoas."

O comitê de campanha do candidato do Partido Republicano para a presidência dos EUA, Jeb Bush, enviou um e-mail divulgando que, por causa do tiroteio, o candidato cancelou um evento planejado na cidade na quinta-feira.

A Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel é uma igreja afro-americana histórica que existe desde 1816. Fonte: Associated Press e Dow Jones Newswires.

O ex-sacerdote e teólogo brasileiro Leonardo Boff classificou de única e estupenda a encíclica do Papa Francisco sobre o meio ambiente, na qual exige uma "revolução cultural valente" para salvar o planeta.

"É única na história do papado, é estupenda", escreveu Boff, um dos promotores da Teologia da Libertação, na introdução de um livro de ensaios sobre a encíclica papal que leva o título "Cuidar da mãe Terra. Comentários sobre a encíclica Laudato si'", que será lançado na próxima terça-feira.

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O teólogo, que foi condenado ao silêncio pelo papa João Paulo II (1978-2005) por suas posições radicais, foi uma das pessoas consultadas por Francisco para escrever seu documento, explicou a casa editorial.

Boff, também conhecido por ser um ecologista fervoroso, sustenta a teoria papal de que é preciso incluir entre os "pobres e esquecidos do mundo a Terra, oprimida e devastada".

O chefe de polícia da cidade de Charleston, Greg Mullen, na Carolina do Sul (EUA) disse que o suspeito do tiroteio que matou nove pessoas que estavam na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, participava do culto e ficou por quase uma hora antes de abrir fogo.

O suspeito é descrito como um homem branco, com cerca de 20 anos. Mullen disse que o suspeito é um "indivíduo muito perigoso". Entre os mortos estão seis mulheres e três homens, incluindo o pastor. As autoridades caracterizaram o ato como "crime de ódio".

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Em coletiva de imprensa, Mullen não deu outros detalhes e disse que os nomes seriam liberados depois de famílias fossem notificadas.

No entanto, Todd Rutherford, um deputado estadual, disse à Associated Press que o pastor da Igreja Emanuel, o senador estadual Clementa Pinckney, estava entre os mortos. Pinckney tinha 41 anos, era casado e pai de dois filhos.

O porta-voz do Departamento de Justiça disse que as autoridades federais abriram uma investigação do crime. Fonte: Associated Press.

Um jovem branco matou nove pessoas a tiros nesta quarta-feira em uma igreja da comunidade negra de Charleston, Carolina do Sul (sudeste dos Estados Unidos).

O atirador fugiu e a polícia prossegue com a busca do suspeito, um homem branco com idade por volta de 20 anos, sem barba e que vestia calças de estilo texano.

O suspeito é "muito perigoso" e permaneceu durante quase uma hora entre os fiéis que estudavam a Bíblia na igreja, antes de abrir fogo, afirmou o chefe de polícia de Charleston, Gregory Mullen, em uma entrevista coletiva nesta quinta-feira.

A polícia estadual pediu reforços ao FBI e à polícia da capital, Washington.

A polícia de Charleston divulgou imagens do atirador, obtidas com câmeras de segurança. O suspeito aparece abandonando a igreja em uma carro.

"Havia oito mortos dentro da igreja. Duas pessoas feridas foram levadas (ao hospital) e uma faleceu", disse o chefe da polícia de Charleston na quarta-feira à noite.

"No momento, temos nove vítimas fatais deste crime espantoso", completou.

"Acredito que foi um crime de ódio", afirmou Mullen.

Uma das vítimas fatais foi o pastor da igreja, Clementa Pinckney, também senador estadual da Carolina do Sul, segundo a imprensa local e parentes.

O ataque ocorreu por volta das 21H00 locais (22H00 de Brasília) contra a Emanuel African Methodist Episcopal Church, uma das mais antigas igrejas da comunidade negra de Charleston.

O homem abriu fogo durante uma sessão de estudos bíblicos, muito frequentes nas igrejas do sul dos Estados Unidos, tanto durante a semana como aos domingos.

Apesar da grande mobilização policial, que incluiu helicópteros, o suspeito, que a polícia considera muito perigoso, ainda não foi localizado várias horas depois do ataque.

"Vocês podem imaginar que encontramos um cenário muito caótico quando chegamos", disse o chefe de polícia.

As forças de segurança procuram o homem com a ajuda de cães farejadores para "garantir que não está na região para cometer outros crimes", completou Mullen.

- Tensão racial -

O crime representa um novo golpe para a comunidade afro-americana nos Estados Unidos, que nos últimos meses foi vítima de crimes aparentemente motivados por racismo, em particular homicídios cometidos por policiais brancos contra homens negros desarmados.

Este foi o caso de Ferguson em 2014 e o de Baltimore há algumas semanas, além de vários crimes similares ao cometido em Charleston que provocaram uma grande tensão racial no país.

Após o tiroteio em Charleston, a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, fez um apelo aos moradores.

"Minha família e eu oramos pelas vítimas e pelos parentes afetados pela tragédia sem sentido desta noite" na igreja, disse a governadora.

"Enquanto ainda ignoramos os detalhes, sabemos que jamais entenderemos o que motiva uma pessoa a entrar em um dos nossos locais de oração e tirar a vida de outros".

Jeb Bush, pré-candidato republicano à Casa Branca nas eleições de 2016, que deve participar de um comício em Charlotte, na Carolina do Norte, escreveu no Twitter que "nossos pensamentos e orações estão com os indivíduos e famílias afetadas pelos trágicos fatos de Charleston".

A pré-candidata democrata Hillary Clinton, que participou na quarta-feira de um ato eleitoral na cidade, escreveu no Twitter: "Notícias terríveis de Charleston. Meus pensamentos e minhas orações estão com vocês".

Mike Huckabee, outro republicano que sonha com a candidatura à Casa Branca, também expressou pêsames.

As emissoras de TV da região chegaram a anunciar a detenção do suspeito e mostraram imagens de um homem parecido com a descrição da polícia, mas as autoridades informaram pouco depois que ainda procuravam o autor do crime.

Nove pessoas morreram na noite desta quarta-feira, 17, após um tiroteio na Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, no centro da cidade de Charleston, na Carolina do Sul (EUA), segundo o prefeito Joseph Riley. O atentado teria acontecido por volta das 21h (horário local).

A polícia de Charleston ainda está a procura do criminoso, que seria branco e teria cerca de 20 anos de idade, de acordo com o chefe da polícia de Charleston, Gregory Mullen. "Creio que se trata de um crime de ódio", afirmou Mullen.

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Em resposta ao atentado, a governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley, disse que "embora não saibamos dos detalhes do crime, nós sabemos que nunca vamos entender o que motiva uma pessoa a entrar em nossos locais de culto e tirar a vida dos outros". Fonte: Associated Press

A sede da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro do Cordeiro, Zona Oeste do Recife, foi tomada por muita emoção na madrugada deste domingo (31). Amigos e parentes da estudante de Direito Vaniela Gomes da Silva, 26, desaparecida desde a última quarta-feira (27), esperaram com muita ansiedade a jovem depor para a delegada Gleide Angelo, após ser encontrada no final da noite deste sábado (30). Depois do depoimento, Vaniela recebeu calada e chorando o carinho dos amigos. Ainda não se sabe o motivo do desaparecimento.

A delegada, tomando muito cuidado para que Vaniela não repassasse informações que acabassem prejudicando as investigações, agradeceu o apoio dos amigos da estudante. “Obrigada! Vocês são maravilhosos. Que Deus abençoe todos nós”. Porém, sobre a investigação em si e, principalmente, a causa do sumiço, Gleide não divulgou nenhum detalhe.

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Segundo o vizinho da família de Vaniela que ajudou a mãe da jovem a encontrá-la próximo a um ferro-velho, na BR-101, em Jaboatão dos Guararapes, ela foi deixada, não se sabe por quem, nas imediações da via. A jovem foi acolhida por populares da área, que também não souberam explicar como ela foi parar no local. “No carro ela só chorava e abraçava a mãe. A mim ela não contou nada”, disse o vizinho que preferiu não se identificar.

O pai de Vaniela, o trabalhador de obras Daniel Gomes, se mostrou muito aliviado com o aparecimento e garantiu que ela não está machucada. “Agora o coração está mais tranquilo, graças a Deus. Ela não está tão bem assim, mas diante das circunstâncias a gente só tem a agradecer”, declarou o pai.

Depois de receber o carinho dos amigos e parentes, Vaniela foi acompanhada da delegada para o Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, área central do Recife. Lá, ela deve passar por alguns exames e só depois ficará sob a responsabilidade da família. A mãe de Vaniela, Marli Varela, ficou na sede da DHPP esperando a jovem voltar dos exames. Até o fechamento desta matéria, a delegada não divulgou informações concretas sobre o motivo do desaparecimento.

  

A Igreja não emitiu "anátema" após a vitória esmagadora dos partidários do matrimônio gay na Irlanda, mas reconhece que constitui um "desafio" e uma "derrota", segundo o jornal do Vaticano, l'Osservatore Romano, no dia seguinte ao referendo.

"Não há anátema, mas um desafio a ser enfrentado por parte de toda a Igreja", diz o l'Osservatore, enquanto o Vaticano e o papa não reagiram oficialmente à consulta.

"Grande parte dos comentários do mundo eclesiástico analisam com lucidez o resultado, reconhecendo a realidade dos fatos, e inclusive a distância, em certos âmbitos, entre a sociedade e a Igreja", acrescenta. "A margem entre o sim e o não é muito ampla para não aceitar a derrota: esta é resultado da grande participação, em particular dos jovens", indica o jornal do Vaticano.

Vinte e dois anos após a descriminalização da homossexualidade na Irlanda, o matrimônio gay conseguiu alcançar 62% dos votos. O arcebispo de Dublin, Diarmuid Martin, reagiu afirmando que a Igreja deve "abrir os olhos" e "encontrar uma nova linguagem".

Além disso, disse ter ficado satisfeito com s felicidade "que os gays e lésbicas devem sentir nesse dia", reconhecendo que a Igreja "nem sempre foi respeitosa" com suas aspirações.

Citado pelo l'Osservatore Romano, o cardeal domínico Georges Cottier, ex-teólogo da Casa pontifícia, julgou que não se pode compreender uma vitória do sim "sem levar consideração o escândalo de pedofilia que sacudiu a igreja irlandesa". "É a resposta das pessoas ao que ocorreu nos últimos anos", estimou.

Utilizando uma linguagem tolerante, o papa Francisco pediu aos católicos que "não julguem" os homossexuais "que buscam sinceramente" a Deus, e também se referiu ao catecismo da Igreja católica, que continua descrevendo o ato homossexual como "desordenado".

Nesta terça-feira (19), o Padre Severino Ézio de Melo foi afastado das suas funções na Diocese de Pesqueira, localizada no Agreste de Pernambuco, devido à divulgação de imagens comprometedoras que foram espalhadas nas redes sociais. Nas fotos, o religioso aparece ao lado de outro homem.

De acordo com o delegado da cidade de Pesqueira, José Correia, as investigações foram realizadas pelo Grupo de Operações Especiais (GOE). “Até o momento, não temos oficialmente nada divulgado. Todas as investigações estão sendo feitas pelo GOE, o que ouvimos falar na cidade diz respeito apenas à publicação de imagens do padre”, contou o delegado.

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Segundo relatos de alguns moradores do município, o religioso mantinha um relacionamento homoafetivo e fotos íntimas foram espalhadas pela internet. Em nota, a Diocese de Pesqueira se posicionou sobre o caso.

“A Diocese de Pesqueira, na Pessoa do seu Bispo Diocesano, Dom José Luiz Ferreira Sales CSSR, vem apresentar ao público a seguinte nota acerca dos fatos envolvendo o Pe. Severino Ézio de Melo.

Ao tomar conhecimento dos fatos, o referido sacerdote foi afastado imediatamente das suas funções sacerdotais e ao mesmo tempo foram tomadas medidas conforme as leis vigentes da Igreja Católica.

A Igreja, Mãe Mestra, não aceita qualquer tipo de comportamento contrário aos princípios da moral, ética cristã, destinados ao modo reto de viver de todos os seus filhos e filhas, chamados a um contínuo processo de conversão de todo tipo de pecado.

Embora reprove veementemente tais atos, a igreja lembra seus filhos e filhas, o contínuo exercício da misericórdia, embora usando a verdade e medidas medicinais, não exclui a misericórdia a nenhuma pessoa humana, como nos ensina o Santo Padre, o Papa Francisco: "Ele (Deus) me impede ainda a apelar para esta misericórdia, e a implorá-la nesta fase difícil e crítica da história da igreja e no mundo" (MV. n9).”

*Mais informações em instantes

As obras de restauração da Igreja da Misericórdia de Goyanna, em Goiana, Mata Norte do Estado, devem ser retomadas em breve. O andamento dos trabalhos foi anunciado pelo líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), garantindo que o Ministério da Cultura deverá retomar, nas próximas semanas, a liberação de recursos financeiros. 

Paralisado desde que o Ministério Público Federal recebeu denúncia de que a verba da primeira parcela do convênio, firmado via Lei Rouanet, havia sido aplicada de maneira irregular, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) foi incumbido pelo Ministério da Cultura de verificar a correta aplicação dos recursos destinados às obras. 

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Nessa terça-feira (24), o senador e a presidenta (Iphan), Jurema de Sousa Machado, se reuniram e confirmara que depois do trabalho de vistoria no local, os técnicos do Iphan concluíram que a recuperação da igreja foi feita nos moldes previstos no convênio. Os funcionários elaboraram, então, um relatório em que citam a conclusão de várias partes já finalizadas, como a instalação da cobertura do local, a renovação da fiação e das luminárias e a realização da barreira química de cupins no solo em torno do edifício.

Segundo Humberto Costa, com base nesse relatório, com a descrição dos trabalhos feitos pelo Iphan, incluindo fotos do local, a presidenta da instituição encaminhou ao Ministério da Cultura a documentação que poderá possibilitar a retomada das atividades. “Do ponto de vista técnico, o instituto entende que está tudo conforme o objetivo conveniado”, explicou o petista. 

As obras são realizadas com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), dentro do programa da Lei Rouanet, cujos valores estão orçados em mais de R$ 1 milhão.  A Igreja da Santa Casa de Misericórdia de Goyanna, erguida em homenagem a Nossa Senhora dos Milagres é um monumento da primeira metade do século XVIII, tombado como patrimônio histórico em 1938 pelo Iphan. 

A Diocese de Nova Friburgo informou nesta sexta-feira (20) à Nunciatura Apostólica, consulado do Vaticano em Brasília e responsável pela ordenação de religiosos, sobre a sagração promovida no município de Nova Friburgo (Região Serrana do Rio) na quinta-feira pelo bispo britânico d. Richard Williamson, de 75 anos. No Mosteiro de Santa Cruz, o adepto da corrente de católicos tradicionalistas nomeou bispo o padre francês Jean-Michel Faure, de 73 anos.

O ato cometido é motivo para excomunhão imediata dos dois envolvidos, como está previsto no Código de Direito Canônico. A Diocese informou que o mosteiro "não é vinculado à Igreja Católica, muito menos agora com esta situação". "Trata-se de uma comunidade cismática", divulgou a Diocese. Procurada pela reportagem, a Nunciatura Apostólica respondeu que o núncio Giovanni d'Aniello encontra-se no exterior. Informou ainda que "não pode responder por pessoas que não estão em comunhão com a Igreja Católica" e tudo "já foi feito através da Diocese" e que não há "mais nada a comentar".

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"Não há nenhum problema (em sermos excomungados), porque entendemos que é uma reação perfeitamente inválida. Para nós não surte nenhum efeito", disse Faure, logo após a cerimônia de sagração, totalmente celebrada em latim e de costas para o público. "É provável que haja alguma reação do Vaticano, mas não temos preocupação nenhuma, porque há meses pensamos sobre a situação e tomamos essa decisão", acrescentou o religioso.

O Vaticano será desobedecido por Williamson mais uma vez no sábado, quando às 9h será ordenado padre o nicaraguense André Zelaya de León, um dos nove monges que vivem no mosteiro. Mesmo com a dupla infração, o teólogo e professor da PUC-SP Fernando Altemeyer destaca que o papa Francisco está "acima da lei" e pode perdoar os religiosos, contrariando o direito canônico. "A maior parte das palavras dele são de compaixão. Acho que ele vai tentar um diálogo, o problema é um diálogo sobre o leite derramado."

Os católicos tradicionalistas, corrente à qual pertencem Williamson e Faure, defendem a manutenção de ritos e práticas anteriores ao Concílio Vaticano II, concluído em 1965, quando houve uma reforma na Igreja Católica. A dissidência foi fundada pelo arcebispo francês Marcel Lefebvre (1905-1991), adversário de mudanças na Igreja Católica. Em junho de 1988, sem o consentimento do papa João Paulo II, Lefebvre, líder da Fraternidade Sacerdotal Pio X, ordenou bispos Williamson e mais três padres. Os cinco foram excomungados. Em 2009, o então papa Bento XVI cancelou a decisão.

Excomungado da Igreja Católica em 1988 pelo papa João Paulo II e readmitido em 24 de janeiro de 2009 pelo papa Bento XVI, o bispo tradicionalista inglês d. Richard Nelson Williamson, de 75 anos, ordenará bispo, à revelia do Vaticano, o religioso André Zelaya de León. A solenidade acontecerá às 9h de sábado no Mosteiro da Santa Cruz, em Nova Friburgo, cidade na Região Serrana do Rio.

O ato reacenderá um cisma na Igreja Católica e, conforme o Código de Direito Canônico, implicará na excomunhão automática de Williamson e do religioso que será ordenado bispo. Em nota, o bispo da Diocese de Nova Friburgo, Edney Gouvêa Mattoso, classifica o ordenamento como "desobediência em matéria gravíssima" e conclama os fiéis a "não apoiarem de modo algum essa ilegítima ordenação episcopal e as consequências que dela advirão". "A ilegítima ordenação episcopal ora em causa será uma desobediência ao papa em matéria gravíssima, num tema de importância capital para a unidade da Igreja, a ordenação dos bispos, mediante a qual é mantida sacramentalmente a sucessão apostólica. Tal ato ilegítimo leva a uma rejeição prática do Primado do Romano Pontífice, constituindo mesmo um ato cismático, com pena de excomunhão automática", afirma d. Edney.

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Na nota, o bispo de Nova Friburgo diz que o Vaticano será informado caso a ordenação se realize. "Penso poder garantir em nome de todo o clero, religiosos e fiéis leigos ao (...) papa Francisco, o primeiro a quem compete a tutela da unidade da Igreja, a nossa filial união e obediência, em especial nesse doloroso momento. Para tanto, enviarei uma carta para Sua Santidade." Ordenado padre em 1976, Williamson, de 75 anos, integra a corrente católica que foi liderada pelo arcebispo francês Marcel Lefebvre (1905-1991), resistente às reformas instituídas pelo Concílio Vaticano II, entre 1961 e 1965. Em 1970, Lefebvre fundou a Fraternidade Sacerdotal São Pio X, que segue a doutrina católica anterior ao Concílio. Em 30 de junho de 1988, sem consentimento do papa João Paulo II, ele ordenou bispos Williamson e mais três padres. O ato foi considerado ilícito pelo Vaticano, que excomungou os cinco.

Rompida com o Vaticano, a Fraternidade Sacerdotal continuou funcionando como entidade religiosa, tendo Williamson como um de seus bispos. Hoje, a instituição está presente em 31 países. Além de combater o Concílio, Williamson é famoso pelas frases polêmicas: ele nega o número de judeus mortos na 2ª Guerra Mundial e diz que os ataques de 11 de setembro de 2001 nos EUA foram obra do próprio governo norte-americano.

Em 2009, liderado por Bento XVI, o Vaticano se reaproximou da Fraternidade Sacerdotal e anulou as excomunhões de 1988. Williamson resgatou a condição de bispo, mas sem o poder de realizar atividades inerentes ao bispado católico, como as ordenações. O bispo d. Fernando Arêas Rifan, membro da Administração Apostólica Pessoal S. João Maria Vianney, em Campos dos Goytacazes (município no Norte Fluminense), também condena a ordenação. Ele se autointitula representante da doutrina tradicional. "Estou em comunhão com o bispo d. Edney. O Mosteiro de Santa Cruz está sob a jurisdição do bispo de Friburgo. Está errada essa atitude de d. Richard. Ele está em uma atitude cismática."

De 1991 a 2002, o grupo de sacerdotes do qual Rifan faz parte permaneceu em situação episcopal irregular por ter sido ordenado por bispos ligados a Williamson. No papado de Bento XVI, a divisão foi sanada e os sacerdotes estão integrados à Diocese de Campos, embora mantenham práticas tradicionais da Igreja, como celebrar missas em latim. Segundo Rifan, o mosteiro em Friburgo é um dos poucos redutos tradicionalistas, que aceitam uma ordenação irregular como a que será praticada por Williamson.

Durante mais de dois séculos, pinturas de expoentes da arte sacra paulista e brasileira, como José Patrício da Silva Manso e Padre Jesuíno do Monte Carmelo, permaneceram escondidas sob camadas de tintas em paredes e pranchas de madeira no interior da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Candelária, em Itu (SP). Parte dessas relíquias, descobertas durante a mais ampla restauração por que passa igreja, datada de 1780, será agora mostrada ao público.

A exposição "Tesouros da Matriz de Itu", comemorativa dos 405 anos da cidade, que será aberta na quarta-feira (25), vai apresentar pela primeira vez essas preciosidades. O destaque será um conjunto de tábuas encontrado em 2014 e que protegia internamente o relógio da fachada da igreja. Os pesquisadores notaram que, sob tintas recentes, as pranchas continham desenhos mais antigos. A prospecção revelou pinturas com traços característicos do Padre Jesuíno. Remontadas, as tábuas formaram uma cena pintada pelo padre em algum momento entre o final do século 18 e início do século 19.

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Mais descobertas aconteceram quando o restauro chegou à capela mor. As prospecções mostraram a existência de pinturas coloridas em todos os elementos de madeira da igreja, incluindo o forro. Muitas se estendiam às paredes de taipa. "Sob uma delas há uma assinatura inscrita à tinta, com caligrafia, ortografia e abreviação antigas, de Mathias Teixeira da Silva, e sob outra de 1788", explica o restaurador Júlio Moraes, envolvido no trabalho da matriz. Foram achados ainda esboços de cenas de caça feitos pelo mesmo artista. A sucessão de achados ajuda a esclarecer a história de Itu e da arte colonial paulista, segundo ele.

A autoria das obras é atestada pelo historiador Carlos Gutierrez Cerqueira, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A igreja de Nossa Senhora da Candelária foi construída na década de 1780, quando Itu era uma das principais cidades da Província de São Paulo, e foi tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat) em 1982. Três anos depois, o Iphan estendeu o tombamento ao acervo interno da igreja, incluindo as pinturas de Almeida Júnior, José Patrício da Silva Manso e Padre Jesuíno do Monte Carmelo.

A exposição ficará aberta na Casa da Praça (Praça Padre Miguel, 56) até o dia 2 de agosto. A visitação é de terça a domingo, das 10 às 16 horas, com entrada franca. Na abertura serão lançados os "Cadernos do Patrimônio" de Itu, com detalhes da restauração e dos achados recentes.

O papa Francisco pediu neste domingo aos cardeais de todo o mundo que não se convertam em uma casta, advertindo que a Igreja deve se focar na reintegração dos marginalizados e esquecidos.

"O caminho da Igreja é o de não condenar ninguém para sempre e sim difundir a misericórdia de Deus a todos", afirmou o sumo pontífice durante a homilia pronunciada na Basílica de São Pedro.

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Francisco concelebrou a missa solene com cerca de 160 cardeais provenientes dos cinco continentes, entre eles os 20 que foram nomeados no sábado.

Francisco, que parecia um pouco cansado depois de uma semana intensa de reuniões com os cardeais para avaliar os avanços das reformas que promove, ilustrou com palavras claras os princípos de seu pontificado, inaugurado há dois anos.

"Jesus não tem medo de escândalos. Não tem medo de pessoas obtusas, que se escandalizam com qualquer abertura, com qualquer passo que não entre em seus esquemas, qualquer carícia que não corresponda a sua forma de pensar e sua pureza ritualista quer integrar os marginalizados, salvar os que estão fora do acampamento", afirmou.

O Papa falou de uma "encruzilhada" vivida pela Igreja hoje em dia, dividida por duas lógicas. "O medo de perder os salvados e o desejo de salvar os perdidos".

Francisco citou as resistências e hostilidades de que padeceram os dois fundadores da Igreja, São Pedro e São Paulo.

Aos novos cardeais, Francisco recordou a lógica de Jesus. "Este é o caminho da Igreja. Não apenas acolher e integrar, com o valor evangélico, aqueles que batem a sua porta. E sim sair e buscar, sem preconceitos e sem medos, os afastados, manifestando a eles gratuitamente aquilo que recebemos gratuitamente".

Francisco se dirigiu diretamente aos cardeais recém-nomeados, quase todos sacerdotes desconhecidos e que trabalham em cidades e regiões remotas dos cinco continentes.

"Vejam o Senhor em cada pessoa que sofre, que está desnuda, também aqueles que perderam a fé ou se declaram ateus, vejam o Senhor que está na prisão, que não têm trabalho, estão demitidos... Ao discriminado. Não descobrimos o Senhor se não acolhermos verdadeiramente o marginalizado", concluiu.

Na véspera, Francisco nomeou 20 novos cardeais procedentes dos cinco continentes, muitos deles bastante envolvidos com questões sociais, confirmando o desejo do pontífice de criar uma Igreja menos eurocentrista.

Os novos "príncipes da Igreja" receberam o barrete vermelho, assim como o título e o anel cardinalício das mãos do papa argentino e na presença do papa emérito Bento XVI, que usava uma batina branca, prerrogativa dos pontífices.

Assim como ocorreu há um ano, durante a cerimônia de investidura dos primeiros purpurados do pontificado de seu sucessor, Bento XVI estava na primeira fila.

Apesar da solenidade do ato e do lugar, Francisco lembrou aos novos cardeais que "o cardinalato não é uma distinção honorífica" "nem um acessório" ou condecoração" mas "um ponto de apoio e um eixo para a vida da comunidade".

Em seu breve discurso, o papa traçou o perfil do purpurado de seu pontificado: um religioso que conhece "a magnanimidade", que "ama o que é grande, sem descuidar do que é pequeno", que conhece "a benevolência", que vive "na caridade" e "descentrado de si mesmo", explicou.

"Quem está centrado em si mesmo busca inevitavelmente seu próprio interesse e acredita que isso é normal, quase um dever", alertou Francisco, que os convidou a deixar de lado, acima de tudo, qualquer injustiça.

"Nem mesmo a que poderia ser benéfica para ele ou para a Igreja", recalcou.

"Tampouco as dignidades eclesiásticas estamos imunes à tentação da inveja e o orgulho", agregou.

Pela segunda vez desde que foi eleito pontífice, em março de 2013 Francisco decidiu premiar com o título cardinalício representantes de países pobres e subdesenvolvidos. São 18 nações, seis das quais nunca haviam contado com um cardeal: Cabo Verde, Tonga, Mianmar, Moçambique, Nova Zelândia e Panamá, com José Luis Lacunza, bispo de David, o primeiro da história do país.

Quase todos os escolhidos são bispos humildes e simples, que dedicaram suas vidas aos imigrantes, aos pobres, ou trabalhando em cidades assoladas pela violência, pobreza e conflitos.

Dos quinze novos cardeais com direito a voto, apenas um trabalha na Cúria Romana (o prefeito da Assinatura Apostólica, tribunal para conflitos jurídicos), enquanto três vêm na Ásia, três da América Latina, dois da Oceania e mais dois da África.

A esses purpurados que trabalham em contato permanente com as pessoas, o papa argentino reconheceu que "não lhes faltam ocasiões para se enojarem", disse.

O papa Francisco proclamará neste sábado, durante uma cerimônia solene na basílica de São Pedro e na presença de seu predecessor Bento XVI, 20 novos cardeais, quinze deles eleitores.

Esta é a segunda promoção de cardeais que o Francisco proclama depois de sua eleição como pontífice em março de 2013.

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Na lista de novos cardeais, figuram bispos que se dedicaram a pequenas dioceses, longe do centro de poder e junto a pessoas comum na América Latina, Ásia e África.

Os novos "príncipes da Igreja" representam 18 nações.

O número de membros do sagrado colégio sobe para 227, dos quais 125 são eleitores.

Os europeus, que nesta nova seleção perdem a maioria, contam com 57 eleitores; 36 proveem do continente americano (18 da América do Norte, que inclui o México, e 18 da América Central e América do Sul), 15 da África, 14 da Ásia e três da Oceania.

No domingo, Francisco concelebrará a missa na Basílica de São Pedro com os novos cardeais. Um deles será designado para uma igreja em Roma.

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