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Em cinco anos, o número de brasileiros inadimplentes passou de 59,3 milhões, em janeiro de 2018, para 70,1 milhões, em janeiro de 2023, um recorde na série histórica. É o que mostra estudo inédito da Serasa Experian, divulgado nesta segunda-feira (27) em Brasília.

Não só a inadimplência cresceu, como o valor das dívidas também. Em média, cada inadimplente deve R$ 4.612,30. Em janeiro de 2018, era R$ 3.926,40. Houve um crescimento de 19% no período.

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Em relação à faixa etária, os idosos com 60 anos ou mais estão entre os mais impactados. Os endividados aumentou 17%, em comparação a outras faixas etárias, com alta de 12%. As mulheres estão com mais dívidas a pagar em relação aos homens. Entre elas, a alta foi de 18% no valor das dívidas; e entre eles, 16%. As dívidas que mais subiram foram as financeiras, com elevação de 71%.

De acordo com a Serasa, a inflação e os juros altos são os fatores que impulsionaram o aumento da inadimplência no país no período analisado.

Os dados foram divulgados no anúncio de uma edição extraordinária do Feirão Limpa Nome, que teve início hoje. Geralmente, o feirão ocorre em novembro. Na ação, os consumidores podem renegociar dívidas com bancos, financeiras, telefônicas e outras empresas. Em alguns casos, é possível quitar a dívida com 99% de desconto ou por até R$ 100, segundo a Serasa.

A negociação pode ser feita pelo site www.serasa.com.br, app Serasa no Google Play e App Store, 0800 591 1222 (ligação gratuita) ou WhatsApp 11 99575–2096. Haverá atendimento presencial nas mais de 11 mil agências dos Correios distribuídas, com pagamento de uma taxa de R$3,60.

O governo federal anunciou que vai criar um programa para atender as pessoas endividadas, entre elas as que contraíram empréstimo consignado oferecido pelo Auxílio Brasil em 2022, modalidade implantada para permitir a inclusão de pessoas inadimplentes de volta à economia.

Pessoas que estiverem inadimplentes - ou seja, com dívidas em atraso - poderão ter apreendidos documentos como passaporte e Carteira Nacional de Habilitação (CNH), além de serem impossibilitadas de participar de concursos públicos e de licitações.

O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, no último dia 10, ser constitucional o dispositivo do Código de Processo Civil (CPC) que autoriza o juiz a determinar "medidas coercitivas" que julgue necessárias no caso de pessoas inadimplentes.

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Essas apreensões e restrições seriam efetivadas por meio do cumprimento de ordem judicial. Ao julgar o tema, a maioria do plenário acompanhou o voto do relator, o ministro Luiz Fux. O relator conclui que a medida é válida, "desde que não avance sobre direitos fundamentais e observe os princípios da proporcionalidade e razoabilidade".

Pela decisão, dívidas alimentares estão livres da apreensão de CNH e passaporte, além de débitos de motoristas profissionais.

A Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que questionava esses medidas foi proposta pelo PT. Ao votar pela improcedência do pedido do partido, o relator afirmou que o juiz, ao aplicar as determinações, deve "obedecer aos valores especificados no próprio ordenamento jurídico de resguardar e promover a dignidade da pessoa humana".

Fux sinalizou ainda que deve ser observada a proporcionalidade e a razoabilidade da medida e "aplicá-la de modo menos gravoso ao executado". Segundo o ministro, a adequação da medida deve ser analisada caso a caso, e qualquer abuso na sua aplicação poderá ser coibido mediante recurso.

Por lei, qualquer dívida, independentemente de sua origem, pode ser cobrada judicialmente, caso o devedor, após ser contatado, não responda a alternativas para dar fim ao débito.

Segundo a última pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em janeiro, 29,9% das famílias brasileiras estavam inadimplentes.

A fatia de brasileiros que engrossou a lista de inadimplentes pela falta de pagamento de despesas com comida, entre janeiro e junho, foi a maior em cinco anos. A disparada da inflação e a queda na renda explicam a entrada de devedores para lista do calote pelo não pagamento da fatura de um item básico.

No primeiro semestre, 18% dos inadimplentes deixaram de quitar despesas com alimentação e, por isso, foram parar na relação dos CPFs (Cadastro de Pessoa Física) com restrição. Essa é a marca mais elevada desde o primeiro semestre de 2017, quando a Boa Vista, empresa de inteligência financeira e análise de crédito, começou a coletar essas informações. Ao longo do primeiro semestre, foram consultados eletronicamente 1.500 inadimplentes, a fim de traçar o perfil desses consumidores.

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Contas diversas não pagas, que incluem as de educação, saúde, impostos, taxas e lazer, ainda têm sido apontadas como as despesas que têm levado a maioria dos consumidores (23%) à inadimplência. No entanto, desde o segundo semestre do ano passado, a parcela dos que não conseguiram honrar o pagamento de alimentos chama atenção.

"Instituições financeiras nos relatam que o pessoal está pegando dinheiro (crédito) para pagar contas do mercado, do dia a dia", diz o economista da Boa Vista, Flávio Calife.

Nos últimos 12 meses até julho, a inflação do grupo alimentação e bebidas acumula 14,72%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É um resultado que supera a variação do indicador como um todo no período, que foi de 10,07%.

Depois do desemprego, historicamente o principal motivo para inadimplência, apontado por 28% dos entrevistados no primeiro semestre, está a diminuição da renda, com 24%. Do segundo semestre do ano passado para o primeiro deste ano, a parcela que apontou esse motivo para o não pagamento de contas subiu 3 pontos porcentuais. "É, sem dúvida, um fato de um ano para cá", diz o economista.

ENDIVIDAMENTO CRÔNICO

A percepção dos entrevistados é de que o quadro do endividamento pessoal piorou muito. Do segundo semestre do ano passado para o primeiro deste ano, a parcela de consumidores que se considera muito endividada subiu de 32% para 37%, a maior marca desde 2019, quando esse resultado atingiu 39%.

Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou para 13,75% a taxa de juros básica da economia, a Selic. Foi a 12ª alta consecutiva na tentativa de segurar a inflação. Também sinalizou que poderá fazer nova elevação da Selic na próxima reunião, marcada para setembro.

Com juros e inflação ainda em alta e atividade fraca, a perspectiva, segundo o economista da Boa Vista, é de que a inadimplência continue crescendo nos próximos meses até o ano que vem. "Juros altos contribuem para piora da inadimplência", diz Calife. Dados da Boa Vista, mostram que o calote encerrou o primeiro semestre deste ano com alta de 12,3% e em 12 meses até junho o avanço foi de 7,5%.

A partir desta segunda-feira (7) quem tem contratos firmados até 2017 com instituições financeiras credoras para Financiamento Estudantil (Fies) pode pedir o refinanciamento da dívida. Por lei, os bancos serão obrigados a conceder descontos que podem variar entre 12% e 92%. O saldo devedor poderá ser parcelado em até 150 vezes, a depender da situação.

As regras do programa foram definidas pela Medida Provisória 1.090/22. A norma foi convertida em lei pelo Congresso Nacional e entrou em vigor na última terça-feira (1º). Atualmente, pelo menos dois milhões de contratos do Fies estão na fase de quitação, com um saldo devedor de R$ 87,2 bilhões. A taxa atual de inadimplência é de 51,7%.

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Pelas regras, qualquer estudante com contrato de financiamento estudantil firmado até o ano de 2017 pode se beneficiar da medida. As condições e o percentual de desconto variam de acordo com o perfil de cada aluno e com o tempo de atraso no pagamento:

Estudantes inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) ou que foram aprovados no Auxílio Emergencial terão desconto de 92% sobre o valor total da dívida que, no caso, poderá ser parcelada em 10 vezes. A estimativa é de 548 mil estudantes com atraso de mais de 360 dias no pagamento do Fies se enquadrem nessa categoria.

Já aqueles que não efetuam pagamentos há mais de 360 dias, o desconto previsto é de de 86,5% no saldo devedor. Para os estudantes inscritos no  CadÚnico ou que sejam beneficiários do Auxílio Emergencial, o desconto será de 92%. Além disso, o saldo da dívida poderá ser parcelado em até 10 vezes.

Outra situação é a de estudantes que têm dívidas com 90 a 360 dias de atraso. No caso, o devedor terá de 12% no saldo devedor, isenção de juros e multas e parcelamento em até 150 vezes, também com perdão total de multas e atrasos que tenham sido aplicadas antes do refinanciamento.

Na Caixa Econômica, a partir de hoje, a expectativa é de que até 800 mil estudantes com dívida média de R$ 35 mil façam a renegociação de seus contratos de forma 100% digital. Interessados já podem consultar o site do banco para fazer a solicitação.

Após confirmar o enquadramento nas regras e simular a renegociação é preciso gerar um boleto para pagamento da primeira parcela ou de quitação em parcela única.

Já no Banco do Brasil mais de 500 mil estudantes estão com o Fies em atraso. Para aderir à renegociação pelo App do Banco, basta acessar a opção Soluções de Dívidas e clicar em Renegociação Fies. Pela ferramenta, o estudante poderá verificar se faz parte do público-alvo, as opções disponíveis para liquidação ou parcelamento da dívida, os descontos concedidos, assim como os valores da entrada e demais parcelas.

O valor mínimo da prestação é R$ 200. A promessa é que o nome seja retirado dos cadastros restritivos de crédito a partir do pagamento correspondente à primeira parce

Após assinatura do aditivo de contrato do refinanciamento do Fies, no caso do não pagamento de três parcelas da renegociação da dívida, o estudante perderá o direito ao refinanciamento e o desconto inicial aplicado será cancelado.  Para situações de atraso no pagamento das parcelas, são aplicados juros moratórios de 1% ao mês, ou fração, incidentes sobre o valor da parcela em atraso e multa de 2% sobre o total das parcelas restantes.

O procurador-geral da República Augusto Aras defendeu ao Supremo Tribunal Federal que seja declarada a inconstitucionalidade da comprovação de quitação das anuidades da Ordem dos Advogados do Brasil para participação nas eleições da entidade máxima da classe. O parecer foi apresentado à corte máxima nesta sexta-feira, 25, no âmbito de ação em que o PROS questiona a aplicação de penalidades a advogados inadimplentes.

O chefe do Ministério Público Federal quer que sejam derrubados dispositivos do Regulamento Geral do Estatuto da Advocacia e da OAB e do Provimento do Conselho Federal da entidade que 'que permitem a suspensão do exercício profissional daqueles advogados inadimplentes em relação às anuidades do órgão de classe, bem como que impõem como condição de alistabilidade nas eleições internas da OAB, além daquelas previstas expressamente em lei, a quitação das contribuições devidas àquela instituição'.

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No documento, Aras argumenta que o Estatuto da Advocacia estabelece como único requisito para participar da votação nas eleições da Ordem dos Advogados do Brasil a condição de advogado regularmente inscrito na instituição. Segundo o PGR, a lei não dispõe sobre a necessidade de os eleitores apresentarem comprovante de quitação de contribuições devidas ao Conselho, o que exigido legalmente dos advogados candidatos aos cargos eletivos.

Nessa linha, o PGR sustenta que a exigência de quitação das anuidades pelos eleitores inadimplentes como requisito ao voto está prevista 'somente em normas infralegais', no Regulamento Geral do Estatuto da OAB e Provimento do Conselho Federal da instituição, além de resoluções editadas pelas Seccionais e por editais de convocação às eleições. Para Aras, tais normas 'extrapolam os limites do poder regulamentar, ao impor aos advogados eleitores requisito não previsto no Estatuto da Advocacia'.

"O que se vê, então, é que o legislador, quando desejou condicionar a participação nos processos eleitorais da OAB, o fez de maneira expressa, o que somente se deu em relação ao candidato, limitação que, ademais, mostra-se compatível com as normas constitucionais invocadas pelo requerente, pois eleger-se membro ou dirigente de órgão não é direito subjetivo e demanda do candidato aos cargos demonstração da plena adesão e comprometimento com as normas da instituição", escreveu o PGR no documento.

A Serasa lança a partir desta quarta-feira (16) uma ação para facilitar o pagamento de dívidas, com desconto de até 50% nos valores devidos. Segundo a consultoria, a ação tem potencial para que até 20 milhões de consumidores deixem de ter o nome negativado.

A iniciativa possibilita a renegociação de dívidas especialmente com lojas, bancos e empresas de telefonia e internet.

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Para consultar as possibilidades de negociação, o consumidor deve acessar a plataforma da Serasa Limpa Nome. Lá é possível consultar se há dívidas pendentes a partir do número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). É possível também fazer a negociação por aplicativo de celular.

Inadimplência

Segundo balanço divulgado no início do mês pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 26,7% das famílias brasileiras tinham contas em atraso em agosto e 67,5% estavam endividadas.

Por recusar manter contratos com clientes inadimplentes até 30 de junho, durante a pandemia da covid-19, as principais operadoras de planos de saúde do Brasil não assinaram termo de compromisso proposto pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O acordo com a agência liberava movimentações de R$ 15 bilhões de um fundo que retém R$ 54 bilhões das próprias operadoras.

A recusa foi anunciada nesta sexta-feira, 24, pela Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa parte importante do setor. O jornal O Estado de S. Paulo antecipou que as empresas buscavam, nos bastidores, derrubar a exigência de atender clientes com mensalidades atrasadas durante a crise. Em paralelo, o setor também quer anular multas que possui com a ANS, sob argumento de usar os recursos para ampliação de serviços.

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A liberação dos R$ 15 bilhões foi anunciada em março pelo ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), como principal medida do governo para reforçar a saúde suplementar. O setor privado atende cerca de 50 milhões de pessoas. Já a rede pública acolhe 150 milhões.

O Estado apurou que algumas operadoras aceitaram assinar o termo. Os nomes ainda não foram divulgados pela ANS. O prazo para aceitar as condições ou não se encerra nesta sexta-feira, 24.

A proposta da agência reguladora é condicionar movimentações do fundo a manter clientes inadimplentes de planos coletivos empresariais com menos de 30 vidas. A mesma regra valeria para todos os planos coletivos por adesão ou individuais. O termo de compromisso também exige garantias de pagamentos a prestadores de serviços, como hospitais, laboratórios e clínicas.

Em nota, a FenaSaúde informou que suas associadas "não poderão assumir o compromisso de manter a cobertura ou deixar de cancelar contratos inadimplentes de forma indistinta até 30 de junho, como proposto pela ANS". "A ampliação dos níveis de atrasos de pagamento e de inadimplência teria duplo e indesejável efeito: não só oprimiria o fluxo de caixa das empresas como também requereria esforço financeiro adicional das operadoras para ampliar os valores constituídos a título de provisão de devedores duvidosos, em estrita observância a normas prudenciais, contábeis e atuariais estabelecidas pela própria ANS", disse a federação.

A FenaSaúde representa as seguintes operadoras: Amil, Allianz Saúde, Bradesco Saúde, Care Plus Medicina, Gama Saúde, Golden Cross Saúde, Grupo NotreDame Intermédica, ITAUSEG Saúde, Mediservice, Metlife Odontológico, Odontoprev, Omint Saúde, Porto Seguro Saúde, Sompo Saúde, SulAmérica, Unimed Seguros Saúde.

Representantes das principais operadoras de planos de saúde do País ainda resistem a derrubar obrigações de manter atendimentos de clientes inadimplentes durante a pandemia da covid-19, destaca matéria do jornal O Estado de S. Paulo. As empresas ainda tentam anulação de multas com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), sob argumento de que usariam recursos para ampliar serviços.

A agência aprovou no começo do mês regras para que operadoras tenham acesso a cerca de R$ 15 bilhões para pagar despesas assistenciais, como atendimentos em hospitais - o termo será assinado no dia 24, à espera de adesões. O valor seria retirado de um fundo garantidor de cerca de R$ 54 bilhões. Para receberem o recurso, as empresas devem assinar o termo, divulgado ontem, que prevê manter atendimento a clientes inadimplentes até 30 de junho e continuidade de pagamento a prestadores de serviço, como hospitais, laboratórios e clínicas.

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Segundo ofícios obtidos pela reportagem e relatos feitos por integrantes do governo federal, as operadoras de saúde haviam dito que não seria viável manter clientes com atrasos em mensalidades, mesmo em plena pandemia do novo coronavírus. O setor argumenta que a inadimplência varia em torno de 2% a 3% do faturamento, em tempos normais, e que não há margem para ampliar esse porcentual. As operadoras reclamam que a simples divulgação de notícias sobre novas regras da ANS já havia estimulado que clientes deixassem de pagar as contraprestações.

Em documento enviado ao governo no fim de março, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) e a Abramge argumentam que operadoras "farão o possível" ao avaliar pedidos de adiamento das mensalidades, mas não davam nenhuma garantia de preservar contratos. As entidades diziam que "suspender a possibilidade de cancelamento de contratos em atraso neste momento pode trazer mais efeitos negativos do que positivos, estimulando ainda mais o aumento da inadimplência, em especial por aqueles que têm condições de cumprir com os pagamentos em dia".

O Estado apurou que o presidente substituto da ANS, Rogério Scarabel, chegou a sinalizar ao setor e propor a colegas mudança no termo de compromisso para desobrigar as empresas a manterem clientes com pagamentos atrasados. A medida foi barrada por colegas da agência.

O termo deve reforçar a previsão de preservar até o fim de junho clientes inadimplentes de planos coletivos empresariais com menos de 30 vidas. A mesma regra valeria para todos os planos coletivos por adesão ou individuais.

Cancelamento de multas

Em ofício ao governo, Abramge, FenaSaúde e Unimed do Brasil também propuseram o cancelamento de multas com a ANS. A ideia, segundo as entidades que representam 80% do mercado, é usar o recurso na ampliação de serviços durante a covid-19. A medida está sendo estudada dentro da agência, de acordo com pessoas do setor. O cancelamento de multas é um pleito histórico das operadoras, que ganha força em momentos de crise.

Procurada, a FenaSaúde disse que aguardava divulgação do termo de compromisso para se manifestar sobre a contrapartida de manter clientes inadimplentes. A entidade afirmou que a ideia é usar esses recursos para manter o sistema "saudável e atuante" durante o período da pandemia. Declarou ainda que pretende ampliar os equipamentos à disposição do sistema de saúde com valores de multas anuladas.

A Unimed do Brasil afirmou que condicionar uso de recursos do fundo à manutenção de contratos de clientes inadimplentes "pode não ser a solução mais adequada à realidade do sistema de saúde privado". A Abrange disse que reverter multas em investimentos é uma ação já regulamentada em outros setores, como telecomunicações. A entidade disse "ponderar" pela importância da "manutenção da adimplência dos planos de saúde". "Sob pena de o setor não ter recursos suficientes para garantir todos os atendimentos necessários." Procurada, a ANS preferiu não se manifestar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Quando as dívidas ficam mais altas do que a renda mensal, as dificuldades de quitá-las ficam ainda maiores. Por isso, para 35% dos inadimplentes, a melhor alternativa é tentar um acordo com o credor para parcelar o valor do débito. É o que aponta uma pesquisa feita pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Entre os inadimplentes, as mulheres com idade média de 38 anos representam o maior público, com 58%. A região sudeste é onde se encontra o maior número de devedores (46%), seguido da região nordeste (24%).

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No total, 55% dos consumidores com contas em atraso acreditam que terão condições de regularizar as dívidas. Já 45% dos inadimplentes não veem condições financeiras de quitar os débitos, pelos menos nos próximos três meses.

Entre as dificuldades para pagar as dívidas, 75% dos entrevistados comprometeriam o pagamento de contas básicas. Porém, a pesquisa também aponta que 28% dos devedores pretendem fazer cortes no orçamento para organizar a situação financeira.

 

Entre os consumidores que começaram o mês de agosto com o CPF inscrito na lista de inadimplentes, 37% devem até R$ 500, segundo levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Já 53% possui dívidas que somadas não ultrapassam R$ 1.000.

As dívidas baixas podem ter relação com o tipo de conta que o brasileiro tem deixado atrasar. De acordo com o levantamento, as contas de serviços básicos como água e luz, tiveram um crescimento de 16,03% no volumes de atrasos em julho, em comparação com o mesmo mês em 2018. Na sequência estão as dívidas bancárias, como cartão de crédito, cheque especial, empréstimos e financiamentos com 2,25% de aumento na mesma base de comparação.

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A pesquisa também aponta que 25% dos brasileiros inadimplentes têm entre 30 e 39 anos. Entre a população idosa, de 65 a 84 anos, o número de inadimplentes cresceu 7,44% em relação ao ano passado.

Quer começar o ano saindo do vermelho? Então a dica da vez é o aplicativo da Serasa Experian, que permite a qualquer consumidor verificar se existe alguma dívida em seu nome. Além disso, o usuário também pode acompanhar a pontuação do seu score, monitorar seu CPF contra fraudes em tempo real, e ainda receber ofertas de crédito. A ferramenta é gratuita e tem versões para Android e iPhones.

Ao baixar o aplicativo, o usuário precisa realizar um cadastro rápido com suas informações pessoais. Nos resultados, o sistema mostra as dívidas com empresas e outras instituições, como cartório e bancos. É possível fazer a consulta quantas vezes for necessário, acessando diretamente com CPF e senha nas próximas vezes.

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O aplicativo está disponível na App Store (iPhones) e Google Play (Android). O número de brasileiros com dívidas em atraso terminou 2018 com crescimento de 4,4% em relação ao fim de 2017, segundo um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Trata-se do maior aumento anual da quantidade de inadimplentes desde 2012.

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Alunos que contrataram o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e estão inadimplentes poderão renegociar, a partir do segundo semestre deste ano, as dívidas junto à Caixa Econômica Federal, agente financiador do fundo. A Lei 13.682, que trata dos Fundos Constitucionais de Financiamento e que permite a renegociação, foi publicada na última semana, no Diário Oficial da União. O Comitê Gestor do Fies divulgará oportunamente as regras.

“Essa medida vai beneficiar, especialmente, os alunos que estão inadimplentes e ela é importante para que eles se recoloquem, inclusive com a possibilidade de buscar outras modalidades de financiamentos, como o habitacional, por exemplo”, declarou o ministro Rossieli Soares. O ministro lembrou também que tem solicitado cada vez mais a participação dos parlamentares na discussão de temas da educação, no Congresso Nacional.

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A proposta de renegociação das dívidas do Fies pelos estudantes com as instituições financeiras foi discutida, no mês passado, pelo ministro Rossieli Soares na reunião anual da Frente Parlamentar Mista da Educação, na Câmara dos Deputados. A proposta também estava prevista na Medida Provisória do Novo Fies. Mas a decisão oficial ocorreu somente com a publicação, no Diário Oficial da União (DOU), da Lei nº 13.682/2018, na qual um dos artigos permitiu a medida.

Na avaliação do MEC, a permissão de renegociar os débitos é mais um importante passo para dar sustentabilidade ao Fies e fortalecer o fundo estudantil, que atualmente possui um total de 2,7 milhões de contratos e um elevado número de 453 mil estudantes inadimplentes, todos sem chances de negociar com a Caixa Econômica Federal. No momento, este índice de devedores equivale a um débito total de R$ 10 bilhões com o fundo.

O secretário executivo adjunto do MEC, Felipe Sartori Sigollo, presidente do Comitês Gestor do Fies (CG-Fies), destacou a importância da medida e explicou que muito em breve os estudantes inadimplentes poderão solicitar a revisão dos débitos. “Ninguém quer ficar inadimplente, devendo o curso que foi financiado. A partir de agosto, o CG-Fies fará toda a normatização das regras para que os alunos procurem as agências da Caixa, façam a renegociação e normalizem sua situação junto ao Fies”, esclareceu.

Além de destacar o empenho do ministro Rossieli Soares para obter êxito com a medida, o secretário executivo adjunto afirmou que outros estudantes poderão ser beneficiados, uma vez que no momento 826 mil estão em situação de amortização e ainda começarão a quitar o empréstimo, respeitados os prazos definidos para o início do pagamento.

“O ministro Rossieli Soares trabalhou muito no Congresso Nacional para conseguirmos esse avanço e o número de estudantes beneficiados pode ser muito maior, pois há contratos em amortização. Essa medida terá uma amplitude mais elevada à medida que os contratos forem vencendo e algumas famílias fiquem, por alguma razão, inadimplentes. Mas estamos otimistas, o programa está indo bem, com previsibilidade e sustentabilidade financeira”, completou Felipe Sigollo. 

O diretor de gestão de fundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Pedro Pedrosa, avaliou que a medida, além de beneficiar os estudantes, será determinante para o Governo Federal angariar mais recursos e solidificar a sustentabilidade do Fies. “O próximo passo é regulamentar as condições definidas pelo Comitê Gestor para que estes descontos que serão oferecidos sejam atraentes. Além de ser boa para os estudantes, essa renegociação pode acarretar em mais recursos para o Governo Federal e, quem sabe, a criação de novas vagas para o financiamento estudantil”, pontuou.

Da assessoria do MEC


O percentual de brasileiros endividados ficou em 61,8% em outubro deste ano. Segundo dados divulgados hoje (8) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a taxa é superior às registradas em setembro (61,7%) e em outubro do ano passado (59,8%).

De acordo com a CNC, os consumidores de São Paulo com contas em atraso atingiram os 26% em outubro, patamar abaixo dos 26,5% de setembro, mas acima dos 24,7% de outubro do ano passado.

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Já os consumidores que não conseguirão pagar suas dívidas ou contas ficaram em 10,1%. Em setembro deste ano, o percentual havia sido 10,9% e em outubro de 2016, a taxa foi 9,8%.

O tempo de pagamento das contas em atraso é de, em média, 63,8 dias.

O Brasil começou 2017 com mais de 61 milhões de pessoas inadimplentes. Esse é o maior número de endividados desde 2012 e a soma dos valores ultrapassa os R$270 bilhões. O percentual de famílias endividadas no país cresceu de 58% em agosto para 58,4% em setembro deste ano, segundo dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O desemprego e os altos juros são os principais fatores que explicam esse aumento no número de inadimplentes. Numa comparação com 2013, por exemplo, o percentual de brasileiros com nome sujo na praça cresceu 18%. A maior parte das dívidas dos brasileiros é com cartão de crédito (76,8%), seguido por carnês (15,4%), crédito pessoal (11%), financiamento de carro (10,1%) e financiamento de casa (8%). O tempo médio de atraso nos pagamentos chega a 63,1 dias.

Na verdade, o que mais preocupa é a falta de capacidade para quitar as dívidas. Com o desemprego em alta, pessoas que possuem o costume de se endividarem podem ficar com o nome no registro da lista de devedores e, por consequência, deixam de acessar novos créditos, ter contas em bancos, participar de concursos públicos, entre outras situações que prejudicam a vida pessoal e profissional.

A perda do emprego, somada à falta de planejamento e controle financeiro, faz com que muitas famílias tenham que lidar com um cenário de acúmulo de contas em atraso e poucos recursos. Com isso, as chances de contrair dívidas é maior e a inadimplência se torna mais frequente.

Para os especialistas em economia, é aceitável ter um terço da renda comprometida com dívidas, porém, é preciso saber que ao comprometer a renda dessa forma, questões básicas acabam sendo esquecidas ou ficam para segundo plano, como o investimento em educação, por exemplo. A saída de algumas famílias tem sido reduzir o consumo de serviços como internet, telefone fixo, celular e entretenimento, para garantir menos comprometimento da renda e aumentar a possibilidade de quitar as dívidas.

Apesar de estarmos, a passos curtos, nos recuperando da crise econômica, é preciso ter a consciência que o endividamento da população é prejudicial ao futuro do país. Resgatando a crise econômica dos Estados Unidos, faz-se necessário lembrar que o corte do crédito e o aumento dos juros se deu para impedir a onda de inadimplência gerada pelo super endividamento da população. Voltando ao caso do Brasil, caso a população continue a não conseguir quitar suas dívidas, os bancos serão obrigados a diminuir a oferta de crédito e aumentar os juros, freiando assim o crescimento econômico e abrindo possibilidade para uma nova crise.

Vale ressaltar, também, que é evidente a necessidade de incentivar a educação financeira desde a infância. Criando jovens mais conscientes sobre a importância de um bom controle financeiro, será mais fácil encontrar adultos com as finanças equilibradas.

O número de brasileiros com contas em atraso e registrados nos cadastros de devedores caiu 0,41% em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Este foi o sexto mês consecutivo em que houve retração no volume de inadimplentes. Os dados são do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Segundo a pesquisa, o país encerrou o mês de agosto com 59,1 milhões de brasileiros com alguma conta em atraso e com o CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras parceladas. Na comparação com julho, houve queda de 0,06%. O último aumento no número de devedores foi registrado em fevereiro deste ano, de 0,41%.

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O número de inadimplentes caiu em todas as regiões do país. No Sudeste foi verificada a queda mais acentuada, de 5,07% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Em segundo lugar ficou a região Sul, que apresentou queda de 3,70% na quantidade de devedores, seguido do Centro-Oeste (-0,76%), Norte (-0,65%) e Nordeste (-0,27%). De acordo com a pesquisa, a região Sudeste é a que concentra a maior quantidade de consumidores inadimplentes, chegando a 24,45 milhões, o que corresponde a 37% do total dos moradores dessa região. Em segundo lugar aparece o Nordeste, com 16,32 milhões de negativados, ou 40% da população. Em seguida, aparece o Sul, com 8,02 milhões de inadimplentes (36% da população).

O Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulgou dados, junto com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em que informa sobre o aumento da inadimplência no país. Segundo o estudo, a inadimplência aumentou 0,84% de janeiro a junho deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, ao passar de 59,1 milhões de pessoas para 59,8 milhões.

De acordo com as entidades, entre o final de 2015 e o início de 2016, a inadimplência crescia com taxas próximas de 5% e agora são consideradas estáveis, embora ainda esteja refletindo “o cenário de desemprego elevado” e dificuldades que atingem 39,6% da população com idade entre 18 e 95 anos.

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Na comparação de junho deste ano com junho do ano passado, foi constatado um recuo de 0,83% no número de devedores em atraso e sobre maio deste ano, houve redução de 0,64%. A pesquisa também mostra que o volume de dívidas caiu 5,34% em junho sobre o mesmo mês em 2016. A queda mais expressiva aconteceu no setor da comunicação, com -13,13%. No comércio, o setor caiu 4,46% menor; nos bancos, 2,57%, e nos serviços básicos, como água e luz, 1,18%.

Porém, os bancos ainda concentram a maioria das dívidas em atraso, com 48,54%, depois vem o comércio, com 20,42%, comunicação, com 13,81%, e, por último, água e luz, com 7,96%.

Em relação as regiões do país, a Região Sudeste tem 25,8 milhões de pessoas que estavam inadimplentes em junho, o equivalente a 39,45% da população adulta, em seguida vem a Região Nordeste com 15,7 milhões (39,34%), o Sul, com 7,9 milhões (35,31%), Norte, com 5,4 milhões (45,98%), e do Centro-Oeste, com 5 milhões (43,32%).

Querendo aproveitar a boa fase dentro de campo, o Náutico tem buscado aumentar seu quadro de sócios, que hoje somam pouco mais de cinco mil em dia. O presidente em exercício Ivan Brondi anunciou nesta quinta-feira (3), como medida para aumentar esse número, que o alvirrubro irá conceder anistia neste mês de novembro para aqueles torcedores que estão em débito nos últimos meses.

Em comunicado no site oficial, o mandatário alvirrubro ressalta que busca com o aumento de associados garantir uma boa receita para a próxima temporada. “O Timbu, este ano, luta para reviver os momentos de glória, tanto dentro quanto fora dos gramados. O Náutico tem hoje pouco mais de 5.000 associados em dia, um número que nem de longe representa a grandeza do clube. Para manter o fôlego até o final da temporada e começar bem 2017, o aumento do quadro social é imprescindível”, argumenta Ivan Brondi.

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Em 4º lugar na Série B, e com mais duas partidas pela frente em casa, contra Goiás e Oeste, os novos associados ainda poderão adquirir ingressos para essas partidas com desconto para o restante da competição.

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A Câmara de Dirigentes Lojistas do Recife (CDL Recife) realizou a primeira edição da sua Pesquisa de Perfil de Inadimplência, em 2015. Entre as questões do levantamento estão os dados referentes à relação entre o consumidor e à inflação. O levantamento apresentou expressivo crescimento entre os endividados na comparação mensal: passaram de 36%, em dezembro de 2014, para 45%, em abril. Além disso foram obervados outros aspectos, como medidas para driblar a inflação e motivos causadores de dívidas. 

A pesquisa foi realizada entre 17 e 23 de abril. No levantamento foram conferidas informações com relação a origem do débito, grau de escolaridade, renda familiar, causas da inadimplência, período de atraso do (s) título (s), valor da dívida, recursos que pretende utilizar para quitação da pendência, entre outros. 

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De acordo com o estudo, 59% dos consumidores afirmaram sentir os efeitos da crise econômica do País através da elevação da inflação (nível geral de preços) e 11% por meio do aumento da taxa de juros. Entretanto, 17% afirmam que não sentiram no bolso o peso do mau momento que a economia brasileira vem passando.

Em relação à decisão de consumo, 38% dos entrevistados disseram que para driblar os efeitos da inflação, substituíram marcas e ou cortaram supérfluos, 34% diminuíram o consumo de bens básicos (alimentos, higiene, vestuário). No entanto, a maior parte dos consumidores (65%) não tem tomado nenhuma medida para amenizar os efeitos da inflação e deixar as contas em dia. 

De acordo com o estudo, na comparação com dezembro de 2014, houve uma diminuição de 6,0 p.p., dos que alegam possuir dívidas no valor total compreendido entre R$ 100 e R$ 499, eles são maioria com 24% do total. Os que possuem dívida entre R$ 500 e R$ 999 estão em segundo entre os valores de dívidas mais recorrentes, 19%. Aqueles que não sabem quanto devem também possuem grande participação, 19%.

A população com renda familiar mensal entre 1 e 2 Salários Mínimos (SM), apresentou expressivo crescimento entre os endividados na comparação mensal: passaram de 36%, em dezembro de 2014, para 45%, em abril. No mês passado, aqueles que possuem renda familiar mensal de até 3 SM corresponderam a 79% dos negativados. “Esse resultado pode indicar a dificuldade que a classe E tem tido em honrar seus compromissos, dado a situação econômica atual de forte inflação, diminuição da massa salarial do trabalhador e encarecimento de crédito que atingem, principalmente, a população de baixa renda”, comenta Catão.

Pela primeira vez, ter sido “fiador, avalista ou emprestou o nome” é o principal motivo causador de dívidas, com 25% do total, deixando, assim, para trás a “falta de planejamento/descontrole”. No entanto, esta última causa continua sendo uma grande vilã na hora de manter as contas em dia, pelo fato de ser apontada por 24% dos entrevistados. Esse resultado reforça a importância da prática do planejamento financeiro antes de ir às compras. 

Quando questionados sobre as dificuldades enfrentadas para regularizar os débitos, 32% dos consumidores afirmaram que o maior problema se deve ao fato de que suas dívidas são muito superiores aos seus ganhos. Enquanto isso, 23% disseram que o mais complicado é deixar de comprar coisas que são fundamentais e básicas. Já 22 % afirmaram que negociar com as empresas é o maior empecilho. 

Embora o índice tenha diminuído, quando comparado a abril de 2014, a maioria dos inadimplentes não sabe quanto de sua renda está comprometido com as dívidas. Naquele período, eram 51% do total e passaram a ser 38% em abril de 2015; 22% comprometeram de 51% a 80% de sua renda com o pagamento da dívida, enquanto que 50% comprometeram entre 31% e 50%. Assim, a maioria dos inadimplentes foi além do que é indicado (30%), o que resultou na negativação de seus nomes.

A negativa por parte do Conselho Deliberativo do Náutico do empréstimo para quitar dívidas do executivo ainda repercute no clube. Na última reunião, o conselheiro Antônio Carlos, conhecido como Carlão, solicitou a lista dos conselheiros que estavam em dia com o clube e descobriu que pelo menos 12, que participaram da votação, não estavam adimplentes com a mensalidade de sócio.

De acordo com o Estatuto do Clube, apenas os conselheiros em dia com as mensalidades de sócio e do Conselho poderiam participar das reuniões. “O artigo 1° e o 35 do Estatuto diz que quem não estiver adimplente, não pode votar. E 12 conselheiros, pela relação que recebi, não estavam. Um não paga há um ano, o outro há seis meses... A maioria deles, inclusive, votou contra o empréstimo solicitado pelo executivo. Se eles querem tudo certo, têm de fazer tudo certo também”, explicou Antônio Carlos, que descartou a anulação da votação.

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“Acho que politicamente seria complicado, iria acirrar ainda mais os ânimos. Além disso, eles justificaram não saber que precisavam estar em dia com a mensalidade de sócio e do Conselho”, complementou Carlão.

Para evitar problemas futuros, o presidente do Conselho Deliberativo do Timbu, Eduardo Turton, acatou a solicitação de deixar uma lista atualizada dos conselheiros adimplentes. “De agora em diante, só participarão das reuniões os que estiverem em dia com o clube. Tem até um lado bom nisso, é que os inadimplentes vão pagar e ajudar o Náutico. Vai entrar um dinheiro bom para o clube”, pontuou o conselheiro.

O percentual de famílias inadimplentes, que estão com dívidas ou contas em atraso, caiu em janeiro deste ano, na comparação com dezembro e janeiro de 2013. Segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de inadimplentes neste mês ficou em 19,5%.

Em dezembro de 2013, o percentual havia sido 20,8%. Em janeiro do ano passado, o percentual havia ficado em 21,2%. Em média, o tempo de atraso da dívida ou conta é de 63,3 dias em janeiro deste ano, mas 47,5% dos inadimplentes têm atraso de mais de 90 dias.

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Do total de famílias, 6,5% não terão condições de pagar suas contas ou dívidas, o mesmo percentual de dezembro de 2013 e um pouco abaixo dos 6,6% de janeiro do ano passado.

Por outro lado, o percentual de endividados aumentou para 63,4% em janeiro deste ano, ante os 62,2% de dezembro de 2013 e 60,2% de janeiro daquele ano. Entre os endividados, 75,9% têm dívidas com o cartão de crédito, 16% com carnês, 13,4% com financiamento de carro, 8,7% com crédito pessoal e 7% com financiamento de casa.

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