Tópicos | Insatisfação implícita

A insatisfação dos governadores do Nordeste com a gestão do presidente Michel Temer (PMDB) ficou expressa nas entrelinhas da “Carta de Fortaleza”. Além da intensa discussão sobre a reforma da Previdência, que pautou o primeiro encontro do ano do Fórum dos Governadores do Nordeste, os chefes dos Executivos estaduais pontuaram o que eles chamaram de “matéria importante para o Governo Federal deliberar imediatamente”, visando “a retomada rápida do processo de geração de emprego e redução das desigualdades no Nordeste”. 

Entre os pontos de reivindicação encaminhados ao presidente estão a obtenção imediata do alongamento das dívidas do BNDES sem diferenciação de fontes, incorporando todas as linhas de financiamento; a liberação dos empréstimos já autorizados em 2016; a convalidação dos incentivos fiscais, fazendo a transição para um sistema que acelere o crescimento econômico das regiões Norte-Nordeste e o apoio à Emenda Constitucional que autoriza a securitização da Dívida Ativa do setor público brasileiro.

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Além disso, os governadores também solicitaram o não contingenciamento das obras hídricas no orçamento do Governo Federal; a ampliação das fontes de financiamento à saúde, assegurando aos menos favorecidos o direito garantido pela Constituição Federal; a definição de uma estratégia nacional de enfrentamento da questão da segurança pública; a liberação da bolsa estiagem e também a suspensão dos pagamentos das dívidas dos agricultores afetados pela seca; e a garantia imediata da realização dos leilões de energia solar e eólica, suspensos em dezembro de 2016.

"Entendemos que todas essas medidas são fundamentais para que a gente possa retomar a criação de empregos e a redução das desigualdades históricas no Nordeste", argumentou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), sobre a pauta do encontro. A reunião contou também com as presenças do anfitrião, Camilo Santana, e dos governadores Wellington Dias (Piauí), Robinson Faria (Rio Grande do Norte), Renan Filho (Alagoas) e Ricardo Coutinho (Paraíba) e do vice-governador de Sergipe, Belivaldo Chagas.

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