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Ausentes nas recentes manifestações em defesa do presidente Jair Bolsonaro, no fim de maio, os grupos Vem Pra Rua e Movimento Brasil Livre (MBL) convocaram para o domingo atos em todo o País em defesa do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

O ministro tem sido alvo de críticas depois de o site The Intercept Brasil publicar mensagens atribuídas a ele, na época em que era juiz, e a integrantes da força-tarefa da Lava Jato. Essas conversas, segundo o site, indicariam interferência de Moro no andamento das investigações da operação. A Polícia Federal abriu inquérito para investigar a invasão do celular do ministro e de procuradores.

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Os dois grupos, que lideraram os movimentos de rua pelo impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff, afirmam que optaram por adotar uma agenda que não inclui a defesa do governo Bolsonaro. Além do apoio a Moro, eles defendem o pacote anticorrupção enviado pelo ministro ao Congresso - cuja tramitação tem enfrentado resistência de parlamentares - e a reforma da Previdência.

Os movimentos querem mobilizar o mesmo público entusiasta da Lava Jato que foi às ruas contra o PT e as denúncias de corrupção que atingiram o partido em 2015. "Os primeiros atos (em favor do governo) surgiram de uma rede coordenada que prega pautas com as quais não concordamos. O MBL não é pró-Bolsonaro e mantém uma linha independente. A decisão de participar agora foi uma reação à invasão do celular do Sérgio Moro", disse Renato Battista, um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre.

Segundo ele, surgiu agora "uma necessidade" de defender a Lava Jato. Sobre a suposta mensagem na qual Moro teria chamado os integrantes do MBL de "tontos", Battista afirmou que o episódio foi levado por eles "na brincadeira". "Muitos querem jogar o MBL contra a Lava Jato", disse.

O grupo de Kim Kataguiri e Fernando Holliday vai receber em seu carro de som políticos que despontaram no MBL e que hoje são filiados ao DEM.

Proposta

Porta-voz do Vem Pra Rua, Adelaide Oliveira reforçou o discurso de independência em relação ao presidente Bolsonaro e fez uma defesa enfática do ex-juiz da Lava Jato. "O hackeamento do telefone dele foi um crime. O conteúdo revelado até agora, segundo juristas, não é comprometedor", afirmou Adelaide.

Questionada sobre a ausência do grupo nos atos mais recentes, a porta-voz disse que as manifestações pró-Bolsonaro estavam "excessivamente personalistas". "Não apoiamos governo nenhum, mas ideias."

Já o movimento Nas Ruas, que também esteve na linha de frente em 2015, apoia Bolsonaro e estará na manifestação de domingo em defesa de Moro. Desta vez, porém, o presidente não estará na pauta. "Não vejo necessidade de defender o Bolsonaro agora", disse a deputada Carla Zambeli (PSL-SP), fundadora do Nas Ruas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), informou nesta terça-feira, 25, que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, comparecerá ao colegiado na próxima terça-feira, 2, às 14h. Ele deverá prestar esclarecimentos sobre as supostas conversas com procuradores da força-tarefa da Lava Jato reveladas pelo site The Intercept Brasil.

De acordo com Francischini, a comissão deverá votar nesta quarta-feira, 26, o requerimento de convite que será apresentado pelo deputado Darcísio Perondi (MDB-RS) e a ida do ministro está combinada com sua assessoria.

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Moro deveria comparecer ao colegiado nesta quarta, mas no fim de semana avisou que estaria em viagem aos Estados Unidos na mesma data. O deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) protocolou nesta terça um requerimento de informações para que o ministro explique os motivos de sua viagem.

Após o ministro Sergio Moro, da Justiça e Segurança Pública, adiar sua ida à Câmara, o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) protocolou nesta terça-feira, 25, um requerimento de informações para que Moro explique os motivos de sua viagem aos Estados Unidos. O deputado também fez um pedido para que o ministro seja convocado a ir à Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara prestar esclarecimentos sobre as supostas conversas com procuradores da Lava Jato reveladas pelo site The Intercept.

No requerimento, Jerry afirma que Moro quebrou um compromisso assumido com parlamentares ao cancelar sua ida à Câmara, marcada para quarta-feira, 26, em razão da viagem de última hora. O deputado solicita ainda que Moro esclareça os motivos que o levaram a cancelar a ida à Câmara sem prévio aviso, quais os resultados práticos da viagem aos EUA, quais assessores o acompanharam, a relação de agendas, autoridades visitadas e pauta das reuniões. O ministro tem prazo de 30 dias para responder.

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Na semana passada o líder do governo na Câmara, Major Vito Hugo (PSL-GO), firmou um acordo com os presidentes de quatro comissões que se articulavam para convocar Moro. Eles trocariam as convocações por um convite e o ministro se comprometeria a ir à Câmara nesta quarta-feira, 26, quando responderia aos deputados em uma audiência pública.

Moro cancelou a ida à audiência alegando uma viagem de última hora aos EUA. O requerimento de Jerry vai ser votado na quarta, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias. Se for aprovado, Moro, na condição de ministro, é obrigado a comparecer. Ao contrário do convite, que é facultativo, a convocação é obrigatória, conforme previsto no artigo 50 da Constituição.

No requerimento, Jerry argumenta que o ministro deve explicações sobre o conteúdo das supostas mensagens divulgadas desde o dia 9, nas quais o então juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela Lava Jato, teria indicado testemunha, tratado sobre estratégias e orientado a acusação durante processos referentes a desvios na Petrobras. As supostas conversas reforçam a argumentação da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para pedir a suspeição de Moro, autor da primeira sentença que condenou o petista preso em Curitiba.

Na semana passada, Moro foi ouvido sobre o mesmo assunto no Senado. Integrantes do governo, no entanto, avaliam que na Câmara o ministro deve enfrentar um clima mais hostil.

O jornalista e editor do site The Intercept, Glenn Greenwald participa na tarde desta terça-feira (25) de uma audiência na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.

De acordo com Greenwald, os principais envolvidos nos recentes vazamentos feitos pelo The Intercept sabem da veracidade dos fatos. “Moro e Dallagnol sabem que tudo é autêntico. Tudo o que foi divulgado é verdade e eles têm ciência disso”, garantiu o jornalista.

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Ainda em sua fala inicial, o jornalista norte-americano aproveitou para ressaltar a importância do trabalho da imprensa em um país democrático. “Nosso papel enquanto jornalistas é informar o público. Tudo o que estamos fazendo tem o objetivo de informar e fortalecer a luta contra a corrupção. É impossível lutar contra a corrupção utilizando um comportamento corrupto”, defendeu Greenwald.

O convidado também falou sobre o trabalho feito pela fonte que passou as informações ao site. “No mundo democrático, não tem importância o que nossa fonte fez. Agora, eu acho que a luta contra a corrupção vai ser fortalecida e, exatamente por isso, a Constituição Brasileira garante a liberdade da imprensa”, finalizou.

Após fazer sua introdução, Glenn Greenwald responderá o questionamento de cada parlamentar inscrito na Comissão. Cada deputado terá três minutos para mostrar suas posições. A maioria dos presentes é formada por membros da Oposição.

Em sua participação na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (25), o jornalista Glenn Greenwald repercutiu a sua história no Brasil.

“Após o vazamento feito pelo The Intercept, muitas pessoas questionaram sobre minha legalidade no Brasil. Eu não cheguei no Brasil ontem, já estou aqui há 15 anos. O Brasil é o país pelo qual me apaixonei e foi no Brasil onde me apaixonei pelo meu marido, o deputado David Miranda”, expressou Glenn.

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O debate, proposto pelos deputados Camilo Capiberibe (PSB), Carlos Veras (PT), Márcio Jerry (PCdoB) e Túlio Gadelha (PDT), levou 39 parlamentares inscritos ao local para participarem da ocasião.

“Quando eu recebi o material de nossa fonte, eu fiquei chocado. Primeiro, fiquei chocado como advogado. Como um juiz estava colaborando o tempo todo em segredo sem conhecimento do outro lado? Eu não consegui ler o que eu estava lendo. Nos Estados Unidos é impensável que um juiz faça isso. Se um juiz fizesse uma vez o que Moro fez durante cinco anos, iria sofrer muitas punições. É impensável para mim”, disse.

“Porém, como não sou um advogado brasileiro, o que fiz enquanto jornalista foi consultar as leis brasileiras para entender a gravidade daquele material. Todos os especialistas, advogados e professores que olharam para esse material reagiram de forma indignada. Todos ficaram chocados”, complementou Greenwald. 

Dezenas de parlamentares e jornalistas acompanham na tarde desta terça-feira (25) a participação do jornalista norte-americano Glenn Greenwald em uma audiência na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.

O debate foi proposto pelos deputados Camilo Capiberibe (PSB), Carlos Veras (PT), Márcio Jerry (PCdoB) e Túlio Gadelha (PDT). Um total de 39 parlamentares e oito líderes se inscreveram para participar do encontro com o jornalista.

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Greenwald é editor do site The Intercept e o responsável pelo vazamento da troca de mensagens entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e procuradores da Operação Lava Jato.

“Estou muito grato pela oportunidade para discutir as revelações tão importantes para a democracia. Acho que elas são um exemplo da importância da imprensa livre para a democracia”, iniciou o jornalista.

“Há muitas pessoas que ficaram falando coisas falsas para me atacar e atacar o jornalismo. Aqui é uma oportunidade para discutir essas questões. Estou desapontado com o partido do governo porque estão fazendo acusações feias e falsas sobre mim. Infelizmente muitos dos que falaram mentiras não estão aqui, eu queria que estivessem para falarmos cara a cara”, disparou Greenwald.

Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira (24) pela consultoria Atlas Político mostrou que a popularidade do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, caiu 10 pontos percentuais de maio a junho deste ano.

A popularidade de Moro caiu de 60% para 50,4% após o vazamento da troca de conversas entre ele e procuradores da Operação Lava Jato, feito pelo site The Intercept. Porém, o ministro segue liderando como a personalidade política mais popular do país.

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Moro divide a liderança da popularidade com o presidente Jair Bolsonaro (PSL), que aparece com 50,3%. A impopularidade de Moro, entretanto, subiu de 31,8%, em maio, para 38,6%, em junho.

A maioria dos entrevistados pelo Atlas Político - um total de 58% das pessoas - considerou incorreta a prática de um juiz aconselhar e manter conversas privadas com membros da acusação ou da defesa de um réu. Já outros 23,4% consideraram a atitude correta.

A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 12 de junho, com 2.000 entrevistados, por meio virtual, com margem de erro de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos. 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, enviou um áudio pedindo desculpas ao Movimento Brasil Livre (MBL) por ter se referido a eles como “tontos”. Os vazamentos feitos pelo The Intercept mostraram uma conversa do então juiz federal se referindo aos integrantes do MBL com este adjetivo.

“Consta ali um termo que não sei se usei mesmo, acredito que não, pode ter sido adulterado, mas queria assim pedir minhas escusas, se eu eventualmente utilizei (o termo)”, disse o ministro em áudio obtido pelo Estadão.

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Na divulgação feita pelo Intercept, aparece uma mensagem em que Moro cita um protesto organizado por “alguns tontos daquele Movimento Brasil Livre”, que criticavam o ministro do STF Teori Zavascki - morto em um acidente aéreo em 2017.

Em seu pedido de desculpas, Moro completou que “sempre respeitei o Movimento Brasil Livre, sempre agradeci o apoio que esse movimento deu, não só à Lava Jato, mas nos últimos anos, 5 anos, de avanço contra corrupção e construção de um País melhor e mais íntegro”.

O presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), disse que se as mensagens divulgadas pelo site The Intercept Brasil forem "verdade", o ministro Sergio Moro "ultrapassou o limite ético" ao se relacionar com os procuradores da Operação Lava Jato enquanto era juiz do caso em Curitiba.

"Em sendo verdade, são muito graves. Muito graves. Ultrapassou o limite ético. Não era para ter tido conversa naquele nível. Se isso for verdade, terá um impacto grande em relação a procedimentos", afirmou o senador nesta segunda-feira, 24, em jantar promovido pelo jornal digital Poder360. O jornal O Estado de S. Paulo participou do encontro como convidado.

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O senador observou, contudo, que não é possível dizer que o conteúdo das mensagens reveladas pelo site seja verdadeiro. E relatou experiência pessoal. Disse que recentemente foram atribuídas a ele declarações feitas por um perfil fake no Twitter, quando aprendeu que é preciso ter cautela no julgamento.

Apesar disso, Alcolumbre afirmou que há dois pesos e duas medidas. "Se fosse um deputado ou um senador (no lugar de Moro), ele já estava cassado, preso e nem precisava provar se tinha hacker ou não", afirmou.

O senador contou que trabalhou pessoalmente para convencer senadores a desistirem de propor uma CPI para investigar Moro. Argumentou que essa não é a agenda de um país que tem "desempregados, pessoas precisando de hospital, médico". "Convenci várias pessoas a não fazer isso", admitiu.

As mensagens divulgadas pelo The Intercept indicam atuação conjunta de Moro, enquanto era juiz, com os procuradores da Lava Jato. O site diz que recebeu o material de fonte anônima. A Polícia Federal investiga ataque de hackers aos celulares do atual ministro da Justiça e outros procuradores que atuam na força-tarefa que investiga esquema de corrupção na Petrobras. Os envolvidos dizem que não reconhecem os diálogos e minimizam o que foi divulgado.

Durante o jantar, Alcolumbre rebateu críticas do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, que chamou de "inquisidores" os senadores que questionaram Moro em audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na semana passada.

"O general Heleno falou besteira", disse, complementando que foi Moro quem se ofereceu para ir ao Senado prestar esclarecimentos. Heleno afirmou que "alguns protagonistas desse criminoso projeto de poder (desbaratado pela Lava Jato) e enriquecimento ilícito participaram, com a cara mais lavada do mundo, dessa inquisição ao ministro Sergio Moro".

O jornalista norte-americano Glenn Greenwald participa de audiência na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados a partir das 15h desta terça-feira (25).

Greenwald é editor do site The Intercept e o responsável pelo vazamento da troca de mensagens entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e procuradores da Operação Lava Jato.

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O debate desta terça foi proposto pelos deputados Camilo Capiberibe (PSB), Carlos Veras (PT), Márcio Jerry (PCdoB) e Túlio Gadelha (PDT). O encontro acontecerá no plenário 10 da Câmara.

De acordo com os parlamentares, as reportagens assinadas pelo jornalista, "jogam dúvidas contundentes sobre a imparcialidade na atuação do Juiz Sérgio Moro e de outros juízes e procuradores".

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, teve mais um ônus após o vazamento de troca de mensagens suas com procuradores da Operação Lava Jato, no último dia 9 de junho, feito pelo site The Intercept.

Nesta segunda-feira (24), um grupo de 30 juízes federais espalhados por várias cidades do Brasil pediu à Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) que haja a suspensão cautelar de Moro “das atividades associativas, inclusive da participação na Lista Ajufe".

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Ainda houve o pedido de que a Ajufe apure o teor das conversas divulgadas pelo The Intercept e as consequências que isso pode ter para o ex-juiz federal. Caso sejam confirmados todos os dados divulgados pelo site, os juízes dizem que Moro deveria perder o título de sócio da entidade.

"Entendemos que as condutas expostas na publicação jornalística, caso confirmadas, são totalmente contrárias aos princípios éticos e às regras jurídicas que devem reger a atuação de um magistrado, pois quando um juiz atua de forma parcial, chegando ao ponto de confundir sua atuação com a do órgão acusador, a credibilidade do Poder Judiciário é posta em xeque", aponta o documento apresentado pelos juízes.

O coordenador da força-tarefa da Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol, sugeriu ao delegado Márcio Anselmo, da Polícia Federal, que planilha sobre possível propina para políticos com foro privilegiado fosse anexada em inquérito sigiloso em Curitiba, segundo supostas mensagens publicadas pela Folha de S.Paulo e pelo site The Intercept Brasil. Tornada pública, a planilha teve de ser enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF).

O diálogo teria ocorrido em 23 de março de 2016, um dia depois de se tornar público que o delegado havia inserido em um inquérito uma planilha apreendida na Odebrecht que listava supostos pagamentos de propina a políticos então com foro privilegiado. A ação da PF teria provocado a reação do então juiz e hoje ministro da Justiça, Sergio Moro, que teria dito que se tratava de "tremenda bola nas costas" da PF. Diante do fato, Moro dizia não ver alternativa a não ser enviar o processo que envolvia o publicitário João Santana ao STF.

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Após as explicações de Dallagnol, Moro teria dito que achava o caso uma lambança e que não se podia cometer esse tipo de erro. Mais tarde, Dallagnol teria afirmado que ia tentar denunciar os acusados antes da remessa dos autos ao STF. Foi em seguida que Dallagnol teria dito ao delegado que o problema não havia sido juntar a planilha ao inquérito, mas juntá-la em inquérito público em vez de algum sob sigilo, sugerindo que, assim, ninguém veria o documento.

Mais tarde, Moro teria voltado a procurar Dallagnol para pedir ajuda a fim de conter uma manifestação do Movimento Brasil Livre (MBL) em frente à casa do ministro Teori Zavascki, então relator da Lava Jato no STF. Moro chama os militantes de "tontos", pois isso não ajudava a operação. Dallagnol pondera que não seria o caso de se meter nisso, já que o protesto era pacífico.

Moro mandou áudio a membros do MBL dizendo não saber se os termos são seus, mas pedindo desculpas por tê-los chamado de "tontos". "Consta ali um termo que não sei se usei mesmo, acredito que não, pode ter sido adulterado, mas queria assim pedir minhas escusas, se eu eventualmente utilizei (o termo)", disse em áudio obtido pela Coluna do Estadão. "Porque sempre respeitei o MBL, sempre agradeci o apoio que esse movimento deu." No Twitter, Moro e atacou os vazamentos citando o poeta Horácio: "A montanha pariu um rato". Ele adiou a ida à Câmara no dia 26 para prestar esclarecimentos sobre o caso.

A assessoria de Moro informou que "o material referente a pessoas com foro privilegiado foi remetido ao STF no primeiro dia útil após a PF ter juntado aos autos". A força-tarefa disse que "não teve acesso aos materiais citados" e, por isso, "tem prejudicada sua possibilidade de avaliar a veracidade e o contexto dos supostos diálogos". Moro e os procuradores não reconhecem a autenticidade das mensagens, mas não negam o conteúdo ou apontam indícios de fraude. A Folha de S.Paulo informou ter achado no material do Intercept mensagens de seus profissionais para a força-tarefa e informou que estavam íntegras. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, adiou para a próxima semana a sua ida à Câmara dos Deputados. Ele havia sido convidado por quatro comissões da Casa para prestar esclarecimentos na próxima quarta-feira, 26, em uma sessão conjunta, sobre supostas mensagens trocadas com o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, revelados pelo site The Intercept Brasil. As conversas sugerem atuação conjunta quando o ministro era juiz federal.

Moro viajou aos Estados Unidos neste sábado e só retorna ao Brasil na quarta-feira, 26, segundo sua assessoria. Ele visitará órgãos de segurança e inteligência dos americanos com o intuito de fortalecer operações integradas com o Brasil. De acordo com a vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Bia Kicis (PSL-DF), a audiência com Moro deve ser remarcada para o dia 2 ou 3 de julho.

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Na semana passada, o ministro esteve por quase 9 horas no Senado dando explicações sobre o mesmo caso. Moro afirmou pela primeira vez não ter apego ao cargo e admitiu a possibilidade de deixar o governo caso seja constatada ilegalidade. Ele também voltou a dizer que agiu de acordo com a lei e cobrou que o The Intercept Brasil divulgue todo o conteúdo a que teve acesso.

A expectativa, porém, é que o ambiente seja mais hostil ao ministro na Câmara, onde os partidos da base do governo, principalmente o PSL, não têm conseguido blindar os integrantes do Executivo. Moro foi convidado pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias, Trabalho, Administração e Serviços Públicos, Fiscalização Financeira e Controle e Constituição e Justiça da Casa.

O jornal Folha de S.Paulo, em parceria com o site The Intercept Brasil, publicou neste domingo (23) novas mensagens atribuídas ao ministro da Justiça, Sérgio Moro (ex-juiz federal), e ao procurador da República Deltan Dallagnol, da Operação Lava Jato em Curitiba. Os diálogos, segundo os veículos, sugerem que, em 2016, membros da força-tarefa do Ministério Público Federal se articularam para proteger Sérgio Moro e evitar tensões com o Supremo Tribunal Federal (STF).

A reportagem aponta que o tema central das mensagens eram documentos da empreiteira Odebrecht que haviam sido anexados, sem sigilo, pela Polícia Federal a um processo da Lava Jato em 22 de março de 2016. Fazia parte do material uma 'superplanilha' com nomes de políticos associados a pagamentos da empreiteira.

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De acordo com os veículos, na ocasião, Moro reclamou da Polícia Federal com o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa. "Tremenda bola nas costas da PF", teria escrito o então juiz, no Telegram. "E vai parecer afronta."

O jornal e o site relatam que o então magistrado informou a Deltan que mandaria ao Tribunal ao menos um dos inquéritos em andamento em Curitiba, cujo alvo era o ex-marqueteiro de campanhas do PT João Santana. A publicação narra que o procurador contou a Moro que havia procurado a Procuradoria-Geral da República e lhe sugeriu que enviasse outro inquérito ligado à empreiteira.

Segundo a reportagem, Deltan afirmou ao então juiz que não tinha havido má-fé da PF na divulgação dos documentos. "Continua sendo lambança", aponta mensagem atribuída a Moro. "Não pode cometer esse tipo de erro agora."

Em seguida, relatam os veículos, o coordenador da Lava Jato teria encorajado Moro e lhe prometido apoio incondicional. "Saiba não só que a imensa maioria da sociedade está com Vc, mas que nós faremos tudo o que for necessário para defender Vc de injustas acusações."

As publicações narram que Moro afirmou que temia pressões para que sua atuação fosse examinada pelo Conselho Nacional de Justiça e disse a Deltan que enviaria para a Corte máxima os três principais processos que envolviam a Odebrecht, inclusive os que a força-tarefa tinha sugerido manter em Curitiba.

Em resposta, segundo os veículos, Deltan afirmou ao juiz que falaria com o representante do Ministério Público Federal no CNJ e sugeriu que tentaria apressar uma das denúncias que a força-tarefa estava preparando. A medida, de acordo com a reportagem, permitiria que o caso fosse encaminhado ao Supremo já com os acusados e crimes definidos na denúncia.

Em nota enviada ao jornal, o ministro afirmou que "não confirma a autenticidade de mensagens obtidas de forma criminosa e que podem ter sido editadas ou adulteradas total ou parcialmente".

"Repudia ainda a divulgação de suposta mensagem com o intuito único de gerar animosidade com movimento político que sempre respeitou e que teve papel cívico importante no apoio ao combate à corrupção", informa a nota. "A invasão criminosa de celulares de autoridades públicas é objeto de investigação pela Polícia Federal."

Neste domingo, o ministro Sérgio Moro publicou uma mensagem em seu Twitter sem citar a reportagem: "Um pouco de cultura. Do latim, direto de Horácio, parturiunt montes, nascetur ridiculus mus (A montanha pariu um rato)."

Na semana passada, a força-tarefa da Lava Jato afirmou que "seus membros foram vítimas de ação criminosa de um hacker que praticou os mais graves ataques à atividade do Ministério Público, à vida privada e à segurança de seus integrantes".

"A ação vil do hacker invadiu telefones e aplicativos de procuradores da Lava Jato usados para comunicação privada e no interesse do trabalho, tendo havido ainda a subtração de identidade de alguns de seus integrantes. Não se sabe exatamente ainda a extensão da invasão, mas se sabe que foram obtidas cópias de mensagens e arquivos trocados em relações privadas e de trabalho", apontou a nota. "Dentre as informações ilegalmente copiadas, possivelmente estão documentos e dados sobre estratégias e investigações em andamento e sobre rotinas pessoais e de segurança dos integrantes da força-tarefa e de suas famílias. Há a tranquilidade de que os dados eventualmente obtidos refletem uma atividade desenvolvida com pleno respeito à legalidade e de forma técnica e imparcial, em mais de cinco anos de Operação."

O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a abordar nesta sexta-feira, 21, durante entrevista coletiva à imprensa, a situação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, após novo vazamento de diálogos entre ele e procuradores da Operação Lava Jato. Segundo Bolsonaro. Moro é "patrimônio nacional" e conseguiu "ponto de inflexão na corrupção" no País.

Bolsonaro também colocou novamente em dúvida a veracidade dos diálogos publicados pelo site The Intercept Brasil. "Ninguém tem certeza da fidelidade do que está publicado", disse.

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Sobre a participação de Moro em audiência pública recente no Senado, Bolsonaro avaliou que o ministro saiu "mais fortalecido do que entrou". O ministro foi à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa na quarta-feira, 19, onde foi questionado pelos senadores sobre os diálogos apresentados pelo site.

Em parecer enviado ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta sexta-feira, 21, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, manifestou-se contrária ao pedido feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que a ação penal que o condenou seja anulada.

A defesa de Lula incluiu no pedido de habeas corpus apresentado ao Supremo na semana passada a transcrição de mensagens que teriam sido trocadas entre o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, e integrantes da força-tarefa da Lava Jato. Os advogados de Lula afirmaram que as supostas mensagens mostram "completo rompimento da imparcialidade objetiva e subjetiva".

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O pedido de habeas corpus acusa Moro de ter agido com parcialidade ao condenar Lula no caso do triplex do Guarujá, quando ainda era juiz federal em Curitiba, e depois assumir cargo no primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro. O recurso será julgado no próximo dia 25 pela Segunda Turma da Corte.

Para Raquel Dodge, no entanto, "há fundadas dúvidas jurídicas" em relação às supostas mensagens trocadas e que foram anexadas ao processo. "É que o material publicado pelo site The Intercept Brasil, a que se refere a petição feita pela defesa do paciente, ainda não foi apresentado às autoridades públicas para que sua integridade seja aferida", argumenta a procuradora-geral.

"Diante disso, a sua autenticidade não foi analisada e muito menos confirmada. Tampouco foi devidamente aferido se as referidas mensagens foram corrompidas, adulteradas ou se procedem em sua inteireza, dos citados interlocutores. Estas circunstâncias jurídicas têm elevado grau de incerteza neste momento processual, que impede seu uso com evidência a corroborar a alegação de suspeição feita pela defesa do paciente neste autos."

No documento enviado a Fachin, a chefe do Ministério Público Federal também manifestou preocupação com a possibilidade de as supostas mensagens terem sido obtidas "de maneira criminosa".

Se for o caso, continua Raquel, trata-se de um "grave atentado às autoridades constituídas brasileiras". "É possível que, com o furto e uso de identidade, tais mensagens tenham sido adulteradas ou de alguma forma manipuladas. Trata-se de grave e criminoso atentado contra o Estado e suas instituições, que está sob a devida apuração pelos órgãos competentes."

A deputada federal e presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, utilizou seu perfil oficial no Twitter nesta sexta-feira (21) para diz que o Governo Federal tem mostrado intenções de intimidar a mídia.

De acordo com a parlamentar, estão querendo atacar o jornalista e editor do site The Intercept, Glenn Greenwald. “Está em curso uma onda de ataques a Greenwald e a estratégia de Moro é criminalizar o trabalho do jornalista. Moro disse que o site é aliado a hackers criminosos e que está sendo investigada a relação entre o grupo de hackers e o vazamento”, escreveu.

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Greenwald é o responsável pelo vazamento de troca de mensagens entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e procuradores da Operação Lava Jato, na época em que moro ainda era juiz federal.

“Há uma tentativa de agentes públicos de intimidar e silenciar a imprensa, o que é típico de regimes autoritários e não pode ser tolerado na democracia. O PT é solidário a Glenn e ressalta a garantia constitucional da proteção do sigilo da fonte”, afirmou Hoffmann.

Glenn Greenwald: muita gente sabia pouco - ou praticamente nada - sobre esse nome antes do último dia 9 de junho, data em que foi ao ar o primeiro vazamento de conversas entre o ministro da Justiça Sergio Moro e procuradores da Operação Lava Jato, feito pelo site The Intercept.

A repercussão envolvendo o jornalista foi tão grande que muita gente já deve ter, inclusive, aprendido a escrever o nome dele sem pesquisar previamente. Mas quem, de fato, é Glenn Greenwald e por que seu trabalho tem sido alvo de tantos elogios e tantas críticas?

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Greenwald é jornalista, fundador e editor do site The Intercept. Nascido em Nova York, ele tem 52 anos e já mora no Brasil há mais de 10 anos. Em terras canarinhas, construiu sua família e se estabeleceu. O jornalista é casado com o deputado federal David Miranda (PSOL), que ocupou a vaga na Câmara Federal deixada por Jean Wyllys (PSOL).

O casal tem dois filhos adotados e tinha uma vida pessoal quase que anônima antes de todo esse burburinho. A família de Greenwald e Miranda foi alvo de muitos ataques após a divulgação feita pelo The Intercept. O deputado chegou a receber e-mails anônimos com duras ameaças à integridade deles. Já quanto ao jornalista, sugeriram tirar a permissão de morada dele no Brasil.

Porém, o The Intercept não se intimidou e seguiu fazendo vazamentos envolvendo, principalmente, o nome de Sergio Moro. Muito foi questionado sobre a capacidade profissional de Greenwald e sobre a credibilidade do trabalho desenvolvido pelo seu site.

O que pouca gente sabe é que o fundador do The Intercept é vencedor de alguns prêmios, entre eles o Pulitzer - prêmio norte-americano outorgado a pessoas que realizem trabalhos de excelência na área do jornalismo, literatura e composição musical, o mais prestigiado do mundo entre jornalistas. Greenwald ganhou o Pulitzer por reportagens sobre o vazamento da NSA por parte de Edward Snowden. O jornalista considera, agora, que o material que chegou ao veículo é “um dos maiores da história do jornalismo”.

“O jornalista do The Intercept embaralhou muitas cartas do meio político brasileiro. Anteriormente, não havia nunca como colocá-lo numa posição de protagonismo dentro de enredos no país, mesmo ele sendo casado com um parlamentar e atuando com jornalismo político. Mas, agora, é possível enxergar Glenn como uma figura imprescindível para entender os últimos acontecimentos do Brasil porque, de fato, ele é”, explica a cientista política Larissa Leonel.

O Pulitzer foi recebido por Glenn enquanto ele atuava no The Guardian. Assim, ele conseguiu levar a um dos principais jornais do mundo a primeira vitória no prêmio. Com a mesma reportagem, o jornalista se tornou o primeiro estrangeiro a vencer o Prêmio Esso de Excelência em Reportagens Investigativas no Brasil.

Além de jornalista, Greenwald é advogado constitucionalista e autor de quatro livros entre os mais vendidos do New York Times na seção de política e direito. O currículo de Greenwald é, incontestavelmente, volumoso e com premiações importantes. Entretanto, o nome dele deve continuar no foco de polêmicas e questionamentos ainda por um certo tempo.

Os vazamentos feitos pelo The Intercept ainda não acabaram e o site promete trazer ainda mais conteúdos comprometedores ao olho do furacão da política brasileira. Apoiando ou criticando, a atenção dos brasileiros parece estar centrada nas próximas novidades trazidas pelo site.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) divulgou nesta quarta-feira (19) que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, cancelou sua participação em um evento do grupo.

A ocasião em questão é o 14º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo e a participação do ex-juiz federal seria no dia 28 de junho, quando ele participaria de uma entrevista ao vivo no painel “Segurança Pública e Direitos Humanos", em São Paulo.

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Sergio Moro ganhou os holofotes nacionais no último dia 9 de junho após as revelações feitas pelo site The Intercept a respeito de mensagens trocadas entre ele com procuradores da Operação Lava Jato.

A Abraji divulgou uma nota de repúdio às críticas de Moro e de parlamentares ao trabalho dos jornalistas do Intercept. O ministro chamou a publicação de “site aliado a hackers criminosos”.

Durante mais de seis horas o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, esteve prestando uma série de esclarecimentos na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado nesta quarta-feira (19). Moro foi convidado à audiência após a polêmica dos vazamentos de troca de mensagens suas com procuradores da Operação Lava Jato, na época em que era juiz federal.

A divulgação das informações foi feita pelo site The Intercept, que foi fundado pelo jornalista Glenn Greenwald. Greenwald, por sua vez, é marido do deputado federal David Miranda (PSOL) - que ocupa a cadeira na Câmara Federal deixada após a desistência do mandato de Jean Wyllys (PSOL).

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O fato do vazamento de informações ter sido feito por um jornalista que tem relações pessoais (e também profissionais) com a Oposição do governo deu muito pano para manga na hora dos questionamentos feitos pelos senadores a Moro.

“A participação do ministro Moro na CCJ foi longa, por vezes caiu na repetição de respostas e deixou a ocasião morta. Porém, foi importante. O fato de ele ter se disponibilizado a enfrentar as tantas perguntas feitas a ele mostrou coragem, mas ainda não é possível dizer se convenceu”, afirma a cientista política Larissa Leonel.

Sergio Moro foi duramente criticado por dezenas de senadores da Oposição. O destaque foi o líder do Partido dos Trabalhadores no Senado, Humberto Costa. O petista bastante expressivo em sua posição e ainda deu conselhos ao ministro: “Não desafie o jornalista (se referindo a Greenwald)” e “cuidado com a aproximação com Deltan Dallagnol”.

Entretanto, houve os parlamentares que aproveitaram o momento para demonstrar seu apoio a Moro. O filho do presidente Jair Bolsonaro, Flávio Bolsonaro (PSL), reafirmou que Moro é “o herói do Brasil” e não deixou de fazer uma série de acusações contra Glenn Greenwald, David Miranda e Jean Wyllys.

O pernambucano Fernando Bezerra Coelho (MDB) é outro exemplo de senador que abraçou a causa do ministro. O senador usou seu tempo para fazer uma série de elogios a Moro e assegurar que acredita piamente no que é dito pelo ministro do presidente Bolsonaro.

“Já era esperado que houvesse essa dualidade de posicionamento entre os senadores. Do mesmo jeito que houve quem alfinetou, houve quem enalteceu o ministro. Mas os discursos terminavam, sempre, caindo na repetição: Moro disse incansavelmente que houve sensacionalismo do The Intercept e que um crime foi cometido. A Oposição o acusou a todo momento de parcialidade e a Situação insistiu na tese do herói brasileiro”, detalha Leonel.

Sobre o fato de Moro não impugnar as mensagens divulgadas pelo The Intercept e insistir no argumento de que foi a atuação de um hacker, pode ser entendido como uma forma de confissão. “Quando ele não contesta as mensagens, apenas alega que elas podem estar editadas, como ele fez na CCJ, significa que ele reconhece que as conversas são diálogos por ele realizados. No âmbito jurídico há a máxima de que ‘quem cala, confessa’, por isso neste ponto ele pode ter saído prejudicado da audiência”, explica o advogado Fernando Cavalcanti.

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