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A Fifa descartou nesta segunda-feira uma punição à CBF, que poderia tirar a seleção brasileira e os clubes do País de qualquer competição internacional. O anúncio foi feito pelo diretor jurídico da Fifa, Emilio Garcia, que se reuniu com o presidente Ednaldo Rodrigues e outros diretores da entidade na sede da CBF, no Rio de Janeiro.

Segundo o dirigente da Fifa, havia risco iminente "de o Conselho da Fifa expulsar o Brasil de todas as disputas internacionais", o que só não se consumou porque o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), devolveu a presidência a Ednaldo Rodrigues na última quinta-feira.

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"Este é um ponto crucial. A CBF, o futebol brasileiro, estava em risco. Havia um risco muito alto de o Conselho da Fifa tomar uma decisão, não contra o futebol brasileiro, mas contra a intervenção exterior no futebol brasileiro. Isso ficou descartado neste momento, com a decisão do Supremo", afirmou Garcia.

"A Fifa e Conmebol vieram ao Rio de Janeiro para poder garantir a independência da Confederação Brasileira de Futebol e o cumprimento dos estatutos da Fifa e da Conmebol. Ficamos aliviados com a decisão do Supremo Tribunal de Justiça (Federal), que restaura a presidência de Ednaldo à decisão livre e democrática do futebol brasileiro", acrescentou o dirigente da Fifa. "Estamos contentes que voltamos à situação original, em que o congresso (assembleia geral) do futebol brasileiro elege o seu presidente".

Ednaldo Rodrigues se mostrou aliviado. "Posso dizer que é o futebol brasileiro que ganha. não é o presidente. Fui eleito de forma clara e transparente pela unanimidade dos presentes na assembleia de 23 de março (de 2022). Ganha o futebol brasileiro quando tem sua autonomia restabelecida, quando tem a certeza que seus clubes vão cumprir as competições internacionais para as quais foram classificados, que a seleção brasileira possa, em todas as categorias, desenvolver seu futebol nas competições, como Eliminatórias de Copa do Mundo e Pré-Olímpico", disse Ednaldo.

A visita dos representantes da Fifa e da Conmebol aconteceu um mês depois de o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) destituir Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF. Na ocasião, a 21ª Câmara de Direito Privado considerou inválido um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre o Ministério Público do Estado e a CBF. A decisão anulou os efeitos da Assembleia Geral que elegera Ednaldo em 2022. O mandatário retomou o cargo apenas na semana passada, após liminar do ministro Gilmar Mendes, do STF.

A Fifa não aceita interferência judicial ou de governos em suas confederações esportivas filiadas. Desde que a ação judicial começou a tramitar nos tribunais, a entidade máxima do futebol enviou duas cartas à CBF alertando para o risco de sanções "mesmo que a influência de terceiros não tenha sido culpa da associação membro em questão".

Mais do que uma medida prática, a chegada de um representante da entidade ao País serviu para mostrar à CBF que a Fifa cogitava de fato uma punição. O risco de sanção, contudo, diminuiu com o retorno (pelo menos até o momento) de Ednaldo ao poder.

O ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, recebeu um estudo sobre o "poder moderador" de militares, dois dias após uma reunião do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com os comandantes das Forças Armadas, o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e o general Braga Netto. A informação é do jornal O Globo.

A reunião com a cúpula das Forças Armadas aconteceu 15 dias após o segundo turno das eleições, mas não aparece na agenda do ex-presidente. Contudo, uma troca de e-mails da equipe de ajudantes de ordens confirma o encontro. O e-mail não denomina os comandantes, mas as três Forças eram então chefiadas pelo almirante Almir Garnier (Marinha), pelo general Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e pelo tenente-brigadeiro Baptista Junior (Aeronáutica).

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O chamado “poder moderador dos militares” é uma tese adotada por bolsonaristas para defender uma intervenção e o não cumprimento do resultado das eleições de 2022, que levou a vitória do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).  

Outro encontro também registrado no e-mail e fora da agenda oficial de Jair Bolsonaro foi com o almirante Garnier, o então chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, o ministro Paulo Sérgio Nogueira, e o assessor Filipe Martins. Em delação premiada, segundo o UOL, Cid contou que neste encontro Martins entregou a Bolsonaro uma minuta prevendo a intervenção e a prisão dos adversários.

Além do documento sobre o poder moderador, Mauro Cid recebeu também outros dois, que versavam sobre a prerrogativa das Forças Armadas na "garantia dos poderes constitucionais" e a possibilidade de "decretação do estado de defesa ou de sítio".

“Entende-se que a GPC (garantia dos poderes constitucionais) ocorre em situações de não normalidade, caracterizada pela intervenção da União nos Estados ou no Distrito Federal, ou pela decretação do estado de defesa ou do estado de sítio. Essas possibilidades possuem enquadramento no texto constitucional, e o emprego das Forças Armadas seria regulado a partir de um decreto presidencial (legalidade). Essas possibilidades são as apontadas pela doutrina majoritária como sendo o emprego da FA em GPC”, diz um trecho detalhado na reportagem.

Ao O Globo, a defesa de Cid disse em nota que "não tem os referidos depoimentos, que são sigilosos, e por essa mesma razão não confirma seu conteúdo".

A Polícia Federal (PF) faz buscas em 16 endereços, na manhã desta terça-feira (12), na Operação Perfídia.

A operação é a etapa mais recente da investigação sobre a compra de coletes balísticos pelo governo Michel Temer durante a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. O general Walter Braga Netto comandou a intervenção.

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O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou indícios de conluio e superfaturamento na ordem de R$ 4,6 milhões. O contrato, sem licitação, foi firmado pelo Gabinete de Intervenção Federal para a compra de 9.360 coletes. O valor global do negócio foi de US$ 9,4 milhões.

Os policiais cumprem os mandados no Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal em endereços ligados a ex-integrantes do gabinete da intervenção.

A PF afirma que o material foi comprado com sobrepreço de uma empresa americana, a CTU Security LLC, em 2018. O inquérito teve início a partir de uma cooperação com autoridades dos Estados Unidos.

"As autoridades americanas descobriram o crime no curso da investigação americana sobre assassinato do presidente haitiano Jovenel Moises em julho de 2021, na qual a empresa CTU Security LLC ficou responsável pelo fornecimento de logística militar para executar a derrubar Moises e substituí-lo por Christian Sanon, um cidadão americano-haitiano", diz o comunicado divulgado pela PF.

Além da contratação, a Operação Perfídia investiga duas empresas brasileiras especializadas no comércio de proteção balística. Elas têm inúmeros contratos com o poder público, segundo a PF, e são suspeitas de cartel.

Os investigados podem responder por crimes como patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação, corrupção ativa e passiva e organização criminosa.

A família de Britney Spears planejou uma intervenção para ajudar a cantora com seu novo problema: a Princesinha do Pop está tomando remédios para se sentir mais eufórica. Segundo notícia publicada pelo site norte-americano TMZ nesta quinta-feira, dia 9, fontes próximas à artista revelaram que ela teria parado de tomar os remédios para estabilizar o humor.

No plano criado por Sam Ashgari, o empresário de Britney alugaria uma casa para que ela morasse por dois meses enquanto receberia acompanhamento médico e psicológico. O marido da estrela iria levar Spears para lá na última terça-feira, dia 7, mas deu errado quando ela desconfiou do que estava rolando.

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Mesmo assim, Britney aceitou se consultar com seu médico e o encontro já aconteceu na última quarta-feira, dia 8. Uma das fontes do site contou que tem medo de que a cantora acabe morrendo, já que os remédios estão fazendo com que ela perca o controle.

A operadora Oi corre sério risco de ser alvo de uma intervenção direta pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o que significaria afastamento de toda a diretoria e a agência assumir o comando daquela que já foi uma das maiores empresas de telefonia do País.

O Estadão apurou que a possibilidade de intervenção na Oi, uma ação prevista no regimento do setor, é uma das alternativas levadas à diretoria da Anatel. A reportagem questionou um membro da alta cúpula da agência sobre qual seria hoje essa possibilidade, numa escala de zero a dez. A resposta foi "seis". Nos próximos dias, conforme apurou a reportagem, o presidente da Oi, Rodrigo de Abreu, deve ser chamado para prestar esclarecimentos. Procurada pela reportagem, a Oi preferiu não se manifestar.

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Antes de tomar qualquer decisão, a agência quer entender o que a diretoria da Oi pretende, desta vez, com o pedido de "tutela de urgência cautelar" apresentado na última quinta-feira. A liminar, aceita pela Justiça, a protege dos credores com os quais disse ter dívidas de R$ 29 bilhões. A empresa argumenta que tentou chegar a um acordo com os credores para refinanciar sua dívida, mas até agora não obteve sucesso.

Por trás do imbróglio jurídico está uma dívida que, hoje, segundo o Estadão apurou, alcança pelo menos R$ 34,972 bilhões. A nova cartada da Oi ocorre apenas um mês depois de a companhia sair do mais longo processo de recuperação judicial da história no Brasil, iniciado em 2017.

Para membros da Anatel e especialistas do setor, a "tutela de urgência" invocada agora não passa, na prática, de mais uma medida para, daqui a alguns dias, apresentar novo pedido de recuperação judicial.

RECUPERAÇÃO

No fim de 2016, quando a empresa conseguiu aprovar um plano de recuperação judicial que teria início no ano seguinte, era dona de R$ 65 bilhões, em valores da época. Para se ter uma ideia, cerca de R$ 20 bilhões desse estrago tinha origem em multas aplicadas pela Anatel que a operadora simplesmente não pagava, autuações que se multiplicaram em juros.

A cesta de problemas incluiu ainda o pagamento milionário de dividendos para acionistas, enquanto a empresa rolava suas dívidas, além da tomada de crédito em instituições financeiras do exterior, muitas vezes cotados em dólar.

Depois de um longo processo de negociação, a presidência da Oi finalmente conseguiu aprovar um plano de recuperação na Justiça que, naquela época, permitiu a renegociação de sua dívida, que chegou a cair para cerca de R$ 30 bilhões e que previa, de forma geral, um período de sete anos para sua quitação.

De seu lado, a companhia se comprometeu a vender parte de seus negócios - como seu braço de telefonia móvel, centros de dados e torres de transmissão -, para se voltar especificamente para os negócios de banda larga por meio de fibra óptica.

O ritmo dos negócios, porém, não se confirmou como projetado. O resultado hoje é que, mesmo depois de todas as medidas tomadas nos últimos anos, ao "valor de face" da dívida acumulada hoje pela empresa soma R$ 34,972 bilhões.

Ao que tudo indica, não restará outra medida à Oi, a não ser decretar um processo de recuperação judicial.

A Anatel acompanha a situação da empresa com extrema preocupação, devido ao "risco sistêmico" que a companhia pode gerar, porque há muitas interconexões de infraestrutura e serviços de todo o setor de telecomunicações que dependem diretamente de estruturas da Oi.

A agência também foi procurada pela reportagem, mas não se manifestou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao encampar a defesa da democracia diante do grave comprometimento da ordem pública e da tentativa de golpear o livre exercício dos três Poderes, em um atentado ao Estado de direito, o Senado disse sim, em sessão extraordinária nesta terça-feira (10), ao Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 1/2023.

A matéria é resultado da intervenção federal (Decreto 11.377, de 2023) na área de segurança pública do Distrito Federal, assinada domingo (8) pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Aprovado em votação simbólica, o projeto vai a promulgação.

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A intervenção federal foi decretada após a invasão e depredação dos edifícios-sede do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal por vândalos. Somente no Senado, a estimativa é de prejuízos na ordem de R$ 4 milhões. 

O presidente do Senado e do Congresso, Rodrigo Pacheco, abriu a sessão semipresencial enfatizando em discurso a consternação dos brasileiros diante dos atos de vandalismo de uma minoria “raivosa” inconformada com o resultado eleitoral. 

"Brasília foi atacada. Prédios públicos, símbolos nacionais, obras que representam a história de nossa pátria foram depredados. Alguns poucos quiseram destruir e humilhar as sedes dos Poderes da República brasileira. Essa minoria antidemocrática não representa o povo brasileiro nem a vontade do povo brasileiro. Essa minoria golpista não vai impor sua vontade por meio da barbárie, da força e de atos criminosos. Essa minoria extremista será identificada, investigada e responsabilizada, assim como seus financiadores, organizadores e agentes públicos dolosamente omissos", salientou Pacheco. 

A intervenção federal está prevista no artigo 34 da Constituição, e o decreto que a estabelece deve ser submetido à apreciação do Parlamento. Durante sua vigência a Constituição não pode ser emendada. Os congressistas, que estavam em recesso legislativo, foram convocados extraordinariamente ainda domingo pelo presidente do Congresso. A Câmara dos Deputados aprovou o decreto na noite dessa segunda-feira (9). 

Extrema e excepcional Favorável à aprovação do PDL, o relator, senador Davi Alcolumbre (União-AP), disse que a intervenção federal é indiscutivelmente medida extrema e excepcional e dessa forma “deve ocorrer tão somente quando existem situações de tal monta que o aparato institucional existente não tem condições de responder”.  Os fatos atingiram um patamar que exige que o Estado brasileiro lance mão de todos os instrumentos institucionais colocados à sua disposição pelo ordenamento jurídico, segundo o relator.

"A presente matéria é uma medida excepcional, dura, mas necessária, face aos atos gravíssimos de vandalismo ocorridos no domingo aqui no Distrito Federal, que, infelizmente, todos presenciaram, permeados pela completa desordem, sim, desordem pública e insegurança para toda a população. Busca-se recuperar a ordem pública do Distrito Federal, tendo em vista que as forças de segurança pública do Distrito Federal foram ineficazes no trabalho de impedir, coibir e reprimir os ataques conduzidos e orquestrados, diga-se de passagem, com antecedência e previsibilidade". 

Para Davi, que preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), é preciso tornar efetivas as garantias constitucionais à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, asseguradas no artigo 5º da Constituição. 

"Só é possível cumprir a lei e buscar a justiça se for por meio da Constituição. É o que sempre defendemos: o império da lei a todos sempre, sem privilégios, sem melindres. Como disse Lula, eles querem golpe, mas golpe não vai ter", afirmou. 

Desde o fim do Estado Novo, em 1946, houve apenas quatro intervenções federais, sendo duas em períodos democráticos. A última ocorreu em 2018 no estado do Rio de Janeiro, assinada pelo então presidente Michel Temer. À época, a ingerência, também na área de segurança pública, se estendeu de fevereiro daquele ano até 1º de janeiro de 2019, devido ao aumento diário de casos de violência em decorrência de calamitosa situação financeira no estado. 

Na tarde do domingo, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, determinou a exoneração do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, em razão das falhas na operação de controle do movimento golpista. Horas depois, na madrugada dessa segunda-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes afastou Ibaneis do cargo pelo período de 90 dias. 

Manifestações Diversos senadores externaram suas manifestações diante dos fatos ocorridos. Omar Aziz (PSD-AM) propôs a instituição de uma comissão externa de senadores destinada a acompanhar as investigações sobre os atos de vandalismo.   

"O dia 8 de janeiro de 2023 é uma data para não ser esquecida, para ser lembrada daqui a 100 anos. (...) Então, é o momento de a gente mostrar que a democracia está em pé. E não são vândalos, terroristas que vão derrubar a democracia. Nós não temos o que temer. Nós temos é que manter a cabeça em pé e trabalhar pelo Brasil. O Brasil precisa do nosso trabalho, do trabalho do presidente Lula, que se elegeu". 

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) contestou a vinculação do nome de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, aos fatos ocorridos domingo em Brasília. Ele cobrou a individualização das responsabilidades e disse que também pretende participar da comissão que vai acompanhar as investigações. 

"Não queiram criar essa narrativa mentirosa, veiculando Bolsonaro a esses atos irresponsáveis", expôs Flávio Bolsonaro, que votou contrário ao PDL. Também manifestaram posição contrária à federalização os senadores Styvenson Valentim (Podemos-RN), Plínio Valério (PSDB-AM), Carlos Portinho (PL-RJ), Eduardo Girão (Podemos-CE), Carlos Viana (PL-MG), Luis Carlos Heinze (PP-RS), Zequinha Marinho (PL-PA), Lasier Martins (Podemos-RS) e Marcos do Val (Podemos-ES). 

Portinho disse que não há um parlamentar que não tenha condenado o ocorrido em Brasília, mas questionou a necessidade de uma intervenção federal no DF.

"Estava desguarnecida a Praça dos Três Poderes. De quem é a culpa? Soubemos todos que a Abin [Agência Brasileira de Inteligência] avisou a todos os órgãos do governo federal.  (...) Poderíamos apontar o dedo para vários, mas isso não vai nos levar a lugar nenhum. Se houve inação, ela foi generalizada", expôs Portinho, ex-líder do governo Bolsonaro no Senado. 

Humberto Costa (PT-PE) enfatizou a necessidade de instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI), conforme proposta apresentada pela senadora Soraya Thronicke (União-MS). 

"Que nós possamos instalar o mais rapidamente possível, logo no início dos trabalhos legislativos em fevereiro, uma CPI para fazer uma ampla investigação sobre o que aconteceu: quem realizou, quem financiou, quem deu o suporte político. Isso é o mínimo que o Congresso Nacional pode dar em respeito ao papel que cumpre, em respeito à sua própria função", afirmou Humberto. 

Ao salientar que "a democracia venceu a barbárie", a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) compartilhou a emoção diante dos estragos causados aos edifícios-sede e aos bens públicos. 

 "Todos nós, na verdade, sabemos que a nossa democracia é ainda muito jovem. O que nós podemos tirar do dia de domingo é que aqueles que lutaram para conquistá-la, aqueles que lutaram para mantê-la venceram porque, muito embora nós tivéssemos aí os prédios dos três Poderes destruídos, nós temos os três Poderes, do ponto de vista da sua instituição, mantidos e fortes". 

*Da Agência Senado

Após os atos criminosos vistos nesse domingo (8), praticados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou uma Intervenção Federal na Segurança do Distrito Federal até o dia 31 de janeiro. Desde o dia 30 de outubro de 2022, após o resultado da eleição presidencial, que terminou com a vitória do petista como o 39º presidente da República, foram realizados vários protestos por parte de bolsonaristas em frente aos quartéis militares que, inclusive, pediam uma intervenção militar na tentativa de reverter o resultado do pleito eleitoral. Mas você entende esses termos? Sabe o que significam?

Uma Intervenção Militar é um ato realizado pelas Forças Armadas, compostas pelo Exército, Marinha e Aeronáutica, com o objetivo de intervir no Estado. Com a interferência, a autoridade máxima do país, instituída por meio de eleições diretas, é derrubada e o conjunto militar assume o controle nacional.

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Um cenário de intervenção militar já foi visto antes pelos brasileiros, onde em 1964 os militares tomaram o controle do país em um movimento que durou 21 anos, período que ficou conhecido como ditadura militar.

Já o ato de intervenção federal é acobertado pela Constituição Federal, como observa o professor e historiador Felipe Domingues.

“A intervenção federal, é constitucional, está no artigo 34 da Constutiução e tem por objetivo preservar a ordem, e não significa que o governador ou o prefeito está deposto do cargo Executivo, e é temporária, diferente de uma intervenção militar que é inconstitucional como a de 1964 que roubou 21 anos da nossa história brasileira, essa sim rasgou a Constituição depondo o presidente legítimo João Goulart”, pontuou.

Já o professor Mardock, destaca que, diferente da intervenção militar, a Federal não pode ser implantada pelas Forças Armadas. O historiador explica quais as diferenças entre elas e como cada uma pode acontecer.

“Segundo a Constituição, a intervenção federal só pode ser decretada por iniciativa do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário. Logo, a intervenção federal é uma medida extraordinária, emergencial, prevista na Constituição Brasileira, que ocorre quando o Governo Federal entende que precisa agir para garantir a integridade do país, a ordem pública, o exercício da autoridade dos três Poderes, a organização das finanças, o respeito à Lei e à Justiça ou os princípios constitucionais em algum dos estados brasileiros”, explica o professor.

Mardock destaca ainda que a intervenção militar não é prevista na Constituição e seria uma afronta às regras democráticas brasileiras. “A ocorrência de algo do tipo significaria que o comando político sairia das mãos dos Poderes constituídos e passaria a ser exercida, à força, pelos militares. Ou seja, o governador e até mesmo o presidente deixariam de gerir as decisões públicas, passando as autoridades a serem definidas pela hierarquia militar, em um regime de exceção”, finaliza.

Abordagem no Enem

Para os candidatos que vão realizar a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), alguns pontos podem ser imprescindíveis na hora de estudar sobre o assunto. O professor e historiador, Marco Aurélio, pontua alguns deles. Vale ressaltar que o Enem 2023 já tem data marcada para acontecer, 5 e 12 de novembro.

“Existem vários eventos históricos que foram marcados por intervenções militares, com ênfase bastante significativa a três eventos históricos muito importantes para a consolidação da história do Brasil de maneira geral. A queda do segundo reinado, com Dom Pedro II e a institucionalização de um governo militar com o Deodoro da Fonseca e, posteriormente com Floriano Peixoto, nós vamos ter também atritos militares durante a década de 20 do século passado, por conta da crise da República Velha, associado a todo o conceito do pós-guerra, por exemplo, além do próprio período da ditadura militar”, pontou.

Já o professor Felipe Gadelha, destaca que a questão também pode ser pontuada de forma conceitual no Enem, como por exemplo, a diferença entre golpe e o que é uma revolução.

“Isso pode ser abordado de forma mais conceitual no Enem, fazendo a diferencial do que é um golpe e do que é uma revolução. O golpe ocorre de cima para baixo, quando setores da elite fazem um trânsito político, mas sem a participação da população, como foi em 64, o que é diferente numa Revolução, que tem participação popular”, ressaltou.

Desde o início da transição de governo, dirigentes do PT têm se queixado da falta de informações por parte dos nomes que comandam a equipe. Um grupo chegou a reclamar do vice-presidente eleito e coordenador da transição, Geraldo Alckmin (PSB), e disse se sentir excluído do novo governo. Foi por causa dessas críticas que, em reunião com deputados e senadores, anteontem, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva dedicou um trecho de seu discurso para pedir a colaboração de todos e enquadrou o PT.

Nesta semana, petistas protestaram, sob o argumento de que, além de não conseguirem se comunicar com Alckmin, também não obtinham informações sobre o processo de transição nem com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, nem com o ex-ministro Aloizio Mercadante. Deputada, Gleisi é coordenadora de Articulação Política da equipe. Mercadante, por sua vez, comanda os grupos técnicos.

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"Se alguém quiser contribuir, quiser mandar as propostas, por favor, não se sintam excluídos porque não estão na lista das pessoas que estão participando. O Alckmin é o coordenador, a Gleisi e o Mercadante têm papel importante e cada partido político que participou da coligação tem um papel importante. Nós estamos começando um processo", afirmou Lula aos aliados, nesta quinta-feira, 10. Foi ali, na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), que o presidente eleito mandou outro recado: nem todos os integrantes do gabinete da transição serão ministros. Nem mesmo Alckmin.

Recado

O discurso teve endereço certo. Três dias antes, a reclamação de dirigentes do PT havia sido levada na reunião da Executiva Nacional do partido, ocorrida na segunda-feira, 7. No encontro virtual, o primeiro após a vitória nas urnas, o secretário de Comunicação, Jilmar Tatto, e o de Relações Internacionais, Romênio Pereira, se queixaram de que suas demandas não eram ouvidas. Disseram, ainda, que muitas vezes só ficavam sabendo de assuntos relacionados ao governo Lula pela imprensa. Romênio, por exemplo, mostrou indignação com o fato de nem ele nem a Secretaria de Meio Ambiente do PT terem sido acionados para a organização da viagem de Lula à Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-27), no Egito, na próxima terça-feira. Procurados, Jilmar e Romênio não quiseram comentar.

O líder da Minoria na Câmara, Alencar Santana (PT-SP), afirmou que divergência no PT é algo natural e amenizou os ciúmes no partido com a ascensão de Alckmin. "Faz parte. Toda essa movimentação é pela vontade de colaborar e mudar as coisas", disse Santana. "Todo mundo quer ajudar, mas precisa ter paciência."

Ao longo da semana, Gleisi e outros integrantes da cúpula do PT aceleraram a escolha dos coordenadores temáticos da transição, na tentativa de facilitar o diálogo. Há 31 grupos técnicos, mas só seis estão formados. Até agora, aproximadamente a metade dos escolhidos para a equipe é do PT.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma semana após o segundo turno da eleição presidencial, atos convocados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) persistiam na porta de quartéis do Exército. Nesta segunda (7), manifestantes permaneciam em concentrações nas sedes de comandos militares em São Paulo e no Rio.

Na capital paulista, onde o lema da intervenção foi substituído nos últimos dias por "resistência civil", a mobilização era no trecho de avenida localizada entre o prédio da Assembleia Legislativa e o Comando Militar do Sudeste. Manifestantes passaram o dia entre gritos de "Forças Armadas, salvem o Brasil", orações e cantos do Hino Nacional.

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Ainda nessa segunda, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que as polícias Civis e Militares dos Estados e do Distrito Federal, assim como a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), apresentem todas as informações sobre os organizadores, financiadores e líderes dos atos promovidos por bolsonaristas. O ministro cobrou o compartilhamento dos dados de envolvidos nas manifestações em frente aos quartéis.

Resultado

Os manifestantes dizem não reconhecer o resultado das urnas, que deram a vitória ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Alguns apoiadores vão e voltam do local, onde há barracas de camping e espaços para distribuição de alimentos. Assim como no feriado de Finados, famílias trouxeram crianças e adolescentes para o protesto.

Nas redes bolsonaristas há pedidos para que os manifestantes "não cometam o mesmo erro dos americanos" e não invadam "o STF ou qualquer instituição". "Se fizer isso, as Forças Armadas não vão nos ajudar", diz uma das publicações.

No Rio, os manifestantes seguiam reunidos em frente ao Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste. Os protestos na Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade, começaram no Dia de Finados. Foi montado um acampamento, onde manifestantes se instalaram em barracas e lonas. Ontem, um caminhão de som executava músicas militares e o Hino Nacional.

Em nota, o Ministério da Defesa disse que manifestações "ordeiras" são "exercício da liberdade de manifestação de pensamento e de reunião".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Trabalhar a linguagem do teatro em miniatura e expandir o conhecimento e valorização do teatro de animação no bairro do Guamá. Essa é a proposta dos multiartistas do projeto “O grande circo em miniatura: teatro-caixa-circo”. Em forma de teatro de caixa, e bebendo na fonte do teatro em miniatura, o projeto vai levar às ruas do bairro, na periferia de Belém, as histórias de um circo e seus cinco personagens, além de ofertar a jovens oficinas de teatro de bonecos com bolsas como incentivo à participação.

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O espetáculo é uma idealização do Espaço Cultural Casinha de Brincantes, voltado para apresentações e produções artísticas no bairro do Guamá. O projeto mostra a vida de uma palhaça em busca do seu nariz vermelho e um místico que aprisiona uma criatura capaz de realizar desejos.

As apresentações ocorrem nas ruas, e quem passa no local é abordado pelos artistas e convidado a conhecer o universo dentro da caixa, onde a magia acontece. As narrativas estão relacionadas com histórias e referências íntimas de criação dos manipuladores.

Lucas Serejo, ator e um dos idealizadores do projeto, explica que entre as referências ele pensou em algo que tocasse em sentimentos profundos das pessoas. “Fiz uma mistura se baseando no circo itinerante, que com muitas atrações possui a Tenda Mística, esse lugar de previsões e de certo conhecimento. Procurei referências outras, como a lenda do diabo da garrafa, que realiza a riqueza e prosperidade”, conta Lucas.

Todo o processo de construção cenográfica foi feito à mão e tendo o papel como matéria-prima. Foram cinco semanas de criação intensa da equipe de artistas-manipuladores e da coordenação técnica, sob coordenação do professor mestre Aníbal Pacha, que é referência no trabalho com o Teatro de Caixas em Belém. A coordenação técnica é da cenógrafa Mônica Torres.

Para Alana Lima, diretora, atriz e uma das idealizadoras do projeto, a intervenção é a realização de um sonho antigo. “Em 2018 me encantei pela linguagem depois de assistir a vários espetáculos de teatro lambe-lambe. E descobri em Belém o Coletivo de Animadores de Caixas, puxado pelos professores Aníbal Pacha e Edson Fernando, da UFPA. Uni esse desejo de trabalhar com a caixa ao sonho de trazer o circo pro bairro do Guamá. Sou palhaça de rua, mas não sou circense, e lá no fundo há um desejo de pertencer a magia do circo”, explica a idealizadora.

A intervenção de Teatro de Caixa faz parte do projeto homônimo selecionado pelo Prêmio FCP de incentivo à arte e à cultura 2022 e propõe quatro intervenções em diferentes pontos do bairro do Guamá, onde residem os artistas idealizadores Alana Lima e Lucas Serejo.

As performances ocorrem no dia 4, às 10 horas, na rua Barão de Igarapé-Miri, esquina com a Liberato de Castro, e às 19 horas, na passagem São Miguel, a rua do PSM, onde se localiza o Espaço Cultural Casinha de Brincantes. No dia 5, mais duas intervenções serão realizadas: às 9 horas, na Biblioteca do Tucum, na passagem São José, e às 19 horas na Praça Benedito Monteiro.

Oficina 

Além das apresentações nas ruas, uma oficina de Teatro com Bonecos será ministrada por Paulo Ricardo Nascimento, bonequeiro da Cia In Bust Teatro com Bonecos, para jovens do bairro que receberão uma bolsa como incentivo à participação. A oficina "Teatro com Bonecos: uma experiência" é uma iniciativa da produção do projeto por enxergar a importância das ações formativas em projetos culturais.

A ideia é alcançar os jovens do bairro e proporcionar contato com a linguagem do teatro de animação e uma experiência de criação. São apenas 10 vagas e os jovens que forem selecionados receberão uma bolsa de R$ 100,00 para participar da oficina, que será realizada no dia 6/11, de 9 às 13 horas, no Espaço Cultural Casinha de Brincantes. 

Alana Lima e Lucas Serejo são multiartistas e arte-educadores, pesquisadores no campo da arte nas linguagens do teatro de rua e teatro de animação. O projeto é uma  oportunidade de unir linguagens já desenvolvidas pelos artistas, como a palhaçaria e o teatro, com o teatro em miniatura.  

Serviço

"O grande circo em miniatura – intervenções de teatro de caixa". 

Dia 04/11

10h – Rua Barão de Igarapé-Miri, esquina com Liberato de Castro. 

19h – Passagem São Miguel, no Guamá.

Dia 05/11 

9h – Biblioteca do Tucum – Passagem São José, Guamá. 

19h – Praça Benedito Monteiro, no Guamá.

Dia 06/11 

Oficina “Teatro com bonecos: uma experiência”. 

Com Paulo Ricardo Nascimento. 

De 9h às 13h. 

Local: No Espaço Cultural Casinha de Brincantes – Pss. São Miguel, núm. 50 – altos. 

Informações: Espaço Cultural Casinha de Brincantes.

Por Ariela Motizuki, da assessoria do evento.

 

A Casa Branca excluiu nesta quarta-feira(2) uma postagem após usuários do Twitter sinalizarem sua falta de contexto.

Em seu tuíte, a Casa Branca disse que sob a "liderança do presidente Biden" os aposentados dos EUA receberam o maior aumento de suas pensões em 10 anos.

Mas a rede social acrescentou uma menção à mensagem, especificando que as pensões acompanham a taxa de inflação, seguindo uma lei de 1972 ratificada por Richard Nixon (presidente republicano).

O tuíte inicial, que já foi deletado, "não estava completo" e necessitava de "contexto", admitiu a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

As notas de contexto do Twitter são escritas por colaboradores do programa Birdwatch, que adiciona comentários a postagens relevantes se um número suficiente de pessoas com uma ampla gama de opiniões os acharem "úteis".

"Isso significa que o algoritmo leva em consideração não apenas quantos colaboradores classificaram uma nota como 'Útil' ou 'Não Útil', mas também se as pessoas que a classificaram representam perspectivas diferentes", explicou o Twitter em nota de 6 de outubro, quando lançou o programa nos Estados Unidos.

"O sistema de notas da comunidade é genial", reagiu Elon Musk, o novo proprietário da rede social, nesta quarta-feira em resposta a um usuário que compartilhou uma captura de tela do tuíte excluído junto com a nota de contexto.

"Nosso objetivo é tornar o Twitter a fonte de informação mais precisa do mundo, independentemente da filiação política", acrescentou o bilionário.

Musk, o homem mais rico do mundo e dirigente das empresas Tesla e SpaceX, comprou a influente plataforma Twitter na última quinta-feira, após seis meses de incerteza e tensões com muitos usuários, diretores da rede social (agora demitidos) e ONGs.

Musk defende uma moderação de conteúdo menos rígida do que a atual, diz ele, para promover mais liberdade de expressão. A direita americana, que se considera censurada nas principais redes sociais, aprova essa visão.

Mas seus críticos acreditam que os limites estabelecidos pelos regulamentos, que proíbem o assédio, o discurso de ódio e a desinformação em particular, não impedem que debates úteis sejam gerados.

A Coligação Brasil da Esperança, da qual faz parte a candidatura do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto, entrou na quarta-feira (14), com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo providências sobre a escalada de episódios de violência política. O processo foi distribuído ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, que ainda não se manifestou sobre os pedidos.

A ação tem 284 páginas e atribui o "cenário de intolerância" ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos seus apoiadores. Os advogados citam, por exemplo, o ataque a tiros contra a caravana de Lula no Paraná em 2018 e os assassinatos do tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu no mês de julho de 2022 e da vereadora Marielle Franco em 2018.

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"Com o início do período eleitoral os ânimos de apoiadores políticos têm se mostrado exacerbadamente violentos e ameaçadores ao livre exercício do direito à cidadania, à liberdade de opinião e manifestação política, em preocupante rota de colisão com os princípios basilares de um estado democrático", diz um trecho do processo.

A coligação afirma que declarações e publicações do presidente estimulam uma "reação em cadeia" da militância bolsonarista contra opositores do governo. A ação diz ainda que Bolsonaro se vale de discursos de ódio e notícias falsas para "desumanizar" adversários e reforçar a polarização política no País.

Os advogados reúnem publicações que associam eleitores de Lula a facções criminosas e a declaração em que Bolsonaro prometeu "fuzilar a petralhada".

"Paulatinamente o discurso de ódio praticado por Jair Messias Bolsonaro contra opositores políticos tem como consequência a replicação da truculência e ódio contra qualquer pessoa que não se alinhe a sua ideologia", escrevem os advogados Cristiano Zanin, Eugênio Aragão e Ângelo Ferraro.

Outro ponto de preocupação da coligação é a política de flexibilização do porte de armas a civis, o que segundo a ação "serve ao movimento de intolerância e violência política de justiceiros a cidadãos de bem". O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), chegou a suspender decretos do presidente que facilitaram o acesso a armas sob o argumento de que o início da campanha eleitoral "exaspera o risco de violência política".

A coligação de Lula pede a criação de um canal direto, no site do TSE, para denúncias de violência política, além de outras providências de prevenção para garantir a segurança de eleitores e candidatos no período eleitoral.

Juizados especiais

No mês passado, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) autorizou tribunais de justiça e os tribunais regionais federais a criarem juízos criminais específicos para processar e julgar crimes de violência político-partidária, que terão tramitação prioritária.

O CNJ coloca nessa categoria os crimes motivados por "questões de fundo político, eleitoral ou partidário", "intolerância ideológica" e "inconformismo direcionado a valores e instituições do Estado Democrático de Direito, especialmente os relacionados ao processo eleitoral, à posse dos eleitos, à liberdade de expressão e à legitimidade das eleições".

A medida foi justificada pela "escalada da intolerância ideológica e de atos violentos com motivação político-partidária".

Incomodados com informações apresentadas em suas biografias na Wikipédia, deputados federais e assessores tentam, a dois meses das eleições, remover conteúdos negativos e inserir material favorável. Em alguns casos, ameaçam judicialmente a plataforma para mudar o verbete.

A Wikipédia é uma enciclopédia online de livre edição, onde qualquer pessoa pode alterar os verbetes, contanto que siga as regras de bom uso da plataforma.

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Ao menos três parlamentares - Luis Miranda (Republicanos-DF), Loester Trutis (PL-MS) e Bia Kicis (PL-DF) - receberam notificações de tentativas de mudar conteúdos. Em maio, a deputada Carla Zambelli processou o Wikimedia, empresa que gere a Wikipédia, para suprimir informações de sua página, limitar as edições das informações e identificar quem alterou indevidamente os dados.

No processo, a deputada pede à Justiça a retirada da afirmação de que ela fez parte do movimento Femen Brazil e que fez uma "vaquinha" online para pagar uma indenização por danos morais de um processo movido pelo ex-deputado Jean Wyllys. Entre junho e julho deste ano, o verbete de Carla passou por 14 alterações.

Entre às 18h21 e às 18h39 do dia 4 de julho, houve nove tentativas de alterar informações da página de Luis Miranda. As mudanças foram revertidas em menos de cinco minutos, e o perfil foi removido e notificado. A página foi trancada e apenas usuários autoconfirmados estendidos, isto é, com ao menos 30 dias de registro e 500 edições podem editar.

Procurado, Miranda disse que o gabinete identificou informações falsas. "Eu sofri um ataque de desconstrução de imagem comprovado pela Justiça. As pessoas foram indiciadas criminalmente", disse.

Segundo ele, o gabinete e a Procuradoria da Câmara procuraram a Wikipédia para tentar responsabilizar a edição. Ele afirmou também que uma representação foi encaminhada ao Ministério Público para apurar se há crime em a Wikipédia em não se adaptar à legislação eleitoral.

Em abril, uma usuária com o mesmo nome de uma assessora do deputado Loester Trutis adicionou informações biográficas sobre o parlamentar, revertidas depois sob alegação de que o texto era publicitário. Quase três meses depois, a mesma usuária reinseriu o conteúdo e removeu a informação de que Trutis foi acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de forjar o próprio assassinato. As novas alterações foram revertidas seis minutos depois.

Em abril, um usuário com o mesmo nome de um assessor de Bia Kicis fez alterações "a pedido da própria deputada". Uma delas foi a mudança de "extrema-direita" para "direita" na definição do espectro político da parlamentar.

No mesmo dia, o mesmo usuário tentou inserir o trecho que dizia que Kicis teve "uma das gestões mais produtivas da história da Comissão de Constituição e Justiça" e tentou excluir informações sobre supostas divulgações de informações falsas nas redes da deputada. Todas as mudanças foram revertidas pelos editores do site.

Procurados, Carla, Trutis e Bia não responderam.

O Wikimedia não firmou memorando de entendimento com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o combate às fake news, como fizeram outras plataformas. Ao jornal O Estado de S. Paulo, a Corte informou que não houve, até o momento, contato entre o TSE e a Wikipédia para discutir estratégias de combate da desinformação sobre o processo eleitoral brasileiro.

"No caso da Wikipédia, o TSE ainda não recebeu nenhuma denúncia de prática desinformativa em circulação na página", disse o tribunal.

Regulação

Para Chico Venâncio, vice-presidente do Wiki Movimento Brasil, o processo de criação de conteúdo da Wikipédia faz com que a desinformação seja muito inferior a outras plataformas, como o Facebook e o YouTube. "É um processo com muitos voluntários e edições não construtivas são corrigidas ou retiradas relativamente rápido."

Fabrício Polido, especialista na área de Direito Digital, Inovação e Tecnologia, lembra que, na França, o Wikimedia ganhou uma batalha judicial sobre a responsabilidade de conteúdos divulgados.

A Justiça francesa concluiu que a empresa não pode ser considerada culpada e responsável pelos conteúdos, já que se trata de uma enciclopédia que armazena artigos.

O jornal O Estado de S. Paulo detectou 23 termos relativos à política brasileira sob algum tipo de restrição para a edição. Três presidenciáveis estão na lista: Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL) e Simone Tebet (MDB-MS). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ao longo deste fim de semana, uma obra da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) vai alterar o trânsito no bairro da Tamarineira, Zona Norte do Recife. A intervenção vai trocar cerca de 700 metros de tubulação da rede de esgoto até o domingo (30).

Durante o período, parte da Avenida Professor José dos Anjos será interditada próximo ao nº 717, no sentido Arruda-Campo Grande. Para minimizar o impacto na fluidez, os motoristas vão precisar realizar o desvio na Rua Gomes Coutinho.

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A companhia apontou que a obra será realizada ela empresa privada BRK pelo programa Cidade Saneada.

 

O Ministério da Justiça e Segurança Pública estendeu o prazo de atuação da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária em Roraima.

De acordo com a Portaria nº 477/2021, publicada nesta quinta-feira (28) no Diário Oficial da União, os agentes permanecerão no estado por mais 30 dias, contados a partir de 1º de novembro, para desmobilizar o efetivo empregado nas atividades e serviços de guarda, vigilância e custódia de presos.

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Esta é a 13ª vez que a pasta prorroga o emprego da força-tarefa que atua no estado desde novembro de 2018. Na época, o então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, autorizou o emprego do efetivo policial especial em Roraima, “em caráter episódico”, pelo prazo inicial de 90 dias.

Desde então, os agentes vêm participando da vigilância e de ações preventivas como revistas gerais em penitenciárias e capacitação de agentes prisionais, em apoio às forças de segurança locais.

Criada em janeiro de 2017, durante a gestão do então ministro de Segurança Pública, Alexandre de Moraes (hoje ministro do Supremo Tribunal Federal), a Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária é formada por agentes federais de execução penal e por agentes penitenciários cedidos pelos estados e pelo Distrito Federal, com o objetivo de apoiar os governos estaduais em “situações extraordinárias de grave crise no sistema penitenciário”.

A formação de uma tropa federativa especializada, nos moldes da Força Nacional de Segurança Pública, subordinada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, atendeu a pedidos de governadores.

Em Roraima, o governo solicitou a ajuda federal depois que 33 presos foram assassinados durante uma rebelião na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista, em janeiro de 2017.

Devido à ocorrência de sucessivos episódios de violência em unidades carcerárias e a ameaça de paralisação por parte dos agentes penitenciários do estado, o então presidente Michel Temer chegou a decretar a intervenção federal no estado em dezembro de 2018.

Em janeiro de 2019, a força-tarefa passou a exercer também as atividades de inteligência de segurança pública relacionadas ao sistema prisional, conforme estabelece a Portaria nº 65/2019, assinada pelo então ministro Sergio Moro.

*Colaborou Alex Rodrigues

Um dos cartões postais mais visitados do Recife, a orla de Boa Viagem, na Zona Sul da capital pernambucana, está ganhando novo colorido. A segunda edição do projeto Salva-Arte: Cores Inclusivas convocou seis artistas locais para repaginar os  postos salva-vidas dispostos ao longo da praia. As intervenções vão homenagear ritmos musicais do Estado e, além de apreciar as pinturas, o público poderá, também, ouvir playlists criadas especialmente para cada uma das obras. 

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Os postos salva-vidas da orla de Boa Viagem datam de 1940. Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens

O Salva-Arte foi criado em 2015, pelo publicitário Wellington Ferraz, com o objetivo de dar nova cara aos postos salva-vidas de Boa Viagem, equipamentos arquitetônicos projetados em 1940. Em parceria com a Nuvem Produções, as seis unidades ganharam novas cores ainda naquele ano. “Era um resgate da história recifense, já esquecida por uma grande parte da população, principalmente as novas gerações”, explica, em entrevista exclusiva ao LeiaJá,  a produtora Claudia Aires, diretora da Nuvem.  

Agora, o projeto volta com patrocínio da Copergás e apoio da Prefeitura da Cidade do Recife e a participação de seis artistas locais. Para a empreitada, que nesta segunda edição tem como tema ritmos tradicionais da cultura pernambucana - frevo, ciranda, maracatu, coco de roda, brega e manguebeat -, foram escalados nomes que, segundo Cláudia, pudessem  “com os seus trabalhos, retratar o espírito dessas manifestações culturais”. As intervenções começaram na última quinta (16) e a previsão é que os seis postos sejam entregues na próxima segunda (27). 

Jade Mota pintou o coco de roda. Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens

Além disso, a iniciativa buscou por uma convocatória mais inclusiva, abrindo espaço para minorias representativas da cidade e novos talentos da cena recifense. Sendo assim, assinam as obras Ianah Maia, Max Motta, Jota Zer0ff, Jade Matos, Jeff Alan e Abròs. “Tecnicamente, pintar um posto salva-vidas desses, que tem em média 8m de altura, e em 3 dias, não é uma tarefa simples. A curadoria, dessa etapa, foi feita baseada na experiência e capacidade de cada artista em executar o trabalho em um prazo tão exíguo”, diz Cláudia.

A música também tem destaque especial dentro do projeto. Além de dar mote para as intervenções artísticas, cada posto vai receber uma placa explicativa e um QR code que, quando acessado, levará o visitante a uma playlist com músicas do gênero. A curadoria musical ficou à cargo da própria Cláudia, que também atua como DJ sob o alter ego de Claudinha Summer, e do  DJ e agitador cultural recifense Evandro Q? (Iraq Club). “A curadoria foi baseada tanto em obras tradicionais dos ritmos propostos quanto em releituras mais contemporâneas dos mesmos. É uma verdadeira viagem musical e geracional”. 

Max Motta ficou como maracatu. Foto: Arthur Souza/LeiaJáImagens


 

 

Para seguir com a implementação de mais cerca de 800 m de rede de esgoto em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) interditou parte da Avenida Dom João VI até 18 de agosto. Com investimento de R$ 5 milhões para esta etapa, a proposta é concluir a obra de três quilômetros até janeiro de 2022.

A Compesa calcula que 40 mil moradores serão beneficiados com a intervenção. Antes, 700 m de rede coletora foram instalados no bairro em parceria com a BRK Ambiental, informa a entidade.

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A iniciativa faz parte do ‘Programa Cidade Saneada’, que também planeja a construção de uma estação elevatória, responsável pelo bombeamento dos efluentes, na Rua Padre Carapuceiro.

Para reduzir os impactos no trânsito, os trabalhos serão realizados de segunda à sexta, das 7h às 17h. “Pedimos a compreensão dos moradores e motoristas para a realização da obra e por eventuais transtornos ocasionados pelas intervenções. Lembramos sempre que um sistema de esgoto é sinônimo de mais saúde e qualidade de vida”, pontuou diretor de Negócios e Eficiência da Compesa, Flávio Coutinho.

“O assentamento das tubulações começa na Avenida Dom João VI, segue pelas ruas Professor Arnaldo Carneiro Leão, Antônio Falcão e Pedro Paes Mendonça; anel viário do Shopping Center Recife e Avenida Fernando Simões Barbosa até chegar nas Ruas Antônio Lumack do Monte e Padre Carapuceiro, fechando assim, o ciclo implantação da rede coletora de esgoto dessa parte do empreendimento”, informou a Compesa.

Está previsto para este ano, um investimento superior a R$ 300 milhões para o Programa Cidade Saneada, com obras em andamento nos municípios de Goiana, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho e Recife.

Patrícia Abravanel, apresentadora do Vem pra Cá, resolveu apelar para a fé para tentar reverter as dificuldades que o programa vem enfrentando. Na última sexta (30), ela levou uma equipe de pastores de sua igreja para os estúdios do SBT, a fim de fazer uma intervenção junto à equipe da atração. Os religiosos oraram mas, segundo colunistas de TV, o episódio acabou terminando em demissão.

De acordo com o colunista Gabriel de Oliveira, do TV Pop, a filha de Silvio Santos convidou três pastores da Igreja Zion Church, da qual faz parte, para fazer uma oração pelo seu programa no próprio SBT. Toda a equipe foi reunida e, em determinado momento, os religiosos pediram para que os presentes que estivessem enfrentando alguma enfermidade se apresentassem para uma oração específica. Ainda de acordo com o jornalista, três funcionários que participaram do momento foram demitidos em seguida, pois Patrícia teria ficado incomodada com sua energia negativa.

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De acordo com o portal UOL, um profissional que integra a equipe do Vem pra Cá deixou claro que ninguém da equipe foi obrigado a participar da oração e que Patrícia Abravanel promoveu o momento como uma forma de “carinho” aos companheiros de trabalho. O colunista do portal Maurício Stycer também informou que o SBT negou que as demissões posteriores tenham ocorrido em função da intervenção religiosa, e que a emissora explicou que os desligamentos já estavam programados por motivos de readequação do projeto. 

Neste domingo (7), parte da Linha Centro do Metrô do Recife roda em via singela para manutenção. Segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), o ajuste deve ser concluído no mesmo dia.

Por conta da intervenção, das 7h às 15h, as composições vão passar em via única no trecho entre as Estações Werneck e Tejipió. Desse modo, o tráfego dos dois sentidos fica temporariamente limitado a apenas um trilho.

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Nesta quarta-feira (3), cinco estações de BRT do Corredor Leste/Oeste serão fechadas para requalificação. O serviço inclui melhoria da coberta e piso tátil, instalação de lâmpadas de LED, defensas e guarda-corpos, além de nova pintura e sinalização, informa o Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano (GRCTM).

As estações que fecham temporariamente com a intervenção são as da Abolição, Engenho Poeta, Barreiras, Forte do Arraial e Guararapes II. Sem prazo para a entrega dos dispositivos, o GRCTM apenas indica que ao término da obra, aos poucos, os pontos voltam a funcionar.

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Os Terminais Integrados de Pelópidas, PE-15, Macaxeira e Xambá também vão passar por melhorias, mas a entidade não aponta se elas terão a atividade suspensa. Dentre as ações estão a recuperação das pistas de rolagem dos ônibus, telhados, calhas, requalificação dos banheiros, sistema elétrico e caixa d´água, além do conserto e limpeza das galerias. Para esclarecer dúvidas, o GRCTM disponibiliza a central de atendimento pelo telefone 0800 081 0158.

Ao todo, o Governo de Pernambuco gasta R$ 6.644.150,79 para requalificar as estações e os terminais. Sendo, R$ 4.596.151,10 para o BRT e R$ 2.047.999,69 destinados aos TIs.

O consórcio calcula que 13 estações de BRT já passaram pelas obras. São elas: Maurício de Nassau, Nossa Senhora do Carmo, Riachuelo, IEP, Araripina, Santa Casa de Misericórdia, Tacaruna, Kennedy, Matias de Albuquerque e Bultrins, no Corredor Norte/Sul; Guararapes I no Corredor Leste/Oeste; e Forte do Brum e Istmo do Recife, que corresponde a integração entre os corredores.

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