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A decisão do governo catarinense de fechar comportas da Barragem Norte, no município de José Boiteux (SC), provocou revolta de indígenas da etnia Xokleng, que convocaram um ato de resistência, tentando evitar a ação de agentes do estado. O temor é de que o fechamento resulte em inundação, atingindo aldeias e residências. 

Nas redes sociais, circulam cenas de uma ação policial contra indígenas na manhã deste domingo (8). Há relatos de feridos, ainda não confirmados oficialmente. A Barragem Norte de José Boiteaux fica em uma terra indígena no Vale do Itajaí.

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O fechamento das comportas foi determinado pelo governo como resposta às fortes chuvas que atingem o estado e que já deixaram dois mortos. Há 82 municípios em situação de emergência.

"Temos ali uma questão indígena que vai ser avaliada e atendida, mas a barragem precisa ser fechada neste momento para que tenhamos mais uma alternativa para contenção da água”, disse o governador Jorginho Mello durante coletiva ocorrida no sábado (7).

Controle de cheias A barragem, planejada para controle de cheias, teve as obras iniciadas em 1976 pela ditadura militar. As operações tiveram início apenas em 1992, mas a estrutura está sem uso desde 2014. Ela foi construída no rio Hercílio, que deságua no rio Itajaí-Açu, o qual corta diversas cidades do estado. Uma delas é Blumenau que, em função dos impactos causados pelas chuvas, cancelou a Oktoberfest, evento que tradicionalmente ocorre em outubro.

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), criado em 1972 pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) com o objetivo de lutar pelo direito à diversidade cultural dos povos indígenas, divulgou uma nota sobre a situação. Para a entidade, a presença dos policiais no território indígena configura invasão ilegal. Também denuncia a falta de Estudo de Impacto Ambiental para a construção da barragem e a negligência com a situação atual, alertando que o fechamento das comportas pode elevar o risco de rompimento.

  “Após não cumprir acordos, tampouco sentença judicial transitada em julgado no Supremo Tribunal Federal desde agosto de 2017, o governo do estado de Santa Catarina deixou a Barragem Norte abandonada há cerca de uma década", diz o texto.

De acordo com a nota, a falta de construção de um canal extravasor coloca em risco a estrutura, pois, com as comportas fechadas, a água poderá verter sobre a taipa e a situação sair de controle. O Cimi questiona ainda se o governo catarinense possui laudo técnico que ateste a segurança na operação de fechamento das comportas e se a população que vive abaixo da barragem foi informada dos riscos.

Decisão Judicial

Após o anúncio do governador, a Justiça Federal respaldou o ingresso de agentes estaduais na barragem. A decisão foi do juiz de plantão Vitor Hugo Anderle, na noite de sábado (7). Ele ponderou, no entanto, que o governo deveria "velar para a adoção das medidas necessárias de salvaguarda para a proteção de todos os envolvidos, ouvidos os respectivos agentes de seu corpo técnico”.  Às 23h51, Vitor Hugo proferiu uma segunda decisão. Ele informou ter recebido do Ministério Público Federal (MPF) a notícia da celebração de um acordo entre lideranças indígenas, a prefeitura de José Boiteaux e o governo estadual.

O magistrado homologou as medidas que teriam sido pactuadas: desobstrução e melhoria das estradas, equipe de atendimento de saúde em postos 24 horas, disponibilização de três barcos para atendimento da comunidade, ônibus para permitir o deslocamento dos moradores até a cidade, garantia de água potável na aldeia e fornecimento de cestas básicas. Também definiu que deverão ser construídos novos imóveis, em local seguro, para famílias que ficarem com suas casas submersas.

De acordo com lideranças indígenas, a reunião com representantes do estado com o objetivo de discutir medidas para a comunidade de fato ocorreu. No entanto, dizem ter sido pegos de surpresa sobre a decisão do fechamento das comportas.

"Tratamos de benfeitorias que seriam feitas para a comunidade, como água potável, moradia, transporte e moradia de emergência para quem ficou desabrigado durante a cheia, durante esta chuva que estamos enfrentando. Momentos após a reunião, o governador Jorginho Mello postou em suas redes sociais que enviaria a polícia para fechar a Barragem Norte", disse o indígena Italo Silas, em vídeo postado nas redes sociais.

Ao menos 10 pessoas morreram e 82 continuam desaparecidas após a cheia em um lago glacial que provocou inundações no nordeste da Índia, informaram as autoridades locais.

"Dez corpos foram recuperados até o momento e 82 pessoas estão desaparecidas, incluindo membros do exército", declarou Vijay Bhushan Pathak, ministro chefe do estado de Sikkim.

Vinte e dois soldados estão entre os desaparecidos.

A área afetada, uma região montanhosa e remota do Himalaia, fica perto das fronteiras com Nepal e China.

A inundação foi provocada pela cheia do lago Lhonak, que fica na base de uma geleira nos picos nevados que cercam Kangchenjunga, a terceira maior montanha do mundo.

"As inundações provocaram estragos em quatro distritos do estado, arrastando pessoas, estradas, pontes”, disse Himanshu Tiwari, porta-voz do exército indiano, um dia após a tragédia.

O lago perdeu quase dois terços de seu tamanho devido à cheia, uma área equivalente a 150 campos de futebol, segundo imagens de satélite divulgadas pela Organização Indiana de Pesquisa Espacial.

As inundações provocadas por cheias em lagos glaciais, muitas vezes acompanhadas por deslizamentos de rochas, ficaram mais frequentes devido ao aumento da temperatura global.

"Observamos que a frequência dos eventos extremos aumenta à medida que o clima continua esquentando e nos arrasta para um território desconhecido", destacou Miriam Jackson, cientista especializada na análise das superfícies congeladas do Himalaia.

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) prevê a continuidade das chuvas em todo o Litoral de Pernambuco, ao longo desta sexta-feira (30). O alerta de estado de atenção foi renovado pela agência, com risco moderado a alto. 

A previsão é para a Região Metropolitana do Recife (RMR) e Matas Norte e Sul do estado, que compõem a faixa litorânea. Também há indicativo de chuva no Agreste, mas de forma fraca, sem riscos.  

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"Não há no momento previsão de chuvas com volume semelhante aos acumulados de 2022", destacou a meteorologista da Apac, Edvânia Santos.  

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A Apac explica que a recorrência das chuvas desde o início da semana se deve a um canal de umidade presente no Oceano Atlântico que vem favorecendo a ocorrência de precipitação no Litoral. 

Os municípios que mais receberam chuva nas últimas 12h estão na RMR, são eles: Cabo de Santo Agostinho (115 mm), Ilha de Itamaracá (90 mm) e Igarassu (77 mm). 

A expectativa é de um fim de semana chuvoso nas regiões litorâneas, com a continuidade das pancadas no sábado (1º) e domingo (2).

A Apac também alerta para a possibilidade de inundação em dois rios do estado, que atingiram a cota de volume, são eles: Rio Tracunhaém, em Nazaré da Mata, e Rio Capibaribe, em São Lourenço da Mata. 

Ruas alagadas, inundações e risco de novas tragédias voltaram a preocupar os pernambucanos junto com os primeiros dias de inverno. Na manhã desta terça (27), as aulas da rede municipal do Recife foram suspensas e o trânsito mais uma vez prejudicado. 

Mais cedo, o Centro de Operações do Recife emitiu um aviso de estágio de alerta - penúltimo da escala de gravidade - e recomenda que a população evita sair de casa. As aulas da rede municipal serão realizadas em formato remoto, através da plataforma EducaRecife. A Prefeitura também orienta que a rede privada suspenda as atividades, do ensino infantil ao superior. 

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Trânsito

De acordo com a Central de Monitoramento da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), o Túnel Felipe Camarão, no bairro do Jordão, foi novamente interditado pelo acúmulo de água. Também foram registrados os seguintes pontos de alagamento no início da manhã: 

- Av. Recife, próximo à entrada do Ibura;  

- Av. Dois Rios, próximo ao Sesi;   

- Estrada dos Remédios, próximo ao Mercado de Afogados;  

- Av. Doutor José Rufino, próximo ao Colégio Visão.  

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) já havia anunciado a continuidade das chuvas e indicado a possibilidade de prejuízos decorrentes dos altos acumulados. Um aviso laranja de estado de atenção foi emitido pelo órgão para a Região Metropolitana do Recife (RMR) e as Matas Norte e Sul, que compõem toda a faixa litorânea do estado. 

Inundações

Devido às chuvas nas últimas 24h, a agência acompanhou o aumento do volume dos rios e expediu avisos hidrológicos de Inundação, Alerta e Tendência de Elevação: 

Segundo a Apac, três rios já romperam o nível da calha e atingiram a cora de inundação. São eles: 

Rio Capibaribe Mirim, em Itambé; 

.Rio Sirinhaém, em Barra de Guabiraba;  

.Rio Ipojuca, no município de Ipojuca. 

Por conta do nível elevado e a proximidade de extravasamento, foram emitidos avisos de alerta, que reiteram o risco de inundação, para os seguintes rios: 

Rio Duas Unas, em Jaboatão; 

Rio Jaboatão, em Jaboatão; 

Rio Tapacurá, em Vitória de Santo Antão; 

Rio Capibaribe, em São Lourenço da Mata; 

Rio Ipojuca, em Primavera; 

Rio Pirangi, em São Benedito do Sul; 

Rio Amaraji, em Amaraji; 

Rio Sirinhaém, em Joaquim Nabuco; 

Rio Amaraji, em Ribeirão. 

Com a rápida elevação do nível da água com as chuvas, mas ainda sem a mesma urgência dos demais, a Apac incluiu os seguintes rios no estado de Tendência de Elevação: 

Jacuípe- Rio Jacuípe;  

Jaboatão dos Guararapes - Moreno;  

Joaquim Nabuco- Rio Sirinhaém.

Pelo menos 16 pessoas morreram e 31 continuam desaparecidas por causa das inundações provocadas após a destruição da represa de Kakhovka, no sul da Ucrânia, no início de junho, segundo um novo balanço das autoridades de Kiev divulgado neste sábado (17).

"Dezesseis pessoas morreram: 14 na província de Kherson e duas na de Mykolaiv. Trinta e uma pessoas seguem desaparecidas", informou o Ministério do Interior ucraniano.

Momentos antes, a Rússia anunciou que o balanço havia aumentado para 29 mortos nas regiões ucranianas sob o seu controle.

A barragem hidrelétrica de Kakhovka, situada no rio Dnieper em uma área controlada pela Rússia, foi destruída em 6 de junho, o que causou inundações que destruíram extensas áreas de plantações e obrigaram a evacuação de milhares de pessoas de cidades e vilarejos cobertos pelas águas.

A Ucrânia acusa a Rússia de ter colocado minas e dinamitado a represa com o objetivo de fechar a passagem das forças ucranianas que realizam uma contraofensiva na região.

A Rússia, em contrapartida, garante que a instalação cedeu após bombardeios ucranianos.

A destruição da barragem também causou preocupação pela situação da usina nuclear ucraniana de Zaporizhzhia, que utiliza as águas do Dnieper para resfriar seus reatores.

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o argentino Rafael Grossi, visitou a usina esta semana e admitiu que a situação era "grave", mas que estava "se estabilizando".

Após queda de parte do teto da emergência do Hospital da Restauração, no Derby, área central do Recife, nesta segunda-feira (28), os pacientes e profissionais do hospital se assustaram novamente com uma enxurrada de água escorrendo pelo teto e indo para um outro setor. Atualmente o hospital passa por obras de requalificação da estrutura interna. 

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De acordo com a assessoria ao JC, que informou que este fato foi imprevisível, o vazamento aconteceu no corredor do segundo andar do prédio, e o problema ocorreu na mesma tubulação de ferro que resultou na queda do teto do hospital. Ainda segundo a assessoria, o ocorrido não causou prejuízo no atendimento aos pacientes e acompanhantes e que a equipe de manutenção ajeitou o vazamento em pouco mais de 30 minutos. 

O Hospital da Restauração, no Centro do Recife, voltou a apresentar problemas de infraestrutura nesta sexta-feira (3), com mais uma inundação provocada por rompimento de tubulação. Em vídeos recebidos pela reportagem do LeiaJá, é possível ver o cenário de caos vivido por pacientes e funcionários, e que já virou rotina no hospital, que é um dos maiores e referência no estado de Pernambuco. 

O vazamento ocorreu no sexto andar do prédio e atingiu as enfermarias 603 e 604. Pacientes precisaram ser removidos às pressas. Nas imagens, se vê muita água pelo chão, caindo próxima aos leitos e internos nos corredores. Confira: 

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Em nota, a assessoria do Hospital da Restauração confirmou a ocorrência, mas informou que tudo foi resolvido e que os pacientes seriam levados de volta às enfermarias afetas. “O HR confirma o rompimento de um cano no sexto andar, atingindo as enfermarias 603 e 604. Os pacientes foram removidos para outra área, a equipe de manutenção já fez o conserto do vazamento, a equipe de limpeza já retirou toda a água do chão, fez a higienização e os pacientes estão retornando ao seu local de origem”, informou a equipe.

Um mês atrás, no dia 2 de maio, um rompimento na tubulação de água do HR causou a queda de parte do teto da unidade de trauma, que é feito de gesso. Só no último mês, o hospital colecionou ocorrências de infraestrutura. No dia 18, à tarde, um cano que passava pelo teto do prédio estourou e deixou o corredor do setor de transportes da unidade inundado e com mau cheiro.

No dia 23, a calha do hospital transbordou e causou novos problemas no teto. Dois dias depois, no dia 25, parte do forro do teto do refeitório do Hospital da Restauração desabou. O fato aconteceu enquanto alguns trabalhadores estavam no local. 

--> LeiaJá também: Desabamento de teto no HR: ‘Seria em cima da minha mãe’ 

Milhares de pessoas tiveram que abandonar suas casas devido às graves inundações causadas pelas chuvas torrenciais incessantes em sete estados da Malásia, que já provocaram o deslocamento de 125 mil pessoas desde meados de dezembro.

A agência nacional de gestão de situações de emergência indicou que o mau tempo deve permanecer até a próxima terça-feira (4).

Cerca de 50 pessoas morreram até agora de causas relacionadas às condições meteorológicas, e outras duas estão desaparecidas, segundo fontes policiais.

O país do sudeste asiático sofre com inundações todos os anos, que regularmente provocam evacuações de grandes quantidades de pessoas.

No entanto, as autoridades foram surpreendidas agora por chuvas incessantes que começaram em 17 de dezembro, provocando o aumento do nível dos corpos d'água e inundando cidades.

Selangor, o estado mais rico e mais densamente povoado do país, que fica em torno da capital Kuala Lumpur, é uma das regiões mais atingidas.

Cerca de 117.000 pessoas que saíram de suas casas desde meados de dezembro puderam retornar, mas outras 10.000 tiveram que buscar refúgio em centros de socorro, segundo dados oficiais.

Na tarde desta quinta (13), a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu aviso de risco de inundação na Região Metropolitana do Recife, com validade até a próxima sexta. De acordo com o órgão, a Plataforma de Coleta de Dados (PCD) de São Lourenço da Mata registrou nível do Rio Capibaribe acima da cota de alerta. “Deve ser considerada a possibilidade de algamentos oriundos de extravasamentos de canais ou córregos, em especial aqueles localizados em zonas urbanas”, frisa a Apac.

A previsão da agência válida até a próxima sexta indica continuidades de chuvas de intensidade forte, com potencial para ultrapassar 150 mm, principalmente para as regiões da Mata Sul, Mata Norte, Metropolitana do Recife, além de Fernando de Noronha. As precipitações podem se estender para o agreste do estado.

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“As fortes precipitações se devem a um sistema metereológico chamado Distúrbio Ondulatório de Leste (DOL), considerado comum para esta época do ano”, explica a Apac. Tal sistema se caracteriza por provocar grande umidade, possibilitando a ocorrência de chuvas de intensidade moderada a forte.

A Defesa Civil orienta a população a permanecer em local seguro. O órgão disponibiliza o canal telefônico 199 para atendimento aos cidadãos.

Por conta das fortes chuvas, uma barragem localizada no município de Sairé, no Agreste de Pernambuco rompeu. A cidade é cortada pelo Rio Sirinhaém, que recebeu um volume grande de água e acabou deixando a cidade inundada.

Em entrevista à TV Jornal, o prefeito de Sairé, Fernando Pergentino, revelou que a barragem já tem 20 anos e, por conta do volume de chuvas, ela não aguentou e acabou 'sangrando'. "Quando ela 'sangrou' por cima do paredão, houve o rompimento e trouxe essa água com volume muito grande", afirma.

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A Prefeitura de Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, decretou Estado de Calamidade Pública no município nesta quinta-feira (26). As fortes chuvas na região fizeram com que o Rio Pajeú transbordasse, inundando parte da cidade. 

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De acordo com a Defesa Civil municipal, o nível do rio tem sido monitorado. O nível já baixou em algumas cidades da região, mas pode voltar a subir, pois as barragens do médio Pajeú continuam transbordando. 

Ainda não há informações oficiais de quantas famílias estão desabrigadas nem o prejuízo. Os desabrigados estão sendo levados para abrigos improvisados em escolas do município, que estão com aulas suspensas por causa do novo coronavírus. A cidade tem três casos em investigação da Covid-19 e dois casos descartados.

O Corpo de Bombeiros está utilizando embarcações para alcançar a população que ficou ilhada. Segundo a Secretaria de Infraestrutura do Estado de Pernambuco (Seinfra), 15 barragens atingiram a cota máxima e passaram a verter. Desse total, 11 estão localizadas no Sertão e quatro no Agreste. Na última quarta-feira (25), a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu um alerta de chuva forte para o Sertão e Agreste.

As fortes chuvas que atingiram São Paulo na segunda-feira, 23, alagaram ruas e avenidas, o subsolo de um prédio comercial e duas estações de Metrô. O motorista de aplicativo Jorge Garcia da Costa, de 62 anos, morreu em meio à inundação do edifício, em Santana, na zona norte.

Segundo o capitão Alexandre Veloso, do Corpo de Bombeiros, após os passageiros desembarcarem, ele foi surpreendido por uma enxurrada que invadiu rapidamente a garagem do local, na Rua Ezequiel Freire. "Pessoas que trabalhavam no prédio ainda tentaram salvá-lo, jogando uma mangueira, mas não conseguiram", diz Veloso.

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O empresário Cristian Maia, de 43 anos, foi um dos que ajudaram. "Ouvi gritos de socorro quando estava no térreo e consegui vê-lo já fora do carro, mas estava mais para o fundo da garagem. A mangueira do hidrante era curta e não alcançou."

Ele diz que o motorista havia deixado os passageiros no prédio e ficou estacionado justamente para se proteger da chuva.

Parte da família de Costa soube da tragédia pela TV. "Estávamos vendo jornal quando passou a notícia dos desaparecidos. Logo em seguida, o filho dele ligou e contou que era meu tio", diz Renan Barriatto, de 33 anos.

Segundo ele, Costa era motorista de aplicativo havia três anos e morava no Tremembé, também na zona norte.

As buscas foram feitas com botes. Mergulhadores foram ao local, mas não atuaram por causa da péssima visibilidade.

Inicialmente os bombeiros trabalhavam com a informação de dois desaparecidos, o motorista e uma passageira. Mais tarde, porém, ela apareceu.

A zona norte foi uma das regiões mais afetadas. Os acessos para as estações Santana e Tucuruvi, da linha 1-Azul do Metrô, ficaram alagados. O Metrô informou, porém, que a operação dos trens não foi afetada.

Escuro

No Rio, o dia virou noite na segunda-feira, por volta das 14h30. Com a luz do dia encoberta pela tempestade, motoristas ligaram os faróis dos carros em plena tarde, e várias ruas ficaram alagadas em poucos minutos.

A prefeitura decretou estágio de atenção. O temporal caiu com mais força na zona norte e no centro, onde tráfego do VLT chegou a ser interrompido. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Ainda se recuperando das inundações da semana passada, o centro histórico de Veneza, na Itália, deve ter uma nova "acqua alta" no próximo domingo (24). O Centro de Previsões de Marés da Prefeitura projeta uma cheia de até 140 centímetros acima do nível médio da água para as 8h45, índice que é suficiente para alagar 59% do centro histórico da cidade.

Entre os dias 12 e 17 de novembro, Veneza registrou quatro marés superiores a 140 centímetros (187, 144, 154 e 150) e passou quase a semana inteira alagada. As inundações provocaram danos de 1 bilhão de euros, segundo o prefeito Luigi Brugnaro, e reacenderam o alerta sobre o futuro da cidade.

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O centro histórico se distribui por ilhas situadas na Lagoa de Veneza, que sofre regularmente com a "acqua alta". Mais comum entre o fim do outono e o início do inverno europeu, esse fenômeno ocorre quando o nível do Mar Adriático sobe e invade as águas da lagoa, inundando a cidade.

As marés são influenciadas pelo ciclo lunar e por fenômenos meteorológicos, como tempestades e o vento de siroco, uma corrente de ar quente proveniente do deserto do Saara, mas fatores como o aquecimento global e o assoreamento do solo lagunar também contribuem para as enchentes.

Um projeto iniciado em 2003, o "Mose", prevê a construção de um complexo e caro sistema de comportas para evitar a "acqua alta", no entanto as obras caminham a passos lentos devido a escândalos de corrupção e só devem ser concluídas em 2021. 

Da Ansa

Enquanto tenta retomar a normalidade, Veneza conta os prejuízos depois da pior inundação na cidade em mais de meio século, estimados pela prefeitura em 1 bilhão de euros (cerca de R$ 4,66 bilhões). A elevação das águas causou ao menos duas mortes e levou o prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, a fechar a emblemática Praça de São Marcos na sexta-feira (15), reaberta ontem (18).

Por um lado, escolas e museus reabriram suas portas e os "vaporetti" - principal meio de transporte público - atravessam as águas da cidade, uma das joias do patrimônio mundial. Por outro, autoridades, comerciantes e empresários continuavam calculando o custo dos danos causados pelas inundações.

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O Centro de Previsão de Veneza previa um máximo de 105 centímetros de nível de água para ontem. São níveis muito distantes dos 187 centímetros da quarta-feira e dos 150 centímetros que, no domingo, inundaram 70% do centro urbano. As previsões indicam que esses números permanecerão contidos nos próximos dias. O pico máximo será de 1 metro.

O Executivo aprovou 20 milhões de euros para um primeiro socorro, com compensação de 5 mil de euros para os moradores afetados e até 20 mil de euros para cada comerciante. Após a autorização para reabertura da Praça de São Marcos, lojas e restaurantes trabalhavam para reparar os danos e fazer a limpeza para retomar a atividade o mais rápido possível. A restauração dos danos causados ao patrimônio cultural é prioridade, a começar pela Basílica de São Marcos, que foi parcialmente inundada.

Ao todo, 60 igrejas da cidade ficaram alagadas e seus delicados mosaicos e calçadas foram infiltrados pelo sal marinho. Para evitar a corrosão rápida, a Superintendência do Patrimônio acredita que serão necessários 60 mil euros para cada igreja.

A famosa biblioteca Acqua Alta foi uma das mais atingidas. De acordo com o jornal italiano Libreriamo, centenas de livros sofreram danos irreparáveis, apesar das precauções tomadas para lidar com situações como essa.

Centenas de pessoas adquiriram os livros que ficaram molhados da histórica livraria Cafoscarina, enquanto estudantes de todas as idades se revezaram com seus secadores de cabelo na mão para secar as diferentes coleções de literatura, ensaios e história danificadas.

Hotéis já começam a sofrer com os cancelamentos para as festas de fim de ano. Veneza, que tem aproximadamente 53 mil habitantes, recebe cerca de 36 milhões de turistas por ano, dos quais 90% são estrangeiros.

O prefeito de Veneza anunciou a abertura de uma conta bancária para todos os que, na Itália e no exterior, desejarem contribuir com os reparos. "Veneza, um lugar único, é um patrimônio do mundo todo", escreveu Brugnaro em um comunicado. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Destruída pelas inundações há uma semana, Veneza sofre com uma nova maré alta nesta domingo, um pouco menor que as últimas, e foram emitidos alertas para Florença e Pisa devido às chuvas incessantes que atingem o sul da Itália.

A "acqua alta", ou maré alta, alcançou 1,50 m neste domingo, longe do seu pico de 1,87 m que atingiu a "Sereníssima", como a cidade é conhecida, na terça.

"A água parou de subir", tuitou o prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro. "Pico de 150 cm (...) Os venezianos só se ajoelham para rezar. Veneza está trabalhando duro para recomeçar", escreveu.

Os meteorologistas estimam que as marés não superem os 110 cm nos próximos dias, o que deve permitir que a cidade avalie os danos, já estimados pelo prefeito em mais de 1 bilhão de euros.

A emblemática praça São Marcos foi reaberta no fim deste domingo (no horário local).

- Pisa e Florença em alerta -

Mais ao sul, na Toscana, ficam outras duas joias italianas, Florença e Pisa, que estão em estado de alerta devido à ameaça das águas.

Presidente da região da Toscana, Enrico Rossi tuitou um alerta sobre o risco de transbordamento do rio Arno e afirmou que flutuadores foram instalados nas suas margens em Pisa "por medida de precaução".

O Exército italiano tuitou fotos de militares consolidando os bancos do Arno, que também atravessa Florença, onde as águas se elevaram perigosamente na noite de sábado para domingo. A proteção civil italiana aconselhou os moradores a não se aproximar das margens do rio.

A cidade tinha sido devastada em 1966 por inundações que deixaram cem mortos e destruiu obras-primas de valor inestimável da Renascença.

Os bombeiros tuitaram um vídeo de um de seus barcos resgatando pessoas ilhadas pelas águas na província de Grossetano, no sul da Toscana.

- Avaliação de danos em Veneza -

Desde terça, em Veneza mais de 50 igrejas foram danificadas, entre elas a Basílica de São Marcos, além de lojas e casas inundadas. Hotéis começaram a sentir os cancelamentos para as festas de fim de ano.

Veneza, que tem 50 mil habitantes, recebe cerca de 36 milhões de turistas por ano, dos quais 90% são estrangeiros.

O prefeito de Veneza anunciou na sexta a abertura de uma conta bancária para todos os que, na Itália e no exterior, desejarem contribuir com os reparos. "Veneza, um lugar único, é um patrimônio do mundo todo. Graças a sua ajuda, Veneza brilhará novamente", escreveu em um comunicado.

Moradores que tiveram as casas danificadas podem receber uma ajuda imediata do governo de 5 mil euros, e os comerciantes, de até 20 mil euros.

 O centro histórico de Veneza registrou neste domingo (17) sua quarta grande inundação em menos de uma semana, agravando um cenário que já levou o governo a declarar estado de emergência na cidade.

Por volta de 13h15 (horário local), a maré atingiu 150 centímetros acima do nível médio da água, 10 centímetros a menos do que estava previsto. Mesmo abaixo das previsões, a cheia já foi suficiente para alagar 70% do centro histórico.

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A Praça San Marco, região mais movimentada e inundável da cidade, foi interditada pelas autoridades municipais, que também suspenderam o serviço de transporte público por barcos.

Desde a última terça-feira (12), a cidade já havia registrado três marés superiores a 140 centímetros acima do nível médio da água, fato inédito para uma única semana e um único ano desde 1872, quando os dados começaram a ser compilados.

A mais grave foi a inundação de terça, que chegou a 187 centímetros e alagou mais de 80% do centro de Veneza. Essa também foi a segunda maior cheia da história, atrás apenas dos 194 centímetros registrados em 4 de novembro de 1966.

O centro histórico se distribui por ilhas situadas na Lagoa de Veneza, que sofre regularmente com a "acqua alta". Mais comum entre o fim do outono e o início do inverno europeu, esse fenômeno ocorre quando o nível do Mar Adriático sobe e invade as águas da lagoa, inundando a cidade.

As marés são influenciadas pelo ciclo lunar e por fenômenos meteorológicos, como tempestades e o vento de siroco, uma corrente de ar quente proveniente do deserto do Saara, mas fatores como o aquecimento global e o assoreamento do solo lagunar também contribuem para as enchentes.

Um projeto iniciado em 2003, o "Mose", prevê a construção de um complexo e caro sistema de comportas para evitar a "acqua alta", no entanto as obras caminham a passos lentos devido a escândalos de corrupção e só devem ser concluídas em 2021.

O governo italiano já declarou emergência em Veneza e aprovou a destinação de 20 milhões de euros para intervenções imediatas. O poder público também pagará indenizações de até 5 mil euros para pessoas físicas e de 20 mil euros para empresas.

O prefeito Luigi Brugnaro estima em pelo menos 1 bilhão de euros os danos causados pelas cheias.

Da Ansa

A cidade de Veneza amanheceu nesta quarta-feira (13) em estado de emergência após registrar sua maior inundação desde 1966 na noite passada, com o fenômeno da "acqua alta" ("água alta", em tradução livre) atingindo 187 centímetros acima do nível médio. De acordo com as autoridades, pelo menos duas pessoas morreram na ilha de Pellestrina enquanto a tempestade assolava a região.

Um homem de 78 anos foi eletrocutado ao tentar reiniciar as bombas elétricas em sua residência. Já a segunda vítima foi encontrada morta dentro da própria casa. Ainda não se sabe a causa do óbito.

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A segunda maior enchente já registrada em Veneza, atrás apenas dos 194 centímetros marcados na inundação de 4 de novembro de 1966, provocou diversos danos pela cidade italiana. Segundo a polícia municipal, toda a cripta da Basílica de São Marcos está submersa.

Além disso, dentro da igreja foi registrado um pico de 110 centímetros de água. Especialistas temem danos graves provocados pelo sal na estrutura. Nesta manhã, por volta das 9h30 (horário local), a medição feita por sensores instalados na Punta della Dogana, na margem oposta à Praça San Marco, registrou uma maré de 144 centímetros acima do nível médio da água, revelaram dados da Prefeitura.

O pico de hoje chegou em 160 centímetros, mas os registros informam que a maré alta desacelerou seu crescimento devido a um fenômeno de oscilação do próprio mar. "Veneza está de joelhos. A Basílica de São Marcos sofreu sérios danos como toda a cidade e as ilhas. Estamos aqui com o patriarca [da cidade], dom Francesco Moraglia, para trazer nosso apoio, mas precisamos da ajuda de todos para superar esses dias que estão nos colocando à prova", escreveu o prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, no Twitter.

Segundo o político, a enchente "deixará uma marca permanente" na região, porque "a situação é dramática". "Pedimos ao governo que nos ajude. O custo será alto. Esse é o resultado da mudança climática", acrescentou. A circulação dos vaporettos, barcos que fazem o transporte público na região, foi limitada.

Pelo mens 60 embarcações estão fortemente danificadas. Mesmo assim, pessoas em toda a área continuam passeando pelas águas da enchente. A inundação ainda atingiu o Teatro La Fenice, que teve suas áreas de serviços invadidas pela água, assim como estabelecimentos e lojas. Linhas telefônicas também foram danificadas. Todas as escolas da cidade permanecem fechadas.

No Museu Ca'Pesaro foram registrados focos de incêndio em decorrência do mau funcionamento da cabine elétrica. Durante toda a noite, os bombeiros trabalharam para apagar o fogo no interior do local. "Estamos diante de uma devastação apocalíptica e total, mas não estou exagerando com as palavras: 80% das cidades estão submersas, inimagináveis e temerosas", afirmou o governador do Vêneto, Luca Zaia.

O desastre provocou reações dos políticos italianos, incluindo o ex-vice-premier e líder da Liga Norte Matteo Salvini, que defendeu um aporte por parte do governo de um bilhão de euros para auxiliar Veneza. "Uma herança da humanidade que o governo não pode ignorar", afirmou. O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, viajará para Veneza no início desta tarde, informaram fontes do Palazzo Chigi, sede do governo.

A expectativa é de que o nível máximo da acqua alta atinja 120 centímetros às 23h35 desta noite. No entanto, a previsão pode sofrer alterações devido as possíveis mudanças repentinas no vento e nas condições do mar Adriático. Atualmente, a Prefeitura constrói o chamado "sistema Mose", uma rede de barreiras para proteger a cidade de inundações. Já envolvida em escândalos de corrupção, a obra começou em 2003, mas caminha a passos lentos e deve ser concluída apenas em 2021.

Da Ansa

O alto volume de chuva nos últimos dias impacta diretamente os rios de Pernambuco. De acordo com a Secretaria Executiva De Defesa Civil do Estado, a parte do Rio Capibaribe no município de São Lourenço da Mata voltou a subir. Atualmente, a cota está aproximadamente 40cm acima da cota de alerta. Na cidade de paudalho, o rio está subindo lentamente - ambas cidades estão situadas na Região Metropolitana do Recife.

Já nas cidades de Toritama e Limoeiro, no Agreste de Pernambuco, os níveis estão estáveis. Já o rio tracunhaém encontra-se subindo e, até a tarde desta quarta-feira (24), encontrava-se com 17cm acima da cota de alerta, em Nazaré da Mata, município da Zona da Mata do Estado. O rio capibaribe mirim encontra-se subindo e já ultrapassou em 38cm a cota de inundação.

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Outro rio que pode apresentar risco para a população que o cerca é o rio siriji, que está 47cm acima da cota de alerta e subindo lentamente. O rio una, no município de barreiros, o nível encontra-se subindo, mas distante da cota de alerta.

Com água até o peito, carregando malas na cabeça, os moradores do estado indiano de Bihar, vítimas das inundações de monção que atingem a região, estão desesperados e famintos.

"Quando muitos de nós, os pobres, acabamos submersos, os políticos aparecem. Mas normalmente ninguém se importa conosco", diz à AFP Raj Majhi, um comerciante local.

Como a de muitos outros, a casa de Majhi está submersa e se vê apenas o telhado. Sua família conseguiu fugir por uma pequena superfície de terra, perto de uma estrada, onde cozinham em um minúsculo fogão.

As enchentes são comuns no estado de Bihar, que é geralmente um dos mais afetados pela temporada de monções, que vai de junho a setembro. Todo o ano, essa época causa danos e mortes.

Bihar também é uma das regiões mais pobres do sul do continente asiático, e seus moradores se sentem desamparados a cada ano durante o período de inundações.

Causadas por chuvas torrenciais em Bihar e ao longo da fronteira com o Nepal, as enchentes deste ano não têm dado trégua.

Até o momento, 67 pessoas morreram somente neste estado, e cerca de 4,5 milhões foram afetadas até agora. O nível da água continua subindo.

Várias barracas construídas com palha foram arrastadas pela chuva, e muitas comunidades estão isoladas. Estradas e pontes foram destruídas, ou estão inutilizadas, o mesmo acontecendo com as plantações.

No distrito de Sitamarhi, as águas cobrem casas e estradas. Abandonados à própria sorte, seus habitantes estão exaustos. Forçados a enfrentar correntes de água e lama, aguardam que a ajuda chegue pelas pequenas ilhas, ou terras altas, que ainda não foram inundadas.

Sonabati Devi conseguiu salvar algumas de suas cabras, mas não muitas.

"Saímos de casa para nos salvar e deixamos todos os nossos pertences", diz essa mulher, sentada em frente a uma barraca, feita à mão com material que as pessoas conseguiram salvar das inundações.

"Meus filhos continuam me pedindo comida. Me dizem que estão com fome, mas o que eu posso fazer?", lamenta ela, que consegue comer apenas uma vez por dia, quando recebe uma ração de "khichdi", um prato feito com lentilhas e arroz.

E, quando as águas baixarem, todos terão a terrível tarefa de limpar suas casas, cheias de detritos trazidos pelas enchentes.

As chuvas de monção mataram mais de 270 pessoas nos últimos dias no sul da Ásia e afetaram milhões de habitantes, de acordo com um novo balanço divulgado nesta quarta-feira pelas autoridades dos diferentes países atingidos.

O prefeito de Coronel João Sá, Carlinos Sobral, decretou estado emergência no município devido à inundação causada pelo transbordamento do Rio dos Peixes que passa pela cidade. De acordo com o prefeito, parte da cidade que fica perto do rio está inundada e só hoje as águas começaram a baixar. Ele informou que 500 famílias estão desabrigadas e atendidas no ginásio local. “Felizmente não foi registrado nenhum caso de morte. Algumas pessoas tiveram ferimentos leves”, disse à Agência Brasil.

De acordo com o prefeito, a situação não foi mais grave porque, ao tomar conhecimento do quadro crítico da barragem do Povoado de Quati, no município vizinho de Pedro Alexandre, ele reuniu seu secretariado e pediu para alertar a população, que mora perto do rio, para que deixassem suas casas e fossem se abrigar nas escolas públicas e no ginásio local. Carlinhos Sobral disse ainda que avisou outros prefeitos de cidades que ficam no trajeto do rio.

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Ele disse que equipes do Exército e do Corpo de Bombeiros já estão na região fazendo o trabalho de varredura e verificação das áreas atingidas. De acordo com Carlinhos Sobral, a enchente foi consequência da chuva que durante quatro dias atinge a região, resultando no transbordamento ou rompimento da barragem localizada no povoado de Quati. “Foram quatro dias de chuva, e a barragem de Quati não suportou tanta água”.

O prefeito explicou que recebeu esta manhã um telefonema do governador da Bahia, Rui Costa, que prometeu visitar o município ainda hoje, dependendo da melhora do tempo, para que possa levantar voo de Salvador. Carlinhos Sobral disse que precisa de ajuda, pois a enxurrada danificou pontes, estradas e algumas residências. “Grande parte da pavimentação das ruas atingidas se perdeu e será necessário recuperá-las”.

O município de Coronel João Sá está localizado na região nordeste da Bahia próximo à divisa com o estado de Sergipe. Além de Coronel João Sá, a BR-235 na altura do povoado de Pedro Alexandre (BA) e de Poço Redondo (SE) foi atingida pelas águas e está coberta de lama. Em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro declarou que “o governo está à disposição dos prefeitos para qualquer providência que por ventura seja necessária”.

De acordo com nota do Ministério do Desenvolvimento Regional, equipes de monitoramento e operações do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) monitora a situação da enxurrada em contato permanente com as defesas civis estadual e municipal, “para averiguar a necessidade de auxílio complementar por parte do Governo Federal”.

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