Tópicos | IPO

O balanço do grupo Madero para o primeiro trimestre de 2021 afirma que, por falta de garantias de que conseguirá renegociar dívidas, há "dúvidas substanciais sobre a capacidade da companhia de continuar em funcionamento dentro de um ano após a data em que essas demonstrações financeiras consolidadas foram emitidas". Apesar dessa declaração, a empresa continua firme em seu propósito de fazer um IPO (oferta inicial de ações) até o fim do ano.

Fundada pelo empresário Junior Durski, um dos apoiadores mais aguerridos do presidente Jair Bolsonaro no meio corporativo, a empresa paranaense fez ousada expansão pelo Brasil. Em 2019, vendeu, por R$ 700 milhões, 22% de seu capital para o fundo americano Carlyle (que recentemente repassou seus ativos no País à SPX, gestora de Rodrigo Xavier).

##RECOMENDA##

A companhia planejava um IPO para 2020, mas teve de interromper os planos por causa da pandemia. Além da abrupta queda de receita, por causa do fechamento dos restaurantes, a companhia também viu sócios como o apresentador Luciano Huck, que tinha uma participação minoritária, deixando o negócio rapidamente e por valor simbólico.

Agora, no entanto, o IPO estaria em pé novamente. A empresa até já contratou quatro bancos para a operação: Bank of America, BTG, Itaú e UBS estariam à frente da emissão de ações que viabilizaria a chegada do negócio à Bolsa paulista. A operação está marcada para este ano, segundo apurou o Estadão.

Apesar do que está escrito no balanço, fontes próximas à companhia disseram que o negócio foi bastante afetado pela crise da covid-19, mas que está se recuperando rapidamente com a reabertura da economia.

As ressalvas nas demonstrações financeiras dizem respeito a riscos que têm de ser informados aos investidores, mas não seriam nada que evidencie um risco concreto ao negócio.

"A empresa sofreu como várias outras e agora está se recuperando rápido, renegociando dívidas com os bancos e se preparando para o IPO, vida normal", disse uma fonte próxima ao negócio.

Procurado, o Madero afirmou que não poderia se pronunciar, por estar em período de silêncio. Bank of America, BTG, Itaú e UBS foram contatados, mas não responderam até o fechamento desta edição.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A carteira digital PicPay, controlada pela holding J&F, da família Batista, protocolou nesta quarta, 21, o pedido para sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A operação deve acontecer na Nasdaq, Bolsa de Valores americana que reúne empresas de tecnologia. Não foram divulgados o volume de recursos a ser captado nem a quantidade de papéis a ser vendida. A empresa, porém, diz que usará o dinheiro para se fortalecer frente a concorrência - de grandes bancos às plataformas de mídia social, passando por empresas de maquininhas.

Ao chegar à Nasdaq, o PicPay se juntará à PagSeguro e à Stone, outras duas empresas brasileiras de pagamentos que abriram capital na Bolsa dos EUA. Na Nasdaq, a Stone vale US$ 20,7 bilhões, e a PagSeguro, US$ 14,7 bilhões. A Cielo, negociada na B3, vale R$ 9,9 bilhões.

##RECOMENDA##

O caminho do PicPay para o IPO foi antecipado pelo Estadão/Broadcast ao longo do primeiro trimestre. Fazem parte do grupo de bancos que realizam a operação o BTG Pactual, o Bradesco BBI, o Santander e o Barclays. O Bank of America e o Citi deixaram a operação no começo de abril.

O PicPay afirma, no documento enviado à SEC (xerife do mercado de capitais americano, equivalente à CVM brasileira), que poderá explorar aquisições e outras vias de expansão após o IPO. A empresa vai emitir novas ações, mas ainda não definiu o tamanho do lote. Todos os papéis serão de classe A. Já as ações de classe B - que terão supervoto equivalente ao de dez ações de classe A e outros direitos exclusivos - não serão negociadas em Bolsa.

Atualmente, a J&F possui 95,27% do capital do PicPay. Outros 3,33% estão nas mãos de Anderson Chamon, cofundador da empresa e vice-presidente de tecnologia e produto, enquanto 1,4% pertence a José Antonio Costa Batista, sobrinho de Joesley e Wesley Batista, controladores da J&F.

Um relatório do Bank of America divulgado em fevereiro mostrou que, entre os aplicativos de fintechs brasileiras, o PicPay era o segundo mais utilizado, com 16 milhões de usuários ativos por mês. O líder era o Nubank, empresa símbolo da ascensão das fintechs no Brasil, com 18,5 milhões. O líder de uso entre os bancos tradicionais era o app do Bradesco, com 13,1 milhões de usuários.

Competição

O PicPay afirma, no prospecto de lançamento dos papéis, que a atual agenda do Banco Central e do governo brasileiro de estímulo à concorrência, com ferramentas como o Pix e o open banking, deve fortalecer os novos competidores, especialmente as plataformas "disruptivas". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em um passo considerado fundamental para abrir o capital de sua divisão de seguros, a Caixa Econômica Federal está perto de concluir a escolha dos futuros sócios em seguros. A estratégia é anunciar as parcerias em etapas.

A Caixa procura novos sócios nas áreas de serviços de assistência 24 horas, seguros de automóvel, capitalização, consórcio, saúde, odontologia, seguro de grandes riscos e, por fim, habitacional e residencial. Três dessas já estariam praticamente concluídas, conforme apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), faltando apenas detalhes como, por exemplo, aprovações dos respectivos lados.

##RECOMENDA##

A primeira joint venture a ser anunciada será a de seguro habitacional e residencial. Quem levou o negócio, segundo fontes próximas à operação, foi a seguradora japonesa Tokio Marine. O valor teria ficado bem acima do patamar de R$ 1,5 bilhão, considerando uma fatia de 25% na joint venture e os outros 75% nas mãos da Caixa Seguridade.

A Tokio arrematou o ativo em uma disputa com nomes como a atual sócia da Caixa em seguros, a francesa CNP Assurances, e ainda o ressegurador IRB Brasil Re, que tentava levar o negócio ao lado de um player internacional.

A briga foi acirrada, relatam fontes. A CNP teria ficado bem próxima de manter o ramo habitacional, mas, segundo uma pessoa próxima às negociações, discordou do modelo de governança corporativa sugerido pela Caixa nas novas sociedades.

O negócio de habitacional e residencial é considerado a joia da coroa por conta da liderança do banco público no crédito imobiliário, com quase 70% deste mercado.

O anúncio da parceria entre Caixa e Tokio está previsto para esta segunda-feira, 6.

A seguradora japonesa procurava há tempos um ativo para comprar no País. Nos últimos anos, avaliou diversos negócios, mas não se arriscou em nenhum deles apesar de ter "cheque" da matriz para isso. A última aquisição selada foi em 2005, quando arrematou as operações da Real Seguros, do holandês ABN Amro.

A CNP deterá exclusividade de todo o balcão de seguros da Caixa até fevereiro de 2021, quando chegam os novos sócios. As parcerias terão prazo de 20 anos, podendo ser renovadas.

As próximas joint ventures na fila de anúncio, segundo fontes, seriam a de capitalização e a sociedade que vai concentrar os ramos de saúde e odontologia. Cada negócio teria ficado com um sócio diferente.

A expectativa do banco público é ter um salto de receita em seguros com o início dessas operações. Isso porque uma das mudanças exigidas pela Caixa nas novas negociações foi o aumento da fatia do banco público nas futuras joint ventures.

Antes de 60%, foi ampliada para 75%, exceto nos negócios para os quais o banco procura apenas um parceiro comercial e não um sócio.

Procuradas, Caixa, sua seguradora e a Tokio Marine não comentaram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um dia antes de estrear na bolsa, o Uber determinou o preço de suas ações. De acordo com a companhia, cada papel começará o dia de negociações sendo vendido a US$ 45 cada - e, se assim terminar, no fim do dia a companhia será avaliada em US$ 82,4 bilhões.

Isso significa que, caso as expectativas sejam atendidas, a startup de transporte compartilhado deve levantar US$ 8,1 bilhões com a venda de ações - valor abaixo da rival Lyft, que em março levantou US$ 10 bilhões, segunda maior oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) desde a estreia do Aliababa na bolsa em 2005.

##RECOMENDA##

Após a meta inicial de preço das ações no IPO, prevista para ser entre US$ 48 e US$ 55 cada, o Uber reduziu as expectativas para US$ 44 a US$ 50. Isso garantiu uma reavaliação no valor estimado da empresa para algo entre US$ 80 bilhões e US$ 91 bilhões - significativamente abaixo dos US$ 90 bilhões a US$ 100 bilhões visados inicialmente.

A redução está relacionada ao IPO da Lyft, rival do Uber, que estreou com ações em US$ 72 e hoje vive no patamar em torno de US$ 60 - nesta quinta-feira, 9, a companhia fechou em alta de 4,3%, com ações avaliadas em US$ 55,18.

Cadê o lucro?

O desafio do Uber agora é mostrar que o seu negócio é sustentável e pode ser lucrativo. De acordo com o Uber, a empresa perdeu US$ 1,1 bilhão nos primeiros três meses do ano, valor semelhante ao perdido pela rival Lyft, que registrou perdas de US$ 1,14 bilhão no mesmo período. Porém, o Uber faturou US$ 959 milhões no Brasil ao longo do ano de 2018, um crescimento de 15% na comparação com o ano anterior.

Após uma década como empresa privada, a companhia até hoje não retornou lucros e financiou suas operações e expansão com capital de risco. Segundo o Crunchbase, desde a fundação a empresa já recebeu US$ 24 bilhões em aportes. Entre a lista de investidores estão o Paypal, Google Ventures, Jeff Bezos, Softbank e Baidu - até Shawn Fanning, fundador do Napster, o conhecido programa para compartilhar música, investiu na companhia em seus primeiros anos.

Recentemente, a companhia já afirmou que estima perdas durante anos, e que pretende se estabelecer como uma "espécie de Amazon": uma plataforma tecnológica diversificada: além das caronas, ela foca em entrega de comida, bicicletas, patinetes elétricos e carros autônomos.

Até aqui, foi uma viagem e tanto para o Uber. Chamado de UberCab, a startup foi fundada em 2009 por Travis Kalanick. O aplicativo foi para as ruas no ano seguinte, quando estreou em São Francisco, nos Estados Unidos. Atualmente está em 700 cidades e 63 países, sendo líder de mercado em boa parte desses locais.

A Uber, a startup mais valiosa dos EUA, informou que perdeu US$ 1,8 bilhão em 2018, o primeiro ano completo sob o comando do novo CEO Dara Khosrowshahi, de acordo com os resultados financeiros da empresa para 2018 divulgados recentemente. O número, porém, representa uma melhora modesta em relação ao ano anterior, quando a companhia registrou perdas de US$ 2,2 bilhões.

A receita da Uber atingiu US$ 3 bilhões nos últimos três meses de 2018, um aumento de apenas 2% em relação ao trimestre anterior e de 25% em relação ao mesmo período de 2017. Os números são preocupantes para a empresa que apresentou sigilosamente documentos iniciais para abrir seu capital. Khosrowshahi disse repetidamente que a Uber procuraria se tornar pública em 2019.

##RECOMENDA##

Khosrowshahi assumiu como CEO em meio a um período de incrível turbulência na Uber, que incluiu acusações de assédio sexual e alegações de discriminação de gênero. Ele chegou para ajudar a limpar a imagem empresa e ajudou a Uber a investir em áreas além dos carros, como compartilhamento de bicicletas e scooters, além da entrega de alimentos com o Uber Eats.

No ano passado, a Uber comprou a startup de bicicletas elétricas Jump para impulsionar seus novos esforços de mobilidade e tem um orçamento de US$ 1 bilhão para esses projetos este ano. Ao anunciar os números, a Uber divulgou o crescente uso de seu aplicativo em todo o mundo. "O ano passado foi o mais forte até agora, e o quatro trimestre de 2018 estabeleceu outro recorde de engajamento em nossa plataforma", disse o diretor financeiro da Uber, Nelson Chai, em comunicado.

LeiaJá também

--> Google investirá US$ 13 bilhões em expansão nos EUA

A Dell Technologies está considerando a possibilidade de lançar uma oferta pública inicial de ações (IPO) tradicional para voltar a ser uma companhia de capital aberto, em vez de depender de uma aquisição que vem enfrentando oposição de vários investidores.

De acordo com fontes, a empresa deve consultar vários bancos esta semana sobre o IPO. Por isso, vai adiar o roadshow sobre a aquisição da tracking stock da VMware (DVMT), disseram as fontes. A DVMT, que é negociada em Bolsa e espelha o desempenho da VMware, é um instrumento criado pela Dell para ajudar a financiar os US$ 67 bilhões da compra da EMC em 2016.

##RECOMENDA##

A Dell seria uma das maiores empresas dos Estados Unidos a lançar um IPO, mas ainda não se sabe se a ideia será levada adiante. Para alguns, a consulta aos bancos pode ser vista como uma tática para pressionar investidores a apoiar a compra da DVMT.

A aquisição seria feita com uma troca de ações e permitiria à Dell voltar a ser uma empresa de capital aberto. Detentores da tracking stock DVMT receberiam ainda um valor em dinheiro. A oferta em ação e dinheiro seria de aproximadamente US$ 109 por ação. Muitos desses acionistas não gostaram dos termos, e alegam que a Dell está superestimando o valor de suas ações e, consequentemente, subestimando o valor da DVTM. A Dell disse que a oferta é "extraordinariamente justa" e abre caminho para que os acionistas da DVTM invistam em um negocio mais amplo.

Um IPO, combinado com uma possível compra da DVTM por um prêmio menor, é visto como plano B. Mesmo se a aquisição fracassar, não é certo que a Dell fará um IPO tradicional, já que isso poderia resultar em preço mais baixo para as ações da companhia, disseram alguns analistas. Na semana passada, a Dell disse que sua oferta pela DVTM é final.

A proposta de aquisição, anunciada durante o verão do Hemisfério Norte, foi feita após a Dell estudar por meses várias opções estratégicas, entre elas um IPO ou uma fusão com a Vmware. A Dell fechou o capital em 2013. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Spotify, o maior serviço de streaming de música do mundo, apresentou uma oferta pública inicial (ou IPO) nesta quarta-feira (28). A empresa com sede na Suécia possui mais de 71 milhões de usuários pagantes. De acordo com a CNBC, o preço das ações do Spotify negociadas em mercados privados indica que a companhia poderia valer até US$ 23 bilhões

A empresa também possui uma base de usuários global que inclui ouvintes que não estão dispostos a pagar por uma mensalidade. Eles conseguem ouvir músicas na plataforma, mas são interrompidos por anúncios. No total, são 159 milhões de pessoas usando a plataforma. Em comparação, o Apple Music, um dos seus principais concorrentes, ainda possui 36 milhões de assinantes pagantes.

##RECOMENDA##

Apesar do seu sucesso ao longo dos anos como uma das primeiras e mais promissoras empresas no ramo da transmissão de música online, o Spotify tem lutado para conseguir lucrar, com a maior parte de sua receita sendo dedicada ao pagamento de taxas de licenciamento para editores de música.

O Spotify, lançado em 2008 e disponível em mais de 60 países, é a maior plataforma de streaming de música do mundo. No Brasil, a assinatura do serviço custa R$ 16,90 por mês, mas a empresa oferece descontos para estudantes universitários. Há ainda um plano familiar, que custa R$ 26,90, e permite o acesso de até pessoas.

LeiaJá também

--> Apple vai inaugurar clínicas médicas nos EUA

O serviço de transmissão de música Spotify, que arquivou documentos confidencialmente com os reguladores dos EUA para uma oferta pública de capital na quarta-feira (4), anunciou que alcançou a marca dos 70 milhões de assinantes. Em julho de 2017, a empresa havia afirmado que esse número era de 60 milhões.

Nos últimos meses, o serviço de transmissão renegociou os acordos de licenciamento com a Sony Music, o Universal Music Group e o Warner Music Group, o que conferirá à plataforma uma interrupção nos pagamentos de royalties. A expectativa agora é que a empresa, avaliada em US$ 19 bilhões, torne seu capital público em breve.

##RECOMENDA##

Mas a empresa também está sendo processada pela gravadora Wixen Music Publishing, que representa cerca de 200 artistas, incluindo Tom Petty, Neil Young, The Beach Boys, Missy Elliott e Janis Joplin, em US$ 1,6 bilhão. O processo alega que o serviço de streaming usa milhares de músicas sem as adequadas licenças.

A Spotify é a maior empresa mundial de transmissão de música e conta com a Apple e a Amazon como principais rivais. Este novo marco solidifica ainda mais o seu lugar ante seus competidores - pelo tamanho, pelo menos. O Apple Music anunciou em setembro que tinha mais de 30 milhões de assinantes, enquanto o Tidal não divulgou seus números.

O valor de mercado do Spotify, serviço de streaming de músicas, que está planejando entrar na bolsa de valores, aumentou 20%, para pelo menos US$ 19 bilhões (cerca de R$ 63,08 bilhões) nos últimos meses. 

As transições particulares da companhia sueca foram realizadas acima de US$ 4 mil (cerca de R$ 13,2 mil) por ação, de acordo com a agência Reuters. 

##RECOMENDA##

Segundo as informações, a intenção do Spotify é apresentar suas ações junto aos reguladores norte-americanos até o fim do ano.

A compra das ações do Spotify, feitas pela divisão de música Tencent, implicam no valor de mercado de US$ 5 mil por ação (cerca de R$ 16,6 mil), no que sustenta as percepções para o aumento do valor da empresa.

Spotify e a Tencent Holdings informaram que comprariam parcelas minoritárias entre si, mas não forneceram detalhes financeiros.

A Snap, empresa-mãe do popular aplicativo de mensagens Snapchat, abriu a oferta inicial de ações e marcou sua estreia na bolsa de Nova York (EUA), nesta quinta-feira (2). E com um bom começo. Abrindo em US$ 24 por cada ativo, bem acima do esperado por analistas. A esse valor, a empresa é avaliada em US$ 30 bilhões.

Alguns meses atrás, o Snapchat mudou seu nome para Snap e declarou-se uma empresa de câmera. Este movimento foi emparelhado com o lançamento do seu primeiro produto de hardware - óculos que fotografam e filmam. O produto foi bem avaliado e, graças ao marketing inteligente e disponibilidade limitada, altamente procurado.

##RECOMENDA##

Por enquanto, no entanto, os gadgets da Snap representam apenas uma pequena porção de sua receita global, e não está claro se eles geram um lucro. A empresa em geral está perdendo dinheiro a uma taxa espetacular, e deixou claro para os investidores que não tinha planos para alterar essa abordagem no futuro próximo.

A Snap tem repetidamente apontado para o crescimento explosivo de sua receita como um sinal de que seu negócio tem grande potencial. Atualmente, o Snapchat alega ter 158 milhões de usuários ativos diariamente que criam 2,5 bilhões de posts entre eles. Cerca de 85% deles possuem idade entre 18 e 34 anos, o que demonstra o potencial da rede social entre os jovens.

LeiaJá também

--> Snap, dona do Snapchat, está criando seu próprio drone

A Sap, companhia responsável pelo Snapchat, deu entrada nesta quinta-feira (2) no procedimento de abertura de capital - cinco anos após o lançamento do seu principal aplicativo. No documento, a empresa também registra um prejuízo acima de US$ 514,6 milhões em 2016. O plano é sair na bolsa em março e levantar US$ 3 bilhões com a operação de Oferta Pública Inicial (IPO).

No comunicado, a Snap afirma que tem 158 milhões de usuários diários ativos, que passam cerca de 25 a 30 minutos no aplicativo de mensagens. A empresa divulga que registrou receita de US$ 404,5 milhões em 2016. Em 2015, os ganhos haviam sido de US$ 58,7 milhões.

##RECOMENDA##

Junto com esse forte crescimento das receitas, no entanto, suas perdas também inflaram. A companhia em 2016 registrou prejuízo de US$ 514,6 milhões em 2016. No ano anterior, esse número foi de US$ 372,9 milhões. A Snap diz não poder garantir que a lucratividade seja atingida.

LeiaJá também

--> Facebook copia o recurso mais conhecido do Snapchat

O grupo Alibaba, gigante do e-comerce da China, está em processo de roadshow para definir o preço dos papéis da oferta pública de ações (IPO, na sigla em inglês) que pode atingir a cifra de US$ 24 bilhões.

O grupo faz reuniões com executivos e investidores em Hong Kong, após a rodada da última semana, realizada nos Estados Unidos.

##RECOMENDA##

Segundo fontes ligadas às negociações, a empresa já tem demanda suficiente para completar o negócio com preço entre US$ 60 a US$ 66 por ação. Os investidores consideram agora se a Alibaba pode aumentar a faixa de preço ou aumentar o número de ações ofertadas.

Após os encontros com possíveis investidores em Hong Kong, os executivos da Alibaba seguem para Cingapura na terça-feira, para encontros similares.

A empresa deve definir o preço do IPO na quinta-feira e vender os papéis para investidores selecionados. As ações devem começar a ser negociadas na bolsa de Nova York nesta sexta-feira. Fonte: Dow Jones Newswires.

O regulador do mercado acionário da China anunciou que as empresas em processo de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) poderão escolher em qual bolsa serão listadas.

Em postagem no weibo, um serviço semelhante ao Twitter, a Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CSRC, na sigla em inglês) disse que a decisão não dependerá mais da quantidade de ações que planejam vender na oferta inicial.

##RECOMENDA##

Atualmente, uma empresa que planeja oferecer até 50 milhões de ações no IPO costuma ser listada na Bolsa de Shenzhen, enquanto as que oferecem mais de 80 milhões de ações são negociadas na Bolsa de Xangai. As companhias que realizam a oferta inicial entre esses dois valores podem ser listadas em qualquer uma das bolsas.

Em 20 de março, haviam 685 IPOs na fila para serem lançados, sendo 170 em Xangai e 515 em Shenzhen. Desde 2005, quando a Bolsa de Shenzhen inaugurou um segmento para empresas de pequeno e médio porte, a maior parte das aberturas de capital tem sido conduzida por empresas menores. Fonte: Dow Jones Newswires.

O Carrefour planeja levantar recursos no Brasil em 2015, seja por meio de uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações ou de uma injeção de capital por um parceiro local, afirmou nesta quarta-feira, 5, o executivo-chefe do grupo varejista francês, Georges Plassat.

Segundo Plassat, o Carrefour não tem necessidades financeiras específicas no Brasil, mas a presença de acionistas locais fortaleceria a empresa e a ajudaria a crescer no país.

##RECOMENDA##

"Queremos estar prontos no fim de 2014 para que possamos começar a pensar sobre a janela para lançamentos em 2015", disse Plassat, após apresentar o balanço anual da varejista. O Carrefour já conta com uma operação forte no Brasil, onde compete com seu principal concorrente francês, o grupo Casino.

O Carrefour, que registrou aumento de 5,3% no lucro operacional de 2013, vai investir entre 2,4 bilhões de euros e 2,5 bilhões de euros na reforma de lojas e abertura de unidades em 2014.

Plassat disse estar confiante em relação a este ano e prevê o bom desempenho do Carrefour em seus principais mercados - França, Brasil e Espanha -, assim como na Ásia. "A empresa não vai decepcionar os mercados", enfatizou o executivo.

Ele afirmou ainda esperar que a moeda brasileira, o real, tenha uma desvalorização mais branda, mas afirmou que o Carrefour não prevê voltar ao azul na Itália este ano, embora seja possível que isso aconteça em 2015.

O Carrefour estuda também a possibilidade de expandir na Índia, embora o ambiente regulatório local seja complexo, disse Plassat. Fonte: Dow Jones Newswires.

O mercado de capitais brasileiro enfrentará um aumento da concorrência com outros países da América Latina, principalmente o México. Com os investidores estrangeiros mais seletivos e com mais opções, uma das expectativas é que as ofertas públicas iniciais (IPOs, na sigla em inglês) convivam com uma pressão maior neste ano, que poderá puxar os preços das operações para baixo.

O banco de investimento Credit Suisse, por exemplo, tem olhado com atenção para o mercado de capitais mexicano. No ano passado, o banco participou do mesmo número de operações de IPO no Brasil e no México: foram cinco em cada país. "O ânimo em relação ao Brasil vem diminuindo e aumentando no México, onde a bolsa está crescendo. Nós mesmos fizemos muitas operações no México no ano passado e acho que esse movimento, infelizmente, deve continuar", disse Marcelo Kayath, responsável pela área de mercado de capitais da instituição financeira. Mas ele não está completamente pessimista em relação ao mercado brasileiro. "Mesmo com a bolsa ruim, sempre tem uma boa história. O que muda é que teremos de ser ainda mais seletivos."

##RECOMENDA##

Os estrangeiros estão selecionando melhor seus investimentos no Brasil. A participação deles, que já foi de 90% em algumas ofertas públicas iniciais, em 2013 não passou de 74,6% na oferta da Via Varejo, realizada em dezembro. No IPO da CPFL Renováveis, eles ficaram com apenas 25% das ações.

Para Marcio Veronese, diretor da área de serviços qualificados ao mercado de capitais do Citibank, os estrangeiros vão continuar participando das ofertas por uma questão de estratégia. "Toda vez que temos uma oferta pública no Brasil, os estrangeiros têm participação relevante, embora já tenha sido muito maior. Não me surpreenderia se eles tivessem uma participação razoável em 2014."

O diretor de ADRs do BNY Mellon para a América Latina, Nuno Silva, acredita que, na conjuntura econômica atual, as empresas brasileiras que desejam captar no exterior terão mais trabalho, tendo de buscar novos fundos. "Ter uma boa gestão, uma boa relação com o investidor ajudará as empresas brasileiras. O investidor vai olhar para cada oferta de forma isolada", diz.

Além do México, Chile, Colômbia e Peru já despontam como concorrentes para o Brasil, diz Jean Marcel Arakawa, advogado sócio do escritório Mattos Filho e especialista em mercado de capitais. "Essa é outra frente de concorrência para os novos emissores e para o giro em bolsa", afirma. Na visão do advogado, a reticência dos investidores em relação ao Brasil poderá refletir nos preços das ofertas, que podem ficar até abaixo da faixa inicialmente sugerida. Esse foi o caso, por exemplo, das últimas duas ofertas realizadas no mercado brasileiro em 2013: CVC e ViaVarejo.

Um experiente gestor de renda variável acredita que, mesmo com o ingresso de capital estrangeiro limitado para o Brasil, algumas empresas que estão na fila das ofertas podem anunciar operação. "O cenário vai ditar o ritmo das operações, mas o perfil e setor da empresa também vão determinar quanto e como o estrangeiro vai comprar."

O diretor do BNY Mellon observa, porém, que as empresas terão de aprimorar sua apresentação e buscar novos investidores. "O trabalho do passado não será suficiente. Elas precisam buscar novos canais, como os fundos de pensão."

Portfólio

Apesar do aumento da concorrência pelo capital, o Brasil ainda é um destino para investimentos de fundos internacionais. Entre outros fatores, porque a necessidade de diversificar o portfólio exige que esses fundos olhem para o Brasil.

A sócia do escritório Machado Meyer e especialista em mercado de capitais, Eliana Chimenti, salienta que o País é um mercado relevante quando se fala em diversificação regional para um fundo global. "O investidor estrangeiro ficou mais exigente, mas continua tendo uma participação relevante. Não deveremos ter uma grande mudança nisso." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O movimento de abertura de capital deverá se concentrar nos primeiros quatro meses de 2014, de acordo com bancos, advogados e analistas de mercado ouvidos pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. A carregada agenda de eventos para este ano, que inclui a Copa do Mundo e as eleições, poderá afastar os investidores da bolsa, sobretudo no terceiro trimestre.

A percepção dos agentes de mercado é de que os primeiros meses do ano devem concentrar um maior número de operações, principalmente por meio de oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) que ficaram represados em 2013.

##RECOMENDA##

"A tendência é de que as ofertas fiquem para o início do ano. É uma estratégia para fugir da volatilidade. A recomendação é não esperar o terceiro trimestre", disse Bernardo Rothe, gerente executivo da diretoria de mercado de capitais e investimentos do Banco do Brasil.

Votorantim Cimentos e a companhia aérea Azul são algumas das empresas que suspenderam emissões em 2013, mas poderão retomá-las neste ano. Segundo fontes do mercado que preferem não ser identificadas, as duas empresas ainda avaliam se é oportuno lançar ações na atual conjuntura e não bateram o martelo.

As apostas do mercado são de que pelo menos outras duas empresas também poderão acessar a bolsa em 2014 - a locadora de carros Unidas e a companhia de tecnologia Quality Software.

Para Jean Marcel Arakawa, especialista em mercado de capitais do escritório Mattos Filho, o cenário para este ano é de cautela. Segundo ele, 2014 será um ano atípico porque o mercado já trabalha com uma expectativa de desaceleração da atividade econômica. "A percepção do investidor é de fim de lua de mel com o Brasil", diz Arakawa.

O advogado confirma que há uma fila de IPOs engatilhados. "Há empresas aptas a abrir capital, que têm gestão, histórico e bom desempenho."

Na avaliação do mercado, a alternativa para companhias sólidas, que queiram captar no mercado acionário, é utilizar a janela do início do ano para driblar a volatilidade e conseguir preços melhores por seus papéis.

O advogado José Luis Leite Doles, do escritório Barcellos Tucunduva, engrossa o coro. Ele acredita na concentração dos IPOs na primeira metade do ano e prevê um segundo semestre inóspito para acesso ao mercado de capitais.

Para aproveitar a primeira janela do primeiro trimestre, as empresas deverão utilizar os dados do terceiro trimestre de 2013. Para aquelas que tentarem acessar o mercado em abril, os dados referentes ao acumulado do ano já poderão ser utilizados no prospecto elaborado para a emissão.

O presidente do Credit Suisse, José Olympio Pereira, destaca que há uma fila de ofertas (iniciais e subsequentes), que pode manter o volume financeiro movimentado em 2013, que chegou a R$ 23,25 bilhões.

"As operações previstas justificariam manter ou até expandir esse volume, mas não sabemos se elas realmente irão acontecer", disse Olympio. Embora considere que Copa e eleições no Brasil em 2014 possam interferir no apetite do mercado, o presidente do Credit Suisse não descarta que uma janela de oportunidade possa se abrir no terceiro trimestre.

Segundo Olympio, em 2006, ano eleitoral, no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito, o mercado se mostrou aquecido para ofertas, ao contrário, por exemplo, de 2002, quando Lula disputou a eleição com José Serra (PSDB). "Há muitas variáveis que precisam ser consideradas", diz ele.

O clima para emissões em 2014 pode ser considerado morno por causa da conjuntura de crescimento menor, avalia o presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto. "A expectativa é moderada quanto ao volume de IPOs. Mas se 2014 repetir o desempenho de 2013, estamos satisfeitos", diz. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O mercado de capitais deve assistir no ano que vem a um recorde de ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês), segundo projeções globais da consultoria Ernst & Young, com cerca de 300 transações que podem movimentar até US$ 45 bilhões. No Brasil, a expectativa é de que o número de ofertas fique muito parecido com o deste ano, que terminou com dez aberturas de capital e movimentou US$ 8,5 bilhões.

"Estamos encerrando 2013 no mercado brasileiro com um viés de crescimento, depois de um período de queda na atividade", diz André Ferreira, sócio líder de mercados estratégicos da Ernst & Young.

##RECOMENDA##

A consultoria prevê mais ofertas de empresas que busquem levantar entre US$ 200 milhões e US$ 500 milhões, principalmente de setores como infraestrutura, educação, tecnologia e varejo. Mas ressalta que a Copa do Mundo, entre junho e julho, e a eleição presidencial, em outubro, podem afetar a janela de oportunidades para os IPOs.

"Aqui, por enquanto, o desempenho deve ser muito similar ao de 2013", afirma Ferreira. "Mas globalmente a previsão é de uma retomada da atividade de IPOs com os mesmos níveis vistos entre 2005 e 2008."

Neste ano, embora não tenha ficado entre os países com o maior volume de transações, o Brasil apareceu em destaque no estudo global da Ernst Young com a maior operação realizada no mundo: o IPO da BB Seguridade, a seguradora do Banco do Brasil, que estreou na BM&FBovespa em abril, captando US$ 5,7 bilhões. Em segundo lugar, ficou a oferta da japonesa Suntory Beverage (US$ 4 bilhões) seguida da inglesa Royal Mail (US$ 3,2 bilhões). De acordo com a consultoria, o País, junto com o México, foi um dos principais responsáveis pelos bons resultados da América Latina.

O décimo e último IPO do ano no mercado brasileiro foi o da operadora de turismo CVC, que conseguiu levantar no início de dezembro R$ 612 milhões. Entre maio e setembro, logo depois da oferta da BB Seguridade e do Smiles (programada de fidelidade da Gol), o mercado colocou o pé no freio. Com a justificativa de que o cenário econômico global era de incerteza, empresas como a Azul e a Votorantim Cimentos desistiram de ir para a Bolsa. As ofertas foram retomadas em outubro com a abertura de capital de duas empresas de educação.

Os fundos de capital semente e de venture capital deverão ser uma solução mais recorrente de financiamento de empresas pré-operacionais ou em início de operação diante da maior dificuldade de acesso ao mercado de capitais. A aversão ao risco, fruto do atual cenário econômico do País, foi ampliada com a derrocada das empresas de Eike Batista. Por outro lado, esse cenário traz boas oportunidades para novos investimentos desses fundos, aponta o sócio da FIR Capital, André Emrich.

Atrair um investidor de alto risco, amadurecer o negócio conquistando os primeiros resultados para apenas em um segundo momento fazer uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) parece, na visão do advogado e especialista em Mercado de Capitais do escritório Mattos Filho, Jean Marcel Arakawa, um caminho viável para as companhias pré-operacionais. "Não vimos mais nenhuma demanda para IPOs por parte dessa empresas e, na nossa opinião, os espaços para ofertas estão muito reduzidos", disse Arakawa.

##RECOMENDA##

Esse cenário pode abrir oportunidades para os fundos de capital semente e de venture capital, que buscam empresas com potencial de crescimento e que ainda estão em uma etapa inicial. Esse pode, inclusive, ser o primeiro passo antes das companhias com esse perfil abrirem seu capital, explica Clóvis Meurer, presidente da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap).

No ano passado a indústria de private equity e venture capital investiu no Brasil R$ 15 bilhões, o que representou um crescimento de 26,3% em relação ao ano anterior. Desse total, uma fatia de 3,5% foi feito pelos fundos de venture capital, de acordo com dados da Abvcap.

Uma das empresas que investe nesse segmento é a Nova Investimentos, que tem R$ 900 milhões sob gestão e dois fundos de venture capital destinados à empresas pré-operacionais. Para o sócio da Nova Investimentos, Raphael Fraga, os fundos de venture capital desempenham o papel de financiar as empresas. "No Brasil as taxas de juros são historicamente altas então fica ainda mais difícil o acesso de pequenas e médias empresas ao crédito mais barato", disse.

Segundo o presidente da Abvcap, como esses fundos visam vender sua fatia na empresa em até cinco anos aproximadamente, a abertura de capital é um desfecho desejado. Em 2012, os desinvestimentos desses fundos via IPO correspondem a mais de 46% das rotas de saída. No entanto, se alguma empresa pré-operacional colocar sua oferta no mercado neste momento encontrará investidores mais cautelosos, disse o sócio sênior da Brasilpar, Gustavo Junqueira. Segundo ele, os investidores irão preferir evitar especialmente os IPOs de áreas de alto risco, como óleo e gás. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Grupo Ser Educacional, holding controladora das Faculdades Maurício de Nassau (Uninassau) e Joaquim Nabuco, entre outras instituições de ensino, captou até R$ 619,428 milhões com a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Os papéis foram precificadas em R$ 17,50, de acordo com o que o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, havia antecipado na semana passada, abaixo da faixa inicialmente proposta (R$ 19,50 a R$ 23,50).

Foram registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 35.395.896 ações, equivalentes aos lotes principal (30.779.040) e suplementar (4.616.856). O preço das ações foi reduzido por conta da pressão de grandes investidores, segundo o Broadcast havia noticiado. "Os investidores institucionais pressionaram e o range caiu", havia dito uma fonte do mercado.

##RECOMENDA##

Apesar disso, na avaliação de fontes de uma das maiores assets do País, o preço justo para os papéis era mais alto. "Analisamos a oferta do Grupo Ser Educacional e encontramos um preço justo de R$ 19,50", haviam revelado. "Nossa análise foi feita por múltiplos, tomando por base EV/Ebitda. Acreditamos que esta é a única organização privada no setor de ensino superior presente em todas as capitais do Nordeste", detalharam.

Mas a questão da localização é justamente o que preocupava outros potenciais investidores, que acabaram optando por ficar de fora da operação. "Há riscos em relação à concorrência, porque muitas empresas, inclusive as gigantes já listadas, estão de olho no Norte e no Nordeste, com apetite para aquisições e expansão significativa nestas regiões", explicaram.

"Além disso, o Ser Educacional registrou crescimento muito acelerado ao longo dos últimos dois anos por conta de aquisições, mas estas margens não devem conseguir se sustentar", acrescentaram. Eles disseram ainda que, apesar de a companhia ser de um setor que está em voga, a operação está saindo em um cenário completamente diferente do que havia quando as companhias já listadas foram à Bolsa. "Naquela época, não havia risco de downgrade, o governo cumpria as metas e toda a questão macro era diferente. Era outro panorama", lembraram.

O início das negociações das ações na BM&FBovespa, sob o código "SEER3", está previsto para 29 de outubro, com data de liquidação em 31 do mesmo mês. O grupo, fundado em 2003 por Janguiê Diniz, tem atuação no Norte e Nordeste. "Somos a maior organização privada no setor de ensino superior nas regiões Nordeste e Norte do Brasil em número de unidades e, com os alunos do Pronatec, também em número de alunos, de acordo com os dados da SERES/MEC de 2013", informou a empresa no prospecto preliminar da operação. Em 30 de junho, a rede era composta de 23 unidades, 76 mil alunos matriculados, número que sobe para 91 mil com os do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego).

A Anima Educação captou até R$ 468,21 milhões com a sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Os papéis foram precificadas em R$ 18,50, mais perto do piso da faixa inicialmente proposta, de R$ 16,50 a R$ 22. O início das negociações das ações na BM&FBovespa, sob o código “ANIM3”, está previsto para 28 de outubro. Inicialmente, o grupo esperava levantar entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões com a oferta.

Segundo o prospecto, o Anima pretende usar o dinheiro para fazer aquisições. O grupo avalia instituições em 42 cidades, distribuídas em 20 Estados do Brasil. Além disso, a companhia espera entrar no segmento de Ensino a Distância (EAD), cujo programa, afirma, está em fase final de aprovação e credenciamento no Ministério de Educação.

##RECOMENDA##

O grupo é dono das universidades Una e Unibh, de Belo Horizonte, além da Unimonte, de Santos. Além das universidades, o portfólio do grupo inclui também 50% de participação na HSM, instituição de educação corporativa que tem como outro proprietário o Grupo RBS. A compra foi realizada em março deste ano, por R$ 55,3 milhões.

A trajetória do Grupo Anima rumo à Bolsa começou em abril do ano passado, quando a BR Investimentos, do economista Paulo Guedes, comprou um terço das ações por R$ 100 milhões e acabou com uma disputa entre minoritários que já durava quase uma década. Depois de entrar no capital da empresa, Guedes conseguiu comprar a fatia de quatro acionistas que brigavam na Justiça com os outros sócios por discordar dos rumos que a empresa vinha tomando.

No processo de consolidação do setor de educação nos últimos anos, o Anima sempre foi um alvo interessante para os grandes investidores, mas as negociações sempre esbarraram na briga entre os acionistas. O IFC, do Banco Mundial, chegou a negociar um investimento de R$ 80 milhões na empresa em 2011, mas desistiu depois de se deparar com o imbróglio.

Fontes que conhecem o projeto do grupo Anima afirmam que a ideia dos novos sócios é criar uma instituição diferente das que já estão listadas na Bolsa. Em vez de focar no ensino superior para a classe C, com um programa abrangente de cursos de graduação e pós graduação, o objetivo do grupo mineiro é se tornar uma rede “temática”.

O prospecto do Anima foi divulgado no início de setembro, depois que a Ser Educacional, com foco no Nordeste e Norte do País, publicou os termos de um IPO que pode movimentar quase R$ 1 bilhão. Na semana passada, a Comissão de Valores Mobiliários suspendeu a oferta, mas revogou a decisão na última segunda-feira, 21. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando