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Um a cada cinco brasileiros afirma ter visto alguma mulher sendo abusada sexualmente em 2022, aponta o levantamento International Women's Day, realizado pelo instituto de pesquisa de mercado Ipsos em conjunto com a Universidade King College, de Londres. O estudo, direcionado ao Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quarta-feira, 8 de março, entrevistou 22.508 pessoas entre 16 e 74 anos de 32 países diferentes sobre assuntos que envolvem igualdade de gênero, violência contra a mulher e percepções sobre a discriminação contra o público feminino.

Mil brasileiros participaram da pesquisa, que foi feita de forma online entre os dias 22 de dezembro de 2022 e 6 de janeiro deste ano. O grupo de 21% de entrevistados do Brasil que afirmou ter visto, de forma próxima, uma mulher sendo vítima de abuso sexual no ano passado colocou o País na 8ª colocação do ranking na categoria, cuja média de respostas positivas foi de 14%.

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O país que mais reuniu testemunhas deste tipo de violência foi a Tailândia, com 30%, seguido de Peru (29%), Índia (28%), Indonésia (25%), África do Sul (23%), Colômbia (22%) e Malásia (21%). As três últimas nações do ranking foram a Hungria e a Polônia (as duas com 6%), e o Japão, onde só 4% disseram ter visto alguma mulher sendo vítima de violência sexual.

O Brasil também ficou na oitava posição quando a pergunta do levantamento foi se, no ano passado, o entrevistado ou a entrevistada teria ouvido um amigo ou membro da família fazer um comentário sexista sobre uma mulher? Dos brasileiros abordados, 36% responderam positivamente. A média foi de 27%.

Quem encabeça o ranking nesta categoria da pesquisa é o Chile, com 45% dos participantes respondendo sim à pergunta. Dos outros quatro que estão no top 5, três são países sul-americanos: Argentina (44%), Peru (40%) e Colômbia (39%) - Portugal também aparece como um dos líderes do ranking com 41%.

Também para esse questionamento os japoneses foram os que menos presenciaram um amigo ou membro da família fazendo um comentário sexista sobre uma mulher: 4%.

A International Women's Day também revelou que, apesar das pessoas presenciarem essas cenas, não são todos que intercedem ou repreendem os agressores. No Brasil, apenas 14% afirmam confrontar o abusador, sendo que a iniciativa do embate, na maior parte das vezes, é feito pelas mulheres (15%), do que os homens (12%).

Apenas 27% responderam na pesquisa que alertaram, no último ano, algum amigo ou parente sobre algum comentário machista feito sobre uma mulher.

Em contrapartida, somente 5% dos brasileiros entrevistados afirmaram que o assunto sobre violência contra a mulher não foi importante para elas no ano passado, e apenas 9% consideram que tomar alguma medida contra isso não teria feito nenhuma diferença para diminuir esse espaço de desigualdades.

No entanto, 11% admitiram ter medo de tomar alguma medida em defesa da igualdade de gênero com receio de ser abusado fisicamente ou ameaçado. Esse pode ser um dos motivos, segundo a pesquisa, pelo qual as pessoas deixaram de tomar alguma ação quando presenciaram cenas de mulheres sendo vítimas de alguma violência sexual.

Até porque, no País, apenas 11% afirmam que não tomaram nenhuma atitude frente a um caso de violência sexual contra mulheres porque nunca estiveram em uma situação em que tenham visto um exemplo de desigualdade de gênero. Ou seja, os brasileiros que nunca viram uma cena do tipo são minoria. É um dos menores índices de respostas afirmativas da pesquisa, que posicionam o Brasil à frente apenas de Turquia, Coreia do Sul, Arábia Saudita e Japão no ranking do estudo.

Outros dados sobre brasileiros levantados na pesquisa:

- 70% acreditam que as mulheres vão conseguir atingir a igualdade de gênero quando os homens apoiarem os direitos delas;

- 74% afirmam que há medidas que a própria pessoa pode adotar para promover a igualdade entre homens e mulheres;

- 46% dos brasileiros se definem como feministas;

- 66% discordam da afirmação de que um homem é "menos homem" quando precisa ficar em casa para cuidar de uma criança;

- 78% enxergam que, atualmente, existe uma desigualdade entre mulheres e homens em termos de direitos sociais, políticos e/ou econômicos no país;

- 47% dizem ter medo de defender os direitos das mulheres por receio das consequências;

- 23% admitem ter presenciado descriminação de gênero no trabalho em 2022 e 21% afirmam que falaram sobre o assunto no ambiente profissional no ano passado;

- 34% afirmam ter conversado com amigos ou familiares sobre igualdade de gênero em 2022;

- 27% dizem ter alertado, no último ano, algum amigo ou parente sobre algum comentário machista feito sobre uma mulher;

- 10% (9% homens e 11% mulheres) admitem ter participado de algum protesto em defesa dos direitos das mulheres no ano passado;

- 13% dizem não saber como conversar sobre igualdade de gênero;

- 8% admitem que se preocupam com o que as outras pessoas vão achar sobre o posicionamento adotado; e 10% temem que isso pode prejudicá-los no trabalho;

- 7% dizem não querer promover a igualdade de gênero e 5% acreditam que as desigualdades entre homens e mulheres não existem.

Números do Congresso confirmam o que um olhar já revela: embora sejam maioria entre a população, as mulheres têm cerca de 15% de representação política nas duas Casas legislativas, ocupando 12 das 81 cadeiras do Senado e 77 das 513 na Câmara. Para sete em cada dez brasileiros, no entanto, isso não deveria ser assim. O Brasil é o país que mais defende a participação feminina na política, segundo levantamento global feito pelo Instituto Ipsos.

Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram a mesma pergunta em 28 países: O mundo seria um lugar melhor, mais pacífico e bem-sucedido se mais mulheres estivessem no poder? A média global dos que responderam que sim é de 54%. Depois do Brasil, primeiro lugar no ranking com taxa de 70%, Peru e Colômbia empatam na segunda colocação. Ambos os países, porém, têm maior participação feminina na política que o Brasil. No Peru as mulheres são 40% do Parlamento, e na Colômbia, 19,7%.

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Homens e mulheres responderam de forma parecida ao levantamento. Em todos os países, as entrevistadas apresentaram maiores taxas de concordância à questão que os homens. A diferença foi de 12 pontos porcentuais na média global, e 10 no Brasil.

Na pesquisa, online, foram ouvidos 19 mil entrevistados entre 16 e 74 anos, em todos os continentes. Os dados foram colhidos entre 23 de julho e 6 de agosto deste ano. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos porcentuais, para mais e para menos.

Embora o ímpeto seja culpar o eleitor, a disparidade começa antes do dia da eleição. Dados da plataforma 72 horas, que analisa a distribuição de recursos financeiros para campanhas, mostram que candidaturas de mulheres receberam 30% dos valores repassados pelos partidos em 2020. O valor foi apenas o suficiente para cumprir a lei que naquela eleição definia o repasse mínimo de 30% do fundo especial de financiamento de campanha para mulheres.

Segundo a especialista em financiamento de campanhas Fefa Costa, co-idealizadora da plataforma 72 horas, no ano passado observou-se um número muito baixo de representatividade feminina em todos os partidos. Muitas legendas nem chegaram a respeitar a cota, como é o caso do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), que destinou 17% dos recursos a candidaturas femininas. "O ideal seria que houvesse paridade. Precisamos falar de 50 a 50", afirmou. "30% já é muito pouco perto da nossa real condição, e, mesmo assim, boa parte dos partidos não cumpre."

Bônus

Proposta aprovada pelo Congresso em setembro deve contribuir para transformar esse cenário. A norma, promulgada no último dia 28, prevê um "bônus" financeiro para os partidos que mais conseguirem votos em candidatos negros e mulheres, o que já provocou uma "corrida" dos partidos para aumentar o número de candidaturas desses grupos.

"Claro que todo avanço para a igualdade de gênero e racial é visto com bons olhos, mas é preciso entender o que acontece na prática", avaliou Fefa. O mérito da proposta, segundo ela, é incentivar os partidos a impulsionarem candidaturas destes segmentos, conferindo mais visibilidade a lideranças que querem fazer parte do processo político, mas que carecem de apoio das legendas para ganhar relevância. "O ponto mais importante é se haverá transparência para que a sociedade e os próprios candidatos tenham meios para fiscalizar os recursos, saber se (a regra) é aplicada da maneira correta".

A pesquisa do Instituto Ipsos chancela o interesse da população nesse tema, disse Helio Gastaldi, porta-voz da empresa no País. Ele afirmou que o "ambiente beligerante" da política brasileira não passa despercebido pela população, que valoriza a lógica parlamentar de busca pelo consenso. "O levantamento permite inferir que a maioria das pessoas não concorda com a hostilidade reservada às mulheres nos espaços de poder", diz.

"Vemos mulheres sendo tratadas de maneira agressiva. Pessoas que, em vez de debater a pauta que se apresenta, tentam desqualificar o interlocutor, no caso a mulher, e enfraquecer seus argumentos", acrescentou Gastaldi. Exemplo disso aconteceu durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no mês passado, quando a senadora Simone Tebet (MDB-MS) foi chamada de "totalmente descontrolada" pelo depoente Wagner Rosário, ministro da Controladoria-Geral da União (CGU).

Quando acontecem longe das câmeras, casos como o da senadora Simone podem ser denunciados aos canais do Ministério Público Eleitoral de cada Estado. No âmbito da Câmara, as queixas também podem ser apresentadas à Procuradoria da Mulher da Câmara dos Deputados. O órgão não recebe apenas denúncias de violência política, mas de não cumprimento das leis perante casos de violência doméstica e familiar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Gloria Groove é a artista mais influente do Brasil, no que diz respeito à diversidade, segundo pesquisa realizada pela Ipsos. A cantora encabeça uma lista que ainda traz nomes como Iza, Pabllo Vittar e Gil do Vigor. O estudo anual faz esse de levantamento para entender quais personalidades se conectam mais e melhor com o público e as marcas no país. 

A pesquisa foi realizada entre os dias 1º e sete de julho e entrevistou duas mil  pessoas com mais de 16 anos em todo o Brasi. Foram avaliadas 200 celebridades e influenciadores digitais em 9 categorias de influência, entre elas modernidade, autenticidade e atitude diante a pandemia. Na categoria diversidade, Groove despontou em primeiro lugar sendo seguida por Iza, Pablo Vittar, Camilla de Lucas e Gil do Vigor.

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O resultado da pesquisa chega em meio à divulgação do single Bonekinha, primeiro do próximo álbum da cantora, Lady Leste. Além disso, ela também está escalada para o Show dos Famosos, agora no Domingão com Huck, que estreia no próximo domingo (5). No quadro, Groove vai homenagear grandes talentos da música. 


 

 

 

O Brasil foi considerado o país com a pior gestão da pandemia do novo coronavírus na América Latina, de acordo com levantamento feito pela Ipsos do Peru, empresa internacional de consultoria.

Os dados da pesquisa, apresentados na última sexta-feira (23), mostram que o país teve 95% de desaprovação em relação ao trato dos chefes executivos com a crise sanitária.

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Os indicadores negativos também foram observados sobre a Venezuela, 75% de desaprovação, e o Peru, com 65% de avaliação ruim. Os destaques positivos vão para o Chile e Uruguai, com 76% e 73% de aprovação, respectivamente.

O relatório também cita os índices de aprovação dos presidentes. Luis Alberto Lacalle Pou, do Uruguai, está em primeiro lugar no ranking com 68% de aprovação, e Sebastián Piñera, do Chile, tem 50%, em segundo lugar.

As últimas posições são ocupadas por Nicolás Maduro, da Venezuela, com 90% - a maior taxa de rejeição no documento- seguido pelo presidente Jair Bolsonaro, com 85% de desaprovação.

A pesquisa foi feita com 380 líderes de opinião do Brasil, Equador, Peru, Bolívia, Chile, Argentina, México, Colômbia, além de seis países da América Central e Caribe.

Aproximadamente três em cada quatro adultos aceitariam tomar uma vacina contra a Covid-19 caso ela já estivesse disponível, diz pesquisa do instituto Ipsos divulgada nesta terça-feira (1º). Entre os países, o Brasil é o segundo com maior fatia de cidadãos dispostos a receber o imunizante, com 86% de respostas afirmativas, perdendo apenas para a China (97%).

A pedido do Fórum Econômico Mundial, o Instituto Ipsos ouviu quase 20 mil adultos em 27 países. Em termos mundiais, entre aqueles que não aceitariam receber o imunizante neste momento, 56% alegam preocupação com os efeitos colaterais, enquanto 29% questionam a eficácia. Os outros 15% correspondem a diferentes razões, como oposição a vacinas em geral e falta de tempo para comparecer a um centro de saúde.

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No caso do Brasil, 63% dos resistentes à profilaxia alegam preocupação com os efeitos colaterais e 21% têm dúvidas em torno da eficácia.

Disponibilidade em 2020

Nos 27 países em que a pesquisa foi feita, 59% duvidam que uma vacina contra a covid-19 seja ofertada ainda neste ano. Entre os brasileiros, 51%, por outro lado, esperam um imunizante antes mesmo do fim de 2020.

Em cada cinco brasileiros, um chegou a acreditar que a hidroxicloroquina seria a "cura" para a covid-19, segundo revela pesquisa de opinião sobre os mitos da pandemia, feita pelo instituto Ipsos em 16 países.

Embora nenhum estudo com rigor científico apontasse a eficácia do medicamento, ele foi promovido como solução para a crise pelo presidente Jair Bolsonaro - e a tese foi abraçada e amplificada por sua base de apoio nas redes sociais. O resultado é que, na pesquisa, 18% dos entrevistados no Brasil qualificaram como verdadeira a frase "Existe uma cura para Covid-19 e ela se chama hidroxicloroquina", enquanto 57% a consideraram falsa. Um quarto da amostra não soube responder.

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No ranking da desinformação sobre o tema, os brasileiros só ficaram atrás dos indianos nos 16 países onde o Ipsos fez as mesmas perguntas. Na média desses países, apenas 11% dos entrevistados compraram a ideia de que o medicamento traria a cura.

Na Índia, essa taxa chegou a 37% - o dobro do Brasil. Também lá o governo promoveu a tese de que a hidroxicloroquina ou a cloroquina seriam a solução. Nos Estados Unidos, onde ocorreu o mesmo, 12% acreditaram na eficácia da droga. Já no Reino Unido foram apenas 2%.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou a testar a cloroquina em pacientes de covid-19, mas suspendeu as pesquisas no final de maio e em definitivo na metade de junho, após não constatar redução de mortalidade. O medicamento, que nunca foi encarado por médicos e cientistas como cura para covid-19, mas apenas como possível tratamento auxiliar, pode provocar efeitos colaterais graves.

No Brasil, a cloroquina esteve no centro de ondas de desinformação sobre covid-19 nas redes sociais - diversos rumores e teorias conspiratórias foram desmentidos pelo Estadão Verifica, desde o início da pandemia. Uma das checagens, realizada em parceria com outros veículos do Projeto Comprova, envolvia a falsa acusação de que um grupo de pesquisadores brasileiros teria aplicado uma dosagem letal de cloroquina em pacientes com covid-19 para causar descrédito sobre o medicamento no tratamento contra a doença.

Entre outros mitos avaliados pela pesquisa Ipsos está o de que a exposição ao sol ou a altas temperaturas previne covid-19. Nesse caso, 22% dos brasileiros entrevistados apontaram a alegação como correta. O boato de que comer alho é uma defesa contra o coronavírus foi encarado como verdadeiro por 7% no Brasil.

O Ipsos fez a pesquisa no final de maio, e a partir desta segunda-feira (29) a distribui entre seus clientes. Foram entrevistadas mil pessoas em cada um dos 16 países participantes. A margem de erro é de 3,5 pontos porcentuais.

Seis de cada dez desempregados do País (65%) estão sem trabalho há mais de um ano, aponta a pesquisa Hábitos do Trabalho, contratada pela Alelo e realizada pelo Instituto Ipsos. Segundo o estudo, os mais afetados pela demora são os mais velhos: no grupo de pessoas com idade entre 55 e 65 anos, 49% procuram uma nova ocupação há mais de 5 anos e 31%, entre 2 e 5 anos.

Do grupo dos mais velhos, 28% citaram a faixa etária como principal empecilho para voltar ao mercado de trabalho. Entre os mais jovens, a principal dificuldade mencionada (36%) é a falta de vagas.

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"A busca por uma nova recolocação é recorrente para 76% do total dos desempregados ouvidos na pesquisa, mas essa procura diminui conforme a idade aumenta. O levantamento mostrou que, das pessoas com idades entre 55 e 65 anos, 56% deles não estão à procura de uma nova ocupação", disse a diretora de Gente e Inovação da Alelo, Soraya Bahde, no comunicado de divulgação do estudo.

De acordo com a pesquisa, quase metade dos entrevistados afirmou que realiza trabalhos paralelos sem vínculos empregatícios para se manter. As principais áreas citadas foram serviços de limpeza de casas, revendedor de produtos por catálogo, venda de artesanatos, doces e salgados e serviços domésticos em geral. Entre os desempregados, 42% acreditam que empreender pode ser o caminho para retornar ao mercado.

Segundo o levantamento, 39% dos pesquisados afirmaram terem sido demitidos por corte de pessoal e 20% disseram ter pedido demissão por motivos pessoais. No recorte de gênero, a demissão por corte de vagas foi mais citada por homens (50%) e a saída por motivos pessoais, pelas mulheres (25%).

Metodologia

A pesquisa Hábitos do Trabalho, encomendada pela empresa Alelo, entrevistou 2.333 pessoas por meio de um levantamento on-line. Destas, são 1.518 empregadas, 468 desempregadas e 347 autônomas. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para cima e para baixo.

O recorte demográfico considerou 54% de homens e 46% de mulheres, com idade entre 18 e 65 anos. O estudo foi realizado nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, Florianópolis, Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Salvador e Fortaleza.

99, em parceria com a Ipsos, realizou pela primeira vez no Brasil uma pesquisa sobre comportamento e percepção do brasileiro em relação à mobilidade urbana. Com o título “Como o brasileiro entende o transporte urbano”, o estudo apontou que 76% não se planeja financeiramente quanto aos custos com transporte mensal no Brasil. Foram realizadas 1.500 entrevistas domiciliares com população 18 anos ou mais entre 29 de abril e 8 de maio com margem de erro de 2,5 p.p., em todas as regiões do País.

A pesquisa mostra que 62% sequer tem a noção de quanto desembolsa mensalmente em suas despesas gerais. A variação entre percepção e realidade sobre gastos com transporte é tanta que a diferença chega a quase seis vezes entre donos de carros. O gasto médio das despesas com transporte declaradas pelos entrevistados foi de R$ 211 - média entre todas as classes sociais. Obviamente, os gastos indicados na pesquisa variam por classe: R$ 446 (Classe A), R$ 302 (Classe B), R$ 181 (Classe C) e R$ 158 (Classe D/E). Entre donos de carro, o gasto real pode chegar até R$ 2090,58, quando declarados os valores abertamente (combustível, IPVA, manutenção e etc.).

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De acordo com o levantamento, os brasileiros gastam em média 1h20 para se deslocar (ida e volta) para a atividade principal do dia. Esse o gasto é de 2h07 para cumprir todos os deslocamentos diários. As classes C e D/E são as que mais tempo levam para se locomover: 129 minutos para a classe C e 130 para as classes D/E. As classes A e B levam 94 e 124 minutos respectivamente. As regiões campeãs em tempo de locomoção são a Sudeste (144 minutos) e a Nordeste (132 minutos). Em média são 2,4 deslocamentos diários com percurso maior que 500 metros.

Um ponto levantado pelo estudo é que os entrevistados usam em média três modalidades de transporte por semana. Entre as principais, 70% andam a pé, 46% utilizam ônibus e 43% o carro particular. Por outro lado, modais emergentes como carros por aplicativos já estão inseridos na rotina do brasileiro: 18% afirma ter utilizado aplicativos na semana anterior à entrevista.

Para 4 a cada 10 brasileiros é difícil ou muito difícil a forma de se locomover no Brasil. “É importante que o brasileiro tenha informação para se planejar e buscar a melhor combinação de modais, entre os tradicionais e emergentes, públicos e privados. Só assim é possível suprir cada tipo de necessidade, gerando não só economia de dinheiro, mas de tempo, de energia e melhor qualidade de vida - além de se ter uma experiência melhor na cidade em que se vive”, diz Pâmela Vaiano, Diretora de Relações Públicas da 99.

Uma transição em curso.  O estudo revela que dentre os proprietários de carros 30% abriria mão do carro em prol de outros meios de transporte. Os dados obtidos estão de acordo com um comportamento que já vem sendo observado na sociedade, em que o carro próprio deixa de ser um item dos sonhos, principalmente entre os mais jovens. Dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) apontam uma queda de 30% na emissão de carteiras de habilitação (CNH) nos últimos três anos.

Uma das explicações para essa queda na emissão de CNHs é o crescente uso de carros por aplicativo – na pesquisa, 79% dos entrevistados que avaliaram o serviço classificaram como bom ou excelente. “Além da qualidade do serviço, o uso de carros por aplicativo também possibilita maior controle financeiro, já que os gastos com esse modal podem ser acompanhados de perto e o usuário ganha conforto, comodidade e tempo, além da economia com impostos e gastos relacionados a um veículo próprio”, explica a executiva

Essa é a primeira vez que uma pesquisa sobre o comportamento diante do transporte e a mobilidade urbana é realizada com abrangência nacional. “Vivemos um momento de transformação e ampla discussão sobre mobilidade. Mas é preciso colocar as pessoas no centro do debate, para que planos saiam do papel e a diversidade de modais melhore a eficiência e a convivência nas cidades. Assim, entender como o brasileiro percebe seu deslocamento - em relação a hábitos, custos e escolhas - é fundamental para elaboração de soluções que atendam aos anseios dapopulação”, afirma Pâmela Vaiano, diretora de Relações Públicas da 99.

Sai o carro, entra a qualidade de vida. Dos entrevistados que não possuem carro, 11% tinham e deixaram de ter nos últimos 5 anos. Entre as principais razões, os gastos com o veículo é o mais citado.  Já para 5%, a razão é a mudança no estilo de vida. Uma melhor integração entre os transportes é o desejo de muitos brasileiros, para uma melhor qualidade de vida, conforto e economia de tempo e dinheiro.

Na garupa do Nordeste. Os nordestinos são os que menos andam a pé em comparação a outras regiões como Centro-Oeste e Norte, além disso gastam em média 95 minutos para se deslocar até a atividade principal (ida e volta). 

A diversificação do Pantanal. Em média os moradores do Centro-Oeste utilizam três tipos de transportes na semana. Além disso, 23% utilizam carros por aplicativo.

Rumo ao Chuí de carro.  O Sul é o que mais concentra o número de usuários de carro entre as regiões, (66% dos entrevistados na região Sul utilizaram o carro na última semana). 34% utilizam o ônibus como meio de transporte Além disso, 20% utilizou bicicleta ou patinete na última semana.

Quem mais anda a pé em todo o Brasil? Assim como Centro-Oeste, o Norte é a região que mais anda a pé. Dos entrevistados, 85% deslocam-se a pé e justamente são os que menos utilizam o carro em todo o País (23%). Em compensação, ganham de todas as regiões no uso de motos (32%).

Pelos túneis do Sudeste. Quem mora na Região Sudeste é o que mais utiliza o metrô em todo o País, dada a concentração de linhas no Rio de Janeiro e em São Paulo. São também os que menos utilizaram motos na última semana (11%). 21% utilizou carro por aplicativo na última semana.

 

*Da assessoria de comunicação do 99 POP

 

A divergência de opinião política ainda causa muita tensão entre as pessoas, é o que aponta a pesquisa global “A World Apart”, da empresa de pesquisa de mercado independente, presente em 89 países, Ipsos. Segundo o estudo, três em cada dez brasileiros (32%) acreditam que não vale a pena tentar conversar com pessoas que tenham visões políticas diferentes das suas. O índice do Brasil está acima da média do mundo, de 24%. Além disso, 40% dos brasileiros se sentem mais confortáveis com pessoas que possuem posições políticas similares às suas. Globalmente, o índice é de 42%.

O levantamento mostra que uma parte dos brasileiros acredita que as pessoas não pretendem rever o que pensam: 39% dizem que é improvável que quem possui uma visão política diferente mude de opinião, mesmo que uma evidência seja apresentada. No mundo, metade das pessoas (49%) acreditam que a opinião não deve mudar.

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“A pesquisa mostra que estamos cada vez menos tolerantes às divergências de pensamento e opiniões, reforçando os resultados da edição anterior. Apesar de os brasileiros conviverem com grupos muito diversos em termos de renda, idade e escolaridade, ainda existe falta de confiança no diálogo e empatia até mesmo entre os amigos quando o assunto é opinião política”, afirma Marcos Calliari, CEO da Ipsos no Brasil.

Quando perguntados se, por causa das diferenças de opiniões políticas, a sociedade está mais em perigo do que estava há 20 anos, 44% dos brasileiros concordaram com a afirmação contra 14% que acreditam que o perigo esteja menor atualmente.

Em todo o mundo, duas em cada cinco pessoas (41%) acham que a sociedade de seu país passa por mais perigo atualmente quando comparado há 20 anos por causa da divisão entre pessoas com visões políticas divergentes.

E as redes sociais que deveriam promover a interação e a troca de ideias estão potencializando os discursos intolerantes. Para mais da metade dos brasileiros (54%), essas mídias estão tornando esses debates mais divididos do que eram antes.

“O estudo levanta algumas questões importantes: Estamos perdendo a nossa capacidade de dialogar? Ou cada pessoa passou a escolher a sua própria ‘verdade’ e não quer abrir mão dela? Os embates por visões políticas diferentes cresceram, até mesmo entre amigos, e algumas pessoas acreditam que quem têm opinião discordante está sendo enganado. Nem mesmo as redes sociais, que poderiam ser palco de debates construtivos, conseguiram auxiliar na retomada das discussões respeitosas e enriquecedoras”, ressalta Calliari.

A pesquisa online foi realizada com 19,7 mil entrevistados em 27 países, incluindo o Brasil.

Um levantamento do Barômetro Político Estadão-Ipsos, divulgado nesta quarta-feira (20), aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cresceu no índice de aprovação entre os pré-candidatos ao comando do país em 2018, chegando a 45%. Entretanto, ele ainda é reprovado por 54% dos entrevistados. 

A pesquisa foi divulgada pelo Estadão e, de acordo com a publicação, não mede as chances eleitorais dos presidenciáveis. Em junho, o ex-presidente era aprovado “um pouco” ou “totalmente” por 28% dos brasileiros, segundo o instituto, crescendo nos meses seguintes até o ápice dos 45%. Já a desaprovação caiu 14 pontos desde junho.

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Ao Estadão, o diretor do Ipsos Danilo Cersosimo disse que a mudança de percepção sobre o ex-presidente está vinculada à crise da rede de proteção social no país. “Lula é bastante associado a causas sociais, e essa associação é relevante em um momento de degradação do emprego, da economia e dos programas de assistencialismo e fomento de políticas públicas de combate à desigualdade, que vem aumentando no Brasil”, declarou.

O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC), que aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenções de votos, é aprovado por 21% dos que responderam a pesquisa e 62% o desaprovam. Já o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), 19% e 72%, respectivamente. 

A ex-senadora Marina Silva (Rede) também é mencionada na amostra e aparece com aprovação de 28% e reprovação de 62%. Já o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, é benquisto por 37% dos entrevistados.

Em um ano e sete meses caiu em 13 pontos porcentuais a parcela da população que acredita ser possível separar política de corrupção. De acordo com pesquisa realizada em novembro pelo Instituto Ipsos, esse índice hoje é de 70% - em abril de 2016, era de 83%. Com 1,2 mil entrevistas realizadas, em 72 municípios brasileiros, o levantamento ainda aponta que 51% dos brasileiros consideram que o tema "como acabar com a corrupção" é pouco discutido no País, apesar do avanço da Lava Jato.

A pesquisa também mostra que 55% das pessoas atribuem a culpa pela realidade brasileira aos eleitores que votaram em políticos envolvidos em escândalos de corrupção - essa opinião é maior entre pessoas com curso superior (59%), com 60 anos ou mais (57%) e nas classes mais pobres C e D (58%). Outros 23% ainda admitem que o que "o que vale são políticos e partidos que roubam, mas fazem", contra 73% contrários a esse tese.

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"Mesmo que haja, de certa forma, a percepção de saturação da discussão acerca de 'corrupção' em si entre o público geral, existe a demanda para que outras camadas relevantes do tema sejam exploradas", afirma Rupak Patitunda, gerente da Ipsos Public Affairs. A margem de erro é de 3 pontos porcentuais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A esperança na Lava Jato continua, mas a percepção de que a classe política vai conseguir pôr um ponto final nas investigações cresce a cada dia. É o que mostra a mais recente pesquisa Pulso Brasil, do instituto Ipsos, sobre o futuro da maior operação anticorrupção já deflagrada no País. "A pesquisa mostra que o anseio por justiça continua sendo melhor representado pela Lava Jato, mas, ao mesmo tempo, indica que a população não está indiferente ao poder de reação do mundo político aos seus desdobramentos", disse o diretor da Ipsos Public Affairs, Danilo Cersosimo.

Entre os entrevistados, 94% disseram que "a Lava Jato deveria continuar com as investigações até o fim, custe o que custar". Ao mesmo tempo, de julho para setembro, cresceu de 19% para 33% o índice dos que acreditam que "a classe política vai acabar com a Lava Jato".

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Além disso, a pesquisa apontou em setembro que, para 76% dos entrevistados, a operação "vai fortalecer a democracia no Brasil". Embora a crença no poder transformador da Lava Jato ainda seja significativa, ela já foi maior. Em maio, 86% se diziam confiantes na contribuição da operação para o amadurecimento da democracia no País.

Ainda segundo o levantamento, 71% concordam que a Lava Jato pode transformar o Brasil em um País sério. Mais da metade dos entrevistados (56%) acreditam que a operação está investigando todos os partidos - mas 40% já sentem o cheiro de "pizza" saindo do forno.

Para o cientista político Vitor Oliveira, da consultoria política Pulso Público, o desejo quase que unânime de que a operação "continue até o fim, custe o que custar", remonta aos primeiros dias do movimento pró-impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff. "Esse desejo ainda é resquício daquilo que parecia ser um dos poucos consensos na sociedade: a importância da Lava Jato. A operação sempre esteve acima das instituições que ela investigou e investiga. Por isso, ainda guarda esse prestígio entre a população."

Apesar do "prestígio", Oliveira se concentrou no dado que aponta a percepção popular de um contra-ataque político em relação aos desdobramentos das investigações. "A ideia de que a Lava Jato não vai atingir os políticos começa a crescer quando a operação esbarra no foro privilegiado, quando esbarra em nosso próprio sistema e na lentidão dos julgamentos."

"É evidente que a tramitação no Supremo Tribunal Federal é diferente do que acontece em Curitiba, com o juiz Sérgio Moro (que conduz a Lava Jato na primeira instância). Às vezes, isso causa confusão na população, que acaba entendendo que a própria Lava Jato estaria fraquejando na hora de condenar os políticos", afirmou Oliveira.

Lula

Já para o cientista político e professor do Mackenzie Rodrigo Augusto Prando, a percepção de que o mundo político pode frear a Lava Jato pode ser ilustrada com o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Veja o caso do ex-presidente. Embora condenado em primeira instância, ele continua livre e fazendo campanha pelo Brasil contra a própria Lava Jato. Isso é muito forte. A Lava Jato colocou empreiteiros na cadeia, mas não conseguiu que Lula se tornasse um indivíduo como outro qualquer e fosse preso."

Prando ainda citou outros fatores para que o receio de que a Lava Jato termine esmagada pela política cresça. "Além do Lula, o excesso de ativismo do Judiciário também trouxe desgastes à operação. Também podemos colocar nesse pacote as ações do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot. A forma como a delação dos irmãos Batista da JBS foi tratada serviu para o desprestígio da investigação", afirmou.

O cientista político Marco Antônio Teixeira, da Fundação Getulio Vargas (FGV), disse que os resultados da pesquisa mostram que a Lava Jato se prolongou demais. "Apesar da duração da operação, a população ainda não viu uma melhora do quadro político - e até alguns apoiadores ferrenhos da Lava Jato já foram pegos em casos de corrupção", afirmou. "Então, começa a arrefecer a sensação de que a Lava Jato pode acabar com os abusos da classe política. Ao contrário, aumenta a sensação de que a classe política é quem vai triunfar."

A pesquisa ouviu 1.200 pessoas entre 1º e 12 de setembro. "É provável que as próximas pesquisas ainda mostrem um crescimento desse receio de que a classe política acabe com a Lava Jato. Fatores como a recusa em aceitar a segunda denúncia contra o presidente Michel Temer e a vitória do senador Aécio Neves no Senado podem aumentar a desconfiança da população", disse Cersosimo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A um ano das eleições, os políticos continuam no patamar mais alto de desconfiança entre os brasileiros, segundo levantamento mais recente do Ipsos. De acordo com o estudo, 93% não confiam nos políticos em geral e 90% não confiam no presidente da República. Ao mesmo tempo, as instituições mais confiáveis para os entrevistados são as Forças Armadas (66%) e a Polícia Federal (64%).

Os dados foram divulgados ontem no lançamento de uma publicação do Ipsos intitulada Brasil 2018: Caiu a Máscara. Para o levantamento, foram entrevistados 1,2 mil pessoas, em 72 municípios, entre os dias 1º e 14 de julho deste ano. A margem de erro da pesquisa é de 3 pontos porcentuais.

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O estudo apontou que 86% dos entrevistados disseram concordar, parcialmente ou totalmente, com a frase: "Os partidos e políticos tradicionais não se preocupam com pessoas como eu". "Há uma desconfiança generalizada nas instituições em um contexto de crise econômica e vácuo de lideranças", explicou Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs.

Ele avaliou que a maioria dos entrevistados considera que os militares e os policiais federais são os personagens que vão resolver os problemas sem grandes rituais. "Em um momento de crise moral no País, são as forças armadas e a polícia que têm esse capital de imagem do ponto de vista de serem instituições intocáveis, mais puras", afirmou.

Líderes da confiança dos brasileiros, as Forças Armadas e a PF, também, representam, para os entrevistados, o "moralismo e conservadorismo", observou o diretor da Ipsos Public Affairs. "As pessoas as apoiam por isso, porque acham que elas podem corrigir o sistema falido", afirmou Cersosimo.

Entre as nove instituições avaliadas, apenas as Forças Armadas e a PF obtiveram índices de confiança maior do que o de desconfiança. Em relação às demais - Polícia Militar, Ministério Público, Supremo Tribunal Federal, Justiça, Congresso, presidente da República e políticos em geral - mais de 50% dos entrevistados disseram não confiar. "A confiança foi sendo perdida por etapas. Primeiro, naqueles que representam, depois na Justiça. O entendimento é de que a Justiça não é para todos, é lenta e não é para o pobre", disse Cersosimo.

Intervenção

O diretor ressaltou, contudo, que o alto índice de confiança nas Forças Armadas não necessariamente significa apoio a uma intervenção militar. "Não foi essa a pergunta feita (sobre intervenção). Mas, apesar de não ter números neste momento, acredito que é uma pequena parcela desse total", disse.

À reportagem, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, avaliou que os pedidos de intervenção militar surgem a partir da perda de credibilidade da política representativa. "A política tradicional, representativa e democrática, está em declínio, então aumentam as outras expectativas", disse o ministro.

"Intervenção militar para quê? Para resolver o problema da Previdência? Dos juros? O desemprego? E a corrupção? Ela está sendo enfrentada. Você tem empresários na cadeia, ex-ministros, deputado, todos estão tendo de acertar contas com a Justiça", afirmou Jungmann.

Revolta

Os brasileiros que vão às urnas no próximo ano escolher presidente da República, governadores de Estado, senadores e deputados federais e estaduais estão de mau humor. Segundo a pesquisa, o eleitor vê com revolta (34%) e preocupação (56%) o futuro do País.

A mesma pergunta foi feita em agosto do ano passado, no mês em que o Senado confirmou o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff. À época, os sentimentos que prevaleciam eram os mesmos, mas, enquanto a preocupação continuou estável (à época era de 55%), a revolta aumentou 14 pontos porcentuais.

Além disso, o otimismo em relação ao futuro caiu de 14% para 6% após o presidente Michel Temer assumir o Palácio do Planalto. Apesar de não ter sido avaliado nesta pesquisa, em um estudo divulgado pelo Ipsos em setembro, o peemedebista tinha 94% de rejeição.

"Se isso (o sentimento de revolta e preocupação) não arrefecer nos próximos meses, é a tempestade perfeita para um discurso mais reacionário e extremista", afirmou o diretor da Ipsos Public Affairs.

Líder forte

Outra conclusão do estudo é de que os brasileiros têm uma "carência" por um líder forte. Entre os entrevistados na pesquisa, 90% disseram concordar, total ou parcialmente, com a seguinte afirmação: "Para consertar o Brasil, precisamos de um líder forte disposto a infringir as regras". Colaborou Vitor Marques

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve seu índice de desaprovação reduzido e sua taxa de aprovação ampliada em setembro na comparação com o mês anterior, segundo o mais recente Barômetro Político, pesquisa mensal de credibilidade realizada pelo instituto Ipsos. O porcentual da população que não concorda com a atuação de Lula caiu de 66% para 59%, enquanto a parcela da sociedade que o aprova subiu de 32% para 40%, a maior em dois anos de levantamento - apenas 1% não soube opinar.

Ao mesmo tempo, o juiz federal Sérgio Moro, que condenou Lula e é símbolo da Lava Jato, alcançou uma taxa de desaprovação de 45%, recorde desde setembro de 2015. As impressões da população sobre Lula, Moro e demais personalidades foram colhidas entre os dias 1º e 14 deste mês, ou seja, captam o efeito do depoimento de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda de Lula e da Casa Civil de Dilma Rousseff.

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No dia 6, o petista afirmou a Moro que o ex-presidente tinha um "pacto de sangue" com a Odebrecht por propinas e que a empresa colocou à disposição do PT, no fim de seu mandato, um total de R$ 300 milhões. Entre agosto e setembro, Lula foi o presidenciável com a maior taxa de aprovação, perdendo apenas para Moro e o apresentador de TV Luciano Huck - os dois negam interesse em disputar o cargo.

O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato à sucessão de Michel Temer, soma dois revés no Barômetro Político deste mês: o total de entrevistados que o rejeita subiu de 56% para 63% (a pior taxa em dois anos) e a parcela que aprova sua atuação caiu de 21% para 19%, ainda que dentro da margem de erro de três pontos porcentuais para mais ou para menos.

Para Danilo Cersosimo, um dos responsáveis pela pesquisa Ipsos, o levantamento atual não colocou Bolsonaro consolidado em segundo lugar na preferência do eleitorado, mas mostrou que Lula alcançou talvez seu maior patamar. "Dificilmente ele passará disso. A rejeição a seu nome é ainda muito grande, difícil de reverter", avalia.

Na mesma linha, o cientista político Carlos Melo, professor do Insper, afirmou que os grupos que aprovam e desaprovam o ex-presidente têm similaridades entre si. "Eles não mudam suas opiniões, a posição desses grupos não está conectada com os fatos. Não há como reverter isso. Lula tem um piso do qual ele não passa. Assim como, podemos dizer que ele tem um teto que não passará também. Nesse sentido, Lula é um candidato forte de primeiro turno, tem capacidade para fazer uma grande bancada na Câmara. Agora, isso também indica que ele deve enfrentar sérias dificuldades para vencer uma eleição de segundo turno", analisa Melo.

Segundo o também cientista político Cláudio Couto, da FGV-SP, o embate entre Lula e Moro parece estar criando uma vitimização do ex-presidente. "Além disso, a aprovação de Lula surfa na desaprovação do governo Temer", afirmou Couto. A desaprovação a Temer alcançou 94%.

Tucanos

Entre os tucanos, o prefeito da capital paulista, João Doria, ainda é o que tem os melhores índices, apesar de sua credibilidade com a população estar caindo. "É a prova de como a imagem se desgasta rapidamente diante de altas demandas por serviços públicos de qualidade aliada a uma expectativa não correspondida da população", afirma Cersosimo.

No último mês, quando intensificou sua agenda de viagens pelo Brasil com foco na corrida presidencial, Doria viu sua taxa de reprovação passar de 52% para 58% (um ponto abaixo de Lula) e sua aprovação cair de 19% para 16% - menos da metade de Lula e só três pontos acima do índice positivo do governador Geraldo Alckmin, com quem disputa a indicação do PSDB para a eleição de 2018. Os números do governador paulista oscilaram para baixo no mês passado, dentro da margem de erro. Seu índice de desaprovação passou de 73% para 75% e de aprovação, de 14% para 13%.

A pesquisa também mostrou a percepção dos entrevistados em relação ao ministro da Fazenda e presidenciável, Henrique Meirelles (PSD). O principal responsável pela agenda de reformas do governo Temer tem desaprovação alta, de 66%, e taxa de aprovação baixíssima, de 3% - índice que pode ser explicado pelo desconhecimento de seu nome.

Apontado como um possível "plano B" do PT, caso Lula seja impedido pela Justiça de concorrer, o ex-prefeito Fernando Haddad alcançou seus piores índices em dois anos. "A pesquisa mostra uma rejeição alta (57%) e comprova que essa desaprovação cai na medida em que seu nome fica mais conhecido. Isso quer dizer que Lula não repassa seu capital político para Haddad", explica Cersosimo As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A pesquisa Ipsos sobre a percepção dos brasileiros em relação a 27 figuras públicas revela que quatro dos principais caciques do PSDB - Aécio Neves (MG), José Serra (SP), Fernando Henrique Cardoso (SP) e Geraldo Alckmin (SP) - têm hoje a imagem mais desgastada que a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Também tucano, o prefeito de São Paulo, João Doria, está em situação mais confortável: é o que aparece mais bem colocado entre os políticos avaliados pela pesquisa. Ainda assim, sua taxa de desaprovação (53%) é bem maior que a de aprovação (19%).

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Condenado em um processo e réu em outras cinco ações relacionados à Operação Lava Jato, Lula é desaprovado por dois terços da população, enquanto um terço o vê de forma favorável. Já a desaprovação aos caciques tucanos varia entre 73% e 91%.

O maior desgaste é o de Aécio, que teve 48,4% dos votos na eleição presidencial de 2014 e hoje tem seu desempenho desaprovado por nove em cada dez brasileiros - resultado que o coloca em situação de empate técnico com o presidente Michel Temer (93%) e o deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (91%), que está preso desde outubro de 2016 e já foi condenado na Operação Lava Jato a 15 anos por corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Logo a seguir aparece o senador e também ex-candidato a presidente José Serra, que foi ministro de Relações Exteriores no governo Temer durante nove meses. Serra é mal avaliado por 82% da população, segundo o Ipsos. FHC e Alckmin são desaprovados por 79% e 73%, respectivamente.

A pesquisa não revela os motivos da rejeição aos políticos. Mas a desaprovação a Aécio teve um salto a partir de junho, quando ele foi acusado pela Procuradoria-Geral da República de receber recursos ilícitos do grupo JBS. Na época, o tucano chegou a ser afastado do mandato de senador por decisão liminar do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal.

Serra e Alckmin, cuja desaprovação também aumentou nos últimos meses, foram envolvidos em delações na Operação Lava Jato. O primeiro é alvo de inquérito por suposto recebimento de recursos ilegais da Odebrecht, e também foi acusado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de receber doações da JBS via caixa 2. Já o atual governador paulista foi citado por delatores da Odebrecht como beneficiário de recursos ilícitos.

Serra afirma que suas campanhas sempre foram feitas dentro da lei. Alckmin também nega irregularidades.

Mito

Para o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman, vice-presidente nacional do PSDB, a desaprovação aos líderes do partido se soma a uma "rejeição à classe política em geral". Sobre o fato de Lula estar em situação um pouco melhor, Goldman disse que o ex-presidente "tem ainda certa dose de mito, um grau de sentimento popular, e isso abranda a rejeição dele".

Para cientistas políticos ouvidos pelo Estado, a pesquisa Ipsos mostra o quão imprevisível está o quadro político para as eleições de 2018. "O imprevisto é o provável", afirmou Cláudio Couto, da Fundação Getulio Vargas. "A situação está tão confusa e o desgaste de lideranças tradicionais é tão grande que fica muito difícil fazer qualquer tipo de previsão. Nesse contexto, abre-se espaço para aventureiros que, hoje, estão fora do radar eleitoral. Talvez o discurso antissistema se transforme em uma vantagem eleitoral."

Já a também cientista política Maria do Socorro Braga, da USP, relaciona o baixo índice de aprovação dos políticos à Operação Lava Jato. "No começo, era algo que parecia apenas atingir o PT, mas depois, com o tempo, a sociedade entendeu que os problemas estavam disseminados por outras legendas."

Para Marco Antônio Teixeira, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), até políticos que se apresentaram como novidade "acabaram se desgastando rapidamente, porque, pelo menos aparentemente, repetem hábitos da ‘política velha". Já o professor de Direito Constitucional Oscar Vilhena (FGV) disse que "a bola está com o eleitor". "A pesquisa mostra uma necessidade de reconstrução e renovação, mas será que o cidadão está realmente pronto para ela?"

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O nível de reprovação dos brasileiros em relação ao presidente Michel Temer atingiu novo recorde, aponta pesquisa feita pela Ipsos Public Affairs. Levantamento feito na primeira quinzena de julho, antes mesmo do aumento do PIS/Cofins sobre combustíveis, mostrou que 94% dos entrevistados reprovam a atuação de Temer à frente do governo, um ponto porcentual a mais que na pesquisa realizada um mês antes.

"Identificamos que os efeitos da crise política e da delação premiada de Joesley Batista ainda se mantêm. Esse quadro tende a se manter nos próximos meses com a pauta do aumento de impostos", comenta Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs, responsável pelo Pulso Brasil.

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Além disso, foram analisadas a popularidade de 33 nomes listados entre políticos e personalidades públicas. Os mais populares são o juiz Sérgio Moro (64%), o apresentador Luciano Huck (45%), o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa (44%), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (29%), a presidente do STF, Cármen Lúcia (28%), e o procurador-geral da República, Rodrigo Janot (24%).

Na contramão, os mais impopulares são o próprio Michel Temer (94%); o deputado cassado Eduardo Cunha, do PMDB-RJ, que está preso (93%); o senador do PSDB-MG Aécio Neves (90%); o senador do PMDB-AL Renan Calheiros e a ex-presidente Dilma Roussef empatados com 80%, e o senador do PSDB-SP José Serra (75%).

A pesquisa aponta também que, para 95% dos brasileiros, o País está no rumo errado. O nível se manteve em relação ao levantamento feito um mês antes. Com margem de erro de 3 pontos percentuais, a pesquisa da Ipsos realizou 1.200 entrevistas presenciais em 72 municípios brasileiros.

O Instituto Ipsos divulgou hoje uma pesquisa apontando crescimento na rejeição do prefeito de São Paulo, João Doria. O tucano saiu de 39% para 52%, em um mês. O levantamento tem caráter nacional e mostra que ele está no mesmo patamar de Paulo Skaf, presidente da Fiesp, e próximo do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que tem 54%. Ainda assim, ele aparece melhor colocado que seu correligionário, Geraldo Alckmin (PSDB), que têm 71%.

Em “casa”, o prefeito manteve o mesmo nível de aprovação. De acordo com os pesquisadores, a rejeição teve aumento nacionalmente depois das ações na Cracolândia, fazendo as pessoas que se diziam indecisas mudarem de opinião. Na última pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, a aprovação do prefeito sofreu perda de dois pontos percentuais, de 43% para 41%, mesma variação de sua rejeição, que cresceu de 20% para 22%.

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Polêmica

Um texto antigo, de quando João Doria era presidente da Embratur, veio à tona novamente nessa quinta (29). "A seca, os flagelados famintos e a caatinga nordestina poderão virar atração turística por sugestão do presidente da Embratur, João Doria Júnior, que propôs em Fortaleza (CE) a instalação de albergues turísticos na região." O trecho foi publicado no jornal Folha de S. Paulo em 1987 e, diante do tom da afirmação, os jornalistas pediram que ele escrevesse a ideia.

Em nota divulgada à imprensa, o prefeito declarou que sua proposta foi desvirtuada e que a concepção inicial era de que o governo cearense não explorasse apenas o litoral.

O pessimismo nunca foi tão grande no Brasil. Em abril, apenas 14% dos brasileiros afirmaram estar otimistas em relação ao futuro do País, de acordo com o levantamento Pulso Brasil, realizado pela empresa de pesquisa Ipsos. É o menor nível desde 2005, quando a série histórica foi iniciada.

Há outros números que comprovam o sentimento geral dos brasileiros. O entusiasmo com o País também está em seu menor nível histórico: 3%. Por outro lado, a sensação de revolta atingiu seu patamar mais alto (28%), enquanto os que se dizem preocupados já chegam a 48%, mesmo porcentual de 11 anos atrás.

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Ao todo, foram entrevistadas 1.200 pessoas em 72 municípios. A pesquisa tem margem de erro de três pontos porcentuais.

Uma pesquisa da Ipsos Public Affairs, encomendada pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), indica que a maioria dos consumidores brasileiros considera o produto nacional tão bom ou de melhor qualidade que o importado. Foram entrevistadas mil pessoas no País entre maio e junho deste ano.

Os produtos de origem chinesa foram considerados ruim ou de péssima qualidade por 30% dos entrevistados, enquanto os produtos coreanos foram considerados péssimos ou ruins por 27% da amostra. Os produtos brasileiros, por sua vez, foram avaliados negativamente por apenas 2% dos entrevistados.

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Os produtos mais bem avaliados foram os brasileiros, considerados como ótimos por 50% dos entrevistados, seguido pelos produtos japoneses (27%) e pelos produtos americanos (26%).

Ao serem questionados sobre qual tipo de produto buscam preferencialmente ao fazer compra, 62% dos entrevistados afirmaram que preferem o nacional, enquanto 32% disseram ser indiferentes em relação à nacionalidade dos produtos. Só 3% buscam os importados.

Os resultados da pesquisa também mostram que a maioria (53%) considera que o produto nacional atende suas expectativas tanto em relação à qualidade quanto em relação a custos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A empresa de pesquisa Ipson revelou que o número de pessoas que possuem tablets no Brasil atingiu 196 mil no primeiro semestre de 2011. O levantamento foi realizado junto a pessoas a partir de 13 anos em nove capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Fortaleza e Curitiba.

A Ipsos também apurou que dos 196 mil brasileiros que possuem tablets, 79 mil podem ser considereados “super users” de tecnologia, possuindo também notebook smartphone.

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A maior parte desses usuários são homens jovens, de 18 e 24 anos, da classe A. Do total, 72% possui ensino superior.

A cidade de São Paulo, entre as capitais pesquisas, é a que tem a maior participação entre os que possuem o dispositivo, com um peso de 66%. Em seguida ficou o Rio de Janeiro, com 18%.

Sobre a influência dos meios de comunicação na decisão de compra, para o usuário que possui tablet, a Internet é o meio que mais influencia (66%), seguida do boca a boca (41%). A situação se repete com o “super user”: 72% considera a Internet o meio mais influenciador e 50% confiam no boca a boca na hora de comprar.

 

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