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Estrela da televisão, famoso por seus programas de TV e livros de receitas, o chef inglês Jamie Oliver anunciou nesta terça-feira (21) a quebra de sua rede de restaurantes britânicos, uma ameaça para seus 1.300 funcionários.

A menos de uma semana de completar 44 anos, Oliver anunciou a falência de seu grupo - que inclui as redes Barbecoa Steakhouse e Jamie's Italian -, lançado em 2008 e presente em todas as grandes cidades britânicas.

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"Estou muito triste com o que está acontecendo e gostaria de agradecer aos nossos funcionários e fornecedores que há mais de dez anos se dedicam de corpo e alma a essa atividade", disse Oliver em um comunicado.

Os 25 estabelecimentos do chef, que ficou famoso em seu país há cerca de 20 anos antes de se tornar mundialmente conhecido, passaram à administração judicial do escritório KPMG. Imediatamente depois, a instituição informou que 22 deles foram definitivamente fechados.

"Lamentavelmente, esses fechamentos resultarão em aproximadamente mil demissões", de 1.300 funcionários do grupo, afirmou o KPMG, esclarecendo que os restaurantes de Oliver no exterior não serão afetados.

"As condições de negócio no setor da restauração são mais duras do que jamais se viu" no Reino Unido, disse um dos administradores do KPMG, Will Wright.

Este anúncio abala a opinião pública no Reino Unido, onde Jamie Oliver é uma personalidade bastante conhecida por ter publicado inúmeros livros de culinária e aparecido em inúmeros programas de televisão.

Graças à sua imagem de superastro televisivo, Oliver ajudou a melhorar a reputação da gastronomia britânica, mas segundo o sindicato Unite seu negócio perdeu-se numa estratégia de "expansionismo rápido demais" construindo um verdadeiro império gastronômico em um setor onde a concorrência é bastante acirrada.

- Desvalorização da libra -

Apenas com a rede Jamie's Italian, alcançou 37 restaurantes no Reino Unido, mas nos últimos dois anos foi forçado a fechar 12 deles, por dificuldades financeiras, entre outras coisas, no Brexit.

Devido à depreciação da libra esterlina desde o referendo em junho de 2016, quando o país decidiu deixar a União Europeia, os preços dos ingredientes usados para preparar seus pratos italianos ficaram mais caros, explicou.

Com seus pratos simples e criativos, Oliver devolveu para os ingleses, cuja culinária é muitas vezes insultada no mundo, o desejo de cozinhar, aparecendo na tela da televisão vestindo jeans e camiseta, sem utensílios complicados e técnicas elaboradas.

Depois de dar seus primeiros passos aos 19 anos como pasteleiro no restaurante italiano Antonio Carluccio em Londres, ele trabalhou em outro estabelecimento de comida italiana, o River Café, com uma estrela Michelin, antes de um canal de televisão lhe oferecer seu próprio programa da culinária.

Ele investiu uma parte de sua nova fortuna na abertura de um restaurante em Londres, o Fifteen, que treinava jovens de origens desfavorecidas e se lançou em defesa da culinária saudável e equilibrada em cantinas escolares britânicas com a série de reality show "Jamie's School Dinners".

O chef inglês Jamie Oliver, famoso por seus programas de televisão e livros de receitas, anunciou a falência de seus restaurantes nesta terça-feira, o que ameaça cerca de 1.300 empregos.

A maioria dos estabelecimentos envolvidos pertencem à cadeia italiana de Jamie, que o chef britânico lançou em 2008.

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Segundo a BBC, um total de 25 restaurantes desse jovem chef transformado em superstar e empresário será afetado.

"Estou muito triste com o que está acontecendo e gostaria de agradecer aos nossos funcionários e fornecedores que há mais de dez anos se dedicam de corpo e alma a essa atividade", disse Oliver em um comunicado.

A mídia britânica alegou que seus restaurantes foram colocados sob administração judicial pelo gabinete da KPMG, que agora irá procurar um ou vários compradores para toda ou parte da atividade.

Se ninguém aceitar o negócio, os estabelecimentos serão fechados.

Este anúncio abala a opinião pública no Reino Unido, onde Jamie Oliver é uma personalidade bastante conhecida por ter publicado inúmeros livros de culinária e aparecido em inúmeros programas de televisão.

No início de 2017, o chef já havia anunciado o fechamento de seis estabelecimentos da cadeia italiana de Jamie no Reino Unido.

Ele acusou o Brexit de ter causado um aumento dos preços - devido à desvalorização da libra esterlina desde o referendo de junho de 2016 - dos ingredientes usados para preparar seus pratos italianos.

Já é conhecido como "palellagate", e cresceu como um suflê, o escândalo internacional - bilateral, na realidade - criado pelo famoso chef de cozinha inglês Jamie Oliver, que incluiu chouriço em um prato típico espanhol, a paella.

"A paella de Jamie Oliver reúne uma Espanha dividida... contra ele", afirmou o jornal The Guardian.

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Em declarações divulgadas nesta quinta-feira pela imprensa canadense, Oliver, que está no país da América do Norte, defendeu sua proposta.

"Disse que era a minha versão", explicou. "Então é minha versão e a defendo. Está muito boa", ressaltou.

A Real Academia da língua espanhola define a paella como "prato de arroz seco com carne, peixe, mariscos, legumes, etc..., característico da região valenciana, na Espanha" (No "etc..." está o problema).

Em sua receita diária no Twitter, na terça-feira, este popular chef de 41 anos divulgou sua versão, acompanhada da foto de uma paella irreconhecível em um recipiente fundo, outra transgressão.

"Não há nada melhor na cozinha espanhola que a paella. Minha receita combina coxas de frango e chouriço", afirmou.

Em um país, a Espanha, sem governo depois de duas eleições, e com tantas versões da paella quanto famílias e regiões, a ousadia de Oliver uniu mouros e cristãos.

- "Tire o chouriço. Não negociamos com terroristas" -

"Tire o chouriço. Não negociamos com terroristas. Primeira advertência", afirmava uma mensagem no Twitter da usuária Llimona.

"Minha versão do 'fish and chips' leva pato e berinjela", afirmava outro, Antonio Villarreal, referindo-se ao peixe com batatas fritas tradicional britânico.

Criticada em todo o mundo há até pouco tempo, a gastronomia britânica vive um "boom" que se traduziu na proliferação de programas televisivos, livros de receitas e amplo espaço nos jornais: quase todos têm um, e até dois suplementos semanais de receitas.

A cozinha nacional não gera tanto conteúdo, e é preciso recorrer com frequência às de outros países, uma aposta arriscada que pode ficar limitada pelos estereótipos - de que toda a cozinha mexicana leva frijoles, a indiana curry, e a espanhola chouriço, por exemplo - e pela escassez de alguns produtos - é mais difícil encontrar mariscos frescos em Manchester que em Lima ou Barcelona.

- Chamam para consultas (culinárias) o embaixador britânico -

O embaixador britânico na Espanha, cozinheiros, a esposa espanhola de um político britânico, a BBC, o Times e outros meios de comunicação nacionais se envolveram nesta polêmica.

"El comidista", o suplemento gastronômico do jornal El País, recuperou um vídeo de alguns meses atrás, quando "chamou para consultas" o embaixador britânico na Espanha, Simon Manley, pelos "atentados" contra a comida espanhola no Reino Unido, citando o sanduíche de paella ou os "waffles" de chouriço.

Manley se defendeu de bom-humor e atribuiu as heresias "ao espírito de inovação que nós britânicos temos".

Os colegas espanhóis de Oliver também saíram em sua defesa, como José Andrés, o cozinheiro espanhol mais popular dos Estados Unidos, cujos restaurantes em Washington têm os Obama como clientes.

"Espanhóis! Já sei que esta foto não parece uma paella. Mas é um 'arroz espanhol'... vamos deixar Jamie em paz!", pediu.

O chef de cozinha e ativista Jamie Oliver está engajado na causa pela implementação da educação alimentar para crianças nas escolas. Ele levou sua luta para o nível global ao lançar uma petição no site Change.org solicitando assinaturas, ao redor de todo o mundo, para pressionar os governos dos países do G20 a garantirem este direito nas instituições de ensino infantis. O objetivo é chegar a um milhão e meio de assinaturas.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 42 milhões de crianças com até cinco anos de idade apresentam sobrepeso ou obesidade em 2013. Este número mais que duplicou desde a década de 1980 em todo o mundo. Para Jamie, este problema pode ser prevenido ao educar os pequenos sobre alimentação salientando pontos como de onde vem a comida, como cozinhá-la e como fazer compras. O chef tem feito campanhas em diferentes países ministrando aulas em escolas infantis.

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Nesta sexta-feira (30), Recife adere ao movimento global Food Revolution Day, que incentiva o preparo caseiro de refeições, com ingredientes não-industrializados e benéficos à saúde do corpo e da mente. As atividades acontecem no anfiteatro do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), das 14h às 17h30.

Organizada pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), a edição recifense do Food Revolution Day começa com um colóquio sobre alimentação viva com Rafaela Fernandes, nutricionista do Núcleo de Apoio à Saúde da Família, e Régia Sofia de Azevedo, médica do Núcleo de Apoio em Práticas Integrativas da Prefeitura do Recife. Alimentação viva é uma dieta que inclui alimentos orgânicos, não-cozidos e sem origem animal.

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