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Esse ano, o especial de Natal do canal de humor Porta dos Fundos, intitulado “A primeira tentação de Cristo”, provocou imensos debates sobre a forma como a ficção pode abordar elementos religiosos. A revolta de alguns cristãos gerou até pedidos para que a plataforma Netflix tirasse o programa do seu catálogo.

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O fato é que essa não foi a primeira vez que um produto audiovisual causou polêmica ao abordar elementos do cristianismo. Aproveitando o momento, o LeiaJá relembra alguns filmes que polemizaram com o tema.

Jesus Cristo Superstar (1973)

O musical dirigido por Norman Jewison não faz piada com Jesus, mas só o fato de ter os personagens bíblicos dançando já causou um rebuliço gigante. O longa, porém, foi muito bem recebido pela crítica e concorreu a duas categorias no Globo de Ouro de 1974.

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A Vida de Brian (1979)

A comédia do grupo humorístico inglês Monty Python arrumou um monte de treta no seu lançamento. O filme conta a história de um judeu que acaba confundido com Jesus e passa a ser seguido e adorado por uma multidão. O roteiro faz paródias com várias passagens da Bíblia, até mesmo com a crucificação.

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A Última Tentação de Cristo (1988)

Antes de brigar com a Marvel, Martin Scorsese brigava com os cristãos. Tudo por conta da sua adaptação do livro de Níkos Kazantzákis, que mostra um Cristo mais humano, inclusive com desejos sexuais. No ano do seu lançamento, um grupo fundamentalista cristão lançou coquetéis molotov no interior do teatro parisiense Saint Michel, onde o filme estava sendo exibido. O ataque feriu treze pessoas.

Dogma (1999)

A comédia maluca de Kevin Smith, que mistura anjos, apocalipse, maconha e Alanis Morissette fazendo o papel de Deus, rendeu até ameaças de morte ao diretor. Você já deve ter visto por aí uma imagem de Cristo sorrindo e 'dando legal', né? Pois bem, é desse filme.

O Código Da Vinci (2006)

O filme de Ron Howard, baseado no livro de Dan Brown, é focado na teoria que Jesus Cristo teve uma filha com Maria Madalena e que não era um ser celestial e sim um descendente de reis judeus. Cristãos defenderam um boicote, mas a produção faturou 760 milhões de dólares ao redor do mundo.

Grupos católicos fizeram manifestação na noite desta sexta-feira (14) em frente ao Instituto Tomie Ohtake, onde foi realizada a estreia do musical Jesus Cristo Superstar, de Andrew Lloyd Weber. Portando cartazes com dizeres como "A peça ofende gravemente a honra de nosso senhor Jesus Cristo" ou "Pare Já Com Esta Blasfêmia", membros de grupos como a Associação Devotos de Fátima tentaram, sem sucesso, impedir a entrada do público para a apresentação. Eles criticavam também o fato de a peça ser realizada com verbas públicas, conseguidas via leis de incentivo.

O espetáculo que estreou nos anos 1970 na Broadway retrata um Jesus humanizado e o acompanha ao longo de seus últimos seis dias de vida. A crítica se devia tanto ao formato de ópera-rock, considerado inadequado para o tema, quanto a dois elementos da história que alguns consideravam uma blasfêmia: apresentar um Jesus Cristo muito afeiçoado a Maria Madalena e um Judas simpático demais.

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A montagem brasileira, concebida e dirigida por Jorge Takla, tem provocado reações desde que foi anunciada. E, nas últimas semanas, diversos artistas envolvidos receberam ameaças e ofensas nas redes sociais.

"Recebi uma mensagem no Facebook que me deixou chocada", disse ao jornal O Estado de S. Paulo a cantora Negra Li, que interpreta Madalena. "Um rapaz escreveu que eu iria para o inferno, pois não estava sabendo o que fazer com a minha carreira e que, terminada a temporada, eu seria abandonada por todos." Negra Li é evangélica e disse ter considerado ingênuo o comentário. "O musical conta uma história fiel à Bíblia. Não há nada de blasfemo ou agressivo na narrativa."

O ator Igor Rickli, intérprete de Jesus, também afirmou ter recebido manifestações das mais diversas. "Foram diferentes sensações", disse. "Tudo porque o musical trata de fé, o que é delicado, sempre. Mas, em cena, acredito que contamos uma versão da história de um homem que foi líder político e religioso, sem tomar nenhum partido."

O espetáculo tem récitas marcadas para este sábado, quando há duas apresentações previstas, e domingo e fica em cartaz até o dia 8 junho no teatro do Instituto Tomie Ohtake. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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