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A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou nesta sexta (19) a Operação JOGO ILEGAL, visando reprimir o funcionamento de estabelecimentos comerciais que atuam na atividade de Jogo do Bicho.

A operação visa os estabelecimentos de São Lourenço e Camaragibe. Foram escalados para a ação 83 policiais civis, entre delegados, escrivães e agentes e 12 bombeiros militares.

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Cinco barracas de Jogo do Bicho foram fechadas pela Polícia Civil no Centro do Recife, nessa quinta-feira (30). Ao todo, R$ 82.061,80 foram apreendidos e oito pessoas conduzidas à Delegacia de Santo Amaro.

Além do montante em espécie, celulares, computadores, livros de protocolo e maquinetas de jogos também foram capturadas pelos policiais, que seguem com as investigações em sigilo. As diligências tiveram apoio do Corpo de Bombeiros.

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Na Região Metropolitana do Recife (RMR), no município de Paulista, outra operação focada em jogos de azar cumpriu três mandados de busca e apreensão contra um grupo de colombianos suspeitos de integrar uma organização criminosa que sorteava números adquiridos pelos apostadores por R$ 2,00. Os suspeitos foram convidados a prestar esclarecimentos na 28º Delegacia do município.

No vácuo legal deixado pelo governo federal, que não regulamentou o projeto de lei de 2018 que autoriza apostas esportivas no País, operadores do jogo do bicho e grupos estrangeiros estão explorando o mercado. Apostas em jogos de futebol são oferecidas em bancas controladas por contraventores por meio de terminais eletrônicos informatizados e sites hospedados no exterior.

A exploração das apostas esportivas foi aprovada pelo Congresso em dezembro de 2018. O prazo de dois anos para regulamentação venceu no último dia 18 e foi prorrogado automaticamente por mais dois anos. Por meio da regulamentação, o governo criaria regras para a atuação das empresas no mercado. Como isso não foi definido, empresários brasileiros são impedidos de entrar no setor que, segundo projeções, movimenta R$ 6 bilhões por ano no Brasil - e o governo deixa de arrecadar tributos.

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Sites estrangeiros como Bet365, Betcris e SportingBet vendem apostas no País, sem regulamentação, patrocinam times de futebol, placas em estádios e programas de TV. Levantamento feito pelo Instituto Brasileiro Jogo Legal (IJL) mostra que o Bet365 teve 82 milhões de acessos no Brasil em setembro do ano passado. O SportingBet teve 12 milhões de entradas no mesmo período. Ambos pertencem a empresas do Reino Unido. Esses grupos estão sujeitos à legislação dos países onde declaram ter suas sedes, embora sejam abertos a clientes brasileiros.

Segundo o presidente do IJL, Magno José Santos de Sousa, existem cerca de 450 sites hoje no Brasil oferecendo apostas. Em outubro do ano passado o Supremo Tribunal Federal (STF) publicou acórdão do julgamento no qual decidiu que a União não tem monopólio sobre o setor de apostas abrindo brecha para que Estados e municípios criem suas próprias loterias (mais informações na pág. A5). Levantamento feito pela consultoria KPMG a pedido de empresas interessadas no setor mostra que o mercado de jogos online no Brasil tem potencial de movimentar US$ 2,1 bilhões (R$ 11,3 bilhões) por ano depois de regulamentado.

Além dos grupos estrangeiros, o jogo do bicho também lucra com a falta de regulamentação. Nas últimas semanas, a reportagem do Estadão encontrou bancas oferecendo apostas esportivas em pelo menos três pontos da cidade de São Paulo, desde bancas de jornais e padarias na periferia até no bairro dos Jardins.

Na Alameda Tietê, nos Jardins, a única pista de que o estabelecimento é, na verdade, um ponto da contravenção é um calendário, com os 25 animais usados no jogo do bicho e seus respectivos números, pendurado na parede. Um homem apoiado em uma banca recebe as apostas da contravenção e já pergunta logo de cara se o "freguês" também quer arriscar a sorte nos resultados do futebol.

Não existe limite mínimo de valor para os palpites. A cotação dos prêmios varia de acordo com critérios esportivos como a colocação dos times no campeonato e mando de jogo. É possível apostar em praticamente qualquer combinação de resultados: vitória ou empate de um dos times, placar geral, gols no primeiro ou no segundo tempo, etc. Quanto mais improvável o resultado, maior é o prêmio. Uma aposta de R$ 5 no placar exato de um jogo do Campeonato Brasileiro a favor do time visitante, por exemplo, pode pagar 12 vezes o valor investido (R$ 60).

O palpite, registrado no site Fourbet por meio de um aplicativo de celular, pode ser pago em dinheiro ou cartão. O apostador recebe um comprovante impresso com todos os detalhes da aposta e pode reclamar o prêmio no mesmo local.

Os interessados neste tipo de jogo podem fazer a mesma coisa se cadastrando em qualquer site de apostas esportivas, mas, segundo o operador da banca, nos pontos da contravenção não é necessário fornecer documentos e o pagamento pode ser feito em dinheiro.

Julgamento

O presidente do STF, ministro Luiz Fux, pautou para 7 de abril o julgamento da ação - com repercussão geral - sobre a validade da Lei das Contravenções Penais, de 1941. Com isso, o tribunal pode liberar o jogo do bicho. Segundo analistas, no entanto, o acórdão do próprio STF que permite a criação de loterias e sistemas de apostas pelos demais entes federados abre brecha para que a atividade, proibida desde o Estado Novo, seja legalizada.

"Nada impede que um Estado ou município crie uma loteria na qual a matemática do jogo seja baseada em dezena, centena e milhar e utilize imagens de animais, peixes ou qualquer outra coisa que, na essência, é igual ao jogo do bicho", disse o advogado Andre Feldman, especializado no tema. O jogo do bicho foi criado em 1892 pelo barão João Batista Vieira Drummond como forma de financiar a manutenção do zoológico do Rio e proibido em 1941 por Getúlio Vargas.

 

Leis para o setor devem sair em julho, diz governo

A responsabilidade pela regulamentação das apostas esportivas é da Secretaria de Avaliação, Planejamento, Energia e Loteria do Ministério da Economia (Secap-ME). Segundo o atual secretário, Waldir Eustáquio Marques Jr., a regulamentação deve sair em julho deste ano.

"As apostas esportivas têm algumas peculiaridades, diferentes das loterias tradicionais, e envolvem requisitos muito fortes de tecnologia que precisam ser bastante estudados, como a integridade do esporte, prevenção à lavagem de dinheiro, prevenção à patologia de jogadores vulneráveis", disse Marques. "Os técnicos da administração têm estudado bastante, participado de vários eventos, se capacitado para a gente poder regulamentar essa atividade sem ter que dar um passo para a frente e outro para trás."

Marques, um técnico do governo que trabalha há 13 anos no setor, assumiu o posto em fevereiro do ano passado no lugar de Alexandre Manoel, que deixou a administração - a pedido - depois de o Estadão revelar que o advogado Pedro Trengrouse, assessor não remunerado da Secap-ME, oferecia serviços particulares a empresas interessadas no setor enquanto assessorava o governo.

O Palácio do Planalto estima que pode arrecadar entre R$ 4 bilhões e R$ 10 bilhões somente com a regulamentação das apostas, sem contar a tributação sobre a atividade. Segundo Marques, a gestão anterior esteve bem perto de aprovar um regime que previa a possibilidade de empresas explorarem o setor pelo regime de autorização. Agora a Secap-ME trabalha com a ideia de concessão.

"Chegamos bem perto. A secretaria estava trabalhando na frente de autorização. E, nessa questão, enxergamos alguns pontos que poderiam ser prejudiciais. Então tivemos que dar esse freio, rever o modelo, para poder seguir com segurança", disse o secretário.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira, 29, em Cuiabá, João Arcanjo Ribeiro, o "Comendador", apontado como o rei do jogo do bicho em Mato Grosso e alvo maior da Operação Mantus, deflagrada contra esquema de lavagem de dinheiro e crime organizado. Na casa de Arcanjo, que já cumpriu pena de 14 anos e 9 meses de reclusão, os agentes encontraram R$ 201 mil em dinheiro vivo.

Também foi preso o genro dele, Giovanni Zem Rodrigues, localizado pela Polícia Federal ao desembarcar no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

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A Operação Mantus, desencadeada por ordem do juiz Jorge Luiz Tadeu, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, cumpre 30 mandados de buscas e 33 de prisão. Estão mobilizados policiais da Delegacia de Fazenda e Crimes contra a Administração Pública e da Gerência de Combate ao Crime Organizado.

O "Comendador", que está na mira da Polícia, do Ministério Público e da Justiça desde os anos 1980, e o genro Zem seriam os líderes de uma organização para o jogo ilegal e lavagem de dinheiro.

Alertada pelos Coordenadores da Operação Mantus (Deus do mundo dos mortos, na mitologia etrusca), a PF prendeu Zem, de 44 anos, em Cumbica. Segundo a federal, ele ouviu voz de prisão ainda no assento do avião que o trouxe a São Paulo e não resistiu.

A família Abrahão David, conhecida no Estado do Rio pelas relações com o jogo do bicho, decidiu apoiar a família do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Em agosto passado, o filho mais velho do candidato, deputado estadual pelo mesmo partido, Flávio Bolsonaro, fez campanha para o Senado em Nilópolis, reduto eleitoral da família há décadas. A agenda incluiu caminhada ao lado do prefeito da cidade, Farid Abrahão David (PTB), irmão do bicheiro Aniz Abraão David, o Anísio. Também participou o deputado federal Simão Sessim (PP-RJ), primo do bicheiro.

Em imagens divulgadas em uma rede social de Flávio é possível ver o filho de Bolsonaro caminhando no calçadão da cidade entre Farid Abrahão e Sessim, que usam adesivos no peito com o número do candidato a senador.

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O dia de Flávio Bolsonaro em Nilópolis também incluiu uma reunião reservada com os dois e com integrantes da prefeitura - o encontro foi divulgado em uma rede social de um secretário da cidade.

Alguns eleitores dos Bolsonaros não gostaram do apoio - a família tem, entre suas bandeiras, o combate ao crime. Muitos reprovaram a aliança, em comentários publicados no post no qual o candidato a senador veiculou o vídeo da campanha com o clã Abrahão. "Ah tá de sacanagem do lado de Simão Sessim e Farid? Apaga que dá tempo", escreveu um eleitor. Outro afirmou: "Com todo respeito, fica difícil te apoiar vendo vc (sic) ao lado do Simão e do Farid, é incoerente quanto à imagem que vc passa, vc não precisa disso, o povo quer a família Bolsonaro lá em cima...".

Influência

As famílias David e Sessim são muito influentes na Baixada Fluminense, especialmente em Nilópolis. Sessim, desde 1979 na Câmara, já foi filiado à UDN e à Arena. Com a redemocratização, manteve-se no campo conservador.

O deputado é tido como representante do bicho em Brasília. Em fevereiro de 2015, ele foi citado em um depoimento à força-tarefa da Operação Lava Jato prestado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa. O deputado do PP foi acusado por Costa de ter pedido R$ 200 mil. Segundo o delator, Sessim foi "um dos poucos que agradeceu (sic)" a propina recebida.

Em 2016, o inquérito contra Sessim foi arquivado por falta de provas. O deputado sempre negou envolvimento no esquema.

O outro acompanhante de Flávio Bolsonaro na caminhada e irmão de Anísio, Farid Abrahão, defendeu a legalização do jogo no Brasil. Segundo ele, os recursos arrecadados com a medida poderiam ser usados nas áreas de Segurança e Saúde.

Relação

A assessoria de imprensa do prefeito de Nilópolis afirmou que "o prefeito Farid tem ótima relação com Flávio porque foram deputados juntos. Eles se encontraram na feira e caminharam juntos porque são amigos". A reportagem não conseguiu falar com Sessim. Flávio Bolsonaro não respondeu à reportagem até o fechamento desta edição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Corregedoria Interna da Polícia Civil, com apoio da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública, abriram nesta segunda-feira, 13, a Operação Saigon. A ação combate um grupo que opera jogo do bicho e outras apostas ilícitas na cidade de São Gonçalo.

Em nota, a Promotoria informou que serão cumpridos 23 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão contra denunciados por crimes de organização criminosa e peculato, havendo entre eles policiais civis e militares. Ao todo, o Gaeco ofereceu denúncia contra 53 integrantes do grupo.

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"Liderada pelos irmãos Luis Anderson Azeredo Coutinho e Alexandre de Azeredo Coutinho, a organização criminosa tinha o objetivo de corromper funcionários públicos, especialmente agentes das Forças de Segurança, para viabilizar o exercício da contravenção do jogo do bicho e outras apostas na cidade. Além dos dois, tinham função de destaque na organização criminosa o denunciado Renato Lengruber", informou o Ministério Público.

De acordo com a denúncia, a engrenagem criminosa atuava graças ao trabalho de policiais e ex-policiais. Eles garantiam, mediante o pagamento de propina, a omissão das instituições públicas na repressão da atividade ilegal, bem como a recuperação de ativos eventualmente apreendidos em operações policiais. Ao menos oito policiais e ex-policiais militares e três policiais e ex-policiais civis integravam a estrutura criminosa, a maioria atuava como segurança ou cobrador.

A denúncia narra que o policial civil aposentado Allan Kardec Silva Menezes era o elo entre os criminosos e as delegacias de polícia. Ele aproveitava sua condição de policial civil aposentado para transitar pelas unidades de polícia judiciária - unidade incumbida de reprimir a prática da contravenção do jogo do bicho.

A organização era estruturada a ponto de oferecer plano de saúde aos seus funcionários, além de contar com setor de tesouraria, responsável pelo escritório de contabilidade. Como forma de intimidação, utilizavam armas de fogo. O Gaeco dividiu os denunciados em quatro grupos: o núcleo principal (formado pelos lideres e operadores), o braço armado (policiais e seguranças), o segundo escalão (prestava assessoramento a alguns denunciados) e o terceiro escalão (exercia funções administrativas).

Além da denúncia por formação de organização criminosa e peculato, o Ministério Público requisitou ainda o bloqueio das contas bancárias dos integrantes do alto escalão da organização.

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Mais de R$ 1,2 milhão apreendidos, 34 mandados de prisão, 104 de busca e apreensão e 16 estabelecimentos comerciais fechados. Este foi o saldo das duas fases da Operação Trevo, empreendida pela Polícia Federal para desarticular um esquema nacional de lavagem de dinheiro proveniente do jogo do bicho, máquinas caça-níqueis e da venda de bilhetes de loteria. O balanço final foi divulgado nesta segunda (24).

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Pernambuco Dá Sorte, Aky Loterias, Banca Paraibana e Banca Aliança foram algumas das entidades investigadas e fechadas após a descoberta das práticas ilícitas. De acordo com a Polícia Federal, a organização criminosa, que agia em 13 Estados brasileiros, operava por meio de loterias estaduais; o dinheiro arrecadado era encaminhado a empresas filantrópicas de fachada, o que fazia os valores retornarem, ilicitamente, ao grupo.  

Outra ramificação do grupo, com sede em São Paulo, era responsável pelo fornecimento das máquinas eletrônicas – os caça-níqueis – tanto para dentro do País, como para outras nações. Havia ainda uma instituição que atuava como seguradora das bancas de jogo do bicho no Nordeste que movimentou bilhões de reais pelas investigações da Polícia.

Vários representantes das empresas foram ouvidos pela Polícia, sendo alguns liberados por determinação da Justiça. Todos os investigados responderão pela prática de contrabando, crime contra o Sistema Financeiro Nacional e contra a Economia Popular, além de jogo de azar e lavagem de dinheiro. Com a soma das penas, caso condenados, os envolvidos pegarão mais de 30 anos de prisão. Confira, abaixo, os números gerais da operação:

Total da Operação

460 policiais envolvidos

11 mandados de prisão temporária

23 mandados de prisão preventiva

104 mandados de busca e apreensão

25 Mandados de Intimações Coercitivas

47 mandados de sequestro de valores, sequestro de bens imóveis e de automóveis de luxo

302,6 milhões de reais

360 mil dólares

19 veículos de luxo

16 estabelecimentos fechados: Banca Aliança, Aky Loterias, Banca Paraibana e Banca Sonho Real

02 revólveres

12 notebooks

Vasta documentação

Um balanço inicial da segunda fase da Operação Trevo foi divulgado pela Polícia Federal (PF), no final da manhã desta sexta-feira (21). Até as 12h, três representantes de estabelecimentos envolvidos com o jogo do bicho foram trazidos até a sede da PF para prestar depoimento. Na casa de um integrante da banca Aliança, a Polícia apreendeu R$ 220 mil; em outra residência, de um representante do Caminho da Sorte, mais R$ 135 mil foram recolhidos durante a ação.

“Até o momento, ouvimos três representantes das casas envolvidas e nenhum foi preso, mas pode ser que, a partir do depoimento, nós encontremos novas provas e peçamos prisão preventiva ou temporária”, garantiu o superintendente regional da Polícia Federal, Marcello Diniz Cordeiro. O saldo total dos 43 mandados de busca e apreensão em residências e estabelecimentos comerciais será divulgado no final da tarde.

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>>PF investiga lavagem de dinheiro em empresas do Recife

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Além da Aliança e Caminho da Sorte, a Polícia investiga o Aky Loterias, Sonho Real e Banca Paraibana. Nesta segunda fase, a Polícia apenas visitou estabelecimentos na Região Metropolitana do Recife. De acordo com Rodrigo Bastos, secretário executivo da Defesa Social, o caso é um “fenômeno criminal complexo com até certa aceitabilidade social, já que dizem que o jogo do bicho é cultural, mas por trás disso existe uma economia ilícita de grande volume”. 

Já foram bloqueados R$ 130 milhões em contas das entidades partícipes da organização investigada, como o Pernambuco Dá Sorte, que foi fechado na última semana (durante a primeira fase). O caso está sob responsabilidade da 12ª Vara Criminal e investiga o contrabando de eletrônicos, lavagem de dinheiro e empresas de fachadas com funcionamento irregular.  

A Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro (Seseg) realiza desde o começo da manhã desta quarta-feira, 29, a Operação Catedral, destinada a prender uma quadrilha que domina o jogo do bicho em três regiões da capital carioca: Central do Brasil, partes do centro e no bairro de São Cristóvão. Até as 9h, 18 dos 24 mandados de prisão haviam sido cumpridos, parte deles envolvendo policiais civis e militares.

A Seseg informou que nove policiais civis e militares (cinco deles na ativa) tiveram a prisão decretada, mas não informou quantos já foram pegos. Junto a outros contraventores, eles estão envolvidos num esquema que pagava R$ 30 mil mensais de propina a policiais.

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Entre os 24 procurados na operação estão o contraventor do jogo do bicho Evandro Machado dos Santos (conhecido como "Bedeu"); seu filho, Alessandro Ferreira dos Santos; o capitão chefe do Serviço Reservado (P2) do 5º Batalhão da Polícia Militar; o chefe do Setor de Investigações da 4ª Delegacia Policial; e dois sargentos da PM que são supervisores de graduados da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro da Providência.

A Operação Catedral, segundo a Secretaria de Segurança, é resultado de sete meses de investigação da Agentes da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) e conta com apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO-IE), da 1ª Central de Inquéritos do Ministério Público, das corregedorias das Polícias Civil e Militar e da Corregedoria Geral Unificada (CGU) da Seseg.

As investigações comprovaram que a atividade criminosa desenvolvida contava com uma complexa rede de integrantes que integravam uma bem montada estrutura de divisão de tarefas. Funcionando como uma empresa do crime, a organização tinha divisões financeira e administrativa e assessoria jurídica externa. Com um faturamento mensal em torno de R$ 170 mil, a organização criminosa fazia pagamentos de cerca de R$ 30 mil em propinas para os policiais civis e militares envolvidos.

Os 30 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em residências e em escritórios da organização. Ao longo da apuração, também foram detidos outros 25 membros da organização criminosa que operavam como anotadores e apontadores de apostas (conhecidos como "aranhas").

Uma casa de jogos de azar, localizada na Rua João Carlos Guimarães, no bairro de Afogados, Zona Oeste do Recife, foi fechada pela polícia nessa quarta-feira (22). No local os agentes apreenderam 13 máquinas caça-níquel e uma maquineta para emissão de jogo do bicho.

Segundo informações concedidas pela polícia, a casa funcionava a 100 metros de uma unidade policial, o que surpreendeu os agentes. Durante a abordagem, uma funcionária foi detida. Ela responderá a um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pela contravenção de jogo de azar. Os equipamentos apreendidos foram encaminhados para a perícia e em seguida, conforme a polícia serão destruídos. 

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Depois de pedir licença temporária do PPS, o deputado federal e ator Stepan Nercessian disse, neste domingo, que solicitará ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara a abertura de uma investigação imediata contra si próprio. "Quero ter o direito de mostrar que sou um figurante nesse épico e não o personagem principal", declarou.

O deputado confirmou ter recebido R$ 175 mil do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, de quem disse ser amigo há 19 anos. Ele afirmou desconhecer atividades ilegais de Cachoeira quando pegou "dinheiro emprestado de emergência", em junho do ano passado. O caso foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo.

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Stepan reconheceu que pode ter cometido um "erro primário" e que não é uma situação que o deixa despreocupado, mas disse que não se arrepende. "Não fiz nada escondido. Ao contrário de outras pessoas que estão envolvidas com o Carlinhos, eu nunca fui o Batman que de repente virou o Pinguim. Não renego o meu passado."

O deputado disse, porém, que não vai carregar o caso Cachoeira nas costas. "A única coisa que eu quero é ser responsabilizado pelo que tenho responsabilidade. Não menti, não negociei e não coloquei o meu mandato à disposição de ninguém, como nunca colocarei."

O pedido de licença do PPS, disse ele, foi para preservar o partido. Segundo Stepan, o primeiro depósito, de R$ 160 mil, seria usado na compra de um apartamento, mas foi devolvido para a mesma conta de Cachoeira dois dias depois. Outros R$ 19 mil, disse ele, foram usados para pagar uma frisa no sambódromo do Rio usada por Cachoeira durante o Carnaval.

"Talvez eu não tivesse pedido para esse Carlinhos que hoje está no olho do furacão, mas vou ser amigo sempre, sou grato a ele", disse o deputado. "Pedi dinheiro emprestado a um amigo, 48 horas depois não precisei e devolvi. Esse amigo me pediu para comprar um ingresso para o Carnaval do Rio, botou o dinheiro, eu comprei e entreguei para ele. Quero saber que crime é esse", acrescentou.

Stepan afirmou que nunca conversou sobre negócios ou política com Cachoeira, que a relação dos dois era apenas "social". "Posso até ter bancado o imbecil. Se soubesse que estaria cometendo um crime, primeiro não cometeria. Segundo, se fosse bandido, teria feito as coisas como fazem hoje, tudo muito bem armado, com dinheiro por baixo do pano, caixa dois e etc", disse. "Se acharem que houve quebra de decoro por eu ter pedido dinheiro emprestado, que tenham a coragem de cassar o meu mandato. Não vou entrar nessa sem-vergonhice tipo mensalão, passei a minha vida lutando contra isso."

Um primeiro passo para a perda de mandato de cinco deputados investigados no inquérito em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira é esperado para a terça-feira. Até agora, estão envolvidos no esquema de exploração ilegal de jogos de azar em Goiás os deputados Carlos Alberto Leréia (PSDB), Jovair Arantes (PTB), Rubens Otoni (PT ) e Sandes Júnior (PP), todos de Goiás, além de Stepan Nercessian (PPS-RJ).

O presidente da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção, deputado Francisco Praciano (PT-AM), e o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), reúnem-se com o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), para avaliar as denúncias contra deputados que manteriam ligações com o contraventor Carlos Alberto Ramos. Por ora, não há um entendimento sobre como lidar com os casos.

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"É um escândalo, as águas sujas da cachoeira respingaram na Câmara", disse Chico Alencar. Integrante da Frente Parlamentar, ele defende que os deputados citados no inquérito se expliquem à Corregedoria Geral da Câmara. Segundo o socialista, a meta é examinar caso a caso, e, havendo indícios veementes de quebra de decoro, é dever dos partidos representarem contra o parlamentar no Conselho de Ética.

Neste domingo, o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que o deputado Carlos Alberto Leréia, aliado do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), recebeu R$ 100 mil de Cachoeira, além de ser sócio dele em um terreno avaliado em R$ 800 mil em um condomínio de luxo em Goiânia. Assim como o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), o tucano usava um telefone da marca Nextel, cedido por Cachoeira e habilitado nos Estados Unidos, para dificultar grampos nas comunicações do grupo.

O presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE), pediu um tempo para que o tucano possa se explicar. "Não prejulgamos ninguém, mas desejamos esclarecimentos". Na mesma linha, o líder do PSDB, Bruno Araújo (PE), disse, por meio de sua assessoria, que não fará "qualquer juízo de valor neste momento" e assegurará a Leréia o pleno direito de defesa.

O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), sugere que Leréia e os demais citados no inquérito se licenciem dos mandatos para prestar esclarecimentos à Câmara. "Nós cobramos de todos, a começar dos nossos", diz Bueno. O deputado do partido Stepan Nercessian (RJ) pediu licença temporária do partido e dos cargos que ocupa na Câmara, mas não do mandato. Nercessian confirmou ter recebido R$ 175 mil de Cachoeira.

Diálogos interceptados pela Polícia Federal, com autorização da Justiça, revelam que o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) também negociava com a organização comandada pelo contraventor Carlos Alberto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. O tucano, segundo as investigações, recebeu depósitos bancários e bens - inclusive imóveis - obtidos com atividades ilícitas.

Leréia é aliado do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e, a exemplo do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), também usava um telefone da marca Nextel, habilitado nos Estados Unidos, cedido por Cachoeira para dificultar grampos nas comunicações do grupo.

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Ele é um dos seis parlamentares relacionados até agora como alvos do inquérito criminal aberto no Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República. Os outros são os deputados Jovair Arantes (PTB), Rubens Otoni (PT) e Sandes Júnior (PP), todos de Goiás, além de Stepan Nercessian (PPS-RJ), que confirmou ter recebido R$ 175 mil de Cachoeira, segundo a edição de ontem do jornal Folha de S. Paulo. Ainda ontem Stepan pediu, por meio de nota, licença temporária do PPS e de todos os cargos e funções que ocupa no partido.

Entre os valores destinados ao deputado tucano e já rastreados estão um depósito de R$ 100 mil, feito na conta de uma empresa comandada supostamente por laranjas - a Linkmidia Tecnologia da Informação e Editoração Ltda - e uma sociedade com Cachoeira em terreno avaliado em R$ 800 mil, em um condomínio de luxo em Goiânia.

Leréia informou pela assessoria que só vai se manifestar sobre as acusações depois que tiver pleno acesso aos autos do inquérito.

A empresa Linkmidia fica em Formosa (GO), a 80 quilômetros de Brasília, e está registrada em nome de Hugo Teixeira, mas pertence de fato ao pai, Leônidas Teixeira, segundo apurou a PF. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O bicheiro e patrono da escola de samba Beija-Flor, Aniz Abrahão David, conhecido como Anísio, foi preso na manhã de hoje durante operação da Polícia Federal (PF), que tem o objetivo de prender a cúpula do jogo do bicho no Rio, de acordo com a assessoria de imprensa do órgão. Outras sete pessoas foram detidas. Os nomes ainda não foram divulgados.

Anísio foi preso em janeiro deste ano, em Copacabana, na zona sul do Rio, dois dias após o Tribunal de Justiça revogar o habeas corpus que garantia a liberdade dele. Além dos crimes ligados a contravenção, Anísio foi preso em flagrante por formação de quadrilha armada, pois estava acompanhado por um policial civil armado que fazia sua segurança. O contraventor teve a prisão preventiva suspensa pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na semana passada.

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Cerca de 220 pessoas foram presas nesta sexta-feira, 23, durante operação da Polícia Militar do Rio para reprimir o jogo do bicho na capital e no interior do Estado.

Foram presos 223 suspeitos, entre apontadores de jogo do bicho e ajudantes, nas ruas do Rio e de outras cidades do interior. Além dos presos, foram apreendidos 698 talões, 214 máquinas caça-níqueis e 50 veículos. Junto com os apontadores presos foi apreendida a quantia de R$ 6.765,54.

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Três pessoas foram presas durante a Operação Tempestade no Deserto, deflagrada na manhã de hoje. A operação tem o objetivo de desmantelar uma quadrilha de contraventores especializados em jogo do bicho no Rio. Entre os presos estão dois policiais militares e um civil, que já estava detido. Joias, mais de R$ 30 mil em dinheiro, armas e três carros foram apreendidos. Estão sendo cumpridos oito Mandados de Prisão e 11 de Busca e Apreensão, no município do Rio.

Segundo o Ministério Público do Rio, a quadrilha era integrada por um policial civil, quatro policiais militares e outras duas pessoas, liderada por Shanna Harrouche Garcia, filha do bicheiro Waldomir Paes Garcia, o "Maninho", morto em 2004. O grupo é acusado de formação de quadrilha armada e tentativas de homicídio qualificado. Shanna é apontada como a líder da organização criminosa que mantém a exploração do jogo de caça-níqueis, função exercida após a morte do pai e do marido José Luiz de Barros Lopes, conhecido como Zé Personal.

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De acordo com denúncia do MP, Luís Carlos Felipe Martins, o Policial Civil Carlos Daniel Ferreira Dias e os Policiais Militares Adriano Magalhães da Nóbrega, João André Ferreira Martins e Marcelo Alves da Silva tentaram matar Rogério Mesquita e outras três pessoas na madrugada do dia 10 de maio de 2008, por ordem de Shanna, no entroncamento da Estrada Vecchi com a Rodovia RJ-122.

O crime foi praticado pela disputa do espólio criminoso do bicheiro Maninho, no qual Rogério Mesquita estaria relacionado por ter sido considerado amigo íntimo do contraventor. Na ocasião, as vítimas conseguiram fugir, apesar de um dos carros que as transportavam ter sido atingido por 37 tiros. Outro denunciado, Jorge Antônio dos Santos, também teria envolvimento na tentativa de homicídio por ter acompanhado os demais até o local da emboscada.

O outro Policial Militar denunciado é Pedro Paulo dos Santos Fernandes, vulgo "Pedro Fu", que teria a função de "segurança" de Shanna. Ele também seria responsável por saldar as despesas de manutenção da Fazenda Haras Modelo, de propriedade da filha de Maninho, local onde eram armazenadas as armas da quadrilha.

Já Adriano Magalhães da Nóbrega, capitão da PM, exercia a função de "chefe da segurança" de Shanna. Adriano e João André são ex-oficiais do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), segundo o MP. Os policiais,d e acordo com a denúncia, utilizam seu armamento pessoal e armas de origem clandestina nas atividades criminosas exercidas pela quadrilha.

Carlos Daniel Dias, que era lotado na Delegacia de Repressão a Crimes contra a Saúde Pública, foi preso em novembro deste ano, às vésperas da ocupação da favela da Rocinha, escoltando os traficantes conhecidos como Coelho e Peixe, braços direitos do traficante Nem. Rogério Mesquita acabou sendo assassinado em janeiro de 2009, em Ipanema, oito meses depois do atentado planejado por Shanna.

Em uma operação com lances cinematográficos, a Polícia Civil do Rio prendeu 29 pessoas ligadas ao jogo do bicho no estado. Um homem foi preso em Pernambuco. A operação batizada de "Dedo de Deus" visa cumprir 60 mandados de prisão e 139 de busca e apreensão. Na cobertura que pertenceria ao bicheiro Anísio Abraão David, na Avenida Atlântica, na orla de Copacabana, agentes da Polícia Civil desceram de rapel, por volta de 6 horas, mas ele não foi encontrado.

Agentes da Polícia Civil também cumprem mandados nos barracões das escolas de samba na Cidade do Samba, na zona portuária do Rio. A ação envolve 750 agentes em todo estado. O Homem preso em Pernambuco seria o responsável por imprimir os talões usados pelos anotadores do jogo do bicho no Rio.

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A Polícia Civil, junto com agentes do Gaeco deflagraram na manhã de hoje, a megaoperação Dedo de Deus para desarticular uma quadrilha que explorava o jogo de azar há várias décadas, no Estado do Rio e em outros estados, segundo informações preliminares da Polícia.

Estão sendo cumpridos 60 mandados de prisão e 125 de busca e apreensão na capital fluminense, na Região Serrana e na Baixada Fluminense. Ainda não há informações sobre o número de pessoas presas.

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Segundo informações do jornal Bom Dia Brasil, em uma cobertura que seria de um contraventor, na Avenida Atlântica, em Copacabana, na zona sul do Rio, os agentes desceram de rapel do helicóptero da Polícia Civil. Eles também estão no barracão da Beija-Flor, na Cidade do Samba, onde fazem uma varredura.

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