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John Bolton, ex-assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, afirmou acreditar que o líder norte-coreano Kim Jong Un deve "rir muito" da percepção que o presidente Donald Trump tem da relação entre os dois.

Bolton deu sua primeira entrevista, ao canal ABC News, antes do lançamento na terça-feira (16) do seu já polêmico livro de memórias, que contém duras acusações contra Trump.

Ao ser questionado pela jornalista Martha Raddatz se Trump "realmente acredita que Kim Jong Un o ama", Bolton respondeu de maneira direta.

"Acredito que Kim Jong Un deve rir muito disso. As cartas que o presidente mostrou à imprensa (...) são escritas por algum funcionário norte-coreano".

"Ainda assim o presidente as considera a evidência de uma profunda amizade", completou.

No livro, Bolton afirma que Trump não estava preparado para sua primeira reunião com Kim em Singapura, mas esperava que fosse um "grande teatro".

Também critica o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e afirma que o cenário diplomático era uma "criação da Coreia do Sul, mais relacionada com seu programa de 'unificação' que com uma estratégia séria para Kim ou nós".

O gabinete da presidência sul-coreana reagiu e acusou Bolton de distorcer os fatos e colocar em perigo as futuras negociações.

Na entrevista, Bolton também afirmou que não considera Trump apto para o cargo e que espera que ele seja um presidente de apenas um mandato. Porém, afirmou que não votará no republicano nem no democrata Joe Biden nas eleições de novembro.

A administração Trump tentou impedir a publicação do livro de Bolton, mas um juiz americano rejeitou no sábado a tentativa e afirmou que era muito tarde para emitir uma ordem neste sentido.

O livro "The Room Where it Happened" (A Sala Onde Aconteceu) é o relato de Bolton dos 17 meses que trabalhou no governo Trump, até sua demissão em setembro do ano passado.

Na entrevista, Bolton afirma, no entanto, que pediu demissão e que a gota d'água para ele foi o convite que Trump fez aos talibãs a Camp David durante as negociações de paz afegãs.

Em seu livro, o ex-conselheiro afirma ainda que Trump "suplicou" ao presidente chinês, Xi Jinping, durante as negociações comerciais para que aumentasse as compras de produtos agrícolas americanos com o objetivo de conquistar votos em estados cruciais na eleição de novembro.

Também respalda as acusações contra Trump sobre a suposta pressão exercida sobre a Ucrânia para revelar informações que prejudicassem Biden.

Congressistas republicanos e democratas criticaram Bolton por publicar o livro e afirmaram que ele deveria ter apresentado as informações durante o processo de "impeachment" contra Trump.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou, nesta quarta-feira (29), seus ataques contra seu ex-conselheiro de Segurança Nacional John Bolton, cujo livro a ser lançado em breve poderá prejudicar sua defesa no processo de impeachment.

Segundo trechos publicados na imprensa americana, o livro de Bolton diz que o presidente queria congelar a ajuda militar à Ucrânia até que Kiev abrisse uma investigação sobre Joe Biden, um dos democratas favoritos para disputar a reeleição com Trump em novembro.

Os democratas querem que Bolton testemunhe no julgamento em curso no Senado contra Trump, pelas acusações de abuso de poder e de obstrução do Congresso, e há crescentes indícios de que um número suficiente de senadores republicanos poderá apoiar este pedido.

Em um tuíte na madrugada, Trump voltou a atacar Bolton, demitido por ele em setembro, afirmando que o ex-conselheiro lhe "implorou" para ter este trabalho, mas que cometeu "muitos erros de julgamento".

"Foi demitido porque, francamente, se eu o escutasse, já estaríamos na Sexta Guerra Mundial, e sai e IMEDIATAMENTE escreve um livro desagradável e falso. Tudo confidencial de Segurança Nacional", tuitou o presidente, minimizando o que Bolton tem para contar.

Convocar Bolton e outras testemunhas para depor, pode prolongar o julgamento político de Trump, assim como os esforços da Casa Branca para concluir os procedimentos esta semana com a absolvição do presidente.

O ex-chefe de gabinete da Casa Branca de Trump, general reformado John Kelly, lançou dúvidas ontem sobre a conduta de Trump.

"Se John Bolton disse isso no livro, acredito em John Bolton", afirmou Kelly.

O presidente americano, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (11) que demitiu seu polêmico assessor de segurança nacional, John Bolton, por não ser "inteligente", em especial com comentários que foram considerados ameaças ao líder da Coreia do Norte.

Em sua primeira explicação completa sobre a demissão de terça-feira, Trump se concentrou nas tensas relações de Bolton com Kim Jong Un, o líder norte-coreano com quem o presidente americano se reuniu três vezes para falar sobre seu arsenal nuclear e que frequentemente descreve como um amigo.

Trump disse que sua desavença com o ex-assessor remontava ao começo de 2018, quando Bolton disse que a desnuclearização da Líbia sob o governo do então líder Muammar Kadhafi podia ser um modelo a seguir com a Coreia do Norte.

Bolton se referia à plena cooperação que Kadhafi manteve com a comunidade internacional nos anos 2000. Mas seu comentário também foi considerado uma ameaça a Kim, visto que em 2011 o ditador líbio foi deposto em uma revolução sangrenta apoiada pela Otan.

"Essa não foi uma boa declaração", disse Trump a jornalistas na Casa Branca. "Veja só o que aconteceu com Kadhafi".

"Retrocedemos muito quando John Bolton falou sobre o modelo líbio", disse.

Trump assegurou que Kim "não queria ter nada a ver com John Bolton" depois disso. "Não culpo Kim", afirmou.

O presidente disse que também divergiu com Bolton quando ele incentivou a invasão americana ao Iraque.

Mas a relação na Casa Branca se tornou insustentável devido aos conflitos de personalidade, disse o presidente.

"Ele é alguém com quem de fato tive uma relação muito boa, mas não se dava bem com gente do governo que considero muito importante", disse.

"John não estava alinhado com o que estávamos fazendo".

Trump disse considerar cinco pessoas para ocupar o cargo e que espera preenchê-lo na próxima semana.

Este será o quarto assessor de segurança nacional nomeado durante o mandato de Trump. Bolton negou ter sido demitido e disse que renunciou.

Um bloco de anotações utilizado pelo conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, durante uma entrevista coletiva na Casa Branca sobre a Venezuela, nesta segunda-feira, 28, continha a frase "5.000 tropas para a Colômbia". Durante a entrevista, no entanto, uma eventual invasão da Venezuela não foi citada pelas autoridades americanas, que na ocasião anunciaram o bloqueio de recursos da petrolífera estatal PDVSA.

Na semana passada, quando o presidente da Assembleia Nacional (controlada pela oposição ao regime de Nicolás Maduro), Juan Guaidó, se autodeclarou presidente da Venezuela, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que "todas as opções estão sobre a mesa". Questionada sobre a frase no bloco de Bolton, a Casa Branca reiterou a frase de Trump, mas não fez comentários adicionais.

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O ministro de Relações Exteriores da Colômbia, Carlos Holmes, afirmou não saber a razão de Bolton ter feito a anotação. O país, segundo ele, vai continuar "atuando política e diplomaticamente" na tentativa de restabelecer a democracia na Venezuela. Os dois países compartilham um fronteira de 2,2 mil quilômetros.

As relações econômicas entre Brasil e Estados Unidos e questões envolvendo Cuba e Venezuela dominaram a conversa entre o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e o assessor de Segurança Nacional dos EUA, John Bolton, na manhã desta quinta-feira (29). Bolsonaro e Bolton tiveram encontro de uma hora na casa do presidente eleito, na Barra da Tijuca, bairro da zona oeste do Rio.

"Disse a ele (John Bolton) que vamos conduzir a equipe econômica no sentido de facilitar nosso comércio com os Estados Unidos e com os outros, mas sem prejudicar nossa economia, obviamente", afirmou Bolsonaro, logo após participar de evento na Vila Militar, na zona norte do Rio. "Tratamos da questão das barreiras, das dificuldades alfandegárias."

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O presidente eleito classificou o encontro como "muito bom", e que serviu para aproximar os dois países. Bolsonaro declarou que pretende visitar os Estados Unidos nos primeiros meses de mandato, mas antes deverá ir à Argentina, Paraguai e Chile.

A vinda de Donald Trump para a cerimônia de posse não está descartada, mas Jair Bolsonaro classificou o primeiro dia de 2019, quando ocorre a posse, uma "data ingrata".

Venezuela

Questões envolvendo Cuba e Venezuela também foram tratadas com John Bolton. "Venezuela é uma questão que vem lá de trás, temos que buscar soluções", comentou Bolsonaro.

Segundo o futuro presidente, "pela cláusula democrática a Venezuela nem poderia ter entrado no Mercosul". Bolsonaro prometeu que a diplomacia brasileira "vai agir" em relação ao país vizinho. "Faremos o possível por vias legais, porque nós sentimos os reflexos da ditadura que se instalou na Venezuela", declarou.

Após reunião com o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), o assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, repassou um convite do presidente dos EUA, Donald Trump, para que o brasileiro visite o país norte-americano. Pelas redes sociais, Bolton e Bolsonaro publicaram relatos e fotos do encontro, que ocorreu na casa de Bolsonaro nesta quinta-feira (29).

Pelo Twitter, Bolton classificou a reunião como "ampla e produtiva discussão". "Esperamos para uma parceria dinâmica com o Brasil", afirmou. Já Bolsonaro escreveu que a reunião foi "muito producente e grata".

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O encontro foi acompanhado pelos futuros ministros general Fernando Azevedo e Silva (Defesa) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), além do escolhido para o Gabinete de Segurança Institucional e um dos principais assessores de Bolsonaro, general Augusto Heleno.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, se reúne nesta quinta-feira (29) com o assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton. Antes de viajar ao Brasil, em Washington, o norte-americano disse que a conversa é uma "oportunidade histórica" para as relações com o Brasil.

Bolton ressaltou que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, telefonou para Bolsonaro tão logo foi anunciado o resultado do segundo turno das eleições.

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"Eles [Trump e Bolsonaro] tiveram uma ligação telefônica realmente extraordinária, e acredito que desenvolveram uma relação pessoal, ainda que remotamente."

De acordo com o assessor norte-americano, a relação bilateral entre os dois países será alçada a um “novo nível”. "Encaramos como uma oportunidade histórica para que o Brasil e os Estados Unidos trabalhem juntos em uma série de áreas, como economia, segurança e outras."

Bolton e Bolsonaro devem conversar ainda sobre a crise na Venezuela, agravada nos últimos meses por questões econômicas e políticas, provocando a fuga de venezuelanos.

Também deverá entrar na pauta a relação com Cuba, cujo governo é criticado tanto por Bolsonaro como por Trump.

De acordo com a Agência EFE, é possível também que ambos ainda mencionem possibilidades de expansão das relações de comércio, investimento e negócios entre EUA e Brasil, além de alternativas para aperfeiçoar a segurança energética regional.

Bolton incluiu o Rio de Janeiro na visita à América do Sul, uma vez que participa da Cúpula de Líderes do G20, em Buenos Aires, com a presença de Trump.

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